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terreno dos fundos, e o presidente irredutível coloca-se veemente contra a continuação
da obra. A obra parada gerava infiltração, desperdício de material e parecia também
incomodar a vizinhos, mas o pedido parte de um cooperado com o qual o presidente não
é nada amistoso. Além disso, trata-se de um problema também discutido em termos de
suas consequências diretas e indiretas para os outros cooperados, inclusive sob a dúvida
quanto ao comprometimento de projeto comum em andamento.
Discussões deste tipo colocavam o problema comum quanto ao limite das
ampliações do modelo estrutural da casa, segundo o qual ainda não é permitida a
construção em segundo andar. Mas tornou-se evidente para mim que a discussão
acalorada entre os dois, presidente e cooperado requerente, extrapolava os limites da
versão técnica tendo em vista um desentendimento pessoal entre eles. O presidente já
havia discutido antes com o tal cooperado em função de acusações sobre uso de drogas
no condomínio. Tal situação a mim tornou-se compreensível apenas de forma indireta.
Já o desentendimento in loco, por outro lado, ensejou uma comparação explícita
entre a figura do atual presidente Genilson e a figura do ex-presidente Zé Carlos por
parte do cooperado pivô. Algo que ninguém faria assim abertamente. O cooperado
atribui ao segundo uma habilidade na resolução de conflitos, pois eis que o considera
uma pessoa com a qual se pode conversar, resolver problemas, ao contrário do
presidente que considera mal educado, com o qual não tem como se conversar!
A polêmica inicia-se quando o cooperado fala a todos sobre as condições de sua
obra, alegando que obedeceu aos critérios devidos de construção, no sentido de que a
estrutura da casa é segura e que desejaria continuá-la. O cooperado Leandro opina
dizendo que não há problema a não ser a casa que ainda não está quitada e que a
estrutura não importa, se cair, vai cair em cima dele! O cooperado Zé Carlos interfere e
fala da importância em se preservar a área coletiva que protege o reservatório de água e
diz que a FBR não se responsabiliza por novas construções e que futuramente haverá
acréscimo de IPTU. E alerta a todos sobre o privilégio do lugar: Isso aqui é um paraíso!
Mesmo feio assim! Aqui não há briga, não há boca de fumo! O cooperado que pleiteia a
construção esclarece que sua mãe está usando a área coletiva com plantação a fim de
que os animais não invadam, pelo menos enquanto não se requer a área coletiva, e que a
casa só não está quitada porque há dois anos a FBR não envia mais boletos de
pagamento.