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Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertações

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<strong>30</strong> 0 tempo gasta estas pedras<br />

31 com mil artificios repetidos.<br />

32 Contra a pedra eo tempo nos afiamos<br />

33 e em nos porfiamos estas lembranyas<br />

34 que se vao <strong>de</strong>sgastando para nunca:<br />

35 estas formas <strong>de</strong> pedra simulacra<br />

36 <strong>de</strong> bichos ou <strong>de</strong> sonhos sao perguntas<br />

37 ao claro azul as arenosas trilhas<br />

38 que aceitamos aqui como os domingos<br />

39 sem sucessao plantados na chapada.<br />

(Dobal, 1997, p. <strong>30</strong>)<br />

Duas situayoes sao tomadas aqui. A situayao precaria da paisagem<br />

do Piau! e as lembranyas que se vao gastando para nunca )que se formul£\a<br />

memoria do poeta.<br />

~ Isto po<strong>de</strong> ser muito bem representado atraves do pronome "nos"<br />

gC . / /<br />

que ora' acha-~li~(expressef claramente, ora subtendidfnos versos do poema.<br />

Comprove-se nos versos <strong>de</strong> N Q 26,33 e 38.<br />

As superposiyoes que sao <strong>de</strong>stacadas neste estudo contribuem para<br />

a efetivayao do tempo que morre na poetica <strong>de</strong> Doba!.<br />

expressar uma i<strong>de</strong>ia, urn verso, frase ou -sentenya, e repeti-Ios com palavras

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