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POBREZA INFANTIL E DISPARIDADES EM MOÇAMBIQUE 2010<br />

CAPÍTULO 3: SOBREVIVÊNCIA E DESENVOLVIMENTO INFANTIL<br />

CAIXA 3.1: Semanas de Saúde da Criança<br />

Figura 3.19: Continuum de cuidados de saúde materna e neonatal<br />

Articulação de cuidados durante o ciclo de vida (A) e nos locais das pessoas com crianças<br />

a seu cargo (B). Adaptado de Partnership for Maternal, Newborn and Child Health, com<br />

autorização.<br />

Adolescência<br />

e antes de gravidez<br />

A<br />

B<br />

Idade reprodutiva<br />

Gravidez<br />

Morte<br />

Envelhecimento<br />

Maioridade<br />

(Idade adulta)<br />

Nascimento<br />

28 dias<br />

20 anos<br />

10 anos<br />

Adolescência<br />

Período neonatal<br />

Infância<br />

5 anos<br />

1 ano<br />

Gravidez Nascimento Pós-natal (mãe) Post-natal health<br />

Hospitais e unidades sanitárias<br />

Serviços ambulatórios de extensão<br />

e junto às comunidades<br />

Cuidados familiares e comunitários<br />

Appropriate<br />

Fonte: Kevbes, Kate J., et al., ‘Continuum of Care for maternal, Newborn and Child Health: From slogan to service deliver’,<br />

The Lancet, vol. 370, nº 9595, 13 de Outubro de 2007, p. 1360.<br />

Idade escolar<br />

Infância<br />

Idade pré-escolar<br />

Pós-natal (recém-nascido)<br />

follow-up<br />

referral and<br />

Infancy<br />

Childhood<br />

A oferta de um pacote integrado de intervenções preventivas e curativas relativamente baratas, quando<br />

realizada em escala, pode reduzir até 63 por cento a mortalidade de crianças menores de cinco anos.<br />

Infelizmente, em muitos países, as crianças que mais necessitam destas intervenções não têm acesso<br />

fácil a serviços de qualidade nas unidades de saúde. As Semanas de Saúde da Criança estão concebidas<br />

como medida principalmente temporária (para um determinado número de anos) para melhorar o<br />

acesso, oferecendo um pacote de intervenções de saúde e nutrição com uma boa relação custo-eficácia a<br />

crianças menores de cinco anos, utilizando uma abordagem de campanha que atinge até mesmo as áreas<br />

mais remotas do país. O uso deste tipo de abordagem não só expande o alcance dos serviços de saúde,<br />

como também pode reforçar a prestação de serviços de rotina e junto das comunidades, uma vez que os<br />

profissionais de saúde são frequentemente submetidos a formação adicional e as famílias recebem mais<br />

informações sobre os serviços. A disponibilidade de um pacote integrado de serviços de saúde eficazes e de<br />

qualidade, prestados ao mesmo tempo e num único lugar, evita que os que têm crianças a seu cargo tenham<br />

de fazer com elas várias (e dispendiosas) deslocações para as unidades sanitárias, além de promover a<br />

procura de outros serviços de saúde de rotina, especialmente quando se faz uma mobilização social efectiva.<br />

As Semanas de Saúde da Criança são normalmente constituídas por pelo menos duas intervenções<br />

complementares de saúde ou nutrição, podendo incluir um pouco mais. Os serviços e intervenções<br />

prestados em Moçambique são:<br />

Principais Intervenções:<br />

• l Suplementação com vitamina A para crianças dos 6 meses aos 5 anos;<br />

• l Vacinação de rotina ou para pôr as vacinas em dia contra sarampo, poliomielite, tétano, difteria e<br />

tosse convulsa, e tuberculose;<br />

• l Desparasitação de crianças de 1-4 anos.<br />

As outras intervenções que foram adicionadas em Moçambique foram as seguintes:<br />

Triagem de desnutrição (com o uso da Circunferência Braquial -- circunferência no ponto médio da<br />

parte superior do braço) e encaminhamento para gestão de desnutrição aguda;<br />

• l Promoção e distribuição de redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração;<br />

• l Promoção de práticas familiares e cuidados infantis saudáveis, como por exemplo aleitamento<br />

materno exclusivo;<br />

• l Vacinação contra o tétano de mulheres em idade fértil;<br />

• l Suplementação com Vitamina A para mães a amamentar durante as primeiras oito semanas após o<br />

parto.<br />

A chave para o sucesso das Semanas de Saúde da Criança é uma estratégia de mobilização social bem<br />

integrada, que vise a participação universal de famílias elegíveis cobertas pela campanha. Projectada e<br />

implementada a nível nacional, provincial e distrital, sob coordenação do Ministério da Saúde, a estratégia<br />

tem duas vertentes. Em primeiro lugar – e tendo início bem antes da Semana de Saúde da Criança a<br />

estratégia serve para consciencializar o público sobre a semana. A segunda componente da estratégia<br />

funciona em conjunto com a prestação do serviço, para garantir a promoção de importantes mensagens<br />

sobre os comportamentos de saúde e práticas de higiene complementares. A mobilização social para as<br />

Semanas de Saúde da Criança explora os media e os meios de comunicação locais para divulgar anúncios<br />

de serviços públicos e especialmente através das rádios comunitárias gerar discussão e participação da<br />

comunidade através de diálogo e debates comunitários. Os activistas locais penetram nos bastidores<br />

dos meios de comunicação para divulgar informação, utilizando materiais de comunicação produzidos<br />

especificamente para as campanhas e servindo-se das línguas locais para chegar às comunidades.<br />

Durante toda a semana, faz-se um uso estratégico de figuras influentes locais e nacionais líderes de<br />

opinião e decisores que têm a confiança e o respeito dos seus constituintes para reforçar a divulgação<br />

de mensagens e maximizar a participação. Através de reuniões comunitárias e comunicação<br />

interpessoal a nível das famílias, os líderes locais desempenham um papel crucial na mobilização de<br />

participação para estas campanhas de saúde da criança.<br />

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