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análise do projeto de estruturas metálicas espaciais - SET - USP

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Arnal<strong>do</strong> Nascimento <strong>de</strong> Souza & Maximiliano Malite<br />

variações <strong>de</strong> inércia. Porém, as imperfeições geométricas das barras, geradas na<br />

fabricação ou na montagem, e as particularida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong>ficiências <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong><br />

conexão, po<strong>de</strong>m levar a uma distribuição <strong>de</strong> esforços que difere da i<strong>de</strong>al, levan<strong>do</strong><br />

algumas barras a receberem esforços superiores aos previstos. Além disso, alguns<br />

pesquisa<strong>do</strong>res chamam a atenção para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma análise não linear para<br />

melhor avaliação <strong>do</strong> comportamento <strong>de</strong>ssas <strong>estruturas</strong>.<br />

A escolha <strong>do</strong> arranjo geométrico para uma treliça espacial <strong>de</strong> cobertura está<br />

muito ligada à quantida<strong>de</strong> e ao posicionamento <strong>do</strong>s apoios da edificação, além das<br />

técnicas disponíveis <strong>de</strong> fabricação e montagem. O arranjo geométrico <strong>do</strong> reticula<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>termina a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elementos a serem fabrica<strong>do</strong>s e monta<strong>do</strong>s, o consumo <strong>de</strong><br />

material, os <strong>de</strong>slocamentos da estrutura, as reações <strong>de</strong> apoio e a distribuição <strong>de</strong><br />

esforços na estrutura.<br />

No Brasil, a gran<strong>de</strong> maioria das treliças <strong>espaciais</strong> <strong>de</strong> cobertura utiliza arranjos<br />

geométricos <strong>do</strong> tipo quadra<strong>do</strong> sobre quadra<strong>do</strong> com <strong>de</strong>fasagem <strong>de</strong> meio módulo.<br />

Geralmente, a altura da treliça varia <strong>de</strong> vão/10 a vão/20, e a dimensão <strong>do</strong> módulo é tal<br />

que resulta em ângulos para as diagonais em torno <strong>de</strong> 45º em relação ao plano<br />

horizontal. A pre<strong>do</strong>minância da utilização <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> reticula<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve-se a padrões<br />

e conceitos já estabeleci<strong>do</strong>s <strong>de</strong> arquitetura, análise estrutural, <strong>de</strong>talhamento,<br />

fabricação e montagem. Para <strong>de</strong>terminadas situações outros tipos <strong>de</strong> arranjos po<strong>de</strong>m<br />

ser mais eficientes, tanto <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista estrutural como <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista<br />

econômico.<br />

Foi realizada uma análise numérica com 33 arranjos geométricos diferentes<br />

<strong>de</strong> treliças <strong>espaciais</strong> planas <strong>de</strong> cobertura, com vãos internos <strong>de</strong> 60m. Estes arranjos<br />

geométricos apresentavam variações na quantida<strong>de</strong> e posicionamento <strong>do</strong>s apoios, na<br />

disposição das barras <strong>do</strong> reticula<strong>do</strong>, na altura da treliça e nas dimensões <strong>do</strong>s<br />

módulos.<br />

O fator que causou maior influência no comportamento das treliças <strong>espaciais</strong><br />

analisadas foi a disposição <strong>do</strong>s apoios. Os arranjos com planta quadrada e pilares no<br />

contorno a cada 30m apresentaram consumo <strong>de</strong> material varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 48% a 60% <strong>do</strong><br />

consumo <strong>de</strong> material <strong>do</strong>s arranjos com planta quadrada e pilares no contorno a cada<br />

60m. Os <strong>de</strong>slocamentos máximos e os esforços máximos <strong>de</strong> tração e compressão<br />

nos banzos, também apresentaram redução significativa com o aumento da<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pilares, superior a 40% para os <strong>de</strong>slocamentos e superior a 60% para<br />

os esforços máximos. Para os arranjos com planta retangular também ocorreu<br />

redução no consumo <strong>de</strong> material, cerca <strong>de</strong> 25%, e nos <strong>de</strong>slocamentos máximos,<br />

cerca <strong>de</strong> 30%, com o aumento da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pilares no contorno.<br />

Os três tipos <strong>de</strong> disposição <strong>de</strong> barras nos reticula<strong>do</strong>s analisa<strong>do</strong>s, quadra<strong>do</strong><br />

sobre quadra<strong>do</strong>, quadra<strong>do</strong> diagonal sobre quadra<strong>do</strong> diagonal e quadra<strong>do</strong> reduzi<strong>do</strong><br />

sobre quadra<strong>do</strong> diagonal, apresentaram resulta<strong>do</strong>s próximos em relação ao consumo<br />

<strong>de</strong> material, aos <strong>de</strong>slocamentos máximos, às reações <strong>de</strong> apoio máximas e aos<br />

esforços máximos. Os reticula<strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong> reduzi<strong>do</strong> sobre quadra<strong>do</strong> diagonal<br />

apresentaram consumo <strong>de</strong> material um pouco inferior ao consumo <strong>do</strong>s outros<br />

reticula<strong>do</strong>s. Os reticula<strong>do</strong>s quadra<strong>do</strong> sobre quadra<strong>do</strong> apresentaram os menores<br />

<strong>de</strong>slocamentos máximos para pilares no contorno a cada 60m e os maiores para<br />

pilares a cada 30m.<br />

As alturas das treliças influenciaram to<strong>do</strong>s os aspectos analisa<strong>do</strong>s,<br />

principalmente para pilares no contorno a cada 60m. De maneira geral, os melhores<br />

resulta<strong>do</strong>s foram obti<strong>do</strong>s para as treliças <strong>de</strong> maior altura (vão/13). Porém, as maiores<br />

Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 27, p. 27-58, 2005

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