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Revista Pneus e Cia nº20 - Sindipneus

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Publicação Bimestral do <strong>Sindipneus</strong><br />

Ano 3 – Nº 20 – Março/Abril 2011<br />

PNEUS NACIONAIS:<br />

DESCUBRA POR QUE VALE<br />

A PENA UTILIZÁ-LOS<br />

Serviços – Obrigações acessórias<br />

digitais e fiscais – Pág. 10<br />

<strong>Pneus</strong> e frotas – Troca de pneus<br />

de automóveis – Pág. 22<br />

Estratégia – Para onde apontam<br />

as rodas? – Pág. 26


EXPEDIENTE<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. – Ano 3 – Nº 20<br />

Órgão Informativo do <strong>Sindipneus</strong><br />

Sindicato das empresas de revenda e prestação de serviços<br />

de reforma de pneus e similares do estado de Minas Gerais<br />

Diretoria <strong>Sindipneus</strong><br />

Presidente<br />

Paulo César Pereira Bitarães<br />

Secretário geral<br />

Gláucio T. Salgado<br />

Diretor da câmara de reforma de pneus<br />

Arilton S. Machado<br />

Diretor da câmara de revenda de pneus<br />

Antônio Augusto S. Costa<br />

Diretor de tesouraria<br />

Ana Cristina Schuchter Gatti<br />

Conselho fiscal<br />

Dênis Oliveira, Júlio César, Wilson Navarro<br />

Delegado junto a Federação do<br />

Comércio Estado de Minas Gerais<br />

Henrique Koroth<br />

Delegado junto a Federação do<br />

Comércio Estado de Minas Gerais<br />

Aureliano Zanon<br />

Amirp<br />

Rogério de Matos, Fernando Antônio Magalhães,<br />

Miguel Pires Matos e Júlio Vicente da Cruz Neto<br />

<strong>Sindipneus</strong><br />

Ronaldo Lídio Navarro, Antônio Domingos Morales<br />

e Júlio Coelho Lima Filho<br />

Analista de Projetos/Financeiro<br />

Eliza Soares<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Diretora Responsável<br />

Mariana Conrado – Reg.: MTb. 013438/MG<br />

Editores<br />

Mariana Conrado e Priscila Silva<br />

comunicacao@sindipneus.com.br<br />

Revisão Final<br />

José Tarcísio Barbosa<br />

Arte e Editoração<br />

In Foco Brasil (31) 3226-8463<br />

Impressão<br />

Gráfica e Editora Copa (31) 3372-4949<br />

Tiragem<br />

5.000 exemplares<br />

As opiniões expressas nos artigos assinados e os informes<br />

publicitários são de responsabilidade dos autores. É proibida<br />

a reprodução de textos e de ilustrações integrantes da edição<br />

impressa ou virtual, sem a prévia autorização dos editores.<br />

PELA VALORIZAÇÃO<br />

DO PNEU NACIONAL<br />

Nos últimos anos, nos unimos para fortalecer cada vez mais<br />

o setor de pneumáticos. Conquistamos muitas vitórias ao<br />

longo do tempo, mas ainda há muito a ser feito. Agora,<br />

precisamos nos unir ainda mais para valorizar o mercado<br />

nacional de pneus com o intuito de fazer com que nossos<br />

clientes confiem no pneu fabricado ou reformado em nosso<br />

país. Assim, ganham o setor, o consumidor e também o<br />

Brasil, já que movimentamos uma parte importante da<br />

economia brasileira.<br />

Quando deixamos que o mercado seja imposto pelo ritmo<br />

dos importadores desleais e preocupados em lucrar a<br />

qualquer custo, estamos permitindo que nossa riqueza vá<br />

embora para outros países, o que é muito grave. Dessa<br />

forma, não progredimos e nem contribuímos para a<br />

expansão da nossa economia. A matéria de capa da <strong>Pneus</strong><br />

& <strong>Cia</strong>. desta edição deixa claro que muitos não fazem a sua<br />

parte e, com isso, estão lesando todo o setor que há tanto<br />

tempo luta para valorizar seu produto no mercado nacional.<br />

A concorrência desleal praticada pelo mercado é algo que<br />

precisa acabar, pois, além de ser prejudicial para o setor,<br />

também tem colocado em risco a vida de vários condutores<br />

de veículos que muitas vezes nem imaginam que trafegam<br />

pelas estradas com pneus importados sem qualidade<br />

atestada e garantida. As informações contidas na matéria<br />

de capa não deixam dúvida de que, a cada dia, inúmeros<br />

pneus de origem desconhecida entram no país. Isso torna<br />

nossa missão ainda mais urgente, visto que precisamos<br />

impedir a continuidade deste ciclo que só traz prejuízos. É,<br />

portanto, hora de unir forças mais uma vez e agir em prol de<br />

um objetivo comum que trará benefícios para empresários,<br />

consumidores e para a economia brasileira.<br />

Boa leitura!<br />

EDITORIAL<br />

Paulo Bitarães<br />

Presidente do <strong>Sindipneus</strong><br />

<strong>Sindipneus</strong><br />

Rua Aimorés, 462 • Sala 108 • Funcionários<br />

CEP 30140-070 • Belo Horizonte • MG<br />

Tel: (31) 3356-3342 / 3213-2909<br />

sindipneus@sindipneus.com.br • www.sindipneus.com.br<br />

3 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


10<br />

SERVIÇOS<br />

Obrigações acessórias digitais e fiscais<br />

18<br />

<strong>Sindipneus</strong> em ação<br />

Depoimentos dos associados<br />

8<br />

Conexão<br />

Setor de pneumáticos<br />

crescerá em 2011<br />

14<br />

CAPA<br />

<strong>Pneus</strong> nacionais: por que vale a pena utilizá-los?<br />

22<br />

Cenário<br />

Não jogue o pneu no rio<br />

16<br />

Fazendo a diferença<br />

Negócio e atitude socioambiental<br />

24<br />

PNEUS E FROTAS<br />

Troca de pneus de automóveis<br />

Valores & Valores<br />

Reflexões<br />

28<br />

26<br />

4 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

ESTRATÉGIA<br />

Para onde apontam as rodas?<br />

Viver bem<br />

Atitude<br />

Guia dos associados<br />

Revendedores e reformadores<br />

29<br />

30


MOMENTO DO LEITOR<br />

Este espaço é seu. Está reservado para suas sugestões e opiniões.<br />

Fale com a gente: comunicacao@sindipneus.com.br<br />

Parabéns à equipe do <strong>Sindipneus</strong> pelo trabalho do sindicato e também pela<br />

<strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. Gosto muito da revista! Sempre encontro matérias e artigos<br />

interessantes!<br />

Humberto Bueno<br />

Belo Horizonte – MG<br />

Gostei muito da última edição da <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>., principalmente da reportagem<br />

sobre a expectativa para o setor neste ano de 2011 com o novo<br />

governo e a questão do Inmetro nos pneus de carga. A matéria ficou bem<br />

completa e informativa. Parabéns!<br />

João Gonçalves<br />

Belo Horizonte – MG<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. sempre traz matérias ótimas para conscientizar os<br />

leitores e informar os empresários do setor. É sempre muito importante<br />

alertar a todos sobre a questão da dengue, principalmente na parte que<br />

envolve os cuidados com os pneus inservíveis para que eles não sejam<br />

descartados incorretamente e se tornem possíveis criadouros para o mosquito<br />

da doença.<br />

Carla Mota<br />

São Paulo – SP<br />

6 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

A revista <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>. está cada vez melhor. A edição de nº 20 trouxe<br />

muitos textos úteis. O papel social e consciente do <strong>Sindipneus</strong> em lembrar<br />

o leitor a importância de fazer a manutenção preventiva dos veículos é<br />

digno de um sindicato respeitável. Também gostei muito do artigo sobre<br />

a relação da reforma de pneus com o meio ambiente. É bom que informa<br />

a todos!<br />

Paulo Barbosa<br />

Contagem – MG


SINDIPNEUS EM AÇÃO<br />

ASSOCIADOS SINDIPNEUS<br />

FAÇA PARTE DESTE TIME<br />

Foto: arquivo pessoal<br />

A união dos empresários de classe é sempre um fator determinante<br />

da força e representatividade do segmento perante as autoridades<br />

administrativas e judiciais.<br />

Parabenizo a eficácia do trabalho realizado pelo <strong>Sindipneus</strong> que traz<br />

respaldo a nós empresários do setor de pneus, proporcionando-nos<br />

através da revista <strong>Pneus</strong> e <strong>Cia</strong>. grande interatividade com os assuntos<br />

da classe, que aborda tendências de mercado, trocas de ideias e<br />

experiências, novos projetos de leis do setor, enfim, difundindo ideias<br />

sempre com ética. A seriedade do <strong>Sindipneus</strong> profissionaliza cada vez<br />

mais nosso segmento.<br />

Desejo a todos os parceiros de classe um ano de 2011 repleto de<br />

oportunidades e conquistas!<br />

Genilton Cícero Machado<br />

RG <strong>Pneus</strong><br />

Todo segmento empresarial de importância deve ter seu sindicato patronal<br />

em seu próprio estado, pois as legislações ambiental e fiscal são<br />

diferentes em cada região. Assim, o sindicato pode defender as causas<br />

de seus associados de maneira personalizada, com maior eficiência e<br />

rapidez. A atuação do <strong>Sindipneus</strong> está além de nossas expectativas. O<br />

sindicato tem trabalhado com ações transparentes e prestação de contas<br />

por meio da revista, da página eletrônica e de frequentes reuniões com<br />

seus associados.<br />

Foto: arquivo pessoal<br />

A união dos empresários do setor é muito importante, mas ainda acredito<br />

que falta união em nosso segmento. Somente juntos podemos fortalecer<br />

o sindicato e, principalmente, o setor. Toda empresa deve contribuir<br />

anualmente para um sindicato patronal e não consigo perceber<br />

o motivo para não recolher sua contribuição ao Sindpneus. Este é o<br />

momento de serem criadas as regionais do sindicato para que possamos<br />

discutir os problemas regionais que são muitos, principalmente no<br />

segmento de prestação de serviços de recauchutagem, cujo enquadramento<br />

na regulamentação do Inmetro para pneus de carga em breve<br />

será obrigatório, mudando radicalmente o processo de produção. Mas<br />

também para isso, repito, é preciso união.<br />

8 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Aider Junior<br />

Carlos Marques<br />

Pneuara - <strong>Pneus</strong> Araxá Ltda.<br />

Jacar <strong>Pneus</strong><br />

O <strong>Sindipneus</strong> trabalha para defender e valorizar os interesses de seus associados, oferecendo toda assistência<br />

