02.03.2015 Views

Sebenta de Exercícios Resolvidos - O DGE - UBI

Sebenta de Exercícios Resolvidos - O DGE - UBI

Sebenta de Exercícios Resolvidos - O DGE - UBI

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Sebenta</strong> <strong>de</strong> <strong>Exercícios</strong> <strong>de</strong><br />

Macroeconomia II<br />

Tiago Neves Sequeira<br />

Covilhã e Universida<strong>de</strong> da Beira Interior, 2009


Conteúdo<br />

0.1 Prefacío ao Projecto “<strong>Sebenta</strong>s <strong>de</strong> Macroeconomia” . . . . . . v<br />

1 Consumo 1<br />

1.1 Enunciados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1<br />

1.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5<br />

2 Investimento 15<br />

2.1 Enunciados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15<br />

2.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18<br />

3 Investimento, Poupança e Conta Corrente 23<br />

3.1 Enunciados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23<br />

3.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24<br />

4 Procura <strong>de</strong> Moeda 29<br />

4.1 Enunciados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29<br />

4.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31<br />

5 Mo<strong>de</strong>lo IS-LM em Economia Fechada e Procura Agregada 35<br />

5.1 Enunciados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35<br />

5.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38<br />

6 Mo<strong>de</strong>lo IS-LM em Economia Aberta 47<br />

6.1 Enunciados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47<br />

6.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49<br />

iii


7 <strong>Exercícios</strong> Síntese 53<br />

7.1 Enunciados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53<br />

7.2 Resoluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63<br />

8 Definições 83<br />

8.1 Alfabeto Grego . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84<br />

9 Publicações do Autor 87<br />

9.1 Artigos Científicos <strong>de</strong> Macroeconomia em Revistas Internacionais<br />

com Referee . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87<br />

9.2 Capitulos <strong>de</strong> Macroeconomia em Livros Internacionais com<br />

Referee . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88<br />

9.3 Tese <strong>de</strong> Doutoramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88<br />

9.4 Outros Artigos Científicos Internacionais com Referee . . . . . 88<br />

À Matil<strong>de</strong><br />

In Memoriam António Neves


0.1 Prefacío ao Projecto “<strong>Sebenta</strong>s <strong>de</strong> Macroeconomia”<br />

Estas sebentas surgem <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 6 anos a leccionar as disciplinas<br />

<strong>de</strong> Macroeconomia na Universida<strong>de</strong> da Beira Interior, e durante<br />

o período <strong>de</strong> implementação do processo <strong>de</strong> Bolonha, como mais<br />

um instrumento <strong>de</strong> trabalho para os estudantes. Des<strong>de</strong> sempre que<br />

estas disciplinas tiveram um pendor muito baseado na resolução <strong>de</strong><br />

exercícios, na tradição da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Economia da Universida<strong>de</strong><br />

Nova <strong>de</strong> Lisboa, on<strong>de</strong> o autor iniciou a sua carreira <strong>de</strong> docente<br />

e se doutorou. No entanto, este projecto pedagógico enfrentou<br />

sérias dificulda<strong>de</strong>s com a baixa preparação inicial dos estudantes<br />

em matemática e com o muito referido <strong>de</strong>fice <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> trabalho<br />

do estudante português. Assim, este trabalho po<strong>de</strong>rá ser útil, não<br />

só na Universida<strong>de</strong> da Beira Interior, mas em todas as escolas <strong>de</strong><br />

economia e gestão on<strong>de</strong> se sentem estes constrangimentos.<br />

Estas sebentas surgem como instrumento para aumentar a autonomia<br />

dos estudantes para tornar as aulas práticas mais participativas<br />

e acompanhadas, po<strong>de</strong>ndo assim aumentar a produtivida<strong>de</strong><br />

dos estudantes e <strong>de</strong> incrementar o aprofundamento da matéria e a<br />

varieda<strong>de</strong> dos casos estudados. Ela preten<strong>de</strong> ser um complemento<br />

aos ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> exercícios que contém exercícios para resolução<br />

individual, em 3 níveis distintos. O primeiro nível é i<strong>de</strong>ntico ao<br />

das sebentas. O segundo nível é <strong>de</strong> uma complexida<strong>de</strong> superior e<br />

v


vi<br />

CONTEÚDO<br />

o terceiro nível consiste em exercícios que relacionam diferentes<br />

matérias. Alguns <strong>de</strong>stes exercícios são já <strong>de</strong> niveis dois e três. A<br />

existência <strong>de</strong>stas sebentas tem por objectivo permitir que os testes<br />

sejam basicamente constituidos por exercícios <strong>de</strong> nível 3. Preten<strong>de</strong>se<br />

que, no futuro, estas sebentas possam incluir mais exercícios dos<br />

ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> exercícios (3 níveis) e que seja editada bi-anualmente,<br />

para garantir a sua actualização. Alguns dos exercícios são <strong>de</strong>ixados<br />

como exercícios propostos se forem apenas repetições <strong>de</strong><br />

anteriores. Devem ser os primeiros a ser resolvidos pelos alunos.<br />

Por outro lado, a sebenta inclui chamadas <strong>de</strong> atenção para<br />

possíveis casos ou alterações que surgem naturalmente da resolução<br />

dos exercícios.<br />

Agra<strong>de</strong>ço a um conjunto <strong>de</strong> pessoas que tiveram importancia<br />

crucial na elaboração <strong>de</strong>ste projecto. Em primeiro lugar, à<br />

Prof a Dr a Ana Balcão Reis, que, no inicio da minha activida<strong>de</strong> como<br />

docente <strong>de</strong> Macro, me facultou o material pedagógico das Disciplinas<br />

<strong>de</strong> Macroeconomia da Nova, que inspiram esta sebenta.<br />

A minha orientadora <strong>de</strong> doutoramento inspirou <strong>de</strong>cisivamente a<br />

minha forma <strong>de</strong> ser Professor. Em segundo lugar, agra<strong>de</strong>ço às assistentes<br />

que trabalharam comigo nas disciplinas a partir <strong>de</strong> 2004,<br />

Dr a Joana Costa e Dr a Florbela Machado. Em terceiro lugar, aos<br />

meus alunos <strong>de</strong> Macroeconomia, que com as suas questões foram<br />

contribuindo para o melhoramento contínuo <strong>de</strong>ste trabalho. Todos<br />

os erros remanescentes são obviamente meus e serão corrigidos à<br />

medida que forem <strong>de</strong>tectados.<br />

Dada a morosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um trabalho como este e a concialiação<br />

com a produção científica e com elevadas cargas lectivas e administrativas,<br />

não é possível apresentar as sebentas das três disciplinas<br />

<strong>de</strong> Macroeconomia todas simultaneamente. Apresenta-se no ano<br />

lectivo 2008/2009, um ano a seguir ao inicio do projecto, a sebenta


0.1.<br />

PREFACÍO AO PROJECTO “SEBENTAS DE MACROECONOMIA”vii<br />

<strong>de</strong> Macroeconomia II.<br />

Esta é uma unida<strong>de</strong> curricular <strong>de</strong> Macroeconomia, on<strong>de</strong> o estudante<br />

toma o primeiro contacto com os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Macroeconomia<br />

do lado da procura. É a Macroeconomia com bases microeconómicas,<br />

que funciona em articulação com a Microeconomia I<br />

que funciona no mesmo semestre. Diz-se que a Macroeconomia tem<br />

bases microeconómicas quando esta se baseia no estudo dos agentes<br />

representativos na economia e nas suas <strong>de</strong>cisões optimizadoras.<br />

Mostrou-se que muitos dos fenómenos macroeconómicos entre os<br />

quais muito do comportamento das principais variáveis macroeconómicas<br />

po<strong>de</strong> ter o seu fundamento no comportamento no comportamento<br />

racional dos agentes económicos, sejam eles famílias<br />

ou empresas. Está construida para servir alunos <strong>de</strong> Economia.<br />

Tem como principais competências as seguintes: compreen<strong>de</strong> o<br />

perfil dos diferentes agentes e o seu comportamento e suas consequências<br />

para as características dos fenómenos macroeconómicos;<br />

compara e avalia teorias, métodos e mo<strong>de</strong>los alternativos para a explicação<br />

das variáveis macroeconómicas do lado da Procura; relaciona<br />

Princípios <strong>de</strong> Teoria Económica com Formulação <strong>de</strong> Política<br />

Económica; selecciona e utiliza técnicas quantitativas e mostra proficiência<br />

na análise numérica e gráfica dos comportamentos dos<br />

agentes e fenómenos económicos daí <strong>de</strong>correntes. Os objectivos<br />

e competências específicas são expostos em ficheiro anexo, exclusivamente<br />

<strong>de</strong>dicado a esse fim. Os exercícios aqui presentes têm<br />

diversas inspirações. A sua gran<strong>de</strong> maioria são exercícios novos,<br />

criados propositadamente para esta <strong>Sebenta</strong>. Outros foram retirados<br />

<strong>de</strong> testes e ca<strong>de</strong>rnos já ministrados nas aulas e uma minoria<br />

são inspirados no livros recomendados para a unida<strong>de</strong> curricular.<br />

No caso <strong>de</strong>sta sebenta em particular, ela vem colmatar uma lacuna<br />

sentida por vários docentes <strong>de</strong> macroeconomia no país: a


viii<br />

CONTEÚDO<br />

inexistência <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> exercícios que cubram suficientemente as<br />

teorias macroeconómicas inspiradas na escola neoclássica.


Capítulo 1<br />

Consumo<br />

1.1 Enunciados<br />

Exercício 1 O João tem uma mesada <strong>de</strong> 100 em Setembro, mas<br />

já sabe que os pais a vão aumentar para 120 em Outubro. Se o<br />

João tiver que pedir um empréstimo paga uma taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong><br />

10%. Enuncie e Represente Graficamente <strong>de</strong> forma completa a<br />

restrição orçamental intertemporal do João.<br />

Exercício 2 A vida <strong>de</strong> estudante é dificil, por isso, o João e o<br />

Joaquim quando <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m quanto consumir, fazem-no apenas <strong>de</strong><br />

2 em 2 meses. O João quer consumir o mesmo todos os meses.<br />

Se o fizer quanto consome? E qual a sua poupança? O seu colega<br />

Joaquim sabe que o pai vai per<strong>de</strong>r o emprego em Outubro e<br />

logo a sua mesada que era <strong>de</strong> 100 em Setembro passará a ser <strong>de</strong><br />

80 em Outubro. Enuncie e represente graficamente a restrição<br />

orçamental intertemporal do Joaquim. Se o Joaquim também<br />

consumir o mesmo nos 2 meses quanto consome? E poupa?<br />

Exercício 3 O João vive num país chamado Reino dos Ovos <strong>de</strong><br />

Ouro, que tem 1000 habitantes, 700 jovens e 300 adultos. Nesse<br />

1


2<br />

CAPÍTULO 1. CONSUMO<br />

país, se todos os consumidores se comportarem como o João, qual<br />

o consumo e a poupança nesse país.<br />

Exercício 4 O que significa a frase: “A vida <strong>de</strong> estudante é dificil,<br />

por isso, o João e o Joaquim quando <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m quanto consumir,<br />

fazem-no apenas <strong>de</strong> 2 em 2 meses”?<br />

Exercício 5 Numa dada economia sabe-se que os agentes económicos<br />

se comportam como se tivessem uma função <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> U =<br />

C 0.5<br />

1 C 0.5<br />

2 . Se em média, as pessoas ganharem no primeiro periodo<br />

500 e no segundo 350 e a taxa <strong>de</strong> juro for <strong>de</strong> 10%, responda às<br />

seguintes questões:<br />

a) Enuncie a restrição orçamental intertemporal.<br />

b) Formalize o problema do agente económico médio.<br />

c) Encontre as condições <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m do problema.<br />

Interprete-as.<br />

d) Encontre expressões para o Consumo e a Poupança.<br />

e) Encontre os valores do Consumo e da Poupança.<br />

Exercício 6 Se os agentes económicos tiverem uma função <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong><br />

(ou utilida<strong>de</strong>) igual a U = log(C 1 ) + log(C 2)<br />

, responda às<br />

1+ρ<br />

seguintes questões:<br />

a) Qual o significado <strong>de</strong> ρ? Qual a interpretação <strong>de</strong> ρ > r, <strong>de</strong><br />

ρ < r e <strong>de</strong> ρ = r?<br />

b) Mostre que com uma função <strong>de</strong>ste tipo (aditiva) e com ρ = r,<br />

C 1 = C 2 . Indique porque é que esta situação é relevante.<br />

Exercício 7 Agora o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão dos agentes económicos é<br />

alargado (4 anos), o que é o mesmo que dizer que o horizonte<br />

temporal dos agentes económicos é <strong>de</strong> 4 anos. Supondo uma utilida<strong>de</strong><br />

do tipo


1.1. ENUNCIADOS 3<br />

U = log(C 1 ) + log(C 2)<br />

1 + ρ + log(C 3)<br />

(1 + ρ) 2 + log(C 4)<br />

(1 + ρ) 3<br />

e um rendimento esperado no primeiro ano com o seguinte padrão:<br />

100, 120, 130, 150. No entanto, várias situações não esperadas<br />

vão ocorrendo a este agente económico. No segundo ano, um ano<br />

<strong>de</strong> boas vendas na empresa, a entida<strong>de</strong> patronal aumenta-o extraordinariamente<br />

para 130. No terceiro ano, uma doença afasta-o<br />

da empresa com uma penalização <strong>de</strong> 30%, durante 4 meses. No<br />

quarto ano, completamente recuperado da doença, ganha um dos<br />

3 o prémios do Euromilhões, no valor <strong>de</strong> 50. Se tiver que pedir<br />

emprestado este agente económico sujeita-se a uma taxa <strong>de</strong> 5%<br />

que, por coincidência, é igual à sua taxa subjectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto<br />

intertemporal.<br />

a) Represente o padrão <strong>de</strong> rendimento esperado e o padrão <strong>de</strong><br />

rendimento realmente verificado.<br />

b) Calcule o padrão <strong>de</strong> consumo e <strong>de</strong> poupança <strong>de</strong>ste agente<br />

económico.<br />

c) O que po<strong>de</strong> concluir quanto ao impacto <strong>de</strong> variações não<br />

esperadas e esperadas no rendimento dos agentes económicos no<br />

seu padrão <strong>de</strong> consumo.<br />

Exercício 8 No Reino das Pantufas Iludidas, o Governo preten<strong>de</strong><br />

fazer uma estátua <strong>de</strong> uma Pantufa gigante à entrada da Capital,<br />

o que vai custar um montante médio por habitante <strong>de</strong> 20. Para<br />

isso o Governo, que tem um horizonte temporal <strong>de</strong> 2 períodos<br />

igual ao das famílias, po<strong>de</strong> lançar impostos ou contrair dívida.<br />

Os 1500 habitantes <strong>de</strong>ste Reino, que são todos iguais, têm um<br />

rendimento <strong>de</strong> 100 no primeiro período, com um aumento para<br />

110 no segundo período. A taxa <strong>de</strong> juro é <strong>de</strong> 10% e é igual à taxa<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal. A Utilida<strong>de</strong> é logarítmica e aditiva no<br />

consumo.


4<br />

CAPÍTULO 1. CONSUMO<br />

a) Calcule o custo total da estátua que o Governo preten<strong>de</strong><br />

construir.<br />

b) Formalize o problema do consumidor médio.<br />

c) Calcule o consumo, se o Governo lançar impostos para financiar<br />

a estátua.<br />

d) Calcule o consumo, se o governo contrair dívida pública<br />

para financiar a estátua.<br />

e) Calcule o utilida<strong>de</strong>, se o Governo lançar impostos para financiar<br />

a estátua.<br />

f) Calcule o utilida<strong>de</strong>, se o governo contrair dívida pública<br />

para financiar a estátua.<br />

g) Conclua, referindo-se ao fenómeno da Equivalência Ricardiana.<br />

Exercício 9 Assuma agora que o Governo do Reino das Pantufas<br />

Iludidas consegue financiar-se a uma taxa <strong>de</strong> 5%. Resolva novamente<br />

as alíneas c) a g) do exercício anterior com esta nova<br />

hipótese.<br />

Exercício 10 Assuma agora que o Governo do Reino das Pantufas<br />

Iludidas tem um horizonte temporal <strong>de</strong> 3 períodos e que no caso<br />

<strong>de</strong> contrair dívida ele apenas lança os impostos no 3 o período.<br />

Resolva novamente as alíneas c) a g) do exercício anterior com<br />

esta nova hipótese.<br />

Exercício 11 Assuma agora que os consumidores pantufas são<br />

ingénuos e ao verem o governo lançar a obra contraindo dívida,<br />

assumem que os impostos não aumentam no segundo período.<br />

Para eles T2 e = 0. Resolva novamente as alíneas c) a g) do exercício<br />

anterior com esta nova hipótese.


1.2. RESOLUÇÕES 5<br />

1.2 Resoluções<br />

Solução 1 A restrição orçamental intertemporal do João é:<br />

C 1 + C 2<br />

1 + r = Y 1 + Y 2<br />

120<br />

= 100 +<br />

1 + r 1 + 0.1<br />

A representação gráfica é a seguinte:<br />

(1.1)<br />

C<br />

Y<br />

C¡<br />

Y¡<br />

Figura 1: Representação Gráfica da Restrição Orçamental<br />

Intertemporal<br />

Atenção! 1.1 Pense porque é que é necessário frisar que o João<br />

sabe que a sua mesada vai aumentar.<br />

Atenção! 1.2 Ao formalizar assim a restrição orçamental intertemporal<br />

estamos a assumir que o agente não <strong>de</strong>ixa nem recebe<br />

heranças, caso contrário a restrição teria que ser representada<br />

da seguinte forma: C 1 + C 2<br />

= Y 1+r 1 + Y 2<br />

+ B, on<strong>de</strong> B representa a<br />

1+r<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> rendimento recebida (B > 0) ou <strong>de</strong>ixada (B < 0) a<br />

titulo <strong>de</strong> herança.<br />

Solução 2 Se o João consumir o mesmo nos 2 períodos C 1 = C 2 ,<br />

logo po<strong>de</strong>mos substituir cada um <strong>de</strong>stes consumos pela variável<br />

única C. C 1 + C 2<br />

1+r = C + C<br />

1+r = C ( 1 + 1<br />

1+r)<br />

. Assim:


6<br />

CAPÍTULO 1. CONSUMO<br />

C<br />

( )<br />

1<br />

1 + = 100 + 120<br />

1 + 0.1 1 + 0.1 ⇒ C = 109.52<br />

Assim, o Consumo do João é <strong>de</strong> 109.52 em cada um dos períodos.<br />

A sua poupança é S 1<br />

= −9.52. O João endivida-se no primeiro<br />

período (porque sabe que o seu rendimento vai aumentar no seguindo<br />

período e o seu <strong>de</strong>sejo é consumir o mesmo nos 2 períodos).<br />

No segundo período o João pagará a sua dívida <strong>de</strong> 9.52×1.1 = 10.47.<br />

A restrição orçamental intertemporal do Joaquim é:<br />

C 1 + C 2<br />

1 + r = Y 1 + Y 2<br />

1 + r<br />

= 100 +<br />

80<br />

1 + 0.1<br />

(1.2)<br />

Baseando-se no Gráfico 1 faça a representação gráfica indicando<br />

a escolha óptima.<br />

Se o Joaquim consumir o mesmo nos 2 períodos C 1 = C 2 , logo<br />

po<strong>de</strong>mos substituir cada um <strong>de</strong>stes consumos pela variável única<br />

C. C 1 + C 2<br />

1+r = C + C<br />

1+r = C ( 1 + 1<br />

1+r)<br />

. Assim:<br />

C<br />

( )<br />

1<br />

1 + = 100 + 80<br />

1 + 0.1 1 + 0.1 ⇒ C = 90.48<br />

Assim, o Consumo do Joaquim é <strong>de</strong> 90.48 em cada um dos<br />

períodos. O Joaquim poupa S 1 = 9.52. O Joaquim poupa no primeiro<br />

período (porque sabe que o seu rendimento vai dimunuir<br />

no seguindo período e o seu <strong>de</strong>sejo é consumir o mesmo nos 2<br />

períodos).<br />

No segundo período o Joaquim receberá a sua poupança<br />

<strong>de</strong> 9.52 × 1.1 = 10.47.<br />

Atenção! 1.3 Da mesma forma que no exercício anterior pense<br />

porque é que é necessário frisar que o Joaquim sabe que seu pai<br />

vai per<strong>de</strong>r o emprego.<br />

Solução 3 O consumo agregado será <strong>de</strong> 1000 × 109.52 = 109520 e a<br />

poupança agregada será <strong>de</strong> 1000 × (−9.52) = −9520.


1.2. RESOLUÇÕES 7<br />

Atenção! 1.4 Recor<strong>de</strong> que a ser assim as exportações líquidas têm<br />

que ser negativas se não houver estado e o investimento privado<br />

por não nergativo. Justifique esta afirmação.<br />

Solução 4 Significa que o horizonte temporal <strong>de</strong>stes estudantes é<br />

<strong>de</strong> 2 meses. No fim dos 2 meses, o João reformula a sua <strong>de</strong>cisão<br />

e volta a fazer “contas”.<br />

Solução 5 a) A restrição orçamental intertemporal é C 1 + C 2<br />

Y 1 + Y 2<br />

⇔ C 1+r 1 + C 2<br />

1+0.1<br />

b)<br />

c) Assim<br />

= 500 +<br />

350<br />

1+0.1 .<br />

1+r =<br />

Max U(C 1 , C 2 ) = C 0.5<br />

1 C 0.5<br />

2 s.a. (1.3)<br />

C 1 + C 2<br />

1 + 0.1<br />

= 500 +<br />

350<br />

1 + 0.1<br />

(<br />

L = C1 0.5 C2 0.5 + λ Y 1 + Y 2<br />

1 + r − C 1 − C )<br />

2<br />

1 + r<br />

(1.4)<br />

As condições <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m para a maximização são as seguintes:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⎪⎩<br />

∂Ξ<br />

∂C 1<br />

= 0<br />

∂Ξ<br />

∂C 2<br />

= 0<br />

∂Ξ<br />

= 0 ∂λ<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⇔<br />

⎪⎩<br />

0.5C2<br />

0.5<br />

C 0.5<br />

1<br />

0.5C1<br />

0.5<br />

C2<br />

0.5<br />

= λ<br />

= λ<br />

1+r<br />

Y 1 + Y 2<br />

1+r − C 1 − C 2<br />

1+r = 0<br />

A primeira condição <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m dá-nos a utilida<strong>de</strong> marginal<br />

do consumo do bem 1 igual ao multiplicador <strong>de</strong> lagrage (ou<br />

preço-sombra do bem 1) e a segunda dá-nos a utilida<strong>de</strong> marginal<br />

do consumo do bem 2 igual ao multiplicador <strong>de</strong> lagrange (ou<br />

preço-sombra do bem 2). Se substituimos λ na segunda equação<br />

0.5C<br />

2<br />

0.5<br />

vem 0.5C0.5 1<br />

C<br />

=<br />

0.5<br />

C2<br />

0.5<br />

1<br />

que é uma igualda<strong>de</strong> entre a utilida<strong>de</strong> marginal<br />

1+r<br />

do bem 2 e a utilida<strong>de</strong> marginal do bem 1, actualizada para o<br />

período 1. A terceira condição <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m é a restrição<br />

orçamental intertemporal.


