Alexandre Franco - ANO: LXXV – EDIÇÃO Nº 3906 - Post Milenio

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16 13 a 19 de Outubro de 2006 <strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! Cancro da mama Onde a prevenção é a esperança O cancro da Mama é, provavelmente, de entre as doenças malignas aquela que mais angustia as mulheres. Entre nós, constitui uma realidade preocupante e, infelizmente, grande parte da população feminina quer por motivos sócioculturais, de falta de informação ou ainda por negligência, recorre tardiamente aos serviços hospitalares. Em geral, por ser indolor, o cancro da mama é em muitos dos casos descoberto acidentalmente, e numa altura em que, quase invariavelmente, já se encontra numa fase avançada, o que torna o prognóstico mais reservado. Pode, parecer paradoxal, mas o ideal seria que o cancro da mama provocasse desde o início alguma dor, que motivasse desde logo uma procura por ajuda médica, mas, infelizmente, isso não acontece. Daí que a prevenção e o diagnóstico precoce pela prática da auto examinação da mama, consultas periódicas e ainda por rastreio mamográfi-co/ecográfico são a melhor arma no combate a este mal. Quais os riscos de desenvolver o cancro da mama? Existem quatro factores na vida de uma mulher que têm reconhecidamente maior impacto na incidência do cancro da mama: a idade da mulher, a idade em que teve a primeira menstruação, a idade da primeira gravidez e por fim a idade da menopausa. De facto, quanto mais jovem for a mulher, menor é o seu risco, sendo raro surgir o cancro da mama antes dos 25 anos. A frequência de ocorrência vai aumentando progressivamente à medida que a mulher se vai aproximando da fase da menopausa. Cerca de 68 por cento dos casos de cancro da mama ocorrem em mulheres com idades compreendidas entre os 40 e os 69 anos e 22 por cento em mulheres com mais de 70 anos. Ter a primeira menstruação cedo, antes dos 11 anos e o primeiro filho tarde, depois dos 30 anos, são factores que aumentam a probabilidade de surgimento de cancro da mama. Uma explicação possível é de que entre a primeira menstruação e a primeira gravidez, a mama é muito mais sensível a qualquer estímulo susceptível de desencadear uma proliferação anormal de células. A gravidez confere maturidade à mama, diminui essa sensibilidade e, por outro lado, a própria amamentação também tem um efeito protector contra este mal. Este cancro é dependente das hormonas que o organismo produz. Nesse sentido, as mulheres pós menopausa estão em menor risco de desenvolver o cancro da mama, devido ao facto de possuírem baixos níveis hormonais. A herança familiar tem um papel determinante no risco de cada mulher sofrer de cancro da mama. Uma história na família de uma parente próxima, como por exemplo mãe, irmã, tia ou avó, aumenta significativamente a probabilidade de poder vir a ter a doença. Este risco é tanto maior quanto mais familiares afectados, especialmente nos casos em que a doença se tenha manifestado numa idade mais precoce. Mas convém saber que 80 por cento das mulheres com este tipo de cancro não têm uma história familiar que aponte nesse sentido. Um dilema com que frequentemente as mulheres se deparam na altura da menopausa relaciona-se com a decisão de recorrer ou não à terapia de substituição hormonal para ultrapassar as perturbações próprias da menopausa. Embora, por um lado, esta terapia aumente ligeiramente o risco de cancro na mama, por outro, este efeito negativo é sem dúvidas sobrepujado pelos efeitos protectores que a terapia tem sobre os ossos e o coração. Ainda no campo hormonal, convém desmistificar que não existe uma relação directa clara entre o uso de contraceptivos orais e o aumento do risco de cancro da mama. Muito pelo contrário, a pílula exerce um efeito protector muito substancial contra cancros ovarinos e endométricos. O risco de desenvolver cancro da mama é também influenciado pela existência de antecedentes pessoais de patologia mamária. Qualquer mulher que já tenha tido lesões benignas (quistos, fibroquistos, adenofibromas) ou malignas deve prestar particular atenção a reincidências dessas mesmas lesões. Embora não globalmente aceite, parece existir em pequeno grau um aumento da frequência do cancro da mama em mulheres fumadoras, consumidoras de álcool e de gorduras em grande escala. Está claro que nada se pode fazer em relação aos principais factores de risco, mas medidas gerais como não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool, fazer uma alimentação equilibrada e outras medidas especificas como "não atrasar" muito o nascimento do primeiro filho, preferencialmente antes dos 30 anos, amamentar depois da gravidez pelo menos durante 4 meses e aquando da menopausa fazer uma avaliação com a ajuda do médico dos prós e contras antes de começar a terapia hormonal, reduzem o risco de ter o cancro da mama. Cancro da mama no homem O cancro da mama no homem é muito raro, sendo cerca de 150 vezes menos frequente que o cancro da mama na mulher. Ele ocorre na idade avançada. Devido à quantidade escassa de tecido mamário no homem, o cancro se infiltra rapidamente e adere à pele e parede torácica , sendo assim mais agressivo que o cancro da mama na mulher. Há estudos que apontam para a evidência de que os trabalhadores que lidam diariamente com combustíveis têm maior probabilidade de desenvolver cancro da mama. O auto exame da mama A única forma de evitar em absoluto o cancro da mama e o cancro