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Revista Pneus e Cia nº20 - Sindipneus

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Quem se lembra dos velhos Opalas, com sua facilidade<br />

de sair de traseira em curvas, principalmente<br />

aqueles equipados com o beberrão motor de seis<br />

cilindros – mais pesados e potentes – deve lembrar<br />

também que muitos proprietários colocavam um<br />

peso no porta-malas para melhorar a aderência. Já<br />

vi saco de cimento, de areia e até câmara de ar velha<br />

cheia de areia. O mesmo recurso ainda é usado na<br />

caçamba de pick-ups por motoristas pouco habilidosos<br />

ao volante. São princípios básicos de física,<br />

mecânica e engenharia.<br />

Vencida essa etapa, e sem outras “explicações”<br />

para rebater minha argumentação, chamou um<br />

funcionário que começou a fazer a troca como eu<br />

havia indicado. Retirou as rodas da frente para desmontar<br />

os pneus, levou para a máquina de desmontagem<br />

e pegou um balde plástico com vaselina<br />

para passar nos talões. Sempre acompanhando de<br />

perto o serviço, imediatamente chamei o funcionário<br />

e lhe disse que, se somente tivesse vaselina,<br />

poderia considerar a venda como perdida, montar<br />

as rodas no lugar de onde foram tiradas e eu iria<br />

para outra loja. Novo impasse.<br />

Veio o gerente da loja para saber o que estava acontecendo,<br />

e lhe disse que jamais permito o uso de<br />

vaselina para lubrificar os talões dos meus pneus.<br />

Vaselina é um derivado de petróleo e, por sua composição<br />

e natureza, ataca a borracha dos talões,<br />

danificando-os. Num primeiro momento, a borracha<br />

amolece e começa a perder os plastificantes adicionados<br />

ao composto no ato da mistura da borracha,<br />

ainda no fabricante.<br />

Depois, a borracha dos talões começa a ressecar e<br />

acaba por se esfarelar com o tempo. O produto correto<br />

e adequado é pasta de montagem, feita à base<br />

de produtos vegetais e tratada com um emulsificante<br />

que neutraliza sua ação sobre a borracha. Mais ou<br />

menos como óleo de corte usado em retíficas que,<br />

apesar de ser um óleo, é solúvel em água.<br />

Disse o gerente que eu estava enganado, que não usavam<br />

vaselina, somente pasta de montagem. Levantada<br />

a dúvida, peguei o tal balde e pedi a ele que lesse o<br />

que estava escrito no rótulo. Não deu outra: VASELI-<br />

NA. Surpreso, disse que não entendia como estavam<br />

usando o produto errado, mas isso é fácil de explicar.<br />

Ambas, vaselina e pasta, são brancas, de aparência<br />

quase igual, vendidas em baldes iguais. Quem compra,<br />

muitas vezes só olha o preço. Quem vende oferece<br />

preço, mas não explica o que é nem as diferenças, e<br />

o comprador vai pelo preço. Por sorte, um dos outros<br />

borracheiros ainda tinha um balde de pasta.<br />

Desmontados os pneus, o borracheiro “verificou”<br />

o estado das válvulas e disse que não necessitavam<br />

de troca porque “ainda estão molinhas”. Nem perdi<br />

tempo, e mandei trocar por novas. Não vejo sentido<br />

em economizar uns trocados e correr o risco de comprometer<br />

a segurança e os pneus novos, muito mais<br />

caros que as válvulas.<br />

Feita a montagem, retirou as rodas de trás e montou<br />

na dianteira, colocou as rodas com os pneus novos na<br />

traseira, e baixou o elevador para fazer o balanceamento<br />

com as rodas montadas, com o equipamento<br />

popularmente chamado de lambreta.<br />

Esse é o melhor método porque, além de equilibrar as<br />

diferenças de peso existentes nos pneus e nas rodas,<br />

também corrige eventuais diferenças dos rolamentos,<br />

discos de freio e todo o conjunto rodante.<br />

O balanceamento feito na coluna apenas corrige as<br />

diferenças do conjunto pneu e roda. Pode – e deve<br />

– ser usado, se não houver alternativa melhor. Mas<br />

jamais se deve deixar de balancear.<br />

Próxima etapa: alinhamento. Mas isso, vou deixar<br />

para outra edição.<br />

Pércio Schneider – especialista em pneus da Pró-Sul<br />

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