R evista da APM Março de 2007 - Associação Paulista de Medicina
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R<strong>evista</strong> <strong>da</strong> <strong>APM</strong> <strong>Março</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong><br />
16<br />
VIOLÊNCIA<br />
Autorização para queimar carros <strong>de</strong> médico teria partido <strong>da</strong> Penitenciária <strong>de</strong> Martinópolis<br />
Na mira do crime<br />
Expostos ca<strong>da</strong> vez mais a condições violentas, que não escolhem suas vítimas, médicos<br />
também passam por episódios <strong>de</strong> terror<br />
RICARDO BALEGO<br />
A máxima <strong>de</strong> que a violência não<br />
distingue raça, credo ou condição<br />
social se confirma a ca<strong>da</strong> dia no<br />
Brasil. E os profissionais médicos também<br />
não fogem a essa regra.<br />
Exemplo disso aconteceu no dia 8 <strong>de</strong><br />
setembro <strong>de</strong> 2006, na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Osvaldo<br />
Cruz, região <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte Pru<strong>de</strong>nte.<br />
Após ter retornado do rancho com<br />
sua família na noite anterior, o médico<br />
Agostinho Cório dormia quando foi<br />
<strong>de</strong>spertado por explosões.<br />
Por volta <strong>da</strong>s 5 horas <strong>da</strong> manhã,<br />
assustado, correu até o quintal <strong>de</strong> sua<br />
casa e presenciou quatro dos seis carros<br />
<strong>da</strong> garagem em chamas. “Eu sofri<br />
um atentado. Atearam fogo em quatro<br />
carros e dois, que não tinham seguro,<br />
ficaram completamente <strong>de</strong>struídos”,<br />
recor<strong>da</strong>-se a vítima, que também é<br />
secretário municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
O crime foi provocado, segundo ele,<br />
por um grupo <strong>de</strong> criminosos que não<br />
teria concor<strong>da</strong>do com procedimentos<br />
adotados em relação à mulher <strong>de</strong> um<br />
Foto: Alex Schnei<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong>les, grávi<strong>da</strong> e atendi<strong>da</strong> por Cório na<br />
Santa Casa local. “Ele se sentiu lesado<br />
e mandou fazer isso, mas a gente já sabe<br />
quem que é. Isso foi programado por<br />
um <strong>de</strong>tento do presídio <strong>de</strong> Martinópolis,<br />
o processo já está no Fórum e tem<br />
elementos presos”.<br />
Se não fosse a ação do médico e<br />
dos bombeiros, o estrago po<strong>de</strong>ria ter<br />
sido maior. “Se eu não acordo, iria o<br />
quarteirão inteiro, porque no outro<br />
carro, uma caminhonete, tinha dois<br />
bujões <strong>de</strong> gás. A sorte é que eu escutei<br />
duas explosões e fui ver o que era.