Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertações
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Quando se pergunta 0 que e 0 homem, tem-se como resposta a<br />
pergunta 0 que e 0 tempo. 0 homem, na verda<strong>de</strong>, e mais do que nunca vitima<br />
<strong>de</strong> uma sucessao <strong>de</strong> mudan9as temporais:<br />
1 Nesta la<strong>de</strong>ira, urna meia-morada,<br />
2 Nesta la<strong>de</strong>ira, urna meia-vida.<br />
3 0 meio-homem<br />
4 que sobe e <strong>de</strong>sce<br />
5 pela antiguida<strong>de</strong><br />
6 <strong>de</strong>sta la<strong>de</strong>ira<br />
7 seria urn homem pleno<br />
8 se !he bastassem apenas<br />
9 a suavida<strong>de</strong> da tar<strong>de</strong><br />
10 a vira9ao do mar,<br />
11 a indolencia do tempo.<br />
(Dobal, 1997, p. 168)<br />
Logo, percebe-se no poema abaixo que 0 tempo na experiencia<br />
pessoal e testemunha <strong>de</strong> vcirias transforma90es<br />
e situa90es vivida pelo homem<br />
nurn dado espa90 fisico e psicologico. A medida que 0 homem experimenta 0<br />
tempo, prova-se a si mesmo, que <strong>de</strong> simples espectador<br />
passa a atuar gerando<br />
seu proprio tempo e espa90 autocriando seu drama.<br />
E <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa perspectiva que se busca comprovar a existencia <strong>de</strong><br />
urn outro tempo auxiliado pelo espa90 nos poemas <strong>de</strong> H. Doba!. Passa-se agora,<br />
a citar as divers as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> manifesta90es da cenografia atestada em