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Bodas de Prata

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Proprieda<strong>de</strong> e administração:<br />

Centro Lusitano <strong>de</strong> Zurique<br />

Birmensdorferstrasse 48<br />

8004 Zürich<br />

| Directora: Sandra Ferreira | Ano: XX | N.º: 198 | Outubro 2014 | Mensal | Distribuição gratuita |<br />

Tel.: 044 241 52 60<br />

Fax: 044 241 53 59<br />

Web: www.cldz.ch<br />

E-mail: info@cldz.ch<br />

Rancho Folclórico do Centro Lusitano <strong>de</strong> Zurich<br />

<strong>Bodas</strong> <strong>de</strong> <strong>Prata</strong><br />

Em Setembro 2014, celebrou-<br />

-se as <strong>Bodas</strong> <strong>de</strong> <strong>Prata</strong> do<br />

Rancho Folclórico, do Centro<br />

Lusitano <strong>de</strong> Zurich. - Pág. 8 - 11<br />

Opinião<br />

“A Sec. <strong>de</strong> Estado das Comunida<strong>de</strong>s<br />

Portuguesas e Instituto<br />

Camões estão a roubar...”- pág. 08<br />

Educação<br />

“Vivemos nas escolas uma<br />

situação <strong>de</strong> absoluto CAOS<br />

LINGUÍSTICO...” - pág. 17<br />

Estatística<br />

Portugal em números...<br />

- pág. 22 e 23


2 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Publicida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014<br />

Centro Lusitano <strong>de</strong> Zurique<br />

Birmensdorferstr, 48<br />

8004 Zürich<br />

www.cldz.ch - info@cldz.ch<br />

Consulado Geral <strong>de</strong> Portugal em Zurique<br />

Zeltweg 13 - 8032 Zurique<br />

Tel. Geral: 044 200 30 40<br />

Serviços <strong>de</strong> ensino: 044 200 30 55<br />

Serviços sociais: 044 261 33 32<br />

Abertura <strong>de</strong> segunda a sexta-feira das<br />

08:30 às 14:30 horas<br />

Edição anterior<br />

Bufete, reserva <strong>de</strong> refeições 077 403 72 55<br />

Cursos <strong>de</strong> alemão 076 332 08 34<br />

Direcção<br />

Futebol<br />

InCentro<br />

Publicida<strong>de</strong><br />

Rancho folclórico<br />

044 241 52 60 / info@cldz.ch<br />

_________________________________<br />

incentro@cldz.ch<br />

076 379 67 27 / mribatejo@hotmail.com<br />

076 344 15 40 / rancho@cldz.ch<br />

Vamos contar uma história 079 647 01 46<br />

Embaixada <strong>de</strong> Portugal<br />

Weitpoststr. 20 - 3000 Bern 15<br />

Secção consular: 031 351 17 73<br />

Serviçoa sociais: 031 351 17 42<br />

Serviços <strong>de</strong> ensino: 031 352 73 49<br />

Serviços municipais <strong>de</strong> informação para<br />

imigrantes - Zurique (Welcome Desk)<br />

Stadthausquai 17 - Postfach 8022 Zurique<br />

Tel.: 044 412 37 37<br />

Polícia 117<br />

Bombeiros 118<br />

Ambulância 144<br />

Intoxicações 145<br />

Rega 1414<br />

Missão Católica <strong>de</strong> Língua Portuguesa – ZH<br />

Katholische Mission <strong>de</strong>r Portugiesischsprechen<strong>de</strong>n<br />

Fellenbergstrasse 291, Postfach 217 - 8047 Zürich<br />

Tel.: 044 242 06 40 7 044 242 06 45 - Email: mclp.zh@gmail.com<br />

Horário <strong>de</strong> atendimento:<br />

- segunda a sexta-feira das 8h às 13h00 e das 13h30 às 17h<br />

88% dos Poetas<br />

contra o AO<br />

“Reunidos na Vila do Gerês,<br />

no XIV Encontro nacional <strong>de</strong><br />

Poetas, dia 20 <strong>de</strong> Setembro, foi<br />

apresentada uma proposta aos<br />

mais <strong>de</strong> cem participantes, para<br />

que se pronunciassem acerca<br />

da aceitação ou da rejeição do<br />

Acordo Ortográfico. No universo<br />

<strong>de</strong> 107 autores presentes<br />

verificaram-se 5 votos a favor, 8<br />

abstenções e 94 contra a oficialização<br />

do Acordo.”<br />

www.diario.netbila.net


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Editorial<br />

Outubro 2014 – 3<br />

Origem do Folclore<br />

O termos folclore é aceite internacionalmente<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1878 e apareceu<br />

