Dissertação Daniel Brinckmann Teixeira - Unisc
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da produção do fumo do sul do país, conforme dados da safra colhida em 2010 (SINDIFUMO,<br />
2011).<br />
Essa realidade é fruto de um processo, no qual os imigrantes alemães, que aqui se<br />
instalaram a partir de meados do século XX, tiveram importante participação. Exploradas em<br />
regime familiar as propriedades para plantio, na década de 1850 já se destacavam na produção<br />
e na exportação de produtos coloniais, como a banha e o tabaco. A primeira empresa a se<br />
instalar na região foi no início do século XX, trazendo consigo as primeiras inovações<br />
tecnológicas na produção. Atualmente, a região conta com 12 empresas do ramo fumageiro<br />
que agregam qualidade de vida a seus funcionários e a sociedade na qual estão inseridas e são<br />
as principais responsáveis pelo desenvolvimento econômico da região (SINDIFUMO, 2011).<br />
Desenvolvida em quase 800 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e<br />
Paraná, a produção de fumo, em fase de comercialização, alcançou 744 mil toneladas na safra<br />
2006/2007, cujo volume foi cultivado em 362 mil hectares, pelas 184 mil famílias de<br />
agricultores integrados que participaram desse ciclo produtivo, num universo de<br />
aproximadamente 900 mil pessoas no meio rural. Na safra 2005/2006 a receita proporcionada<br />
aos produtores foi da ordem de R$ 3,2 bilhões. Os processos de beneficiamento de fumo vêm<br />
proporcionando cerca de 30 mil empregos diretos nas empresas do setor instaladas no Paraná,<br />
Santa Catarina e Rio Grande do Sul (SINDIFUMO, 2007)<br />
O resíduo pó de fumo é um resíduo sólido gerado constantemente nas indústrias de<br />
tabaco, devido a degradações e atritos que a folha de fumo recebe ao longo do processo de<br />
beneficiamento. O pó de fumo é um material predominantemente orgânico e rico em fibras,<br />
originado na degradação das partículas do tabaco, com índice de granulometria aquém das<br />
especificações de aceitação do mercado.<br />
Conforme PORTARIA Nº 016, de 19 de janeiro de 1982, define-se como pó de fumo<br />
os resíduos finais provenientes da destala mecânica do tabaco e que compreende o pó e<br />
resíduos de tamanho ínfimo. Segundo a NBR 10.004 o pó de fumo é um resíduo do tipo<br />
sólido, pertencente à Classe II - Não Inerte, que o caracteriza como: resíduo que não apresenta<br />
periculosidade, porém não inertes; pode ter propriedades tais como: combustibilidade,<br />
biodegradabilidade ou solubilidade em água. A produção de pó de fumo corresponde a 2,5%<br />
da safra anual de tabaco na região do Vale do Rio Pardo (MACEDO, 2007).<br />
As seções de beneficiamento são as maiores responsáveis pela geração do resíduo em<br />
uma indústria de tabaco, ilustrado na Figura 5, sendo que os maiores índices ocorrem no<br />
processo de destala mecânica que é efetuado a fim de separar o talo da folha de fumo. A<br />
retirada do resíduo do fluxo do processo ocorre através de sistemas de sucção (Bleed-offs) que