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Variedades, que eram feitas durante a semana, para o caderno<br />
especial publicado no domingo. Quando cheguei na porta da<br />
Redação, no dia seguinte, eram o ROBERTO Peres, a ZEZÉ, o<br />
SAMPAIO, todo mundo!, tipo pelotão de fuzilamento, saca? Eles<br />
copiaram a página do dia anterior.... Na minha carteira de trabalho<br />
tem só dois registros: de 1977 a 1978 como contínuo, e de 1979 a 1987, como diagramador.<br />
Depois parti para carreira solo!....”<br />
ENEIDA - CORI, diagramador divertido. Se tivesse algum “probleminha” com a Cátia, passava<br />
a tarde cantando a música que fez sucesso na voz de Maysa: “Meu mundo caiu”. E,<br />
diariamente, a gente perguntava: -–“Já levantou. CORI?”... Virou brincadeira, e todo mundo no<br />
embalo de Maysa assim que chegava. Até hoje, basta ver o logotipo da loja e a melodia volta à<br />
memória. Ficou como marca daquele jovem atingido pela flecha do Cupido...<br />
CORNÉLIO Lima Filho, preparador no início do jornal.<br />
CRISTINA Guedes, repórter, saiu para A Tribuna, depois para a TV Record, voltou para a A<br />
Tribuna, atuou e chefiou a Assessoria da Prefeitura, virou apresentadora de TV, hoje é a<br />
segunda dama do Município, casada com o vice-prefeito, engenheiro Antônio Carlos<br />
Gonçalves, é presidente da Fundação Arquivo e Memória de Santos. Cena: a kombi do jornal<br />
pára no semáforo canal 1 x canal 2, defronte ao campo da Portuguesa, chego com meu carro<br />
de fininho, pelo lado direito da Kombi, encosto o máximo, o motorista não percebe e ela muito<br />
menos, preocupadíssima lendo a pauta que levava nas mãos. Bem na porta ao lado dela,<br />
quando dá verde e os carros avançam, acelero o meu e dou o maior murro na lataria da porta<br />
dela! Foi um susto e um berro do tamanho de um bonde... Quase que o motorista salta fora!...<br />
(Não sei porque tanto<br />
susto, afinal o Antônio<br />
Carlos ainda não usava a<br />
barba terrível que usa<br />
hoje...). Cena 2: Redação,<br />
fim de tarde, hora de<br />
fechamento, em volta da<br />
mesa dela umas 4 ou 5 senhoras dão entrevista sobre alguma<br />
coisa, ela séria na máquina. Corro, pego uma cadeira, sento<br />
ao lado das senhoras, bem de frente pra ela, encostado na<br />
mesa. Alguns instantes estáticos, ninguém entende nada, ela<br />
olha de rabo de olho, se agüenta um pouco, aí esbrega: “O<br />
que você quer aqui, ô Erre?!”. Olho bem cínico para as<br />
admiradas senhoras, faço a cara do Golias (hoje não faço<br />
mais, a dele encaveirou!) e imito o próprio: “Também paguei<br />
primeira fila, quero ficar no gargarejo!...”. Se não fujo me enfia<br />
o gomeiro pela goela, mesmo as senhoras tendo dado boas risadas. Cena parecida, um<br />
domingo de manhã, bem cedo, Redação vazia, ela batendo à máquina sozinha, enquanto<br />
belisca um pacote de biscoitos Maizena. Entro correndo, sento do lado, pego uma bolachinha<br />
e, enquanto ela fica com aquele olhar de assustada (de novo!... a barba etc.). Aí faço a<br />
previsão do que acontece agora, neste exato momento: “Um dia vou contar pra todo mundo<br />
que nós tomamos café da manhã juntos!...”... Dessa não escapei de um tapa de raspão...<br />
CRISTINA (a morena; a Guedes era a loira), repórter, que segundo o<br />
MAURI está vivendo num lugar chamado Klondike, no Norte do Canadá ou<br />
ao Sul do Alasca (ela mora é numa geleira, pô!)<br />
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