R evista da APM Março de 2007 - Associação Paulista de Medicina
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Ca<strong>da</strong> aci<strong>de</strong>ntado custa em média R$ 1.079,00 para o SUS<br />
somente no ano <strong>de</strong> 1997.<br />
No ano passado, em 2006, esse número<br />
subiu para mais <strong>de</strong> 34 mil mortes<br />
e cerca <strong>de</strong> 500 mil feridos, resultado <strong>de</strong><br />
pelo menos 1 milhão <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes registrados<br />
em todo o país.<br />
Mesmo com a existência <strong>de</strong> um código<br />
e a criação <strong>de</strong> uma política nacional<br />
<strong>de</strong> trânsito, além <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> prevenção,<br />
o quadro pouco mudou.<br />
Para os cofres públicos, o impacto não<br />
é menos doloroso. Segundo o governo,<br />
Cerca <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito<br />
foram registrados no ano passado<br />
Foto: Alex Schnei<strong>de</strong>r<br />
somente os aci<strong>de</strong>ntes trágicos em áreas<br />
urbanas resultam numa per<strong>da</strong> anual <strong>de</strong><br />
pelo menos R$ 5,3 bilhões.<br />
As internações por atropelamentos,<br />
segundo a Fun<strong>da</strong>ção Sea<strong>de</strong>, são as mais<br />
caras para o SUS, pois custaram em<br />
2005 o valor médio <strong>de</strong> R$ 1.079,00,<br />
quando, com as outras causas, esse<br />
índice caiu para R$ 735,00.<br />
Com relação às armas <strong>de</strong> fogo, segundo<br />
o Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>, o número<br />
nacional <strong>de</strong> mortes em 1998 foi <strong>de</strong><br />
30.211. Em 2004, ano em que foi colocado<br />
efetivamente em prática o Estatuto<br />
do Desarmamento, foram<br />
36.091 mortes. Embora maior em relação<br />
a 98, a taxa é menor, por exemplo,<br />
que 2003 (39.325), 2002 (37.979)<br />
e 2001 (37.122).<br />
Estudos realizados pela Fun<strong>da</strong>ção<br />
Sea<strong>de</strong>, do governo paulista, indicam,<br />
por exemplo, que 93% dos homicídios<br />
em São Paulo são cometidos por armas<br />
<strong>de</strong> fogo.<br />
Conhecido como o Estatuto do Desarmamento,<br />
a Lei nº 10.826 trouxe<br />
avanços significativos, restringindo e<br />
regulando o registro e posse <strong>de</strong> armas<br />
<strong>de</strong> fogo no país. Com isso, o porte ilegal<br />
tornou-se crime inafiançável, entre<br />
uma série <strong>de</strong> outras implicações legais.<br />
Um estudo <strong>da</strong> Unesco e do Ministério<br />
<strong>da</strong> Justiça indicou que a nova lei<br />
teria poupado, ain<strong>da</strong> em 2004, ao menos<br />
5.563 vi<strong>da</strong>s.<br />
Uma estimativa mostra que São Paulo<br />
respon<strong>de</strong> por 46,4% dos gastos nacionais<br />
em internações hospitalares por<br />
violência na re<strong>de</strong> pública. �<br />
Foto: Alex Schnei<strong>de</strong>r<br />
R<strong>evista</strong> <strong>da</strong> <strong>APM</strong> <strong>Março</strong> <strong>de</strong> <strong>2007</strong><br />
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