necessária para auxiliar no crescimento de cada empreendimento e, assim, contribuir com o desenvolvimento<br />

de todo o setor. Associe-se!<br />

Mais informações: (31) 3356-3342 / sindipneus@sindipneus.com.br


SERVIÇOS<br />

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS<br />

DIGITAIS E FISCAIS<br />

por Priscila Silva<br />

A<br />

partir de abril, os empresários devem ficar<br />

atentos para algumas mudanças referentes às<br />

obrigações acessórias digitais e fiscais. Dando<br />

continuidade ao projeto do Sistema Público de Escrituração<br />

Digital – Sped, instituído há quatro anos,<br />

a Receita Federal do Brasil – RFB está iniciando um<br />

cronograma de introdução da Escrituração Fiscal Digital<br />

– EFD do Programa de Integração Social – PIS<br />

e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade<br />

Social – Cofins (EFD PIS/Cofins) para empresas<br />

de lucro real, presumido ou arbitrado, além de<br />

implementar a obrigatoriedade da EFD para diversos<br />

contribuintes e da Nota Fiscal Eletrônica – Versão 2.0.<br />

Além dessas novidades, outro item que também merece<br />

atenção é a nota fiscal de coleta de pneus para<br />

pessoas físicas e jurídicas.<br />

Instituída pela Instrução Normativa RFB 1.052/2010,<br />

a EFD PIS/Cofins é um arquivo digital estabelecido<br />

no Sistema Público de Escrituração Digital que será<br />

utilizado pelas pessoas jurídicas de direito privado<br />

na escrituração das contribuições para o PIS e Cofins,<br />

nos regimes de apuração não-cumulativo e/ou<br />

cumulativo, com base no conjunto de documentos e<br />

operações representativos das receitas auferidas, bem<br />

como dos custos, despesas, encargos e aquisições geradores<br />

de créditos da não-cumulatividade.<br />

entidade credenciada pela Infraestrutura Brasileira de<br />

Chaves Públicas – ICP-Brasil, a fim de garantir a autoria<br />

do documento digital”, explica.<br />

Saiba quem é obrigado a adotar<br />

a EFD-PIS/Cofins<br />

• Em relação aos fatos geradores ocorridos a<br />

partir de 1º de abril de 2011, as pessoas jurídicas<br />

sujeitas a acompanhamento econômico-tributário<br />

diferenciado, nos termos da<br />

Portaria RFB nº 2.357, de 14 de dezembro<br />

de 2010, e sujeitas à tributação do imposto<br />

sobre a renda com base no lucro real.<br />

• Em relação aos fatos geradores ocorridos a<br />

partir de 1º de julho de 2011, as demais<br />

pessoas jurídicas sujeitas à tributação do imposto<br />

sobre a renda com base no lucro real.<br />

• Em relação aos fatos geradores ocorridos a<br />

partir de 1º de janeiro de 2012, as demais<br />

pessoas jurídicas sujeitas à tributação do<br />

imposto sobre a renda com base no lucro<br />

presumido ou arbitrado.<br />

10 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

A EFD PIS/Cofins segue um cronograma que tem início<br />

em abril de 2011 e terminará em janeiro de 2012.<br />

Seus objetivos, segundo o supervisor-geral do Sped da<br />

Receita Federal, Carlos Sussumo Oda, são disponibilizar<br />

para as empresas contribuintes uma plataforma<br />

segura, estruturada e padronizada de apuração dos diversos<br />

tipos de contribuições e créditos, com base nas<br />

inúmeras operações que formam suas bases de cálculo.<br />

Entretanto, as mudanças exigem atenção dos empresários<br />

e agilidade para não perder os prazos. Para<br />

a advogada tributarista da Federação das Indústrias<br />

do Estado de Minas Gerais – Fiemg, Simone Faleiros,<br />

é preciso cuidado especial na hora de emitir a EFD<br />

PIS/Cofins. “Ela deverá ser emitida de forma eletrônica,<br />

assinada digitalmente pelo representante legal<br />

da empresa ou procurador constituído, utilizando um<br />

certificado de segurança mínima tipo A3, emitido por<br />

Escrituração Fiscal Digital<br />

Outra novidade é a implantação da Escrituração Fiscal<br />

Digital – EFD, também chamada de Sped Fiscal,<br />

que é um arquivo digital contendo um conjunto de<br />

informações referentes às operações, prestações de<br />

serviços e apuração de impostos do contribuinte. Em<br />

seu primeiro módulo, a EFD substituirá cinco Livros<br />

Fiscais, entre eles os registros de entradas, saídas, inventário<br />

e apuração do Imposto sobre Produtos Industrializados<br />

– IPI e do Imposto sobre Circulação de<br />

Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS.<br />

O supervisor-geral do Sped da Receita Federal explica<br />

que a EFD possibilitará à Receita Federal e às<br />

Secretarias de Fazendas das unidades federadas<br />

acessar todos os documentos fiscais emitidos e recebidos<br />

pelos estabelecimentos, bem como dados


da apuração do ICMS e IPI. “Dessa forma, o fisco<br />

captará as informações do comércio e indústria com<br />

maior rapidez e poderá fazer um acompanhamento<br />

mais próximo desses dados”, garante Carlos Sussumo.<br />

Para realizar a transmissão do arquivo digital<br />

relativo à EFD, os empresários deverão utilizar<br />

o Programa Validador e Assinador da Escrituração<br />

Fiscal Digital – PVA-Sped Fiscal disponibilizado no<br />

site da Secretaria de Estado da Fazenda na internet<br />

(www.fazenda.mg.gov.br) ou do Sped Nacional Fiscal<br />

(www.receita.fazenda.gov.br/Sped), até o dia 15<br />

do mês subsequente ao período de apuração.<br />

Para saber se serão obrigados a adotar a EFD e quais<br />

serão os prazos para se adequarem, os contribuintes<br />

também devem consultar a lista disponibilizada nos<br />

sites da Secretaria de Estado da Fazenda ou do Sped.<br />

Nestes mesmos endereços eletrônicos, é possível consultar<br />

as orientações, manuais e a integralidade dos<br />

dispositivos infralegais que regem o tema.<br />

11 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


Quem não cumprir os prazos estabelecidos estará sujeito<br />

a multa que, de acordo com a legislação, é de R$<br />

5 mil por mês ou fração de mês. A notificação não é<br />

automática e, por isso, o contribuinte deverá aguardar<br />

a emissão da notificação pela Receita Federal.<br />

Nota Fiscal Eletrônica<br />

A partir de 1º de abril de 2011, só será autorizada a<br />

Nota Fiscal Eletrônica – NF-e com a versão 2.0, cujo<br />

objetivo é possibilitar mais segurança na comunicação<br />

eletrônica. “O novo modelo permitirá aperfeiçoar<br />

as regras de validação e excluir a possibilidade de denegação<br />

de uso por situação irregular do destinatário.<br />

Além disso, por ser mais rigorosa, evitará fraudes,<br />

já que o controle do documento será acompanhado<br />

desde sua emissão até a sua chegada”, garante a advogada<br />

tributarista Simone Faleiros.<br />

Dessa forma, em operações realizadas dentro do próprio<br />

estado para acobertar o transporte das carcaças<br />

até o estabelecimento, as reformadoras poderão emitir<br />

nota fiscal modelo 1 ou 1-A, caso o cliente não<br />

esteja obrigado à emissão de documento fiscal, desde<br />

que no momento da entrada da carcaça no estabelecimento<br />

reformador seja feita a NF-e, incluindo no<br />

campo informações complementares o número da<br />

nota fiscal modelo 1 ou 1-A que originou a coleta.<br />

“As reformadoras devem estar cientes de que as coletas<br />

fora do Estado devem ser acobertadas por nota<br />

fiscal do Cliente, pois os modelos 1 e 1-A servem apenas<br />

para operações de coleta dentro do Estado. Outra<br />

possibilidade é investir em tecnologia, disponibilizando<br />

a seus corretores impressoras e computadores portáteis<br />

com acesso a internet para a emissão da NF-e in<br />

loco”, explica Moraes.<br />

12 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

A NF-e com a versão 1.10 do Schema XML não poderá<br />

ser mais utilizada, conforme definido no Ato Comissão<br />

Técnica Permanente – COTEPE ICMS 36/2010, de<br />

24/11/2010. Os contribuintes emissores que utilizam<br />

aplicativos próprios ou que adotem soluções de mercados<br />

devem migrar para a versão 2.0, seguindo as<br />

definições contidas no Manual de Integração do Contribuinte,<br />

Versão 4.01. Para obter outras informações<br />

sobre a NF-e e acessar o Programa Emissor Gratuito<br />

com o layout atualizado para a versão 2.0, basta acessar<br />

o endereço www.nfe.fazenda.gov.br.<br />

Nota fiscal de coleta de pneus<br />

“Muitas empresas de recapagem estão trabalhando<br />

atualmente à margem da legislação, transportando<br />

carcaças sem o devido acobertamento da nota fiscal,<br />

seja de pessoa física ou jurídica, por não mensurar<br />

adequadamente os riscos de penalização por<br />

parte do governo”, alerta o contador da empresa<br />

Santa Helena <strong>Pneus</strong> e Recapagem, Amilson Moraes.<br />

Com a publicação do protocolo 42 de 3 de julho<br />

de 2009, que instituiu a obrigatoriedade do uso da<br />

NF-e para o Código Nacional de Atividades Econômicas<br />

– CNAE 2212-9/00 (reforma de pneus<br />

usados), que entrou em vigor em 1º de outubro<br />

de 2010, muitas reformadoras de pneus se perguntaram<br />

qual seria a maneira correta de coletar<br />

os pneus dos clientes. De acordo com o protocolo,<br />

a obrigatoriedade só não se aplica às operações internas<br />

para acobertar o trânsito de mercadoria, em<br />

caso de operação de coleta em que o remetente<br />

esteja dispensado da emissão de documento fiscal,<br />

desde que o documento fiscal relativo à efetiva<br />