8<br />

CAPÍTULO 1. CONSUMO<br />

0.5C<br />

2<br />

0.5<br />

d) De 0.5C0.5 1<br />

C<br />

=<br />

0.5<br />

C2<br />

0.5<br />

1<br />

⇔ 0.5C 1<br />

= 1 ⇔ C 1+r 0.5C 2 1+r 2 = (1 + r)C 1 . Substituindo<br />

esta expressão na restrição orçamental intertemporal, vem C 1 =<br />

(<br />

1 Y1 + Y 2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

1+r)<br />

, C1 = 1 (Y 2 1(1 + r) + Y 2 ). Para a poupança, S 1 = Y 1 − C 1 =<br />

(<br />

Y1 − Y 2<br />

1+r)<br />

.<br />

e) Os valores do consumo e da poupança são: C 1 = 409.1; C 2 =<br />

450; S 1 = 90.9.<br />

Solução 6 a) ρ é a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal, que funciona<br />

como o custo <strong>de</strong> consumir no futuro e não no presente.<br />

ρ > r<br />

significa que o custo <strong>de</strong> consumir no futuro é superior ao beneficio<br />

<strong>de</strong> consumir no futuro dado pela taxa <strong>de</strong> juro real que o consumir<br />

ganha se poupar e consumir no futuro e logo há um incentivo a<br />

consumir mais no presente, <strong>de</strong> ρ < r significa que o custo <strong>de</strong><br />

consumir no futuro é inferior ao beneficio <strong>de</strong> consumir no futuro<br />

dado pela taxa <strong>de</strong> juro real que o consumir ganha se poupar e<br />

consumir no futuro e logo há um incentivo a consumir mais no<br />

futuro e ρ = r significa que o custo <strong>de</strong> consumir no futuro é<br />

igual ao beneficio <strong>de</strong> consumir no futuro dado pela taxa <strong>de</strong> juro<br />

real que o consumir ganha se poupar e consumir no futuro e<br />

logo há um incentivo em consumir sensivelmente o mesmo nos 2<br />

períodos (veja a alínea seguinte para saber as condições exactas<br />

em que o consumidor consome o mesmo nos 2 períodos, i.e.,<br />

alisa o consumo). ρ não po<strong>de</strong> ser inferior a −1 pois nesse caso o<br />

consumo no futuro seria consi<strong>de</strong>rado um mal económico, o que<br />

não é razoável quando trabalhamos em termos agregados.<br />

b)<br />

Max U(C 1 , C 2 ) = V (C 1 ) + V (C 2)<br />

1 + ρ<br />

C 1 + C 2<br />

1 + r<br />

= Y 1 + Y 2<br />

1 + r<br />

em que V (C 1,2 ) é uma função concava em C 1,2 .<br />

s.a. (1.5)<br />

Formaliza-se a


1.2. RESOLUÇÕES 9<br />

função <strong>de</strong> Lagrange para proce<strong>de</strong>r à maximização condicionada.<br />

De forma a po<strong>de</strong>r obter expressões para o consumo e para a poupança<br />

usa-se V (C 1,2 ) = log(C 1,2 ). Assim<br />

L = log(C 1 ) + log(C (<br />

2)<br />

1 + ρ + λ Y 1 + Y 2<br />

1 + r − C 1 − C )<br />

2<br />

1 + r<br />

(1.6)<br />

As condições <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m para a maximização são as seguintes:<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⎪⎩<br />

∂Ξ<br />

∂C 1<br />

= 0<br />

∂Ξ<br />

∂C 2<br />

= 0<br />

∂Ξ<br />

= 0 ∂λ<br />

⇔<br />

⇔<br />

⇔<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⎪⎩<br />

{<br />

1<br />

C 1<br />

(1+r)<br />

(1+ρ)C 2<br />

= λ<br />

= λ<br />

Y 1 + Y 2<br />

1+r − C 1 − C 2<br />

1+r = 0<br />

C 2<br />

C 1<br />

= (1+r)<br />

(1+ρ)<br />

Y 1 + Y 2<br />

= C 1+r 1 + C 2<br />

1+r<br />

⎧ ( ) (Y1 )<br />

⎨<br />

1+ρ<br />

C 1 = + Y 2<br />

2+ρ<br />

1+r<br />

( ) (Y1 ) (1.7)<br />

⎩ C 2 = + Y 2<br />

Mostra-se que se a utilida<strong>de</strong> for aditiva e a taxa <strong>de</strong> juro real (benefício<br />

<strong>de</strong> consumir no futuro) for igual à taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal<br />

(custo <strong>de</strong> consumir no futuro) então o consumo será<br />

igual em todos os períodos (C 1 = C 2 ; para isso basta fazer r = ρ em<br />

(1.7)). Isto correspon<strong>de</strong> ao alisamento do consumo que é vísivel<br />

nos dados.<br />

1+r<br />

2+ρ<br />

Mostra-se evidência <strong>de</strong>ste alisamento, recordandose<br />

o que se disse na aula anterior.<br />

1+r<br />

Dedução da Função Poupança.<br />

Interpretação da Função Poupança. Depois <strong>de</strong> recordar<br />

que nos dados o consumo é persistente, <strong>de</strong>terminam-se as<br />

condições que terão que ser impostas para que haja alisamento do<br />

consumo. Preocupamo-nos com a poupança corrente S 1 = Y 1 −C 1 =<br />

1<br />

Y 2+ρ 1 − 1+ρ Y 2<br />

2+ρ 1+r<br />

. Assim, a poupança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> positivamente do rendimento<br />

presente e negativamente do rendimento futuro, negativamente<br />

da txa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal e positivamente da<br />

taxa <strong>de</strong> juro.


10<br />

CAPÍTULO 1. CONSUMO<br />

Solução 7 a) Apresenta-se o padrão <strong>de</strong> rendimento esperado (Y e<br />

i )<br />

e o padrão <strong>de</strong> rendimento realmente verificado (Y i ) na seguinte<br />

tabela:<br />

i 1 2 3 4<br />

Yi e 100 120 130 150<br />

Y i 100 130 91 200<br />

b) Uma vez que a função <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> é aditiva e a taxa <strong>de</strong><br />

juro real é igual à taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal, sabemos que o<br />

agente alisa completamente o consumo, pelo que po<strong>de</strong>mos resolver<br />

o problema recorrendo apenas à restrição orçamental intertemporal.<br />

No 1 o periodo ele consome<br />

C(1 +<br />

1<br />

1 + 0.05 + 1<br />

(1 + 0.05) 2 + 1<br />

120<br />

3<br />

) = 100 +<br />

(1 + 0.05) 1 + 0.05 + 130<br />

(1 + 0.05) 2 + 150<br />

(1 + 0.05) 3<br />

⇔ C 1 = 119.6492; S 1 = 100 − 119.6492 = −19.6492<br />

No segundo período ele refaz as suas contas <strong>de</strong>vido ao aumento<br />

<strong>de</strong> salário inesperado:<br />

C(1 +<br />

1<br />

1 + 0.05 + 1<br />

130<br />

2<br />

) = 130 +<br />

(1 + 0.05) 1 + 0.05 + 150<br />

2<br />

− 19.6492(1 + 0.05)<br />

(1 + 0.05)<br />

⇔ C 2 = 129.13; S 2 = 130 − 129.13 = 0.87<br />

No terceiro período ele refaz as suas contas <strong>de</strong>vido ao período<br />

<strong>de</strong> doença, também inesperado<br />

C(1 +<br />

1<br />

150<br />

) = 91 +<br />

1 + 0.05 1 + 0.05 − 19.6492(1 + 0.05)2 + 0.87(1 + 0.05)<br />

⇔ C 3 = 109.1526; S 3 = 91 − 109.1526 = −18.1526<br />

No ultimo periodo, vai consumir C 4 = 109.1526 + 50 = 159.1526 e vai<br />

poupar S 4 = 40.8474. S 1 (1 + r) 3 + S 2 (1 + r) 2 + S 3 (1 + r) + S 4 = 0<br />

c) Po<strong>de</strong>-se concluir que apenas variações inesperadas no rendimento<br />

conduzem a variações no consumo quando a função <strong>de</strong><br />

utilida<strong>de</strong> é aditiva e a taxa <strong>de</strong> juro real igual à taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto<br />

intertemporal.<br />

Assim, a explicação para a existência <strong>de</strong>


1.2.<br />

RESOLUÇÕES 11<br />

oscilações no consumo resi<strong>de</strong> na existência <strong>de</strong> variações inesperadas<br />

no rendimento.<br />

Solução 8 a) A estátua custará 20 × 1500 = 30000.<br />

b)<br />

Max U(C 1 , C 2 ) = log(C 1 ) + log(C 2)<br />

1 + ρ<br />

C 1 + C 2<br />

1 + r<br />

= Y 1 − T 1 + Y 2 − T 2<br />

1 + r<br />

s.a. (1.8)<br />

c) Estão reunidas as condições para ter alisamento do consumo<br />

(utilida<strong>de</strong> aditiva no consumo e taxa <strong>de</strong> juro real igual à<br />

taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal, logo C + C<br />

C =<br />

100−20+<br />

110−0<br />

1+0.1<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

= 94.28571.<br />

1+r<br />

= 100 − 20 +<br />

110−0<br />

1+0.1 ⇔<br />

d) Se o governo contrair divida para financiar a estátua, então<br />

não lança impostos no primeiro período T 1 = 0 e T 2 = (1 + r)G 1 ⇔<br />

T 2 = 1.1 × 20 = 22. Assim o cálculo do consumo inclui impostos<br />

no período 2 e não no período 1:<br />

100+ 88<br />

1+0.1<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

= 94.28571.<br />

C + C<br />

1+r<br />

= 100 +<br />

110−22<br />

1+0.1<br />

⇔ C =<br />

e) U = log(94.28571) + log(94.28571)<br />

1+0.01<br />

= 8.6794.<br />

f) U = log(94.28571) + log(94.28571)<br />

1+0.01<br />

= 8.6794.<br />

g) A equivalência Ricardiana diz-nos que o impacto no bemestar<br />

do lançamento <strong>de</strong> impostos é igual ao impacto do lançamento<br />

<strong>de</strong> dívida pública para fazer face a uma <strong>de</strong>terminada <strong>de</strong>spesa.<br />

Solução 9 c) Estão reunidas as condições para ter alisamento do<br />

consumo (utilida<strong>de</strong> aditiva no consumo e taxa <strong>de</strong> juro real igual<br />

à taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal, logo C + C<br />

C =<br />

100−20+<br />

110−0<br />

1+0.1<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

= 94.28571.<br />

1+r<br />

= 100 − 20 +<br />

110−0<br />

1+0.1 ⇔<br />

d) Se o governo contrair divida para financiar a estátua, então<br />

não lança impostos no primeiro período T 1 = 0 e T 2 = (1 + r)G 1 ⇔<br />

T 2 = 1.05 × 20 = 21. Assim o cálculo do consumo inclui impostos


12<br />

CAPÍTULO 1. CONSUMO<br />

no período 2 e não no período 1:<br />

100+ 89<br />

1+0.1<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

= 94.7619.<br />

C + C<br />

1+r<br />

= 100 +<br />

110−21<br />

1+0.1<br />

⇔ C =<br />

e) U = log(94.28571) + log(94.28571)<br />

1+0.01<br />

= 8.6794.<br />

f) U = log(94.7619) + log(94.7619)<br />

1+0.01<br />

= 8.6889.<br />

g) A equivalência Ricardiana não se verifica neste caso porque<br />

um dos seus pressupostos não se verifica, isto é a taxa <strong>de</strong> juro<br />

real a que o governo se financia não é i<strong>de</strong>ntica à taxa <strong>de</strong> juro à<br />

qual as famílias se financiam.<br />

Assim, sob o ponto <strong>de</strong> vista do<br />

bem estar das famílias, a dívida é preferível aos impostos.<br />

Solução 10 c) Estão reunidas as condições para ter alisamento do<br />

consumo (utilida<strong>de</strong> aditiva no consumo e taxa <strong>de</strong> juro real igual<br />

à taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal, logo C + C<br />

C =<br />

100−20+<br />

110−0<br />

1+0.1<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

= 94.28571.<br />

1+r<br />

= 100 − 20 +<br />

110−0<br />

1+0.1 ⇔<br />

d) Se o governo contrair divida para financiar a estátua, então<br />

não lança impostos no primeiro período T 1 = 0 e, como o estado<br />

lança impostosno período 3, T 3 = (1 + r) 2 G 1 ⇔ T 3 = 1.1 2 × 20 = 24.2.<br />

Assim o cálculo do consumo inclui impostos no período 3.<br />

entanto, como o horizonte temporal das famílias é <strong>de</strong> apenas 2<br />

períodos estes impostos não entrarão no cálculo do consumo dos<br />

agentes do período 1 (o periodo em que o Governo constrói a<br />

estátua).<br />

impostos: C + C<br />

1+r<br />

No<br />

Assim o consumo é calculado como se não houvesse<br />

110<br />

110<br />

100+ 1+0.1<br />

= 100 + ⇔ C = = 104.7619.<br />

1+0.1 1+ 1<br />

1+0.1<br />

e) U = log(94.28571) + log(94.28571)<br />

1+0.01<br />

= 8.6794.<br />

f) U = log(104.7619) + log(104.7619)<br />

1+0.01<br />

= 8.88050.<br />

g) A equivalência Ricardiana não se verifica neste caso porque<br />

um dos seus pressupostos não se verifica, isto é o horizonte temporal<br />

do estado é superior ao horizonte temporal das famílias.<br />

Assim, sob o ponto <strong>de</strong> vista do bem estar das famílias, a dívida<br />

é preferível aos impostos.


1.2.<br />

RESOLUÇÕES 13<br />

Solução 11 Tudo se passa como no exercício anterior uma vez que<br />

a taxa <strong>de</strong> imposto que os agentes incorporam no seu problema no<br />

segundo período é o imposto esperado que é 0.


14<br />

CAPÍTULO 1. CONSUMO


Capítulo 2<br />

Investimento<br />

2.1 Enunciados<br />

Exercício 12 O João quer agora consi<strong>de</strong>rar investir na produção<br />

<strong>de</strong> ovos. Claro que o objectivo final continua a ser aumentar a<br />

sua própria felicida<strong>de</strong>. Para isso tem que comprar Galinhas que,<br />

para todos o João, são as máquinas <strong>de</strong> produzir ovos. Se comprar<br />

I 1 Galinhas, o número <strong>de</strong> ovos que obtém é Y = I 0.5<br />

1 . Recor<strong>de</strong> que<br />

o João tem uma mesada <strong>de</strong> 100 em Setembro, mas já sabe que os<br />

pais a vão aumentar para 120 em Outubro. A taxa <strong>de</strong> juro real<br />

continua a ser <strong>de</strong> 10%. No fim do primeiro período sobrevivem<br />

75% das Galinhas adquiridas no período anterior.<br />

a) Formalize o novo problema do João, como Consumidor.<br />

Represente-o graficamente.<br />

b) Qual a forma como o João encara o problema <strong>de</strong> investir?<br />

O que ele vai fazer, como agente optimizador?<br />

c) Formalize o problema <strong>de</strong> investimento do João.<br />

d) Encontre o n o <strong>de</strong> Galinhas que o João vai comprar, o que<br />

é o mesmo que dizer, o montante do investimento que este vai<br />

realizar.<br />

15


16<br />

CAPÍTULO 2. INVESTIMENTO<br />

e) Encontre o n o <strong>de</strong> Ovos que o João vai produzir.<br />

f) Encontre o consumo e a utilida<strong>de</strong> do João. O João <strong>de</strong>ve<br />

investir?<br />

Exercício 13 O João pensa que se constituir uma empresa para<br />

gerir o negócio das galinhas em que ele é o único proprietário,<br />

po<strong>de</strong>rá vir a produzir mais ovos. Será que ele tem razão? Formalize<br />

o problema do investimento da empresa do João, <strong>de</strong>termine<br />

o n o <strong>de</strong> Galinhas que ela vai adquirir e o número <strong>de</strong> Ovos que vai<br />

produzir.<br />

Exercício 14 Qual o montante do Investimento, do Consumo e da<br />

Poupança no Reino dos Ovos <strong>de</strong> Ouro?<br />

Exercício 15 Admita que o João reparou que se soltasse as Galinhas<br />

num espaço aberto durante umas horas, as Galinhas produziam<br />

mais ovos. Com este método, um número <strong>de</strong> Galinhas igual<br />

a I 1 , o número <strong>de</strong> ovos que obtém é I 0.75<br />

1 . Em termos técnicos,<br />

o que se alterou na função <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> Ovos? Calcule o investimento,<br />

o consumo, a poupança e a utilida<strong>de</strong> do João neste<br />

caso.<br />

Exercício 16 O Reino dos Ovos <strong>de</strong> Ouro <strong>de</strong>cidiu aumentar a produção<br />

<strong>de</strong> Ovos, garantindo que por cada unida<strong>de</strong> monetária dispendida<br />

em Galinhas, o Governo <strong>de</strong>volve 0.1 unida<strong>de</strong>s monetárias. De<br />

que tipo <strong>de</strong> política se está a falar? Calcule o investimento, o<br />

consumo, a poupança e a utilida<strong>de</strong> do João neste caso.<br />

Exercício 17 Consi<strong>de</strong>re um cenário on<strong>de</strong> os investidores pensam<br />

em mais que 2 períodos antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidirem investir. Assuma<br />

agora que a produção não está apenas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos bens <strong>de</strong><br />

capital (como até aqui). Numa economia <strong>de</strong>ste tipo, os produtores


2.1. ENUNCIADOS 17<br />

<strong>de</strong> Ovos usam Galinhas (K), mas também usam mão <strong>de</strong> obra<br />

(L) para produzir ovos. Assim a produção <strong>de</strong> ovos é dada por<br />

Y = K 0.5 L 0.5 .<br />

a) Escreva a equação que <strong>de</strong>screve a relação entre o investimento<br />

e o capital físico, assumindo uma taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação δ.<br />

b) Formalize o problema do Investidor.<br />

c) Resolva o problema do Investidor e encontre a equação que<br />

permite calcular o investimento óptimo.<br />

d) No caso do número <strong>de</strong> galinhas inicial ser 1000 e o número<br />

<strong>de</strong> ovos produzido no plano óptimo ser 500, qual o investimento<br />

a realizar se a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação for 5% e a taxa <strong>de</strong> juro real<br />

for 10%.<br />

f) Enuncie o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> investimento <strong>de</strong> que se trata neste<br />

exercício.<br />

Exercício 18 Agora, face às incertezas da economia mundial, os<br />

produtores <strong>de</strong> Ovos não querem ajustar o seu número <strong>de</strong> Galinhas<br />

ao nível óptimo num único período. Assumindo que os investidores<br />

fazem o ajustamento a uma taxa <strong>de</strong> 70% em cada período e<br />

que os restantes dados necessários provém do exercício anterior,<br />

responda às seguintes questões.<br />

a) Encontre o investimento em Galinhas nos 5 primeiros períodos.<br />

b) Enuncie o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> investimento <strong>de</strong> que se trata neste<br />

exercício.<br />

Exercício 19 O João preten<strong>de</strong> agora expandir o seu negócio, fazendo<br />

cotar a sua empresa Ovos <strong>de</strong> Ouro, S.A no mercado <strong>de</strong><br />

capitais. O João apren<strong>de</strong>u que se calcular uma medida chamada<br />

‘q <strong>de</strong> Tobin’ po<strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir se compra mais Galinhas ou ven<strong>de</strong> Galinhas.<br />

a) O custo <strong>de</strong> cada Galinha é 1 u.m. Mostre que compreen<strong>de</strong><br />

que esta hipótese se mantem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o incio.


