Alexandre Franco - ANO: LXXV – EDIÇÃO Nº 3906 - Post Milenio
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<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si!<br />
13 a 19 de Outubro de 2006 13<br />
ALBERTO JOÃO JARDIM<br />
O PORQUÊ DOS ATAQUES AOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS<br />
Como social-democrata que<br />
sou, de inspiração no Personalismo<br />
da cultura cristã, defendo o intervencionismo<br />
do Estado sempre que<br />
necessário, incluso para o efeito -<br />
insisto, se necessário - de dinamizar<br />
o funcionamento da Economia.<br />
Obviamente que não sendo socialista - não me estou a<br />
referir aos "socialistas" à portuguesa, feito com aqueles<br />
interesses capitalistas - entendo que tal intervenção do sector<br />
público na Economia, só deve acontecer quando tal se<br />
revele a solução adequada, sem alternativa tão capaz para a<br />
concretização do Bem Comum. As economias socialistas<br />
estatizadas foram sempre um fracasso, os Portugueses<br />
ainda hoje pagam loucuras do antes e depois do 25 de Abril.<br />
Mas também não sou liberal, nem sequer simpatizante<br />
das teorias da chamada "nova direita" tão em moda nalguns<br />
países, nem da "terceira via" do Sr. Blair de saída, esta,<br />
outra forma de camuflar libertinagens do grande capitalismo<br />
mundialista. Sou pela economia de mercado, sim, mas<br />
sem aceitar a bondade absoluta desta, antes defendendo o<br />
intervencionismo social-democrata para, pela via fiscal, do<br />
investimento público e da criação de condições aos<br />
Empresários, aplicar, em prol dos mais desfavorecidos, os<br />
rendimentos gerados e, assim, ir caminhando, quanto possível,<br />
na concretização da Justiça Social.<br />
É bom, de vez em quando, relembrar os Princípios. Os<br />
quais, em Democracia, Lhes adere quem quer, é um problema<br />
de Consciência e de Liberdade de cada um.<br />
Foi isto que procurei e procuro fazer no arquipélago,<br />
sem pretensões de infalibilidade.<br />
Brasil<br />
A informação foi confirmada pelo delegado<br />
da Polícia Civil Luciano Inácio da<br />
Silva, que conduz as investigações no<br />
Estado do Mato Grosso, região Centro-<br />
Oeste do Brasil.<br />
O delegado recebeu no sábado, da<br />
Embraer, fabricante do Legacy, o plano de<br />
voo do jacto, aprovado pelo sistema de controlo<br />
do espaço aéreo brasileiro.<br />
De acordo com o plano, o Legacy deveria<br />
voar a 37 mil pés de altitude (cerca de 12<br />
km de altura) de São José dos Campos, em<br />
São Paulo, a Brasília, depois baixar a 36 mil<br />
pés, após passar pela capital brasileira e<br />
subir a 38 mil a partir de um ponto da carta<br />
de aviação chamado Teres.<br />
Esse ponto virtual de controlo aéreo fica<br />
a menos de 15 minutos, na velocidade do<br />
avião, do local onde houve o choque entre o<br />
Legacy e o avião da GOL, com 154 pessoas<br />
E digo tal, a propósito de alguns investimentos públicos<br />
feitos na Região, porque há gente que critica e exige a sua<br />
"rentabilidade" num mero conceito económico, que não<br />
social, numa mera perspectiva imediatista e directa. Sem<br />
percepção do que são infraestruturas no tempo e por várias<br />
gerações, ou com concepções limitadas ao retorno directo.<br />
Não deixa de ser curioso, e sobretudo incoerente, que<br />
seja a pseudo-"esquerda" da paróquia a exigir "lucros" a<br />
investimentos públicos que não se fizeram para isso. Mas<br />
sim com uma visão de longo alcance temporal, ou como<br />
necessidade para valorizar a oferta do arquipélago em infraestruturas<br />
diversificadas que, envolventemente, propiciarão<br />
mais rentabilidade a outras iniciativas privadas.<br />
Rendimento que pode e deve ser redistribuído para efeitos<br />
de Justiça Social, na proporção aconselhável que não<br />
impeça a reaplicação de meios financeiros pela própria iniciativa<br />
privada. Aqui, a minha aversão aos excessos de tributação.<br />
Também não deixa de ser curioso e incoerente que<br />
os investimentos públicos em áreas como a social, a educação,<br />
incluindo o desporto, e a ambiental, também<br />
mereçam a discordância da pseudo-"esquerda"paroquial<br />
