Dissertação Daniel Brinckmann Teixeira - Unisc
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apresentam características de periculosidade à saúde pública e ao ambiente em função de suas<br />
propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas. Os não perigosos são aqueles que não<br />
apresentam características que possam provocar mortalidade a população ou incidência de<br />
danos ao equilíbrio do ambiente natural.<br />
Uma vez classificados como classe II - não perigosos, faz-se necessário a classificação<br />
em resíduos classe II A - não inertes ou resíduos classe II B - inertes. Para serem classificados<br />
com não inertes os resíduos devem apresentar solubilidade de elementos em água,<br />
combustibilidade ou biodegradabilidade. Para receberem a classificação de inertes, os resíduos<br />
não devem ter nenhum de seus elementos constituintes solubilizados ou lixiviados a<br />
concentrações superiores aos padrões constantes nas NBR 10005 e 10006.<br />
3.5 Incorporação de resíduos em material cerâmico<br />
Vários são os resíduos industriais absorvidos pela indústria cerâmica, podendo-se citar<br />
os resíduos de mineração, da indústria do papel e celulose, metalúrgica, energética, entre<br />
outros, que independentemente de sua origem, têm utilização cada dia maior como matériasprimas<br />
alternativas na indústria cerâmica. Na incorporação de resíduos, é extremamente<br />
importante abordar a capacidade de inertização, verificando através de ensaios de lixiviação e<br />
solubilização a imobilização de elementos perigosos presentes nos resíduos utilizados como<br />
agregado por parte dos materiais cerâmicos (MENEZES et al., 2002).<br />
Particularmente, a solidificação/estabilização de resíduos nocivos é considerada um<br />
processo de estabilização ambientalmente correto, em virtude da grande resistência química<br />
dos produtos obtidos à maioria das condições ambientais, resistência esta relacionada ao fato<br />
dos componentes nocivos, essencialmente metais pesados, efetuarem ligações em nível<br />
atômico nas estruturas produzidas (PISCIELLA et al., 2001).<br />
As cinzas volantes e os resíduos oriundos da incineração de rejeitos urbanos, poderiam<br />
ser enquadrados em algum dos outros grupos já descritos, todavia, em virtude de suas<br />
peculiaridades e, principalmente, do grande enfoque mundial que recebem nos últimos anos,<br />
em especial na Europa e em alguns países da Ásia, acabam por enquadrar-se em um grupo à<br />
parte (MENEZES et al., 2002).<br />
As quantidades de resíduos redutores de plasticidade incorporados às matrizes<br />
cerâmicas podem variar entre 10 e 60%, provocando ligeiras mudanças nas propriedades<br />
mecânicas, retração e absorção de água (SABRAH e EBIED, 1987). Alguns anos atrás eram<br />
feitas pequenas adições às massas cerâmicas (em torno de 10 a 20%); todavia, estas aplicações