R evista da APM Março de 2007 - Associação Paulista de Medicina
R evista da APM Março de 2007 - Associação Paulista de Medicina
R evista da APM Março de 2007 - Associação Paulista de Medicina
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
R<strong>evista</strong> R<strong>evista</strong> <strong>da</strong> <strong>APM</strong> <strong>Março</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong><br />
10<br />
VIOLÊNCIA<br />
<strong>Medicina</strong> continua<br />
busca pela Paz<br />
Mais <strong>de</strong> oito anos se passaram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a campanha “Uso Branco pela Paz”, li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por<br />
enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s como a <strong>APM</strong>, mas pouco foi feito até agora<br />
RICARDO BALEGO<br />
C ientes <strong>de</strong> seu papel em relação<br />
aos problemas <strong>da</strong> população<br />
paulista, as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s representativas<br />
<strong>da</strong> classe médica vêm, há tempos, trabalhando<br />
e discutindo formas para que<br />
os altos índices <strong>de</strong> violência, seja <strong>de</strong><br />
qual tipo for, diminuam.<br />
Uma importante iniciativa nesse<br />
sentido foi toma<strong>da</strong> há mais <strong>de</strong> oito<br />
anos, quando a <strong>Associação</strong> <strong>Paulista</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Medicina</strong> (<strong>APM</strong>), o Conselho Regional<br />
<strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> (Cremesp) e o Sindicato<br />
dos Médicos <strong>de</strong> São Paulo<br />
(Simesp) uniram forças e, em pleno Dia<br />
do Médico – 18 <strong>de</strong> outubro – <strong>de</strong> 1998,<br />
lançaram uma importante campanha.<br />
Chama<strong>da</strong> “Uso Branco pela Paz” e<br />
bem dissemina<strong>da</strong> entre vários setores<br />
<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, trazia 11 pontos englobando<br />
vários aspectos <strong>da</strong> violência que<br />
precisavam – e precisam – <strong>de</strong> providências<br />
urgentes. No entanto, pouca coisa<br />
mudou nesse tempo.<br />
“A campanha em si foi importante,<br />
só que, como não houve apoio <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
na época, os índices acabaram<br />
aumentando. Na prática, não surtiu<br />
efeito porque o executivo que a gente<br />
tem no país praticamente não fez uma<br />
ação propositiva para esse setor”, analisa<br />
o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>APM</strong> naquela época,<br />
Eleuses Vieira <strong>de</strong> Paiva.<br />
Entre os compromissos <strong>da</strong> campanha,<br />
<strong>de</strong>stacavam-se pontos como os altos<br />
índices <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes no trânsito,<br />
controle e posse <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo e a<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se “<strong>de</strong>finir estratégias<br />
<strong>de</strong> controle e prevenção <strong>da</strong> violência<br />
principalmente dirigi<strong>da</strong>s a grupos potencialmente<br />
expostos ao risco, como<br />
moradores <strong>de</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s pobres e<br />
periferias, crianças, adolescentes, idosos,<br />
mulheres e minorias”.<br />
Na opinião <strong>de</strong> Eleuses Paiva – que<br />
também presidiu a <strong>Associação</strong> Médica<br />
Brasileira (AMB) –, “os médicos continuam<br />
não querendo <strong>da</strong>r plantão nas<br />
periferias porque estão sendo assaltados,<br />
em relação à mulher, não mudou<br />
praticamente na<strong>da</strong>, assim como a parte<br />
racial e a violência no trânsito”.<br />
No ano anterior ao lançamento <strong>da</strong><br />
campanha, em 1997, o Sistema Único