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Baixar - Proppi - UFF

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37<br />

Alcântara, no município de São Gonçalo, sobre a carência habitacional neste município<br />

para a população de baixa renda, mais especificamente nos seus bairros periféricos.<br />

Segundo dados do documento da FBR “Metodologia de Trabalho – Ipiíba” (2009:10) a<br />

preocupação inicial destes representantes era “com o número crescente de famílias semteto<br />

na cidade de São Gonçalo, cujo resultado era: crescimento desordenado de favelas e<br />

mais de 100 ocupações de terrenos e de prédios abandonados.”<br />

A primeira tentativa de mobilização das famílias de baixa renda moradoras da<br />

região de São Gonçalo, interessadas em adquirir casa própria, mas sem possibilidades<br />

econômicas para adquirir de forma autônoma, se deu por meio das missas realizadas<br />

nesta igreja. As primeiras famílias, que vieram depois a se constituir em cooperados,<br />

souberam da proposta do padre por meio dos avisos emitidos durante estas missas das<br />

quais participavam. A maioria delas vivia de aluguel e muitas em imóveis bastante<br />

precários, como vim a saber posteriormente pelos próprios cooperados já assim<br />

constituídos.<br />

O padre desta igreja e uma senhora, muito participativa das atividades católicas,<br />

iniciaram, então, uma organização destas primeiras famílias interessadas. É, então,<br />

criada em 1998 a Associação São Pedro de Alcântara, a fim de criar um fundo coletivo<br />

arrecadado mensalmente pelas famílias para a compra do terreno, cujo presidente é o<br />

padre João, idealizador da proposta de habitação. Mas as dificuldades financeiras da<br />

maioria das famílias cadastradas inviabilizaram a arrecadação do valor do terreno por<br />

poupança. Foi quando a iniciativa pôde se concretizar por meio de um empréstimo com<br />

a própria Igreja São Pedro de Alcântara, que por sua vez financiou parte do valor<br />

necessário à compra do terreno no bairro Ipiíba por meio de um empréstimo bancário.<br />

O financiamento dos lotes uni-familiares que, futuramente, darão lugar a 220<br />

moradias populares, são repassados a custos acessíveis às famílias associadas. Depois<br />

da compra dos lotes, o primeiro grupo organizado, as 37 famílias que originaram a<br />

Cooperativa Ipiíba, obtiveram o financiamento do material de construção das casas<br />

quando o mesmo padre presidente da Associação São Pedro de Alcântara possibilitou o<br />

contato com a Fundação Centro de Defesa dos Direitos Humanos Bento Rubião, a qual<br />

passou também a assessorá-los técnica e juridicamente na viabilização da cooperativa,<br />

disponibilizando profissionais da área de engenharia, arquitetura, direito e serviço social<br />

às famílias.

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