18<br />

CAPÍTULO 2. INVESTIMENTO<br />

b) Calcule o q <strong>de</strong> Tobin, se os dados do exercício anterior se<br />

mantiverem.<br />

2.2 Resoluções<br />

Solução 12 a)<br />

Max U(C 1 , C 2 ) = V (C 1 ) + V (C 2)<br />

1 + ρ<br />

C 1 + C 2<br />

1 + r<br />

s.a. (2.1)<br />

= W 1 = Y 1 − I 1 + Y 2 + I 0.5<br />

1 + (1 − δ)I 1<br />

1 + r<br />

em que V (C 1,2 ) é uma função concava em C 1,2 e em que r = 0.1;<br />

δ = 0.25; Y 1 = 100 e Y 2 = 120. O gráfico é o seguinte:<br />

C¡<br />

Y + F ( I ) + ( 1 -δ ) I<br />

Y¡<br />

Y -I<br />

Y<br />

C<br />

Figura 2: Representação Gráfica da Restrição Orçamental<br />

Intertemporal com Investimento<br />

b) O João, primeiro vai maximizar as suas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

consumo, i.e., vai escolher o investimento tal que o seu espaço


2.2.<br />

RESOLUÇÕES 19<br />

<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo seja máximo. Depois vai incorporar<br />

esse investimento óptimo na restrição orçamental intertemporal<br />

e maximizar a utilida<strong>de</strong> (como fazia antes, quando não investia).<br />

Isto significa que um problema do consumidor com investimento<br />

é resolvido em 2 fases: a primeira em que o consumidor maximiza<br />

a sua riqueza intertemporal (que é o mesmo que dizer que<br />

maximiza o espaço <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo) e a segunda<br />

em que o consumidor maximiza a utilida<strong>de</strong> sujeito a essa riqueza<br />

intertemporal já maximizada.<br />

c)<br />

d) ∂W 1<br />

∂I 1<br />

[<br />

Max I1 Y 1 − I 1 + Y ]<br />

2 + I1 0.5 + (1 − δ)I 1<br />

1 + r<br />

= 0 ⇔ −1 + 0.5I−0.5 1 +(1−δ)<br />

= 0 ⇔ 0.5I −0.5<br />

1+r 1 = r + δ ⇔ 0.5I1 −0.5 =<br />

= 0.7 ⇔ 1 = 0.7 I0.5 1 ⇔ I 1 = 2.041. A expressão 0.5I1 −0.5 = r + δ<br />

0.35 ⇔ 1<br />

I1<br />

0.5<br />

não é mais nem menos que a produtivida<strong>de</strong> marginal do capital<br />

(galinhas) na produção <strong>de</strong> ovos igualado ao custo marginal, constituido<br />

pelo custo <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investir e pelo custo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>preciação.<br />

e) A produção é I 0.5<br />

1 = 1.43.<br />

f) C + C<br />

120+1.43+(1−0.25)×2.041<br />

209. 74<br />

= 100 − 2.041 + ⇔ C = = 109.<br />

1+01. 1+0.1 1+ 1<br />

1+0.1<br />

86. Este é o consumo do João com investimento que é comparado<br />

com o consumo do João sem investimento (exercício do capítulo<br />

anterior) que era 109.52.<br />

Solução 13 O João não tem razão porque a abordagem ao investimento<br />

através do problema do consumidor é equivalente à abordagem<br />

do investimento através do problema da empresa. Assim,<br />

se o João <strong>de</strong>tivesse essa empresa a sua função do lucro seria<br />

π = I 0.5<br />

1 − rI 1 − δI 1 (2.2)


20<br />

CAPÍTULO 2. INVESTIMENTO<br />

pelo que o empresário proce<strong>de</strong>ria à maximização do lucro que se<br />

∂π<br />

faz da seguinte forma:<br />

∂I 1<br />

= 0 ⇔ 0.5I1 −0.5 = r + δ ⇔ 0.5I1 −0.5 = 0.35 ⇔<br />

(...) ⇔ I 1 = 2.041. Verifica-se assim que o nivel <strong>de</strong> investimento é<br />

igual seguindo o problema da empresa ou o problema da família.<br />

Solução 14 Se consi<strong>de</strong>rarmos que os jovens vivem no período 1 e<br />

os adultos no periodo 2, temos:<br />

C agregado = (C 1 + C 2 ) × 1000 = 1000 × 109.86 = 109860<br />

S agregado = S 1 × 700 = (100 − 2.041 − 109.89) × 700 = −8330.7<br />

I agregado = I 1 × 700 = 2.041 × 700 = 1428.571<br />

Solução 15 Formalização:<br />

[<br />

Max I1 Y 1 − I 1 + Y ]<br />

2 + I1 0.75 + (1 − δ)I 1<br />

1 + r<br />

Resolução:<br />

condição <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m:<br />

0.75I −0.25<br />

1 +(1−δ)<br />

= 0 ⇔ 0.75I −0.25<br />

1+r 1 = r + δ ⇔ 1<br />

I1<br />

0.25<br />

085. A produção é I 0.75<br />

da seguinte forma: C +<br />

C =<br />

211. 33<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

∂W 1<br />

∂I 1<br />

= 0 ⇔ −1 +<br />

= 0.35 ⇔ I 0.75 1 = ( 0.75<br />

0.35 )4 . = 21.<br />

1 = 21. 085 0.75 . = 9. 839 7. O consumo calcula-se<br />

C<br />

1+01.<br />

= 100 − 21.085 +<br />

120+9.8395+(1−0.25)×21.085<br />

1+0.1<br />

⇔<br />

. = 110. 7. O resultado mostra que o consumo é superior<br />

ao que acontecia com a função <strong>de</strong> produção anterior. Em termos<br />

técnicos o que se passou com a função <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> ovos foi<br />

um aumento da elasticida<strong>de</strong> do capital <strong>de</strong> 0.5 para 0.75. A poupança<br />

é S 1 = 100 − 21.085 − 110.7 = −31. 785. Finalmente a Utilida<strong>de</strong><br />

é log(110.7) + log(110.7)<br />

1+0.1<br />

= 8. 985 8.<br />

Atenção! 2.1 Mostre que a elasticida<strong>de</strong> do capital da função <strong>de</strong><br />

produção I α 1 é α.<br />

Solução 16 Formalização:<br />

[<br />

Max I1 Y 1 − I 1 + Y ]<br />

2 + I1 0.75 + (1 − δ)I 1 + χI 1<br />

1 + r<br />

on<strong>de</strong> χ = 0.1 é o benefício fiscal ao investimento.


2.2.<br />

RESOLUÇÕES 21<br />

Resolução:<br />

condição <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m:<br />

0.5I −0.5<br />

1 +(1−δ)+χ<br />

= 0 ⇔ 0.5I −0.5<br />

1+r 1 = r + δ − χ ⇔ 1<br />

I1<br />

0.5<br />

A produção é I 0.5<br />

∂W 1<br />

∂I 1<br />

= 0 ⇔ −1 +<br />

= 0.25 ⇔ I 0.5 1 = ( 0.5<br />

0.25 )2 = 4.<br />

1 = 2. O consumo calcula-se da seguinte forma:<br />

C +<br />

C<br />

120+2+(1−0.25)×4<br />

= 100−4+ ⇔ C = 209.64 . = 109. 81 O resultado<br />

1+01. 1+0.1 1+ 1<br />

1+0.1<br />

mostra que o consumo é superior ao que acontecia com sem o benefício<br />

fiscal χ. Em termos técnicos o que se passou com a função<br />

<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> ovos foi aparecimento da taxa <strong>de</strong> benefício fiscal<br />

ou da taxa <strong>de</strong> reserva fiscal. A poupança é S 1 = 100 − 4 − 109.81 =<br />

−13. 81 Finalmente a Utilida<strong>de</strong> é log(109. 81) +<br />

log(109. 81)<br />

1+0.1<br />

= 8. 970 3.<br />

Solução 17 a) K t+1 = I t + (1 − δ)K t<br />

b) O problema do investidor é o seguinte<br />

Max K<br />

π = K 0.5 L 0.5 − rK − δK − wL<br />

c) a condição <strong>de</strong> 1 a or<strong>de</strong>m foi ∂π<br />

∂K = 0 ⇔ 0.5Y<br />

K ∗ = r + δ ⇔ K ∗ = 0.5Y<br />

r+δ<br />

, on<strong>de</strong> K ∗ , indica o stock óptimo <strong>de</strong> capital físico.<br />

d) O stock óptimo <strong>de</strong> capital físico é então K ∗ = 0.5×500<br />

0.15<br />

= 1666.67.<br />

Se o capital fisico inicial é 1000, o investimento é I = K ∗ − (1 −<br />

δ)K t = 1666.67 − (1 − 0.05) × 1000 = 716. 67.<br />

Atenção! 2.2 Diga se o investimento calculado acima é bruto ou<br />

líquido. Justifique e calcule a variável <strong>de</strong> investimento (bruto ou<br />

líquido) que não está calculada.<br />

Solução 18 f) Este é o mo<strong>de</strong>lo do acelarador simples.<br />

Atenção! 2.3 Recorra às aulas teóricas para justificar o nome <strong>de</strong>ste<br />

mo<strong>de</strong>lo (ajuda: mostre que I L = a(Y ∗ − Y ) , em que a =<br />

α , on<strong>de</strong><br />

r+δ<br />

α é o exponte do capital na função <strong>de</strong> produção Y = K α L 1−α .<br />

Solução 19 a) I L 1 = 0.7(1666.67 − 1000) = 466. 67;<br />

I L 2 = 0.7(1666.67 − (1000 + 466.67)) = 140.0;


22<br />

CAPÍTULO 2. INVESTIMENTO<br />

I L 3 = 0.7(1666.67 − (1000 + 466.67 + 140)) = 42.0;<br />

I L 4 = 0.7(1666.67 − (1000 + 466.67 + 140 + 42)) = 12. 6;<br />

I L 5 = 0.7(1666.67 − (1000 + 466.67 + 140 + 42 + 12.6)) = 3. 78.<br />

b) Este é o mo<strong>de</strong>lo do Acelarador Flexível, on<strong>de</strong> o ajustamento<br />

para o stock <strong>de</strong> capital óptimo se faz gradualmente e on<strong>de</strong> 0.7 é<br />

precisamente o acelarador flexível.<br />

Solução 20 a) Equivalência entre a condição <strong>de</strong> equilibrio para o<br />

investimento <strong>de</strong>corrente da teoria do q <strong>de</strong> Tobin e a condição <strong>de</strong><br />

equilíbrio <strong>de</strong>terminada pelas teorias anteriores.<br />

T obin:<br />

q =<br />

valor da empresa na bolsa<br />

valor <strong>de</strong> reposição do capital<br />

Define-se q <strong>de</strong><br />

I<strong>de</strong>ntifica-se o valor <strong>de</strong> reposição <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capital físico<br />

com p K = 1. O valor da empresa na bolsa po<strong>de</strong> ser visto como o<br />

valor actual dos divi<strong>de</strong>ndos. Assumindo que se paga aos accionistas<br />

a produtivida<strong>de</strong> líquida do capital, isso seria P mg K −δ. Então<br />

o valor da empresa na bolsa seria dado por<br />

P mg K − δ<br />

+ P mg K − δ<br />

1 + r (1 + r) 2 + P mg K − δ<br />

(1 + r) 3 + ... =<br />

= P mg [<br />

K − δ<br />

1 + 1<br />

1 + r 1 + r + 1 ]<br />

1 + r + ... =<br />

[ ]<br />

= P mg K − δ 1<br />

1 + r 1 − 1 = P mg [ ]<br />

K − δ 1 + r<br />

1 + r r<br />

1+r<br />

= P mg K − δ<br />

r<br />

(2.3)<br />

Assim se q = 1, temos a condição <strong>de</strong> óptimo do investimento.<br />

b) q = P mg K−δ<br />

= 0.5Y<br />

K ∗ −δ<br />

= 0.5×500<br />

1666.67 −0.05<br />

r r<br />

0.1<br />

= 1. 0.<br />

Atenção! 2.4 Com base no exercício, explique <strong>de</strong>talhadamente o<br />

resultado da alínea b).


Capítulo 3<br />

Investimento, Poupança e<br />

Conta Corrente<br />

3.1 Enunciados<br />

Exercício 20 Consi<strong>de</strong>re uma economia fechada num mo<strong>de</strong>lo a dois<br />

períodos. Há dois tipos <strong>de</strong> consumidores A e B cujas preferências<br />

por consumo presente e futuro são representáveis pela seguinte<br />

função utilida<strong>de</strong>:<br />

U = log(C 1 ) + log(C 2)<br />

1 + ρ<br />

On<strong>de</strong> ρ = 1 é a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto subjectiva.<br />

A função <strong>de</strong><br />

produção da economia é dada por I 0.5<br />

1 , todo o capital se gasta no<br />

próprio período e o stock <strong>de</strong> capital inicial é nulo. A única distinção<br />

entre os dois tipos <strong>de</strong> consumidores resi<strong>de</strong> na sua dotação<br />

no início <strong>de</strong> cada período: para os consumidores tipo A é 30<br />

nos dois períodos, e para os consumidores tipo B é 60 nos dois<br />

períodos. Há 300 indivíduos do tipo A e 150 indivíduos do tipo<br />

B. A<br />

a) Determine o nível <strong>de</strong> investimento óptimo para cada tipo<br />

23


24CAPÍTULO 3. INVESTIMENTO, POUPANÇA E CONTA CORRENTE<br />

<strong>de</strong> agente supondo que não há restrições <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z e o nível <strong>de</strong><br />

Investimento Agregado da economia.<br />

b) Determine o nível <strong>de</strong> poupança individual e agregado da<br />

economia.<br />

c) Faça um esboço das curvas da Poupança e do investimento<br />

Agregado. Interprete-as.<br />

d) Determine a taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> equilíbrio.<br />

e) Um jornal <strong>de</strong>ste país abriu a sua edição <strong>de</strong> hoje com a<br />

seguinte notícia: “Com uma taxa <strong>de</strong> juro tão elevada, o consumo<br />

vai cair nos próximos meses”. Comente a afirmação (máx: 2<br />

linhas). (ajuda: use o resultado da alínea b) para o auxiliar na<br />

resposta).<br />

f) Usando a taxa <strong>de</strong> juro encontrada calcule o valor <strong>de</strong> C 1<br />

(Consumo no primeiro período) e <strong>de</strong> W 1<br />

actualizada) referentes à economia <strong>de</strong>ste país.<br />

(Riqueza permanente<br />

g) Suponha agora que a economia po<strong>de</strong> ser a<strong>de</strong>quadamente<br />

representada por uma função <strong>de</strong> consumo do tipo keynesiano<br />

C 1 = 5590 + 0.8W 1 − 750i . Com os dados da alínea anterior calcule<br />

i. Indique o que torna r diferente <strong>de</strong> i?<br />

3.2 Resoluções<br />

Solução 21 a) O nível <strong>de</strong> investimento óptimo provém da expressão<br />

P mg K = r + δ, o que equivale a 0.5I −0.5<br />

1 = r + 1 ⇔ I 1 = ( 0.5<br />

1+r) 2<br />

. Então<br />

o investimento agregado é I agregado = 450 × 0.25/ (1 + r) 2 . = 112. 5<br />

(1+r) 2<br />

b) O problema do consumidor tem que ser resolvido através da<br />

implementação da função <strong>de</strong> lagrange, uma vez que a condição<br />

r = ρ não é necessariamente verificada. Assim, as funções consumo<br />

são equivalentes às encontradas no exercício 6 do capítulo<br />

1:


3.2.<br />

RESOLUÇÕES 25<br />

(<br />

C 1 =<br />

(<br />

C 2 =<br />

1+ρ<br />

2+ρ<br />

1+r<br />

2+ρ<br />

) (Y 1 − I 1 + Y 2+I1<br />

0.5<br />

1+r<br />

) (Y 1 − I 1 + Y 2+I 0.5<br />

1<br />

1+r<br />

)<br />

) ⇔ C 1 = ( 2<br />

3<br />

C 2 = ( 1+r<br />

3<br />

) ( Y 1 − I 1 + Y 2+I 0.5<br />

1<br />

1+r<br />

) ( Y 1 − I 1 + Y 2+I 0.5<br />

1<br />

1+r<br />

Assim os consumidores A terão os seguintes consumos:<br />

C1 A = ( ) ( )<br />

2<br />

30 − I<br />

3<br />

1 + 30+I0.5 1<br />

1+r<br />

C A 2 = ( 1+r<br />

3<br />

) ( 30 − I 1 + 30+I0.5 1<br />

1+r<br />

Para os consumidores B, o consumo será<br />

C1 B = ( ) ( )<br />

2<br />

60 − I<br />

3<br />

1 + 60+I0.5 1<br />

1+r<br />

C B 2 = ( 1+r<br />

3<br />

) ( 60 − I 1 + 60+I0.5 1<br />

1+r<br />

O nível <strong>de</strong> consumo agregado é<br />

( 2<br />

C Agregado = 300 ×<br />

(30 − I 1 +<br />

3)<br />

⇔ C Agregado = 200<br />

(30 − I 1 +<br />

)<br />

)<br />

30 + I0.5 1<br />

1 + r<br />

30 + I0.5 1<br />

1 + r<br />

⇔ C Agregado = 12000 + 12000<br />

1 + r + 300 ( 112.5<br />

0.5<br />

⇔ C Agregado = 12000<br />

)<br />

(<br />

1 + 1<br />

1 + r<br />

) ( 2<br />

+ 150 ×<br />

(60 − I 1 +<br />

3)<br />

+ 100<br />

(60 − I 1 +<br />

)<br />

)<br />

)<br />

60 + I0.5 1<br />

⇔<br />

1 + r<br />

(1 + r) 2 − 112.5 )<br />

(1 + r) 2 ⇔<br />

) ( )<br />

1<br />

− 101.89<br />

(1 + r) 2<br />

)<br />

60 + I0.5 1<br />

⇔<br />

1 + r<br />

A poupança agregada é S Agregada = Y Agregado − I Agregado − C Agregado ,<br />

ficando então:<br />

S Agregada =<br />

)<br />

(18000 + 112.50.5<br />

(1 + r) 2 − 112.5 (<br />

(1 + r) 2 − 12000 1 + 1<br />

⇔ S Agregada = 18000 − 12000<br />

(<br />

1 + 1<br />

1 + r<br />

⇔ S Agregada = 6000 − 12000<br />

1 + r<br />

1 + r<br />

)<br />

⇔<br />

)<br />

( )<br />

1<br />

+ 101.89<br />

(1 + r) 2 ⇔<br />

c) Gráfico:


26CAPÍTULO 3. INVESTIMENTO, POUPANÇA E CONTA CORRENTE<br />

r<br />

S<br />

r*<br />

I<br />

S*, I*<br />

S, I<br />

Figura 3: Representação Gráfica Poupana e Investimento<br />

d) A taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> equilíbrio em economia fechada é tal que<br />

S Agregada = I Agregado , então vem<br />

6000 − 12000<br />

1 + r = 112.5<br />

(1 + r) 2 ⇔<br />

⇔ 6000 (1 + r) 2 − 12000(1 + r) − 112.5 = 0<br />

⇔ 6000(1 + 2r + r 2 ) − 12000 − 12000r − 112.5 = 0<br />

6000r 2 − 6112.5 = 0 ⇔<br />

r = 1. 0093<br />

e) Com uma taxa <strong>de</strong> juro tão elevada o consumo não cairá no<br />

horizonte temporal do consumidor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que este tenha previsto<br />

correctamente a taxa <strong>de</strong> juro. Apenas alterações inesperadas na<br />

taxa <strong>de</strong> juro levam a oscilações no consumo.<br />

f) C Agregado = 12000 ( ) (<br />

1<br />

1 +<br />

1+1. 0093 − 101.89<br />

I Agregado<br />

1 = 112.5 = 27. 865<br />

(1+1.0093)<br />

(<br />

2<br />

W Agregado<br />

1 = 300× 30 − 27. 865 + 30+√ 27. 865<br />

1+1. 0093<br />

15601.<br />

)<br />

1<br />

(1+1. 0093) 2<br />

) (<br />

+150×<br />

= 17947;<br />

60 − 27. 865 + 60+√ 27. 865<br />

1+1. 0093<br />

)<br />

=


3.2.<br />

RESOLUÇÕES 27<br />

g) C 1 = 5590 + 0.8W 1 − 750i ⇔ 17947 = 5590 + 0.8 × 15601 − 750i ⇔<br />

750i = 5590 + 0.8 × 15601 − 17947 ⇔<br />

⇔ i = 5590+0.8×15601−17947<br />

750<br />

= . 165 07. O que diferencia a taxa <strong>de</strong> juro<br />

nominal (i) da taxa <strong>de</strong> juro real (r) é a taxa <strong>de</strong> inflação (i = r+<br />

π) que neste caso seria π = 0.16507 − 1.0093 = −. 844 23 (situação <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>flação).


28CAPÍTULO 3. INVESTIMENTO, POUPANÇA E CONTA CORRENTE


Capítulo 4<br />

Procura <strong>de</strong> Moeda<br />

4.1 Enunciados<br />

Exercício 21 Consi<strong>de</strong>re agora que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Baumol-Tobin que<br />

explica a procura <strong>de</strong> moeda com a existência <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> transacção<br />

se aplica ao Reino dos Ovos <strong>de</strong> Ouro. Note que este mo<strong>de</strong>lo<br />

parte da hipótese <strong>de</strong> que cada agente tem um custo efectivo<br />

<strong>de</strong> fazer cada transacção e tem um custo <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter<br />

moeda. Recor<strong>de</strong> ainda que, dadas as hipóteses do mo<strong>de</strong>lo,<br />

cada indivíduo <strong>de</strong>tém M*/2, em que M* é o montante <strong>de</strong> cada<br />

levantamento.<br />

a) Explique porque é que M d = M ∗ /2.<br />

b) Nesta pequena economia não existe nenhum banco ou mercado<br />

financeiro. O banco mais próximo, on<strong>de</strong> os agentes po<strong>de</strong>m<br />

comprar e ven<strong>de</strong>r títulos <strong>de</strong> dívida sem risco (que pagam 20% <strong>de</strong><br />

juros), fica no vizinho Reino das Pantufas Iludidas, a 100 Km <strong>de</strong><br />

distância da capital. O bilhete <strong>de</strong> comboio - o meio <strong>de</strong> transporte<br />

mais barato até ao banco - custa 30% do salário mensal (Y) <strong>de</strong><br />

cada trabalhador. Para ir ao banco, cada pessoa per<strong>de</strong> dois dias<br />

<strong>de</strong> trabalho o que representa uma perda média <strong>de</strong> 10% do salário<br />

29


30<br />

CAPÍTULO 4. PROCURA DE MOEDA<br />

mensal. Formalize o problema do agente em relação ao stock<br />

óptimo <strong>de</strong> moeda, i<strong>de</strong>ntificando todos os seus componentes.<br />

c) Calcule o stock óptimo <strong>de</strong> moeda.<br />

d) O Gran<strong>de</strong> Pantufa propõe ao Rei dos Ovos <strong>de</strong> Ouro instalar<br />

uma <strong>de</strong>pendência do Banco das Pantufas no reino <strong>de</strong>ste, com a<br />

condição <strong>de</strong> cobrar um custo <strong>de</strong> transacção <strong>de</strong> 10% do rendimento<br />

<strong>de</strong> cada trabalhador. O Reino dos Ovos <strong>de</strong> Ouro é tão pequeno,<br />

que o custo em tempo <strong>de</strong> se <strong>de</strong>slocar ao banco passaria a ser<br />

negligenciável. Calcule o stock óptimo <strong>de</strong> moeda neste caso.<br />

e) Verifique se a proposta é aceite.<br />

Exercício 22 Suponha um indivíduo que trabalha H horas por mês<br />

recebendo um rendimento mensal Y que preten<strong>de</strong> gastar uniformemente<br />

ao longo <strong>de</strong>sse período. O montante Y é recebido sob<br />

a forma <strong>de</strong> um <strong>de</strong>pósito a prazo com taxa <strong>de</strong> juro anual i. Por<br />

cada ida ao banco para fazer levantamentos o indivíduo per<strong>de</strong><br />

meia hora e gasta k num bilhete <strong>de</strong> autocarro, pagando ainda c<br />

<strong>de</strong> encargos bancários (custo <strong>de</strong> conversão).<br />

a) Deduza a expressão da procura <strong>de</strong> moeda por motivo <strong>de</strong><br />

transacções e explicite o tra<strong>de</strong>-off entre o custo e o benefício<br />

marginais das conversões <strong>de</strong>pósito-numerário.<br />

b) Calcule a elasticida<strong>de</strong> rendimento da procura <strong>de</strong> moeda e<br />

explique a intuição subjacente à diferença face ao resultado habitual<br />

(1/2).<br />

d) Se Y=660, H=125, k=1 e c=0.485, calcule o montante <strong>de</strong><br />

cada levantamento M ∗ , a procura <strong>de</strong> moeda M d e o número <strong>de</strong><br />

levantamentos (n), sabendo também que a taxa <strong>de</strong> juro nominal<br />

é igual a 5% (i=0.05).


