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de uma senhora. A partir daquele dia voltei a respeitar as regras de casa. Mas esse<br />
palavrão aí eu não consigo dizer mesmo! Acho que foi outra pessoa....<br />
{Tá, neguinha, tá.. Vou fingir que isso não aconteceu ANTES daquele chá na casa da<br />
ENEIDA... Agora, aqui entre nós: me conta a tal história da lua de mel da VERA SD que valeu<br />
um pqp, aposto que vale mais!! Conta, vá!...}<br />
BARRADA NO BAILE - Por falar em Carnaval (falar em ISALTINO é falar em Carnaval)<br />
(No original este texto está logo depois do ISALTINO.) ...O jornal estava preparando um<br />
caderno especial sobre Carnaval. ZEZÉ devia estar de férias e eu estava trabalhando à<br />
noite. Missão: fazer uma matéria com o pessoal do AGORA VAI. Nos seus bons tempos, era<br />
um “bloco de sujos” que saía um sábado antes do Carnaval, usando temas políticos com muito<br />
deboche. Sem sede, o bloco ensaiava em um sobrado na Vila Matias - creio que era a sede<br />
das Tricanas de Coimbra. Fui com Zé ESCANDON, na viatura EMANUEL LEON, que ia para<br />
algum evento mais elegante. Na porta, fui<br />
barrada por seguranças. Expliquei que era<br />
jornalista e tinha entrevista marcada com o<br />
presidente da entidade, mas o cidadão era<br />
teimoso. ESCANDON interferiu e nada.<br />
Veio EMANUEL LEON, conversou com o<br />
segurança e subiu. Quando voltou, minutos<br />
depois, tinha a autorização para eu entrar.<br />
Quando subi as escadarias esta estava uma<br />
fera. Nunca fora barrada em lugar nenhum.<br />
E num bloco! No AGORA VAI? As<br />
escadarias terminavam no canto de um<br />
imenso salão onde fui recepcionada pela maior vaia que alguém poderia ter esperado na vida<br />
(especialmente se não é artista).Do outro lado, um senhor gordo pediu calma e explicou aos<br />
foliões agitados: “-Ela é jornalista e nossa convidada”. A calma voltou ao recinto. Motivo da<br />
vaia? O AGORA VAI se transformara em um bloco de travestis e, naturalmente, mulheres<br />
não eram bem vindas.... TEM GALINHA NO BONDE! - Um sábado à noite fui cobrir uma<br />
assembléia dos trabalhadores na industria de extração de pedras. O sindicato funcionava<br />
em um prédio da avenida São Francisco – do lado do morro entre a Rodoviária e o Presídio,<br />
então com lotação completa. Havia do outro lado alguns hotéis nada familiares e era sempre<br />
possível ver circulando pela área algumas prostitutas. A assembléia já tinha começado<br />
quando cheguei. A platéia repleta de trabalhadores simples, gente sofrida e mal<br />
remunerada. Quando o operário que presidia a reunião me viu, não hesitou: _” Você, saia já<br />
daqui que este lugar é de trabalho!”... E eu... ‘- Eu sou repórter do JORNAL CIDADE DE<br />
SANTOS. Vim cobrir a assembléia. Não sei se era o secretário ou o presidente do<br />
sindicato, mas ele pediu mil desculpas... ISALTINO devia estar de folga ou em algum ensaio<br />
de escola de samba....<br />
CAMINHO DO IMPERADOR -Todos que trabalharam no CIDADE devem lembrar de uma<br />
figura chamada Ernesto Zwager, o primeiro ecologista que conheci (acho que todos nós).<br />
Quando a indústria da construção civil quis tomar conta da Juréia e os militares planejavam<br />
construir usinas nucleares naquele paraíso, Ernesto promoveu uma caminhada cívica de<br />
Peruíbe a Iguape em protesto! Se alguém acha que isso era loucura, ficará surpreendido ao<br />
saber quantos loucos ele arrebanhou nessa empreitada, marcada para um sábado que<br />
amanheceu encoberto (felizmente). Acho que havia mais jornalistas do que árvores. Muita<br />
gente de São Paulo e de toda a Baixada. Até a Globo apareceu. Assim, de repente, sou<br />
capaz de citar Mauri, Renato Alonso e a Ana (noiva e hoje esposa dele), Osvaldinho,<br />
Fernando Queiros, Zé Lousada (que fez fotos lindas) e o Goulart, fotógrafo do CS.<br />
Oberdan Faconti (Diários Associados) só acompanhou os primeiros 100 m, deixando a<br />
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