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Propriedade e administração:<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstrasse 48<br />
8004 Zürich<br />
Directora: Sandra Ferreira CICC nº 28 | Ano: XXI | N.º: 201 | Janeiro 2015 | Mensal | Gratuito<br />
Tel.: 044 241 52 60<br />
Fax: 044 241 53 59<br />
Web: www.cldz.ch<br />
E-mail: info@cldz.ch<br />
<strong>Magia</strong><br />
Filhos dos associados do<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
viveram uma tarde inesqécível<br />
e <strong>sonho</strong><br />
“Neste novo ano faço votos para que todos<br />
sejam mais felizes, sonhem mais, vivam mais<br />
a vida, arrisquem mais, aproveitem mais<br />
tudo o que têm para aproveitar, pois um<br />
dia, tudo isso irá acabar.<br />
“<br />
Armindo Alves<br />
Entrevista<br />
Miguel Campos -<br />
“um dasafio a quem gosta<br />
de Desporto...” - pág. 06<br />
Desporto<br />
Direito<br />
Direito<br />
13ª Gala da Federação Alguém de de de pagar...!” Problemática dos<br />
Futebol da Região de Zurique pág. contratos 14 através da Internet.<br />
- pág. 08<br />
- pág. 14
2 – Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Janeiro 2015<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Birmensdorferstr, 48<br />
8004 Zürich<br />
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Consulado Geral de Portugal em Zurique<br />
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Cursos de alemão 076 332 08 34<br />
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Futebol<br />
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Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />
Serviços de ensino: 031 352 73 49<br />
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imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />
Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />
Tel.: 044 412 37 37<br />
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Rancho folclórico<br />
076 379 67 27 / mribatejo@hotmail.com<br />
076 344 15 40 / rancho@cldz.ch<br />
Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />
Polícia 117<br />
Bombeiros 118<br />
Ambulância 144<br />
Intoxicações 145<br />
Rega 1414<br />
Missão Católica de Língua Portuguesa – ZH<br />
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Esta publicação não<br />
adopta nem respeita o<br />
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- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h
Janeiro 2015 Editorial<br />
Lusitano de Zurique– 3<br />
A ´´união faz a força´´ - Bom Ano!<br />
O Ano 2014 que ainda há pouco era o<br />
ano novo, passou a ser o ano velho!<br />
Novinho em folha, o ano 2015 já chegou<br />
e como sempre que traga para<br />
todos, novas esperanças, novas amizades,<br />
novos <strong>sonho</strong>s, novos objectivos<br />
e muita saúde.<br />
Faço votos que o ano 2015 nos traga<br />
mais coisas positivas e nada de negativo,<br />
que nos traga muita força para<br />
que possamos enfrentar as dificuldades<br />
que nos possam surgir e essencialmente<br />
que nos traga muita saúde.<br />
Fazendo uma retrospectiva do ano<br />
velho e ao ler e ver as notícias do<br />
nosso país e do país de acolhimento,<br />
constato que todos temos ainda tarefas<br />
por cumprir. Não espere que que<br />
as coisas irão mudar simplesmente<br />
porque temos mais um ano novo acabadinho<br />
de estrear.<br />
A mudança começa por nós próprios!<br />
Sejamos nós a começar com a mudança<br />
a qual gostaríamos que acontecesse.<br />
Com o tempo e força de vontade<br />
as coisas começarão a mudar<br />
também, mesmo que demore.<br />
A felicidade e o sucesso de cada um<br />
está dentro de nós. Temos que ter<br />
coragem de seguir os nossos <strong>sonho</strong>s,<br />
sem medo de ser felizes, sem medo<br />
de arriscar e sem medo de falhar,<br />
porque falhar também faz parte do<br />
sucesso. Devemos seguir os nossos<br />
<strong>sonho</strong>s sem prejudicar o próximo e<br />
não ir atrás das ideias dos outros, sigamos<br />
pois as nossas próprias. Ignore<br />
quem fala ou deixa de falar sobre<br />
nós próprios. Há ocasiões que temos<br />
que ser cegos, surdos e mudos!<br />
Vivemos num mundo onde nada nos<br />
falta. Temos tudo para ser felizes e<br />
ajudar os outros também a ser felizes.<br />
Às vezes o egoísmo, a avareza,<br />
o desconhecimento e a ignorância<br />
tomam conta de nós, e em vez de<br />
solidariamente ajudarmos uns aos<br />
outros só nos prejudicamos. Atitudes<br />
negativas não nos levam a lado<br />
nenhum. Desde pequenino diziam-<br />
-me, que a “união faz a força” e é bem<br />
real esta afirmação, pois neste país<br />
onde nos encontramos, quanto mais<br />
unidos estivermos mais sucesso teremos!<br />
Neste novo ano faço votos para que<br />
todos sejam mais felizes, sonhem<br />
mais, vivam mais a vida, arrisquem<br />
mais, aproveitem mais tudo o que<br />
têm para aproveitar, pois um dia,<br />
tudo isso irá acabar para todos nós.<br />
Feliz Ano Novo!<br />
Armindo Alves - sub-director<br />
Cartão de Identidade de Colaborador das<br />
Comunidades nº 31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
“Temos que ter coragem<br />
de seguir os nossos<br />
<strong>sonho</strong>s, sem medo de ser<br />
felizes, sem medo de arriscar<br />
e sem medo de falhar,<br />
porque falhar também<br />
faz parte do sucesso.<br />
”<br />
Ficha técnica<br />
Propriedade<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
8004 Zürich<br />
Email: info@cldz.ch<br />
Administração<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
Directora<br />
4Sandra Ferreira - CICC nº28<br />
lusitanozurique@gmail.com<br />
Sub-director<br />
4Armindo Alves - CICC nº31<br />
alves.armindo@kronschnabl.ch<br />
Redacção e Colaboração<br />
4Cristina Fernandes Alves CICC nº32<br />
4Maria José Bernardo CICC nº29<br />
4Pedro Nabais CICC nº 30<br />
4Joana Araújo CICC nº27<br />
4Jorge Rodrigues CICC nº33<br />
4Daniel Bohren4Zuila Messmer<br />
4Domingos Pereira4Marta Pérez<br />
4Mónica Carvalhais4Emília Farinha<br />
4Mendes Serafim4Manuel Beja<br />
4Carlos Esperança4Carmindo de Carvalho<br />
4Pedro Barroso4Carlos Ademar<br />
4Amadeu Homem 4Carlos Paz4<br />
Nota: Os textos publicados, são da exclusiva responsabilidade dos seus<br />
autores e não representam necessariamente as opiniões do Lusitano de Zurique.<br />
Outras fontes:<br />
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Edição, composição e paginação<br />
Manuel Araújo -Jornalista 4365<br />
Braga – Portugal<br />
araujo@manuelaraujo.pt<br />
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Impressão: DM Braga<br />
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Periodicidade: Mensal<br />
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Esta publicação não adopta<br />
Nem respeita o (des)Acordo<br />
Ortográfico.<br />
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4 – Lusitano de Zurique Desporto<br />
Janeiro 2015
Janeiro 2015 Lusitano de Zurique– 5<br />
Exmo Senhor Armindo Alves<br />
Acusamos a receção do donativo ( 4.408,11 Euros) do<br />
Centro Lusitano de Zurique.<br />
Uma vez mais vimos agradecer a donativo que nos<br />
concederam e que será um contributo importante para<br />
minorar as nossas dificuldades financeiras, no trabalho<br />
desenvolvido diariamente em socorrer e proteger a<br />
população deste concelho sobretudo nos acessos a cuidados<br />
de saúde.<br />
A V.Exa., ao Centro Lusitano de Zurique e a todos os<br />
que contribuíram o nosso muito Obrigado.<br />
Segue em anexo para efeitos contabilísticos o recibo<br />
referente a contribuição que nos foi atribuída .<br />
Cópia do agradecimento público efectuado pelo Centro Social<br />
e Paroquial do Divino Salvador de Rossas.<br />
Com os nossos melhores cumprimentos,<br />
P´la Direção e Comando<br />
Jorge Bernardo
6 – Lusitano de Zurique Janeiro 2015<br />
´´Lanço daqui um desafio a quem gosta de<br />
desporto´´ - Miguel Campos<br />
Pedro Nabais<br />
Lusitano Zurique - És<br />
considerado um dos<br />
pais dos juniores de<br />
Futebol do Centro Luzitano<br />
de Zurique. O que<br />
te levou a abraçar este<br />
projecto?<br />
Miguel Campos - É verdade<br />
nunca pensei que<br />
sobrasse para mim, mas<br />
como eram poucos pais,<br />
alguém tinha que dar os<br />
primeiros passos e com<br />
a ajuda do Armindo e de<br />
mais alguns pais demos<br />
os primeiros passos. Abraçamos<br />
isto desde início<br />
com muito carinho e com<br />
muitas dificuldades mas<br />
pouco a pouco fomos<br />
crescendo e nunca pensei<br />
que chegaríamos a esta dimensão.<br />
Vamos continuar<br />
a andar para a frente com<br />
muita determinação, e dar<br />
continuidade a este projecto<br />
que espero que seja<br />
por muitos anos.<br />
LZ - Quais as grandes dificuldades<br />
que enfrentas<br />
neste trabalho com<br />
os juniores?<br />
MC - Poderia mencionar<br />
várias, mas a maior e a<br />
que mais me preocupa é<br />
o problema dos treinadores;<br />
assumirem o papel do<br />
principio ao fim, que não<br />
deixem o trabalho a meio.<br />
Penso que posso mencionar<br />
também, que como<br />
são muitas crianças e pais<br />
e como cada um tem o<br />
seu carácter temos que<br />
saber lidar com isso tudo<br />
o que às vezes se torna<br />
muito complicado e difícil.<br />
Eles às vezes também<br />
tem razão, mas isso tem<br />
a ver com as alterações<br />
das crianças nos grupos,<br />
ou por causa da idade ou<br />
por causa das conveniências<br />
das diversas equipas.<br />
Outra grande dificuldade é<br />
em relação à pontualidade<br />
das crianças aos treinos,<br />
pois os transportes para<br />
aquela zona também não<br />
são os melhores e os pais<br />
como trabalham, muitas<br />
vezes não conseguem que<br />
eles estejam todos à mesma<br />
hora para começarem<br />
o treino. São estes os três<br />
problemas que nós temos,<br />
de resto tudo está a andar<br />
sobre rodas.<br />
LZ - Estás satisfeito com<br />
as pessoas que estão a<br />
trabalhar contigo?<br />
MC - Sim, sim, não vou dizer<br />
que não estou. Nestes<br />
quase 6 anos de caminhada<br />
tivemos 3 ou 4 desistiram,<br />
8 ou 9 compareceram,<br />
estão a dar-nos uma<br />
mão, sei que alguns, de<br />
vez enquanto falham ao<br />
sábado por motivos pessoais<br />
ou de trabalho que é<br />
o dia que temos jogos, por<br />
isso estamos a tentar arranjar<br />
mais um treinador<br />
para cada equipa pois já<br />
houve o caso de no mesmo<br />
sábado os dois não<br />
poderem aparecer pelos<br />
motivos que já mencionei,<br />
mas em norma estou muito<br />
contente com eles, espero<br />
que continuem.<br />
LZ - Nestes poucos anos<br />
de existência já tiveram<br />
equipas Campeãs?<br />
MC - Sim, neste curto espaço<br />
de tempo já tivemos<br />
3 equipas que se sagraram<br />
campeãs, foi com<br />
todo o mérito dos jogadores<br />
e treinadores, somos<br />
uma equipa estrangeira e<br />
competir aqui em Zurique<br />
onde há muitas equipas<br />
suíças e de outras nacionalidades.<br />
Ao sagrarmo-<br />
-nos campeões indica que<br />
estamos ao mesmo nível<br />
deles com este tempo de<br />
trabalho.<br />
LZ - Isso demonstra o<br />
bom trabalho que está<br />
a desenvolver?<br />
MC - Sim, sem dúvida,<br />
LZ - Miguel que mais poderás<br />
acrescentar?<br />
MC - Penso que toda a<br />
malta está contente e já<br />
agora lanço daqui um desafio<br />
a quem gosta de desporto<br />
e em particular futebol;<br />
tenho necessidade de<br />
mais duas ou três pessoas<br />
para treinar as crianças e<br />
uma que também fizesse<br />
um pouco do meu trabalho<br />
como responsável do<br />
departamento de Juniores,<br />
pois arranjar torneios,<br />
árbitros organizar jogos<br />
para todas estas equipas,<br />
arranjar salões de treinos<br />
para o inverno torna-se<br />
muito difícil e eu não chego<br />
para tudo. Gostava de<br />
tomar conta de três ou<br />
quatro equipas e o outro<br />
responsável ficaria encarregue<br />
das outras. Quero<br />
aproveitar a oportunidade<br />
para agradecer aos nossos<br />
patrocinadores pelo grande<br />
apoio que têm dado às<br />
equipas, às pessoas que<br />
têm apitado os jogos, a<br />
todo o grupo de trabalho,<br />
sem eles este projecto teria<br />
mais dificuldades, se<br />
houver alguém estiver interessado<br />
em nos apoiar,<br />
seja em patrocínios ou de<br />
outra forma, estaremos<br />
sempre de braços abertos<br />
para os receber.
