Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertaÃ§Ãµes

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22 Move!. Migrante. Urn rio. 23 Jamais 0 mesmo. As montagens que se constroem na poetica de H. Dobal saG: 0 presentesobre 0 passado e 0 passado sobre 0 passado. Mais urna vez se diz que a experiencia do tempo pressupoe urna alterac;ao do ser, A m{3r!idaque homem experimenta 0 tempo, prova-se a 81 mesmo, que de simples expectador passa a atuar gerando seu proprio drama. No poema acima 0 poeta passa a viver seu drama a partir do presente. 0 presente e a referencia logica para a constru9ao de urn tempo que ora acha-se longinquo (passado) mas que esta bem proximo da sua realidade. 0 homem de hoje narra 0 tempo que passou. Este item pode ser observado nos versos de N Q 1 ao de N Q 6, em que 0 homem lamenta a precariedade da natureza pela ac;ao do tempo, culpando-se, em parte, por aquele rio que se compraz no seu curso. Portanto, outro tempo e arquitetado no poema atraves da memoria do homem que presenciou a vida (versos de N Q 13 a 16), e, hoje, presencia a morte (versos de NQ22 e 23). Este tempo presente relaciona-se a urn espac;o Social e Historico. A constatac;ao de tudo que foi essencia de urna dada epoca the vem da analise do espac;o que the e dado a frequentar.
Outro tempo se forma na poesia de Dohal. 0 passado dentro do passado e vivido pelo menino que lemhra dos tempos de sua avo, de sua infancia na fazenda: (...) Ai campos de criar. Fazenda de minha avo onde outrora havia banhos de leite. Ai lendas tramadas pelo invemo. Ai latifUndios. (Campo Maior in Ohra Completa, 1997, p. 25) As superposi90es temporais concorrem no poema para a forma9aO do novo tempo, aproveitando, que freqilenta. dessa forma, 0 drama do poeta diante do espa90 3.1.2 A SUPERPOSI
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