05.03.2014 Views

Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro - Ipardes

Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro - Ipardes

Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro - Ipardes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

INTRODUÇÃO<br />

7<br />

O procedimento meto<strong>do</strong>lógico proposto para construir os diagnósticos territoriais<br />

levou em conta o âmbito e as particularidades das ações previstas pelo Projeto de Inclusão<br />

Social e Desenvolvimento Rural Sustentável (PARANÁ, 2005). A concepção geral <strong>do</strong> diagnóstico<br />

(estrutura e meto<strong>do</strong>logia) considerou a sua finalidade e a disponibilidade de da<strong>do</strong>s. Esta última<br />

condição foi determinante para conceber o diagnóstico em duas fases complementares. Na<br />

primeira fase, analisam-se o território e seus municípios a partir de fontes secundárias; na<br />

segunda fase, a unidade de análise passa a ser microbacias, utilizan<strong>do</strong>-se a mais importante<br />

fonte brasileira de informações sobre economia agrária – o Censo Agropecuário 2006 –,<br />

cujo banco de da<strong>do</strong>s estará disponível no primeiro semestre de 2008.<br />

O Projeto de Inclusão Social e Desenvolvimento Rural Sustentável a<strong>do</strong>tou como<br />

pressuposto a noção de espaço rural para além da economia agrícola e/ou a zona rural <strong>do</strong>s<br />

municípios. Admite haver espaços rurais onde coexistem atividades de natureza agrícola e<br />

não-agrícola.<br />

Sobre o recorte espacial defini<strong>do</strong> para análise e intervenção, vale salientar que, no<br />

Brasil, particularmente a partir <strong>do</strong>s anos 2000, a escala territorial foi introduzida nas políticas<br />

públicas pelo Ministério da Integração Nacional e pelo Ministério <strong>do</strong> Desenvolvimento<br />

Agrário (MDA). Ressalte-se que o MDA vinculou a sua política de crédito rural, notadamente<br />

o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), à organização<br />

territorial, ação respaldada inclusive com a criação da Secretaria de Desenvolvimento<br />

Territorial (SDT). No Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, essa ação legitimou e/ou estimulou a organização<br />

de municípios em territórios.<br />

O conceito de território presente na política de crédito <strong>do</strong> MDA vem atrela<strong>do</strong> à<br />

perspectiva da promoção <strong>do</strong> desenvolvimento em áreas ou regiões estagnadas economicamente<br />

e deprimidas socialmente. Nesse contexto, a escala territorial assume um papel crescente<br />

enquanto unidade de planejamento e intervenção. Vale esclarecer que a organização de<br />

municípios em torno de um projeto não é novidade no Brasil, sen<strong>do</strong> que as associações de<br />

municípios e os consórcios municipais de saúde são exemplos dessas iniciativas.<br />

Não cabe aqui debater a concepção territorial presente no Projeto de Inclusão<br />

Social e Desenvolvimento Rural Sustentável, mas elucidar que essa noção busca trazer<br />

para as ações voltadas ao desenvolvimento a idéia da multissetorialidade concomitante à<br />

superação da dicotomia urbano-rural no que tange ao planejamento da ação pública. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, um conjunto de municípios articula<strong>do</strong>s em torno de um projeto comum tem se<br />

mostra<strong>do</strong> eficaz na realização de mudanças desejadas e apresenta maior capacidade de<br />

negociação e maior disponibilidade de recursos financeiros e humanos.<br />

No âmbito <strong>do</strong> Projeto de Inclusão Social e Desenvolvimento Rural Sustentável, os<br />

diagnósticos socioeconômicos territoriais têm o objetivo de subsidiar as ações <strong>do</strong> Projeto,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!