De 2 a 8 de Novembro de 2012 - Post Milenio

More documents

Recommendations

Info

18 De 2 a 8 de Novembro de 2012 Milénio Stadium... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! IMIGRAÇÃO Novos Regulamentos PETER FERREIRA Consultor de Imigração e Trustee Escolar Oministro da imigração Jason Kenney, anunciou que o seu departamento vai introduzir novos regulamentos para evitar que casamentos de conveniência sejam usados para se conseguir a legalização fraudulenta no Canadá. A partir do dia 25 de outubro, para que a legalização seja permanente, os dois parceiros têm de viver juntos, num relacionamento legítimo, pelo menos durante 2 anos. Se esse período de habitação conjugal não se verificar, o parceiro que se legalizou através do casamento poderá ter os seus papeis de imigrante revogados. Num comunicado de imprensa distribuído pelo escritório do ministro este é citado como tendo dito que estes novos regulamentos se destinam a parar o abuso frequente da lei de imigração através de casamentos fictícios. O comunicado refere ainda que há dois tipos de fraude muito frequente que os novos regulamentos visam evitar: Aqueles em que o parceiro canadiano é enganado por alguém que se casa mas depois de estar no Canada legal imediatamente abandona o casamento, e outros em que o casamento é apenas uma transação comercial em que a pessoa que se quer legalizar paga pelo casamento, e depois da legalização paga pelo divorcio. Os regulamentos que agora entraram em vigor abrem algumas exceções, para casos em que haja abuso ou negligência por parte do cônjuge patrocinador ou de algum parente deste. Uma segunda exceção refere-se ao caso de morte do cônjuge patrocinador durante os dois anos. Estes novos regulamentos passam a abranger todos os casamentos cujos documentos para legalização de um cônjuges sejam entregues a partir de 25 de outubro. Isto significa que se os dois parceiros já vivem juntos há dois anos mas só entregaram os papéis agora, terão de viver juntos mais dois anos até que a legalização seja considerada permanente. De acordo com o comunicado vindo do escritório do ministro de imigração estes regulamentos são semelhantes aos que já foram implementados na Austrália, Estados Unidos e Inglaterra, para evitar que o casamento seja usado fraudulentamente para adquirir a residência permanente. Em março o departamento de imigração também já tinha introduzido uma outra regra, que proibia qualquer pessoa que patrocinasse a legalização de outra através do casamento, de patrocinar outra legalização no período de 5 anos. Apesar de não ser um método muito usado na nossa comunidade para se obter a legalização, tem havido alguns casos. Para alguém que estivesse a pensar neste processo agora tem de ter mais cuidado. COMUNIDADES Afinal havia outra! Ao longo destes últimos meses, tenho-me pronunciado com estranheza e crítica sobre as inconsequências da governação do Primeiro Ministro de Portugal Estranheza,... porque, quem se propôs governar, reafirmando o conhecimento profundo da situação portuguesa e nunca utilizar as críticas ao seu antecessor, como justificação dos seus problemas, outra coisa não tem feito. Porque quem disse que não aumentaria impostos, não retirava o 13° mês, não dificultaria economicamente o acesso à saúde, ao ensino e a tantos outros aspectos da vida social e económica dos portugueses, mais não tem feito do que isso e de forma tão calamitosa. Crítica,...porque não tem sido capaz de reconhecer os erros da sua política, em razão dos objectivos que diz perseguir, antes acentua a gravidade social e económica dessas mesmas medidas, contra todas as opiniões e maus resultados das experiências anteriores, demonstrando uma surdez às críticas que até lhe chegam do seu próprio partido e do seu parceiro de coligação, assumindo uma atitude de “quero, posso e mando”, que provoca profundas interrogações sobre a sua personalidade e propósitos. Porque é que Passos Coelho insiste neste tipo de medidas, reconhecendo (porque é público) que elas não vão dar o resultado desejado? Um Orçamento Geral do Estado para 2013, que irá provocar o “afundamento” da nossa já débil economia, uma quase impossível e absurda recuperação a médio prazo, e isto se apenas quisermos falar de indicadores económicos e “esquecermos” a situação das pessoas! Mas que raio se passa na cabeça desta gente? Quando aqui há dias ouvi o Ministro das Finanças, antes de apresentar o seu Orçamento para 2013, afirmar que a “ receita” que se segue “é um brutal aumento de impostos”, fiquei a pensar se, aquele senhor de “falinhas mansas”, não sendo louco, ou era sádico ou estava a gozar com o “pagode”! A resposta foi dada recentemente, quando o mesmo senhor desafia os portugueses a discutirem o papel do Estado, face aos impostos que pagam. Dito de outra maneira: se os portugueses querem manter o Estado Social que conquistaram, vão ter de continuar a pagar pesados impostos. Ainda mais recentemente, o PM completou a dica