Janeiro 2015 Comunidades<br />
Lusitano de Zurique– 7<br />
´´Estamos à altura...´´- Restaurante<br />
Rössli<br />
Maria José Bernardo<br />
Lusitano de Zurique-<br />
Há quantos anos está à<br />
frente do Rössli?<br />
da à portuguesa, açorda,<br />
posta de vitela à moda de<br />
Alvarenga, carne de porco<br />
à alentejana, etc.. O nosso<br />
objectivo é satisfazer os<br />
vários tipos de clientela.<br />
Pinto - Em Wetzikon , estamos<br />
já há vários anos.<br />
No Rössli, há muito pouco<br />
tempo, simplesmente 8<br />
meses. Mas desde a chegada<br />
à Suíça, já lá vão 30<br />
anos, pois era o 4 de Julho<br />
de 1984.<br />
L - A vossa casa tem capacidade<br />
para quantos<br />
clientes?<br />
P - É uma casa pequena,<br />
mas muito acolhedora,<br />
com espaço para 85 pessoas.<br />
L- Que tipo de cozinha<br />
tem o Rössli?<br />
P - A nossa experiência<br />
diz-nos que uma boa cozinha<br />
portuguesa fazia<br />
falta e aconselha-se. Por<br />
isso, somos uma mistura<br />
das boas especialidades<br />
suíças, italianas com o<br />
que na cozinha tradicional<br />
portuguesa nos faz crescer<br />
água na boca. Como<br />
por exemplo, os vários<br />
tipos de bacalhau, massada<br />
de peixe, arroz de<br />
polvo com gambas, feijoada<br />
de marisco, chocos<br />
grelhados, os vários tipos<br />
de cataplana… Fazemos<br />
igualmente pratos e iguarias<br />
relacionados com<br />
as diferentes regiões do<br />
nosso país, como cozido<br />
à transmontana, feijoa-<br />
L - Se um grupo reservar<br />
e quiser um determinado<br />
prato que não<br />
se encontre na ementa,<br />
são abertos a satisfazer<br />
os clientes?<br />
P - Somos restaurante<br />
para servir qualquer tipo<br />
de evento, como também<br />
qualquer tipo de desejo<br />
ou vontade, sempre que<br />
previamente reservado<br />
e por encomenda. Estamos<br />
à altura de, dentro da<br />
verdadeira cozinha portuguesa,<br />
poder satisfazer os<br />
nossos queridos clientes.<br />
Estamos abertos de terça<br />
a domingo, com especial<br />
impacto sábado à noite<br />
e domingo ao meio-dia,<br />
derivado às diferentes especialidades<br />
criadas para<br />
cada fim-de-semana.<br />
L- O Lusitano de Zurique<br />
deseja-lhe tudo de bom<br />
neste Novo Ano.<br />
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VIDA<br />
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AUTOMÓVEL<br />
PERDA DE SALÁRIO, etc...<br />
CRÉDITOS DESDE 8,9%<br />
“permissos” L, B, C
8 – Lusitano de Zurique Janeiro 2015<br />
13 ª Gala da Federação de Futebol<br />
da Região de Zurique
Janeiro 2015 Lusitano de Zurique– 9<br />
Texto, Armindo Alves<br />
Fotos, Bruno Füchslin<br />
A Federação de Futebol da Região de Zurique realizou<br />
a 13ª Gala na sexta-feira 12 de Dezembro 2014 na Kongresshaus<br />
em Zurique. Ao fechar do ano a federação<br />
realiza este evento de grande dimensão para nomear<br />
atletas, associações, árbitros e membros directivos de<br />
diversas instituições. Estiveram presentes mais de 900<br />
convidados, num convívio que durou mais ao menos<br />
cinco horas. Presentes estiveram atletas e treinadores<br />
de alto nível do Futebol Suíço, assim como Políticos,<br />
Economistas e cerca de 120 associações cada uma representada<br />
por duas pessoas.<br />
A dar as boas vindas aos convidados estiveram presentes<br />
40 crianças do escalão Juvenil do Centro Lusitano<br />
de Zurique, todos eles se portaram magnificamente.<br />
No final receberam um chapéu, uma T-Shirt e uma<br />
bola. Esta participação ficará na memória de todas estas<br />
crianças para o resto da vida.
10 – Lusitano de Zurique Janeiro 2015<br />
Festa de<br />
Natal 2015<br />
Hoje em dia as crianças estão cheias<br />
de brinquedos, por isso mais<br />
uma vez a direcção do Centro Lusitano<br />
decidiu tirar as crianças de<br />
casa e levá-las ao Circo Connelli no<br />
coração da cidade de Zurique. Suspenso<br />
por cima do lago de Zurique,<br />
é um circo pequenino, muito acolhedor<br />
e com um programa muito<br />
recheado e próprio para a época<br />
natalícia.<br />
Os filhos dos sócios com menos de<br />
12 anos, tem todos os anos direito<br />
a uma prenda de Natal.<br />
Apesar do Frio, à hora combinada<br />
as crianças iam chegando ao lo-
Janeiro 2015 Lusitano de Zurique– 11<br />
cal marcado acompanhados pelos<br />
pais. Aí receberam uma bebida e<br />
foram repartidos pelos responsáveis,<br />
que tomaram conta delas<br />
durante duas horas, desde já o nosso<br />
grande obrigado.<br />
Na pausa foram distribuídas as<br />
habituais e desejadas pipocas, o<br />
cheiro delicioso pairava em todos<br />
os cantos do Circo e as crianças estavam<br />
desejosas para as saborear.<br />
No final a alegria e os olhos das crianças<br />
diziam tudo, foi uma tarde de<br />
um Domingo de <strong>sonho</strong>, cor, música<br />
e magia. Foi uma tarde bem passada<br />
e diferente. Para o ano há mais...<br />
Obrigado por fazeres parte!<br />
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12 – Lusitano de Zurique Comunidades<br />
Janeiro 2015<br />
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Nelson 076 640 48 27
Janeiro 2015 Comunidade<br />
Lusitano de Zurique– 13<br />
´´Cuidamos de si´´- Samy,<br />
Lucy<br />
Maria José Bernardo<br />
Num ambiente muito<br />
agradável e num<br />
local de fácil acesso<br />
em Altestteten, Samy<br />
que é cabeleireira há<br />
quatro anos, abriu<br />
em conjunto com a<br />
Lucy, esteticista desde<br />
2010, em Outubro<br />
deste ano um espaço<br />
público onde recebem<br />
as suas clientes.<br />
Falamos com elas.<br />
Lusitano de Zurique<br />
- Ser cabeleireira<br />
era um <strong>sonho</strong>?<br />
Samy - Era um <strong>sonho</strong><br />
adiado pois em Portugal<br />
não tinha possibilidade<br />
de o fazer,<br />
quando aqui cheguei<br />
há 15 anos procurei<br />
mas encontrei a barreira<br />
da língua e foi<br />
complicado conseguir,<br />
pois aprender a<br />
língua e fazer o curso<br />
era ainda mais complicado<br />
e mais uma<br />
vez ficou para traz.<br />
Até que surgiu a<br />
oportunidade de fazer<br />
a teoria em português<br />
e prática em<br />
alemão foi aí que vi<br />
que a minha vez tinha<br />
chegado pois<br />
já me era mais fácil,<br />
pois já dominava o<br />
alemão.<br />
LZ - Porquê abrir<br />
este espaço em<br />
língua portuguesa,<br />
sentiste uma lacuna<br />
nesta área?<br />
Samy – Em português<br />
porque é a nossa<br />
língua e a nossa<br />
cultura. Eu já trabalhava<br />
em casa e então<br />
já tinha muitos<br />
clientes que transitaram<br />
para o salão mas<br />
claro que estamos<br />
abertos para toda a<br />
gente.<br />
LZ - Trabalhas com<br />
marcação, ou atendes<br />
como vão aparecendo<br />
na hora?<br />
Samy - Segunda a<br />
quarta é com marcação,<br />
quinta, sexta e<br />
sábado estou todo o<br />
dia no Salão. As marcações<br />
desde que<br />
nos seja possível podem<br />
ser no próprio<br />
dia. Também atendo<br />
as clientes que vem<br />
sem marcar desde<br />
que isso me seja possível.<br />
Faço tudo o que<br />
tem a ver com cabelos;<br />
alisamentos, madeixas<br />
, tratamentos<br />
com karatina ,etc.<br />
Tenho uma gama<br />
de produtos italiana<br />
nova para mim e<br />
também aqui na Suíça<br />
mas que me dá<br />
garantias de um bom<br />
trabalho.<br />
LZ- Já tens experiência<br />
de um estabelecimento<br />
aberto,<br />
como correu<br />
essa experiência?<br />
Lucy – Sim é verdade<br />
trabalhei sozinha<br />
com uma casa aberta<br />
em Urdorf foi uma<br />
boa expêriencia mas<br />
as minhas clientes<br />
eram muitas delas de<br />
Zurich e então comecei<br />
à procura de algo<br />
aqui nesta zona, foi<br />
então que conheci a<br />
Samy. Ela também<br />
queria alguém para<br />
partilhar um espaço,<br />
juntamo-nos e aqui<br />
estamos a trabalhar<br />
em conjunto.<br />
O meu trabalho inclui<br />
unhas, depilação,<br />
massagem, limpezas<br />
de pele, tratamentos<br />
do rosto, resumindo,<br />
tudo o que se inclui<br />
na estética.<br />
LZ- Este projecto<br />
tem pernas para<br />
andar?<br />
Samy , Lucy - Claro<br />
que sim está a<br />
correr bem devagar<br />
mas vai caminhando,<br />
também nos<br />
queremos ir actualizando<br />
com mais<br />
cursos e formações<br />
que nos forem surgindo,<br />
as linhas de<br />
produtos também<br />
nos vão fornecendo<br />
estas oportunidades<br />
e não as vamos desperdiçar.<br />
Estamos aqui para<br />
os nossos clientes<br />
venham-nos visitar,<br />
temos um ambiente<br />
acolhedor trabalhamos<br />
com bons produtos<br />
de qualidade<br />
para que as nossas<br />
clientes voltem uma<br />
segunda vez satisfeitas<br />
com o nosso<br />
trabalho. Cuidamos<br />
de si, este e o nosso<br />
slogan.<br />
O Lusitano de Zurique<br />
deseja a estas<br />
duas jovens muito<br />
sucesso no seu projecto.
14 – Lusitano de Zurique Direito<br />
Janeiro 2015<br />
Internet<br />
contratos<br />
A filha D. de E.C. registou-se na Internet para a participação<br />
gratuita num concurso, onde se pode ganhar um<br />
i-phone 6. Era pelo menos o que ela pensava. Depois de<br />
se registar D. obteve uma carta de agradecimento pelo<br />
registo com um prazo de 2 anos, assim como uma fatura<br />
para a taxa de registo e os custos de assinatura para<br />
o primeiro ano.<br />
D. revogou de imediato por escrito o contrato. Obteve<br />
de seguida uma nova carta, onde a rescisão do contrato<br />
era confirmada juntamente com uma fatura sobre a<br />
taxa de registo e sobre os custos de assinatura para os<br />
2 anos conjuntamente, a saber à volta de € 460. Para<br />
evitar uma execução (Betreibung) a mãe E.C. pagou esta<br />
fatura. Depois disto veio da agência de cobranças X.<br />
uma fatura sobre os custos de cobrança de € 150. E.C.<br />
resolveu vir pedir o meu conselho.<br />
Em relação a este procedimento bastante frequente há<br />
o seguinte a observar:<br />
1. Há muitas empresas na Internet, cujo negócio<br />
consiste somente em levar outras pessoas a fechar<br />
um contrato por serviços que não servem<br />
para nada, sendo estas assinaturas na maior parte<br />
das vezes válidas para um prazo contratual fixo<br />
mais prolongado. Quem se regista na Internet ou<br />
através de aparelhos de comunicação móveis,<br />
deve informar-se antes com tanta exatidão quanto<br />
possível. Por um lado deve-se ler toda a página<br />
web e as Condições Contratuais com muita atenção<br />
a que se encontra imprimido com caracteres<br />
pequenos. Depois deve-se pôr a empresa que<br />
faz a oferta no Google, a saber juntamente com<br />
o conceito de busca “Avaliações” (Bewertung). As<br />
empresas fraudulentas são na maior parte conhecidas<br />
e há muitas participações sobre elas como<br />
“Abo-Falle” (cilada de assinaturas) ou “Hände weg”<br />
(não toque) ou parecido.<br />
2. Quem encomendou mercadorias ou serviços do<br />
espaço europeu, tem um prazo de revogação legal<br />
de 14 dias. O prazo começa após obtenção<br />
da mercadoria. A mercadoria tem de ser devolvida<br />
dentro do prazo de 14 dias a custos próprios.<br />
Há algumas exceções ao direito de revogação.<br />
Obtém-se mais informações em www.europa.eu<br />
(na página web pode ser selecionada a língua portuguesa).<br />
A revogação deverá ser feita com uma<br />
carta registada, para poder ser comprovada. Para<br />
encomendas de empresas suíças não há prazo de<br />
revogação legal. Muitas empresas concedem no<br />
entanto um tal prazo de revogação nas Condições<br />
Contratuais, não sendo este prazo de revogação<br />
todavia sempre de 14 dias.<br />
3. É costume, que empresas fraudulentas enviem<br />
após a revogação faturas e avisos, a maior parte<br />
das vezes usando uma agência de cobranças. A<br />
dívida aumenta regra geral muito consideravelmente<br />
com cada novo aviso, devido a juros, taxas<br />
de aviso, etc. Estas faturas e avisos podem ser ignorados<br />
e postos de parte. A revogação não tem<br />
custos no espaço europeu.<br />
4. O facto de agências de cobrança tentarem cobrar<br />
custos junto de pagadores em dívida não se verifica<br />
apenas com empresas pouco sérias, mas também<br />
com empresas de cobrança bem estabelecidas,<br />
como, por exemplo, Intrum Justitia, que fazem<br />
as cobranças para médicos, caixas da previdência,<br />
Cablecom, etc. Segundo a lei suíça só se tem de pagar<br />
juros de mora de 5 % ao ano a partir da data do<br />
primeiro aviso. Se nas Condições contratuais dos<br />
seus contratos, por exemplo, com a Caixa da Previdência<br />
ou com contratos de assinatura telefónica<br />
está prevista a obrigação de pagar indemnizações<br />
por avisos ou por maquinações, também terá de<br />
as pagar se forem razoáveis. Elas comportam regra<br />
geral Fr. 20 por aviso.<br />
D. comportou-se exatamente como devia, ao revogar<br />
imediatamente o contrato, quando obteve a “Confirmação<br />
do contrato”. Não havia razão nenhuma para pagar<br />
a primeira fatura. Se também tivesse pago uma segunda<br />
fatura, teria provavelmente ainda vindo uma terceira<br />
fatura. A empresa não teria mais provavel feito uma<br />
execução. Mas se a empresa tivesse procedido a execução,<br />
esta poderia imediatamente ser cancelada com<br />
uma oposição legal (Rechtsvorschlag). Execuções são<br />
fortemente sobrestimadas e não há razão para pagar<br />
uma fatura sem razão de ser com medo de uma execução.<br />
É de facto correto, que é preciso enviar para a renda<br />
de um apartamento ou para obtenção de um crédito<br />
um extrato de registo de execuções. Senhorios e bancos<br />
só estão todavia interessados em saber, se houve<br />
demandas reiteradas devido às suas obrigações de pagamentos<br />
regulares, como prémios de seguros, renda,<br />
eletricidade, leasing ou créditos. Outras execuções, que<br />
se tenham verificado uma vez só, pouco interessam.
