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Paulo Edson Santos da Silva - uea - pós graduação

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Com o aumento <strong>da</strong>s infecções fúngicas, aumenta também a necessi<strong>da</strong>de de novos<br />

agentes antifúngicos. Os antifúngicos existentes no mercado possuem limitações terapêuticas,<br />

principalmente quando se leva em consideração os efeitos colaterais (Tavares, 1996).<br />

Grande quanti<strong>da</strong>de de fármacos obtidos por meio <strong>da</strong> síntese orgânica tem sido<br />

utiliza<strong>da</strong> no tratamento de infecções micóticas, como os antissépticos à base de tintura de<br />

iodo, violeta de genciana, ácido salicílico e benzóico, derivados sulfamídicos, corantes,<br />

quinonas e antifúngicos poliênicos (nistatina, anfotericina). Além desses, utilizam-se também<br />

antifúngicos, como os azóis (cetoconazol, econazol, sulconazol, miconazol, clotrimazol e<br />

fluconazol) e anfotericina B. Porém as infecções fúngicas são de difícil tratamento devido à<br />

eleva<strong>da</strong> resistência <strong>da</strong> Candi<strong>da</strong> à ação de alguns antifúngicos (Araujo et al., 2004).<br />

Os agentes antifúngicos, atualmente utilizados, apresentam, na sua grande maioria,<br />

uma ação fungistática ou fungici<strong>da</strong>, fato este que proporciona o aparecimento de cepas<br />

resistentes, sem contar que são dotados de outras limitações terapêuticas, sobretudo no que se<br />

refere à possibili<strong>da</strong>de do desenvolvimento de efeitos colaterais como nefrotoxici<strong>da</strong>de e<br />

hepatotoxici<strong>da</strong>de (Rang & Dale, 1997; Zacchino et al., 2003).<br />

Os agentes antifúngicos podem ser divididos em duas categorias: drogas que afetam<br />

a membrana celular e drogas que atuam intracelularmente, interrompendo processos celulares<br />

vitais, como síntese de DNA, RNA ou proteínas (Fuchs et al., 2004).<br />

Como exemplo de drogas que afetam a membrana celular podem ser citados os<br />

derivados poliênicos e imi<strong>da</strong>zólicos. Estas substâncias combinam-se com esteróis <strong>da</strong><br />

membrana, rompendo a mesma ou tornando-a incapaz de efetuar suas funções normalmente<br />

(permeabili<strong>da</strong>de e transporte). A droga forma um poro na membrana e o centro hidrófilo <strong>da</strong><br />

molécula cria um canal iônico transmembrana. Podem ocorrer alterações na permeabili<strong>da</strong>de<br />

celular e causar a per<strong>da</strong> de constituintes essenciais <strong>da</strong>s células, como potássio, açúcares,<br />

proteínas, fosfatos inorgânicos, ácidos carboxílicos e ésteres de fosfato (Rang & Dale, 1997;<br />

Trabulsi et al., 1999).<br />

A terapia de imunossupressão tem se tornado crescente e comum, e como o uso de<br />

antibióticos de amplo espectro ser frequente, Candi<strong>da</strong> spp. tem assumido um papel de grande<br />

importância entre os patógenos hospitalares e somente foi supera<strong>da</strong> pelos Staphylococcus<br />

aureus, Escherichia coli, Klebsiella spp e Enterococos como causa de infecção na corrente<br />

sanguínea (Henry, 1999), sendo de grande interesse por serem responsáveis por quadros de<br />

candidemias nos hospitais, estimando-se entre 10% a 12% suas ocorrências sobre to<strong>da</strong>s as<br />

infecções (Trabulsi et al., 2008).

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