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Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro - Ipardes

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esgotamento sanitário os <strong>do</strong>micílios não liga<strong>do</strong>s à rede geral de esgoto ou fossa séptica. Do<br />

mesmo mo<strong>do</strong>, foram toma<strong>do</strong>s como inadequa<strong>do</strong>s aqueles <strong>do</strong>micílios em que o lixo não é<br />

coleta<strong>do</strong> e há ausência de energia elétrica 11 .<br />

A análise das condições mais gerais de habitabilidade no território deve considerar o<br />

fato de que 72,2% da população encontrava-se na zona urbana e 27,8% na zona rural. Os<br />

municípios com participações de população <strong>do</strong>miciliada no rural superiores a 49,5% são: Japira,<br />

Sapopema, São José da Boa Vista, São Jerônimo da Serra e Tomazina. Essa característica<br />

rural confere especificidades à realidade analisada, pois sabe-se que o rural brasileiro é<br />

marca<strong>do</strong> pela iniqüidade social. As variáveis selecionadas, apresentadas na tabela 3.6, apontam<br />

demanda potencial <strong>do</strong>s municípios e mostram que é na zona rural que o déficit é maior.<br />

Constata-se que a inadequação no abastecimento de água na área urbana<br />

registrou maiores percentuais para os municípios de Jundiaí <strong>do</strong> Sul (9,5%), Salto <strong>do</strong> Itararé<br />

(7,4%) e São José da Boa Vista (7,3%), sen<strong>do</strong> que a média <strong>do</strong> território <strong>Norte</strong> <strong>Pioneiro</strong> para<br />

a zona urbana foi de 4,5%. Na zona rural, os municípios que apresentaram os maiores<br />

percentuais de inadequação no abastecimento de água foram Conselheiro Mairinck (62,1%),<br />

Ibaiti (14,2%) e Sapopema com (13,6%), sen<strong>do</strong> que a média <strong>do</strong> território para a zona rural<br />

foi de 7,8%. Podem-se destacar os municípios de Nova Fátima (0,9%) e Santa Amélia<br />

(1,9%) como aqueles que exibiram as menores taxas de inadequação no abastecimento de<br />

água <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios rurais (ver tabela 3.6).<br />

No que se refere a esgotamento sanitário e destino <strong>do</strong> lixo, chama a atenção a<br />

magnitude da inadequação. Observa-se que 43,8% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios urbanos e 92,4% <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>micílios rurais <strong>do</strong> território encontravam-se inadequa<strong>do</strong>s para o esgotamento sanitário.<br />

Quanto ao destino <strong>do</strong> lixo, é na zona rural que esse serviço demanda uma política mais<br />

efetiva, uma vez que, segun<strong>do</strong> o Censo Demográfico 2000, 89,4% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>micílios rurais<br />

a<strong>do</strong>tavam práticas inadequadas. Sobre esse ponto, é preciso ressaltar que o padrão de<br />

consumo das populações rurais com acesso a produtos industrializa<strong>do</strong>s está cada vez mais<br />

próximo <strong>do</strong> padrão urbano, o que coloca a necessidade de se discutir e <strong>do</strong>tar essas populações<br />

de serviços de coleta de lixo. Consideran<strong>do</strong>-se que, na zona urbana, o percentual<br />

médio de inadequação para a coleta de lixo no território foi de 4,5%, os municípios de São<br />

Jerônimo da Serra, Sapopema e Congonhinhas, com 18,4%, 15,4% e 11,6%, respectivamente,<br />

registraram as piores taxas (ver tabela 3.6).<br />

11 Neste estu<strong>do</strong> foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os seguintes parâmetros para a análise da infra-estrutura habitacional:<br />

<strong>do</strong>micílios particulares permanentes, construí<strong>do</strong>s para servir exclusivamente à habitação e com finalidade de<br />

servir de moradia a uma ou mais pessoas. Em relação ao acesso à água, foram considera<strong>do</strong>s inadequa<strong>do</strong>s<br />

os <strong>do</strong>micílios urbanos abasteci<strong>do</strong>s por: rede geral canalizada só na propriedade ou terreno; poço ou<br />

nascente (na propriedade) canalizada só na propriedade ou terreno; poço ou nascente (na propriedade)<br />

não canalizada; canalizada em pelo menos um cômo<strong>do</strong>; canalizada só na propriedade ou terreno; não<br />

canalizada. Os <strong>do</strong>micílios rurais inadequa<strong>do</strong>s são aqueles abasteci<strong>do</strong>s por poço ou nascente (na<br />

propriedade) não canalizada; água canalizada só na propriedade ou terreno e água não canalizada.<br />

Quanto ao esgotamento sanitário, foram considera<strong>do</strong>s inadequa<strong>do</strong>s: fossa rudimentar; vala; rio, lago ou<br />

mar; outro escoa<strong>do</strong>uro; <strong>do</strong>micílios que não tinham banheiro ou sanitário. Quanto ao destino <strong>do</strong> lixo,<br />

foram considera<strong>do</strong>s inadequa<strong>do</strong>s: queima<strong>do</strong> (na propriedade); enterra<strong>do</strong> (na propriedade); joga<strong>do</strong> em<br />

terreno baldio ou logra<strong>do</strong>uro; joga<strong>do</strong> em rio, lago ou mar; outro destino.

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