Janeiro 2015 Saúde<br />
Lusitano de Zurique– 15<br />
Castanhas, nozes, avelãs e seus benefícios<br />
para a saúde<br />
Zuila Messmer<br />
Nessa época do ano em que o frio<br />
está presente, o corpo humano<br />
necessita de mais calorias para<br />
suportar a baixa temperatura.<br />
As castanhas, nozes, amêndoas<br />
e avelãs são excelentes fontes<br />
de energia e muito consumidas<br />
nessa época do ano, dando uma<br />
característica especial as festividades<br />
de final de e o início do ano<br />
novo.<br />
Essas sementes provém de plantas<br />
oleaginosas, ricas em nutrientes,<br />
calorias, vitaminas, minerais,<br />
óleos e gorduras mono insaturadas<br />
e poli saturadas.<br />
Esse tipo especial de gordura traz<br />
benefícios à saúde, pois ajuda na<br />
redução dos níveis de colesterol<br />
ruim e aumento do colesterol<br />
bom. Além disso, aumentam as<br />
defesas do organismo, melhoram<br />
a circulação sanguínea e previnem<br />
as doenças do coração.<br />
Por seus vários benefícios para a<br />
saúde devem estar presentes em<br />
uma dieta saudável e equilibrada.<br />
No entanto, é preciso lembrar<br />
que todas elas são ricas em calorias<br />
e devem ser consumidas em<br />
pequenas quantidades, para evitar<br />
o ganho de peso indesejado.<br />
Vejamos individualmente as propriedades<br />
específicas de cada<br />
uma delas:<br />
Nozes<br />
As nozes são alimentos bastante calóricos,<br />
portanto fonte de energia.<br />
Ricas em vitamina E, potássio e proteínas<br />
vegetais. Outro importante<br />
componente das nozes é o fitosterol,<br />
que regulas os níveis de colesterol<br />
no sangue e contribui na vasodilatação<br />
dos vasos, por essa razão, o<br />
consumo regular de nozes melhora<br />
a circulação sanguínea e evita a obstrução<br />
das artérias.<br />
As nozes possuem também fibras,<br />
hidratos de carbono, proteínas, vitaminas<br />
(A, B1, B6 e E), potássio, fósforo<br />
e ferro , componentes imprescindíveis<br />
para nossa saúde.<br />
Afirma-se que o alto conteúdo em<br />
polifenóis das nozes nos ajuda na<br />
vida diária melhorando nossa memória,<br />
na prevenção de doenças senil,<br />
como a demência e ou o Alzheimer<br />
precoce.<br />
Castanhas<br />
As castanhas-do-pará são ricas em<br />
ômega 3, magnésio e selênio. Atua<br />
como antioxidante e é responsável<br />
pela reabsorção do colesterol. Assim,<br />
a ingestão de castanhas-do-pará<br />
ajuda na eliminação do colesterol<br />
ruim pelo organismo, além fornecer<br />
nutrientes fundamentais para a<br />
saúde.<br />
A castanha-de-caju tem ótimas<br />
quantidades de complexo B e de<br />
um aminoácido chamado arginina<br />
que auxilia na circulação sanguínea.<br />
Recomenda-se consumi-la só assada<br />
e sem sal. O consumo dessas<br />
castanhas ajudam na formação de<br />
serotonina, que é um neurotransmissor<br />
relaxante e calmante. Contém<br />
zinco, cálcio e magnésio, elementos<br />
importante para a musculatura,<br />
a fisiologia orgânica e os ossos.<br />
Avelãs<br />
As avelãs possuem quantidades<br />
consideráveis de Vitamina E, fósforo,<br />
potássio e cálcio. Esses nutrientes<br />
contribuem para as trocas celulares,<br />
melhorando o funcionamento<br />
do organismo. Além disso, são ricas<br />
em ácidos graxos insaturados, essenciais<br />
na prevenção de doenças<br />
cardiovasculares.<br />
Pistache<br />
O pistache é o que possui mais<br />
substâncias antioxidantes. Possui<br />
luteína, um importante auxiliar no<br />
combate aos radicais livres, bem<br />
como betacaroteno, que atua como<br />
antioxidante. Essas substâncias ajudam<br />
a manter as células jovens, evitando<br />
o envelhecimento. Um outro<br />
componente, os fitosteróis melhoram<br />
a circulação sanguínea como<br />
um todo.<br />
Recomendação:<br />
Recomendam<br />
a ingestão diária de 2 gramas<br />
desses alimentos por dia, para evitar<br />
as doenças do coração. O ideal é<br />
diversificar o consumo, misturando<br />
vários tipo de castanha e comer em<br />
pequenas quantidades. Também é<br />
possível acrescentar as oleaginosas<br />
em outros alimentos, como arroz,<br />
saladas e carnes.<br />
Texto escrito em PT/BR
16 – Lusitano de Zurique Janeiro 2015<br />
O Diabo era Anjo<br />
Afinal o enfeitado Sócrates não é o menino jeitoso bem enfeitado como transparecia.<br />
Foi apanhado com as fraldas-de-fora e dizem que é o anjo-caído. Portugal<br />
está de portas escancaradas para estrangeiros com actividades de elevado valor<br />
acrescentado, beneficiários de pensões avantajadas porque beneficiam de isenção<br />
de impostos. Uns vivem apanhando escaldões e outros gozam a sombra da<br />
azinheira.<br />
Domingos Pereira<br />
Creio que as azinheiras<br />
no Alentejo, já são menos,<br />
que os socialistas - do Partido<br />
Socialista Português<br />
(PS). Esta constatação é<br />
baseada nas imagens e<br />
comentários, da informação<br />
divulgada pelo exército<br />
de jornalistas arrumados<br />
para as bandas de<br />
Beja.<br />
Sócrates tem dado provas<br />
que não é o “menino”<br />
bem comportado. Mesmo<br />
assim, “dinossauros” do<br />
PS continuam a velo como<br />
o menino-de-ouro do seu<br />
partido. E muitas destas<br />
individualidades, continuam<br />
a defender a sua<br />
inocência. Querem a todo<br />
custo devolver a luz ao<br />
anjo-caído, Lucifer. Prenunciam<br />
palavras fortes<br />
insinuando que a detenção<br />
do menino-prodígio “é<br />
uma sacanice”, uma casca<br />
de banana, para o PS, que<br />
os seus adversários políticos<br />
derramaram.<br />
Que o cidadão Sócrates<br />
tem dado provas que não<br />
é um menino bem enfeitado,<br />
é do conhecimento<br />
público, - as diversas vezes<br />
- que deixou a fraldas<br />
de fora. E, se o homem<br />
tem o património que dizem<br />
que tem?... É como<br />
diz o povo, “quem cabritos<br />
vende e cabras não tem de<br />
algum lado vem”.<br />
“À sombra de uma azinheira,”<br />
está António Costa.<br />
Os jornalistas sacaram-<br />
-lhe – a ferro-e-fogo um<br />
comentariozinho - em<br />
praça-publica, sobre as<br />
suas intenções de visitar o<br />
colega, respondeu; “só nas<br />
férias de natal”. Será,… que<br />
este sabe que o enfeitado<br />
Sócrates afinal não é assim<br />
jeitoso? Não,… certamente<br />
não quer apanhar<br />
um escaldão em solos do<br />
Alentejo,… preferindo gozar<br />
a sombra da azinheira?<br />
Isentos<br />
Portugal está de portas<br />
escancaradas. Saem do<br />
país milhares de cidadãos<br />
sem rei-nem-roca, alguns<br />
levam no fardo “o canudo”,<br />
e todos, o martírio<br />
de serem pau para todo<br />
a obra. No sentido oposto<br />
circulam cidadãos estrangeiros,<br />
acolhidos com<br />
as mordomias do “Código<br />
Fiscal do Investimento.<br />
Aprovado pelo decreto-Lei<br />
n° aprovado pelo Decreto-<br />
-Lei n.º 249/2009, de 23 de<br />
setembro, criou o regime<br />
fiscal para o residente não<br />
habitual em sede do Imposto<br />
sobre o Rendimento<br />
das Pessoas Singulares<br />
(IRS), tendo em vista atrair<br />
para Portugal profissionais<br />
não residentes qualificados<br />
em atividades de elevado<br />
valor acrescentado ou da<br />
propriedade intelectual, industrial<br />
ou know-how, bem<br />
como beneficiários de pensões<br />
obtidas no estrangeiro.”<br />
E investidores, administradores<br />
e/ou gestores.<br />
Ou seja; os estrangeiros<br />
com reformas avantajadas<br />
ficam isentos de impostos<br />
pelo período de 10<br />
anos enquanto os pensionistas<br />
portugueses com<br />
reformas de miséria sofrem<br />
com sobretaxas nos<br />
impostos?<br />
Os nossos engenheiros,<br />
doutores, investigadores<br />
– residentes qualificados<br />
em actividades de elevado<br />
valor acrescentado – sem<br />
possibilidades de progredir<br />
no mundo do trabalho<br />
no seu pais, mesmo pagando<br />
os seus impostos,<br />
foram obrigados a emigrar.<br />
O Doutor, investidor,<br />
especulador estrangeiro,<br />
muda a residência para<br />
Portugal e paga zero de<br />
impostos pelo período de<br />
uma década?<br />
O emigrante português<br />
regressa a Portugal definitivamente,<br />
com parte<br />
do que amealhou no 3 pilar<br />
(reforço suplementar<br />
para reforma de velhice),<br />
ou com a reforma de velhice<br />
e “leva” com a carga<br />
fiscal e sobretaxas em vigor,<br />
- com a percentual<br />
que ronda as quatro dezenas?<br />
Os governantes portugueses<br />
seus súbditos, e,<br />
deputados eleitos pela<br />
migração dão uma no<br />
cravo e duas na ferradura;<br />
dizem uma coisa e,<br />
na prática é outra. Falam<br />
tanto em rigor fiscal, e<br />
depois, incentivam cidadãos<br />
estrangeiros a fugir<br />
ao fisco e ao branqueamento<br />
de capitais. Proclamam<br />
elogiosamente o<br />
quanto são importantes<br />
as remeças envidas pelos<br />
compatriotas na diáspora<br />
para economia nacional.<br />
E depois,…“com a verdade<br />
me enganas,” aplicando<br />
o rigor-fiscal. Uns vivem<br />
apanhando escaldões e<br />
outros gozam a sombra<br />
da azinheira.<br />
O governo e seus súbditos,<br />
como; Sr. Secretário<br />
de Estado Pedro Lomba,<br />
não sabem explicar essa<br />
diferença de tratamentos.<br />
Disse: a vinda destes cidadãos<br />
estrangeiros “trazem<br />
grandes vantagens ao país<br />
em contrapartidas” e que<br />
“os pensionistas portugueses<br />
devem confiar que as<br />
pensões serão progressivamente<br />
repostas”.<br />
O cidadão português tem<br />
de confiar em quem? No<br />
Sr. Secretario de Estado?<br />
Lembrem-se que o diabo<br />
era um anjo - Lucifer!