que aturamos por cá.<br />
Ou votar contra o Plano e o Orçamento que os legalizam<br />
e permitem, não é votar contra tais investimentos?<br />
Ou tentar sabotar tudo, incluso em todas as áreas de<br />
repercussão social, não é ser contra tais investimentos?<br />
Ou esta pseudo-"esquerda" paroquial, exigir "rendimento"<br />
directo de investimentos sociais, culturais ou ambientais,<br />
não é anedota que todos há muitos anos aturamos?...<br />
Claro que a nem sequer dúzia de profissionais da desestabilização<br />
regional, por si só tem capacidade, cultura ou<br />
a bordo.<br />
Segundo especialistas, os dois aviões<br />
estariam a 600 quilómetros um do outro no<br />
momento da mudança de altitude.<br />
O delegado Luciano Silva disse que o<br />
documento aponta contradições com os<br />
depoimentos do piloto norte-americano<br />
Joseph Lepore e do co-piloto Jean Paul<br />
Paladino, após o acidente.<br />
Lepore afirmou que o plano elaborado<br />
pela Embraer previa uma altitude de 37 mil<br />
pés até Manaus.<br />
A Polícia Civil vai ouvir novamente o<br />
piloto e o co-piloto do Legacy para esclarecer<br />
as contradições.<br />
Até que a Justiça Estadual decida se o<br />
caso deverá ficar sob responsabilidade total<br />
da Polícia Federal, a Polícia Civil manterá o<br />
criatividade, para propor seja o que for de positivo. Mas são<br />
instrumento de outros "interesses" locais ou externos à<br />
Região, que não se contentando com o respectivo poder<br />
económico, ou incluso não aceitando a transformação da<br />
Madeira feudal, manipulam comunicação "social" ao seu<br />
serviço. Exactamente para alcançar, junto com o poder<br />
económico, o poder político que se recusam a dispensar. Ou<br />
mesmo para fazer funcionar em certos benefícios privados,<br />
meios financeiros até agora utilizados no sector público.<br />
Não sejamos ingénuos, ante o que anda por detrás da<br />
vida madeirense. Certas pseudo-defesas dos mais desfavorecidos,<br />
têm por inspiradores e com a manipulação de<br />
certa comunicação "social", "interesses" que não são do<br />
Povo Madeirense.<br />
"Interesses" que, por não serem estúpidos, têm como<br />
estratégia o desgaste da política regional em curso, mesmo<br />
eles próprios se rindo das patetices que a tal nem sequer<br />
dúzia de agitadores profissionais, todos os dias vão debitando.<br />
Que as pobres criaturas que a tal se prestam, incluso<br />
por exibicionismo insaciável de quem nem sequer dá pela<br />
sua incapacidade pessoal, não dêem pela trama, tenhamos<br />
misericórdia deles.<br />
Mas não acredito que o Povo Madeirense não dê por<br />
todas estas incongruências que se atiram selvaticamente<br />
contra o investimento público, para jogo de certos "interesses",<br />
aliás praticamente identificados num meio pequeno,<br />
mas vulnerável, como é o nosso.<br />
Pobre pseudo-"esquerda" doméstica e pobre certo "jornalismo"!<br />
Sabem lá o que é ser de Esquerda!<br />
Nem sabem para o que trabalham.<br />
Plano de voo mostra erro do jacto no momento da colisão com avião da GOL<br />
O plano de voo do Legacy<br />
envolvido no acidente com<br />
o Boeing 737-800 da c<br />
ompanhia aérea GOL, que<br />
se despenhou no último<br />
dia 29 na selva amazónica,<br />
mostra que o jacto seguia<br />
a numa altitude errada no<br />
momento da colisão.<br />
inquérito, embora as investigações de<br />
ambas as polícias sigam a mesma linha.<br />
As equipas de busca já resgataram 148<br />
corpos e, de acordo com o Instituto Médico<br />
Legal (IML) de Brasília, 140 já foram<br />
reconhecidos.<br />
O corpo do empresário português que<br />
estava no avião ainda não foi identificado,<br />
informou hoje à Lusa o filho de António<br />
Armindo, Leandro Armindo.<br />
Em comunicado divulgado na segundafeira,<br />
a GOL afirmou ter procurado as<br />
famílias das vítimas para tratar das indemnizações<br />
que, segundo a empresa aérea,<br />
deverão ser calculadas individualmente.<br />
"A GOL respeita profundamente o luto<br />
das famílias, mas não pode descuidar de<br />
seus deveres. Por isso, colocou-se à disposição<br />
para iniciar os trâmites referentes às<br />
indemnizações cabíveis", refere o comunicado.<br />
CMC.