do seu liberal mentor, provocando o líder do Partido Socialista, para uma discussão em torno da reavaliação das funções do Estado, uma vez que necessita de cortar 4 mil milhões de euros na despesa. As coisas começam agora a ficar mais claras! Ou concluem que cometeram erros colossais na política que imposeram e a situação não tem saída, ou começo a acreditar que, afinal, havia outra ideia!...Que não eram inocentes os erros de avaliação e de estratégia deste governo, nem a sua recusa em tomar outras medidas, nem tão pouco estavam enganados no caminho a seguir. Era preciso colocar a economia de rastos, as pessoas e as empresas a sofrerem o mais possível e a contestação a subir de tom, para fazer aceitar a destruição do Estado Social e todas as políticas de solidariedade para com os mais fracos e LUIS BARREIRA deprotegidos, como sendo a única “tábua de salvação” contra a miséria em que nos vamos encontrando. Como prenúncio deste objectivo, já nos vinham habituando aos cortes no Ensino Público, no Serviço Nacional de Saúde, na Segurança Social e em todas as medidas destinadas a salvaguardar o apoio inter-geracional, além da redução progressiva de todo um conjunto de serviços que, até aqui, tal como em muitos outros países europeus, têm sido da competência dos respectivos estados. Se for esta a intenção dos nossos actuais governantes e do seu séquito de servidores obedientes, a expressão de Passos Coelho para definir o que agora pretende, como sendo a “refundação” do acordo com a “troika”, talvez deva aplicar primeiro este termo ao nome social democrata do seu partido, apelidando-o de “partido vitoriano”. É que, a ideologia social democrata, está associada à criação e desenvolvimento do Estado Social e mal ficaria que, uma associação política com esta designação, ficasse ligada a uma tentativa de recuo social de muitas décadas. Ao senhor Gaspar, ilustre pensador do “republicanismo americano”, aconselhava-o a não fazer deste País “terra queimada”, nem esquecer a história da cultura democrática europeia, para testar as suas teorias económicas neo-liberais. Reaprendemos a nossa democracia há quase 40 anos, com base em valores humanistas, que ainda estão bem patentes na maneira de ser e de estar das nossas gerações e, do outro lado do Atlântico, nem sempre nos chegam bons ventos! Tenha cuidado senhor Ministro, para que a ventania não force o seu regresso às origens!
Milénio Stadium... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! De 2 a 8 de Novembro de 2012 19 OPINIÃO Dão-se alvíssaras! AIDA BAPTISTA aidabatista@sapo.pt "É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido." José Saramago Zita Seabra foi uma personalidade que, durante muitos anos, admirei pela forma como se entregou a determinadas causas, mesmo que para isso tenha sido obrigada a viver na clandestinidade, antes mesmo de fazer dezoito anos de idade. Nunca a conheci pessoalmente, mas habituei-me a vê-la no parlamento: franzina, combativa, expressiva e de verbo fácil, a defender os direitos das mulheres num período em que, mesmo em democracia, era ainda bem difícil abordar certas questões, como as que se prendiam com a legalização do aborto. Em finais de 1980, teve direito à sua dissidência, como tantos outros de outras áreas políticas o fizeram. Contudo, e apesar de respeitar as decisões individuais, admito que sempre me fez uma certa confusão, não só a forma como depois se posicionou partidariamente (que a fez dar uma volta de 180 convicções), como o servilismo de sentido contrário, submissamente adoptado, negando tudo quanto até então defendera. Chegou a ser patética a forma como, enquanto deputada eleita pelo PSD na legislatura de 2005 a 2007, se destacou no combate contra a legalização do aborto. Uma coisa é mudar de opinião, e já dizia Herculano, «Só não muda de opinião, quem as não tem», outra, bem diferente, é mudar de convicções, naquilo que elas representam como estrutura orientadora do nosso pensamento e da nossa forma de estar na vida. «Aburguesara-se», rezavam as más-línguas da época em crónicas de mal dizer! Há poucas semanas, num programa semanal de televisão, em que o Dr. Medina Carreira leva um convidado e, num dueto moderado pela Judite de Sousa, ambos discutiam a situação do país, tive oportunidade de ouvir as doutas opiniões da Drª Zita Seabra, agora na qualidade de empresária da área da edição, em que tenta implementar as mais sofisticadas tecnologias de ponta. Zita Seabra estava lá para falar da burocracia, como um dos grandes constrangimentos ao desenvolvimento da nossa economia, não só pela quantidade de entidades que qualquer processo é obrigado a percorrer, mas também pela morosidade dos pareceres que fazem com que um projeto, a partir do momento em que é apresentado, possa levar anos até ser autorizado. Tendo em conta o seu atual mentor político - Prof. Cavaco Silva - admira-me que Zita Seabra não tenha chamado a esta monstruosa burocracia mais uma «força de bloqueio»! A