entrada seja NF-e referencie as respectivas notas<br />

fiscais modelo 1 ou 1-A.<br />

O contador alerta também para outro problema que<br />

vem sendo recorrente. Segundo ele, é grande o número<br />

de clientes pessoas jurídicas que se recusam a<br />

emitir a nota fiscal para acobertamento do transporte<br />

da carcaça. “Esta emissão por parte do cliente é<br />

uma obrigação, regulamentada no Art. 96 Inciso X<br />

da Parte Geral do Regulamento IICMS/2002”, ressalta.<br />

O artigo define que é obrigatório emitir e entregar<br />

ao destinatário da mercadoria ou do serviço<br />

que prestar e exigir, do remetente ou do prestador,<br />

o documento fiscal correspondente à operação ou à<br />

prestação realizada.<br />

Informações cruzadas<br />

Como a entrada das obrigações acessórias do Sped<br />

Contábil, Fiscal e PIS/Cofins, as informações entre as<br />

declarações e entre os contribuintes serão cruzadas.<br />

Por isso, Amilson Moraes garante que é preciso preparar<br />

os empresários, que muitas vezes se recusam a<br />

emitir o documento fiscal de remessa de mercadoria<br />

para conserto ou reparo. ”Isso não gera nenhum<br />

custo adicional às operações, pelo contrário, evitará<br />

passivos tributários futuros”, afirma.<br />

A entrada da NF-e 2.0, que entra em vigor a partir<br />

de abril deste ano, também irá cruzar informações<br />

no banco de dados da Receita Federal antes de autorizar<br />

o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica<br />

– DANFE. Nesta versão, quando o contribuinte emite<br />

o documento fiscal de devolução de carcaça do<br />

cliente pessoa física, por exemplo, a Receita Federal<br />

verifica se houve nota fiscal de entrada no estabelecimento.<br />

“Caso o contribuinte não tenha efetuado a<br />

entrada através da NF-e, não será possível emitir a<br />

NF-e de devolução da carcaça, o que é obrigatório”,<br />

finaliza o contador.


Pediu, chegou.<br />

Produtos, ferramentas e acessórios para<br />

reformadoras, lojas de pneus e borracharias.<br />

In Foco Brasil<br />

www.gebor.com.br<br />

(31) 3291-6979<br />

Rua Cassia, 26 lj.01 - Bairro Prado - Belo Horizonte - MG<br />

gebor@gebor.com.br


CONEXÃO<br />

SETOR DE PNEUMÁTICOS<br />

ANIP PREVÊ CRESCIMENTO DE 5% EM 2011<br />

14 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

A<br />

Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos<br />

– Anip prevê um crescimento de cerca<br />

de 5% na produção de pneumáticos para<br />

2011, levando em consideração a expectativa da<br />

indústria brasileira e automobilísitica para este ano.<br />

“Registramos em 2010 um aumento de produção<br />

de 15%, o que significou para a indústria uma recuperação<br />

daqueles 10% de queda que tivemos<br />

em 2009 por conta da crise. O ano de 2010 foi,<br />

portanto, um ano de recuperação e de evolução.<br />

Nosso objetivo para 2011 é trabalhar para um crescimento<br />

sustentável na faixa dos 5%. A indústria<br />

está preparada para sustentar e fornecer produtos<br />

para um desenvolvimento maior que este, mas estamos<br />

trabalhando com esta projeção em linha com o<br />

restante da indústria”, explica o presidente da Anip,<br />

Eugênio Deliberato.<br />

Para os próximos anos, as expectativas também<br />

são positivas. “O que vemos no horizonte são dois<br />

grandes eventos esportivos que exigirão obras e investimentos<br />

que movimentarão a economia e isso é<br />

muito bom também para o setor de pneumáticos”,<br />

analisa Deliberato.<br />

Meio ambiente<br />

Nascida em 2007, a Reciclanip – entidade voltada<br />

para a coleta e destinação de pneus inservíveis<br />

(aqueles que não têm mais condições de serem utilizados<br />

para circulação ou reforma) – é considerada<br />

uma das maiores iniciativas da indústria brasileira na<br />

área de responsabilidade pós-consumo e foi criada<br />

para consolidar o Programa Nacional de Coleta e<br />

Destinação de <strong>Pneus</strong> Inservíveis, criado em 1999<br />

pela Anip, representante dos fabricantes de pneus<br />

novos. As atividades da entidade atendem à resolução<br />

416/09 do Conselho Nacional do Meio Ambiente<br />

– Conama.<br />

Desde 1999, quando começou a coleta dos pneus<br />

inservíveis pelos fabricantes, mais de 1,54 milhão de<br />

toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 310<br />

milhões de pneus de passeio, foram coletados e destinados<br />

adequadamente, e os fabricantes de pneus<br />

já investiram US$ 123,7 milhões no programa até o<br />

final de 2010. “Em 2011, as empresas devem investir<br />

20 % a mais para a coleta e destinação de pneus<br />

inservíveis, com previsão de US$ 41,5 milhões para<br />

as ações da Reciclanip”, afirma Deliberato.<br />

O programa é desenvolvido por meio de parcerias<br />

com prefeituras que, além de cederem um terreno<br />

dentro das normas específicas de segurança e higiene,<br />

recolhem e armazenam o material vindo de<br />

origens diversas, como borracharias, revendedoras e<br />

dos próprios cidadãos. Só em 2010, a instituição coletou<br />

316,3 mil toneladas de pneus inservíveis. Já são<br />

mais de 576 pontos de coleta espalhados pelo país.<br />

No Brasil, os pneus inservíveis são reaproveitados de<br />

diversas formas, como combustível alternativo para<br />

as indústrias de cimento, na fabricação de solados<br />

de sapato, em borrachas de vedação, dutos pluviais,<br />

pisos para quadras poliesportivas, pisos industriais,<br />

asfalto-borracha e tapetes para automóveis.<br />

Seguindo o modelo de gestão de empresas europeias,<br />

com larga experiência na coleta e destinação<br />

de pneus inservíveis, a Reciclanip é diferente no<br />

quesito remuneração. Em outros países, as empresas<br />

são pagas pelos vários agentes da cadeia produtiva<br />

para cobrir as despesas operacionais e garantir<br />

a destinação de pneus inservíveis. Os consumidores<br />

europeus, quando compram novos pneus para seus<br />

veículos, por exemplo, são obrigados a pagar uma<br />

taxa para a reciclagem dos pneus velhos. Aqui no<br />

Brasil, os fabricantes de pneus novos, representados<br />

pela Anip, arcam com todos os custos de coleta e<br />

destinação dos pneus inservíveis, como transporte,<br />

trituração e destinação.<br />

Assessoria de Comunicação Anip<br />

Site: www.anip.com.br


CENÁRIO<br />

NÃO JOGUE O<br />

PNEU NO RIO<br />

16 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

A<br />

ausência de regras para o tratamento do lixo<br />

criou um gigantesco problema ambiental, principalmente<br />

nas grandes cidades, onde os aterros<br />

estão esgotados. A gravidade da situação fez o governo<br />

federal finalmente sancionar a Política Nacional<br />

de Resíduos Sólidos – PNRS, que estava em discussão<br />

havia 20 anos. Os setores que primeiro deverão seguir<br />

a regulamentação são os de pneus, pilhas, baterias,<br />

eletroeletrônicos e agrotóxicos. Nos próximos quatro<br />

anos, terão de resolver como será feita a coleta, acondicionamento,<br />

tratamento e destinação final dos produtos<br />

descartados. Um desafio e tanto.<br />

Mas quais serão os papéis específicos de empresas,<br />

governos e consumidores? Afinal, a partir de agora<br />

todos passam a dividir a responsabilidade pelo ciclo<br />

de vida dos produtos. Sobram desafios para todos. Os<br />

municípios precisarão criar soluções para gerir melhor<br />

os resíduos e melhorar a reciclagem. Já as empresas<br />

terão de aperfeiçoar o gerenciamento de resíduos e<br />

exigir postura semelhante dos seus fornecedores. Por<br />

fim, toda a sociedade precisará ser reeducada, pois<br />

um ponto crucial da nova política é a logística reversa,<br />

pela qual o consumidor precisará devolver o produto<br />

usado para que seja reciclado.<br />

Diante deste cenário, o modelo adotado pela indústria<br />

pneumática pode ser visto como benchmarking, pois há<br />

mais de uma década o setor investe no recolhimento<br />

e destinação ecologicamente correta dos pneus inservíveis<br />

e praticamente liquidou seu passivo ambiental.<br />

Desde que a resolução 258 do Conselho Nacional do<br />

Meio Ambiente – Conama entrou em vigor, em 1999,<br />

determinando a coleta e destinação final de pneus<br />

como obrigação das empresas fabricantes, a Anip –<br />

Associação Nacional da Indústria Pneumática instituiu<br />

o Programa Nacional de Coleta e Destinação de<br />

<strong>Pneus</strong> Inservíveis. Parcerias com distribuidores, revendedores<br />

e prefeituras em todo o país já permitiram a<br />

implementação de mais de 460 pontos de coleta.<br />

Somente em 2009 foram coletadas e destinadas adequadamente<br />

250 mil toneladas de pneus inservíveis,<br />

o que representou mais de 1/4 do total recolhido nos<br />

dez anos anteriores e, em 2010, a previsão é ampliar<br />

este volume em 20%.<br />

Do total coletado, 67% é reaproveitado como combustível<br />

alternativo para as indústrias de cimento<br />

(co-processamento), que, além de eliminarem um<br />

resíduo que poderia ser descartado no meio ambiente,<br />

deixam de usar óleo diesel.<br />

Os demais 33% são reutilizados na fabricação de<br />

asfalto borracha, solados de sapato, dutos pluviais,<br />

pisos industriais e tapetes para automóveis.<br />

Todas essas destinações são aprovadas pelo Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos<br />

