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Tarso-programa-de-governo_2014

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TARSO GOVERNADOR<br />

PROGRAMA DE GOVERNO UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE<br />

ECONOMIA NO RS<br />

O ano <strong>de</strong> <strong>2014</strong> traz o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> consolidar um novo ciclo político no RS sintonizado<br />

com a perspectiva do <strong>de</strong>senvolvimento brasileiro. Após romper com a <strong>de</strong>fesa intransigente<br />

do ajuste fiscal à custa do <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social do estado, o <strong>governo</strong><br />

da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> está preparado para avançar com inovação e sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

Os indicadores econômicos alcançados em pouco mais <strong>de</strong> três e anos e meio <strong>de</strong> <strong>governo</strong><br />

<strong>de</strong>monstram o acerto da estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento que articula investimentos<br />

produtivos com implementação da política <strong>de</strong> combate à pobreza e distribuição <strong>de</strong> renda,<br />

alinhando-se ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento nacional.<br />

A primeira gestão da Unida<strong>de</strong> Popular pelo Rio Gran<strong>de</strong> reposicionou o papel do Estado,<br />

colocando-se como agente central e propulsor do <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social. Iniciando<br />

a recuperação do espaço público, aten<strong>de</strong>u <strong>de</strong>mandas represadas. Recompôs quadros<br />

e salários do funcionalismo e colocou o fomento à produção no centro da agenda, tendo como<br />

referência o diálogo, a concertação e a participação social, envolvendo toda a socieda<strong>de</strong> na<br />

proposição e acompanhamento das políticas públicas.<br />

Mesmo com a crise internacional latente, que extinguiu milhões <strong>de</strong> empregos na Europa<br />

e nos Estados Unidos, os índices históricos <strong>de</strong> emprego, a produção agrícola e industrial e<br />

as exportações cresceram no território gaúcho.<br />

FINANÇAS E INVESTIMENTOS<br />

O crescimento econômico é condição fundamental para a sustentabilida<strong>de</strong> fiscal do<br />

Estado. Porém, nas últimas décadas, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul vinha apresentando um baixo crescimento<br />

econômico, refletido em ações tímidas do Estado na promoção <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> estímulo<br />

à economia. Como justificativa, frequentemente foi argumentado que a situação fiscal do<br />

Estado o impedia <strong>de</strong> ter papel ativo na reversão do problema. A combinação <strong>de</strong>sses gargalos<br />

estruturais com o baixo crescimento da economia gerava a percepção <strong>de</strong> que não haveria solução<br />

para o futuro do Rio Gran<strong>de</strong>. Assim, as dificulda<strong>de</strong>s fiscais do Estado seriam, ao mesmo<br />

tempo, a causa e a consequência do baixo crescimento econômico gaúcho, perpetuando a<br />

fragilida<strong>de</strong> fiscal do Estado e a continuida<strong>de</strong> da perda <strong>de</strong> importância da sua economia.<br />

O ambiente <strong>de</strong> crescimento econômico colabora <strong>de</strong>cisivamente para melhora das finanças<br />

públicas. Ao proporcionar maior base tributável, permite a evolução consistente das<br />

receitas públicas, possibilita gerar mais empregos, melhora a renda e cria um clima mais<br />

favorável ao <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social.<br />

Ao longo das últimas décadas, o Estado abdicou do seu papel <strong>de</strong> indutor <strong>de</strong> políticas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. As políticas baseadas em fortes restrições fiscais limitaram a ampliação<br />

dos serviços públicos e induziram a redução do nível <strong>de</strong> investimentos que, combinadas com<br />

a ausência <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> promoção do <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social, impediram que<br />

a economia gaúcha acompanhasse o ritmo <strong>de</strong> crescimento econômico e as melhorias sociais<br />

verificadas no Brasil.<br />

Desse modo, o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul per<strong>de</strong>u participação na economia nacional: atingiu<br />

