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análise do projeto de estruturas metálicas espaciais - SET - USP

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Arnal<strong>do</strong> Nascimento <strong>de</strong> Souza & Maximiliano Malite<br />

• beleza arquitetônica, permitin<strong>do</strong> explorar as mais diversas formas;<br />

• possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliação, e fácil montagem e <strong>de</strong>smontagem para<br />

<strong>estruturas</strong> não permanentes;<br />

• menor peso e menor custo para gran<strong>de</strong>s vãos (acima <strong>de</strong> 40 m);<br />

As barras das <strong>estruturas</strong> <strong>espaciais</strong> são conectadas por dispositivos<br />

<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s nós. Existem diversos tipos <strong>de</strong> nós, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os mais simples, forma<strong>do</strong>s<br />

pelo amassamento das extremida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s perfis e um único parafuso <strong>de</strong> conexão, até<br />

os mais requinta<strong>do</strong>s, nos quais os nós são peças esféricas moldadas e as barras da<br />

estrutura apresentam as extremida<strong>de</strong>s usinadas na forma <strong>de</strong> pinos que se encaixam<br />

nos nós. Porém, muitas vezes estas conexões não correspon<strong>de</strong>m ao mo<strong>de</strong>lo teórico<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> e apresentam problemas <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>. Vários estu<strong>do</strong>s teóricos e<br />

experimentais vêm sen<strong>do</strong> conduzi<strong>do</strong>s para analisar o comportamento local e global da<br />

estrutura para <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> conexão.<br />

A partir <strong>de</strong> 1995, o Departamento <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas da Escola <strong>de</strong><br />

Engenharia <strong>de</strong> São Carlos (EESC-<strong>USP</strong>) passou a ser solicita<strong>do</strong> a participar <strong>de</strong><br />

trabalhos técnicos e assessorias envolven<strong>do</strong> treliças metálicas <strong>espaciais</strong>, quase<br />

sempre relacionadas com o colapso total ou parcial <strong>de</strong>stas <strong>estruturas</strong>. Estes<br />

trabalhos, na sua maioria, <strong>de</strong>ram ênfase aos sistemas <strong>de</strong> ligação mais utiliza<strong>do</strong>s no<br />

Brasil.<br />

A configuração geométrica <strong>de</strong> uma estrutura espacial é <strong>de</strong>finida, em princípio,<br />

em função da arquitetura da edificação. Por meio da arquitetura tem-se os requisitos<br />

básicos necessários para o início da <strong>de</strong>terminação das características geométricas da<br />

estrutura, entre eles, a disposição <strong>do</strong>s apoios e os contornos da estrutura. A<br />

disposição <strong>do</strong>s apoios <strong>de</strong>fine os vãos livres e os balanços da estrutura. Os contornos<br />

são compostos por superfícies planas e curvas que <strong>de</strong>limitam a estrutura,<br />

<strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> a extensão e a forma externa da estrutura.<br />

Com a <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> apoio e <strong>do</strong> gabarito externo da estrutura,<br />

e analisan<strong>do</strong>-se as ações, as limitações <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos máximos e as condições e<br />

tecnologias <strong>de</strong> fabricação, montagem e içamento, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s outros<br />

aspectos específicos das <strong>estruturas</strong> <strong>espaciais</strong>, tais como as dimensões e orientações<br />

<strong>do</strong>s módulos, quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> camadas e altura da estrutura.<br />

Diversos trabalhos vêm sen<strong>do</strong> publica<strong>do</strong>s em vários países abordan<strong>do</strong> a<br />

concepção geométrica das treliças <strong>espaciais</strong>, verifican<strong>do</strong> os fatores que mais<br />

influenciam e as formas geométricas <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho. Porém, muitas vezes<br />

estes estu<strong>do</strong>s não se enquadram na realida<strong>de</strong> brasileira <strong>de</strong> arquitetura e <strong>de</strong> ações.<br />

Este trabalho tem como objetivo fornecer subsídios para a concepção <strong>de</strong><br />

<strong>projeto</strong>s <strong>de</strong> treliças metálicas <strong>espaciais</strong> planas <strong>de</strong> cobertura, buscan<strong>do</strong>-se<br />

características geométricas, tais como disposição das barras, modulação, altura <strong>do</strong><br />

módulo, quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> camadas e tipos <strong>de</strong> apoio, que apresentem o melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho diante <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas condições existentes em obras correntes no<br />

Brasil. Estas condições referem-se à disposição e quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoios, vãos, ações,<br />

limitações <strong>de</strong> flecha entre outras.<br />

Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 27, p. 27-58, 2005

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