escrito pela primeira vez na<br />

Inglaterra, na revista “The Athenaeum,<br />

há cerca <strong>de</strong> 150 anos.<br />

Nela, a 22 <strong>de</strong> Agosto (hoje Dia<br />

do Folclore em muitos países), o<br />

arqueólogo inglês William John<br />

Thoms falava das necessida<strong>de</strong> da<br />

existência <strong>de</strong> uma palavra que <strong>de</strong>nominasse<br />

o estudo das tradições<br />

populares inglesas. Ele sugeria<br />

a junção <strong>de</strong> duas palavras: Folk<br />

(povo) e lore (sabedoria).<br />

Esse termo passou a ser utilizado<br />

então para se referir às tradições,<br />

costumes e superstições das classes<br />

populares.<br />

Também a UNESCO <strong>de</strong>clarou que<br />

folclore é sinónimo <strong>de</strong> cultura popular<br />

e representa a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

social <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> através<br />

<strong>de</strong> suas criações culturais, colectivas<br />

ou individuais, e é também<br />

uma parte essencial da cultura <strong>de</strong><br />

cada nação.<br />

Infelizmente ao longo dos séculos<br />

os povos <strong>de</strong>ixaram per<strong>de</strong>r um pouco<br />

<strong>de</strong>sta sabedoria popular como<br />

por exemplo no que diz respeito<br />

às medicinas populares.<br />

O povo português porém merece<br />

o respeito por trazer estas<br />

tradições em tudo o que faz. Nós<br />

nascemos com o “fado” em nós<br />

e crescemos com os cantares e<br />

dançares ao peito. E somos orgulhosos<br />

por isso!<br />

Infelizmente, <strong>de</strong>vido às vicissitu<strong>de</strong>s<br />

da vida e <strong>de</strong> uma infância<br />

bastante restrita nunca tive a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tocar uma concertina<br />