Naturais Renováveis – Ibama, como ambientalmente<br />

adequadas.<br />

Há ainda um importante trabalho a ser desenvolvido,<br />

o da educação e conscientização da população,<br />

pois, a partir de agora, o consumidor também terá<br />

obrigações. Por isso, precisará ser orientado sobre<br />

a forma correta de fazer o descarte. Neste sentido,<br />

os fabricantes deverão promover ações educativas<br />

de pós-consumo.<br />

Uma dessas ações é a orientação quanto à reconstrução<br />

dos pneus de caminhão e ônibus, o que<br />

prolonga sua vida útil. Pode-se reconstruir até três<br />

vezes a banda de rodagem desses produtos, desde<br />

que apresentem as condições necessárias para a reforma.<br />

O processo colabora para a diminuição do<br />

acúmulo de resíduos sólidos no meio ambiente, além<br />

de proporcionar redução de custos aos frotistas.<br />

Reaproveitar resíduos sólidos significa dar um tratamento<br />

para que eles sejam reabsorvidos em alguma<br />

parte da cadeia produtiva. Isto requer tecnologias,<br />

incentivos, mobilização, responsabilidades,<br />

novos paradigmas. Este cenário novo pode representar<br />

problemas para alguns e oportunidades para<br />

outros, mas o maior beneficiado, sem sombra de<br />

dúvida, será o meio ambiente e, portanto, a população,<br />

com a decorrente melhoria da sua qualidade<br />

de vida.<br />

Roberto Falkenstein – engenheiro mecânico e diretor<br />

de Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli na América<br />

Latina<br />

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APERTEM OS CINTOS.<br />

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CAPA<br />

PNEUS NACIONAIS:<br />

DESCUBRA POR QUE VALE<br />

A PENA UTILIZÁ-LOS<br />

18 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


por Priscila Silva<br />

O<br />

que é preciso levar em conta na hora de escolher<br />

um pneu? Qualidade, durabilidade e<br />

garantia de procedência são apenas alguns<br />

dos itens que devem ser avaliados na hora da compra.<br />

Isso porque é preciso lembrar que o pneu não<br />

é apenas mais um componente importante do seu<br />

veículo, ele é essencial para proporcionar segurança<br />

e estabilidade aos condutores, passageiros e terceiros<br />

no trânsito.<br />

Ao considerar esses fatores, surge a dúvida entre<br />

optar por um pneu nacional ou importado. No entanto,<br />

por diversas questões, não é difícil perceber<br />

que adquirir pneus nacionais é um bom negócio.<br />

Para o especialista em pneus, Pércio Schneider, o<br />

mais importante na hora de adquirir esse componente<br />

é ter a garantia do fabricante e a possibilidade<br />

de contato com as áreas de assistência técnica<br />

e atendimento ao consumidor. “Isso se torna muito<br />

mais fácil de ser feito com empresas instaladas no<br />

país”, garante.<br />

Além desse cuidado, é preciso ficar atento também<br />

quanto à garantia oferecida – que no Brasil é de<br />

cinco anos contra defeito de fabricação – e se o<br />

pneu é certificado, o que no país é atestado pelo<br />

Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e<br />

Qualidade Industrial – Inmetro.<br />

O gerente regional de vendas da Goodyear em<br />

Belo Horizonte, Augusto César Oliveira, acredita<br />

que os produtos nacionais oferecem várias vantagens.<br />

Garantia, redes de revendas oficiais que<br />

disponibilizam assistência, ampla gama de serviços<br />

com cobertura em todo o território nacional e profissionais<br />

qualificados são algumas delas.<br />

Entretanto, o executivo atenta para o fato de o cenário<br />

mercadológico ser livre e passível de concorrência,<br />

desde que ela seja leal. “Vivemos em um<br />

mercado de competição e se os pneus importados<br />

estiverem de acordo com a legislação, com os testes<br />

de certificação e com os devidos impostos pagos, a<br />

importação faz parte deste cenário. Fora disso, os<br />

pneus importados prejudicam, sobretudo, se vierem<br />

em condições desleais de preços para competir<br />

com os fabricantes nacionais. Além disso, podem<br />

afetar o consumidor, quando produtos inadequados<br />

que põem em risco a segurança dos usuários<br />

são comercializados. Temos visto muitas aberrações<br />

no mercado”, alerta Oliveira.<br />

Além da preocupação com os requisitos que atestam<br />

a qualidade de um pneu, outro fator que precisa ser<br />

levado em consideração é o econômico. Com a entrada<br />

de pneus importados no Brasil, principalmente<br />

de forma ilegal e desleal, o país perde financeiramente,<br />

pois envia suas riquezas para outros países<br />

e deixa de abrir novos postos de trabalho que movimentariam<br />

a economia nacional. “Qualquer produto<br />

importado irá disputar mercado com similares<br />

fabricados no país, o que resulta em geração de empregos<br />

em seu país de origem e remessa de divisas<br />

para o exterior”, analisa Pércio Schneider.<br />

Mesmo com preços mais atraentes, é preciso ficar<br />

atento ao adquirir os pneus importados, pois nem<br />

sempre eles oferecem as garantias aos usuários.<br />

Augusto César Oliveira alerta que o baixo investimento<br />

pode se tornar um gasto a mais no futuro se<br />

o pneu adquirido for de má qualidade. “Podemos<br />

citar a questão do desgaste dos pneus, que podem<br />

ser menos resistentes e obrigar o consumidor<br />

a trocá-los com mais frequência. É preciso pensar<br />

também nas condições de nossas cidades, como<br />

qualidade das rodovias e temperatura. Isso pode<br />

mudar o pneu se não for levado em consideração.<br />

Portanto, comprar um produto nacional é sinônimo<br />

de menos dor de cabeça e maior retorno a longo<br />

prazo”, garante o executivo.<br />

Concorrência desleal<br />

Além do consumidor, os pneus importados também<br />

preocupam o setor de pneumáticos nacional. Os<br />

fabricantes e revendedores de pneus enfrentaram<br />

problemas com a importação do componente nos<br />

últimos anos, principalmente os de origem chinesa.<br />

Os baixos preços e a concorrência desleal com o<br />

mercado nacional foram comprovados e a Câmara<br />

de Comércio Exterior – Camex publicou, no dia<br />

9 de setembro, a Resolução 49, que aplica direito<br />

antidumping definitivo, por um prazo de até cinco<br />

anos, no valor de US$0,75 por quilo, sobre as importações<br />

de pneus para automóveis de passageiros<br />

das séries 65 e 70, aros 13” e 14”, das bandas<br />

165, 175 e 185, originários da China.<br />

A prática de dumping, ou a exportação de bens<br />

para outros mercados com preços inferiores ao praticado<br />

no mercado de origem, é considerada desleal<br />

pela Organização Mundial do Comércio – OMC.<br />

O direito antidumping é uma medida de defesa comercial<br />

utilizada para evitar que produtores nacionais<br />

sejam prejudicados por importações desleais.<br />

A investigação da prática de dumping nas exportações<br />

chinesas de pneus para o Brasil foi iniciada em<br />

19 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


julho de 2008, atendendo solicitação da Associação<br />

Nacional da Indústria de Pneumáticos – Anip.<br />

Os pneus chineses estavam sendo vendidos no Brasil<br />

– segundo levantamento realizado pela Anip em<br />

2009 – por preços que chegavam a ser 30% inferiores<br />

ao preço dos pneus fabricados no país.<br />

Para averiguar a pertinência da solicitação da Anip<br />

e decidir sobre a aplicação do direito antidumping<br />

aos importados chineses, a Secretaria de Comércio<br />

Exterior – Secex fez uma pesquisa de mercado,<br />

com dados retroativos de cinco anos, concluindo<br />

que as importações de pneus da China realmente<br />

causaram dano à indústria local. Conforme o relatório<br />

da Camex, que integrou as justificativas para<br />

a decisão, “as importações chinesas provocaram o<br />

deslocamento da parcela de mercado ocupada pela<br />

indústria doméstica”.<br />

