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Sinal Verde - Senac

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Notas<br />

Hospitais<br />

saudáveis<br />

Parece redundância,<br />

já que<br />

um hospital, por<br />

definição, deve<br />

cuidar da saúde,<br />

mas o nome é esse mesmo. Para ganhar<br />

o título de hospital saudável, a<br />

instituição deve cumprir ao menos<br />

duas normas de uma lista que inclui<br />

itens como redução do consumo<br />

de água e energia, tratamento adequado<br />

de resíduos, substituição de<br />

substâncias nocivas (mercúrio, por<br />

exemplo), compra de produtos mais<br />

seguros e sustentáveis e diminuição<br />

da prescrição abusiva de remédios.<br />

Cerca de 3 mil hospitais em todo<br />

o mundo já participam dessa rede,<br />

que no Brasil conta com a participação<br />

do Sírio-Libanês, da Santa<br />

Casa de Misericórdia (ambos de<br />

São Paulo) e do Instituto de Traumatologia<br />

e Ortopedia (do Rio de<br />

Janeiro), entre outros. Redes como a<br />

Amil e a Associação Paulista para o<br />

Desenvolvimento da Medicina também<br />

se juntaram ao grupo. O lançamento<br />

desse conceito no Brasil<br />

ocorreu em setembro, durante o 5º<br />

Seminário de Hospitais Saudáveis,<br />

realizado na capital paulista. A iniciativa<br />

tem o apoio da organização<br />

não governamental Saúde sem Dano<br />

(www.noharm.org).<br />

A Rede Global de Hospitais <strong>Verde</strong>s<br />

e Saudáveis (www.greenhospitals.net)<br />

pretende conquistar a adesão de<br />

pelo menos 10% dos hospitais brasileiros<br />

em um prazo de dois anos.<br />

Sociedade da<br />

intoxicação<br />

Para o filósofo, sociólogo e historiador<br />

francês Edgar Morin, a sociedade<br />

de consumo é uma sociedade da<br />

intoxicação. De passagem pelo Brasil<br />

em junho, quando participou do<br />

workshop “A Terra está inquieta”, evento<br />

paralelo à conferência Rio+20, o<br />

pensador definiu assim o mundo em<br />

que vivemos. Segundo ele, é uma<br />

intoxicação de caráter egocêntrico,<br />

baseada no discurso publicitário,<br />

que promete beleza, juventude, saúde<br />

e ilusão.<br />

Morin defende transformações urgentes<br />

para que não se inviabilize a<br />

vida humana. “Uma nova sociedade<br />

será produto de uma nova política,<br />

uma nova educação e uma nova<br />

consciência”. Para o intelectual francês,<br />

a ideia de sustentabilidade é imprecisa.<br />

Em geral, significa promover<br />

o desenvolvimento sem degradar<br />

a natureza. Para isso, observa, são<br />

necessárias algumas condições particulares<br />

no campo das energias e da<br />

concepção dos produtos.<br />

“Hoje, nas empresas, por razões de<br />

competitividade, há pressões para<br />

que os trabalhadores produzam<br />

mais e em maior velocidade, às vezes<br />

em condições opressivas e adversas<br />

à saúde. Precisamos mudar o<br />

sentido da palavra desenvolvimento,<br />

que tem um núcleo técnico-econômico<br />

demasiadamente forte, em<br />

detrimento de um desenvolvimento<br />

humano mais rico. O conceito<br />

de sustentabilidade deveria estar<br />

relacionado a uma via pessoal sustentável.<br />

Ficar duas horas dentro de<br />

um ônibus para chegar ao trabalho,<br />

depois voltar, dormir e retornar ao<br />

trabalho, por exemplo, é insensível.<br />

Precisamos diminuir o ritmo, mudar<br />

muito para alcançarmos de fato a<br />

sustentabilidade”.<br />

28<br />

<strong>Senac</strong> Ambiental

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