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casas construídas que emergem das reuniões de assembleia. Busco compreender como
nelas são questionados o Estatuto Social da cooperativa e a identidade de cooperado
enquanto proposições deles, como eles se responsabilizam e responsabilizam a FBR
como instituição relevante sob este contexto e como é argumentado o espaço comum da
moradia e o espaço privado da casa.
No quinto capítulo, complementar ao quarto, trato das visões retrospectivas dos
cooperados titulares acerca da experiência cooperativa por meio da aplicação de
questionários cujas questões propostas convergem para os temas surgidos
espontaneamente durante as reuniões de assembleia. Proponho assim as motivações
para a adesão à cooperativa – questão atualizada por ocasião do meu último retorno ao
campo – além da apreciação das relações de convivência entre moradores cooperados e
não cooperados no espaço do condomínio, dos motivos alegados de satisfação e de
insatisfação com a cooperativa, bem como de seus aspectos positivos e negativos.
Abordo ainda o projeto de ampliação e de reforma da casa, além dos planos pessoais e
familiares para o futuro.
Na terceira parte do trabalho, composta pelo sexto e sétimo capítulos, abordo as
relações das famílias cooperadas com os outros atores envolvidos com as propostas de
mobilização e cooperação consubstanciadas em projeto de intervenção social que se
atualiza. Fundamento-me na reinserção da FBR no campo Ipiíba através da proposição
do serviço de assistência técnica para organização e mobilização comunitária das
famílias cooperadas e das novas famílias pleiteantes a moradores no bairro. Busca-se
através deste serviço viabilizar o assentamento destas famílias no espaço da cooperativa
e a construção de novas moradias sob financiamento do governo federal via programa
de habitação de interesse social.
Nesta parte exploro também o campo de mobilização política acerca das
questões habitacionais no país representado pela União Nacional por Moradia Popular
que em sua filial estadual do Rio de Janeiro representam grupos de famílias através da
parceria com a FBR. Sejam elas famílias já organizadas como cooperativas, como as
famílias cooperadas de Ipiíba, ou novas famílias pleiteantes à casa própria na região da
grande Rio e também em São Gonçalo.
No sexto capítulo trato das incongruências e contradições na implementação do
projeto de assistência técnica da FBR no que se refere ao postulado da