Edição 94 download da revista completa - Logweb
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34 <strong>Logweb</strong> | edição nº<strong>94</strong> | Dez | 2009 |<br />
Fógos, dos Correios,<br />
abordou a sustentabili<strong>da</strong>de<br />
no Supply Chain<br />
Correios<br />
Dando sequência ao Seminário<br />
LOGTRAN, Ricardo Fógos,<br />
gerente de Encomen<strong>da</strong>s dos<br />
Correios, ressaltou que o tema a<br />
ser apresentado por ele não iria<br />
<strong>da</strong>r uma solução, mas, sim, fazer<br />
uma proposta para a socie<strong>da</strong>de,<br />
empresas e governos: a “Sustentabili<strong>da</strong>de<br />
no Supply Chain com<br />
ênfase na Logística Reversa do<br />
pós-ven<strong>da</strong>”. “A sustentabili<strong>da</strong>de<br />
gera redução de gastos com<br />
insumos, redução de contaminantes<br />
perigosos, mu<strong>da</strong>nças de<br />
hábitos de consumo, prevenção<br />
<strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de, respeito à<br />
sociodiversi<strong>da</strong>de e privatização<br />
<strong>da</strong> regulamentação”, enumerou<br />
as vantagens <strong>da</strong>s práticas<br />
sustentáveis.<br />
Ele disse que estamos na era<br />
do consumo e, com isso, muito<br />
lixo eletrônico tem sido produzido.<br />
Desta forma, é ca<strong>da</strong> vez mais<br />
latente a necessi<strong>da</strong>de dos<br />
fabricantes se responsabilizarem<br />
pelo retorno de seu produto após<br />
o término de seu ciclo de vi<strong>da</strong><br />
(pós-consumo) e também nos<br />
casos de trocas e devoluções<br />
(pós-ven<strong>da</strong>).<br />
Fógos explicou, na sequência,<br />
alguns aspectos e ações que<br />
compõem o processo de sustentabili<strong>da</strong>de,<br />
tais como: verificar o<br />
nível de emissão de CO 2<br />
do<br />
transportador que será contratado<br />
ou identificar se a embalagem<br />
a ser adquiri<strong>da</strong> é sustentável,<br />
informar o cliente sobre o uso<br />
do produto e orientá-lo quanto ao<br />
descarte correto, <strong>da</strong>r atenção<br />
especial ao pós-ven<strong>da</strong> e pósconsumo,<br />
entre outros.<br />
Em um desenho bem simplificado,<br />
o gerente de Encomen<strong>da</strong>s<br />
dos Correios mostrou ao público<br />
que o material reaproveitado,<br />
proveniente <strong>da</strong>s coletas feitas<br />
pela Logística Reversa, além de<br />
deixar de ser um risco para o<br />
meio ambiente, pode, muitas<br />
vezes, ser reaproveitado e<br />
reinserido no processo de<br />
suprimento, produção, distribuição<br />
e consumo.<br />
J. Macedo<br />
Sarti, <strong>da</strong> J. Macedo,<br />
palestrou sobre o gerenciamento<br />
de projetos na<br />
logística<br />
Na quarta palestra do dia,<br />
“Gestão de Projetos Logísticos”,<br />
André Sarti, gerente de Projetos<br />
Logísticos <strong>da</strong> J. Macedo, destacou<br />
que o gerenciamento de<br />
projetos na logística é uma<br />
ferramenta essencial para os<br />
negócios de uma empresa.<br />
Segundo ele, as decisões de<br />
investimentos devem sempre ser<br />
feitas com base em duas premissas<br />
distintas que se complementam:<br />
custos e nível de serviço.<br />
“O equilíbrio entre estes dois<br />
fatores deve ser o objetivo do<br />
Supply Chain”, analisou.<br />
Para ele, hoje as empresas<br />
não competem mais em produtos,<br />
mas, sim, em nível de serviço.<br />
Desta forma, as perspectivas do<br />
negócio devem ser mapea<strong>da</strong>s<br />
desde o posto de trabalho até o<br />
Supply Chain. “Em média, as<br />
companhias investem em logística<br />
7% de seus faturamentos<br />
totais”, complementou.<br />
Neste sentido, Sarti observou<br />
que, apesar do discurso adotado<br />
de que priorizam o nível<br />
de serviço, as empresas estão,<br />
na prática, em sua maioria,<br />
focando apenas os custos. Do<br />
ponto de vista dele, a indústria<br />
de transportes está em intensa<br />
evolução e é um negócio de<br />
grandes proporções. No entanto,<br />
a oportuni<strong>da</strong>de de crescimento<br />
vem sendo prejudica<strong>da</strong> por<br />
diversos fatores, como a grande<br />
quanti<strong>da</strong>de de processos<br />
manuais nas operações.<br />
Ao concluir sua palestra, o<br />
gerente de Projetos Logísticos <strong>da</strong><br />
J. Macedo citou alguns pontos<br />
que devem ser perseguidos<br />
pelas empresas de transporte e<br />
logística para gerenciar os<br />
projetos: comportamento do<br />
mercado nos próximos anos,<br />
posicionamento <strong>da</strong> empresa,<br />
estratégias de crescimento e<br />
posicionamento do Supply Chain.<br />
Coca-Cola<br />
Com a palestra “Traduzindo<br />
S&OP e Transportes”, Rafael<br />
Brandt, coordenador de transportes<br />
do departamento de Logística<br />
Corporativa <strong>da</strong> Coca-Cola, que<br />
encerrou as apresentações <strong>da</strong><br />
manhã, partilhou a experiência<br />
que a empresa está vivendo com<br />
a implantação do processo de<br />
S&OP (Sales Operations Planning<br />
– Planejamento de Ven<strong>da</strong>s e<br />
Operações) na Joint Venture<br />
Coca-Cola, que foi cria<strong>da</strong> para<br />
controlar o segmento de bebi<strong>da</strong>s<br />
carbonata<strong>da</strong>s (que não são<br />
refrigerantes).<br />
Nesta joint venture, a Coca-<br />
Cola detém 50% e, os 16 fabricantes<br />
distribuídos pelo país,<br />
outros 50%. Esta distribuição,<br />
segundo Brandt, é muito benéfica:<br />
“trabalhar com franquias, ca<strong>da</strong><br />
uma responsável por atender a<br />
uma região, sem que haja concorrência<br />
entre elas, proporciona<br />
uma grande capilari<strong>da</strong>de na rede<br />
de distribuição”.<br />
O processo de S&OP, que foi<br />
implantado pela dificul<strong>da</strong>de de<br />
integrar to<strong>da</strong>s as uni<strong>da</strong>des ao<br />
Supply Chain, exige um coordenador<br />
totalmente dedicado a isto<br />
e acontece mensalmente em<br />
cinco passos: revisão <strong>da</strong> gestão<br />
de produto, revisão de deman<strong>da</strong>,<br />
revisão de suprimento, avaliação<br />
financeira e revisão gerencial do<br />
negócio. “É um ciclo. Mensalmente<br />
os processos são revistos<br />
e aperfeiçoados. Por isso,<br />
praticamente todos eles levam o<br />
nome ‘revisão’”, explicou.<br />
Na sequência, o coordenador<br />
de Transportes destacou os<br />
objetivos <strong>da</strong> JV Coca-Cola com a<br />
utilização do S&OP: ter um plano<br />
de negócio orquestrado de<br />
médio prazo, mas direcionando o<br />
Brandt, <strong>da</strong> Coca-Cola,<br />
partilhou a experiência<br />
<strong>da</strong> empresa com o<br />
S&OP