que poderiam ser reinvestidos no próprio país. Isso<br />

encoraja importadores desleais que não se preocupam<br />

com a qualidade e segurança que seu produto<br />

oferece aos consumidores. Certamente, são<br />

pneus que possuem como único atrativo o preço<br />

inferior”, alerta Campos.<br />

O baixo investimento é uma das vantagens do<br />

subfaturamento de pneus via Uruguai. De acordo<br />

com informações da Abidipa, para adquirir um lote<br />

inicial de seis a oito contêineres, seria necessário desembolsar<br />

cerca de US$50 mil em Porto Livre. Em<br />

um porto brasileiro, esse valor subiria para US$90<br />

mil. Cada contêiner tem capacidade para transportar<br />

entre 1000 e 1200 pneus. Depois de passar pelo<br />

Uruguai, os pneus poderiam chegar ao país por navio,<br />

sendo reexportados sem o pagamento de taxas,<br />

ou em caminhões, entrando no país pelo Rio Grande<br />

do Sul.<br />

20 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

O relatório diz ainda que “a indústria doméstica,<br />

buscando evitar perda mais acentuada de sua participação,<br />

deprimiu seus preços, o que gerou efeitos<br />

negativos em suas margens”. “Nos últimos anos,<br />

perdemos mais de 20% do mercado doméstico devido<br />

aos preços baixos do custo dos pneus chineses<br />

importados. No entendimento do setor de pneumáticos,<br />

a concorrência externa é bem-vinda, mas ela<br />

tem que ser justa. O trabalho de investigação da Camex<br />

foi minucioso e mostrou que os pneus chineses<br />

estavam chegando com preços dumpings” , ressalta<br />

o presidente da Anip, Eugênio Deliberato.<br />

Subfaturamento de pneus<br />

A Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores<br />

de Produtos Automotivos – Abidipa denunciou<br />

recentemente ao Jornal Estado de Minas<br />

um esquema de subfaturamento de pneus, principalmente<br />

de origem asiática, no Porto Livre de<br />

Montevidéu (Uruguai), Argentina e Paraguai e<br />

apontou a necessidade de o Governo Federal rever<br />

a tabela de parametrização de preços para concessão<br />

de licença de importação de pneus.<br />

A importação ilegal estaria causando um prejuízo<br />

de R$350 milhões todos os anos aos cofres da Receita<br />

Federal. A denúncia foi protocolada na Superintendência<br />

da Polícia Federal do Distrito Federal,<br />

Receita Federal e Ministério do Desenvolvimento,<br />

Indústria e Comércio Exterior – Mdic.<br />

Para o presidente da Abidipa, Rinaldo Siqueira<br />

Campos, o contrabando de pneus importados de<br />

origem coreana, indonésia, chinesa e japonesa,<br />

vem afetando a economia e o setor pneumático<br />

nacional de diversas formas. “O governo deixa<br />

de arrecadar mais de R$300 milhões em impostos<br />

Outros países apontados como possíveis rotas seriam<br />

Argentina e Paraguai. Somente em 2010, quase<br />

dois milhões de pneus subfaturados foram importados<br />

em território paraguaio.<br />

Rinaldo Siqueira Campos cita como exemplo de<br />

subfaturamento o preço de um pneu aro 13 importado<br />

com e sem nota fiscal adulterada. “A prática<br />

tem possibilitado que a medida, muito utilizada<br />

em carros mais simples, chegue ao Brasil por até<br />

US$17,80. Entretanto, o preço mínimo de mercado<br />

deste tipo de pneu é US$26,00, uma diferença de<br />

cerca de 30%”.<br />

A desigualdade é ainda mais evidente entre os<br />

pneus de aros 15 a 24, que chegam a custar a metade<br />

nas notas fiscais. “Principalmente nos pneus<br />

de alta performance, a partir do aro 17, a discrepância<br />

entre o preço real e o subfaturado alcança<br />

100%”, afirma o presidente.<br />

A Abidipa ressaltou, ainda, que os importadores<br />

que cumprem obrigações fiscais e os fabricantes de<br />

pneus instalados no país têm sido prejudicados com<br />

o subfaturamento.<br />

Segundo informações da Associação, a solução é<br />

que a tabela de preços para concessão de licença de<br />

importação, emitida pelo Departamento de Operações<br />

de Comércio Exterior – Decex, órgão do Mdic,<br />

deixe de considerar apenas o quesito peso, que não<br />

leva em conta uma série de fatores, como o aro de<br />

cada pneu. “Queremos que o governo investigue<br />

nossa denúncia e promova ações rápidas para frear<br />

esse contrabando que é prejudicial ao setor de<br />

pneus e ao país. E isso só será possível revendo a<br />

tabela de preços e intensificando, o quanto antes, a<br />

fiscalização”, finaliza Campos.


Entenda o esquema<br />

do subfaturamento<br />

• Na maioria asiáticos, os pneus chegam ao Uruguai de navio, em contêineres, e desembarcam no Porto<br />

Livre de Montevidéu.<br />

• Do estoque do Porto Livre de Montevidéu, parte dos pneus seriam enviados ao Brasil em caminhões sem<br />

as notas fiscais. Outra parte seguiria de caminhão para o Paraguai, passando pela Argentina.<br />

• Do Paraguai, os caminhões chegam ao Brasil pela Ponte da Amizade, entre Ciudad Del Leste e Foz do Iguaçu<br />

(PR), e por Pedro Juan Caballero, cujas ruas e avenidas tâm acesso livre a Ponta Porã (MS). Para cada quatro<br />

contêineres que atravessam a fronteira, apenas um ou dois recolheriam tributos para disfarçar e legalizar<br />

a operação.<br />

• No Brasil, empresas que teriam adquirido pneus oriundos da importação fraudulenta receberiam a carga.<br />

Fonte: Jornal Estado de Minas


PNEUS E FROTAS<br />

DA SÉRIE MANUTENÇÃO:<br />

TROCA DE PNEUS DE AUTOMÓVEIS<br />

22 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Vou lhes contar nesta edição uma pequena história,<br />

caso real vivido por mim. Dias atrás, fui trocar<br />

os pneus do meu carro. Como apenas os dianteiros<br />

necessitavam ser trocados, disse para o atendente:<br />

– Coloque os pneus que estão atrás no eixo dianteiro,<br />

e os dois novos devem ser montados na traseira.<br />

O atendente me dirigiu com um olhar de estranheza<br />

e começou a argumentar:<br />

– Os pneus novos devem ser montados na dianteira,<br />

pois esse é o eixo de tração e é o que mais gasta<br />

pneus. Além disso, é também o eixo da direção, e<br />

para sua segurança deve ter os melhores pneus.<br />

Essa pessoa usou uma argumentação comum entre os<br />

vendedores de pneus, que em geral conseguem ser<br />

convincentes com pessoas que não conhecem pneus,<br />

não entendem do assunto e não dispõem de outros<br />

argumentos para rebatê-los.<br />

Em automóveis, os melhores pneus devem sempre<br />

ser montados no eixo traseiro, qualquer que seja o<br />

eixo de tração. E existem razões técnicas para isso,<br />

lembrando que a maioria dos automóveis roda, na<br />

maior parte do tempo, com porta-malas vazio e apenas<br />

uma ou duas pessoas a bordo.<br />

• A aderência do pneu ao piso se deve ao atrito entre<br />

pneu e pavimento, à existência de sulcos – especialmente<br />

em piso molhado – e ao peso exercido pelo<br />

pneu sobre o piso. Com exceção da Kombi, qualquer<br />

outro automóvel ou utilitário fabricado no Brasil possui<br />

motor na dianteira. Além disso, todo e qualquer<br />

veículo tem também o peso do motorista, ambos<br />

pressionando as rodas da frente contra o piso, favorecendo<br />

a aderência. Como podemos, então, compensar<br />

o menor peso sobre a traseira e melhorar a<br />

aderência atrás? Colocando lá os melhores pneus.<br />

• Ao frear um veículo, a carroceria se movimenta por<br />

inércia, baixando a frente e levantando a traseira,<br />

pressionando ainda mais os pneus da frente contra<br />

o piso. Como compensar esse movimento? Colocando<br />

os pneus com maior profundidade de sulco<br />

montados atrás.<br />

• Numa curva, um veículo pode sair da trajetória ao<br />

perder a aderência se excedido o limite, podendo<br />

sair de frente ou de traseira. Na frente, temos nas<br />

mãos o volante para tentar corrigir a rota. Mas<br />

atrás, ou os pneus seguram o carro, ou só rezando<br />

para não acontecer nada pior. Mais uma razão para<br />

termos os melhores pneus atrás.


