Paulo Edson Santos da Silva - uea - pós graduação
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a parede <strong>da</strong>s Gram-positivas, que apesar de mais espessa, apresenta predominantemente 90%<br />
de peptidoglicanos (Jawetz et al., 1998; Tortora et al., 2005).<br />
As bactérias Gram-positivas protegem sua membrana citoplamática com uma parede<br />
celular espessa. As muitas cama<strong>da</strong>s de peptidoglicanos impedem a passagem de compostos<br />
hidrofóbicos, devido à presença de açucares e aminoácidos. A parede celular <strong>da</strong>s bactérias<br />
Gram-negativas é forma<strong>da</strong> por uma ou poucas cama<strong>da</strong>s de peptidoglicano e por uma<br />
membrana externa. Como a maioria <strong>da</strong>s membranas biológicas, a membrana externa <strong>da</strong>s<br />
bactérias Gram-negativas é forma<strong>da</strong> por dupla cama<strong>da</strong> lipídica: uma cama<strong>da</strong> interna composta<br />
de fosfolipídeos e uma externa contendo lipopolissacarídeos e proteínas. O seu interior possui<br />
características hidrofóbicas devido aos ácidos graxos e a parte polissacarídica externa<br />
constitui um ambiente hidrofílico. A membrana externa constitui uma barreira adicional à<br />
entra<strong>da</strong> de algumas substâncias como antibióticos (Trabulsi et al., 1999; Strohl et al., 2004).<br />
O sistema de dupla membrana <strong>da</strong>s bactérias Gram-negativas origina um<br />
espaçamento. O espaço que separa a membrana citoplasmática <strong>da</strong> membrana externa é<br />
chamado de espaço periplasmático, sendo o mesmo composto por uma cama<strong>da</strong> de<br />
peptidoglicano e um gel constituído por vários elementos. Nesse espaço podem-se encontrar<br />
algumas enzimas capazes de inativar fármacos tornando a célula resistente a eles, como as<br />
beta-lactamases (Fuchs et al., 2004; Trabulsi et al., 2008).