4.2.<br />

RESOLUÇÕES 31<br />

4.2 Resoluções<br />

Solução 22 a) Dadas as hipóteses do mo<strong>de</strong>lo, nomeadamente a<br />

<strong>de</strong> que o agente recebe o seu rendimento no activo menos líquido<br />

(conta bancária) e faz levantamentos todos no mesmo montante,<br />

sendo a sua <strong>de</strong>spesa homógenea (linear) ao longo do tempo, se o<br />

seu levantamento for <strong>de</strong>signado por M ∗ então M ∗ /2 é o montante<br />

médio <strong>de</strong> moeda que o agente <strong>de</strong>tém, o que <strong>de</strong>signamos <strong>de</strong> procura<br />

<strong>de</strong> moeda.<br />

b) O enunciado dá-nos os seguintes dados: a taxa <strong>de</strong> juro<br />

nominal, i = 0.20, os custos <strong>de</strong> transação sendo compostos pelo<br />

custo da viagem e do dia perdido P b = 0.3Y + 0.1Y = 0.4Y, sendo<br />

Y o seu rendimento. Assim, po<strong>de</strong>mos formular o problema do<br />

consumidor relativamente à <strong>de</strong>tenção <strong>de</strong> moeda:<br />

Min M ∗<br />

CT = (0.4Y ) Y<br />

M ∗<br />

+ 0.2 M ∗<br />

2<br />

c) Esta expressão será minimizada relativamente a M ∗ , sendo<br />

a seguinte a condição <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m do problema <strong>de</strong> minimização:<br />

∂CT<br />

2<br />

∂M = −0.4Y ∗ M + 0.1 = 0 ⇔<br />

∗2<br />

⇔ 0.4Y 2<br />

= 0.1 ⇔ M ∗2 = 4Y 2 ⇔<br />

M ∗2<br />

⇔ M ∗ = 2Y<br />

d) Neste caso P b = 0.1Y e a função custos a minimizar seria<br />

(0.1Y )Y<br />

M ∗<br />

CT = +0.2 M ∗<br />

. Esta expressão será minimizada relativamente<br />

2<br />

a M ∗ , sendo a seguinte a condição <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m do problema


32<br />

CAPÍTULO 4. PROCURA DE MOEDA<br />

<strong>de</strong> minimização:<br />

∂CT<br />

2<br />

∂M = −0.1Y ∗ M + 0.1 = 0 ⇔<br />

∗2<br />

⇔ 0.1Y 2<br />

= 0.1 ⇔ M ∗2 = 1Y 2 ⇔<br />

M ∗2<br />

⇔ M ∗ = Y<br />

e) Para verificar se os habitantes do Reino dos Ovos <strong>de</strong> Ouro<br />

ficam melhores com a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ncia do banco no local temos que<br />

comparar os custos totais na primeira com os custos totais na<br />

primeira situação. A situação com os menores custos totais é a<br />

melhor.<br />

Situação Inicial: Banco no Reino das Pantufas<br />

CT P = (0.4Y ) Y<br />

2Y<br />

+ 0.2 2Y 2<br />

= 0.2Y + 0.2Y = 0.4Y<br />

Situação Final: Banco no Reino dos Ovos <strong>de</strong> Ouro<br />

CT OO = (0.1Y ) Y<br />

Y<br />

+ 0.2 Y 2<br />

= 0.1Y + 0.1Y = 0.2Y<br />

Assim como CT OO < CT P porque 0.2Y < 0.4Y , então o Rei dos<br />

Ovos <strong>de</strong> Ouro a pensar no seu povo aceita a proposta.<br />

Solução 23 a) O principal aspecto do enunciado <strong>de</strong>ste problema é<br />

que o custo <strong>de</strong> transação tem diversas componentes:<br />

P b = 0.5× Y +k +c. A expressão da procura <strong>de</strong> moeda é <strong>de</strong>duzida<br />

H<br />

através da minimização da seguintes função <strong>de</strong> custos: CT =


4.2.<br />

RESOLUÇÕES 33<br />

(0.5× Y H +k+c )Y<br />

M ∗<br />

+ i M ∗<br />

, cuja condição <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m é a seguinte:<br />

2<br />

⎛<br />

b) A elasticida<strong>de</strong> é ∂M D<br />

∂Y<br />

⎝ ( 0.5 Y H +k+c )Y +0.5 Y 2<br />

H<br />

2i<br />

(<br />

∂CT 0.5 ×<br />

Y<br />

∂M = − + k + c) Y<br />

H<br />

+ i ∗ M ∗2 2 = 0 ⇔<br />

(<br />

0.5 ×<br />

Y<br />

H<br />

⇔<br />

+ k + c) Y<br />

= i ⇔<br />

} M{{ ∗2<br />

} }{{} 2<br />

Bmg = Cmg<br />

⇔ M ∗2 = 2 ( 0.5 × Y + k + c) Y<br />

H<br />

⇔<br />

√<br />

i<br />

⇔ M ∗ 2 ( 0.5 × Y H<br />

=<br />

+ k + c) Y<br />

i<br />

√ (0.5<br />

⇒ M D = M ∗ ×<br />

Y<br />

2 = + k + c) Y<br />

H<br />

2i<br />

⎞<br />

⎠<br />

) = 1<br />

(0.5×<br />

H Y +k+c )Y 2<br />

2i<br />

(<br />

1 +<br />

Y<br />

M D = 1 2<br />

( Y<br />

H +k+c<br />

2i<br />

) ( (0.5× Y H +k+c )Y<br />

2i<br />

) −1/2<br />

Y<br />

)<br />

(0.5×<br />

H Y 1/2 =<br />

+k+c )Y<br />

)<br />

0.5 Y 2<br />

H<br />

> 1. A elasticida<strong>de</strong>-rendimento<br />

(0.5× Y H +k+c )Y 2<br />

da procura <strong>de</strong> moeda é superior ao valor habitual <strong>de</strong> 1/2 porque<br />

neste caso o custo <strong>de</strong> transação também <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do rendimento<br />

o que torna a procura <strong>de</strong> moeda mais sensivel a oscilações no<br />

rendimento.<br />

d) Y=660, H=125, k=1 e c=0.485; M ∗ =<br />

√<br />

330.0; M D 2(0.5×<br />

=<br />

660<br />

125 +1+0.485 )660<br />

= 165.0 e<br />

4∗0.05<br />

n = Y = 660 = 2.<br />

M ∗ 330.0<br />

√<br />

2(0.5× 660<br />

125 +1+0.485 )660<br />

0.05<br />

=<br />

2i


34<br />

CAPÍTULO 4. PROCURA DE MOEDA


Capítulo 5<br />

Mo<strong>de</strong>lo IS-LM em Economia<br />

Fechada e Procura Agregada<br />

5.1 Enunciados<br />

Exercício 23 Consi<strong>de</strong>re uma economia que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrita pelas<br />

seguintes equações:<br />

C = 0.8(1 − t)Y<br />

t = 0.25<br />

I = 900 − 50i<br />

G = 800<br />

L d = 0.25Y − 62.5i<br />

M/P = 500<br />

(i está medido em percentagem. Por exemplo, i=5 equivale a<br />

uma taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> 5%)<br />

1) a) Qual a equação que <strong>de</strong>screve a curva IS?<br />

b) Qual a <strong>de</strong>finição da curva IS?<br />

c) Qual a equação que <strong>de</strong>screve a curva LM?<br />

35


36CAPÍTULO 5. MODELO IS-LM EM ECONOMIA FECHADA E PROCURA AGREGADA<br />

d) Qual a <strong>de</strong>finição da curva LM?<br />

e) Quais os níveis <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> rendimento e taxa <strong>de</strong> juro?<br />

f) Descreva as condições que estão satisfeitas na intersecção<br />

da curva IS com a LM e diga por que razão é que este é um ponto<br />

<strong>de</strong> equilíbrio.<br />

2) a) Qual a medida do <strong>de</strong>slocamento da IS <strong>de</strong>vido a uma<br />

variação dos gastos do Estado, para uma taxa <strong>de</strong> juro constante?<br />

b) Qual a alteração do rendimento <strong>de</strong> equilibrio <strong>de</strong>vido a uma<br />

variação dos gastos do Estado neste mo<strong>de</strong>lo?<br />

Explique a diferença<br />

em relação ao valor obtido em a) e relacione-a com o conceito<br />

<strong>de</strong> crowding-out.<br />

c) De quanto é que uma variação dos gastos do Estado afecta<br />

a taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> equilíbrio?<br />

d) Como é que um aumento da taxa <strong>de</strong> impostos afecta a curva<br />

IS? Como é que afecta os níveis <strong>de</strong> equilíbrio do rendimento e da<br />

taxa <strong>de</strong> juro?<br />

e) Qual o impacto <strong>de</strong> uma variação da oferta real <strong>de</strong> moeda<br />

sobre o rendimento <strong>de</strong> equilibrio?<br />

f) Se, no seguimento <strong>de</strong> uma variação dos gastos do Estado, as<br />

autorida<strong>de</strong>s monetárias quiserem manter a taxa <strong>de</strong> juro constante<br />

<strong>de</strong> quanto é que têm que alterar a oferta real <strong>de</strong> moeda?<br />

Exercício 24 A Republica das Rosas é uma economia fechada em<br />

que o estado não tem receitas nem <strong>de</strong>spesas. Admita que esta economia<br />

po<strong>de</strong> ser a<strong>de</strong>quadamente representada pelo seguinte mo<strong>de</strong>lo<br />

macroeconómico. Em que é o rendimento permanente que é uma<br />

média pon<strong>de</strong>rada do rendimento presente (Y) e do rendimento


5.1. ENUNCIADOS 37<br />

futuro (Y f ).<br />

C = 100 + 0.8Y dp<br />

I = 30 − 350i<br />

G = 5<br />

M/P = 2500/1<br />

L d = 20Y − 0.5i<br />

Y dp = 0.6Y + 0.4Y f<br />

Y f = 1.08Y<br />

a) Enuncie o mo<strong>de</strong>lo em termos dos parâmetros usuais, encontrando<br />

expressões para a IS e a LM em função <strong>de</strong>sses parâmetros.<br />

b) Encontre expressões para o rendimento e taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong><br />

equilíbrio.<br />

c) Encontre os valores para o rendimento e taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong><br />

equilíbrio.<br />

d) Assuma que os preços subiram 20%, o que tem que acontecer<br />

à emissão monetária para que os valores calculados na alínea<br />

c) não se alterem? E se os preços se alterassem 20% e a oferta<br />

nominal <strong>de</strong> moeda não se alterasse, o que aconteceria aos valores<br />

<strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> rendimento e taxa <strong>de</strong> juro? Represente graficamente<br />

a situação inicial e as alterações efectuadas. Quantifique.<br />

e) Interprete as equações (6) e (7) do enunciado, à luz da<br />

teoria do consumo.<br />

f) Imagine agora que o estado preten<strong>de</strong> aumentar as <strong>de</strong>pesas<br />

públicas em 10. u.m.. Assumindo que o Governo paga essas<br />

<strong>de</strong>spesas através da criação <strong>de</strong> um imposto no mesmo valor, recalcule<br />

o novo equilíbrio macroeconómico.<br />

g) Assuma agora que o estado contrai uma dívida (que terá<br />

que pagar no futuro). Assuma que paga por essa dívida uma taxa


38CAPÍTULO 5. MODELO IS-LM EM ECONOMIA FECHADA E PROCURA AGREGADA<br />

fixa <strong>de</strong> i, quando proce<strong>de</strong>r à regularização da dívida. Re-calcule o<br />

novo equilíbrio macroeconómico.<br />

5.2 Resoluções<br />

Solução 24 1 a) A curva IS <strong>de</strong>duz-se da seguinte forma, começando<br />

por escrever o produto pela óptica da <strong>de</strong>spesa,<br />

Y = P A = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = 0.8(1 − t)Y + 900 − 50i + 800 + 0 ⇔<br />

⇔ Y (1 − 0.8(1 − 0.25)) = 1700 − 50i ⇔<br />

⇔ Y = 4250 − 125i<br />

b) A curva IS dá-nos as combinações <strong>de</strong> rendimento (Y) e taxa<br />

<strong>de</strong> juro nominal (i) que mantém o mercado <strong>de</strong> bens e serviços<br />

(real) em equilíbrio.<br />

c) Para encontrar a curva LM, iguala-se a procura à oferta<br />

<strong>de</strong> moeda:<br />

500 = 0.25Y − 62.5i ⇔<br />

⇔ Y = 2000 + 250i<br />

d) A curva LM dá-nos as combinações <strong>de</strong> rendimento (Y) e<br />

taxa <strong>de</strong> juro nominal (i) que mantém o mercado <strong>de</strong> monetário<br />

em equilíbrio.<br />

e) Os níveis <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> rendimento e taxa <strong>de</strong> juro obtémse<br />

resolvendo um sistema <strong>de</strong> equações entre a IS e a LM:<br />

{ Y = 4250 − 125i<br />

Y = 2000 + 250i<br />

{<br />

⇔<br />

⇔<br />

{<br />

375i = 2250<br />

− − − − − − − − −− ⇔<br />

{ 2000 + 250i = 4250 − 125i<br />

− − − − − − − − −−<br />

⇔<br />

i = 6<br />

Y = 2000 + 250(6) = 3500


5.2.<br />

RESOLUÇÕES 39<br />

f) É um equilibrio macroeconómico (do lado da procura) porque<br />

quer o mercado real quer o mercado monetário estão em<br />

equilíbrio.<br />

2 a) A expressão geral da IS seria:<br />

Y =<br />

1 ( )<br />

A − bi<br />

1 − c(1 − t)<br />

em que A = C + I + G é a soma das componentes autónomas do<br />

consumo, investimento e gastos públicos, c é a propensão marginal<br />

a consumir, t a taxa marginal <strong>de</strong> imposto e b a sensibilida<strong>de</strong><br />

do investimento à taxa <strong>de</strong> juro nominal.<br />

1<br />

= 2.5.<br />

1−0.8(1−0.25)<br />

Logo ∆Y<br />

∆G = 1<br />

1−c(1−t)<br />

=<br />

1<br />

Atenção! 5.1 Para obter a expressão Y = A <strong>de</strong>ve resolver o<br />

1−c(1−t)<br />

mo<strong>de</strong>lo substituido os números pelos parametros habituais (para<br />

ver os parâmetros habituais consulte as aulas teóricas).<br />

Para<br />

consultar uma resolução com base nos parametros veja o exercício<br />

seguinte.<br />

Solução 25 b) A expressão do rendimento <strong>de</strong> equilíbrio seria:<br />

Y =<br />

(<br />

1<br />

A + b/h M 1 − c(1 − t) + bk/h P<br />

em que M é a oferta real <strong>de</strong> moeda, k é a sensibilida<strong>de</strong> da procura<br />

P<br />

<strong>de</strong> moeda ao rendimento, h a sensibilida<strong>de</strong> da procura <strong>de</strong> moeda à<br />

taxa <strong>de</strong> juro nominal. Logo ∆Y<br />

∆G = 1<br />

1−c(1−t)+bk/h = 1<br />

1−0.8(1−0.25)+50×0.25/62.5 =<br />

1. 666 7. A diferença entre os dois valores é o efeito crowding-out,<br />

que é ∆Y = (2.5−1.6667)∆G, i.e. é a diferença entre os efeitos que<br />

um aumento dos gastos do estado teriam numa situação em que<br />

a taxa <strong>de</strong> juro nominal permanecesse constante (alínea a)) e o<br />

efeito que teriam numa situação em que a taxa <strong>de</strong> juro nominal<br />

se altera via mercado monetário.<br />

)


40CAPÍTULO 5. MODELO IS-LM EM ECONOMIA FECHADA E PROCURA AGREGADA<br />

Atenção! 5.2 Mostre que não existe efeito crowding-out sempre<br />

que a curva LM seja horizontal.<br />

Solução 26 c) A expressão para a taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> equilíbrio seria<br />

a seguinte:<br />

i =<br />

(<br />

k/h<br />

A + b/h M 1 − c(1 − t) + bk/h P<br />

)<br />

− 1/h M P<br />

Logo os gastos do estado teriam o seguinte efeito:<br />

∆i<br />

∆G =<br />

da expressão da IS em relação à taxa <strong>de</strong> imposto: ∆Y<br />

∆t<br />

rendimento <strong>de</strong> equilíbrio em relação à taxa <strong>de</strong> imposto:<br />

k/h<br />

1−c(1−t)+bk/h .<br />

d) Esse efeito é medido, respectivamente, através da <strong>de</strong>rivada<br />

= − c(A−bi)<br />

;do<br />

(1−c(1−t)) 2<br />

c A+b/h M<br />

P<br />

∆Y<br />

=<br />

∆t<br />

−<br />

; e da <strong>de</strong>rivada da expressão da taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong><br />

(1−c(1−t)+bk/h) 2<br />

equilíbrio em relação à taxa <strong>de</strong> imposto: ∆i<br />

∆t = − ck/h A+b/h M P<br />

b/h<br />

1−c(1−t)+bk/h .<br />

(1−c(1−t)+bk/h) 2 .<br />

e) ∆Y =<br />

∆ M P<br />

f) Sabe-se que no seguimento <strong>de</strong> uma variação dos gastos do<br />

estado, rendimento <strong>de</strong> equilíbrio e taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> equilíbrio variam<br />

da seguinte forma:<br />

b/h<br />

1<br />

∆Y = ∆G +<br />

1−c(1−t)+bk/h(<br />

∆ M = 1. 666 7∆G + 1.333∆ M 1−c(1−t)+bk/h ) P<br />

P<br />

k/h<br />

∆i =<br />

∆G + k/hb/h<br />

− 1/h ∆ M = 0.00666∆G − 0.010667∆ M 1−c(1−t)+bk/h 1−c(1−t)+bk/h P P<br />

Não querendo que a taxa <strong>de</strong> juro se altere ∆i = 0, logo 0 =<br />

0.00666∆G−0.010667∆ M P ⇔ 0.00666∆G = 0.010667∆ M P ⇔ ∆G = 1.6017∆ M P ,<br />

logo<br />

∆Y = 1. 666 7∆G+1.333∆ M P ⇔ ∆Y = 1. 666 7(1.6017∆ M P )+1.333∆ M P =<br />

4∆ M ⇔ ∆ M = 0.25∆Y . Então a alteração na oferta real <strong>de</strong> moeda<br />

P P<br />

vai ser 1/4 da variação no rendimento. Como exemplo se ∆G =<br />

16017, então ∆ M = 16017 = 10000 e ∆Y = 1. 666 7 × 16017 + 1.333 ×<br />

P 1.6017<br />

10000 = 40026. Chama-se a este tipo <strong>de</strong> política, política monetária<br />

<strong>de</strong> acomodação, uma vez que correspon<strong>de</strong> a uma politica monetária<br />

expansionista que se segue a uma política fiscal expansionista<br />

para evitar a subida da taxa <strong>de</strong> juro.


