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A comunicação nos órgãos públicos Rio - Tribunal de Contas do ...

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Sua lógica é estruturada em níveis<br />

hierárquicos, <strong>nos</strong> quais instâncias <strong>de</strong><br />

cuida<strong>do</strong> são oferecidas ao i<strong>do</strong>so <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com seu grau <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>.<br />

Portanto, <strong>de</strong>ve haver o monitoramento<br />

constante para se oferecer o cuida<strong>do</strong> mais<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> com implicação positiva, tanto<br />

<strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista clínico como financeiro.<br />

A compreensão <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>ve investir<br />

no i<strong>do</strong>so saudável, mesmo aquele com<br />

<strong>do</strong>ença crônica e em tratamento 1 – ou<br />

seja, a imensa maioria <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos da<br />

<strong>nos</strong>sa socieda<strong>de</strong> –, e ter ações para to<strong>do</strong>s<br />

os <strong>de</strong>mais é uma visão contemporânea<br />

que os gestores da área <strong>de</strong>veriam aplicar.<br />

A ocorrência <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças crônicas na<br />

população i<strong>do</strong>sa é, sem dúvida, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

magnitu<strong>de</strong>. Cabe-<strong>nos</strong> saber, entretanto,<br />

o quanto tais patologias os impe<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> exercer suas ativida<strong>de</strong>s rotineiras <strong>de</strong><br />

forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e autônoma. É a<br />

diminuição da capacida<strong>de</strong> funcional <strong>do</strong><br />

i<strong>do</strong>so que o tornará, <strong>de</strong> alguma forma,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um nível mais complexo<br />

<strong>de</strong> assistência, ou seja, na concepção <strong>do</strong><br />

mo<strong>de</strong>lo que estamos sugerin<strong>do</strong>, o fará<br />

subir para um <strong>de</strong>grau hierarquicamente<br />

mais intenso <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s.<br />

Em síntese, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atenção à<br />

saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so que se pretenda eficiente<br />

<strong>de</strong>ve aplicar to<strong>do</strong>s os níveis <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>,<br />

isto é, possuir um fluxo bem <strong>de</strong>senha<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> ações <strong>de</strong> educação, promoção da<br />

saú<strong>de</strong>, prevenção <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças evitáveis,<br />

postergação <strong>de</strong> moléstia, cuida<strong>do</strong> o mais<br />

precocemente possível e reabilitação<br />

<strong>de</strong> agravos. Essa linha <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s se<br />

inicia na captação, no acolhimento e no<br />

monitoramento <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so e somente se<br />

encerra <strong>nos</strong> momentos finais da vida, na<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s paliativos.<br />

Deve-se sempre frisar que, nessa<br />

hierarquização da complexida<strong>de</strong><br />

das fragilida<strong>de</strong>s e agravos, a ênfase<br />

é conferida aos níveis básicos, com<br />

vistas a ofertar condições <strong>de</strong> promover<br />

um envelhecimento ativo. Na linha <strong>de</strong><br />

cuida<strong>do</strong>s que estamos <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> em<br />

sete etapas hierarquizadas <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong>s<br />

ascen<strong>de</strong>ntes, é <strong>nos</strong> níveis iniciais que se<br />

concentram mais <strong>de</strong> 90% da população<br />

i<strong>do</strong>sa. Enten<strong>de</strong>mos esse mo<strong>de</strong>lo como uma<br />

proposta segun<strong>do</strong> a qual to<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem ser<br />

vence<strong>do</strong>res: o i<strong>do</strong>so, que amplia seus a<strong>nos</strong><br />

<strong>de</strong> vida com qualida<strong>de</strong>; a família, que terá<br />

um ente queri<strong>do</strong> ativo e participativo; e as<br />

presta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, à semelhança <strong>do</strong><br />

SUS, que evitarão internações repetidas<br />

e <strong>de</strong> alto custo.<br />

A atualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>bate <strong>nos</strong> faz<br />

lembrar um recente artigo <strong>do</strong> economista<br />

norte-americano Paul Krugman, intitula<strong>do</strong><br />

“Livre para morrer: reflexão sobre a saú<strong>de</strong><br />

1. O que <strong>de</strong>fine a fragilida<strong>de</strong> não é a presença <strong>de</strong> uma <strong>do</strong>ença, pois tal fato é espera<strong>do</strong>, mas sim a falta <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong> qualifica<strong>do</strong> para impedir a perda <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> funcional.<br />

Revista TCMRJ n. 49 - janeiro 2012<br />

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