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Edição 135 download da revista completa - Logweb

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20 - Transporte ferroviário<br />

União. No ano passado, as<br />

ferrovias recolheram R$ 1,58<br />

bilhão aos cofres públicos,<br />

sendo R$ 639,3 milhões para<br />

o pagamento de parcelas <strong>da</strong>s<br />

concessões e arren<strong>da</strong>mento<br />

<strong>da</strong> malha e R$ 637,4 milhões<br />

decorrentes do pagamento<br />

<strong>da</strong> CIDE – Contribuição de<br />

Intervenção no Domínio<br />

Econômico sobre as operações<br />

ferroviárias. Entre 1997<br />

e 2012, os governos somam<br />

R$ 16,83 bilhões arreca<strong>da</strong>dos<br />

em tributos federais,<br />

estaduais e municipais. Para a<br />

ANTF, estes números comprovam<br />

que a desestatização<br />

<strong>da</strong> malha ferroviária foi um<br />

bom negócio para o Brasil.<br />

“A RFFSA – Rede Ferroviária<br />

Federal S.A. gerava um<br />

<br />

por ano aos cofres públicos.<br />

Em 1997, quando as malhas<br />

ferroviárias começaram a ser<br />

concessiona<strong>da</strong>s, o passivo <strong>da</strong><br />

rede já ultrapassava os R$ 2,2<br />

<br />

<strong>da</strong> ANTF.<br />

Por outro lado, a enti<strong>da</strong>de<br />

entende que o dinheiro<br />

poderia ter voltado de<br />

outra forma às empresas<br />

e, consequentemente, ao<br />

usuário do transporte. Mesmo<br />

destacando a aju<strong>da</strong> dos<br />

governos, Vilaça acredita que<br />

algumas situações precisam<br />

ser <strong>revista</strong>s. “São números<br />

<br />

mas precisamos olhar para<br />

frente. A CIDE, por exemplo,<br />

não serviu para na<strong>da</strong> no<br />

setor ferroviário. É um dinheiro<br />

que não retornou em<br />

benefício de na<strong>da</strong>. Iniciamos<br />

essa discussão há alguns anos<br />

e vamos levar à presidente <strong>da</strong><br />

República em favor <strong>da</strong> operação<br />

ferroviária”, aponta.<br />

“A participação do governo<br />

federal tem sido expressiva e<br />

nem tem como ser diferente,<br />

senão o investidor não vem”,<br />

complementa Vilaça.<br />

MOVIMENTAÇÃO<br />

DE CARGA<br />

A movimentação de carga<br />

também passou por sóli<strong>da</strong><br />

expansão. Como as exportações<br />

caíram em 2012, o<br />

avanço neste campo econômico<br />

foi de apenas 1,3% em<br />

2012, passando de 475 para<br />

481 milhões de tonela<strong>da</strong>s.<br />

Em contraparti<strong>da</strong>, desde<br />

1997, a alta foi de 90%, e<br />

ain<strong>da</strong> deve aumentar<br />

mais 24,7% até 2015,<br />

o que corresponde<br />

a 600 milhões de<br />

tonela<strong>da</strong>s de carga<br />

transporta<strong>da</strong> em um<br />

ano.<br />

Deste crescimento,<br />

a principal carga<br />

transporta<strong>da</strong> continua<br />

sendo o minério de ferro e o<br />

carvão vegetal. O avanço em<br />

todo o período de medição<br />

neste tipo de produto foi de<br />

91,8%, o que corresponde a<br />

um salto de 190,2 para 364,9<br />

milhões de tonela<strong>da</strong>s úteis.<br />

Por outro lado, é o agronegócio<br />

um dos que mais crescem<br />

na operação ferroviária, com<br />

quase 500% de aumento no<br />

transporte até 2012.<br />

A enti<strong>da</strong>de também destaca<br />

uma tendência para o setor: o<br />

transporte de contêineres.<br />

“Queremos aprimorar este<br />

tipo de transporte. A ideia é<br />

aumentar a capaci<strong>da</strong>de dos<br />

vagões para cinco contêineres,<br />

vazios ou cheios, e<br />

transformar os slots em double-deck<br />

(um contêiner em<br />

cima do outro)”, vislumbra o<br />

executivo. Em 2012, o setor<br />

encerrou o ano com 240 mil<br />

TEUs transportados e a estimativa<br />

é que o índice cresça<br />

para 300 mil TEUs em 2013 e<br />

até 400 mil TEUs em 2015.<br />

Outro fator de destaque na<br />

movimentação é a redução<br />

no preço do frete. A ANTF<br />

aponta que os custos com<br />

combustível vêm caindo<br />

gra<strong>da</strong>tivamente. De 1997 a<br />

2012, a redução no consumo<br />

do diesel foi de 21,2%, o que<br />

representa uma economia de<br />

330 milhões de litros. Para<br />

Vilaça, a questão tributária<br />

está muito forte nesta<br />

área de energia, por isso as<br />

concessionárias acenam com<br />

a economia de combustível<br />

para aumentar a movimentação<br />

de carga com menores<br />

valores de frete.<br />

INDÚSTRIA FERROVIÁRIA<br />

Com o crescimento do setor,<br />

o impacto na indústria de<br />

equipamentos ferroviários é<br />

consequente. A expansão <strong>da</strong><br />

frota de locomotivas e vagões<br />

já registra 116,5% de crescimento<br />

em relação a 1997.<br />

Naquele ano, eram 1.154<br />

locomotivas e 43.816 vagões<br />

em ativi<strong>da</strong>de. Já em 2012, o<br />

setor fechou o ano com 3.102<br />

locomotivas e 94.271 vagões<br />

em operação.<br />

A i<strong>da</strong>de média <strong>da</strong> frota<br />

também vem diminuindo<br />

com o passar dos anos. Hoje<br />

em dia, dos 42 anos de média<br />

na déca<strong>da</strong> retrasa<strong>da</strong>, o setor<br />

ferroviário está com 25 anos<br />

LOGWEB <strong>135</strong> MAI/2013 www.logweb.com.br

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