Quem se lembra dos velhos Opalas, com sua facilidade<br />

de sair de traseira em curvas, principalmente<br />

aqueles equipados com o beberrão motor de seis<br />

cilindros – mais pesados e potentes – deve lembrar<br />

também que muitos proprietários colocavam um<br />

peso no porta-malas para melhorar a aderência. Já<br />

vi saco de cimento, de areia e até câmara de ar velha<br />

cheia de areia. O mesmo recurso ainda é usado na<br />

caçamba de pick-ups por motoristas pouco habilidosos<br />

ao volante. São princípios básicos de física,<br />

mecânica e engenharia.<br />

Vencida essa etapa, e sem outras “explicações”<br />

para rebater minha argumentação, chamou um<br />

funcionário que começou a fazer a troca como eu<br />

havia indicado. Retirou as rodas da frente para desmontar<br />

os pneus, levou para a máquina de desmontagem<br />

e pegou um balde plástico com vaselina<br />

para passar nos talões. Sempre acompanhando de<br />

perto o serviço, imediatamente chamei o funcionário<br />

e lhe disse que, se somente tivesse vaselina,<br />

poderia considerar a venda como perdida, montar<br />

as rodas no lugar de onde foram tiradas e eu iria<br />

para outra loja. Novo impasse.<br />

Veio o gerente da loja para saber o que estava acontecendo,<br />

e lhe disse que jamais permito o uso de<br />

vaselina para lubrificar os talões dos meus pneus.<br />

Vaselina é um derivado de petróleo e, por sua composição<br />

e natureza, ataca a borracha dos talões,<br />

danificando-os. Num primeiro momento, a borracha<br />

amolece e começa a perder os plastificantes adicionados<br />

ao composto no ato da mistura da borracha,<br />

ainda no fabricante.<br />

Depois, a borracha dos talões começa a ressecar e<br />

acaba por se esfarelar com o tempo. O produto correto<br />

e adequado é pasta de montagem, feita à base<br />

de produtos vegetais e tratada com um emulsificante<br />

que neutraliza sua ação sobre a borracha. Mais ou<br />

menos como óleo de corte usado em retíficas que,<br />

apesar de ser um óleo, é solúvel em água.<br />

Disse o gerente que eu estava enganado, que não usavam<br />

vaselina, somente pasta de montagem. Levantada<br />

a dúvida, peguei o tal balde e pedi a ele que lesse o<br />

que estava escrito no rótulo. Não deu outra: VASELI-<br />

NA. Surpreso, disse que não entendia como estavam<br />

usando o produto errado, mas isso é fácil de explicar.<br />

Ambas, vaselina e pasta, são brancas, de aparência<br />

quase igual, vendidas em baldes iguais. Quem compra,<br />

muitas vezes só olha o preço. Quem vende oferece<br />

preço, mas não explica o que é nem as diferenças, e<br />

o comprador vai pelo preço. Por sorte, um dos outros<br />

borracheiros ainda tinha um balde de pasta.<br />

Desmontados os pneus, o borracheiro “verificou”<br />

o estado das válvulas e disse que não necessitavam<br />

de troca porque “ainda estão molinhas”. Nem perdi<br />

tempo, e mandei trocar por novas. Não vejo sentido<br />

em economizar uns trocados e correr o risco de comprometer<br />

a segurança e os pneus novos, muito mais<br />

caros que as válvulas.<br />

Feita a montagem, retirou as rodas de trás e montou<br />

na dianteira, colocou as rodas com os pneus novos na<br />

traseira, e baixou o elevador para fazer o balanceamento<br />

com as rodas montadas, com o equipamento<br />

popularmente chamado de lambreta.<br />

Esse é o melhor método porque, além de equilibrar as<br />

diferenças de peso existentes nos pneus e nas rodas,<br />

também corrige eventuais diferenças dos rolamentos,<br />

discos de freio e todo o conjunto rodante.<br />

O balanceamento feito na coluna apenas corrige as<br />

diferenças do conjunto pneu e roda. Pode – e deve<br />

– ser usado, se não houver alternativa melhor. Mas<br />

jamais se deve deixar de balancear.<br />

Próxima etapa: alinhamento. Mas isso, vou deixar<br />

para outra edição.<br />

Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-Sul<br />

E-mail: pneus@greco.com.br<br />

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FAZENDO A DIFERENÇA<br />

NEGÓCIO E ATITUDE<br />

SOCIOAMBIENTAL<br />

por Mariana Conrado<br />

Que reformar pneus é uma prática benéfica<br />

que faz a diferença para o meio ambiente,<br />

não é mais novidade! A alternativa<br />

mundial de reposição da banda de rodagem desgastada<br />

pelo uso, tornando o pneu mais uma vez<br />

novo, visa a aproveitar ao máximo o rendimento<br />

dos pneumáticos. Assim, prolongando a sua vida<br />

útil, retarda-se a possibilidade de despejo dos inservíveis<br />

em lugares impróprios, o que pode, entre<br />

outros problemas, agredir a natureza e causar danos<br />

à saúde pública.<br />

E também a reforma de pneus atrasa a entrada de<br />

uma maior quantidade de pneus no mundo, o que<br />

preserva significativamente os recursos naturais e<br />

gera economia. “Cada pneu reformado economiza,<br />

em média, 57 litros de petróleo. Ao levarmos em<br />

consideração que o petróleo é um recurso natural<br />

caro e não renovável, eis aqui mais um grande benefício<br />

dessa atividade: economizar o chamado ‘ouro<br />

preto’. O mesmo vale para a redução do consumo<br />

de energia elétrica. A reforma proporciona uma<br />

economia de 80% de energia e matéria-prima em<br />

relação à produção de pneus novos. É claro que não<br />

podemos deixar de abordar a questão econômica.<br />

Além de ‘verde’, a reforma de pneumáticos, que no<br />

Brasil atinge 70% da frota de transporte de carga e<br />

passageiros, pode reduzir o custo do quilômetro rodado<br />

em mais de 50%. Isto é, há economia e ainda<br />

se contribui para a preservação do meio ambiente”.<br />

Quem discursa sobre a reforma de pneus é Ilda Paludo,<br />

a diretora de sustentabilidade da Paludo Participações<br />

S/A, holding que controla o Grupo Vipal,<br />

empresa de produtos para e reparo de pneus e câmaras<br />

de ar.<br />

São vários os projetos socioambientais que começaram<br />

dentro da empresa e se expandiram pelo país.<br />

Como um exemplo marcante de uma das ações internas,<br />

Ilda se lembra da coleta seletiva do lixo, que<br />

foi implementada em todos os setores de trabalho<br />

– fabris/administrativo – do Grupo Vipal e segue as<br />

orientações do Conselho Nacional do Meio Ambiente<br />

– Conama 275/01, separando todos os resíduos<br />

gerados por cores, destinando-os de forma ambientalmente<br />

correta. “Em 2009, a empresa reduziu em<br />

mais de 85% o volume de resíduos gerados na fonte.<br />

Em 2001, a varredura representava 55 toneladas.<br />

Atualmente o número está na casa das 7,7 toneladas/<br />

ano”, informa. Outro projeto destacado por Ilda é o<br />

Programa Permanente de Economia de Água. “Inicialmente,<br />

a Vipal era abastecida por água de poços<br />

artesianos. Sabendo da sua escassez, foi projetado<br />

Foto: arquivo pessoal<br />

24 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Por si só, o negócio da Vipal já faz a diferença, pois<br />