em geral é não ter nascido…Nesse sentido, é de extrema importância a mulher fazer um auto-exame periódico do seu peito. A auto examinação da No mundo inteiro o cancro da mama continua a ceifar vidas. Todas as mulheres estão em risco de contraí-lo. Muitas dúvidas, porém, ainda persistem. Saiba mais neste artigo sobre este mal e a melhor forma de lidar com ele. mama, obviamente, não evitará que o cancro surja, mas quando diagnosticado precocemente, o mal pode, na maioria dos casos, ser facilmente tratado sem grandes sequelas e sofrimento. A melhor forma que a mulher tem de cuidar do seu peito é a observação periódica dos seus seios. O auto exame da mama deve ser efectuado mensalmente por todas as mulheres a partir dos 18-20 anos de idade, preferencialmente na fase pós menstrual, na medida em que nesta altura ambas as mamas se encontram menos ingurgitadas e mais fáceis de palpar. Nas mulheres menopausas, ou seja já sem períodos menstruais, o primeiro dia de cada mês é um bom ponto de referência para realizar o auto exame. O banho matinal é uma boa altura, na medida em que a presença da água facilita o deslizar da mão. Numa fase inicial será difícil apreciar a constituição normal da mama, surgindo múltiplas dúvidas, mas à medida que o tempo for passando a percepção normal da constituição mamária vai ser gradualmente aumentada. O auto exame da mama começa pela inspecção de ambas as mamas frente a um espelho, faz-se a comparação do volume de ambas mamas, verificando se existem assimetrias recentes. Em seguida procura-se quaisquer outras alterações na forma da mama ou dos mamilos, como por exemplo altos ou depressões. No caso dos mamilos, é importante verificar se os mesmos se encontram deprimidos ou apresentam descamação. Estas observações são repetidas com as mãos na cintura, pressionando de modo a contrair os músculos do peito. Em pé e com o braço esquerdo elevado, começase por palpar a mama esquerda com a ponta dos dedos da mão direita (indicador, médio e anelar), partindo dos quadrantes mais externos e progredindo de forma circular por todo o peito. Esta operação é repetida com a mão esquerda para a mama direita, elevando o braço direito. Estas últimas operações são repetidas com a mulher deitada de costas, com os ombros apoiados numa almofada, palpando alternadamente a mama esquerda e a direita. A avaliação pode terminar pressionando ligeiramente os mamilos e verificando se existe algum corrimento. O auto exame da mama, não deverá substituir a observação pelo médico, que deve ser no mínimo anual, bem como a realização de exames periódicos. Sinais de alerta • Caroço ou nódulo na mama solitário, duro, que não escorrega sobre os dedos, encontrando-se fixado aos tecidos vizinhos; • Corrimento mamilar geralmente unilateral, principalmente se for sanguinolento (vermelho/ rosado ou acastanhado); • Descamação da pele à volta do mamilo; • Pele em casca de laranja em qualquer área da mama; • Zona de depressão da pele da mama ou de depressão do mamilo, de instalação recente; • Qualquer massa firme, fixa nas axilas; A maioria dos cancros da mama são indolores (cerca de 90 por cento), portanto a ausência de dor não é de modo algum sinal de inexistência do problema. Na presença destes sinais ou de qualquer outra alteração na mama é prudente procurar ajuda médica o mais cedo possível, deslocando-se à consulta de doenças da mama do Hospital Central de Maputo ou à unidade sanitária mais próxima.
<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! 13 a 19 de Outubro de 2006 17 Ala-arriba pelos 20 anos da Casa dos Poveiros Ala-Arriba era uma expressão usada pela comunidade piscatória da Póvoa do Varzim e significa "força (para cima)", grito usado quando se puxavam os barcos para a praia. Mas força foi o que nós não fizemos para aceitar o convite que a casa dos Poveiros nos endereçou relativo às comemorações dos 20 anos desta colectividade. O salão encheu-se de sócios e amigos para festejar o aniversário e o presidente da Câmara da Póvoa do Varzim, o Sr. Dr. José Macedo Vieira, fez questão de estar presente nesta data, sem qualquer interesse eleitoral, já que foi recentemente reeleito, mas na qualidade de amigo da casa conforme realçou. Presente, também, o Vereador do Turismo: Dr. Afonso Oliveira. Na mesa VIP estavam ainda Adam Giambrone, um habitué Dr Macedo Vieira Pres da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Jantar de Gala nestas ocasiões, José Pires sócio fundador e actual presidente da assembleia, Linda Correia actual Presidente da Casa dos Poveiros e Laurentino Esteves, director cultural da associação. Quem cantou à Póvoa foi o músico e artista plástico Cido Marques que com uma imensa força interior e algumas vezes bem emocionado encheu a sala com bonitas canções do seu imenso reportório. A actuação dos ranchos folclóricos completou o programa de entretenimento e o grupo dos mais pequeninos mostrou que está ali para as curvas pronto para continuar a dançar outros 20 anos. Parabéns ao casal de ensaiadores Carlos e Paula pelo excelente trabalho que têm feito. Uma festa de anos que se preze tem de ter um bolo e prendas. O Sr. Dr. José Macedo Vieira ofereceu 5000 Euros ao clube e também recebeu uma bonita colecção de arte tradicional Canadiana das mãos da Presidente Linda Correia. Quanto ao bolo, bom neste caso não gritei ala arriba, mas sim ala abaixo com uma enorme fatia desta deliciosa sobremesa. MC
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