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análise do projeto de estruturas metálicas espaciais - SET - USP

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Análise <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> <strong>estruturas</strong> metálicas <strong>espaciais</strong>: ênfase em coberturas<br />

45<br />

9.4.2 Procedimentos<br />

Para o cálculo <strong>do</strong>s esforços nas barras da estrutura utilizou-se o programa<br />

computacional SAP 2000 ® Plus, versão 7.43, assumin<strong>do</strong>-se um comportamento<br />

estrutural com linearida<strong>de</strong> física e geométrica (teoria <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m).<br />

Como vinculação das barras, admitiram-se as extremida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas elas<br />

livres à rotação (portanto isentas <strong>de</strong> momentos fletores), com exceção feita às<br />

extremida<strong>de</strong>s inferiores <strong>do</strong>s pilares, on<strong>de</strong> esta restrição torna-se indispensável. No<br />

dimensionamento <strong>do</strong>s pilares a<strong>do</strong>tou-se um parâmetro efetivo <strong>de</strong> flambagem (K) igual<br />

a 2, e para as barras da treliça igual a 1.<br />

Inicialmente foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o perfil <strong>de</strong> Ø 63,5 x 2,00 mm para todas as barras da<br />

treliça espacial e o perfil Ø 323,85 x 6,35 mm para to<strong>do</strong>s os pilares. Após o primeiro<br />

processamento, os perfis foram redimensiona<strong>do</strong>s em função <strong>do</strong>s esforços obti<strong>do</strong>s.<br />

Com os novos perfis redimensiona<strong>do</strong>s a estrutura foi processada novamente. Esse<br />

ciclo <strong>de</strong> redimensionamento e processamento prosseguiu até que a estrutura<br />

estabilizasse e não houvesse mais alterações <strong>de</strong> perfis. Em média, essa estabilização<br />

ocorreu após 20 processamentos.<br />

Ressalta-se que este dimensionamento não consi<strong>de</strong>ra possíveis reduções nas<br />

resistências das barras em função da ‘tipologia’ das ligações empregadas.<br />

10 RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

10.1 Consumo <strong>de</strong> material<br />

O consumo <strong>de</strong> material obti<strong>do</strong> nas análises, trata-se <strong>do</strong> valor teórico, no qual<br />

consi<strong>de</strong>ra-se as barras com seu comprimento teórico, ou seja, a distância <strong>de</strong> centro a<br />

centro <strong>do</strong>s nós. Na realida<strong>de</strong>, as barras são interrompidas antes <strong>do</strong> nó, caso exista<br />

algum dispositivo especial <strong>de</strong> conexão (por exemplo, o “nó <strong>de</strong> aço”), ou são<br />

prolongadas para além <strong>do</strong> nó, caso não exista nenhum dispositivo especial <strong>de</strong><br />

conexão (por exemplo, “nó típico”). Além disso, normalmente se realiza uma<br />

uniformização <strong>de</strong> perfis, visan<strong>do</strong> diminuir o número <strong>de</strong> perfis diferentes e facilitar o<br />

<strong>de</strong>talhamento, a fabricação e a montagem. Esta uniformização é um processo<br />

empírico, varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> projetista para projetista. Na prática, a diferença entre o valor<br />

teórico e o valor final após a consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> conexão e da<br />

uniformização é <strong>de</strong> no máximo <strong>de</strong> 10%. Assim, os valores teóricos são bem<br />

representativos <strong>do</strong> peso final da estrutura e optou-se por trabalhar com estes valores.<br />

O consumo <strong>de</strong> material é trata<strong>do</strong> pela maioria <strong>do</strong>s fabricantes como ponto<br />

principal <strong>de</strong> análise <strong>do</strong> custo <strong>de</strong> uma estrutura, visto que a maioria <strong>de</strong>les não conhece<br />

o custo individual <strong>de</strong> produção por elemento, realizan<strong>do</strong> orçamentos que consi<strong>de</strong>ram<br />

apenas o peso total da estrutura. Para <strong>estruturas</strong> comuns, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da experiência<br />

<strong>do</strong> fabricante, este tipo <strong>de</strong> análise po<strong>de</strong> ser váli<strong>do</strong>. Porém, para <strong>estruturas</strong> <strong>de</strong> maior<br />

complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nós e barras, com um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> elementos, este tipo <strong>de</strong><br />

análise po<strong>de</strong> apresentar distorções.<br />

No gráfico mostra<strong>do</strong> na Figura 13, que relaciona o o peso por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área<br />

para as treliças <strong>espaciais</strong> (T.E.) e o total consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os pilares (TOTAL), com as<br />

alturas das treliças, percebe-se como tendência o aumento <strong>do</strong> peso com a diminuição<br />

<strong>de</strong> altura da treliça. Comparan<strong>do</strong>-se os três tipos <strong>de</strong> reticula<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s arranjos com<br />

pilares a cada 60m, o que apresentou menor consumo <strong>de</strong> material foi o reticula<strong>do</strong><br />

Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 27, p. 27-58, 2005

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