Acessar - Curso de Música - Universidade Federal do Maranhão ...
Acessar - Curso de Música - Universidade Federal do Maranhão ...
Acessar - Curso de Música - Universidade Federal do Maranhão ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
41<br />
distancia significativa evitan<strong>do</strong> assim, os inci<strong>de</strong>ntes com arco nos olhos <strong>do</strong> outro. O<br />
alongamento corporal iniciava as aulas, pois por se tratar <strong>de</strong> uma postura difícil e para evitar<br />
<strong>do</strong>res na musculatura, o alongamento era uma pratica crucial e constante.<br />
Antes <strong>de</strong> tocar qualquer peça a preparação psicológica e física é <strong>de</strong> extrema<br />
importância. Era costume ressaltarmos sobre a concentração e a consciência <strong>do</strong> que se iria<br />
fazer no instrumento, antes analisan<strong>do</strong> a postura, o arco nas cordas e a preparação <strong>do</strong>s <strong>de</strong><strong>do</strong>s<br />
da mão esquerda e direita. Fitas eram usadas para marcar a posição <strong>do</strong>s <strong>de</strong><strong>do</strong>s até que o aluno<br />
as aprenda. As diferentes regiões <strong>do</strong> arco, que são o talão, o meio e a ponta, também foram<br />
marca<strong>do</strong>s por fitas para que a criança use a parte <strong>do</strong> arco específica pedida pela música o<br />
exercício. Os alunos tiveram dificulda<strong>de</strong> com a mão direita, a <strong>do</strong> arco, pois não tinham<br />
paciência para segurar da forma correta, por não ser uma forma confortável. Em relação a essa<br />
questão <strong>de</strong>ntre todas as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pelos alunos, a medida tomada era <strong>de</strong> que<br />
nenhuma <strong>de</strong>ssas situações pu<strong>de</strong>sse vir a ser um obstáculo para o aprendiza<strong>do</strong>. Por isso, muitas<br />
vezes preferíamos <strong>de</strong>ixar passar uma ou outra posição para a finalização <strong>do</strong> exercício, a ter<br />
que submeter o aluno à repetição isoladamente. A correção era feita muitas vezes com um<br />
olhar para a posição errada.<br />
Os instrumentos <strong>do</strong> projeto não po<strong>de</strong>riam ser leva<strong>do</strong>s para casa, por serem tomba<strong>do</strong>s<br />
não ficavam disponíveis aos alunos que só tinham acesso a eles aos fins <strong>de</strong> semana, e a<br />
maioria não tinha condições financeiras para adquiri-los. Esse é o principal problema<br />
enfrenta<strong>do</strong>, pois a pratica só acontecia aos fins <strong>de</strong> semana. Ten<strong>do</strong> em vista que os alunos não<br />
estudavam em casa, pensamos na necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> individual em parte <strong>do</strong> tempo da<br />
aula. A medida tomada foi <strong>de</strong>ixar um intervalo <strong>de</strong> tempo para o estu<strong>do</strong> individual ou em<br />
grupos <strong>de</strong> três, on<strong>de</strong> íamos passan<strong>do</strong>, ouvin<strong>do</strong> e fazen<strong>do</strong> as correções necessárias.<br />
De início não utilizamos a partitura. As notas das melodias eram escritas no quadro<br />
com a digitação. Para facilitar o aprendiza<strong>do</strong>, cantávamos as melodias antes <strong>de</strong> ir para o<br />
instrumento, ten<strong>do</strong> como base as premissas <strong>do</strong> Suzuki, que recomenda que a melodia seja<br />
internalizada. A primeira melodia <strong>do</strong> Suzuki foi reconhecida imediatamente pelos alunos, pois<br />
estava presente em caixinhas <strong>de</strong> música, em bonecas e/ou outros brinque<strong>do</strong>s. Para ensinar os<br />
exercícios <strong>de</strong> cordas soltas utilizamos brinca<strong>de</strong>iras para ensinar os ritmos que foram pedi<strong>do</strong>s<br />
nos exercícios, por meio <strong>de</strong> palavras que ajudariam os alunos a compreen<strong>de</strong>r os ritmos e a<br />
pulsação. A leitura <strong>de</strong> partitura foi iniciada por exigência <strong>do</strong>s alunos que queriam apren<strong>de</strong>r as<br />
“bolinhas pretas”, i<strong>de</strong>ntificá-las e reproduzi-las no instrumento. A diferença <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong><br />
era uma das lições que precisava ser aprendida e respeitada pelos alunos por ser se tratar <strong>de</strong>