No. 4/1975

de reflorestamento e meconizoçáo da exploração;
equipamentos de pesquisa hidrobiológica e instru-
mentos destinados a incubaçáo de ovos de peixe;
equipamentos para laboratórios de pesquisa agro-
pecuária; componentes destinados a produçáo, no
Brasil, de tratores dos tipos K-700, MTZ-52 e
MTZ-80.
A Delegaçáo brasileira também informou a Dele-
gaçáo soviética de que sondará as entidades com-
petentes brasileiras sobre as possibilidades de
aquisição, na URSS, de equipamento pesado para
terraplanagem e outros, destinados à indústria
de construçáo civil. '
Reciprocamente, a Delegação soviética informou
a'Delegaçáo brasileira sobre as possibilidades de
exportaçáo de outros tipos de maquinaria e equi-
pamento, até o presente náo adquiridos pelo Bra-
sil: máquinas e equipamentos para construção
civil, extração de petróleo e mineraçüo; máquinas
agrícolas, máquinas-ferramenta, rolamentos, etc.
Finalmente, tcjmaram nota, com agrado, de acor-
do preliminar entre a Companhia Hidrelétrica do
São Francisco - CHESF e a V/O Energomachexport;
sobre o fornecimento de equipamento soviético
(turbinas e geradores) para a Usina Hidrelétrica de
Sobradinho. Os recursos provenientes do forneci-
mento deste equipamento dever50 ser empregados
na compra, em condições normais de mercado, de
produtos brasileiros, inclusive manufaturados e
semimonufaturados.
Ambas as Delegações mostraram-se esperançosas
de que, após a conclusáo das negociações relati-
vas a Sobradinho, surjam possibilidades de transa-
çóes semelhantes para o futuro.
b) Produtos primários
As duas Delegações expressaram satisfaçáo pelos
resultados das vendas de produtos primários so-
viéticos ao Brasil, particularmente petróleo e de-
rivados de petróleo em 1974.
Ainda no contexto da exportaçáo de produtos pri-
mários soviéticos, a Delegaçáo do Brasil revelou
desejo de adquirir amianto na URSS.
VI - Exportações brasileiras para a URSS
a) Manufaturados e semimanufaturados
Com o intuito de diversificar o pauta de exporto-
ções brasileiras, duas missões comerciais, organi-
zadas pela Petrobrás Internacional S.A. - BRAS-
PETRO e coordenadas pela Embaixada do Brasil
em Moscou, visitaram a Uniáo Soviética, no se-
gundo semestre de 1974, tendo estabelecido con-
tatos profícuos com organizações de comércio
exterior da URSS, de que resultaram as primeiras
vendas de manufaturados brasileiros aquele pais.
A Delegoçáo brasileira submeteu 6 consideraçáo
da Delegação soviética uma lista de manufatura-
dos e semimanufaturados para exportaçáo, tais
como outros produtos têxteis, inclusive fios, teci-
dos e artefatos; eletrodomésticos; cutelaria; arti-
gos de porcelana; instalações sanitárias; outros
artefatos de couro; sucos; fareb de soja.
Tais fornecimentos, na opiniáo da Delegaçáo bra-
sileira, devem somar-se aos de outros produtos
que já ocuparam ou ocupam lugar de relativo des-
taque nc pauta brasileira de exportações: café
solúvel, manteiga de cacau, couro caprino, óleos
vegetais, fio de lá, produtos farmacêuticos (pilo-
carpina) e outros.
Sobre esta matéria, a Delegaçáo soviética decla-
rou que a aquisiçáo de bens manufaturados bra-
sileiros poderia ser financiada por recursos ge-
rados pelas vendas soviéticas ao Brasil, principal-
mente de máquinas e equipamentos.
b) Produtos primários
Ambas as Delegações reconheceram a conveniên-
cia de se manterem e até mesmo expandir as ven-
das de produtos primários brasileiros tradicionais,
como café verde, cacau e outros. Ademais, a De-
legaçáo brasileira declarou estarem disponíveis
para a exporiaçáo os seguintes produtos primá-
rios não-tradicionais: milho e soja. Após 1980,
haverá, ainda, disponibilidade de-bauxita e alumi-
na.
VI1 - Acordo sobre o Fornecimento de Maquinaria
e Equipamentos da URSS ao Brasil e sobre For-
necimento de Mercadorias Brasileiras a URSS
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvi-
mento das relaçóes comerciais entre o Brasil e
a URSS e tomando em conta as possibilidades exis-
tentes, as De!egoções concluíram o Acordo sobre
o Fornecimento de Maquinaria e Equipamentos da
URSS ao Brasil e sobre Fornecimento de Mercado-
rias Brasileiras o URSS, de 24 de março de 1975.
As Delegaçóes concordaram quanto a conveniên-
cia de, em caso de necessidade, serem tomadas
medidas para criar os mecanismos que assegurem
a efetiva implementaçáo do Acordo.
As Delegaçóes concordaram ainda em que, caso
o Acordo não venha a ter a efetividade desejada,
estudarão medidas suscetíveis de introduzir-lhe
corretivos apropriados, no prazo de sua vigência.
A Delegaçáo brasileira tomou nota da declaração
do Chefe da Delegação soviética segundo a qual,
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