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Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro - Ipardes

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36<br />

Em termos absolutos, os municípios de Ibaiti, Santo Antônio da Platina e Jacarezinho<br />

abrigavam maior número de famílias pobres no território. No entanto, a forte presença de<br />

municípios com pre<strong>do</strong>minância de população rural contribuiu para maior concentração de<br />

famílias pobres nestas áreas. Com grandes proporções destacam-se Tomazina, São Jerônimo<br />

da Serra, Sapopema e Japira, nos quais mais de 60% das famílias pobres são rurais.<br />

As elevadas taxas de pobreza das famílias rurais não revelam a parcela <strong>do</strong>s<br />

ganhos familiares resultantes da produção para o consumo próprio. De qualquer mo<strong>do</strong>, essa<br />

parcela possivelmente não representa acréscimo significativo, capaz de alterar o quadro de<br />

carências sociais dessas famílias, ten<strong>do</strong> em conta a fragilidade das condições de produção<br />

em geral.<br />

3.1.3 Desigualdade de Renda<br />

Uma medida clássica de mensuração da desigualdade de renda é a razão entre a<br />

renda média <strong>do</strong>miciliar per capita <strong>do</strong>s 10% mais ricos e a <strong>do</strong>s 40% mais pobres.<br />

No Brasil, essa medida indicou que a renda média per capita <strong>do</strong>s mais ricos, em<br />

1991, era 30 vezes maior, com aumento na década para 33 vezes, determinada pela maior<br />

velocidade de ganho <strong>do</strong>s 10% mais ricos. A renda média per capita <strong>do</strong>s 40% mais pobres<br />

passou de R$ 38,58 em 1991 para R$ 47,26 em 2000. A renda média per capita <strong>do</strong>s 10%<br />

mais ricos, por sua vez, acresceu de R$ 1.174,20 para R$ 1.556,24. Nessa evolução, a<br />

variação percentual, respectivamente de 22,5% e 32,5%, confirma o maior ganho <strong>do</strong> grupo<br />

de maior renda (tabela 3.3).<br />

No Paraná, a renda média per capita <strong>do</strong>s mais ricos em 1991 era 23 vezes maior,<br />

com pequeno aumento, na década, para 24 vezes, determina<strong>do</strong> também pela maior<br />

velocidade de ganho <strong>do</strong>s 10% mais ricos. A renda média per capita <strong>do</strong>s 40% mais pobres<br />

manteve-se mais elevada que a brasileira, passan<strong>do</strong> de R$ 48,16 em 1991 para R$ 66,92<br />

em 2000, enquanto a renda média per capita <strong>do</strong>s 10% mais ricos alcança a brasileira em<br />

2000, passan<strong>do</strong> de R$ 1.090,75 para R$ 1.595,38. Nessa evolução, a variação percentual<br />

foi superior às médias nacionais, 38,9% e 46,2%, respectivamente, para os segmentos mais<br />

pobres e mais ricos.<br />

No território, a dinâmica econômica também favoreceu a renda <strong>do</strong>s 10% mais ricos.<br />

Em 1991, a razão entre os extremos era de 16, bem abaixo da média estadual. Em 2000,<br />

esse indica<strong>do</strong>r passa para 19, quan<strong>do</strong> a média <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> alcançava o patamar de 24.<br />

O aumento da desigualdade foi expressivo no território, mas alguns municípios apresentaram<br />

diminuição na razão entre os mais ricos e os mais pobres, caben<strong>do</strong> destacar São José da<br />

Boa Vista, Ribeirão Claro e Ibaiti.

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