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Artigo do Mês - Ano IV - Nº 45 – Dezembro de 2005 - Ubiratan Iorio

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corren<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os riscos inerentes à verda<strong>de</strong>ira ativida<strong>de</strong><br />

empresarial, ou, no caso <strong>de</strong> um trabalha<strong>do</strong>r assalaria<strong>do</strong>,<br />

empenhan<strong>do</strong>-se com dignida<strong>de</strong> para executar as suas<br />

tarefas com perfeição humana. Isto é uma mentira plantada<br />

e é espantoso que ainda não tenham percebi<strong>do</strong> sua<br />

escabrosida<strong>de</strong> afirmativa!<br />

Em uma economia sufocada, esganada e subjugada<br />

por 74 tributos, com uma carga tributária que se assemelha<br />

a um regime <strong>de</strong> trabalhos força<strong>do</strong>s e com um sistema<br />

tributário em tu<strong>do</strong> semelhante a um manicômio, é evi<strong>de</strong>nte<br />

que uma pequena generosida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s entes arrecada<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong>ve ser vista com bons olhos. A crítica não é a esta medida<br />

em si, mas ao fato <strong>de</strong> tratar-se <strong>de</strong> uma simples esmola, um<br />

simples talento, quan<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> po<strong>de</strong>ria – e <strong>de</strong>veria –<br />

<strong>de</strong>volver aos verda<strong>de</strong>iros <strong>do</strong>nos milhões <strong>de</strong> talentos!<br />

Mais talentos em mãos privadas e, portanto, menos<br />

nas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> significam menos mensalões, menos<br />

corrupção, menos nepotismo e menos burocracia e,<br />

certamente, mais empregos, mais produção, mais justiça e<br />

maior dignida<strong>de</strong> da pessoa humana.<br />

É evi<strong>de</strong>nte que nossos vorazes publicanos sabem que<br />

a carga tributária no Brasil penaliza quem trabalha e<br />

impe<strong>de</strong> a economia <strong>de</strong> crescer, tanto que a “MP <strong>do</strong> Bem” foi<br />

posta na or<strong>de</strong>m <strong>do</strong> dia como mais um diversionismo <strong>do</strong><br />

governo petista para <strong>de</strong>sviar a atenção das acusações <strong>de</strong><br />

corrupção em que chafurda e também como medida<br />

eleitoreira, na expectativa <strong>de</strong> que os benefícios da medida<br />

possam carrear votos no ano que vem para reeleger nosso<br />

aliena<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sprepara<strong>do</strong> e <strong>de</strong>sboca<strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte.<br />

Mas por que não fazer a coisa correta <strong>de</strong> uma vez?<br />

Será que estão seguin<strong>do</strong> Maquiavel, pensan<strong>do</strong> em fazer “o<br />

bem” aos poucos? Sinceramente, duvi<strong>do</strong>! Eles gostam <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>-rinoceronte, que, como sabemos, possui um<br />

estômago primitivo, o que o faz ruminar incessantemente,<br />

já que sua necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comer é bem maior <strong>do</strong> que a <strong>de</strong><br />

outros animais que remascam. Por isso, não conseguem<br />

parar <strong>de</strong> comer – seja a erva <strong>do</strong>s impostos, o capim da<br />

dívida interna ou a tiririca das maiores taxas <strong>de</strong> juros <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> -, precisam comer, é imperioso comer sempre e

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