Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertações

plasticidade e novidade da imagem. Logo, caracteriza-se, neste poema, 0
processo futurista da montagem e 0 processo surrealista da seqUencia. onIDca.
Ambos combinam-se pelo trac;o comum, associativo, e justapoem-se sintatica e
simbolicamente os dados da imaginac;ao.
Ao longo da leitura que se fez dos poemas (aqui selecionados de
Obras Completas de Dobal) Os Ossos, Campo Maior e As Chuvas,
respectivamente pertencente as obras "0 Dia sem Pressagios, 0 Tempo
Conseqiiente e A Provincia Deserta" pode-se verificar 0 tempo que nasce nas
imagens que sao reativadas atraves do re-sentimento de todo urn passado que se
faz presente, de todo presente que se faz presente e urn presente das coisas
futuras.
)I. pra~a nao tinfia fCores nem
jartfim. Pra~a ")I.ntiCirica.
Pra~a ae drvores mortas".
Segundo Chevalier, a morte, enquanto simbolo, e 0 aspecto
perecivel e destrutivel da existencia. Ela indica aquilo que desaparece na
evolm;ao irreversivel das coisas e esta ligada ao simbolismo da terra. Mas
tambem e, introdutora aos mundos desconhecidos dos Infernos ou dos Paraisos
(Chevalier, 1999, p.621 a 622), dai 0 seu carater ambivalente.
Para os misticos, de acordo com a psicologia e a medicina, 6 da
natureza hurnana a id6ia de morte justaposta sempre a id6ia de vida. A morte
num dado momento ou lugar e talvez condic;ao essencial para que algo venha a
nascer, constituindo urna vida superior em Qutro myel: 0 espiritual ao contrario