5.2.<br />

RESOLUÇÕES 41<br />

Solução 27 a)<br />

C = C + cY dp<br />

I = I − bi<br />

G = G<br />

M/P = M/P<br />

L d = kY − hi<br />

Y dp = aY + f(Y f − T (1 + i))<br />

Y f = gY<br />

em que<br />

C c I b G M/P k h a f g<br />

100 0.8 30 350 5 2500 20 0.5 0.6 0.4 1.08<br />

Atenção! 5.3 Pense como é que o enunciado <strong>de</strong>ste problema respeita<br />

a teoria do consumo estudada no capítulo 1.<br />

Solução 28 b) Para encontrar expressões para o rendimento e a<br />

taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> equilíbrio, primeiro <strong>de</strong>duzimos a curva IS:<br />

Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = C + cY dp + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y = C + c ( aY + f(Y f − T (1 + i) ) + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y = C + c (aY + fgY ) + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y (1 − c(a + fg)) = C + I − bi + G ⇔<br />

1 [ ]<br />

⇔ Y =<br />

C + I − bi + G ⇔<br />

(1 − c(a + fg))<br />

1 [ ] b<br />

⇔ Y =<br />

C + I + G −<br />

(1 − c(a + fg))<br />

(1 − c(a + fg)) i<br />

De seguida <strong>de</strong>duzimos a curva LM:<br />

M/P = kY − hi ⇔<br />

⇔ Y = 1 k M/P + h k i


42CAPÍTULO 5. MODELO IS-LM EM ECONOMIA FECHADA E PROCURA AGREGADA<br />

E por fim encontramos Y <strong>de</strong> equilíbrio resolvendo um sistema<br />

entre as duas equações, a da IS e a da LM:<br />

{ [ ]<br />

Y =<br />

1<br />

(1−c(a+fg)) C + I + G −<br />

b<br />

i<br />

(1−c(a+fg))<br />

Y = 1M/P + hi<br />

k k<br />

⇔<br />

⇔<br />

⇔<br />

{<br />

1<br />

k M/P + h k i = 1<br />

(1−c(a+fg))<br />

{ (<br />

h<br />

k +<br />

b<br />

(1−c(a+fg))<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⇔<br />

⎪⎩ Y =<br />

[<br />

C + I + G<br />

]<br />

−<br />

b<br />

(1−c(a+fg)) i<br />

− − − − − − − − − − − − −−<br />

)<br />

1<br />

i =<br />

(1−c(a+fg))<br />

− − − − − − − − − − − − −−<br />

1<br />

(1−c(a+fg))[C+I+G]−<br />

i =<br />

1 k M/P<br />

( h k + b<br />

(1−c(a+fg)))<br />

h/k<br />

(1−c(a+fg))[C+I+G]− h/k<br />

k M/P<br />

( h k + b<br />

(1−c(a+fg)))<br />

[<br />

C + I + G<br />

]<br />

−<br />

1<br />

k M/P<br />

+ 1 k M/P<br />

⇔<br />

⇔<br />

c) Para encontrar os valores do rendimento e da taxa <strong>de</strong> juro<br />

basta substituir os parametros pelos respectivos valores usando<br />

para isso o quadro construido na resposta a alínea a)<br />

Y =<br />

i =<br />

1<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)) [100+30+5]− 1<br />

20 ×2500<br />

( 0.5<br />

20 + 350<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)))<br />

0.5/20<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08))<br />

( 0.5<br />

20 + 350<br />

[100+30+5]−<br />

0.5/20<br />

20 ×2500<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)))<br />

+ 1 20<br />

= 0.323<br />

× 50 = 125.01<br />

d) Se os preços se alterassem 20%, para que os resultados da<br />

alínea anterior não se alterassem, a oferta nominal <strong>de</strong> moeda teria<br />

que alterar-se na mesma percentagem. Se os preços se alterarem<br />

e a moeda nominal se mantiver constante M/P 1 = 2500/1.2. =<br />

2083. 3 Então, os valores <strong>de</strong> equilíbrio serão:<br />

Y =<br />

i =<br />

0.5/20<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08))<br />

1<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)) [100+30+5]− 1<br />

20 ×2083.3<br />

( 0.5<br />

20 + 350<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)))<br />

0.5/20<br />

[100+30+5]− ×2083.3<br />

20<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)))<br />

( 0.5<br />

20 + 350<br />

= 0.33381<br />

+ 1 × 2083.333 = 104.18<br />

20<br />

Tal como se po<strong>de</strong> verificar pelo gráfico seguinte a taxa <strong>de</strong> juro<br />

nominal aumenta e o rendimento diminui, tal como aconteceria<br />

numa recessão monetária.<br />

Gráfico:


5.2.<br />

RESOLUÇÕES 43<br />

L M ’<br />

i<br />

L M<br />

0.33<br />

0.32<br />

I S<br />

10 4<br />

12 5<br />

Y<br />

Figura 4: Representação Gráfica do Mo<strong>de</strong>lo IS-LM com aumento <strong>de</strong><br />

Preos<br />

e) A equação (6) diz-nos que o rendimento permanente Y dp é<br />

uma média pon<strong>de</strong>rada do rendimento presente e futuro tal como<br />

prevê a teoria do rendimento permanente é Y f = 1.08Y p (equação<br />

7) diz-nos que se prevê um aumento <strong>de</strong> 8% para o rendimento<br />

futuro relativamente ao rendimento presente.<br />

f) Isso quer dizer que<br />

C = C + cY dp<br />

I = I − bi<br />

G = G<br />

M/P = M/P<br />

L d = kY − hi<br />

Y dp = a(Y − T ) + fY f<br />

Y f = gY<br />

em que<br />

C c I b G M/P k h a f g T<br />

100 0.8 30 350 15 2500 20 0.5 0.6 0.4 1.08 10


44CAPÍTULO 5. MODELO IS-LM EM ECONOMIA FECHADA E PROCURA AGREGADA<br />

Temos então que <strong>de</strong>duzir o novo mo<strong>de</strong>lo IS-LM, sendo que a<br />

única expressão que se altera é a IS:<br />

Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = C + cY dp + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y = C + c ( a(Y − T ) + fY f) + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y = C + c ( a(Y − T ) + fgY ) + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y (1 − c(a + fg)) = C − caT + I − bi + G ⇔<br />

1 [ ]<br />

⇔ Y =<br />

C − caT + I − bi + G ⇔<br />

(1 − c(a + fg))<br />

1 [ ] b<br />

⇔ Y =<br />

C − caT + I + G −<br />

(1 − c(a + fg))<br />

(1 − c(a + fg)) i<br />

E recalcular<br />

⎧<br />

o equilíbrio:<br />

⎪⎨ i =<br />

⎪⎩ Y =<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⇔<br />

⎪⎩ Y =<br />

1<br />

(1−c(a+fg))[C−caT +I+G]− 1 k M/P<br />

( h k + b<br />

(1−c(a+fg)))<br />

h/k<br />

(1−c(a+fg))[C−caT +I+G]− h/k<br />

k M/P<br />

( h k + b<br />

(1−c(a+fg)))<br />

i =<br />

+ 1 k M/P ⇔<br />

1<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)) [100−0.8×0.6×10+30+15]− 1 20 ×2500<br />

( 0.5<br />

20 + 350<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)))<br />

0.5/20<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08))<br />

g) Isso quer dizer que<br />

0.5/20<br />

[100−0.8×0.6×10+30+15]− ×2500<br />

20<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)))<br />

( 0.5<br />

20 + 350<br />

C = C + cY dp<br />

I = I − bi<br />

G = G<br />

M/P = M/P<br />

L d = kY − hi<br />

Y dp = aY + f(Y f − T (1 + i))<br />

Y f = gY<br />

= 0.338<br />

+ 1 × 2500 = 125.01<br />

20<br />

em que<br />

C c I b G M/P k h a f g T<br />

100 0.8 30 350 15 2500 20 0.5 0.6 0.4 1.08 10


5.2.<br />

RESOLUÇÕES 45<br />

Temos então que <strong>de</strong>duzir o novo mo<strong>de</strong>lo IS-LM, sendo que a<br />

única expressão que se altera é a IS:<br />

Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = C + cY dp + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y = C + c ( a(Y ) + f(Y f − T (1 + i) ) + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y = C + c ( a(Y ) + fgY − fT − fT i ) + I − bi + G ⇔<br />

⇔ Y (1 − c(a + fg)) = C − cfT + I − bi − cfT i + G ⇔<br />

1 [ ]<br />

⇔ Y =<br />

C − cfT + I − (b + cfT )i + G ⇔<br />

(1 − c(a + fg))<br />

1 [ ] b + cfT<br />

⇔ Y =<br />

C − cfT + I + G −<br />

(1 − c(a + fg))<br />

(1 − c(a + fg)) i<br />

E⎧<br />

recalcular o equilíbrio:<br />

⎪⎨ i =<br />

⎪⎩ Y =<br />

⎧<br />

⎪⎨<br />

⇔<br />

⎪⎩ Y =<br />

1<br />

(1−c(a+fg))[C−−cfT +I+G]− 1 k M/P<br />

h<br />

k + b+cfT<br />

(1−c(a+fg))<br />

h/k<br />

(1−c(a+fg))[C−cfT +I+G]− h/k<br />

k M/P<br />

h<br />

k + b+cfT<br />

(1−c(a+fg))<br />

i =<br />

+ 1 k M/P ⇔<br />

1<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)) [100−0.8×0.4×10+30+15]− 1<br />

20 ×2500<br />

( 0.5<br />

20 + (1−0.8(0.6+0.4×1.08)))<br />

350+0.8×0.4×10<br />

0.5/20<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08))<br />

0.5/20<br />

[100−0.8×0.4×10+30+15]− ×2500<br />

20<br />

(1−0.8(0.6+0.4×1.08)))<br />

( 0.5<br />

20 + 350+0.8×0.4×10<br />

= 0.33975<br />

+ 1 × 2500 = 125.01<br />

20<br />

Atenção! 5.4 Neste exercício o que po<strong>de</strong> dizer relativamente à<br />

equivalência Ricardiana? Pense na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> equivalência Ricardiana<br />

e nos resultados das duas alíneas anteriores.


46CAPÍTULO 5. MODELO IS-LM EM ECONOMIA FECHADA E PROCURA AGREGADA


Capítulo 6<br />

Mo<strong>de</strong>lo IS-LM em Economia<br />

Aberta<br />

6.1 Enunciados<br />

Exercício 25 A economia XYZ tem um regime <strong>de</strong> câmbios fixos,<br />

on<strong>de</strong> existe perfeita mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitais, e é <strong>de</strong>scrita pelas<br />

seguintes funções:<br />

C = 120 + 0, 75Y d<br />

L D = 32 + 0, 2Y − 200i<br />

I = 150 − 200i<br />

M/P = 120<br />

G = 200<br />

T = 0, 3Y<br />

NX = −100 + 150e − 0, 325Y<br />

a) Determine os valores <strong>de</strong> equilíbrio do rendimento, taxa <strong>de</strong><br />

juro, taxa <strong>de</strong> câmbio, saldo orçamental e balança <strong>de</strong> transacções<br />

correntes para uma taxa <strong>de</strong> juro internacional <strong>de</strong> 6%.<br />

b) Tentando reduzir o défice orçamental, o governo <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> reduzir<br />

as <strong>de</strong>spesas públicas em 60 u.m. Calcule o impacto <strong>de</strong>sta<br />

47


48<br />

CAPÍTULO 6. MODELO IS-LM EM ECONOMIA ABERTA<br />

medida sobre os valores <strong>de</strong> equilíbrio do rendimento, taxa <strong>de</strong> juro,<br />

taxa <strong>de</strong> câmbio, massa monetária e balança <strong>de</strong> transacções correntes.<br />

Represente graficamente.<br />

c) O Governo <strong>de</strong>cidiu abandonar o regime cambial existente e<br />

passar para um regime <strong>de</strong> câmbios flexíveis. Determine a taxa<br />

<strong>de</strong> câmbio que <strong>de</strong>corre da política da alínea b).<br />

d) No caso do governo preten<strong>de</strong>r que a taxa <strong>de</strong> câmbio flutue<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma banda com limites <strong>de</strong> 7.8 e 8, indique se existe necessida<strong>de</strong><br />

do banco central intervir no caso da politica <strong>de</strong> alínea<br />

b) entrar em vigor. (Regime <strong>de</strong> Câmbios Flexíveis). Mostre graficamente.<br />

Exercício 26 Os estudos efectuados na economia Salvaterra permitiram<br />

representar esta economia através das seguintes equações:<br />

C = 10 + 0, 9Y d<br />

L D = Y − 2i<br />

I = 3 − 1, 5i<br />

M/P = 20<br />

G = 2<br />

T = 0, 1Y<br />

NX = qX − qY = 1 − 0, 06Y<br />

(Consi<strong>de</strong>re i=5 (5%))<br />

a) Calcule o rendimento e taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> equilíbrio.<br />

b) O país Salvaterra encontra-se em pleno processo <strong>de</strong> integração<br />

num espaço económico mais alargado e, para cumprir os<br />

critérios <strong>de</strong> convergência, tem <strong>de</strong> impedir que a taxa <strong>de</strong> juro interna<br />

se <strong>de</strong>svie do valor <strong>de</strong> referência i*=8%, obtido através <strong>de</strong><br />

uma média das taxas <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> alguns dos seus parceiros. O Governo<br />

anunciou que adaptará o nível <strong>de</strong> gastos públicos <strong>de</strong> forma<br />

a garantir essa convergência. A nova função dos gastos públicos<br />

estimada é G=G0+g(i*-i). G0 representa dos gastos autónomos


6.2.<br />

RESOLUÇÕES 49<br />

que se mantém (G0=2). O estudo revela também que |g|=0,5.<br />

Indique e explique qual <strong>de</strong>ve ser o sinal <strong>de</strong> g?<br />

c) Verifique, numericamente e graficamente, como a nova função<br />

<strong>de</strong> gastos altera a situação <strong>de</strong> equilíbrio.<br />

d) Proponha uma combinação <strong>de</strong> politicas que permita equilibrar<br />

as contas do Governo e também manter a taxa <strong>de</strong> juro<br />

inalterada.<br />

6.2 Resoluções<br />

Solução 29 a) Primeiro, calculamos a curva IS, da seguinte forma:<br />

Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = 120 + 0, 75Y d + 150 − 200i + 200 − 100 + 150e − 0, 325Y ⇔<br />

⇔ Y = 370 + 0.75(Y − T ) − 200i + 150e − 0.325Y ⇔<br />

⇔ Y = 370 + 0.75(Y − 0.3Y ) − 200(6) + 150e − 0.325Y ⇔<br />

⇔ Y − 0.75 × 0.7Y + 0.325Y = −830 + 150e ⇔<br />

⇔ 0.15Y = −830 + 150e ⇔<br />

⇔ Y = −5533 + 1000e<br />

De seguida, calcula-se a LM, da seguinte forma:<br />

120 = 32 + 0, 2Y − 200i ⇔<br />

⇔ 0.2Y = 88 + 1200 ⇔<br />

⇔ Y = 1640<br />

Assim, igualando IS a LM vem e = 7.173. O Saldo Orçamental é<br />

SO = T −G = 0.3Y −200 = 292 e a Balança <strong>de</strong> Transações Correntes<br />

NX = −100 + 150e − 0, 325Y = −100 + 150 × 7.173 − 0, 325 × 1640 = 975.<br />

95


50<br />

CAPÍTULO 6. MODELO IS-LM EM ECONOMIA ABERTA<br />

b) Com G = 140, os valores pedidos po<strong>de</strong>m ser calculados da<br />

seguinte forma:<br />

IS : Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = 120 + 0, 75Y d + 150 − 200i + 140 − 100 + 150e − 0, 325Y ⇔<br />

⇔ Y = 310 + 0.75(Y − T ) − 200i + 150e − 0.325Y ⇔<br />

⇔ Y = 310 + 0.75(Y − 0.3Y ) − 200(6) + 150e − 0.325Y ⇔<br />

⇔ Y − 0.75 × 0.7Y + 0.325Y = −890 + 150e ⇔<br />

⇔ 0.15Y = −830 + 150e ⇔<br />

⇔ Y = −5933 + 1000e<br />

De seguida, como o câmbio é fixo, então: e = 7.173, pelo que<br />

Y = 1240. O Saldo Orçamental é SO = T − G = 0.3Y − 140 = 232 e<br />

a Balança <strong>de</strong> Transações Correntes NX = −100 + 150e − 0, 325Y =<br />

−100+150×7.173−0, 325×1240 = 1378.95. Com a redução orçamental,<br />

e a taxa <strong>de</strong> câmbio constante, o rendimento <strong>de</strong>cresce, o saldo<br />

orçamental <strong>de</strong>cresce e aumenta o saldo positivo da balança <strong>de</strong><br />

transações correntes.<br />

c) Com G = 140, os valores pedidos po<strong>de</strong>m ser calculados da<br />

seguinte forma:<br />

IS : Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = 120 + 0, 75Y d + 150 − 200i + 140 − 100 + 150e − 0, 325Y ⇔<br />

⇔ Y = 310 + 0.75(Y − T ) − 200i + 150e − 0.325Y ⇔<br />

⇔ Y = 310 + 0.75(Y − 0.3Y ) − 200(6) + 150e − 0.325Y ⇔<br />

⇔ Y − 0.75 × 0.7Y + 0.325Y = −890 + 150e ⇔<br />

⇔ 0.15Y = −830 + 150e ⇔<br />

⇔ Y = −5933 + 1000e


6.2.<br />

RESOLUÇÕES 51<br />

De seguida, calcula-se a LM, da seguinte forma:<br />

120 = 32 + 0, 2Y − 200i ⇔<br />

⇔ 0.2Y = 88 + 1200 ⇔<br />

⇔ Y = 1640<br />

Assim, igualando IS a LM vem e = 7.573. Devido à diminuição<br />

dos gastos públicos, há uma <strong>de</strong>preciação da moeda (<strong>de</strong>vido a uma<br />

menor procura <strong>de</strong> moeda nacional), mantendo-se o rendimento<br />

constante em 1640.<br />

d) O objectivo é que haja uma <strong>de</strong>preciação da moeda. Assim,<br />

uma redução da <strong>de</strong>spesa pública ou aumento <strong>de</strong> impostos serviria<br />

o objectivo <strong>de</strong> aumentar a taxa <strong>de</strong> câmbio (<strong>de</strong>preciar a moeda)<br />

para 7.8 ou 8. Assim seria necessário o seguinte aumento <strong>de</strong><br />

gastos:<br />

0 = ∆G + 1000 × (7.8 − 7.173) ⇔<br />

0.15<br />

⇔<br />

∆G = (7.173 − 7.8) × 1000 ⇔<br />

0.15<br />

⇔ ∆G = −94.05<br />

para que a moeda se <strong>de</strong>precie para 7.8 ou<br />

0 = ∆G + 1000 × (8 − 7.173) ⇔<br />

0.15<br />

⇔<br />

∆G = (7.173 − 8) × 1000 ⇔<br />

0.15<br />

⇔ ∆G = −124.05<br />

para que a moeda se <strong>de</strong>precie para 8. Assim se os gastos do<br />

estado <strong>de</strong>crescerem <strong>de</strong> 200 para um valor entre 75.95 e 105.95, a<br />

taxa <strong>de</strong> câmbio oscilará na banda entre 7.8 e 8.


52<br />

CAPÍTULO 6. MODELO IS-LM EM ECONOMIA ABERTA


Capítulo 7<br />

<strong>Exercícios</strong> Síntese<br />

Este capítulo constitui uma inovação relativamente à <strong>Sebenta</strong> <strong>de</strong><br />

Macroeconomia I, uma vez que , como em nenhuma outra unida<strong>de</strong><br />

curricular <strong>de</strong> Macroeconomia I, a matéria <strong>de</strong> Macroeconomia II<br />

está interligada do principio ao fim. Assim, nunca como aqui se<br />

exige dois alunos um processo <strong>de</strong> aquisição cumulativo e integrativo<br />

<strong>de</strong> conhecimentos. Este capítulo preten<strong>de</strong> favorecer essa integração<br />

<strong>de</strong> conhecimentos.<br />

7.1 Enunciados<br />

Exercício 27 A República das Bananas, uma pequena e bela ilha<br />

do Atlântico, é governada pelo ditador AJJ, como já sabe.<br />

está novamente interessado nos seus serviços <strong>de</strong> economista, para<br />

tomar conta do burocrático e <strong>de</strong>sorganizado Instituto <strong>de</strong> Estatística<br />

do Estado (INERB). Todos os 200 habitantes são iguais nas suas<br />

preferências (todos gostam muito da cor <strong>de</strong> laranja!).<br />

a) Os dados do INERB mostram que os agentes parecem comportaremse<br />

como se tivessem uma função utilida<strong>de</strong> do tipo: U = ln(C 1 ) +<br />

ln(C 2 )<br />

. Suponha que os técnicos do instituto acreditam que a taxa<br />

1+ρ<br />

53<br />

Ele


54<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

<strong>de</strong> juro real é tal que r < ρ , embora esta taxa não tenha sido<br />

calculada. Consegue ainda retirar dos ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> estatística do<br />

INERB os seguintes valores para os rendimentos individuais e<br />

para as variáveis do orçamento: Y 1 = 101, Y 2 = 100, T 1 = 20,<br />

G 1 = 20, G 1 = 20. Escreva a restrição orçamental intertemporal<br />

do Estado, assumindo que o horizonte temporal <strong>de</strong>ste é igual ao<br />

das famílias.<br />

b) Calcule as funções consumo do agente representativo no<br />

período 1 e no período 2 em função da riqueza intertemporal W 1 ,<br />

admitindo que este não investe. Comente referindo-se à condição<br />

r < ρ .<br />

Admita agora que o agente representativo investe e que obtém<br />

no segundo período um resultado do investimento dado por I 0.5<br />

1 .<br />

c) O inquérito trimestral ao consumo mostrou que os níveis <strong>de</strong><br />

consumo este trimestre se mantiveram iguais aos dos trimestres<br />

anteriores.<br />

Os seus conhecimentos <strong>de</strong> macro sugerem-lhe que<br />

duas condições da utilida<strong>de</strong> estão satisfeitas. Quais são?<br />

d) Calcule as funções consumo e poupança individuais.<br />

e) Apresente a função do investimento individual.<br />

f) Apresente agora as funções poupança e investimento agregadas.<br />

Represente graficamente um esboço das mesmas.<br />

g) Calcule a taxa <strong>de</strong> juro real <strong>de</strong> equilíbrio nesta economia e<br />

os níveis do consumo, poupança e investimento.<br />

h) Um maremoto inesperado <strong>de</strong>stroí algumas plantações <strong>de</strong> bananas<br />

pelo que a dotação nesse período <strong>de</strong>sceu. Represente graficamente<br />

o sucedido e explique qualitativamente os efeitos <strong>de</strong>ste<br />

choque na economia (Nota: não necessita fazer cálculos).<br />

i) Para fazer face ao sucedido, o ministro adjunto, Dr. José<br />

Keynesiano, aconselha o ditador AJJ a reduzir os impostos T 1<br />

para zero, o que este aceita, ao contrário das suas insistentes re-


7.1. ENUNCIADOS 55<br />

comendações neoclássicas. Qual o efeito <strong>de</strong>sta medida no nível <strong>de</strong><br />

consumo? (Nota: explique intuitivamente o que acontece recorrendo<br />

a algumas equações que julgue apropriadas. Não necessita<br />

fazer cálculos).<br />

j) Este efeito é sempre garantido? Apresente duas situações<br />

teóricas em que este efeito não é garantido.<br />

Exercício 28 Continua a trabalhar no INERB e que estimou econometricamente<br />

a função <strong>de</strong> procura <strong>de</strong> moeda seguinte: L =<br />

0.5Y − 50i.<br />

a) Fundamente microeconomicamente esta função <strong>de</strong> procura<br />

<strong>de</strong> moeda, usando o Mo<strong>de</strong>lo Baumol-Tobin.<br />

b) Depois da sua opinião <strong>de</strong> tendência neoclássica, o Sr. Ministro<br />

adjunto resolve intervir directamente no seu trabalho e<br />

dizer-lhe que a economia da República das Bananas po<strong>de</strong> ser a<strong>de</strong>quadamente<br />

representada pelo seguinte mo<strong>de</strong>lo macroeconómico<br />

keynesiano:<br />

C = 20 + 0, 8Y d<br />

P = 1<br />

I = 20 − 100i<br />

M = 200<br />

G = 100<br />

i ∗ = 10%<br />

T = 12, 5<br />

c) Contrariado, acaba por aceitar adoptar este mo<strong>de</strong>lo para as<br />

suas contas nacionais. Calcule o rendimento e a taxa <strong>de</strong> juro <strong>de</strong><br />

equilíbrio.<br />

d) Analise o efeito <strong>de</strong> um <strong>de</strong>créscimo dos impostos autónomos<br />

em 2.5 unida<strong>de</strong>s monetárias na produção e no consumo. Compare<br />

com os resultados obtidos na alínea i) do exercício anterior.