envolve o conceito ecologicamente correto. Mas,<br />

transcendendo até mesmo sua atividade, Ilda ressalta<br />

que a empresa é destaque também por promover<br />

de forma ampla a sustentabilidade. “A preservação<br />

ambiental e a responsabilidade social são preocupações<br />

desde a fundação da empresa, em 28 de julho<br />

de 1973. Na verdade, mais que uma preocupação,<br />

fazem parte da filosofia da organização e de seus<br />

fundadores”, afirma a diretora de sustentabilidade.<br />

Ilda Paludo – diretora de sustentabilidade da<br />

Paludo Participações S/A, holding que controla<br />

o Grupo Vipal


um sistema de coleta de água da chuva para evitar<br />

ao máximo extrair o recurso natural do lençol subterrâneo.<br />

Hoje, a água da chuva atende a mais de 50%<br />

do consumo na linha de produção. No ano de 2009,<br />

foram captados mais de 43.106.000 litros de água da<br />

chuva, proporcionando uma redução de aproximadamente<br />

43% no consumo de água dos poços artesianos”,<br />

contabiliza.<br />

O engajamento é tal que, para as diversas e grandes<br />

ações externas socioambientais, foram criados,<br />

em 2007, o programa Sementes de Atitude, para as<br />

ações ambientais, e também o Vipal Instituto Social,<br />

para coordenar atividades e projetos relacionados<br />

com as áreas de assistência social, educacional, cultural,<br />

esportiva e de saúde.<br />

O estímulo, a satisfação e a vantagem em fazer<br />

a diferença<br />

Contribuir para que as próximas gerações tenham<br />

uma vida digna é, para Ilda Paludo, o maior incentivo<br />

para promover ações de preservação ambiental e responsabilidade<br />

social. “A gente tem um comprometimento<br />

com o futuro do planeta”, afirma Ilda.<br />

Para ela, assim como as ações começam internamente,<br />

na empresa, outra parte do estímulo vem<br />

também de dentro, dos funcionários. “Eles são empenhados<br />

e multiplicadores dessa nossa filosofia.<br />

É muito bacana quando algum deles dá sua contribuição<br />

para melhorar seu ambiente de trabalho,<br />

minimizar o uso dos recursos naturais. Abraçando a<br />

causa, assim eles nos ajudam a cuidar do meio ambiente<br />

e da sociedade diariamente”, orgulha-se. E<br />

é daí a maior satisfação de Ilda: “é indescritível a<br />

minha alegria ao ver a mudança de comportamento<br />

das pessoas frente às ações”.<br />

A postura de responsabilidade socioambiental da Vipal<br />

já rendeu à empresa diversos prêmios como reconhecimento<br />

da sociedade, dos órgãos ambientais e<br />

do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. “Nosso<br />

trabalho realmente surtiu resultados maravilhosos e<br />

muito gratificantes. Isto nos motiva a continuar e disseminar<br />

essas práticas”, diz Ilda.<br />

Todas as ações em prol da sustentabilidade, para Ilda,<br />

não são só uma necessidade no cenário mundial, mas<br />

estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento<br />

da empresa no mercado. “Além de todo o benefício<br />

ambiental e social, a questão de ensinar nossos funcionários<br />

a não desperdiçar nada em seu setor de trabalho<br />

e estudar minuciosamente cada processo contribuiu<br />

para o crescimento sustentável da empresa”,<br />

conta, ressaltando ainda que “a postura é proativa<br />

e a sustentabilidade é um fator determinante para a<br />

perenidade do negócio”.<br />

Projetos Vipal<br />

– de preservação e conscientização ambiental: Programa<br />

Sementes de Atitude<br />

• Sementes de Atitude: distribuição de sementes de<br />

árvores em todo o Brasil.<br />

• Fazenda Tupi: adquirida pelo Grupo Vipal, a fazenda<br />

é utilizada como laboratório, onde vem sendo<br />

desenvolvidos projetos de pesquisa que contribuirão<br />

para a conservação da Floresta de Araucária,<br />

para a quantificação de carbono orgânico nela fixado<br />

e, futuramente, para certificar áreas de florestas<br />

nativas de araucária.<br />

• Projeto Arboreto: um espaço cultural e socioambiental<br />

que promove o estudo e a divulgação de<br />

algumas espécies nativas da Fazenda Tupi.<br />

• Programa de Educação Ambiental Compartilhado<br />

– Peac: disseminação e conscientização ambiental<br />

na comunidade onde está inserida através de<br />

eventos e datas comemorativas.<br />

• Ações para diminuir o impacto ambiental nos<br />

processos de produção: destinar seus resíduos de<br />

forma ambientalmente correta; geração de receita<br />

proveniente da venda dos resíduos; formar grupos<br />

de Provedor de Responsabilidade Ambiental;<br />

implantação de um Sistema de Gestão Ambiental;<br />

entre vários outros.<br />

• Reforma de pneus.<br />

– de responsabilidade social: Vipal Instituto Social<br />

• Casa do Caminho: espaço que conta com UTI,<br />

hospital de apoio, raio X, fisioterapia, consultório<br />

odontológico e centro de psiquiatria para pacientes<br />

que necessitam de cuidados especializados.<br />

• Casa da Sopa: Diariamente, cerca de 1.500 moradores<br />

carentes de Nova Prata (RS) são atendidos<br />

com alimentação básica. A Casa também desenvolve<br />

diversas atividades de socialização, prevenção<br />

e atendimento médico e social.<br />

• Bons alunos: o projeto acontece em Nova Prata e<br />

tem como objetivo promover a melhoria de bons<br />

estudantes de famílias de baixa renda, por intermédio<br />

do desenvolvimento educacional e profissional.<br />

• Casa de Maria: a entidade recebe auxílio para<br />

manter atividades de educação complementar<br />

que beneficiam mais de 400 crianças e adolescentes.<br />

Artesanato, dança e música são os enfoques<br />

do trabalho da Casa.<br />

• Programa Vale a Pena: por meio de um convênio<br />

com o Presídio Estadual de Nova Prata, o projeto<br />

busca proporcionar a realização de atividades industriais<br />

com o objetivo de resgatar a dignidade<br />

do ser humano e promover sua reintegração com<br />

a sociedade.<br />

25 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


ESTRATÉGIA<br />

PARA ONDE<br />

APONTAM<br />

AS RODAS?<br />

Estratégias e táticas me levam a refletir sobre a<br />

guerra de Troia. No início, a estratégia levou os<br />

gregos aos muros de Troia, mas a tática não funcionou.<br />

Ao se defrontarem com as dificuldades, taticamente<br />

eles encontraram uma forma de atravessá-lo,<br />

criando outra estratégia que deveria fornecer os recursos<br />

e meios para materializar a ação. A estratégia os<br />

apoiou a desmontar os barcos para construir o cavalo<br />

de madeira, que os levou para os portões adentro.<br />

As empresas formulam uma estratégia e querem que<br />

a tática a torne realidade. Se tivessem agido assim, o<br />

que teriam feito os gregos? Mandariam para casa os<br />

soldados que não conseguiam transpor as muralhas e<br />

trocariam toda a tropa, mantendo a tática.<br />

Não foi essa a reflexão. Depois de muitas tentativas,<br />

sabiam que só os venceriam se pudessem entrar na<br />

fortaleza e os atraíram com o cavalo de madeira.<br />

Contava essa história a um amigo, que, entretido,<br />

acabou batendo o pneu dianteiro na guia da calçada.<br />

Rindo, disse: “no carro, vamos para onde as<br />

rodas apontam!”<br />

Os princípios básicos de gestão ainda são grandes barreiras<br />

a serem superadas. A má condução operacional<br />

põe por terra qualquer estratégia e tática elaborada.<br />

Gestores brasileiros sonhavam com a queda acentuada<br />

da inflação para que pudessem calcular<br />

custos e formar preços com maior assertividade,<br />

contudo isso não tem sido observado. A falta de<br />

treinamento dos colaboradores, a troca dos planejadores<br />

pelos planilhadores, a terceirização da<br />

contabilidade – usada por muitas empresas apenas<br />

para fins fiscais – levou embora parte da expertise<br />

que as empresas possuíam.<br />

Pense em suas dificuldades como os muros de Tróia.<br />

Arqueiros mal preparados, arremessando flechas a<br />

esmo, só gastarão dinheiro e não acertarão os oponentes.<br />

O sucesso ocorre quando estabelecemos os<br />

alvos e delegamos a quem tem competência.<br />

26 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

Uma lição para nossos trabalhos como gestores. De<br />

que adianta ter uma estratégia, uma tática a ser seguida,<br />

se nos faltam perícia ou atenção nos detalhes?<br />

Neste aspecto, a lição é simples: quando você sabe o<br />

que faz, o sucesso não é resultado do acaso. Há barreiras<br />

que podem ser superadas com ações, outras<br />

que dependem de mobilização. Por exemplo, as altas<br />

taxas de juros e a elevada carga tributária, sérios<br />

problemas nacionais, não afetam apenas um setor. É<br />

preciso mobilização.<br />

Há questões que podem ser resolvidas internamente<br />

nas empresas com capacitação profissional, gestão de<br />

custos totais, cálculo de custos de reformas e serviços,<br />

formação do preço de venda, maior contato com o<br />

cliente, abordagem e condução das vendas, planejamento<br />

e programação de compra e ação sobre os<br />

excessivos custos laborais.<br />

Estratégia e tática são mais do que simples abstrações<br />

para fim de um período e início do outro. De qualquer<br />

forma, faça o básico bem feito. Do outro lado<br />

da batalha, enquanto muitos gestores estão preocupados<br />

com ataques frontais e invasões com cavalos<br />

de pau, não estão dando conta que os portões estão<br />

totalmente abertos.<br />

As questões fundamentais da administração precisam<br />

ser conduzidas com competência, minimizando erros<br />

que consomem energia e dinheiro. Lembrando a frase<br />

de meu amigo, uma vez no volante, cuidado, “vamos<br />

para onde as rodas apontam!”<br />

Ivan Postigo – diretor de Gestão Empresarial da Postigo<br />

Consultoria Comunicação e Gestão<br />

Site: www.postigoconsultoria.com.br<br />

E-mail: ivan@postigoconsultoria.com.br


VALORES & VALORES<br />

“Se quer viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta,<br />

não às pessoas nem às coisas.”<br />

Albert Einstein<br />

“Um dia você pode acordar e perceber que você perdeu<br />

um diamante, enquanto procurava pedras.”<br />

Autor desconhecido<br />

“Quem luta não perde tudo. Perde quem fica de braços cruzados.<br />

Quem luta deixa, pelo menos, exemplo a ser seguido.”<br />

Félix de Athayde<br />

“Se a grama do vizinho parece mais verde, talvez esteja olhando<br />

demais para a dele e esquecendo de regar a sua”.<br />

Autor desconhecido<br />

“Devemos julgar um homem mais pelas suas<br />

perguntas que pelas respostas.”<br />

Voltaire<br />

“O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.”<br />

Mahatma Gandhi<br />

28 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

“Não te irrites por mais que te fizerem. Estuda a frio o coração alheio.<br />

Farás, assim, do mal que eles te querem, teu mais amável e sutil recreio.”<br />

Mario Quintana


VIVER BEM<br />

ATITUDE<br />

“A MAIOR DESCOBERTA DA MINHA GERAÇÃO É QUE<br />

QUALQUER SER HUMANO PODE MUDAR DE VIDA,<br />

MUDANDO DE ATITUDE”. (WILLIAM JAMES)<br />

Um novo emprego, um novo empreendimento,<br />

um novo relacionamento. Qualquer seja seu<br />

novo projeto, apenas mediante atitudes renovadas<br />

será possível cultivar resultados diferenciados.<br />

Afinal, se você trilhar o mesmo caminho, chegará somente<br />

aos mesmos lugares.<br />

Atitudes são constatações, favoráveis ou desfavoráveis,<br />

em relação a objetos, pessoas ou eventos. Uma<br />

atitude é formada por três componentes: cognição,<br />

afeto e comportamento.<br />

O plano cognitivo está relacionado ao conhecimento<br />

consciente de determinado fato. O componente afetivo<br />

corresponde ao segmento emocional ou sentimental<br />

de uma atitude. Por fim, a vertente comportamental<br />

está relacionada à intenção de permitir-se de<br />

determinada maneira com relação a alguém, alguma<br />

coisa ou situação.<br />

Olhe para seu mercado e observe os casos de sucesso<br />

e fracasso. O que faz algumas empresas prosperar,<br />

ampliando sua carteira de clientes, faturamento,<br />

constituindo novas filiais, enquanto outras capitulam,<br />

caminhando paulatinamente em direção à falência? A<br />

resposta está na qualidade da gestão e nas decisões<br />

que os administradores tomam na condução de seus<br />

negócios.<br />

Se você está em fase de transição – e normalmente estamos,<br />

sem nos aperceber disso – aceite o convite para<br />

refletir sobre suas atitudes. E corra o risco de ter ideias<br />

criativas e inovadoras, além de livrar-se das antigas.<br />

Tom Coelho – consultor, autor, educador e conferencista<br />

E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br<br />

Para melhor compreensão, tomemos o seguinte<br />

exemplo. Algumas pessoas têm o hábito de fumar. E a<br />

pergunta que sempre se faz aos fumantes é o motivo<br />

pelo qual não declinam desta prática mesmo estando<br />

cientes de todos os malefícios à saúde cientificamente<br />

comprovados.<br />

Ocorre que o fumante, em regra, tem plena consciência<br />

de que seu hábito é prejudicial à saúde. Ou<br />

seja, o componente cognitivo está presente. Porém,<br />

como ele não sente que esta prática esteja minando<br />

seu organismo, continua a fumar. Contudo, se um<br />

dia o fumante ou uma pessoa próxima for vitimada<br />

por um enfisema ou internada com indícios de problemas<br />

cardíacos decorrentes do tabagismo, então a<br />

porta para acessar o aspecto emocional será aberta:<br />

ao sentir o mal ao qual está se sujeitando, o indivíduo<br />

decidirá agir, mudando seu comportamento, deixando<br />

de fumar.<br />

As pessoas acham que atitude é ação. Todavia, atitude<br />

é racionalizar, sentir e externar. E não se trata<br />

de um processo exógeno. É algo interno, que deve<br />

ocorrer de dentro para fora. Entre a conscientização<br />

e a ação, é necessário estar presente o sentimento<br />

como elo. Ou você sente, ou não muda.<br />

29 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


GUIA DOS ASSOCIADOS<br />

LEGENDA REFORMADORA REVENDEDORA<br />

ALFENAS<br />

RECALFENAS<br />

JARDIM BOA ESPERANÇA - TEL.: (35) 3292-6400<br />

ANDRADAS<br />

RECAUCHUTAGEM ANDRADENSE<br />

CONTENDAS - TEL.: (35) 3731-1414<br />

ARAXÁ<br />

PNEUARA – PNEUS ARAXÁ LTDA.<br />

VILA SILVÉRIA - TEL.: (34) 3661-8571<br />

ARAGUARI<br />

FÁBIO PNEUS LTDA.<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - (34) 2109-8000<br />

