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Paulo Edson Santos da Silva - uea - pós graduação

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Os primeiros agentes anti-infecciosos importantes não eram ver<strong>da</strong>deiros antibióticos,<br />

mas sim, antimetabólicos sintéticos, como o prontosil, que in vivo, é metabolizado a<br />

sulfonami<strong>da</strong>. A descoberta <strong>da</strong> penicilina, o primeiro antibiótico de utili<strong>da</strong>de clínica por<br />

Alexander Fleming, deu início à era <strong>da</strong> antibioticoterapia (Tavares, 1996).<br />

A partir do desenvolvimento <strong>da</strong>s sulfanami<strong>da</strong>s, na déca<strong>da</strong> de 1930, <strong>da</strong> penicilina e<br />

estreptomicina, em 1940, novas classes de agentes antibacterianos foram desenvolvi<strong>da</strong>s, como<br />

a tetraciclina, quinolona e aminoglicosídeos. Várias doenças estão sendo combati<strong>da</strong>s por meio<br />

de uma moderna terapia antimicrobiana que reduziu acentua<strong>da</strong>mente a taxa de morbi<strong>da</strong>de e de<br />

mortali<strong>da</strong>de humana (Fuchs et al., 2004).<br />

Agentes antimicrobianos são, via de regra, classificados como sendo específicos ou<br />

inespecíficos. Os específicos atuam, principalmente, sobre micro-organismos invasores, sem<br />

afetar significativamente o hospedeiro. Os antimicrobianos inespecíficos, ou seja, compostos<br />

capazes de, in vitro, matar ou inibir o crescimento de qualquer micro-organismo, não são<br />

considerados quimioterápicos, e sim desinfetantes, antissépticos, germici<strong>da</strong>s, bioci<strong>da</strong>s,<br />

esterilizantes, sanitizantes. Seu uso é exclusivamente tópico (De Souza et al., 2003).<br />

Os agentes antimicrobianos podem alterar a estrutura <strong>da</strong> parede celular e membrana<br />

plasmática em relação à ativi<strong>da</strong>de enzimática ou estrutura do protoplasma, bloq<strong>uea</strong>ndo certas<br />

reações bioquímicas ou sínteses de enzimas na célula microbiana, podendo levar à destruição<br />

desses micro-organismos (Trabulsi et al., 1999; Fuchs et al., 2004).<br />

Os mecanismos do desenvolvimento de resistência <strong>da</strong>s bactérias aos antimicrobianos<br />

podem ser naturais ou adquiridos. Os naturais são características intrínsecas de algumas<br />

espécies que conferem resistência a to<strong>da</strong>s as cepas dessas espécies a um determinado<br />

antimicrobiano. A resistência adquiri<strong>da</strong> ocorre devido a uma mutação genética durante seu<br />

processo reprodutivo, tanto em nível cromossomal (pela alteração do DNA bacteriano), como<br />

extracromossomal (pela transferência de DNA), geralmente, pelos plasmídios de resistência<br />

(Tavares, 1996; Trabulsi et al., 2008).<br />

Alguns fatores contribuem para a ocorrência, frequência e persistência <strong>da</strong> resistência<br />

bacteriana, como uso abusivo dos antibióticos, a utilização de antibióticos para o tratamento e<br />

prevenção de infecções em animais e, no controle de infecção bacteriana em frutas e legumes,<br />

causando o aumento <strong>da</strong> transmissão de organismos multirresistentes para os seres humanos<br />

(Rodrigues, 2001).<br />

A resistência antibacteriana constitui-se, atualmente, a despeito dos avanços <strong>da</strong><br />

medicina, num dos maiores problemas de saúde pública. O uso excessivo de antibióticos de

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