56<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

A República das Bananas acaba <strong>de</strong> ser aceite como membro da<br />

OMC (Organização Mundial do Comércio) tendo para isso que<br />

abrir a sua economia ao exterior. Como bom estudante <strong>de</strong> macroeconomia,<br />

sabe que o mo<strong>de</strong>lo anterior <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser a<strong>de</strong>quado<br />

a esta nova situação. Como o Ministro Adjunto, seu amigo <strong>de</strong><br />

longa data, ainda não sabe que regime <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> câmbio adoptar,<br />

pe<strong>de</strong>-lhe o seu parecer, dizendo-lhe que para ganhar eleições<br />

é sempre necessário ter efeitos da política fiscal. A taxa <strong>de</strong><br />

juro internacional ascen<strong>de</strong> a 3%. Estima-se que a função das<br />

exportações líquidas po<strong>de</strong> ser representada da seguinte forma:<br />

NX = 50 − 0.2Y + 5e, em que e é a taxa <strong>de</strong> câmbio real.<br />

e) Explique qualitativamente (use gráficos) quais os efeitos<br />

da política fiscal anterior nesta pequena economia nos seguintes<br />

casos:<br />

i) Regime <strong>de</strong> câmbios fixos.<br />

ii) Regime <strong>de</strong> câmbios flexíveis.<br />

iii) Imperfeita mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitais com uma função<br />

CF = f(i − i∗).<br />

f) Calcule o novo equilíbrio <strong>de</strong>sta economia, <strong>de</strong>terminando Y<br />

e e.<br />

g) Quantifique os efeitos daquela política fiscal nesta pequena<br />

economia nos seguintes casos:<br />

i) Regime <strong>de</strong> câmbios fixos.<br />

ii) Regime <strong>de</strong> câmbios flexíveis.<br />

iii) Imperfeita mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitais com uma função<br />

CF = 5(i − i∗).<br />

Exercício 29 Comente as seguintes afirmações (máximo:<br />

5 linhas):


7.1. ENUNCIADOS 57<br />

A. ” Se a base <strong>de</strong> tributação for o Consumo, a abordagem<br />

intertemporal, ao contrário da abordagem Keynesiana, sustenta<br />

que o aumento <strong>de</strong> impostos em Portugal não reduz a base <strong>de</strong><br />

tributação”.<br />

B. ”O Estado Português <strong>de</strong>veria concentrar-se na redução das<br />

<strong>de</strong>spesas correntes e não no aumento dos impostos, com vista a<br />

controlar o défice público.”<br />

Exercício 30 A República In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Norte Lusitano (RINL),<br />

com capital na bela e formosa cida<strong>de</strong> ”Inbicta”, é governada pelo<br />

Presi<strong>de</strong>nte Bombo da Posta. Ele requisitou-o ao amigo AJJ para<br />

lhe prestar assistência técnica.<br />

país são iguais nas suas preferências.<br />

Todos os 200 habitantes <strong>de</strong>ste<br />

a) Os dados do INERINL (Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

da RINL) mostram que os agentes parecem comportar-se como se<br />

tivessem uma função utilida<strong>de</strong> do tipo: U = ln(C 1 ) + ln(C 2)<br />

1+r . A taxa<br />

<strong>de</strong> juro real, r, ainda não foi calculada. Consegue ainda retirar<br />

dos ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> estatística do INERINL os seguintes valores para<br />

os rendimentos individuais e para as variáveis do orçamento:<br />

Y 1 = 90, Y 2 = 80, T 1 = 20, T ransferências 1 = 20, T ransferências 2 = 20.<br />

Não há outras <strong>de</strong>spesas do Estado. Admita que o agente representativo<br />

investe e que obtém no segundo período um resultado<br />

do investimento dado por I 0.5<br />

1 + (1 − δ)I 1 , em que a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação<br />

está avaliada em 10%.<br />

Calcule as funções consumo,<br />

poupança e investimento do agente representativo no período 1 e<br />

no período 2.<br />

b) Demonstre que se consi<strong>de</strong>rarmos que cada habitante da<br />

RINL possui uma empresa que maximiza lucros, a <strong>de</strong>cisão óptima<br />

<strong>de</strong> investir se mantém inalterada.<br />

c) Apresente as funções Poupança e Investimento agregadas.


58<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

d) Calcule a taxa <strong>de</strong> juro real <strong>de</strong> equilíbrio nesta economia e<br />

os níveis do consumo, poupança e investimento.<br />

e) A recuperação económica do mundo faz com que a indústria<br />

exportadora <strong>de</strong> sapatinhos (a principal indústria do país) recupere<br />

o que faz aumentar a dotação para Y 2 =85. Indique quantitavamente<br />

os efeito no consumo, na poupança e no investimento.<br />

f) A invenção <strong>de</strong> uma nova tecnologia no Departamento <strong>de</strong><br />

Electromecânica da Universida<strong>de</strong> da Beira Interior, no país vizinho,<br />

permite agora aumentar a produtivida<strong>de</strong> da indústria <strong>de</strong><br />

sapatinhos. Indique o efeito qualitativo <strong>de</strong>sta invenção na RINL<br />

se a tecnologia ficar disponível para aquela indústria.<br />

g) Assuma que um espião infiltrado na U.B.I. consegue imitar<br />

essa tecnologia e disponibilizá-la sem custos ao presi<strong>de</strong>nte da<br />

AIS (Associação dos Industriais <strong>de</strong> Sapatinhos). A tecnologia<br />

referida transforma a elasticida<strong>de</strong> da produção em 0,75. Calcule<br />

o novo nível <strong>de</strong> equilíbrio do Investimento e do Consumo dos habitantes<br />

da RINL assumindo que a taxa <strong>de</strong> juro real, r, se situa<br />

agora nos 25,5%.<br />

h) Assuma que a <strong>UBI</strong> <strong>de</strong>scobre o espião e o expulsa antes<br />

que este consiga copiar a tecnologia. Simultaneamente, dá instruções<br />

para que uma patente seja registada no organismo oficial<br />

das Comunida<strong>de</strong>s Europeias e estabelece o preço para a patente<br />

em 10 × 200. Será que o Presi<strong>de</strong>nte Bombo da Posta está disposto<br />

a comprar a patente? Qual o preço máximo que este está disposto<br />

a pagar pela mesma?<br />

1) assuma que o Presi<strong>de</strong>nte está interessado na maximização<br />

do bem-estar dos agentes.<br />

2) assuma que o Presi<strong>de</strong>nte está interessado na maximização<br />

do lucro das empresas.<br />

i) Suponha que, orgulhoso, o Presi<strong>de</strong>nte Bombo da Posta não


7.1. ENUNCIADOS 59<br />

quer comprar a patente. Sugira uma forma alternativa (estudada<br />

na disciplina) <strong>de</strong> aumentar o investimento. Quantifique essa medida<br />

<strong>de</strong> forma a atingir o mesmo nível <strong>de</strong> investimento.<br />

j) Na resposta à alínea f) <strong>de</strong>tectou que o nível <strong>de</strong> capital<br />

óptimo era atingido no período seguinte. No entanto, para instalar<br />

a nova tecnologia em qualquer fábrica <strong>de</strong> sapatinhos é necessário<br />

que um investigador da U.B.I. dê formação aos chefes<br />

das linhas <strong>de</strong> produção e que técnicos qualificados montem as<br />

máquinas. Assim, qualquer empresário racional <strong>de</strong>cidirá instalar<br />

esta nova tecnologia gradualmente. Que mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>vemos usar<br />

para estudar um investimento <strong>de</strong>sta natureza? O que falta no<br />

mo<strong>de</strong>lo anterior para que este resultado (investimento gradual)<br />

possa ser alcançado?<br />

Exercício 31 Consi<strong>de</strong>re a <strong>de</strong>cisão dos agentes económicos da RINL<br />

sobre a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> moeda que <strong>de</strong>sejam <strong>de</strong>ter.<br />

a) Explique intuitivamente (apenas por palavras) porque é que<br />

o mo<strong>de</strong>lo intertemporal usado nos Capítulos I não po<strong>de</strong> ser usado<br />

para explicar a procura <strong>de</strong> moeda (max: 3 linhas).<br />

b) Consi<strong>de</strong>re agora o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Baumol-Tobin que explica a<br />

procura <strong>de</strong> moeda com a existência <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> transacção. Note<br />

que este mo<strong>de</strong>lo parte da hipótese <strong>de</strong> que cada agente tem um<br />

custo efectivo <strong>de</strong> fazer cada transacção e tem um custo <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ter moeda. Recor<strong>de</strong> ainda que, dadas as hipóteses<br />

do mo<strong>de</strong>lo, cada indivíduo <strong>de</strong>tém , em que M* é o montante <strong>de</strong><br />

cada levantamento.<br />

b-1) A RINL está a consi<strong>de</strong>rar autorizar a abertura <strong>de</strong><br />

mais um banco comercial na remota ”probincia <strong>de</strong> Bila Reale”.<br />

Actualmente os agentes po<strong>de</strong>m comprar e ven<strong>de</strong>r títulos <strong>de</strong> dívida<br />

sem risco (que pagam 20% <strong>de</strong> juros). Uma vez que todas as


60<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

ligações com esta provincia se fazem por uma via muito perigosa<br />

(IP4), os custos <strong>de</strong> transacção ascen<strong>de</strong>m a 40% do salário mensal<br />

(Y) <strong>de</strong> cada agente. Formalize o problema do agente em relação<br />

ao stock óptimo <strong>de</strong> moeda.<br />

b-2) Calcule o stock óptimo <strong>de</strong> moeda.<br />

b-3) O banco Estatal CGRINL (Caixa Geral da RINL)<br />

propõe ao Presi<strong>de</strong>nte a instalação <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>pendência no local,<br />

com a condição <strong>de</strong> cobrar um custo <strong>de</strong> transacção <strong>de</strong> 10% do<br />

rendimento <strong>de</strong> cada agente. Calcule o stock óptimo <strong>de</strong> moeda<br />

neste caso.<br />

b-4) Verifique se a proposta é aceite.<br />

c) Sugira uma forma funcional da procura <strong>de</strong> moeda do tipo<br />

”Keynesiana” que esteja <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo ”Baumol-Tobin”.<br />

d) Suponha que para calcular os juros <strong>de</strong> equilibrio nesta economia<br />

(20%), os técnicos da CGRINL usaram o mo<strong>de</strong>lo IS-LM<br />

em economia fechada. Descreva em termos gerais como proce<strong>de</strong>ram.<br />

Use equações gerais em termos paramétricos.<br />

e) O Presi<strong>de</strong>nte preten<strong>de</strong> saber se po<strong>de</strong> usar a política monetária<br />

para controlar a taxa <strong>de</strong> juro e o rendimento nacional<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> abrir a economia ao exterior. Responda <strong>de</strong> forma fundamentada<br />

e sucinta ao Presi<strong>de</strong>nte.<br />

Exercício 32 Proponha um mo<strong>de</strong>lo keynesiano para uma pequena<br />

economia com ausência <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitais que respeite as<br />

seguintes condições:<br />

- O consumo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do rendimento nacional disponível e da<br />

taxa <strong>de</strong> juro real;<br />

- O investimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do rendimento nacional e da taxa<br />

<strong>de</strong> juro real;


7.1. ENUNCIADOS 61<br />

- A procura <strong>de</strong> moeda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> positivamente do rendimento<br />

nacional e negativamente da taxa <strong>de</strong> juro real;<br />

- O orçamento está equilibrado, existem apenas impostos directos;<br />

- As importações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do rendimento nacional;<br />

- As exportações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do rendimento do exterior;<br />

- A oferta real <strong>de</strong> Moeda respon<strong>de</strong> positivamente a subidas na<br />

taxa <strong>de</strong> juro.<br />

- Todas as componentes (excepto impostos) têm uma componente<br />

autónoma.<br />

a) Formalize o mo<strong>de</strong>lo em termos paramétricos. Use uma<br />

barra por cima das letras (explo: ) para <strong>de</strong>signar as respectivas<br />

componentes autónomas.<br />

b) Diga, com base nos mo<strong>de</strong>los estudados, quais <strong>de</strong>stas características<br />

têm fundamentos em mo<strong>de</strong>los microeconomicos. I<strong>de</strong>ntifique<br />

esses mo<strong>de</strong>los e as respectivas características.<br />

c) Encontre uma expressão para a IS e outra para a LM.<br />

d) Determine:<br />

i) uma expressão para o rendimento <strong>de</strong> equilíbrio,<br />

ii) uma expressão para o multiplicador geral,<br />

iii) e outra para a inclinação curva da procura <strong>de</strong>sta economia.<br />

e) I<strong>de</strong>ntifique as características <strong>de</strong> estabilizador automático<br />

presentes no multiplicador.<br />

f) Quais os efeitos <strong>de</strong> um aumento exógeno na oferta real<br />

<strong>de</strong> moeda? Quais as diferenças em relação ao efeito habitual<br />

(Ajuda: apresente o multiplicador em termos paramétricos)?<br />

g) Escreva a(s) equação(ões) que falta(m) ao mo<strong>de</strong>lo para caracterizar<br />

a economia com perfeita mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitais e regime<br />

<strong>de</strong> câmbios flexível.


62<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

h) Escreva a(s) equação(ões) que falta(m) ao mo<strong>de</strong>lo inicial<br />

para caracterizar uma economia com mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitais imperfeita.<br />

Exercício 33 No País das Coisas Tristes (PCT), a utilida<strong>de</strong> do<br />

consumidor representativo po<strong>de</strong> ser a<strong>de</strong>quadamente representada<br />

por uma função <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> aditiva com a taxa <strong>de</strong> juro real igual<br />

à taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto intertemporal. O consumidor ganha um rendimento<br />

(dotação) <strong>de</strong> 150 tristes (a moeda local) no primeiro<br />

período (enquanto jovem) e <strong>de</strong> 200 no segundo período (enquanto<br />

adulto), pagando ao estado 10% da sua dotação total, em impostos.<br />

Este consumidor po<strong>de</strong> ainda comprar títulos que pagam<br />

uma taxa <strong>de</strong> juro real <strong>de</strong> 10% e realizar investimentos enquanto<br />

jovem recebendo no segundo período I 0.5<br />

1 + (1 − δ)I 1 , em que I 1 é o<br />

investimento feito e é a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação do capital, avaliada<br />

em 15%.<br />

Admita, até informação em contrário, que o Estado<br />

mantém o orçamento equilibrado todos os anos.<br />

a) Imagine que o consumidor não investe. Calcule o padrão<br />

<strong>de</strong> consumo e <strong>de</strong> poupança e a utilida<strong>de</strong>.<br />

Estado nos dois períodos.<br />

Calcule a <strong>de</strong>spesa do<br />

b) Calcule o padrão <strong>de</strong> consumo, o investimento e a utilida<strong>de</strong><br />

do agente representativo do PCT no caso em que o agente investe.<br />

Compare este resultado com o da alínea anterior.<br />

c) Consi<strong>de</strong>re agora que o Governo, para incrementar o investimento,<br />

admite a introdução <strong>de</strong> uma reserva fiscal <strong>de</strong> 20%,<br />

segundo a qual, o investidor vê reembolsado 20% do investimento<br />

realizado em <strong>de</strong>duções fiscais no segundo período. Foi-lhe pedido<br />

um parecer técnico sobre esta medida, no qual <strong>de</strong>ve incluir os<br />

efeitos no padrão <strong>de</strong> consumo, no investimento, na utilida<strong>de</strong> e<br />

na dívida pública actualizada. Assuma nas suas respostas que o


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 63<br />

Governo não altera os gastos, em relação à situação da alínea<br />

b).<br />

d) A crise que afecta o país fez o Governo aumentar os gastos<br />

em 10 no primeiro período. Mais uma vez antes <strong>de</strong> tomar<br />

uma medida o primeiro-ministro convida-o a emitir um parecer<br />

on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve mencionar os efeitos no padrão <strong>de</strong> consumo, no investimento,<br />

na utilida<strong>de</strong> e na dívida pública actualizada. Divida a<br />

sua resposta em dois casos possíveis:<br />

d-1) o caso em que o estado tem o mesmo horizonte temporal<br />

que as famílias;<br />

d-2) o caso em que o estado tem um horizonte temporal<br />

mais alargado que as famílias;<br />

e) Será a reserva fiscal suficiente para suplantar o efeito do<br />

aumento dos gastos no consumo? Comente e sugira outros meios<br />

para compensar os efeitos do aumento dos gastos.<br />

f) Admita que há 100 jovens e 150 idosos nesta economia.<br />

Calcule o consumo, o investimento, a poupança e a balança <strong>de</strong><br />

transações correntes em todo o PCT (na situação da alínea b).<br />

O que po<strong>de</strong> concluir em relação à taxa <strong>de</strong> juro internacional?<br />

7.2 Resoluções<br />

Em algumas das resoluções <strong>de</strong>stes exercícios sintese far-se-á um<br />

mais um guião da resolução do que uma resolução exaustiva, <strong>de</strong><br />

forma a motivar os alunos a recordarem os conhecimentos adquiridos<br />

até aqui e a integrarem-nos num todo coerente.<br />

Solução 30 a) G 1 + G 2<br />

1+r = T 1 + T 2<br />

1+r<br />

. Note que se substituirmos os<br />

valores dos gastos públicos G 1 e G 2 , obtemos T 2 = 20.


64<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

b) Como anteriormente po<strong>de</strong> voltar a mostrar que as funções<br />

consumo são:<br />

( )<br />

1+ρ<br />

C 1 =<br />

2+ρ<br />

(<br />

C 2 =<br />

C 2 < C 1<br />

1+r<br />

2+ρ<br />

W 1<br />

)<br />

W 1<br />

on<strong>de</strong> W 1 = Y 1 −T 1 + Y 2−T 2<br />

1+r<br />

. Se r < ρ, quer dizer que<br />

porque o benefício <strong>de</strong> consumir no futuro (r) é inferior<br />

ao custo <strong>de</strong> consumir no futuro (ρ).<br />

c) As 2 condições que estão satisfeitas são a função utilida<strong>de</strong><br />

aditiva e que r = ρ.<br />

d) Como anteriormente po<strong>de</strong> voltar a mostrar que as funções<br />

consumo são:<br />

( ) )<br />

1+ρ<br />

C 1 =<br />

(Y<br />

2+ρ 1 − T 1 − I 1 + Y 2−T 2 +I1<br />

0.5<br />

1+r<br />

( ) )<br />

C 2 =<br />

(Y 1 − T 1 − I 1 + Y 2−T 2 +I1<br />

0.5<br />

(<br />

1+ρ<br />

2+ρ<br />

1+r<br />

2+ρ<br />

1+r<br />

e a função poupança é S 1 = Y 1 − C 1 − I 1 = 1 (Y 2+ρ 1 − T 1 − I 1 ) −<br />

) ( )<br />

Y2 −T 2 +I1<br />

0.5<br />

.<br />

1+r<br />

e) Tal como anteriormente obtenha I 1 = ( 0.5<br />

1+r) 2, através da<br />

abordagem do consumidor ou da empresa.<br />

f) O nível <strong>de</strong> consumo individual, dadas as duas condições<br />

mencionadas na alínea c), é dado por<br />

C 1 = C 2 =<br />

Y 1−T 1 −I 1 + Y 2 −T 2 +I0.5 1<br />

1+r<br />

1+ 1<br />

1+r<br />

. O nível <strong>de</strong> consumo agregado é<br />

C Agregado = 200 ×<br />

C Agregado = 200 ×<br />

(<br />

Y 1 − T 1 − ( 0.5<br />

1+r<br />

(<br />

81 − ( 0.5<br />

1+r<br />

) 2<br />

+<br />

Y 2 −T 2 +( 0.5<br />

1 + 1<br />

1+r<br />

) 2 80+(<br />

+ 0.5<br />

1 + 1<br />

1+r<br />

1+r)<br />

1+r<br />

1+r)<br />

1+r<br />

)<br />

)<br />

A poupança agregada é S Agregada = Y Agregado − I Agregado − C Agregado ,


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 65<br />

ficando então:<br />

S Agregada = 200<br />

2 + r (Y 1 − T 1 −<br />

g)<br />

( ) 2 0.5<br />

) − 200<br />

1 + r<br />

⇔ S Agregada = 200<br />

2 + r (81 − ( 0.5<br />

1 + r<br />

⇔ S Agregada =<br />

⇔ S Agregada =<br />

( 1 + r<br />

2 + r<br />

) 2<br />

) − 200<br />

50<br />

16200 − − 16000 − 100<br />

(1+r) 2 1+r<br />

2 + r<br />

50<br />

200 − − 100<br />

(1+r) 2 1+r<br />

.<br />

2 + r<br />

))<br />

) ( Y 2 − T 2 + ( 0.5<br />

1+r<br />

1 + r<br />

( ) ( 1 + r 80 + ( 0.5<br />

1+r<br />

2 + r 1 + r<br />

=<br />

=<br />

))<br />

=<br />

⇔<br />

S Agregada = I Agregado<br />

200 −<br />

50<br />

(1+r) 2 − 100<br />

1+r<br />

2 + r<br />

=<br />

⇔ r = 0.17539<br />

50<br />

(1 + r) 2<br />

S Agregada = 200− 50<br />

(1+0.17539) 2 − 100<br />

1+0.17539<br />

= 36. 191;<br />

2+0.17539<br />

I Agregada = 200 × ( 0.5 2<br />

1+0.17539)<br />

= 36. 191;<br />

C Agregada = 200 ×<br />

)<br />

0.5<br />

81−( 1+0.17539) 2 + 80+ 0.5<br />

( 1+0.17539)<br />

1+0.17539<br />

1<br />

1+ 1+0.17539<br />

= 16128.<br />

h) Se o rendimento cai inesperadamente a poupança diminui,<br />

o que faz com que a recta da poupança se <strong>de</strong>sloque para a esquerda,<br />

fazendo subir a taxa <strong>de</strong> juro real e dimunir o investimento.<br />

Imagine que o rendimento individual <strong>de</strong>scia <strong>de</strong> 81 para<br />

80.9. Se assim for mostre que a taxa <strong>de</strong> juro sobe para 27.058%.<br />

Baseando-se no gráfico 3, apresente um gráfico que <strong>de</strong>screva esta<br />

situação.<br />

i) As quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo mantém-se inalteradas <strong>de</strong>vido<br />

ao efeito da equivalência ricardiana uma vez que o governo ao<br />

reduzir os impostos e mantendo as <strong>de</strong>spesas públicas vai aumentar<br />

os impostos no periodo seguinte que passarão <strong>de</strong> 20 para<br />

20(1 + 0.17539) = 23. 508 (Porquê?).