Janeiro 2015 Comunidade<br />
Lusitano de Zurique– 17<br />
Mercado de Natal<br />
´´serviu para mostrar que é possível<br />
fazer mais´´- Camindo de Carvalho<br />
Texto: Carmindo de Carvalho.<br />
Fotos: de vários autores.<br />
No dia sete de Dezembro<br />
aconteceu em Dietikon<br />
um mercado de Natal, organizado<br />
pela Dona Manuela<br />
Barroca.<br />
Esta senhora teve esta<br />
ideia maravilhosa, e certamente<br />
cheia de boa intenção,<br />
sendo por isso muito<br />
louvável.<br />
Foi a primeira vez que esta<br />
senhora criou este evento.<br />
Lamentavelmente houve<br />
pouca afluência de visitantes<br />
ou potenciais compradores.<br />
No entanto devemos<br />
pensar que o essencial<br />
é criar, organizar eventos.<br />
Que tudo começa do<br />
zero. Depois se tiverem<br />
continuidade é possível ir<br />
melhorando e crescendo,<br />
bastará que se limem algumas<br />
arestas.<br />
Outros, hoje grandes e<br />
muito famosos certames<br />
e feiras, certamente também<br />
foi preciso decorrer<br />
muito tempo até serem<br />
conhecidos.<br />
Quero aqui e agora dizer<br />
às associações (que<br />
lamentavelmente já são<br />
poucas) que ainda existem<br />
e louvavelmente<br />
resistem, que todas as<br />
outras actividades que<br />
organizam serão certamente<br />
muito úteis, mas<br />
porque não lhes tira espaço,<br />
noutras datas podem<br />
ser organizadas coisas<br />
destas e tantas outras com<br />
outros motivos de variados<br />
interesses: Comerciais, culturais,<br />
divulgação, informação,<br />
etc.<br />
Neste evento quiseram<br />
comparecer e participar as<br />
seguintes pessoas que expuseram<br />
vários produtos<br />
tais como:<br />
Maria Costa — com os<br />
seus arranjos decorativos,<br />
e a oferta dos seus serviços<br />
para exportação e importação<br />
de alguns produtos tais<br />
como: vinho e azeite.<br />
Manuela Barroca — Bordados,<br />
rendas e outros trabalhos<br />
manuais.<br />
Elisabete — cosméticos e<br />
produtos de beleza.<br />
Carla Silva — Livros.<br />
Eva Maria — uma senhora<br />
Espanhola que apresentou<br />
postais artesanais decorados<br />
com vários e muito interessantes<br />
motivos, e outras<br />
pequenas lembranças.<br />
Carmindo de Carvalho<br />
— seus próprios livros e<br />
trabalhos manuais feitos<br />
com molas de madeira, que<br />
outrora, antes da invasão<br />
do plástico — eram usadas<br />
para estender a roupa.<br />
Estes foram apresentados<br />
somente como amostra a<br />
pedido da organizadora, (<br />
porque viu no Facebook e<br />
gostou ). Foi colocado um<br />
aviso a informar que não<br />
eram para vender.<br />
Como informação e divulgação,<br />
Carmindo, apresentou<br />
uma sua colecção<br />
contendo 900 e tal fotos turísticas<br />
de várias regiões do<br />
nosso Portugal, que foram<br />
projectadas num écran e<br />
assim mostrou o que de<br />
muito existe no nosso querido<br />
cantinho: os seus costumes,<br />
festas, paisagens e<br />
monumentos.<br />
Este evento pelo menos<br />
serviu para mostrar que é<br />
possível fazer mais e diversificar,<br />
(repetindo o que já<br />
foi escrito) e pelo convívio<br />
que aconteceu. Que tenha<br />
continuidade. São os meus<br />
votos.
18 – Lusitano de Zurique Janeiro 2015<br />
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Não é a idade que nos envelhece<br />
Nelson S. Lima<br />
A idade – porque se divide em períodos de tempo<br />
– é uma medida de tempo. É quantitativa e não qualitativa.<br />
O tempo, para nós, existe como um valor<br />
absoluto, não manipulável e, por conseguinte, a<br />
percepção que temos dele é mecanicista.<br />
Aos homens antigos, a memória dizia-lhes que havia<br />
um tempo que se esfumava e se diluía no passado<br />
e um tempo futuro que se aproximava. Idealizaram<br />
então o tempo como uma linha que corria do<br />
passado para o futuro. E nasceram daí o calendário<br />
e o relógio.<br />
Medir o tempo tornou-se depois mais complexo.<br />
Criaram-se os milénios, os séculos, as décadas, os<br />
anos, os meses, as semanas, os dias, as horas, os<br />
minutos, os segundos, os nanossegundos (o nanossegundo<br />
é a bilionésima parte de um segundo durante<br />
a qual a luz viaja 30 cm)…<br />
Nada mudou de muito significativo no Universo<br />
desde que o Homem apareceu na Terra mas a medição<br />
do tempo e a entrada em cena do conceito de<br />
idade mudaria a nossa percepção do mundo e da<br />
vida. Agora, mais do que nunca, a idade mede-se<br />
em função de uma noção de tempo cada vez mais<br />
matemática, o que nos torna cativos do absoluto.<br />
E é isto mesmo que nos assusta e incomoda. É que<br />
tudo nos sugere que a idade avança. E quando<br />
avança arrasta outros acontecimentos, o mais importante<br />
dos quais é a entropia que conduz à mudança<br />
e ao envelhecimento.<br />
Aparentemente, a idade nunca recua e, assim, há<br />
idades em que o que mais ambicionamos é ficar<br />
mais velhos e outras em que aquilo que mais desejamos<br />
é ficar mais novos sem que, todavia, nada se<br />
altere. Ou seja, a idade cronológica – da qual nada<br />
nem ninguém consegue fugir (nem para a frente<br />
nem para trás) – constitui uma importante referência<br />
para a sociedade humana ao contrário do que<br />
ocorre com os outros animais para quem a noção<br />
do tempo que passa não existe ou não existe tão<br />
refinada como entre nós.<br />
O filósofo Guido Mizrahi, porém, chama-nos à razão.<br />
Ele diz que não temos de nos nos sentir prisioneiros<br />
da idade cronológica pois a vida humana<br />
manifesta-se e evolui através de outras extensões<br />
que estão para além do próprio tempo. De certa<br />
forma, está de acordo com um outro autor famoso<br />
– Deepak Chopra – para quem a vida é muito mais<br />
do que contar os anos e envelhecer…
Janeiro 2015 Lusitano de Zurique– 19<br />
``Um clube de Futebol é como uma família´´<br />
Um clube de Futebol é como uma família. Ele está dentro de nós, sente-se e sofre-se... Nos jogos realizados em<br />
Portugal com uma equipa constituída por jogadores da equipa sénior, 4ª Liga e ex-jogadores do Centro Lusitano<br />
de Zurique contra a Equipas de Porto de Ave e da Maria da Fonte é a prova. Foram convívios bonitos e que se<br />
devem repetir. Obrigado a todos. Viva a amizade, o convívio, e o Centro Lusitano de Zurique!<br />
Almoço de Fim de Ano dos Amigos do Centro Lusitano de Zurique<br />
Como já é habitual os Amigos do Centro Lusitano juntaram-se no último Sábado de Dezembro para o tradicional<br />
almoço de despedida do Ano 2014. Convívio, camaradagem e alegria não faltaram, neste grupo que está aberto<br />
a todos que queiram participar, mas que terão de se inscrever previamente devido ao espaço.<br />
Votos de bom Ano de 2015. Amigos do Centro Lusitano
20 – Lusitano de Zurique Janeiro 2015<br />
Centro Lusitano de Zurique<br />
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CHF 400 para residentes na cidade de Zurique<br />
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Atenção: Número de vagas limitado!<br />
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*) Atrás do „CARITAS“ - Tram 9 ou 14 até Bahnhof Wiedikon
Janeiro 2015 Actualidade<br />
Lusitano de Zurique– 21<br />
Oliventinos voltam a ser portugueses<br />
Habitantes de Olivença<br />
adquiriram a nacionalidade<br />
portuguesa.<br />
Segundo anunciou a associação<br />
Além Guadiana, foram efectuados<br />
mais de 90 pedidos de nacionalidade<br />
junto do Estado português.<br />
A associação tem sido a entidade<br />
“canalizadora” deste processo, uma<br />
vez que tem como missão “divulgar<br />
e preservar” naquele território, que<br />
considera “singular e bicultural”, o<br />
património e a cultura portuguesa.<br />
“Além de outros oliventinos que<br />
possam ter adquirido a nacionalidade<br />
portuguesa por outras vias,<br />
há 80 pessoas com dupla nacionalidade.<br />
E já estão solicitados mais 90<br />
pedidos para obter a nacionalidade<br />
portuguesa”, explicou Eduardo Machado,<br />
um dos fundadores da Além<br />
Guadiana.<br />
De acordo com o responsável, que<br />
falava à Lusa à margem da apresentação<br />
dos resultados obtidos<br />
com esta iniciativa, numa unidade<br />
hoteleira em Olivença, “muitos destes<br />
novos pedidos” que estão em<br />
curso são de descendentes de oliventinos<br />
(naturais de Olivença, historicamente<br />
disputada entre Portugal<br />
e Espanha) que já adquiriram a<br />
nacionalidade portuguesa.<br />
Os cidadãos que já obtiveram a dupla<br />
nacionalidade possuem ascendência<br />
portuguesa, sendo a associação<br />
um “veículo” que contribui<br />
para que todo o processo seja concluído<br />
com sucesso.<br />
Aliás, uma das actividades “mais importantes”<br />
da associação, formada<br />
em 2008, tem sido o acompanhamento<br />
do processo de aquisição da<br />
nacionalidade portuguesa para os<br />
oliventinos que o desejarem.<br />
“Nós fomos uns meros canalizadores<br />
desta vontade popular”, sublinhou.<br />
Eduardo Machado explicou que o<br />
processo burocrático junto do Estado<br />
português “não é complicado”,<br />
apesar de longo.<br />
Em Olivença fala-se português desde<br />
a Idade Média, embora o seu<br />
uso se encontre hoje reduzido às<br />
camadas mais idosas, quando estão<br />
em “ambiente familiar”.<br />
A presença portuguesa em Olivença<br />
é evidente em vários locais,<br />
sendo um dos maiores exemplos a<br />
igreja de Santa Maria da Madalena,<br />
o único espaço religioso espanhol<br />
de estilo manuelino.<br />
O templo, obra da arquitetura portuguesa<br />
do século XVI, rico na talha<br />
dourada, na azulejaria e nos elementos<br />
marítimos, é visitado diariamente<br />
por centenas de turistas.<br />
Olivença está localizada na margem<br />
esquerda do rio Guadiana, a 23 quilómetros<br />
da cidade portuguesa de<br />
Elvas e a 24 quilómetros de Badajoz<br />
(Espanha) e foi tomada e ocupada<br />
pelo exército espanhol, no<br />
dia 20 de Maio de 1801, usurpando<br />
750 km2 do território de Portugal,<br />
incluindo uma das suas<br />
vilas mais importantes.<br />
Espanha de novo à conquista<br />
No passado mês de Dezembro o Governo espanhol apresentou junto da Organização<br />
das Nações Unidas (ONU) uma proposta para aumentar os limites<br />
da sua plataforma continental a Oeste das Ilhas Canárias. Pretendem anexar<br />
296.500 quilómetros quadrados do Oceano Atlântico, que inclui as Ilhas Selvagens,<br />
uma área considerada até hoje como território português e que equivale<br />
a todo o território emerso de Itália, sem aparente oposição dos portugueses.<br />
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22 – Lusitano de Zurique Opinião<br />
Janeiro 2015<br />
A França tinha razão<br />
Carlos Ademar<br />
No 3º quartel do século<br />
XIX, a política externa<br />
francesa tudo fez para<br />
evitar a unificação dos<br />
cerca de 300 estados e<br />
micro estados germânicos<br />
na grande Alemanha,<br />
que por esses anos foi<br />
fazendo o seu percurso<br />
com a Prússia e Bismark<br />
como protagonistas,<br />
fruto de várias guerras<br />
travadas e ganhas, designadamente<br />
contra a Dinamarca,<br />
a Áustria e por<br />
fim a própria França.<br />
A grande Alemanha estava<br />
unida e para humilhação<br />
da França, como se<br />
não bastassem a perda<br />
da Alsácia e da Lorena, a<br />
cerimónia da criação do<br />
novo império decorreu<br />
em Versalhes, em Janeiro<br />
de 1871.<br />
Quarenta e poucos anos<br />
depois, nova guerra, desta<br />
feita mais generalizada,<br />
que devastou a Europa e<br />
outras partes do mundo<br />
entre 1914 e 1918, levando<br />
a grandes alterações<br />
no mapa do velho continente.<br />
Só que desta feita, a<br />
França venceu e a Alemanha<br />
perdeu, recuperando<br />
aquela as partes do seu<br />
território que havia perdido.<br />
Quanto à Alemanha,<br />
não só foi derrotada como<br />
humilhada - demérito dos<br />
vencedores que não respeitam<br />
os vencidos - face<br />
às restrições impostas e<br />
às brutais indemnizações<br />
de guerra que concordou<br />
pagar.<br />
Vinte anos volvidos, porém,<br />
a Alemanha estava<br />
preparada para desafiar o<br />
mundo, o que fez, dando<br />
origem à 2ª Guerra Mundial,<br />
o acontecimento bélico<br />
mais mortífero que o<br />
Homem já conheceu.<br />
Já se sabe, em 1945 a Alemanha<br />
ficou destruída,<br />
foi derrotada e dividida.<br />
A confrontação dos blocos<br />
capitalista e socialista,<br />
liderados pelos EUA<br />
e URSS, respetivamente,<br />
vencedores da guerra, repartiram<br />
entre si a Alemanha<br />
dando origem a dois<br />
países: a RFA e a RDA, a<br />
primeira ligada ao mundo<br />
ocidental e a segunda ao<br />
Bloco de Leste.<br />
Coincidentemente, com a<br />
Alemanha dividida, a Europa<br />
conheceu o maior<br />
período de paz da sua<br />
história. Com a Alemanha<br />
dividida, foi possível<br />
que surgisse algo nunca<br />
antes experimentado no<br />
mundo: uma comunidade<br />
económica entre países<br />
historicamente inimigos.<br />
Do grupo de seis países<br />
fundadores, faziam par-<br />
D.R.