BARBACENA<br />

ASR RECAUCHUTADORA E COM. PNEUS<br />

CAIÇARAS - TEL.: (32) 3333-0227<br />

BQ PNEUS RECAUCHUTADORA E COMÉRCIO LTDA.<br />

PASSARINHO - TEL.: (32) 3332-2988<br />

PNEUS NACIONAL LTDA.<br />

BARRO PRETO - TEL.: (31) 3274-4155<br />

FLORESTA - TEL.: 3273-5590<br />

FUNCIONÁRIOS - TEL.: 3281-2029<br />

PAMPULHA - TEL.: (31) 3427-4907<br />

PNEUSOLA<br />

ALÍPIO DE MELO - TEL.: (31) 3311-7736 / 3311-7742<br />

AV. AMAZONAS - TEL.: (31) 3311-7772 / 3311-7774<br />

AV. PEDRO II - TEL.: (31) 3311-7732 / 3311-7733<br />

BR 262 -TEL.: (31) 3311-7766 / 3311-7767<br />

CIDADE NOVA - TEL.: (31) 3311-7713 / 3311-7714<br />

FLORESTA -TEL.: (31) 3311-7730 / 3311-7731<br />

JARDINÓPOLIS -TEL.: (31) 3361-2522<br />

LOURDES - TEL.: (31) 3311-7770 / (31) 3311-7771<br />

LUXEMBURGO - TEL.: (31) 3311-7744 / (31) 3311-7745<br />

MINAS SHOPPING - TEL.: (31) 3311-7760 / 3311-7761<br />

NOVA SUÍÇA - TEL.: (31) 3311-7740 / 3311-7741<br />

RAJA GABAGLIA - TEL.: (31) 3311-7750 / 3311-7751<br />

SÃO LUCAS - TEL.: (31) 3311-7783 / 3311-7784<br />

SAVASSI - TEL.: (31) 3311-7720 / 3311-7721<br />

VIA SHOPPING TEL.: (31) 3311-7780 / 3311-7781<br />

RECAPE PNEUS LTDA.<br />

NOVA GRANADA - TEL.: (31) 3332-7778<br />

BARBACENA CENTRO AUTOMOTIVO<br />

PONTILHÃO - TEL.: (32) 3333-5000<br />

RODAR PNEUS LTDA.<br />

CALAFATE - TEL.: (31) 3334-4065<br />

BELO HORIZONTE<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5700<br />

TC PNEUS<br />

BARREIRO DE BAIXO – TEL.: (31) 3384-2030<br />

CALAFATE – TEL.: (31) 3371-1848<br />

GAMELEIRA – TEL.: (31) 3386-4878/3384-1053<br />

LOURDES – TEL.: (31) 3214-2413<br />

SÃO LUCAS – TEL.: (31) 3225-7575<br />

BETIM<br />

FON FON PNEUS<br />

CARLOS PRATES - TEL.: (31) 3464-7909<br />

ESTORIL - TEL.: (31) 3373-8344<br />

POMPÉIA - TEL.: (31) 3261-7544<br />

SAVASSI - TEL.: (31) 3281-3066<br />

SHOPPING DEL REY - TEL.: (31) 3415-6166<br />

VENDA NOVA - TEL.: (31) 3495-6000<br />

JAC PNEUS LTDA.<br />

JARDIM MONTANHÊS - TEL.: (31) 3464-5553<br />

AD PNEUS<br />

JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 2125-9100<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3591-9899<br />

REDE RECAP RENOVADORA E COMÉRCIO DE PNEUS LTDA.<br />

JARDIM PIEMONT - TEL.: (31) 3597-1335<br />

30 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.<br />

MINAS PNEUS LTDA.<br />

CAIÇARA - TEL.: (31) 2103-4488<br />

GUTIERREZ - TEL.: (31) 3292-2929<br />

PNEUBRASA LTDA.<br />

GRAÇA - TEL.: (31) 3423-4578<br />

PNEUPAM LTDA.<br />

PAMPULHA - TEL.: (31) 3491-5000<br />

TREVISO/RECAMIC<br />

BETIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 2126-9200<br />

TC PNEUS<br />

CENTRO - TEL.: (31) 3531-2547<br />

CAMPO BELO<br />

RECABEL LTDA.<br />

ZONA RURAL - TEL.: (35) 3882.2770


CAPELINHA<br />

PNEUS CAP LTDA.<br />

PLANALTO - TEL.: (33) 3516-1512<br />

CONSELHEIRO LAFAIETE<br />

CORONEL FABRICIANO<br />

AUTORECAPE LTDA.<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3842-3900<br />

RECAPAGEM RIO DOCE LTDA.<br />

CALADINHO - TEL.: (31) 3841-9050<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

SANTA MATILDE - TEL.: (31) 3762-1715<br />

RG PNEUS<br />

MELO VIANA - TEL.: (31) 3841-1176<br />

CONTAGEM<br />

ARAÚJO PNEUS LTDA.<br />

JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3363-1840<br />

DIAMANTINA<br />

PNEUSHOPPING LTDA.<br />

CAZUZA - TEL.: (38) 3531-2407<br />

DIVINÓPOLIS<br />

PNEUMAC LTDA.<br />

ORION - TEL.: (37) 3229-1111<br />

PNEUSOLA<br />

CENTRO - TEL.: (37) 3212-0777<br />

CARDIESEL– GRUPO VDL<br />

GUANABARA - TEL.: (31) 3232-4000<br />

RECAMAX MÁXIMA LTDA.<br />

RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3216-2000<br />

GAMA PNEUS & CIA.<br />

CEASA MG KENNEDY - TEL.: (31) 3329-8000<br />

GUANABARA - TEL.: (31) 3329-3700<br />

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.<br />

BALNEÁRIO RANCHO ALEGRE - TEL.: (37) 3222-6565<br />

LUMA PNEUS LTDA.<br />

JARDIM MARROCOS - TEL.: (31) 3352-2400<br />

FORMIGA<br />

AD PNEUS<br />

MANGABEIRAS - TEL.: (37) 3322-1441<br />

MINAS PNEUS LTDA.<br />

CEASA - TEL.: (31) 3394-2559<br />

PNEUCON PNEUS CONTAGEM LTDA.<br />

COLONIAL - TEL.: (31) 3353-9924<br />

PNEUS AMAZONAS LTDA.<br />

VILA BARRAGINHA - TEL.: (31) 3361-7320<br />

RENOVADORA SEGURANÇA LTDA.<br />

VILA SOUZA E SILVA - TEL.: (37) 3322-1239<br />

UNICAP<br />

MARINGÁ - TEL.: (37) 3321-1822<br />

PNEUSOLA<br />

CEASA - TEL.: (31) 3311-7788 / 3311-7789<br />

ELDORADO - TEL.: (31) 3311-7778 / 3311-7779<br />

JARDIM INDUSTRIAL - TEL.: (31) 3311-7722 / 3311-7723<br />

GOVERNADOR VALADARES<br />

RECAPAGEM VALADARES LTDA.<br />

VILA ISA - TEL.: (33) 3278-2160<br />

REFORMADORA BELO VALE<br />

IPÊ - TEL.: (33) 3278-1508<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA<br />

ÁGUA BRANCA - TEL.: (31) 3394-8869<br />

RECAPE PNEUS LTDA.<br />

VILA PARIS - TEL.: (31) 3353-1765<br />

REGIGANT RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.<br />

RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 2191-9999<br />

SOMAR RECICLAGEM DE PNEUS LTDA.<br />

RIACHO DAS PEDRAS - TEL.: (31) 3396-1758<br />

TC PNEUS<br />

CINCÃO - TEL.: (31) 3391-9001<br />

VALADARES DIESEL LTDA. – GRUPO VDL<br />

JARDIM IPÊ - TEL.: (33) 2101-1500<br />

GUAXUPÉ<br />

RENOVADORA DE PNEUS DOIS IRMÃOS<br />

VILA SANTO ANTÔNIO - TEL.: (35) 3551-2205<br />

IGARAPÉ<br />

RECAPAGEM CAMPOS<br />

BAIRRO JK - TEL.: (31) 3534-1552<br />

31 | <strong>Pneus</strong> & <strong>Cia</strong>.


IPATINGA<br />

RG PNEUS<br />

IGUAÇU - TEL.: (31) 3824-2244<br />

ITABIRA<br />

RG PNEUS<br />

CENTRO - TEL.: (31) 3831-5055<br />

ITABIRITO<br />

RECAPAGEM ITABIRITO LTDA.<br />

AGOSTINHO RODRIGUES - TEL.: (31) 3561-7272<br />

ITAMARANDIBA<br />

BODÃO PNEUS E REFORMAS LTDA.<br />

SÃO GERALDO - TEL.: (38) 3521-1185<br />

JOÃO MOLEVADE<br />

RG PNEUS<br />

CARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-2033<br />

RG PNEUS<br />

BELMONTE - TEL.: (31) 3852-6121<br />

TC PNEUS MATRIZ<br />

CARNEIRINHOS - TEL.: (31) 3851-4222<br />

JUIZ DE FORA<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA<br />

AV. MESTRA FININHA SILVEIRA - TEL.: (38) 3212-5945<br />

CENTRO ATAC. REGINA PERES - TEL.: (38) 3213-2051<br />

JD. PALMEIRAS - TEL.: (38) 3213-1940<br />

RUA SETE - TEL.: (38) 3213-2220<br />

TREVISO/RECAMIC<br />

ANEL RODOVIÁRIO - TEL.: (38)3222-8800<br />

MURIAÉ<br />

RECABOM PNEUS<br />

UNIVERSITÁRIO - TEL.: (32) 3722-4042<br />

NANUQUE<br />

CACIQUE PNEUS LTDA.<br />

CENTRO - TEL.: (33) 3621-4924<br />

NOVA LIMA<br />

FON FON PNEUS<br />

POSTO CHEFÃO - TEL.: (31) 3581-2727<br />

RENOVADORA DE PNEUS OK S/A.<br />

JARDIM CANADÁ - TEL.: (31) 3581-3294<br />

CURINGA DOS PNEUS<br />

POÇO RICO - TEL.: (32) 3215-4547/3215-0029<br />

PNEUSOLA<br />

AV.BRASIL - TEL.: (32) 3216-3419 / 3231-6677<br />

AV. JUSCELINO KUBTSCHECK - TEL.: (32) 3225-5741<br />

INDEPENDÊNCIA SHOPPING - TEL.: (32) 3236-2777 / 3236-2094<br />

RECAUCHUTADORA JUIZ DE FORA LTDA.<br />

DISTRITO INDUSTRIAL - TEL.: (32) 2102-5000 / 5042<br />

RECABOM PNEUS<br />

MARIANO PROCÓPIO - TEL.: (32) 3212-2410<br />

RG PNEUS<br />

FRANCISCO BERNADINO - TEL.: (32) 3221-3372<br />

PARÁ DE MINAS<br />

AUTO RECAPAGEM AVENIDA LTDA.<br />

CENTRO - TEL.: (37) 3231-5270<br />

PARACATU<br />

RECAPAGEM SANTA HELENA LTDA.<br />

CENTRO - TEL.: (34) 3672-3099<br />

PATOS DE MINAS<br />

AUTOPATOS PNEUS E RECAPAGEM LTDA.<br />

IPANEMA - TEL.: (34) 3818-1500<br />

RECALTO PNEUS LTDA.<br />

PLANALTO - TEL.: (34) 3823-7979<br />

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