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Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro - Ipardes

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que marcaram esse processo. Mais especificamente, ainda que substantivas parcelas <strong>do</strong>s<br />

emigrantes rurais tenham se fixa<strong>do</strong> em centros urbanos próximos de suas áreas de origem,<br />

pre<strong>do</strong>minaram os deslocamentos de maior distância, resultan<strong>do</strong> em sal<strong>do</strong>s migratórios<br />

negativos para fora da região.<br />

Os da<strong>do</strong>s relaciona<strong>do</strong>s à movimentação populacional ocorrida no qüinqüênio<br />

1995-2000 ilustram essa tendência (tabela 2.3). Embora os municípios <strong>do</strong> território recebam<br />

consideráveis fluxos imigratórios, particularmente de âmbito intra-estadual, com destaque<br />

para Santo Antônio da Platina, Jacarezinho e Ibaiti, suas perdas são, em geral, mais<br />

volumosas, provocan<strong>do</strong> um sal<strong>do</strong> negativo nas trocas populacionais. Sob o ponto de vista<br />

<strong>do</strong>s movimentos intra-estaduais, destacam-se numericamente os deslocamentos entre os<br />

municípios <strong>do</strong> território e demais municípios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> que não integram nenhum <strong>do</strong>s<br />

territórios em estu<strong>do</strong>, particularmente no que diz respeito aos fluxos de saída (ver Apêndice –<br />

tabelas A.2.3 e A.2.4). Entretanto, os deslocamentos entre os municípios <strong>do</strong> próprio território<br />

não são desprezíveis, sobressain<strong>do</strong> entre os municípios que apresentaram sal<strong>do</strong>s positivos no<br />

qüinqüênio 1995-2000 Siqueira Campos e Jacarezinho. Entre os municípios que experimentaram<br />

sal<strong>do</strong>s negativos na migração intraterritorial, destacam-se Tomazina e Sapopema.<br />

Quan<strong>do</strong> se comparam os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> território <strong>Norte</strong> <strong>Pioneiro</strong> com os <strong>do</strong>s demais<br />

territórios, várias dessas observações também são válidas (ver Apêndice – tabelas A.2.5 e<br />

A.2.6). Ou seja, para to<strong>do</strong>s pre<strong>do</strong>minam os fluxos de imigração e de emigração dentro <strong>do</strong><br />

próprio esta<strong>do</strong> paranaense. Chama a atenção, no entanto, o fato de que o <strong>Norte</strong> <strong>Pioneiro</strong><br />

evidencia o maior volume de imigrantes interestaduais dentre os territórios pesquisa<strong>do</strong>s, e,<br />

juntamente com o Vale <strong>do</strong> Ivaí, alcança os maiores fluxos de emigrantes interestaduais.<br />

Subjacentes às alterações na dinâmica de crescimento populacional da região,<br />

fortemente condicionadas pelos processos migratórios, interagem também as mudanças no<br />

comportamento reprodutivo e no perfil de mortalidade da população verificadas no perío<strong>do</strong>.<br />

Desde mea<strong>do</strong>s da década de 1960, várias regiões <strong>do</strong> Brasil passaram a experimentar uma<br />

trajetória firme e continuada de declínio da fecundidade, inserin<strong>do</strong> o País em um quadro<br />

irreversível de transição demográfica. A população <strong>do</strong> Paraná acompanhou pari passu esse<br />

processo, e, apesar da existência de diferenciais regionais intra-estaduais, já no início <strong>do</strong>s<br />

anos 1990 demonstrava padrões de controle efetivo e continua<strong>do</strong> <strong>do</strong> tamanho de suas<br />

proles (MAGALHÃES, 2003). O número médio de filhos ti<strong>do</strong>s nasci<strong>do</strong>s vivos por mulher no<br />

transcorrer <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> reprodutivo, estima<strong>do</strong> para o Esta<strong>do</strong> no início da década de 1990,<br />

situava-se em 2,6, ten<strong>do</strong> declina<strong>do</strong> para 2,3 em torno <strong>do</strong> ano 2000 (tabela 2.4). A grande<br />

maioria <strong>do</strong>s municípios <strong>do</strong> território evidenciava níveis de fecundidade mais eleva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que<br />

a média <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, nesse perío<strong>do</strong>. No entanto, praticamente to<strong>do</strong>s experimentaram quedas<br />

nas taxas de fecundidade no intervalo de dez anos em questão, alguns em níveis expressivos.

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