Janeiro 2015 Opinião<br />
Lusitano de Zurique– 23<br />
te a França, a Alemanha<br />
Ocidental, ou RFA, a Itália<br />
e os países do Benelux,<br />
Bélgica, Holanda e Luxemburgo.<br />
Foi um sucesso de<br />
tal ordem, que não tardou<br />
a que outros países se lhe<br />
quisessem juntar, estando<br />
nos dias de hoje na<br />
casa dos 27, continuando<br />
a crescer a lista de candidatos<br />
a integrar a agora<br />
União Europeia.<br />
Contudo, algo de novo<br />
surgiu nos últimos anos.<br />
A solidariedade entre os<br />
povos que marca a origem<br />
do projeto europeu,<br />
parece que sumiu. O grande<br />
avanço civilizacional<br />
que levou a criar linhas<br />
de apoio aos países em<br />
maiores dificuldades, tendo<br />
em vista o seu desenvolvimento;<br />
que rasgou<br />
fronteiras permitindo a<br />
livre circulação no espaço<br />
europeu; que criou uma<br />
moeda única que visava<br />
dar força, mostrando-se<br />
capaz de competir com o<br />
dólar americano, parece<br />
estar condenado. A generosidade<br />
e sabedoria dos<br />
criadores do projeto europeu<br />
e dos seus continuadores,<br />
responsáveis pelo<br />
seu aprofundamento,<br />
do lado alemão, Konrad<br />
Adenauer, Willy Brandt ,<br />
Helmut Schmidt, Helmut<br />
Kohl, Gerhard Schröder,<br />
independentemente das<br />
cores políticas que defendiam,<br />
parece já não<br />
morar na administração<br />
germânica. Uma simples<br />
constatação: o continente<br />
europeu está a atravessar<br />
uma crise como não há<br />
memória há alguns anos<br />
e todos os países foram<br />
tocados por ela, uns mais<br />
do que outros em função<br />
da sua maior ou menor<br />
robustez. Neste quadro<br />
negro em que vivemos,<br />
em que presenciamos<br />
um retrocesso civilizacional<br />
de várias dezenas de<br />
anos no que à qualidade<br />
de vida respeita, por força<br />
de programas de austeridade<br />
violentíssimos, a<br />
Alemanha, que os impõe,<br />
assobia para o lado e lucra.<br />
Dizem os números:<br />
é o único país que tem<br />
beneficiado brutalmente<br />
com a crise – por isso lhe<br />
interessará prolongá-la?<br />
Neste quadro negro em<br />
que vivemos, a Alemanha<br />
passeia a sua soberba,<br />
com um toque de novo-<br />
-riquismo e assomos tirânicos<br />
que nos remetem<br />
para outros tempos, e<br />
nos fazem lembrar certas<br />
pessoas de má memória<br />
que pululavam por aquelas<br />
áreas geográficas. Por<br />
isso, os europeus não podem<br />
deixar de preocupar.<br />
Algo está a mudar na Europa<br />
e desta feita não no<br />
sentido positivo. Mas para<br />
que esta mudança se esteja<br />
a dar, foi necessário<br />
que outra mudança se<br />
desse e esta aconteceu há<br />
uns anos, quando a RDA<br />
foi erradicada do mapa,<br />
com a queda de Muro de<br />
Berlim que fez a grande<br />
Alemanha renascer.<br />
Talvez aquele país, tal<br />
como está, seja poderoso<br />
demais para poder<br />
conviver fraternalmente<br />
com os seus vizinhos europeus.<br />
Repare-se: a Alemanha<br />
unificada levou<br />
o mundo a duas guerras<br />
devastadoras; dividida<br />
mostrou-se capaz de ajudar<br />
a construir um projeto<br />
único, a CEE, atual UE, que<br />
reflete inequivocamente o<br />
desenvolvimento humano.<br />
De novo unificada, a<br />
Alemanha volta a dar razões<br />
para que temamos<br />
pelo futuro da Europa, ou<br />
pelo menos pelo futuro<br />
desse tão inovador projeto<br />
que tanto progresso e<br />
paz trouxe aos povos europeus.<br />
Sim, talvez a França do<br />
terceiro quartel do século<br />
XIX tivesse razão.<br />
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24 – Lusitano de Zurique Publicidade<br />
Janeiro 2015<br />
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Janeiro 2015 Lusitano de Zurique– 25<br />
SUBMARINOS: Tenho vergonha disto tudo!<br />
Carlos Paz<br />
Factos:<br />
1) Uma empresa Alemã ganhou um contrato de<br />
fornecimento de SUBMARINOS a Portugal;<br />
2) A mesma empresa Alemã ganhou um contrato de<br />
fornecimento de Submarinos à Grécia;<br />
3) Os DOIS negócios foram, na Alemanha,<br />
considerados demasiado fáceis e demasiado<br />
lucrativos;<br />
4) Foram investigadas, na Alemanha, as<br />
circunstâncias dos negócios e FOI PROVADO que<br />
existiram COMISSÕES pagas a CORRUPTOS Gregos e<br />
Portugueses;<br />
5) Na Grécia, o mesmo negócio foi investigado e FOI<br />
PROVADO que as COMISSÕES foram recebidas por<br />
CORRUPTOS e o caso encerrou com a CONDENAÇÃO<br />
a pena de PRISÃO efetiva do Ministro que tutelou a<br />
compra dos Submarinos;<br />
6) Em Portugal, o crime demorou 8 ANOS a investigar;<br />
Já PRESCREVEU; Foi hoje ARQUIVADO.<br />
Resumindo:<br />
Os Alemães subornaram Gregos e Portugueses;<br />
Os Alemães corruptores foram condenados;<br />
Os Gregos corruptos foram condenados (e presos);<br />
Os Portugueses corruptos foram ILIBADOS!<br />
Acrescento:<br />
Está a correr a Comissão de Inquérito ao BES em que<br />
JÁ FOI PROVADO:<br />
1) Que existiu CORRUPÇÃO no negócio dos<br />
Submarinos;<br />
2) Que o Grupo Espírito santo foi o intermediário da<br />
corrupção;<br />
3) Que TODOS os ramos da “família” foram<br />
RECOMPENSADOS pela intermediação.<br />
Ou seja: houve corruptores (provado na Alemanha) e<br />
houve corruptos (provado na Grécia e em Portugal).<br />
Os corruptores foram presos na Alemanha. Os<br />
corruptos foram presos na Grécia. Os corruptos<br />
continuam IMPUNES em Portugal.<br />
Tenho vergonha de viver num País em que a Justiça é<br />
um Jogo que está SEMPRE ao Serviço daqueles que,<br />
em cada momento, estão no poder!!<br />
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26 – Lusitano de Zurique Actualidade<br />
Janeiro 2015<br />
Acção judicial popular contesta uso do<br />
Acordo Ortográfico no ensino<br />
O requerimento foi encaminhado para o procurador-geral<br />
adjunto coordenador do Ministério<br />
Público, junto do Supremo Tribunal Administrativo,<br />
estando o pedido em estudo”, explicou.<br />
Além de Isabel Pires de Lima, subscrevem esta acção<br />
os ex-governantes Diogo Freitas do Amaral,<br />
António Arnaut, António Bagão Félix, o historiador<br />
José Pacheco Pereira, o jornalista Miguel<br />
Sousa Tavares, os escritores Manuel Alegre,<br />
Joaquim Pessoa e Teolinda Gersão, os ensaístas<br />
Miguel Tamen, Raul Miguel Rosado Fernandes<br />
e Vítor Aguiar e Silva, a actriz Lídia Franco,<br />
os músicos António Victorino d’Almeida, Lena<br />
d’Água, Olga Prats, Pedro Abrunhosa, Pedro<br />
Barroso e Rão Kyao, os fadistas António Pinto<br />
Basto, João Braga, Maria João Quadros, Vicente<br />
da Câmara e José da Câmara.<br />
Há três anos, no final de 2011, Ivo Miguel Barroso<br />
apresentou uma queixa contra o AO90 ao<br />
provedor de Justiça, tendo esta sido “reforçada<br />
por todas estas personalidades aludidas, não<br />
tendo obtido qualquer resposta até ao momento”,<br />
segundo a mesma fonte.
Janeiro 2015 Opinião<br />
Lusitano de Zurique– 27<br />
´´Por uma Língua Portuguesa sem acordos<br />
ortográficos imbecis, ridículos e aviltantes``<br />
Pedro Barroso *<br />
Amigos,<br />
Decido inaugurar este Governo<br />
Civil, como forma de<br />
elevar protesto, reivindicar<br />
inteligência e compartilhar<br />
desabafos.<br />
Que ele se erga como barreira<br />
ao mau-gosto e à mediocridade<br />
galopantes que<br />
neste momento nos afectam.<br />
Tudo desejo; mas nada<br />
prometo. Serei, por vezes,<br />
controverso, débil, menos<br />
inspirado, incoerente, até.<br />
Humanum est. É sabido<br />
que a boa intenção é sempre<br />
um acto maior de generosidade<br />
que de alcance.<br />
Mas deixem-me vir aqui<br />
desabafar e roubem avulso,<br />
se lhes aprouver.<br />
Como sabem o ano de<br />
2014 não me deixou com<br />
memórias nada agradáveis;<br />
mas enfim… sobrevivi.<br />
Só posso, pois, desejar que<br />
em 2015 todos os nossos<br />
<strong>sonho</strong>s de Saúde, Paz,<br />
Cultura, Amizade Justiça,<br />
Trabalho, Arte, Elegância,<br />
Prosperidade, Elevação e<br />
Conhecimento se concretizem.<br />
E, com ele, inicio este blog,<br />
integrador e arauto desses<br />
votos.<br />
Brindo pois, por um país<br />
mais nobre, mais destemido<br />
e mais “limpo”. De<br />
preferência com novos<br />
protagonistas, substituindo<br />
os velhos cromos que já<br />
conhecemos de cor e que<br />
só têm contribuído para<br />
o afundar, num charco de<br />
corrupção, dívida, desprestígio,<br />
banca rota, miséria e<br />
assombramento.<br />
Brindo também por uma<br />
Língua Portuguesa sem<br />
acordos ortográficos imbecis,<br />
ridículos e aviltantes;<br />
em que um espectador<br />
não seja um espetador e<br />
um actor não sejaum ator…<br />
Brindo por uma televisão<br />
mais educativa, mais sábia<br />
emais sóbria. Difícil, eu sei.<br />
E deixo votos de muita coragem<br />
e persistência para<br />
todos aqueles que, como<br />
eu, diariamente se revoltam<br />
contra a pseudocultura<br />
e a frivolidade que<br />
ultimamente afectam os<br />
valores maiores deste país.<br />
Eis resumidamente o que<br />
desejo para o ano de 2015<br />
- e para todo o Futuro dos<br />
anos que hão-de vir…<br />
E já agora, que o Governo<br />
Civil seja nosso. Da sociedade<br />
pensante. Dos homens<br />
e mulheres de bem<br />
que ainda sentem e sofrem<br />
por um país maior, melhor,<br />
mais sábio e mais atento.<br />
Um outro país a construir,<br />
onde, aí sim, valha mais a<br />
pena viver e seja possível<br />
alcançar a tal coisa que<br />
todos desejamos e a que,<br />
prosaicamente, chamamos<br />
“felicidade”.<br />
(*) Autor/compositor/ músico<br />
in http://governocivil.blogspot.pt<br />
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Chegado o Natal, é a<br />
ocasião perfeita para<br />
Amar, Perdoar e ficar bem<br />
com todos aqueles<br />
que mais Amamos...<br />
O Fim de Ano, é perfeito<br />
para deixar para trás tudo<br />
o que foi mau, guardar o<br />
que foi Bom e seguir em<br />
frente com esperança...<br />
Desejamos a todos um<br />
Santo Natal e um<br />
Feliz Ano Novo<br />
Seg. - Sex. 09:00 - 20:00<br />
Sáb. 08:00 - 20:00<br />
ENTREGAS AO DOMICÍLIO
28 – Lusitano de Zurique Opinião<br />
Janeiro 2015<br />
Malala, o Islão, o obscurantismo e a violência<br />
Carlos Esperança<br />
A decadência da civilização árabe trouxe o histerismo<br />
religioso e o acréscimo de crimes sectários, num<br />
crescendo de demência que contaminou os países não<br />
árabes que o Islão intoxicou, como o Irão ou a Turquia,<br />
esta como um presidente, Erdogan, que mantém o injusto<br />
e paradoxal epíteto de «muçulmano moderado», apesar<br />
das provas dadas.<br />
Esta quarta-feira, Malala Yousafzai, recebeu o prémio<br />
Nobel da Paz. A menina baleada por um talibã, porque<br />
defendeu o direito à educação, não é apenas a heroína<br />
descoberta pela comunicação social, é a sobrevivente<br />
de milhões de meninas transacionadas aos 9 anos para<br />
casamentos que reproduzem a prática pedófila do Profeta,<br />
casado com uma de 6, e cuja consumação matrimonial,<br />
segundo a tradição islâmica, se verificou aos 9.<br />
Se esta impressionante aberração era prática tribal,<br />
consensual no século VII, é hoje um crime horrendo que<br />
a tradição perpetua. Malala é o paradigma de milhões<br />
de meninas vítimas de uma religião misógina, herança<br />
do rude pastor de camelos. É sobrevivente da violência<br />
contra as mulheres, da sociedade moldada pelo Corão<br />
onde não se prezam os direitos humanos e a mulher pode<br />
ser vendida pela melhor oferta.<br />
Comovidos com o olhar de sofrimento de Malala,<br />
onde brilha a esperança, nem demos conta de que, no<br />
mesmo dia, jihadistas ISIS degolaram crianças por não se<br />
converterem. O jornal britânico Mirror refere que quatro<br />
crianças foram decapitadas pelos terroristas do Estado<br />
Islâmico, no Iraque, depois de recusarem converter-se ao<br />
Islão.<br />
Vamos esquecendo as meninas cristãs raptadas na<br />
Nigéria, e mantidas como escravas, por bandos islâmicos<br />
que aprenderam a recitar o Corão e ignoram os direitos<br />
humanos.<br />
Perca peso<br />
diminua medidas<br />
e cuide da sua saúde<br />
com acompanhamento<br />
Ligue 076/ 304 13 15<br />
Não esquecemos os desvairados Cruzados, Bush, Blair,<br />
Aznar e Barroso, que arrasaram Bagdad e destruíram<br />
um país, mas não podemos tolerar que a desigualdade<br />
de género e a condenação das mulheres à pobreza e à<br />
ignorância continuem a reproduzir sociedades tribais<br />
onde não há o mais leve respeito pelos direitos humanos<br />
ou o mínimo avanço na renúncia dos homens à posse das<br />
mulheres.<br />
O Islão é hoje a mais nociva das religiões e a mais perigosa.<br />
É preciso ajudar os crentes a libertarem-se dela.
