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Avaliação da Eficiência de um Reator Anaeróbio de Leito Fluidizado ...

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26<br />

Ao atravessar o leito poroso em baixa veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>, o fluido per<strong>de</strong> pressão,<br />

porém não movimenta as partículas. O a<strong>um</strong>ento <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong> carga do fluido através do<br />

leito prossegue até que as partículas sóli<strong>da</strong>s fiquem soltas <strong>um</strong>a <strong>da</strong>s outras. Isto<br />

acontece quando a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> pressão é suficiente para equilibrar o peso aparente <strong>da</strong>s<br />

partículas, qualquer a<strong>um</strong>ento na veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> resulta na expansão do leito, com<br />

conseqüente movimento <strong>da</strong>s partículas. Neste estado <strong>de</strong> transição, diz-se que o leito<br />

está no ponto <strong>de</strong> fluidização incipiente, e a correspon<strong>de</strong>nte veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> superficial é<br />

<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> fluidização. Um a<strong>um</strong>ento na veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> do líquido<br />

resulta no acréscimo na expansão do leito, no movimento <strong>da</strong>s partículas e <strong>um</strong>a<br />

distancia média maior entre elas (CAMPOS, 1999).<br />

A magnitu<strong>de</strong> <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> fluidização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

partículas e <strong>de</strong> seu tamanho. Tal <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser maior do que a do líquido, para<br />

garantir que as partículas fluidiza<strong>da</strong>s permaneçam no reator. Para que isso ocorra a<br />

vazão <strong>de</strong>ve ser ajusta<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma a manter as partículas em movimento, mas manti<strong>da</strong><br />

suficientemente baixa para evitar que sejam arrasta<strong>da</strong>s com o efluente KUNII e<br />

LEVENSPIEL (1969).<br />

A movimentação <strong>da</strong>s partículas suporte é <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância para o<br />

controle operacional, para a formação dos consórcios <strong>de</strong> microrganismos e para a<br />

eficiência do reator (BRAGA, 1989).<br />

A fluidização do leito é controla<strong>da</strong> pela veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> vertical do fluxo <strong>de</strong><br />

entra<strong>da</strong>, obti<strong>da</strong> pela recirculação do resíduo líquido ou pela injeção <strong>de</strong> gás. No estado<br />

fluidizado as partículas não mantêm <strong>um</strong>a posição fixa no leito (BRAGA, 1989).<br />

As características do leito fluidizado po<strong>de</strong>m ser compara<strong>da</strong>s às <strong>da</strong> areia<br />

movediça, em que ca<strong>da</strong> partícula é separa<strong>da</strong> <strong>um</strong>a <strong>da</strong>s outras pelo fluido. O sistema<br />

apresenta as características <strong>de</strong> <strong>um</strong> fluido e, como tal, ce<strong>de</strong> sob a ação <strong>de</strong> qualquer<br />

esforço externo, permitindo a flutuação <strong>de</strong> corpos menos <strong>de</strong>nsos do que o leito, que<br />

causam até a formação <strong>de</strong> on<strong>da</strong>s na sua superfície (GOMIDE, 1983).<br />

Na Figura 2.5 em escalas logarítmicas <strong>de</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong> carga ∆P em função <strong>da</strong><br />

veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> superficial po<strong>de</strong> ser verificado as constatações observa<strong>da</strong>s acima.

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