66<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

j) Nem sempre a Equivalência Ricardiana está garantida. Duas<br />

condições em que a equivalência Ricardiana não está garantida<br />

são: o horizonte temporal do estado é superior ao das famílias e<br />

o estado financia-se a uma taxa <strong>de</strong> juro real mais baixa que as<br />

famílias.<br />

Atenção! 7.1 Recor<strong>de</strong> todas as outras situações nas quais a equivalência<br />

ricardiana não é satisfeita.<br />

Solução 31 a) Os fundamentos microeconómicos da função <strong>de</strong><br />

procura <strong>de</strong> moeda apresentada po<strong>de</strong>m ser encontrados na função<br />

<strong>de</strong> procura<br />

√<br />

<strong>de</strong> moeda do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Baumol-Tobin que (recor<strong>de</strong>se)<br />

é , pelo que a forma funcional apresentada no enunciado,<br />

cY<br />

2i<br />

embora diferente, respeita os impactos positivo do rendimento e<br />

negativo da taxa <strong>de</strong> juro nominal, apresentada pelo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Baumol-Tobin, este sim, com fundamentos microeconómicos.<br />

b) Encontra-se a IS<br />

IS : Y = C + I + G ⇔<br />

⇔ Y = 20 + 0, 8Y d + 20 − 100i + 100 ⇔<br />

⇔ Y = 140 + 0.80(Y − T ) − 100i ⇔<br />

⇔ Y = 140 + 0.80(Y − 12.5) − 100i ⇔<br />

⇔ Y − 0.8Y = 130 − 100i ⇔<br />

⇔ Y = 650 − 500i<br />

De seguida, calcula-se a LM, da seguinte forma:<br />

200 = 0.5Y − 50i ⇔<br />

⇔<br />

⇔<br />

0.5Y = 200 + 50i ⇔<br />

Y = 400 + 100i


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 67<br />

A seguir encontra-se o equilíbrio:<br />

{ Y = 650 − 500i<br />

Y = 400 + 50i<br />

{<br />

⇔<br />

⇔<br />

{ 400 + 50i = 650 − 500i<br />

− − − − − − − − −−<br />

{<br />

550i = 250<br />

i = 0.45455<br />

− − − − − − − − −− ⇔ Y = 422.73<br />

⇔<br />

Solução 32 Encontra-se a IS, fazendo T = 10<br />

IS : Y = C + I + G ⇔<br />

⇔ Y = 20 + 0, 8Y d + 20 − 100i + 100 ⇔<br />

⇔ Y = 140 + 0.80(Y − T ) − 100i ⇔<br />

⇔ Y = 140 + 0.80(Y − 10) − 100i ⇔<br />

⇔ Y − 0.8Y = 132 − 100i ⇔<br />

⇔ Y = 660 − 500i<br />

A seguir encontra-se o equilíbrio:<br />

{ Y = 660 − 500i<br />

Y = 400 + 50i<br />

{<br />

⇔<br />

⇔<br />

{ 400 + 50i = 660 − 500i<br />

− − − − − − − − −−<br />

{<br />

550i = 260<br />

i = 0.47273<br />

− − − − − − − − −− ⇔ Y = 423.64<br />

⇔<br />

Encontrou-se então uma variação em i <strong>de</strong> 0.47273 − 0.45455 = .0<br />

181 8 e uma variação em Y <strong>de</strong> 0.91. Neste caso a redução nos<br />

impostos aumenta o rendimento <strong>de</strong> equilíbrio ao contrário do que<br />

acontecia na alínea i) do exercício anterior. isto acontece porque<br />

neste exercício não temos os efeitos intertemporais subjacentes<br />

à equivalência ricardiana. Esta é uma das fraquezas do mo<strong>de</strong>lo<br />

Keynesiano.<br />

Atenção! 7.2 Elabore uma resposta a esta questão usando as expressões<br />

dos multiplicadores, i.e, encontre as variações <strong>de</strong> i e <strong>de</strong><br />

Y numa primeira fase e a partir daí calcule os valores finais <strong>de</strong><br />

i e <strong>de</strong> Y .


68<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

Solução 33 e) Se o Governo preten<strong>de</strong> ter efeitos <strong>de</strong> política fiscal,<br />

então <strong>de</strong>ve adoptar uma política <strong>de</strong> câmbios fixos. Consulte a<br />

aula teórica correspon<strong>de</strong>nte para <strong>de</strong>senhar estes gráficos. Preste<br />

particular atenção à inclinação da IS no caso iii) quando comparado<br />

com o caso <strong>de</strong> economia fechada. Recor<strong>de</strong> a comparação<br />

<strong>de</strong> efeitos <strong>de</strong> política económica nos casos <strong>de</strong> economia fechada,<br />

pequena economia aberta com câmbios fixos, pequena economia<br />

aberta com câmbios flexíveis (ambas com perfeita mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

capital) e pequena economia aberta com imperfeita mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

capitais.<br />

f) Encontra-se a IS<br />

IS : Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = 20 + 0, 8Y d + 20 − 100i + 100 + 50 − 0.2Y + 5e ⇔<br />

⇔ Y = 190 + 0.80(Y − T ) − 0.2Y − 100 × (3) + 5e ⇔<br />

⇔ Y = 190 + 0.80(Y − 12.5) − 300 + 5e ⇔<br />

⇔ Y − 0.8Y + 0.2Y = −120 + 5e ⇔<br />

⇔ Y = −300 + 12.5e<br />

De seguida, calcula-se a LM, da seguinte forma:<br />

200 = 0.5Y − 50i ⇔<br />

⇔ 0.5Y = 200 + 50(3) ⇔<br />

⇔ Y = 700<br />

O equilíbrio é Y = 700 e e = 80.<br />

g) i) A alteração dos impostos para 10 tem o seguinte efeito


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 69<br />

na IS:<br />

IS : Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = 20 + 0, 8Y d + 20 − 100i + 100 + 50 − 0.2Y + 5e ⇔<br />

⇔ Y = 190 + 0.80(Y − T ) − 0.2Y − 100 × (3) + 5e ⇔<br />

⇔ Y = 190 + 0.80(Y − 10) − 300 + 5e ⇔<br />

⇔ Y − 0.8Y + 0.2Y = −118 + 5e ⇔<br />

⇔ Y = −295 + 12.5e<br />

Como a taxa <strong>de</strong> juro se tem que manter constante e = 80,<br />

então Y = −295 + 12.5 × 80 = 705.0, pelo que a emissão monetária<br />

tem <strong>de</strong> alterar-se <strong>de</strong> forma a que a LM passe a <strong>de</strong>terminar um<br />

rendimento <strong>de</strong> 705:<br />

M/P = 0.5 × 705 − 50(3) = 202.5<br />

A politica monetária implementada é um aumento <strong>de</strong> 2.5 na<br />

emissão <strong>de</strong> moeda.<br />

ii) Se a taxa <strong>de</strong> câmbio pu<strong>de</strong>r flutuar (regime <strong>de</strong> câmbios flutuantes),<br />

a alteração dos impostos para 10 tem o seguinte efeito<br />

na IS:<br />

IS : Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = 20 + 0, 8Y d + 20 − 100i + 100 + 50 − 0.2Y + 5e ⇔<br />

⇔ Y = 190 + 0.80(Y − T ) − 0.2Y − 100 × (3) + 5e ⇔<br />

⇔ Y = 190 + 0.80(Y − 10) − 300 + 5e ⇔<br />

⇔ Y − 0.8Y + 0.2Y = −118 + 5e ⇔<br />

⇔ Y = −295 + 12.5e<br />

De seguida, calcula-se a LM, da seguinte forma:<br />

200 = 0.5Y − 50i ⇔<br />

⇔ 0.5Y = 200 + 50(3) ⇔<br />

⇔ Y = 700


70<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

O equilíbrio é Y = 700 e e = 995/12.5. = 79. 6, o que equivale a uma<br />

apreciação da moeda.<br />

iii) Este caso resolve-se <strong>de</strong> forma muito semelhante ao <strong>de</strong> economia<br />

fechada fazendo NX + CF = 0<br />

IS:<br />

IS : Y = C + I + G + X − M ⇔<br />

⇔ Y = 20 + 0, 8Y d + 20 − 100i + 100 − 5(i − i ∗ ) ⇔<br />

⇔ Y = 140 + 0.80(Y − T ) − 105i + 5(3) ⇔<br />

⇔ Y = 155 + 0.80(Y − 12.5) − 105i ⇔<br />

⇔ Y − 0.8Y = 145 − 105i ⇔<br />

⇔ Y = 725 − 525i<br />

De seguida, calcula-se a LM, da seguinte forma:<br />

200 = 0.5Y − 50i ⇔<br />

⇔<br />

⇔<br />

0.5Y = 200 + 50i ⇔<br />

Y = 400 + 100i<br />

e que não se altera face à inicial.<br />

A seguir encontra-se o equilíbrio:<br />

{ Y = 725 − 525i<br />

Y = 400 + 50i<br />

{<br />

⇔<br />

⇔<br />

{ 400 + 50i = 725 − 525i<br />

− − − − − − − − −−<br />

{<br />

575i = 325<br />

i = 0.5652<br />

− − − − − − − − −− ⇔ Y = 428.26<br />

⇔<br />

Solução 34 Comentário às frases<br />

A. ” Se a base <strong>de</strong> tributação for o Consumo, a abordagem<br />

intertemporal, ao contrário da abordagem Keynesiana, sustenta<br />

que o aumento <strong>de</strong> impostos em Portugal não reduz a base <strong>de</strong><br />

tributação”


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 71<br />

R: Se os gastos se mantiverem constantes e se todos os pressupostos<br />

da verificação da equivalência ricardiana se verificarem<br />

(recor<strong>de</strong>-os!), a frase é verda<strong>de</strong>ira, uma vez que um aumento <strong>de</strong><br />

impostos no presente implicará uma redução dos mesmos no futuro,<br />

pelo que o consumo não se alterará.<br />

Na prática sabemos<br />

que o Governo raramente faz aumentos <strong>de</strong> impostos sem aumentar<br />

as <strong>de</strong>spesas e aí o aumento dos impostos afectará o consumo,<br />

uma vez que o que condiciona o consumo é a soma actualizada<br />

dos impostos ao longo do horizonte temporal das famílias e não<br />

apenas os impostos presentes ou futuros.<br />

B. ”O Estado Português <strong>de</strong>veria concentrar-se na redução das<br />

<strong>de</strong>spesas correntes e não no aumento dos impostos, com vista a<br />

controlar o défice público.”<br />

R: A redução das <strong>de</strong>spesas leva a uma diminuição dos impostos<br />

futuros o que afecta positivamente o consumo e o rendimento.<br />

O aumento dos impostos, na melhor das hipóteses não<br />

tem algum efeito, se a equivalência ricardiana se verificar, ou<br />

po<strong>de</strong> diminuir o consumo e o rendimento. A frase é verda<strong>de</strong>ira.<br />

Solução 35 a) Como anteriormente po<strong>de</strong> voltar a mostrar que as<br />

funções consumo ( ) são:<br />

)<br />

1+ρ<br />

C 1 =<br />

(Y<br />

2+ρ 1 − T 1 − I 1 + Y 2−T 2 +I1<br />

0.5<br />

1+r<br />

( ) )<br />

C 2 =<br />

(Y 1 − T 1 − I 1 + Y 2−T 2 +I1<br />

0.5<br />

(<br />

1+ρ<br />

2+ρ<br />

1+r<br />

2+ρ<br />

1 +(1−δ)I 1<br />

1+r<br />

1+r<br />

e a função poupança é S 1 = Y 1 − C 1 − I 1 = 1 (Y 2+ρ 1 − T 1 − I 1 ) −<br />

) ( )<br />

Y2 −T 2 +I 0.5<br />

.<br />

b) Tal como anteriormente obtenha I 1 = ( 0.5<br />

r+δ<br />

) 2, através da<br />

abordagem do consumidor ou da empresa. Note que em relação<br />

ao primeiro exercício <strong>de</strong>sta secção, aqui a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação é<br />

inferior a 1.<br />

Atenção! 7.3 Volte atrás e verifique que δ = 1 no exercício 1 <strong>de</strong>sta<br />

secção.<br />

Volte ao capítulo do Investimento e <strong>de</strong>monstre que a


72<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

abordagem pelo consumidor tem o mesmo resultado que a abordagem<br />

pela empresa, resultando ambas na condição <strong>de</strong> investimento<br />

óptimo que é dado pela igualda<strong>de</strong> entre a produtivida<strong>de</strong> marginal<br />

a investir P Mg I e o custo marginal <strong>de</strong> investir r + δ.<br />

Solução 36 c) O nível <strong>de</strong> consumo individual, dadas as duas condições<br />

mencionadas na alínea c), é dado por<br />

C 1 = C 2 =<br />

. O nível <strong>de</strong> consumo agregado<br />

é<br />

C Agregado = 200 ×<br />

Y 1−T 1 −I 1 + Y 2 −T 2 +I0.5 1 +(1−δ)I 1<br />

1+r<br />

1+ 1<br />

1+r<br />

(<br />

Y 1 − T 1 − ( )<br />

0.5 2 Y 2 −T 2 +(<br />

r+δ +<br />

r+δ)+(1−δ)( 0.5<br />

0.5<br />

1+r<br />

⇔ C Agregado = 200 ×<br />

1 + 1<br />

1+r<br />

(<br />

70 − ( 0.5<br />

0.1+r<br />

r+δ) 2<br />

)<br />

) 2<br />

+<br />

60+( 0.5<br />

0.1+r)+(1−0.1)( 0.5<br />

1 + 1<br />

1+r<br />

1+r<br />

r+0.1) 2<br />

A poupança agregada é S Agregada = Y Agregado − I Agregado − C Agregado ,<br />

ficando então:<br />

)<br />

S Agregada = 200<br />

( 0.5<br />

2 + r (Y 1 − T 1 −<br />

0.1 + r<br />

− 200<br />

( 1 + r<br />

2 + r<br />

) 2<br />

)−<br />

) ( Y 2 − T 2 + ( 0.5<br />

0.1+r<br />

) (<br />

+ (1 − 0.1)<br />

0.5<br />

r+0.1<br />

1 + r<br />

) 2<br />

)<br />

⇔<br />

⇔ S Agregada = 200 ( ) 2 0.5<br />

2 + r (70 − ) − 200<br />

0.1 + r<br />

( ) ( 1 + r 60 + ( 0.5<br />

0.1+r<br />

2 + r<br />

50<br />

14000 − − 12000 − 100<br />

⇔ S Agregada (0.1+r)<br />

= − 180 ( 0.5<br />

2 0.1+r r+0.1<br />

2 + r<br />

95<br />

2000 − − 100<br />

⇔ S Agregada (0.1+r)<br />

= 2 0.1+r<br />

.<br />

2 + r<br />

) 2<br />

) (<br />

+ (1 − 0.1)<br />

0.5<br />

r+0.1<br />

1 + r<br />

⇔<br />

) 2<br />

)<br />


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 73<br />

d)<br />

⇔<br />

S Agregada = I Agregado<br />

2000 −<br />

95<br />

(0.1+r) 2 − 100<br />

0.1+r<br />

2 + r<br />

⇔ r = 0.24799<br />

=<br />

50<br />

(0.1 + r) 2<br />

S Agregada = 2000− 95<br />

(0.1+0.24799) 2 − 100<br />

0.1+0.24799<br />

= 412. 88<br />

2+0.24799<br />

I Agregada = 200 × ( 0.5 2<br />

0.1+0.24799)<br />

= 412. 88<br />

C Agregado = 200×<br />

⎛<br />

⎝70−(<br />

0.5<br />

0.1+0.24799) 2 + 60+ 0.5<br />

0.5<br />

( 0.1+0.24799)+(1−0.1)( 0.24799+0.1) 2 ⎞<br />

⎠<br />

1+0.24799<br />

1<br />

1+ 1+0.24799<br />

= 13174.<br />

e) Se o rendimento cai inesperadamente a poupança diminui, o<br />

que faz com que a recta da poupança se <strong>de</strong>sloque para a esquerda,<br />

fazendo subir a taxa <strong>de</strong> juro real e dimunir o investimento.<br />

S Agregada = 200<br />

( 0.5<br />

2 + r (Y 1 − T 1 −<br />

0.1 + r<br />

− 200<br />

( 1 + r<br />

2 + r<br />

) 2<br />

)−<br />

) ( Y 2 − T 2 + ( 0.5<br />

0.1+r<br />

⇔ S Agregada = 200 ( ) 2 0.5<br />

2 + r (65 − ) − 200<br />

0.1 + r<br />

⇔ S Agregada =<br />

⇔ S Agregada =<br />

d)<br />

) (<br />

+ (1 − 0.1)<br />

0.5<br />

r+0.1<br />

1 + r<br />

) 2<br />

)<br />

( ) ( 1 + r 60 + ( 0.5<br />

0.1+r<br />

2 + r<br />

50<br />

13000 − − 12000 − 100 − 180 ( 0.5<br />

(0.1+r) 2 0.1+r r+0.1<br />

2 + r<br />

95<br />

1000 − − 100<br />

(0.1+r) 2 0.1+r<br />

.<br />

2 + r<br />

) 2<br />

⇔<br />

⇔<br />

) (<br />

+ (1 − 0.1)<br />

0.5<br />

r+0.1<br />

1 + r<br />

) 2<br />

)<br />

⇔<br />

⇔<br />

S Agregada = I Agregado<br />

1000 −<br />

95<br />

(0.1+r) 2 − 100<br />

0.1+r<br />

2 + r<br />

⇔ r = 0.4173<br />

=<br />

50<br />

(0.1 + r) 2


74<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

S Agregada = 1000− 95<br />

(0.1+0.4173) 2 − 100<br />

0.1+0.4173<br />

2+0.4173<br />

= 186. 85<br />

I Agregada = 200 × ( 0.5 2<br />

0.1+0.4173)<br />

= 186. 85<br />

C Agregado = 200×<br />

⎛<br />

⎝65−(<br />

0.5<br />

0.1+0.4173) 2 + 60+ 0.5<br />

0.5<br />

( 0.1+0.4173)+(1−0.1)( 0.4173+0.1) 2 ⎞<br />

⎠<br />

1+0.24799<br />

1<br />

1+ 1+0.4173<br />

= 13320.0<br />

Atenção! 7.4 Explique o efeito no consumo.<br />

Solução 37 f) Aumenta o Investimento, <strong>de</strong>slocando a recta do investimento<br />

para a direita, aumentando a taxa <strong>de</strong> juro real e portanto<br />

aumentando também a poupança.<br />

g) O investimento resulta da <strong>de</strong>cisão óptima <strong>de</strong> consumidores<br />

e/ou empresas P Mg I = r + δ ⇐⇒ 0.75(I1 −0.25 ) = 0.255 + 0.1 ⇔ 0.75 = 0.355<br />

I1 0.25 ⇔ I 1 = ( 0.75 4<br />

0.355)<br />

= 19.922.<br />

h) Seja P o preço da patente.<br />

1) O bem-estar é a utilida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> directamente do consumo<br />

e este da riqueza intertemporal daí que <strong>de</strong>scobrir a solução<br />

que maximiza a riqueza intertemporal W 1 é também <strong>de</strong>scobrir a<br />

solução que maximiza a utilida<strong>de</strong>.<br />

W1 SP = 70 − ( )<br />

0.5 2<br />

0.5<br />

0.5<br />

60+(<br />

0.1+0.255 +<br />

0.1+0.255)+(1−0.1)( 0.255+0.1) 2<br />

= 118. 37<br />

1+0.255<br />

W1<br />

P = 70 − 10 − 19.922 + 60+2.1127+(1−0.1)×19.922 = 103. 86<br />

1+0.255<br />

Segundo este critério o presi<strong>de</strong>nte Bimbo da Posta não compra<br />

a patente à <strong>UBI</strong>.<br />

2) De acordo com o critério do lucro da empresa a <strong>de</strong>cisão<br />

será:<br />

π SP = ( ) (<br />

0.5<br />

0.1+0.255 − (0.1 + 0.255) ×<br />

0.5 2<br />

0.1+0.255)<br />

= . 704 23<br />

π P = 2.1127 − 10 − (0.1 + 0.255) × 19.922 = −14. 96<br />

Segundo este critério o presi<strong>de</strong>nte Bimbo da Posta não compra<br />

a patente à <strong>UBI</strong>.<br />

i) O presi<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong> <strong>de</strong>cretar um benefício fiscal ao investimento:


7.2. RESOLUÇÕES 75<br />

I 1 =<br />

(<br />

2<br />

0.5<br />

0.255+0.1−χ)<br />

= 19.922 (esta equação vem da condição <strong>de</strong><br />

óptimo P mg I = r + δ − χ - recorra aos seus apontamentos para<br />

explicar esta condição <strong>de</strong> óptimo!)<br />

(<br />

2<br />

0.5<br />

0.255+0.1−χ)<br />

= 19.922, Solution is : {χ = . 242 98} , {χ = . 467 02}<br />

O presi<strong>de</strong>nte escolhe a taxa mais baixa, 24.298% que lhe permite<br />

uma receita fiscal mais elevada. A receita fiscal com esta<br />

medida é 20 − 0.24298 × 19.922 = 15. 159 com a primeira taxa e<br />

20 − 0.46702 × 19.922 = 10. 696.<br />

j) Se usarmos o mo<strong>de</strong>lo do acerelador flexível estamos a consi<strong>de</strong>rar<br />

que o ajustamento ao stock <strong>de</strong> capital óptimo po<strong>de</strong> não<br />

ser feito todo <strong>de</strong> uma vez.<br />

Solução 38 Este exercício é semelhante ao primeiro exercício do<br />

capítulo 4 (procura <strong>de</strong> moeda). Resolva o exercício e encontre<br />

diferenças e semelhanças com o exercício referido. Na última<br />

alínea refira-se aos regimes <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> câmbio e às suas consequências<br />

para o <strong>de</strong>semprenho das diferentes políticas económicas.<br />

Solução 39 a) De seguida dão-se as características do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>scritas<br />

no enunciado e escrevem-se as respectivas equações. Notese<br />

que todas as componentes (excepto impostos) têm uma componente<br />

autónoma.<br />

- O consumo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do rendimento nacional disponível e da<br />

taxa <strong>de</strong> juro real;<br />

C = C + cY d − di<br />

- O investimento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do rendimento nacional e da taxa<br />

<strong>de</strong> juro real;<br />

I = I − bi<br />

- A procura <strong>de</strong> moeda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> positivamente do rendimento<br />

nacional e negativamente da taxa <strong>de</strong> juro real;<br />

L = L + kY − hi


76<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

- O orçamento está equilibrado, existem apenas impostos directos;<br />

G = T<br />

- As importações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do rendimento nacional;<br />

Q = Q + qY<br />

- As exportações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do rendimento do exterior;<br />

X = X + fY f<br />

- A oferta real <strong>de</strong> Moeda respon<strong>de</strong> positivamente <strong>de</strong> subidas<br />

na taxa <strong>de</strong> juro.<br />

M/P = M/P + mi<br />

b) De acordo com a teoria do consumo, verificámos que o consumo<br />

<strong>de</strong>pendia positivamente do rendimento permanente e inversamente<br />

da taxa <strong>de</strong> juro. A primeira equação escrita acima mostra<br />

uma relação positiva com o rendimento presente (mas não<br />

com o rendimento permanente) e negativa com a taxa <strong>de</strong> juro<br />

nominal (e não real como se estudou no capítulo do consumo).<br />

No capítulo do Investimento, verificou-se que este <strong>de</strong>pendia negativamente<br />

da taxa <strong>de</strong> juro real, como parte do custo marginal<br />

<strong>de</strong> investir. A segunda equação apresenta uma relação negativa<br />

entre investimento e taxa <strong>de</strong> juro nominal. No capítulo que se<br />

<strong>de</strong>bruçou sobre a procura <strong>de</strong> moeda verificou-se que esta <strong>de</strong>pendia<br />

positivamente do rendimento e negativamente da taxa <strong>de</strong> juro<br />

nominal, algo que também acontece com a terceira equação apresentada<br />

acima. Assim, as equações que escrevemos têm, nos<br />

seus efeitos mas não nas suas formas funcionais, alguma base<br />

microeconómica.


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 77<br />

c) A IS é:<br />

Y = C + cY d − di + I − bi + G + X + fY f − Q − qY ⇐⇒<br />

⇐⇒<br />

Y = C + I + G + X − Q − qY + fY f − cT + cY − (b + d)i ⇐⇒<br />

⇐⇒ Y (1 − c + q) = C + I + G + X − Q − qY + fY f + cY − (b + d)i ⇐⇒<br />

⇐⇒<br />

1 (<br />

Y =<br />

A + fY<br />

f<br />

− b + d<br />

1 − c + q<br />

1 − c + q i<br />

on<strong>de</strong> A = C + I + G + X − Q.<br />

A LM é:<br />

L + kY − hi = M/P − mi ⇐⇒<br />

⇐⇒ Y = 1 k<br />

h − m<br />

(M/P − L) + i<br />

k<br />

d) i) rendimento <strong>de</strong> equilíbrio:<br />

{ (<br />

Y = ) 1<br />

1−c+q A + fY<br />

f<br />

− b+d i 1−c+q<br />

Y = 1 h−m<br />

(M/P − L) + i ⇔<br />

k k<br />

{ (<br />

Y = ) 1<br />

1−c+q A + fY<br />

f<br />

− b+d<br />

1−c+q<br />

⇔<br />

i<br />

k<br />

Y − 1<br />

⇔<br />

(M/P − L) = i<br />

h−m h−m<br />

1 (<br />

⇔ Y =<br />

) A + fY<br />

f<br />

− b + d ( k<br />

1 − c + q<br />

1 − c + q h − m Y − 1<br />

)<br />

h − m (M/P − L) ⇔<br />

(<br />

⇔ Y 1 + b + d )<br />

k 1 (<br />

=<br />

) A + fY<br />

f<br />

+ b + d 1<br />

(M/P − L) ⇔<br />

1 − c + q h − m 1 − c + q<br />

1 − c + q h − m<br />

(<br />

1<br />

1 (<br />

⇔ Y =<br />

) 1 + b+d k<br />

A + fY<br />

f<br />

+ b + d<br />

)<br />

1<br />

1 − c + q<br />

1 − c + q h − m (M/P − L) 1−c+q h−m<br />

ii) multiplicador geral:<br />

1<br />

1+ b+d k<br />

1−c+q h−m<br />

iii) inclinação da curva da procura:<br />

1<br />

h−m<br />

∂Y<br />

= − 1 b+d 1<br />

M/P 2<br />

∂P 1+ b+d k<br />

= −<br />

1−c+q h−m b+d M/P 2<br />

1−c+q h−m<br />

1−c+q + k<br />

h−m<br />

e) As características <strong>de</strong> estabilizador automático presentes no<br />

multiplicador são d. Quanto maior for a reacção das importações<br />

ao rendimento menor o multiplicador, logo a economia reage <strong>de</strong>


78<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

forma mais suave a um choque exógeno, daí chamar-se estabilizador<br />

automático. O estabilizador automático a que usualmente<br />

se refere é a taxa marginal <strong>de</strong> imposto.<br />

∂Y<br />

f) = 1<br />

h−m<br />

b+d<br />

∂M/P<br />

1−c+q + k<br />

h−m<br />

. A diferença em relação ao efeito usual é o<br />

aparecimento da sensibilida<strong>de</strong> da oferta <strong>de</strong> moeda à taxa <strong>de</strong> juro<br />

(m) o que diminui o multiplicador.<br />

g) As equações que faltam ao mo<strong>de</strong>lo são i = i ∗ e uma função<br />

<strong>de</strong> exportações líquidas que <strong>de</strong>penda positivamente da taxa <strong>de</strong><br />

câmbio.<br />

h) A equação que falta ao mo<strong>de</strong>lo para caracterizar uma economia<br />

aberta com imperfeita mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitais é uma equação<br />

para a saída <strong>de</strong> fundos da economia: CF = g(i ∗ − i).<br />

Solução 40 a) Como anteriormente po<strong>de</strong> voltar a mostrar que as<br />

funções consumo ( ) são:<br />

1+ρ<br />

C 1 = W<br />

2+ρ 1<br />

( ) on<strong>de</strong> W 1 = Y 1 − T 1 + Y 2−T 2<br />

1+r<br />

C 2 = W . S 1+r 1 = Y 1 − C 1 = 1 (Y 2+ρ 1 −<br />

2+ρ 1<br />

( )<br />

1+ρ (<br />

T 1 ) −<br />

Y2 −T 2<br />

)<br />

2+ρ 1+r .<br />

( )<br />

1+ρ<br />

C 1 = W<br />

2+ρ 1 = ( ) ( )<br />

1+0.1<br />

2+0.1 150 − 15 +<br />

200−20<br />

1+0.1 = 156.43<br />

C 2 = ( ) ( )<br />

1+0.1<br />

2+0.1 150 − 15 +<br />

200−20<br />

1+0.1 = 156.43<br />

A <strong>de</strong>spesa do estado é 15 no primeiro período e 20 no segundo.<br />

b) Neste caso o problema resolve-se em duas fases: 1 o calculase<br />

o nível óptimo <strong>de</strong> investimento que maximiza o espaço <strong>de</strong><br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo intertemporal (abordagem do consumidor):<br />

I 1 = ( )<br />

0.5 2 (<br />

r+δ =<br />

0.5 2<br />

0.1+0.15)<br />

= 4<br />

Na 2 a fase incorpora-se o resultado obtido na primeira fase na<br />

riqueza intertemporal e calcula-se o consumo <strong>de</strong> acordo com as<br />

seguintes condições:<br />

C 1 = C 2 =<br />

9 > 156.43<br />

Y 1−T 1 −I 1 + Y 2 −T 2 +I0.5 1 +(1−δ)I 1<br />

1+r<br />

1+ 1<br />

1+r<br />

= ( 150−15−4+ 200−20+2+0.85×4<br />

1+0.1 )<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

= 156.


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 79<br />

Nota-se portanto que o consumo com investimento é superior<br />

ao consumo sem investimento. Assim, o agente maximizador <strong>de</strong><br />

bem-estar prefere investir a não investir.<br />

c) Com uma reserva fiscal <strong>de</strong> 20%, o custo marginal <strong>de</strong> investir<br />

<strong>de</strong>cresce nesta percentagem e assim o investimento fica:<br />

( ) 2 (<br />

0.5<br />

I 1 =<br />

r+δ−χ =<br />

0.5 2<br />

0.1+0.15−0.2)<br />

= 100<br />

O consumo vem alterado da seguinte forma:<br />

C 1 = C 2 =<br />

158. 81 > 156.9<br />

Y 1−T 1 −I 1 + Y 2 −T 2 +I0.5 1 +(1−δ)I 1 +χI 1<br />

1+r<br />

1+ 1<br />

1+r<br />

=<br />

(150−15−100+<br />

200−20+10+0.85×100+0.2×100<br />

1+0.1 )<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

Concluimos assim que esta medida é benéfica para o bem estar,<br />

o que também po<strong>de</strong> ser visto calculando a riqueza intertemporal<br />

e a utilida<strong>de</strong>:<br />

W 1 = ( )<br />

150 − 15 − 100 + 200−20+10+0.85×100+0.2×100 = 303. 18<br />

1+0.1<br />

U com χ = ln(C 1 ) + ln(C 2)<br />

ln(158. 81)<br />

= ln(158. 81) + = 9. 674 7, utilida<strong>de</strong><br />

1+r 1+0.1<br />

esta que se compara com as anteriores:<br />

U sem/I = ln(C 1 ) + ln(C 2)<br />

= ln(156.43) + ln(156.43) = 7. 578 9 e<br />

1+r 1+01<br />

U com/I = ln(C 1 ) + ln(C 2)<br />

= ln(156.9) + ln(156.9) = 7. 583 4.<br />

1+r 1+01<br />

Logo U com I e χ > U com/I sem χ > U sem/I .<br />

No entanto, até aqui assumimos que o governo não altera os<br />

impostos com a introdução da reserva fiscal (ou benefício fiscal<br />

para o investimento).<br />

No entanto, nas condições <strong>de</strong>finidas no<br />

problema esse aspecto tem que ser incorporado na resposta. Assim,<br />

o impacto na dívida actualizada vem:<br />

15 + T 2−0.2×I 1<br />

= 15 + 20 ⇔ 15 + T 2−0.2×100<br />

= 15 + 20<br />

1+r 1+r 1+0.1 1+0.1<br />

15 + T 2−0.2×100<br />

= 33.182 ⇔<br />

1+0.1<br />

= 33. 182 ⇔<br />

⇔ 15 + T 2−0.2×100<br />

1+0.1<br />

= 33.182, Solution is : {T 2 = 40.0} .<br />

Incorporando este novo nível <strong>de</strong> impostos no problema do consumidor,<br />

fica:<br />

C 1 = C 2 =<br />

Y 1−T 1 −I 1 + Y 2 −T 2 +I0.5 1 +(1−δ)I 1 +χI 1<br />

1+r<br />

1+ 1<br />

1+r<br />

= ( 150−15−100+ 200−40+10+0.85×100+0.2×100<br />

1+0.1 )<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

=<br />

=


80<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE<br />

149. 29 < 156.43, o que nos leva a concluir que na realida<strong>de</strong> o consumidor<br />

fica pior com esta medida do que sem ela, o que se fica a<br />

<strong>de</strong>ver a um aumento dos impostos para financiar a medida. Note<br />

então que a reserva fiscal aumenta o investimento mas tem um<br />

efeito adverso no consumo e bem-estar.<br />

d-1) Se o estado aumentar os gastos em 10 no primeiro período<br />

isso po<strong>de</strong> repercurtir-se num aumento <strong>de</strong> impostos no primeiro<br />

período ou na contração <strong>de</strong> dívida pública (aumento dos impostos<br />

no segundo período). No primeiro caso o aumento nos impostos<br />

T 1 é <strong>de</strong> 10.<br />

153. 57<br />

C 1 = C 2 =<br />

Y 1−T 1 −I 1 + Y 2 −T 2 +I0.5 1 +(1−δ)I 1 +χI 1<br />

1+r<br />

1+ 1<br />

1+r<br />

= ( 150−25−100+ 200−20+10+0.85×100+0.2×100<br />

1+0.1 )<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

Na segunda situação o aumendo dos impostos verifica-se no<br />

segundo período e é <strong>de</strong> T 2 = (1+r)×10 = 11. O impacto no consumo<br />

é <strong>de</strong>:<br />

C 1 = C 2 =<br />

153. 57.<br />

Y 1−T 1 −I 1 + Y 2 −T 2 +I0.5 1 +(1−δ)I 1 +χI 1<br />

1+r<br />

1+ 1<br />

1+r<br />

= ( 150−15−100+ 200−31+10+0.85×100+0.2×100<br />

1+0.1 )<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

O consumo é o mesmo no primeiro caso (impostos) e no segundo<br />

(dívida), uma vez que se verifica a equivalência Ricardiana.<br />

d-2) No caso em que o governo tem um horizonte intertemporal<br />

superior ao das famílias e no caso da dívida pública o aumento<br />

dos impostos que daí resulta po<strong>de</strong> incidir sobre períodos já fora do<br />

horizonte temporal das famílias o que faz que do ponto <strong>de</strong> vista<br />

do consumo e da utilida<strong>de</strong> a situação <strong>de</strong> dívida pública possa ser<br />

preferível à situação <strong>de</strong> impostos. Recor<strong>de</strong> que um horizonte temporal<br />

do estado superior ao das famílias é uma das razões para<br />

que a equivalência Ricardiana não se verifique.<br />

Aproveite este<br />

momento para recordar todas as outras situações que que falha a<br />

equivalência Ricardiana.<br />

=<br />

=


7.2.<br />

RESOLUÇÕES 81<br />

e) A reserva fiscal não compensa o efeito dos gastos porque<br />

por si só até piora o consumo (embora aumente o investiomento).<br />

A solução para aumentar o consumo e o investimento simultaneamente<br />

po<strong>de</strong> ser um aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> que aumente a<br />

elasticida<strong>de</strong> do investimento na função <strong>de</strong> produção.<br />

f) I 1 = ( )<br />

0.5 2 ( )<br />

r+δ =<br />

0.5 2<br />

0.1+0.15 = 4 ⇒ I<br />

agregado<br />

1 = 4 × 100 = 500<br />

Na 2 a fase incorpora-se o resultado obtido na primeira fase na<br />

riqueza intertemporal e calcula-se o consumo <strong>de</strong> acordo com as<br />

seguintes condições:<br />

9 ⇒<br />

C 1 = C 2 =<br />

Y 1−T 1 −I 1 + Y 2 −T 2 +I0.5 1 +(1−δ)I 1<br />

1+r<br />

1+ 1<br />

1+r<br />

C agregado<br />

1 = 156.9 × 100 = 15690.0<br />

C agregado<br />

2 = 156.9 × 150 = 23535.<br />

=<br />

(150−15−4+<br />

200−20+2+0.85×4<br />

1+0.1 )<br />

1+ 1<br />

1+0.1<br />

= 156.<br />

S agregado<br />

1 = Y agregado<br />

1 − T agregado<br />

1 − C agregado<br />

1 − I agregado<br />

1 = 135 × 100 −<br />

15690 − 400 = −2590.0<br />

NX = −2590.0 − 400 = −2990.0.<br />

A taxa <strong>de</strong> juro internacional é inferior à taxa doméstica, embora<br />

a taxa em vigor nesta economia seja a taxa <strong>de</strong> juro internacional,<br />

caso contrário a poupança seria igual ao investimento.


82<br />

CAPÍTULO 7. EXERCÍCIOS SÍNTESE


Capítulo 8<br />

Definições<br />

T - Impostos.<br />

G - Despesas Correntes do Governo.<br />

C - Consumo Privado.<br />

S - Poupança.<br />

W - Riqueza em valor presentes.<br />

Y - Rendimento.<br />

I - Investimento.<br />

NX - Exportações Líquidas ou Balança Comercial.<br />

X - Exportações.<br />

M - Importações.<br />

r - Taxa <strong>de</strong> Juro Real.<br />

i - Taxa <strong>de</strong> Juro Nominal.<br />

K - Capital físico.<br />

L - Número <strong>de</strong> trabalhadores ou horas trabalhadas.<br />

H - Capital Humano.<br />

N - Recursos Naturais.<br />

n - número <strong>de</strong> anos, tempo.<br />

OA - Oferta Agregada.<br />

P A - Procura Agregada.<br />

83


84<br />

CAPÍTULO 8. DEFINIÇÕES<br />

CP - Curto Prazo.<br />

LP - Longo Prazo.<br />

R - Taxa <strong>de</strong> câmbio real.<br />

e - Taxa <strong>de</strong> câmbio nominal.<br />

Nota : os parâmetros usados no mo<strong>de</strong>lo IS-LM são <strong>de</strong>finidos nos<br />

exercícios.<br />

8.1 Alfabeto Grego<br />

α − alpha<br />

β − beta<br />

γ − gama<br />

δ − <strong>de</strong>lta<br />

ɛ − epsilon<br />

ε − varepsilon<br />

ζ − zeta<br />

η − eta<br />

θ − theta<br />

ϑ − vartheta<br />

ι − iota<br />

κ − kappa<br />

λ − lambda<br />

µ − miu<br />

ν − niu<br />

ξ − csi<br />

π − pi<br />

ϖ − varpi<br />

ρ − rho<br />

σ − sigma<br />

ς − varsigma


8.1. ALFABETO GREGO 85<br />

τ − tao<br />

υ − upsilon<br />

φ − phi<br />

ϕ − varphi<br />

χ − chi<br />

ψ − psi<br />

ω − omega<br />

κ − varkappa<br />

ϱ − varrho


86<br />

CAPÍTULO 8. DEFINIÇÕES


Capítulo 9<br />

Publicações do Autor<br />

9.1 Artigos Científicos <strong>de</strong> Macroeconomia em<br />

Revistas Internacionais com Referee<br />

1. Sequeira, Tiago N. (2003), “High-Tech Human Capital: Do<br />

the richest countries invest the most?”, The B.E. Journal of<br />

Macroeconomics (Topics), vol.3: n. 1, Article 13. http://<br />

www.bepress.com/bejm/topics/vol3/iss1/art13.<br />

2. Sequeira, Tiago N. and A. B. Reis (2006), “Human Capital<br />

Composition, R&D and the Increasing Role of Services”, The<br />

B.E. Journal of Macroeconomics (Topics), vol.6: n. 1, Article<br />

12. http://www.bepress.com/bejm/topics/vol6/iss1/art12.<br />

3. Sequeira, Tiago N. (2007), “Human Capital Composition, Growth<br />

and Development: An R&D growth mo<strong>de</strong>l versus data”, Empirical<br />

Economics,vol.32(1), p.41-65, DOI 10.1007/ s00181-<br />

006-0071-8.<br />

4. Sequeira, Tiago N. and P. M. Nunes, “Does Tourism Influence<br />

Economic Growth? A Dynamic Panel Data Approach”,<br />

87


88<br />

CAPÍTULO 9. PUBLICAÇÕES DO AUTOR<br />

Applied Economics, accepted August 2006.<br />

5. Sequeira, Tiago N. and A. B. Reis, “Human Capital and Overinvestment<br />

in R&D”, Scandinavian Journal of Economics,<br />

accepted February 2007.<br />

9.2 Capitulos <strong>de</strong> Macroeconomia em Livros<br />

Internacionais com Referee<br />

1. Sequeira, Tiago N. and C. Campos (2006), “Tourism and Economic<br />

Growth: A Panel Data Approach”, in Matias, A, P.<br />

Nijkamp and P. Neto (eds.), Advances in Mo<strong>de</strong>rn Tourism<br />

Research, Physica-Verlag, Springer.<br />

9.3 Tese <strong>de</strong> Doutoramento<br />

1. Sequeira, Tiago N. (2004), Essays on Human Capital, Economic<br />

Growth and Development, Tese <strong>de</strong> Doutoramento, Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Economia, Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa (Orientadores:<br />

Ana Balcão Reis and José Albuquerque Tavares; Júri:<br />

João Ferreira Gomes, Isabel Horta Correia, Mário Páscoa,<br />

Vasco Santos).<br />

9.4 Outros Artigos Científicos Internacionais<br />

com Referee<br />

1. Nunes, Paulo M., T. N. Sequeira and Z. Serrasqueiro (2007),<br />

“Firms’ Leverage and Labor Productivity: a Quantile Ap-


9.4. OUTROS ARTIGOS CIENTÍFICOS INTERNACIONAIS COM REFEREE89<br />

proach to Portuguese Firms”, Applied Economics, iFirst 2007,<br />

1-6.<br />

2. Serrasqueiro, Z., T. N. Sequeira and P.M Nunes, “Firms’<br />

Growth Opportunities and Profitability:<br />

a Non-Linear Relationship”,<br />

Applied Financial Economics Letters, accepted<br />

February 2007.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!