Janeiro 2015 Opinião<br />
Lusitano de Zurique– 29<br />
Com a venda da REN, da CP, da EDP, dos CTT, de edifícios públicos, da TAP, e da RTP<br />
Portugal mais pobre e sem identidade<br />
Manuel Araújo<br />
Passos Coelho disse que<br />
“este é o primeiro Natal<br />
sem nuvens negras no<br />
horizonte”.<br />
Na mensagem de Natal,<br />
Passos Coelho referiu que<br />
é “muito importante” proteger<br />
o que o país já conseguiu<br />
com grande esforço<br />
e “não deitar tudo a perder”.<br />
Num tom optimista,<br />
2015 é para Passos Coelho<br />
o ano da confiança e da<br />
esperança. Para trás fica,<br />
a Troika e grave emergência<br />
financeira e que “este<br />
foi o primeiro Natal sem<br />
nuvens no horizonte. Segundo<br />
Passos Coelho, “entrámos<br />
numa nova fase,<br />
numa fase de crescimento,<br />
do aumento do emprego<br />
e de recuperação dos rendimentos<br />
das famílias. Entrámos<br />
numa nova fase em<br />
que podemos sentir mais<br />
confiança no futuro. O aviso<br />
é feito a nove meses das<br />
eleições legislativas.<br />
Quando este Governo tomou<br />
posse em 2011, a dívida<br />
era de 108% do PIB e segundo<br />
eles era “insustentável”.<br />
Previam que em 2014<br />
ela descesse para 107,6%,<br />
mas aconteceu exactamente<br />
o contrário; a dívida<br />
no final de 2014 está muito<br />
acima dos 130%. A ministra<br />
das Finanças afirmou<br />
recentemente no Parlamento<br />
que a dívida (agora<br />
acima dos 130%) é “perfeitamente<br />
sustentável”, mas<br />
por outro lado, vários economistas<br />
não concordam e<br />
afirmam que a “dívida é insustentável<br />
e está a tornar<br />
inúteis e inglórios todos os<br />
sacrifícios que estamos a<br />
sofrer”.<br />
Recorde-se que o desemprego<br />
em 2011 era<br />
de 10%, em 2013 subiu<br />
para 16,3%. Para o ano de<br />
2014 que agora acabou, a<br />
OCDE previu que chegasse<br />
aos 18,4%, mas inexplicavelmente<br />
o número de<br />
inscritos dos Centros de<br />
Emprego caiu para 13,6%.<br />
A explicação deste “milagre”,<br />
alegadamente deve-<br />
-se à “actualização” das<br />
inscrições, da obrigatoriedade<br />
dos desempregados<br />
frequentarem estágios e<br />
cursos, (que durante esse<br />
tempo não contam para<br />
a estatística), do fim do<br />
recebimento do subsídio<br />
de desemprego e também<br />
a causa mais importante<br />
dessa descida, mesmo<br />
não sendo admitida pelo<br />
Governo foi a emigração.<br />
Segundo dados oficiais do<br />
Instituto Nacional de Estatística<br />
em 2011 emigraram<br />
cem mil portugueses. Em<br />
2012, cento e vinte e dois<br />
mil, e em 2013 cento e vinte<br />
e oito mil. Para o ano<br />
de 2014 não há ainda dados<br />
oficiais, mas sabe-se,<br />
que este foi o ano que<br />
mais portugueses fugiram<br />
de Portugal. Calcula-se<br />
que desde 2011 até ao fim<br />
do ano de 2014, tenham<br />
emigrado cerca de meio<br />
milhão de portugueses. Se<br />
estes portugueses fossem<br />
contabilizados, a taxa do<br />
desemprego andaria entre<br />
os 26 e 30%.<br />
Portugal aparentemente<br />
está sem rumo e está a<br />
perder a sua identidade e<br />
até a sua independência.<br />
Aconselha a emigrar os<br />
jovens e os licenciados,<br />
fecham fábricas, escolas,<br />
creches, centros de saúde,<br />
Tribunais e hospitais. Vendem<br />
aos chineses, brasileiros,<br />
angolanos e belgas<br />
empresas estratégicas tais<br />
como a REN, a CP, a EDP,<br />
os CTT, edifícios públicos, a<br />
TAP, a RTP etc.<br />
Já nada resta para vender<br />
e Portugal está mais pobre<br />
e a sua identidade corre o<br />
risco de desaparecer…<br />
O actual Governo de Passos<br />
Coelho e Paulo Portas,<br />
quando assumiram<br />
funções propuseram-se<br />
tirar Portugal da “insustentável”<br />
e grave situação<br />
que se encontrava. Prometeram<br />
equilibrar a dívida,<br />
eliminar as gorduras do Estado<br />
e fazer crescer a economia.<br />
A “realidade” que<br />
agora nos apresentam é<br />
claramentepropaganda<br />
pré-eleitoral. Apresentam<br />
aos portugueses números<br />
que até a Comissão Europeia<br />
e o FMI desconfiam de<br />
tanto optimismo. As previsões<br />
do “mar-de-rosas” que<br />
apresenta para 2015 são por<br />
coincidência feitas na véspera<br />
de eleições legislativas.<br />
CRÉDITOS JFA<br />
Provavelmente o mais rápido da suíça<br />
Apenas falando português não se resolvem as coisas...<br />
0900 25 04 74 (86Rp./min)<br />
Badenerstrasse 406<br />
8004 Zürich<br />
É necessário perceber e a JFA percebe<br />
O contacto directo é muito importante.<br />
071 222 44 72<br />
Kornhausstrasse 3<br />
9000 St. Gallen<br />
061 363 06 85<br />
Dornacherstrasse 119<br />
4053 Basel
30 – Lusitano de Zurique Janeiro 2015<br />
Tecnologia<br />
Equipa Rosetta personalidade do ano<br />
A equipa da Euronews distinguiu as mulheres e os homens que trabalharam<br />
para a missão Rosetta como ‘personalidade’ do ano.<br />
Joana Araújo<br />
No dia 12 de Novembro de 2014 a sonda Philae aterrou no cometa 67P/<br />
Churyumov–Gerasimenko. Para atingir o objectivo, a nave mãe da Philae, a<br />
Rosetta, viajou 6,5 mil milhões<br />
de quilómetros durante<br />
10 anos.<br />
A “aterragem” no cometa,<br />
foi considerada o maior passo<br />
científico em voos espaciais<br />
desde a ida à Lua dos<br />
norte-americanos, em 1969.<br />
As imagens, gráficos e vídeo<br />
que correram mundo apresentados<br />
pela ESA, foram<br />
criados por empresas portuguesas<br />
e desenhado por<br />
investigadores de Braga.<br />
Skype já traduz conversas<br />
em tempo real<br />
O que há muitos anos parecia<br />
possível apenas em<br />
filmes de ficção científica,<br />
está a acontecer e vai continuar<br />
a evoluir. O serviço<br />
de comunicação Skype<br />
já permite que um inglês<br />
e um espanhol comuniquem,<br />
cada um na sua<br />
língua nativa, sem dificuldade.<br />
A língua sempre foi uma<br />
das maiores barreiras na<br />
comunicação entre pessoas<br />
de diferentes países.<br />
Apesar de existir a chamada<br />
“linguagem universal”,<br />
a verdade é que existem<br />
sempre pedaços das conversas<br />
que se perdem<br />
quando os dois interlocutores<br />
têm línguas nativas<br />
diferentes. Até agora. <br />
A Microsoft anunciou que<br />
o serviço Skype Translator,<br />
apresentado na primeira<br />
metade do ano,<br />
está agora oficialmente<br />
a funcionar. Ainda não<br />
está acessível a todos os<br />
utilizadores nem suporta<br />
todas as línguas, mas é<br />
um primeiro passo para<br />
tornar a tradução em<br />
tempo real de conversas<br />
uma realidade mais<br />
comum. A tradução é<br />
feita com recurso a uma<br />
assistente de voz que “lê”<br />
ao receptor as frases que<br />
foram ditas pela outra<br />
pessoa. Quem se inscreveu<br />
na fase de testes do<br />
serviço vai poder testar o<br />
mesmo através do sistema<br />
de tradução através<br />
de mensagens escritas.<br />
Aí existe o suporte para<br />
40 línguas, entre as quais<br />
está o português. “O<br />
Skype Translator assenta<br />
numa aprendizagem automática,<br />
o que significa<br />
que quanto mais a tecnologia<br />
é usada, mais inteligente<br />
fica.<br />
A Amazon<br />
oferece mais<br />
de 100 euros<br />
de aplicações<br />
Para celebrar a entrada no<br />
novo a Amazon ano decidiu<br />
oferecer aplicações que<br />
tradicionalmente são pagas.<br />
Se tem um smartphone<br />
ou tablet novo, esta é uma<br />
boa oportunidade para o<br />
apetrechar.<br />
Se é utilizador de iPhone e<br />
iPad estão disponíveis para<br />
download gratuitamente<br />
por um tempo limitado algumas<br />
aplicações úteis ou<br />
divertidas.<br />
http://segue.se/borla<br />
http://goo.gl/yrz1np<br />
in TEK<br />
Coordenação: Joana Araújo/agências
Janeiro 2015 Turismo<br />
Lusitano de Zurique– 31<br />
Cidade de Paris<br />
Emília Farinha<br />
Quando se ouve falar em Paris pensa-<br />
-se na Torre Eiffel, no Arco do Triunfo,<br />
no Museu do Louvre ou na Catedral de<br />
Notre Dame. Imaginam-se passeios românticos<br />
pelo Sena ao entardecer e juras<br />
de amor eternizadas nos chamados<br />
“cadeados do amor” que adornam várias<br />
pontes sobre o rio e que ligam as<br />
duas margens da cidade.<br />
Paris é uma cidade luminosa e exuberante.<br />
É uma cidade com encanto e que<br />
vale a pena visitar.<br />
----------------------------------------------------------------------<br />
Torre Eiffel - construída por Gustave Eiffel para a<br />
exposição Mundial de 1889, este é talvez o monumento<br />
mais famoso do mundo e o mais visitado da Europa.<br />
Com 324 metros de altura, oferece uma vista maravilhosa<br />
sobre a cidade e é o local ideal para apreciar um<br />
romântico pôr do sol a dois.<br />
Arco do Triunfo - situado no ponto mais elevado<br />
dos Campos Elísios, este monumento foi construído<br />
em homenagem às vitórias militares de Napoleão<br />
Bonaparte. No interior do edifício é possível admirar o<br />
museu com a história da construção do arco e na sua<br />
base encontra-se o túmulo do soldado desconhecido<br />
da Primeira Guerra Mundial (uma homenagem aos soldados<br />
que perderam a vida em combate).<br />
Avenida dos Campos Elísios - tem início<br />
na Praça da Concórdia e termina junto ao Arco do<br />
Triunfo, na Praça Charles de Gaulle. Os inúmeros cinemas,<br />
cafés, restaurantes, lojas de grandes marcas e artigos<br />
de luxo, fazem desta avenida um local de visita<br />
obrigatória para quem vai a Paris.<br />
Catedral de Notre Dame - é a catedral<br />
mais famosa da cidade. Localizada na praça Parvis, a<br />
sua estrutura em estilo gótico é considerada uma das<br />
mais tradicionais e antigas da capital francesa. O romance<br />
“Notre Dame de Paris” escrito por Victor Hugo<br />
e que tinha a catedral como cenário principal ajudou<br />
também a popularizar e a criar uma espécie de magia<br />
em torno deste edifício.<br />
Museu do Louvre - é um dos maiores e mais<br />
célebres museus do mundo e por isso de visita obrigatória.<br />
Situado no centro da cidade, entre o Rio Sena e a<br />
Rue de Rivoli, aqui encontrará obras tão famosas como<br />
a Mona Lisa de Leonardo da Vinci ou a Vénus de Milo.<br />
Onde ficar: Hotel Pullmann Tour Eiffel 4*; Mercure<br />
Paris Centre Tour Eiffel 4*; Hotel Bellechasse 4*;<br />
Hotel Mademoiselle Design 3*;
32 – Lusitano de Zurique C ulinária<br />
Janeiro 2015<br />
Culinária<br />
Polvo à Ramalho<br />
Chefe António Silva<br />
“Há só um banquete português que desbanca todos os jantares de Paris,<br />
