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Paulo Edson Santos da Silva - uea - pós graduação

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espécies de plantas no mundo foram investiga<strong>da</strong>s com o objetivo de descobrir proprie<strong>da</strong>des<br />

terapêuticas. Podem ser pesquisa<strong>da</strong>s não somente plantas emprega<strong>da</strong>s diretamente na<br />

terapêutica, mas também aquelas que possam constituir matéria prima ou fornecer<br />

intermediários para a fabricação de fármacos sintéticos (Ferreira et al., 1998; Sixel &<br />

Pecinalli, 2002).<br />

O farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm A<strong>da</strong>m isolou em 1804, a morfina, que<br />

inspirou a descoberta posterior dos derivados 4-fenil-piperidínicos como uma nova classe de<br />

hipoanalgésicos de emprego mais efetivo e seguro. Esta simplificação molecular permitiu<br />

posterior otimização e a melhor compreensão do mecanismo de ação analgésica deste<br />

alcalóide, originalmente isolado de Papaver somniferum (Barreiro & Manssour, 2008).<br />

Segundo estimativa <strong>da</strong> Convenção de Diversi<strong>da</strong>de Biológica (CDB), o Brasil<br />

hospe<strong>da</strong> entre 15% e 20% de to<strong>da</strong> a biodiversi<strong>da</strong>de mundial, sendo considerado o maior país<br />

do planeta em número de espécies endêmicas. A biodiversi<strong>da</strong>de do Brasil não é totalmente<br />

conheci<strong>da</strong> devido à sua complexi<strong>da</strong>de, mas estima-se que existam 55.000 espécies<br />

cataloga<strong>da</strong>s, num total estimado entre 350.000 e 550.000 (Toledo, 2002; Barreiro, 2009).<br />

Os estudos com plantas no Brasil estão se intensificando, devido à necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

busca de novos agentes antimicrobianos para combater a resistência dos micro-organismos<br />

frente à automedicação, síndrome <strong>da</strong> imunodeficiência adquiri<strong>da</strong> (SIDA), antitumorais, entre<br />

outros fatores. Considerando a evolução de genes bacterianos resistentes a antibióticos,<br />

extratos originários de plantas têm se tornado objeto de estudo <strong>da</strong>s indústrias farmacêuticas. O<br />

interesse por compostos naturais está crescendo significamente, e um dos fatores é o grande<br />

número de efeitos adversos causados pelos medicamentos sintéticos (Ferreira et al., 1998;<br />

Lima, 2001; Amorim et al., 2003; Turolla & Nascimento, 2006).<br />

Embora existam diversas publicações sobre os usos tradicional e farmacêutico de<br />

espécies de plantas encontra<strong>da</strong>s no Brasil, ain<strong>da</strong> há poucos estudos científicos sobre<br />

proprie<strong>da</strong>des tóxicas e farmacológicas de plantas. Existem, também, poucos exemplos <strong>da</strong><br />

descoberta de substâncias bioativas, o qual serviu como protótipo para o desenvolvimento de<br />

agentes fitoterapêuticos e farmacêuticos. Várias substâncias ativas, presentes em extratos de<br />

plantas nativas, ain<strong>da</strong> não foram identifica<strong>da</strong>s; então essa é uma área que precisa ser<br />

explora<strong>da</strong>. Como exemplos de produtos derivados de plantas comercializados no Brasil<br />

podemos citar Ierobina®, cujo uso é indicado para tratamento de indigestão, e o agente<br />

fitoterapêutico anti-inflamatório Acheflan® (Botion et al., 2005; Fenner et al., 2006; Moreira<br />

et al., 2006; Giorgetti et al., 2007).

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