7,1% em 2002, não alcançou esse patamar nos anos seguintes e apresentou tendência <strong>de</strong><br />

queda. Enquanto o crescimento da economia brasileira foi <strong>de</strong> 40,8%, <strong>de</strong> 2002 a 2010, o Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul evoluiu apenas 26,4% no mesmo período. Ou seja, a economia do Estado<br />

cresceu apenas 65% da taxa obtida pelo Brasil.<br />

A falta <strong>de</strong> uma perspectiva otimista para o futuro contrasta com as recentes conquistas<br />

econômicas e sociais apresentadas pelo Brasil nos últimos anos. O país vem mostrando<br />

avanços consistentes e contínuos na área, acompanhados <strong>de</strong> melhorias na condição <strong>de</strong> vida<br />

dos brasileiros. Esse aumento da renda da população mais carente vem servindo <strong>de</strong> base para<br />

o fortalecimento do mercado interno e representa uma conquista importante para um ciclo<br />

virtuoso <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Nos últimos três anos, o Estado aplicou uma política ativa voltada para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico e social, obtendo resultados animadores e revertendo, assim, a tendência<br />

anterior com crescimento do PIB/RS maior do que a média nacional. O PIB gaúcho subiu<br />

10,2% entre 2011 e 2013, enquanto o nacional cresceu 6,4% no mesmo período. Esse <strong>de</strong>sempenho<br />

foi alcançado mesmo consi<strong>de</strong>rando a queda <strong>de</strong> 1,4% do PIB gaúcho em 2012,<br />

<strong>de</strong>corrente da forte estiagem que causou perdas importantes nas principais culturas (soja e<br />

milho) produzidas no Estado.<br />

O ajuste fiscal foi substituído pelo enfrentamento dos problemas: na previdência, a criação<br />

do Fundo Previ<strong>de</strong>nciário estabeleceu as condições para o equacionamento do déficit no<br />

longo prazo; na dívida pública, o RS li<strong>de</strong>rou o processo <strong>de</strong> renegociação junto ao Governo Fe<strong>de</strong>ral,<br />

resultando no PLC 99/2013, que reduz os encargos da dívida, permitindo uma expectativa<br />

em relação à abertura <strong>de</strong> espaço fiscal e ao pagamento efetivo do estoque da dívida no prazo<br />

contratado; em RPV´s e precatórios, somente em 2013 foram <strong>de</strong>sembolsados R$ 1,3 bilhão em<br />

pagamento; e, finalmente, foram ampliados significativamente os gastos nas áreas da saú<strong>de</strong>,<br />

segurança e educação, permitindo entre outras conquistas, o alcance da marca histórica <strong>de</strong><br />

12,5% da RLIT em gastos com saú<strong>de</strong> e o aumento real dos salários dos professores em 50%.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento econômico exige um nível <strong>de</strong> investimentos a<strong>de</strong>quado às necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> qualificação da infraestrutura. A rigi<strong>de</strong>z do orçamento limitou a capacida<strong>de</strong> do<br />

Estado manter continuamente um volume <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stinados ao investimento público.<br />

A trajetória <strong>de</strong> participação dos investimentos é <strong>de</strong>crescente na última década, se consi<strong>de</strong>rarmos<br />

a sua evolução como participação relativa à receita. Eventualmente, com recursos<br />

extraordinários, o valor <strong>de</strong> investimentos se elevou, voltando a níveis mínimos e com tendência<br />

<strong>de</strong> redução, o que causou <strong>de</strong>terioração da infraestrutura e perda <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

da economia gaúcha.<br />

Para viabilizar investimentos, o Governo adotou a estratégia <strong>de</strong> buscar, nas operações<br />

<strong>de</strong> crédito, com instituições nacionais e internacionais, os meios financeiros para suprir a<br />

restrição <strong>de</strong> recursos próprios para investimento. Isto permitiu, entre outros contratos, a<br />

implementação do Prore<strong>de</strong>s, com o BNDES (R$ 1,085 bilhão) e BIRD (US$ 480 milhões), para<br />

projetos <strong>de</strong> infraestrutura e promoção do <strong>de</strong>senvolvimento econômico. Em paralelo, o alinhamento<br />

com as políticas do Governo Fe<strong>de</strong>ral viabilizou projetos em todas as áreas, com<br />

<strong>de</strong>staque às obras do PAC.<br />

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