mas que os desbanca inteiramente: é a ceia da véspera de Natal nas nossas<br />
terras do Minho”. - Ramalho Ortigão<br />
Ingredientes:<br />
(para 4 pessoas)<br />
1 cálice de vinho do Porto<br />
2 cebolas<br />
1 dente de alho<br />
1 ramo de salsa<br />
1,5 kg de polvo<br />
150 ml de azeite<br />
350 ml de vinho branco<br />
4 tomates<br />
fatias de pão torrado ou frito<br />
Confecção:<br />
Arranje o polvo e bata-o com o rolo de cozinha<br />
sobre uma superfície firme.<br />
Coza-o numa panela de pressão, juntamente<br />
com uma cebola inteira.<br />
Depois de cozido, corte o polvo em pedaços<br />
grandes e regulares, inclusive os<br />
tentáculos.<br />
Faça um refogado pouco apurado com a<br />
cebola picada e o azeite.<br />
Junte os pedaços de polvo bem escorridos.<br />
Acrescente o tomate e deixe cozer<br />
durante 10 minutos.<br />
Passado esse tempo, regue o polvo com<br />
o vinho branco e, em seguida, junte a salsa<br />
e o alho. Deixe cozer em lume brando,<br />
com o recipiente tapado, até o polvo estar<br />
macio.<br />
Junte o vinho do Porto, não o deixando<br />
ferver mais do que 30 segundos.<br />
Rectifique os temperos e sirva num prato<br />
coberto ou numa travessa funda, forrada<br />
com fatias de pão, sobre as quais<br />
deita o polvo.<br />
Mão de Vaca à antiga<br />
Receita do séc. XVIII. Prato tradicional da Malveira,<br />
onde é ainda servido em várias tabernas da Malveira.<br />
Ingredientes:<br />
1 chouriço de carne<br />
1 folha de louro<br />
1 limão<br />
1 mão de vaca<br />
1 raminho de salsa<br />
100 ml de azeite<br />
200 ml de vinho branco<br />
2 cebolas grandes<br />
5 dentes de alho<br />
4 tomates maduros<br />
500 g de grão-de-bico seco<br />
Sal e pimenta preta q.b.<br />
Confecção:<br />
De véspera, deixe o grão a demolhar<br />
em água. Lave e raspe muito<br />
bem a mão de vaca e esfregue-a<br />
bem com sal e limão. Coza o grão<br />
em água com um pouco de azeite<br />
e temperada de sal (entre 20 a 30<br />
minutos, na panela de pressão).<br />
Separadamente, coza a mão de<br />
vaca, dividida em duas, em água<br />
temperada com sal (cerca de 45<br />
minutos, também em panela de<br />
pressão). Refogue no azeite as<br />
cebolas e os alhos picados, assim<br />
como os tomates cortados em<br />
cubos.<br />
Junte as cenouras cortadas às rodelas,<br />
o chouriço de carne, a salsa<br />
e as folhas de louro.<br />
Deixe apurar e junte a mão de<br />
vaca cozida. Regue com o vinho<br />
branco e um pouco do caldo de<br />
cozer o grão.<br />
Sirva acompanhado com arroz<br />
branco.<br />
Coordenação: Joana Araújo
Janeiro 2015 Comunidade Júnior<br />
Lusitano de Zurique– 33<br />
O PATO<br />
SUBMARINO<br />
António Torrado<br />
escreveu e<br />
Cristina Malaquias ilustrou<br />
© APENA - APDD – Cofinanciado pelo POSI e pela Presidência do Conselho de Ministros<br />
Esta é a história do pato submarino, dois à conversa:<br />
um pato que queria conhecer o mundo<br />
escondido debaixo da superfície mesmas algas – suspirava a truta. –<br />
– Sempre a mesma água, sempre as<br />
que lhe reflectia a imagem. A história Quem me desse asas...<br />
começa no dia em que o pato deu o<br />
O pato admirou-se:<br />
primeiro mergulho. Cardume de peixes<br />
pequenos fugiam à sua frente e – Parece impossível! Então a amiga<br />
desapareceram nos fundos verdes de truta não gosta de nadar?<br />
uma Egruta.<br />
sta é a história do pato submarino, um pato que<br />
– Qual quê? Fujo do rio o mais que<br />
queria conhecer o mundo escondido debaixo da superfície<br />
– Para onde vão eles? – perguntou o posso. Ando agora a treinar-me em saltos,<br />
começa cada vez no mais dia altos, emcada vez mais<br />
que pato, lhe mas reflectia ninguém a lhe imagem. respondeu. A história<br />
que o pato deu o primeiro mergulho. longe. Cardume Quer ver? de – peixes e a truta saltou, toda<br />
Mergulhou mais vezes, muitas vezes<br />
pequenos fugiam à sua frente e desapareceram ligeira, por cima nos fundos<br />
ramo de um salgueiro<br />
que se debruçava para a água.<br />
mais. Cada vez mais fundo, cada vez<br />
verdes mais tempo. de uma Conseguiu gruta. assim, depois<br />
de – Para muitas onde tentativas, vão eles? fazer as – vezes perguntou das – o Bravo, pato, bravo! mas ninguém – aplaudiu o pato.<br />
lhe rãs respondeu. que saltam e mergulham, mergulham<br />
Mergulhou e saltam, mais como se vezes, não estivessem muitas vezes Ainda mais. quero saltar Cada por vez cima da ponte,<br />
– Pois hei-de conseguir muito mais.<br />
mais<br />
bem<br />
fundo,<br />
em lado<br />
cada<br />
nenhum.<br />
vez mais<br />
Mas<br />
tempo.<br />
o pato<br />
Conseguiu<br />
vai ver!<br />
assim, depois<br />
submarino sentia-se melhor com a cabeça<br />
muitas dentro tentativas, de água do fazer que fora as dela. vezes Cada das rãs um foi que à sua saltam vida. eO pato voltou<br />
de<br />
mergulham,<br />
Numa ocasião<br />
mergulham<br />
em que o pato<br />
e saltam,<br />
submarino<br />
ia em a mergulhar, lado nenhum. cruzou-se Mas com o uma pato nos submarino seus saltos sentia-se mais altos, cada vez<br />
como<br />
aos<br />
se<br />
seus<br />
não<br />
mergulhos<br />
estivessem<br />
mais fundos, cada<br />
vez mais fundos... A truta continuou<br />
bem<br />
melhor truta que com saltava a cabeça da água. dentro Não de iam água do mais que altos... fora dela.<br />
para o mesmo lado, mas como o rio é<br />
uma rua de bons vizinhos, ficaram 1 Aqui façamos uma pausa à nossa his-<br />
os<br />
tória, para mudarmos de sítios. Do<br />
rio passemos à margem. Está ali um<br />
senhor de chapéu de palha, que pacientemente<br />
desenrola uma linha e a<br />
mergulha na água. Segura com firmeza<br />
a cana de pesca e aguarda. Que sucederá?<br />
No fundo do rio, o pato submarino vê<br />
um bocadinho de pão suspenso, magicamente<br />
suspenso. Aproxima-se, mas<br />
o bocadinho de pão ou lá o que será<br />
faz-lhe uma negaça e foge para mais<br />
longe. Atira-se a ele o pato submarino<br />
e abocanha-o.<br />
Na margem, o pescador estremece dos<br />
pés ao chapéu. – Isto não é peixe miúdo<br />
– exclama ele.<br />
 Pois não era, não! Era pato e grande...<br />
Depois de muita luta ficou de<br />
boca aberta o senhor do chapéu de<br />
palha, ao ver o que a linha lhe trazia.<br />
Tão espantado estava que nem ouviu<br />
um tiro que, ali perto, caçador escondido<br />
dera sobre algum pássaro mais<br />
descuidado.<br />
– É extraordinário – dizia o pescador,<br />
desembaraçando o pato do anzol. –<br />
Quando eu contar esta história, ninguém<br />
vai acreditar...<br />
– Acredito eu – disse uma voz, mesmo<br />
atrás dele.<br />
Virou-se o pescador para trás e que<br />
viu? Um caçador com uma truta na<br />
mão.<br />
– Ia a atravessar a ponte, quando um<br />
peixe me saltou à frente, quase a roçar<br />
o cano da espingarda. Disparei, mesmo<br />
sem pensar – explicou ele.<br />
– Voam os peixes, nadam os pássaros.<br />
Anda o mundo virado do avesso – comentou<br />
o pescador.<br />
Ficaram os dois a olhar um para o outro,<br />
sem saberem que mais dizer, até<br />
que o pescador sugeriu:<br />
– Podíamos trocar. Sim, porque eu<br />
sou, acima de tudo, caçador.<br />
– E eu, pescador – acudiu, muito<br />
despachado, o senhor do chapéu de<br />
palha.<br />
Aflita, a truta sacudia-se nas mãos do<br />
caçador. As chumbadas quase não lhe<br />
tinham tocado. Também o pato se refazia<br />
da surpresa e agitava as asas.<br />
Caçador e pescador preparavam a troca.<br />
E foi no exacto momento em que o<br />
pescador ia receber o peixe e o caçador,<br />
a ave, foi nesse preciso momento<br />
que... que... adivinham?<br />
Voou o pato e mergulhou a truta. Cada<br />
um para seu lado, cada um mais depressa<br />
que o outro.<br />
– Dê-lhe um tiro – gritou o pescador<br />
para o caçador.<br />
– A qual? – perguntou ele, atarantado.<br />
Salvaram-se os nossos heróis e salvou-<br />
-se a história. O pato voou para o alto e<br />
o peixe nadou para o fundo. Já chegava<br />
de aventuras. Já tinham que contar. E<br />
nós, também...<br />
FIM<br />
Coordenação: Joana Araújo
34 – Lusitano de Zurique Janeiro 2015<br />
Humor/Passatempo<br />
Já sei.<br />
Já sei...<br />
Outros tempos...<br />
O avô conta ao seu neto João as grandes mudanças que<br />
aconteceram na sociedade, desde a sua juventude até<br />
agora…<br />
- Sabes, João, quando eu era pequeno, a minha mãe<br />
dava-me dez escudos = (+/-) 5 cêntimos hoje, e com isso<br />
mandava-me à mercearia da esquina.<br />
Então eu voltava com um pacote de manteiga, dois litros<br />
de leite, um saco de batatas, um queijo, um pacote<br />
de açúcar, um pão e uma dúzia de ovos..!”<br />
E o João respondeu-lhe:<br />
- Mas avô, na tua época não havia câmaras de vigilância,<br />
pois não?<br />
Religião...<br />
Um muçulmano devoto e barbudo entra num táxi.<br />
Uma vez sentado, pede ao taxista para desligar o rádio,<br />
porque não quer ouvir música, como decretado na sua<br />
religião, e porque no tempo do profeta não havia música,<br />
especialmente música ocidental, que é música dos<br />
infiéis.<br />
O motorista do táxi educadamente desliga o rádio, sai<br />
do carro e dirige-se à porta do lado do cliente e abre-a.<br />
O árabe pergunta: - “O que você está a fazer?<br />
Resposta do taxista: - “No tempo do profeta não havia<br />
táxis, por isso saia e espere pelo próximo camelo”.<br />
Efemérides<br />
11 de Janeiro:<br />
1922 – É utilizada pela primeira vez<br />
insulina em humanos para tratamento<br />
do diabetes.<br />
1942 – O Japão declara guerra aos<br />
Países Baixos e invade as Índias<br />
Orientais Neerlandesas.<br />
1994 – O governo irlandês anuncia<br />
o fim da censura ao movimento terrorista<br />
IRA e seu braço político, Sinn<br />
Féin.<br />
17 de Janeiro:<br />
1462 – É descoberta por Diogo<br />
Afonso a ilha de Santo Antão em<br />
Cabo Verde.<br />
1793 – A Convenção francesa decide<br />
por só um voto de diferença<br />
condenar à morte o rei Luís XVI.<br />
1945 – Os nazis/nazistas começam<br />
a evacuar o campo de concentração<br />
de Auschwitz devido à aproximação<br />
das tropas soviéticas.<br />
31 de Janeiro:<br />
1938 – O general Francisco<br />
Franco estabelece oficialmente<br />
o seu governo em Burgos,<br />
substituindo a Junta Técnica do<br />
Estado e iniciando 40 anos de<br />
ditadura na Espanha.<br />
1946 – Constitui-se a República<br />
Socialista Federativa da Jugoslávia/Iugoslávia.<br />
1958 – Os Estados Unidos lançam<br />
o seu primeiro satélite artificial,<br />
o Explorer I.
