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De 2 a 8 de Novembro de 2012 - Post Milenio

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8 <strong>De</strong> 2 a 8 <strong>de</strong> <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

Milénio Stadium... Às Sextas-feiras, bem pertinho <strong>de</strong> si!<br />

COMUNIDADE<br />

Rabo <strong>de</strong> Peixe – Local 183<br />

Amigos rabopeixenses em festa rija<br />

Esta associação fundada em<br />

1998 por Afonso Tavares<br />

levou a efeito o seu XIV<br />

encontro anual no espaçoso, acolhedor<br />

e confortável salão <strong>de</strong> festas<br />

da Local 183 que quase se tornou<br />

pequeno para albergar as 870 pessoas<br />

que ali acorreram.<br />

Tem como presi<strong>de</strong>nte do executivo Artur<br />

Semedo. Vice presi<strong>de</strong>nte Paul Rebelo.<br />

Tesoureira Grace Couto. Secretária Eduarda<br />

Costa. Segunda secretária Maria Rebelo e os<br />

diretores; Oriana Macedo, Leo Couto,<br />

A<strong>de</strong>lino Costa, Joe Amaral, Maria Fernanda,<br />

José Maria Faria e Filomena Faria. Esta<br />

gente, com o patrocínio <strong>de</strong> várias firmas da<br />

comunida<strong>de</strong> portuguesa <strong>de</strong> Toronto, com<br />

afinco, muito esforço e <strong>de</strong>dicação seguem os<br />

trilhos das direções anteriores; ajudar o próximo<br />

através do envio do Cabaz do Natal e <strong>de</strong><br />

pedidos <strong>de</strong> ajuda que <strong>de</strong> quando em vez lhes<br />

chegam especialmente da freguesia <strong>de</strong> Rabo<br />

<strong>de</strong> Peixe. Segundo Artur Macedo, autor da<br />

música da “Marcha dos Amigos <strong>de</strong> Rabo <strong>de</strong><br />

Peixe” escrita por Gabriel Sousa, que simultaneamente<br />

serve <strong>de</strong> hino, o que mais marcara<br />

a associação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação fôra o<br />

pedido <strong>de</strong> ajuda <strong>de</strong> um jovem <strong>de</strong> Rabo <strong>de</strong><br />

Peixe que se encontrava canceroso e sem<br />

condições para tratar-se.<br />

Esta associação não tem sócios, sobrevive<br />

apenas <strong>de</strong> patrocínios que são seletados<br />

uma vez por ano por altura da festa. <strong>De</strong>pois<br />

das <strong>de</strong>spesas pagas, o resto do dinheiro é<br />

<strong>de</strong>positado numa conta bancária para ser<br />

usado pelo Natal ou outro qualquer propósito<br />

que surja inesperadamente.<br />

A festa teve a participação do conjunto<br />

Mexe Mexe que também proporcionou o<br />

som para as apresentações <strong>de</strong> Durval Ferreira<br />

que apesar <strong>de</strong> não ser homem da rádio fez um<br />

excelente trabalho. Foi ele que pediu a<br />

bênção <strong>de</strong> <strong>De</strong>us para a maravilhosa refeição<br />

servida com muita etiqueta por Cabral<br />

Catering. Porém, antes que esta fosse servida,<br />

a jovem Courtney Flor, possuidora <strong>de</strong> uma<br />

voz angélica, cantou os hinos do Bom Jesus,<br />

do Canadá e <strong>de</strong> Portugal. Após o jantar,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um breve discurso pelo presi<strong>de</strong>nte<br />

do executivo, foram homenageados; Renato<br />

Moniz, resi<strong>de</strong>nte na ilha do Arcanjo, pelo seu<br />

empreen<strong>de</strong>dorismo e Maria Andra<strong>de</strong>, como<br />

emigrante do ano, pelo seu voluntariado<br />

muito especialmente como organizadora da<br />

Avelino Teixeira<br />

Texto e Fotos<br />

festa das amigas cuja receita reverte a favor<br />

da Socieda<strong>de</strong> do Cancro e outras. Usaram da<br />

palavra; Maria do Céu presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Rabo <strong>de</strong> Peixe e os presi<strong>de</strong>ntes<br />

das associações homólogas do Quebec e<br />

Nova Inglaterra respetivamente; Eduardo<br />

Leite e Domingos Leite.<br />

Como parte integrante do entretenimento,<br />

atuaram Geana Soares com cantigas populares<br />

levando à pista <strong>de</strong> dança muita gente, e<br />

o grupo Sombras da Noite, da ilha <strong>de</strong> São<br />

Miguel, constituído pelo vocalista Alexandre<br />

Criador e pelos bailarinos Hel<strong>de</strong>r Criador,<br />

Emiliana Vieira e Cristina Vieira.<br />

O grupo encontrava-se <strong>de</strong> passagem por<br />

Toronto a convite do seu agente. Estes quatro<br />

jovens, com cantigas populares, agradaram<br />

aos convivas presentes, muito principalmente<br />

aos mais jovens. Mas o que na realida<strong>de</strong><br />

tocou o coração <strong>de</strong> todos os presentes foi o<br />

Tradicional Bailinho dos Amigos <strong>de</strong> Rabo <strong>de</strong><br />