empresária sabia bem do que falava porque, convertida ao capital, deu vários exemplos que, pelo seu pormenor, eram bem reveladores do conhecimento de causa, entre os quais se incluía a sua própria empresa. Contudo, havia ainda uma outra área em que se sentia como peixe na água - a da banca! Numa época em que a maior parte das empresas do nosso país vivem sérias dificuldades no que toca a conseguir empréstimos, Zita Seabra proclamou bem alto que não, que, no seu caso, tinha as melhores relações com os bancos e não sentia qualquer problema em obter financiamento. Quem diria?! A conversa foi avançando e Zita Seabra não perdeu a oportunidade de explicar a forma como as mais recentes tecnologias mudaram o mundo da edição, ao ponto de, muito em breve, o e-book destronar o livro de papel. E, numa conversa sem travões, foi vê-la discorrer sobre os prodígios dos «tablets», que têm a capacidade de armazenar não sei quantos mil títulos. E, logo de seguida, proferiu esta tirada espantosa: «Isto é o futuro. Este verão, por exemplo, na praia, vimos mais pessoas a ler livros nos seus «tablets» do que livros de papel!» E eu, que acredito nas grandes potencialidades que o futuro nos oferece, interroguei-me sobre o presente: «De que praia falava Zita Seabra? Onde é que ela fica?» Dar o salto das ideologias, minha cara, como sair do PC e ir para o PSD, ou, falando de cores, passar de vermelhinha a laranjinha, é fácil! Não é precisa uma varinha mágica! Basta o gosto pelos ambientes requintados, o convívio com gente muito bem apessoada em vez do proletariado pobretanas e sem charme, a frequência de restaurantes chiques em vez das roulotes de bifanas das festas do Avante e por aí adiante, que a lista dos degraus da ascensão social é infindável! Mas, minha cara Zita, a praia de que fala deve ser uma destas em que estive e onde, por um raro acaso, deitada na toalha estendida na areia, adormeci com o livro que tinha nas mãos aberto sobre a cara. O meu neto mais novo andava na água e, quando se aproximou e me viu daquela forma, jogando com o trocadilho que a palavra inglesa permite, disse para o irmão: «A avó está no facebook!» (tradução literal de face (cara) + book (livro). Admito que não sou frequentadora das praias da Quinta do Lago ou de outras localizadas em zonas interditas à minha magra pensão de reforma. Talvez se encontrem numa dessas os tais leitores utilizadores dos «tablets». No entanto, e recorrendo à velha fórmula, tantas vezes lida em jornais: «Dãose alvíssaras a quem a encontrar!». Será que a malta dos «tablets» sabe o que são alvíssaras? TORONTO XV Semana Cultural Açoriana 4 a 9 de Novembro Tema: “Açorianos – com orgulho do que é nosso” ACasa dos Açores do Ontário (C.A.O) vai levar a cabo a XV Semana Cultural Açoriana que se realizará de 4 a 9 de novembro, sob a temática “Açorianos: com orgulho do que é nosso”. Sendo uma semana dedicada, inteiramente à divulgação da cultura, tradições, música e artesanato açoriano no Canadá e ao reforço da união de todos os Açorianos/Portugueses em geral, estamos certos de que os portugueses de uma forma geral e os açorianos em particular, vão apoiar todos os momentos desta semana cultural. O Jantar de Gala do XXVII Aniversário da Casa dos Açores do Ontário realizar-se-á no dia 10 de novembro, do corrente, pelas 18:00 no seu salão nobre, certos de que a sua lotação estará esgotada, os interessados poderão obter mais informações através do email secretaria@cacores.ca ou pelo telefone (416) 603-2900 (Ext 1). Eis o programa desta XV Semana Cultural Açoriana: Domingo, 4 de Novembro- Sabores Açorianos 15:00- Abertura Oficial das Cerimónias Segunda-feira, 5 de Novembro- Noite Artística 19:30- Apresentação do Documentário- “Discover the Azores: my secret paradise” Terça-feira, 6 de Novembro- Noite da Terceira (organização do Sport Clube Lusitânia de Toronto) 19:30- Lançamento do livro “Aurora e Sol Nascente” pelo autor Mário Costa Quarta-feira, 7 de Novembro- Noite de Literatura 19:30- Lançamento do Livro - “Açores: quem somos/porque somos”, pelas autoras Dras. Conceição Cabral e Orísia Melo, vindos directamente de São Miguel, Açores, apresentação pela Prof. Dra. Maria João Dodman Apresentação do Livro - “Canteiro da Memoria” autoria de João-Luis de Medeiros, por Fátima Toste Actuação de Nélia Maria. Quinta-feira, 8 de Novembro- Noite da Terceira Idade 19:30- Saudação pelo Vice-Presidente da Terceira Idade da CAO- Sr. Luís Reis Sexta-feira, 9 de Novembro- Noite da Juventude 19:30- Intervenção do jovem estudante Kristopher Sousa, sob o tema “Portuguese Youth: Making a Difference in Society” Sábado, 10 de Novembro- Jantar de Gala, Comemorativo do XXVII Aniversário da CAO 19:30- Hinos Nacionais – Michelle Cabral
Page 2 and 3: 2 De 2 a 8 de Novembro de 2012 Mil
Page 10 and 11: 10 Milénio... Às Sextas-feiras, b
Page 24: 24 De 2 a 8 de Novembro de 2012 Mil

De 2 a 8 de Novembro de 2012 - Post Milenio

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?