Janeiro 2015 Horóscopo<br />
Lusitano de Zurique– 35<br />
Horócopo anual<br />
CARNEIRO<br />
Marte, seu regente, rege<br />
também o ano. Tende a<br />
ser um ano importante,<br />
com acontecimentos novos<br />
e significativos. Ano<br />
de grandes decisões e mudanças.<br />
Você pode estar<br />
mais sensível, sintonizado<br />
com seus sentimentos. E<br />
muito agitado, eléctrico, o<br />
que requer cuidado com<br />
atitudes impensadas ou<br />
precipitadas. Vale a pena<br />
praticar desporto e gastar<br />
toda essa energia de forma<br />
construtiva e criativa.<br />
TOURO<br />
Você tende a estar mais<br />
sensível, romântico, inspirado<br />
e criativo. Pode<br />
se envolver com assuntos<br />
artísticos e produzir<br />
coisas interessantes. Sua<br />
vaidade está aumentada<br />
e pode ser um bom ano<br />
para se colocar em primeiro<br />
lugar e cuidar mais<br />
de você mesmo. Mas há<br />
tensão e ansiedade internas,<br />
que devem ser observadas<br />
e trabalhadas. Um<br />
bom ano para resolver<br />
definitivamente assuntos<br />
do passado.<br />
GÉMEOS<br />
É um ano de mudanças<br />
importantes. Você tende<br />
a estar mais inspirado e<br />
cheio de energia para tocar<br />
os novos projectos.<br />
Algumas das suas ideias e<br />
projectos futuros podem<br />
mudar. É um ano de mais<br />
contacto com grupos e<br />
amigos e realização de<br />
coisas novas. É importante<br />
usar mais a intuição e<br />
viver mais a sensibilidade.<br />
Um ano de grandes ideias,<br />
viagens importantes e<br />
maior paz interior. Abertura<br />
para novidades.<br />
CARANGUEJO<br />
Este é um ano de crescimento<br />
e expansão. Também<br />
é um ano de consolidação<br />
e estabilidade. Mas<br />
é um período de mudanças<br />
importantes e você<br />
deve manter-se flexível e<br />
aberto para o que possa<br />
surgir. Os assuntos espirituais<br />
podem estar mais<br />
presentes e você pode<br />
aprender muita coisa<br />
nova. Tanto que os cursos<br />
e viagens estão totalmente<br />
favorecidos ao longo de<br />
todo ano. Hora de construir<br />
e manter a fé!<br />
LEÃO<br />
É um ano de crescimento<br />
e de expansão. Você<br />
pode esperar por acontecimentos<br />
significativos<br />
e especiais. É um bom<br />
ano para construir coisas<br />
novas e investir nos seus<br />
projectos mais importantes.<br />
Mas é essencial fazer<br />
tudo com calma, critério e<br />
planeamento, já que tudo<br />
que precisa ter estrutura<br />
e bases muito sólidas. É<br />
um ano de grande realização<br />
pessoal e de felicidade,<br />
mas com muitas mudanças.<br />
VIRGEM<br />
É um ano de muito mais<br />
sensibilidade e inspiração.<br />
Você tende a estar muito<br />
mais emotivo, sensível,<br />
aberto ao mundo dos <strong>sonho</strong>s,<br />
da fantasia e dos<br />
sentimentos. Isso deve<br />
deixá-lo mais flexível, sem<br />
tanta necessidade de organizar<br />
ou controlar o<br />
rumo das coisas. Um bom<br />
ano para as parcerias e relações<br />
em geral, para ajudar<br />
o próximo e para dar<br />
mais vazão à criatividade.<br />
Crie mais. Solte-se mais.<br />
BALANÇA<br />
2015 promete mais intensidade<br />
e mudanças significativas.<br />
Você está mais<br />
inspirado e deve confiar<br />
mais na sua intuição, inclusive<br />
para resolver as<br />
coisas do dia-a-dia. É um<br />
bom ano para incluir novas<br />
coisas em sua vida e<br />
rotina, especialmente coisas<br />
que dêem prazer e artísticas.<br />
Ano de vida social<br />
intensa e de muito movimento.<br />
Você pode sentir-<br />
-se mais aberto e optimista<br />
com relação a tudo.<br />
Deixe as coisas fluírem.<br />
ESCORPIÃO<br />
Você pode lidar com imprevistos<br />
e mudanças<br />
constantes nos planos, o<br />
que indica ser melhor ir<br />
planeando uma coisa de<br />
cada vez. É um ano de<br />
surpresas e mudanças importantes.<br />
É também um<br />
ano de maior desapego e<br />
será mais fácil se libertar<br />
de velhas amarras e viver<br />
de forma mais leve. Até<br />
porque você tende a ter<br />
bons aliados. Vale a pena<br />
deixar sua rotina mais animada,<br />
flexível e cheia de<br />
coisas que você gosta.<br />
SAGITÁRIO<br />
É um ano mais positivo,<br />
de sorte e maior crescimento.<br />
Mas é também um<br />
ano para construir coisas<br />
pensando no seu futuro e,<br />
por isso, você precisa de<br />
mais determinação, foco<br />
e planeamento. É um ano<br />
de vida social intensa, de<br />
descobertas importantes.<br />
Um bom ano para investir<br />
nos seus passatempos e<br />
em tudo que você gosta.<br />
Aliás, você pode descobrir<br />
e desenvolver novos talentos.<br />
Ano importante!<br />
CAPRICÓRNIO<br />
Sua vida pessoal tende a<br />
estar mais movimentada,<br />
pedindo mais dedicação<br />
especialmente à família e<br />
à casa. Se você está a pensar<br />
em mudar de casa ou<br />
fazer algum tipo de reforma,<br />
este é um bom ano,<br />
já que favorece tudo que<br />
tem a ver com imóveis e<br />
com o seu lar. Mas cuidado<br />
com as brigas no ambiente<br />
familiar, que podem<br />
gerar alguma tensão.<br />
É um ano para comunicar<br />
mais e divertir-se mais.<br />
AQUÁRIO<br />
Você está mais comunicativo<br />
e cheio de vigor. É<br />
um ano de novidades. Um<br />
óptimo ano para fazer viagens<br />
diferentes, conhecer<br />
lugares e pessoas. Você<br />
também pode fazer cursos<br />
novos, que vão abrir<br />
sua mente e ensinar coisas<br />
bem interessantes.<br />
É um ano de mais movimento.<br />
Mas é preciso ter<br />
foco para não dispersar<br />
em meio a tantas coisas<br />
que tendem a acontecer<br />
ao mesmo tempo. Mais<br />
tranquilidade dentro de<br />
casa.<br />
PEIXES<br />
É um ano de estruturação<br />
pessoal e crescimento.<br />
Mas é preciso organizar-<br />
-se mais e retomar seu<br />
lado mais criativo, sensível,<br />
inspirado. É importante<br />
manter o foco em você,<br />
o que implica por vezes<br />
a aprender a dizer não.<br />
É um ano de mais consciência<br />
e de descoberta<br />
ou retomada de talentos<br />
importantes. As viagens<br />
podem fazer parte da sua<br />
vida e tendem a ser muito<br />
bem-vindas. Use mais a<br />
sua intuição.
36 – Lusitano de Zurique Literatura<br />
Janeiro 2015<br />
Só mais um pouco<br />
do quase nada<br />
Carmindo<br />
de Carvalho<br />
É Inverno<br />
É Inverno.<br />
Olho pela janela.<br />
Lá fora está frio!<br />
Mesmo sem o sentir sei que está frio.<br />
Aproveito e vou tomar banho.<br />
Já de molho, saboreando<br />
O quente da água na pele<br />
Sinto-me mole<br />
Todo relaxado.<br />
Para limpar os ouvidos escolhi Chopin.<br />
À frente dos meus olhos<br />
Formam-se umas bolhas<br />
De espuma, brancas,<br />
Que me lembram nuvens aos farrapos<br />
Vistas de avião, ao alcance da mão,<br />
Agradável ilusão!<br />
Gotículas de suor escorrem-me pela testa.<br />
Agora é o Liszt quem toca.<br />
Os espaços formados<br />
Entre Os amontoados<br />
Da espuma lembram-me os fiordes da Noruega.<br />
São braços de um só mar. Água que se passeia<br />
Por entre maravilhosas<br />
Paisagens, por entre imponentes montanhas.<br />
Já fiz um pouco<br />
De Quase tudo,<br />
De quase tudo<br />
Já fui um pouco<br />
E esse pouco<br />
De quase tudo<br />
Fez de mim só mais que um pouco<br />
Do quase nada do infinito.<br />
Um grão de areia<br />
De uma praia,<br />
Uma folha murcha<br />
De uma árvore triste de uma selva.<br />
Um rio<br />
Um rio<br />
Cheio<br />
Conspurcado<br />
E feio.<br />
Onde navegam aos tropeções<br />
E aos trambolhões<br />
Cagalhões<br />
Grandes como chourições<br />
Onde se espraiam resíduos tóxicos.<br />
E interesses de Mafiosos<br />
Industriais<br />
E outras coisas mais<br />
Centos de peixes aos ais<br />
Com dores<br />
Esfomeados<br />
E lixados.<br />
Alcino, Ferro, Miranda, Santos.<br />
Amigos, por onde andais?<br />
Como estais?<br />
Tenho saudades de voz e de todos mais.<br />
Olho para o relógio<br />
E surpreso vejo<br />
Que já estou há meia hora neste banho de imersão<br />
A recordar tempos que já lá vão.
Janeiro 2015 Cultura<br />
Lusitano de Zurique– 37<br />
Ano Novo<br />
``Sou poeta, sou um deslocado<br />
no tempo e na história``<br />
Euclides Cavaco<br />
P’ra celebrar a passagem<br />
Do ano, em todo o mundo<br />
Faz-se do tempo a contagem<br />
No fim segundo a segundo .<br />
Um comum comportamento<br />
Que apraz à sociedade<br />
Sublimando o momento<br />
Com pompa e solenidade .<br />
Há festas e euforia<br />
Celebrações entre o povo<br />
Na transição deste dia<br />
Para mais um Ano Novo.<br />
Esquecem-se as arrelias<br />
Que se afogam na bebida<br />
Entre galas e folias<br />
Celebra-se enfim a vida.<br />
Trocam-se saudações<br />
Em êxtase de alegria<br />
Tomam-se resoluções<br />
Tão notórias deste dia.<br />
Chega mais um Novo Ano<br />
Que vivê-lo valha a pena.<br />
Salutar prò ser humano<br />
Nesta passagem terrena !...<br />
Pedro Barroso<br />
Não sei o que vem para<br />
aí em 2015 - ninguém<br />
sabe. Mas o que passei<br />
em 2014 deu-me uma<br />
condição diferente para<br />
prosseguir. E acrescentou-me<br />
dados para outro<br />
pensar, outro viver,<br />
outro sentir.<br />
Perder o domínio de nós<br />
mesmos e criar dependências<br />
tão profundas<br />
como as que tive e sofri,<br />
ensinou-me que as coisas<br />
profundas do viver<br />
devem estimar-se bem<br />
acima das frivolidades<br />
e valores efémeros que<br />
diariamente nos propõem.<br />
Fiquei sem falar; desejei<br />
a morte; fiquei sem<br />
consciência; fiquei sem<br />
andar. Reaprender tudo<br />
isso foi um acto de insistência<br />
e de coragem<br />
que me servirão de paradigma<br />
para todo o<br />
futuro que ainda possa<br />
desejar. Desejo a mesma<br />
força - que hoje me<br />
permite andar quilómetros<br />
- a todos os que das<br />
adversidades da vida retirem<br />
o lado pedagógico<br />
e Epifânio desse Conhecimento.<br />
Não é esoterismo<br />
- é a mais sincera<br />
realidade.<br />
É essa força, e só ela,<br />
que nos pode ajudar<br />
a superar a tanta nulidade<br />
que nos rodeia. E<br />
por isso devemos dar<br />
importância apenas ao<br />
que a mereça.<br />
Perdi a paciência para<br />
as minúcias indagadas<br />
e prescrutativas do tostão.<br />
Perdi a tolerância a<br />
chatos, imbecis, teóricos<br />
da treta e comentadores<br />
orçamentistas, em geral.<br />
Valorizo hoje muito<br />
a vida e os amigos. Corto<br />
a direito quando sou<br />
incomodado por vendedores<br />
de banha da<br />
cobra; eles atacam na<br />
política, comercio, media,<br />
informação, bancos,<br />
seguros, etc. Valorizo a<br />
Arte e a Cultura como<br />
expoentes maiores do<br />
significado de existir.<br />
Valorizo a qualidade do<br />
que me sobra e a amizade<br />
dos que ainda ma<br />
saibam transmitir. Valorizo<br />
a memória dos momentos<br />
bons. A boca de<br />
todas as mulheres que<br />
amei e que beijei. Todos<br />
os versos que li, todas<br />
as pinturas que gostei.<br />
Todas as esculturas que<br />
me seduziram e clandestinamente<br />
afaguei.<br />
Viver tem de ser uma orgia<br />
de sabores e de saberes.<br />
E nunca um estar<br />
amanuense e cívico, de<br />
manga-de-alpaca bem<br />
comportada contabilizando<br />
lantejoulas e outras<br />
imundices da maledicência.<br />
Viver tem que<br />
ter magia e sedução. Eu<br />
quero lá saber dos que<br />
não sabem apreciar um<br />
por do sol. Um poema.<br />
Uma melodia, uma paisagem,<br />
um qualquer<br />
sabor cozinhado com<br />
amor, no forno a lenha<br />
dos avós. Sou poeta, sou<br />
um deslocado no tempo<br />
e na história.<br />
Sim. Sou um homem de<br />
quinhentos sem passaporte<br />
nem destino previsto.<br />
Mas é assim que<br />
acredito. Os dias devem<br />
ser azuis, - mesmo os<br />
cinzentos. Porque dentro<br />
deles habita uma flor<br />
e um beijo. Uma descoberta;<br />
e um novo despertar.<br />
Só assim devemos viver.<br />
Com esse sentido maior<br />
de desfrute e raiva de<br />
existir. Senão, amigos,<br />
estar vivo não valeria a<br />
pena.
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