Peixe, vulgarmente conhecido por Bailinho<br />

dos Pescadores, que se crê tenha sido levado<br />

para Rabo <strong>de</strong> Peixe pelos primeiros habitantes<br />

da freguesia vindos <strong>de</strong> Espanha. Foi<br />

sem dúvida uma experiência excecional (para<br />

mim emocional) para quem ainda nunca o<br />

tivesse visto atuar. A música, que para mim<br />

parece ser semelhante à do Baile Furado, inebria<br />

os espetadores <strong>de</strong> tal modo que aos<br />

poucos estes se vão juntando à roda formada<br />

pelos bailarinos, na sua maioria muito jovens,<br />

que tocam castanholas e em uníssono com os<br />

músicos produzem um efeito sincronizado e<br />

espetacular. As vozes, geralmente femininas,<br />

sucediam-se com rimas alusivas a Rabo <strong>de</strong><br />

Peixe sua terra natal. Se fosse permitido e<br />

mais tempo houvesse, o baile teria continuado<br />

noite <strong>de</strong>ntro sem produzir cansaço, Afinal<br />

era Rabo <strong>de</strong> Peixe que estava em questão<br />

embora estivesse presente muito gente proveniente<br />

<strong>de</strong> outras ilhas do arquipélago açoriano.<br />

É assim que gostamos <strong>de</strong> ver os açorianos!!!<br />

Jennifer Bettencourt<br />

Aconteceu fado no<br />

Restaurante First Choice<br />

Texto e fotos <strong>de</strong> Avelino Teixeira<br />

ACanção<br />

Nacional<br />

Portuguesa,<br />

agora património<br />

imaterial da<br />

humanida<strong>de</strong>, parece<br />

estar em voga na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Toronto<br />

nas vozes <strong>de</strong> gente<br />

jovem que nos traz<br />

uma <strong>de</strong>sejada lufada<br />

<strong>de</strong> ar fresco e nos<br />

fazem lembrar uma<br />

severa que talvez se<br />

tenha reencarnado<br />

na pessoa <strong>de</strong><br />

Jennifer<br />

Bettencourt.<br />

Para muita gente a Severa<br />

ainda po<strong>de</strong>rá ser um mito,<br />

mas o certo é que ela existiu.<br />

Nasceu em 1820 e faleceu<br />

em 1846 vítima <strong>de</strong> uma<br />

terrível tuberculose. As<br />

suas ilícitas relações<br />

amorosas com o Con<strong>de</strong><br />

Vimioso constituíram<br />

motivo <strong>de</strong> inspiração para<br />

representações plásticas,<br />

teatro, cinema, televisão e<br />

um livro escrito por Júlio<br />

Dantas que <strong>de</strong>u origem a<br />

uma peça <strong>de</strong> teatro em quatro<br />

atos representada pela<br />

primeira vez a 25 <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> 1901 no Teatro<br />

<strong>de</strong> Dona Amélia hoje conhecido<br />

por Teatro <strong>de</strong> D.<br />

Luís.<br />

Não existem gravações<br />

<strong>de</strong>la em qualquer formato,<br />

mas dizia-se que era simpática,<br />

tinha uma voz<br />

muito agradável e que se<br />

acompanhava a si própria<br />

por uma guitarra. Estes<br />

últimos atributos aplicamse<br />

<strong>de</strong> uma forma coinci<strong>de</strong>nte<br />

à nossa jovem fadista<br />

que cantou numa noite <strong>de</strong><br />

fado, que teve lugar no<br />

First Choice, proprieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> José Patrício e Isabel<br />

Correia, com a ajuda <strong>de</strong><br />

José Hélio e Maria<br />

Martins. Na mesma noite<br />

também cantou Tony<br />

Castro, natural da Ilha da<br />

Ma<strong>de</strong>ira, um dos muitos<br />

alunos <strong>de</strong> António Amaro<br />

que então se fazia acompanhar<br />

pelo Violista Tony<br />

Melo.<br />

Jennifer Bettencourt tem<br />

apenas 27 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

Nasceu em Toronto a 25 <strong>de</strong><br />

setembro <strong>de</strong> 1985. É filha<br />

<strong>de</strong> José Bettencourt natural<br />

da Prainha do Norte, ilha<br />

do Pico e <strong>de</strong> Cândida<br />

Bettencourt nascida em<br />

Várzia <strong>de</strong> Miruje,<br />

Concelho <strong>de</strong> Ceia, Distrito<br />

da Guarda. Seu amor pelas<br />

cantigas ter-se-á ficado a<br />

<strong>de</strong>ver a sua avó paterna, Iva<br />

Bettencourt, (atualmente<br />

com 78 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> a<br />

filha mais nova <strong>de</strong> uma<br />

família constituída por<br />

quinze filhos), com quem<br />

ainda muito novinha já<br />

cantava o “Amor é um<br />

bichinho” <strong>de</strong> Carmen<br />

Silva.<br />

Quando ouvi a Jennifer<br />

Bettencourt cantar pela<br />

primeira vez na Casa do<br />

Alentejo vi nela as qualida<strong>de</strong>s<br />

necessárias para vir a<br />

ser uma gran<strong>de</strong> fadista: voz<br />

cristalina, <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za, modéstia,<br />

abertura, espontaneida<strong>de</strong>,<br />

meiguice, e acima <strong>de</strong><br />

tudo sentimento.

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