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Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertações

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Resposta que mlo convence porque 0 que <strong>de</strong>ve ser levado em consi<strong>de</strong>rac;ao e a<br />

obra como dispositivo <strong>de</strong> comunicac;ao e a obra em sua genese.<br />

Enten<strong>de</strong>m-se por cenografia uma situac;ao <strong>de</strong> enunciac;ao que a obm<br />

liteniria estabelece. De acordo com Maingeneau, ela <strong>de</strong>tem as condic;oes <strong>de</strong><br />

enunciador e <strong>de</strong> co-enunciador.<br />

Mas tambem 0 espac;o (topografia) e 0 tempo<br />

(cronografia) atraves dos quais se <strong>de</strong>senvolve a enunciac;ao - sendo este ultimo 0<br />

ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque <strong>de</strong>ste capitulo.<br />

A cenografia <strong>de</strong> dada obra e dominada pelo cemirio litenirio; ele e 0<br />

que vem a conferir "0 contexto pragmatico<br />

a obra, associando urnaposic;ao <strong>de</strong><br />

"autor" e <strong>de</strong> "publico" cujas modalida<strong>de</strong>s variam <strong>de</strong> acordo com as epocas e as<br />

socieda<strong>de</strong>s.<br />

o Poeta H. Dobal vale-se da cenografia validada pela lrnguagem<br />

apresentada nos poemas para fazer surg1T urn novo tempo: urn tempo superior ao<br />

tempo do poeta , aquele tempo quese encarrega <strong>de</strong> transportar 0 passado a<br />

construc;ao do presente. 0 presente e 0 tempo do poeta. Urn tempo <strong>de</strong> dor, <strong>de</strong><br />

lembranc;as, <strong>de</strong> sauda<strong>de</strong> pelo que restou da cida<strong>de</strong>; dos rios, enfun, da sua terra<br />

natal. Lembra-se que nao e somente da cenografia das lembranc;as que a obra<br />

prece<strong>de</strong>, mas tambem cenografia hurnana.<br />

o tempo <strong>de</strong>ntro da literatura vem interessando<br />

as mentes litenirias<br />

atraves das epocas, tendo merecido <strong>de</strong>staque especial na literatura<br />

contemporanea.<br />

o tempo, como diz Kant, segundo MEYER HOFF, "e a mats<br />

caracteristica forma da experiencia". E muito mais geral do que 0 espac;o porque<br />

se esten<strong>de</strong> ao mundo interior das impressoes, emoc;oes e i<strong>de</strong>ias gerais 1976, p.<br />

o tempo e <strong>de</strong> certa forma representativo<br />

para 0 homem porque nao<br />

se esten<strong>de</strong> separado do conceito do eu. Ele nasce da relac;ao do eu com as coisas.<br />

A ~xperiencia do tempo pressupoe uma altera9ao do ser.

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