análise do projeto de estruturas metálicas espaciais - SET - USP
análise do projeto de estruturas metálicas espaciais - SET - USP
análise do projeto de estruturas metálicas espaciais - SET - USP
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Análise <strong>do</strong> <strong>projeto</strong> <strong>de</strong> <strong>estruturas</strong> metálicas <strong>espaciais</strong>: ênfase em coberturas<br />
29<br />
2 GENERALIDADES E HISTÓRIA<br />
O termo “estrutura espacial” é emprega<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira geral para <strong>de</strong>signar um<br />
sistema estrutural em que não há subsistemas planos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s. Po<strong>de</strong>-se perceber<br />
que o termo estrutura espacial é bastante abrangente, envolven<strong>do</strong> <strong>estruturas</strong><br />
reticuladas, constituídas por elementos <strong>de</strong> barra, <strong>estruturas</strong> contínuas, constituídas<br />
por placas, membranas ou cascas, e <strong>estruturas</strong> mistas, constituídas pela combinação<br />
<strong>de</strong> elementos discretos e contínuos.<br />
As treliças <strong>espaciais</strong> planas, os arcos treliça<strong>do</strong>s <strong>espaciais</strong> e as cúpulas<br />
treliçadas <strong>espaciais</strong> são os principais tipos <strong>de</strong> <strong>estruturas</strong> <strong>espaciais</strong> reticuladas. Estas<br />
<strong>estruturas</strong> surgiram por volta <strong>do</strong> século XVIII. Em 1907, Alexan<strong>de</strong>r Graham Bell<br />
<strong>de</strong>senvolveu um reticula<strong>do</strong> espacial constituí<strong>do</strong> por barras <strong>de</strong> mesma dimensão<br />
conectadas por um único tipo <strong>de</strong> nó, forman<strong>do</strong> elementos modulares tetraédricos<br />
(Figura 1). Mostrava-se, assim, a alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> padronização e a conseqüente<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> industrialização <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> estrutura (DU CHATEAU 1984).<br />
O gran<strong>de</strong> avanço na difusão <strong>do</strong>s reticula<strong>do</strong>s <strong>espaciais</strong> foi o surgimento da<br />
MERO, na Alemanha em 1943, que <strong>de</strong>senvolveu um sistema pré-fabrica<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
estrutura espacial que consiste na combinação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is elementos básicos: nós<br />
esféricos e barras <strong>de</strong> seção tubular circular .<br />
Figura 1 – Estrutura espacial <strong>de</strong> Alexan<strong>de</strong>r Graham Bell – Fonte: DU CHATEAU (1984).<br />
Em 1966 foi realizada em Londres a primeira conferência sobre <strong>estruturas</strong><br />
<strong>espaciais</strong>, marcan<strong>do</strong> o início da integração e <strong>do</strong> aprofundamento das pesquisas sobre<br />
estas <strong>estruturas</strong>. No ano seguinte foi cria<strong>do</strong> pelo ASCE nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s um<br />
comitê específico para o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>stas <strong>estruturas</strong>.<br />
A partir da década <strong>de</strong> 70, com o advento <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res eletrônicos,<br />
houve uma gran<strong>de</strong> revolução no <strong>de</strong>senvolvimento das <strong>estruturas</strong> <strong>espaciais</strong>. Com o<br />
aparecimento <strong>de</strong> novas técnicas computacionais foi possível buscar concepções<br />
geométricas <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho estrutural e que mais atendiam aos anseios<br />
arquitetônicos (MAKOWSKI 1993).<br />
Outros fatores que provocaram um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento na utilização<br />
<strong>de</strong>stas <strong>estruturas</strong> foram o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas padroniza<strong>do</strong>s eficientes <strong>de</strong><br />
conexão e as pesquisas científicas sobre o comportamento elástico e não-elástico das<br />
Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 27, p. 27-58, 2005