R evista da APM Março de 2007 - Associação Paulista de Medicina
R evista da APM Março de 2007 - Associação Paulista de Medicina
R evista da APM Março de 2007 - Associação Paulista de Medicina
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
R<strong>evista</strong> <strong>da</strong> <strong>APM</strong> <strong>Março</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong><br />
26<br />
CLIMA<br />
Aquecimento<br />
global<br />
Mais problemas para a saú<strong>de</strong><br />
ULISSES DE SOUZA estudo sobre pesquisas <strong>de</strong> cientistas que<br />
analisaram os impactos climáticos <strong>da</strong><br />
O s dias estão ca<strong>da</strong> vez mais quentes.<br />
A população sente na pele<br />
poluição sobre o meio ambiente para<br />
as próximas déca<strong>da</strong>s para que o mundo<br />
ficasse assustado. O certo é que o as-<br />
as mu<strong>da</strong>nças climáticas. Mas poucos, sunto não é novo e várias outras pes-<br />
até mesmo autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s liga<strong>da</strong>s à admiquisas já haviam emitido o alerta sobre<br />
nistração pública, se <strong>de</strong>ram conta dos as conseqüências e, no entanto, países<br />
impactos que o aquecimento <strong>da</strong> terra ricos, como os Estados Unidos, insisti-<br />
vai provocar em setores fun<strong>da</strong>mentais am em não a<strong>de</strong>rir aos acordos, como o<br />
para a vi<strong>da</strong> humana, como a saú<strong>de</strong>. protocolo <strong>de</strong> Kyoto. Justo eles, os que<br />
Bastou a ONU divulgar o último mais poluem a atmosfera.<br />
O presi<strong>de</strong>nte George W. Bush acaba<br />
<strong>de</strong> visitar o Brasil e, na pauta, o assunto<br />
foi a biocombustível, que po<strong>de</strong>rá substituir<br />
combustíveis fósseis e poluentes.<br />
Parece que o país mais rico do mundo<br />
começa a <strong>da</strong>r ouvidos às previsões<br />
catastróficas <strong>de</strong> cientistas.<br />
Um estudo divulgado no mês passado<br />
pelo governo brasileiro, coor<strong>de</strong>nado<br />
pelo cientista José A. Marengo,<br />
diz que fenômenos ligados ao aquecimento<br />
global (calor, invernos intensos,<br />
furacões, secas) têm afetado a<br />
população, “com gran<strong>de</strong>s per<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
vi<strong>da</strong>s humanas, afetando também a<br />
economia, agricultura, saú<strong>de</strong>, com<br />
impactos nos ecossistemas”.<br />
O estudo diz ain<strong>da</strong> que a Organização<br />
Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) estima que as<br />
mu<strong>da</strong>nças climáticas possam provocar<br />
até 150 mil mortes por ano e mais <strong>de</strong><br />
cinco milhões <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> doenças.<br />
O cenário, seja qual for a pesquisa,<br />
é quase o mesmo: a temperatura média<br />
global po<strong>de</strong> aumentar até 5,8° nos<br />
próximos 100 anos, o nível do mar<br />
vai subir, haverá mais chuvas e menos<br />
precipitação <strong>de</strong> neve, geleiras serão<br />
reduzi<strong>da</strong>s e os períodos <strong>de</strong> seca<br />
mais intensos.<br />
Saú<strong>de</strong><br />
Mas, qualquer que seja o cenário, a<br />
área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> será uma <strong>da</strong>s mais impacta<strong>da</strong>s.<br />
As previsões são <strong>de</strong> aumento nos<br />
casos <strong>de</strong> doenças infecciosas transmissíveis<br />
e outras moléstias causa<strong>da</strong>s por<br />
temperaturas altas e extremas.<br />
O governo brasileiro, por meio do