ou <strong>de</strong> dançar ao som do folclore<br />

português. Mas sinto-me orgulhosa<br />

por fazer parte <strong>de</strong>ssa tradição.<br />

E é com orgulho que mesmo estando<br />

longe da terra e vivendo num<br />

país on<strong>de</strong> as tradições são outras,<br />

ter a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ver e ouvir a<br />

nossa tradição e nossos cantares<br />

através dos variadíssimos grupos<br />

<strong>de</strong> folclore aqui existentes.<br />

Um orgulho maior ainda quando<br />

estes grupos <strong>de</strong> Folclore conseguem<br />

vencer e permanecer juntos<br />

das comunida<strong>de</strong>s por vários anos,<br />

Sandra Ferreira<br />

lusitanozurique@gmail.com<br />

como é o exemplo do Rancho Folclórico<br />

do Centro Lusitano <strong>de</strong> Zurique.<br />

A todos os que fazem parte <strong>de</strong>ste<br />

projecto com 25 anos só me resta<br />

dizer Obrigada!<br />

Obrigada por nos trazer a tradição<br />

e não <strong>de</strong>ixar a nossa cultura morrer!<br />

Esta publicação não adopta<br />

o (<strong>de</strong>s)Acordo Ortográfico<br />

www.ilcao.cedilha.net<br />

Ficha técnica<br />

Proprieda<strong>de</strong><br />

Centro Lusitano <strong>de</strong> Zurique<br />

8004 Zürich<br />

Email: info@cldz.ch<br />

Administração<br />

Centro Lusitano <strong>de</strong> Zurique<br />

Directora<br />

Sandra Ferreira<br />

lusitanozurique@gmail.com<br />

Sub-director<br />

Armindo Alves<br />

alves.armindo@kronschnabl.ch<br />

Redacção e Colaboração<br />

Armindo Alves, Pedro Silva, Maria<br />

José Silva, Manuel Beja, Marta<br />

Pérez, Zuila Messmer, Men<strong>de</strong>s<br />

Serafim, Domingos Pereira, Joana<br />

Araújo, Daniel Bohren, Mónica Carvalhais,<br />

Emília Farinha, Eucli<strong>de</strong>s Cavaco,<br />

Marília Men<strong>de</strong>s, Carmindo <strong>de</strong><br />

Carvalho, Carlos A<strong>de</strong>mar, Ama<strong>de</strong>u<br />

Homem<br />

Nota: Os textos publicados, são da exclusiva<br />

responsabilida<strong>de</strong> dos seus autores e não representam<br />

necessariamente as opiniões do Lusitano<br />

<strong>de</strong> Zurique.<br />

Outras fontes:<br />

Publicida<strong>de</strong>:<br />

mribatejo@hotmail.com<br />

Tel.: 076 379 67 27<br />

Edição, composição e paginação<br />

Manuel Araújo -Jornalista. 4365<br />

Braga – Portugal<br />

araujo@manuelaraujo.pt<br />

Tel.:(+351) 912 410 333<br />

Impressão: DM Braga<br />

Tiragem: 2000 exemplares<br />

Periodicida<strong>de</strong>: Mensal<br />

Distribuição gratuita<br />

Esta publicação não adopta<br />

o (<strong>de</strong>s)Acordo Ortográfico<br />

www.ilcao.cedilha.net<br />

Publicida<strong>de</strong>


4 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Opinião<br />

Outubro 2014<br />

Pagar para pançudos e baldroqueiros<br />

A Secretaria <strong>de</strong> Estado das Comunida<strong>de</strong>s Portuguesas e Instituto<br />

Camões estão a roubar, a <strong>de</strong>sviar fundos (propina) angariados<br />

pelos imigrantes da Europa, para financiar o ensino da<br />

língua portuguesa no Brasil.<br />

Domingos Pereira<br />

Os cidadãos portugueses a<br />

viver na Suíça, Alemanha,<br />

Inglaterra, e parte do Luxemburgo<br />

pagam para alguns<br />

pançudos encherem<br />

a pança. Desculpem a frontalida<strong>de</strong><br />

das palavras mas<br />

é a expressão que mais se<br />

adapta a esta situação.<br />

Como sabemos, no “requalificar<br />

da função-pública”<br />

em Portugal, entenda-<br />

-se <strong>de</strong>spedir e neste caso<br />

docentes. São 3 anos consecutivos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spedimentos,<br />

o <strong>de</strong>golar do Ensino<br />

do Português no Estrangeiro<br />

(EPE). Este ano lectivo<br />

2014/15, na Suíça apenas<br />

80 professores lecionam<br />

nos cursos <strong>de</strong> língua e cultura<br />

materna. Menos 14 do<br />

que o ano anterior, - segundo<br />

números publicados<br />

pela Secretaria <strong>de</strong> Estado<br />

e das Comunida<strong>de</strong>s Portuguesas<br />

– (SECP) e Coor<strong>de</strong>nação<br />

do Ensino em Berna.<br />

Em três anos – só na Suíça<br />

- o Estado Português e Instituto<br />

Camões <strong>de</strong>spediram<br />

cinco-<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> professores<br />

dos cursos <strong>de</strong> língua<br />

e cultura materna (EPE). E<br />

dizem eles: “para dinamizar<br />

a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino”?<br />

Em 2011/12 o <strong>de</strong>partamento<br />

para educação nacional<br />

suíça contabilizava mais <strong>de</strong><br />

15 000 crianças e jovens<br />

a frequentar os cursos do<br />

EPE. Segundo números<br />

apresentados pelo Secretario<br />

<strong>de</strong> Estado e das Comunida<strong>de</strong>s<br />

José Cesário,<br />

em 2012/13 frequentaram<br />

as aulas 12 622 alunos e<br />

2013/14 apenas 11 510.<br />

Actualmente (2014/15), o<br />

número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sistências<br />

é certamente idêntico ou<br />

superior aos anos anteriores.<br />

Desistências que<br />

são <strong>de</strong> carácter forçado,<br />

porque no ensino <strong>de</strong> hoje<br />

baseiam-se no aglomerar<br />

<strong>de</strong> alunos, <strong>de</strong> vários níveis<br />

e ida<strong>de</strong>s no mesmo horário<br />

(mesmo em aglomerados-<br />

-populacionais), diminuição<br />

<strong>de</strong> horas lectivas (<strong>de</strong><br />

3horas passou para 1 e 1,5<br />

semanais, consoante a capacida<strong>de</strong><br />

do professor).<br />

Por este caminhar, nos<br />

próximos anos não existirá<br />

ensino português na Suíça.<br />

Os jovens portuguese<br />

e luso-<strong>de</strong>scentes <strong>de</strong>verão<br />

emigrar para apren<strong>de</strong>r a<br />

sua língua materna…<br />

Desviar, roubar...<br />

O ano lectivo no EPE iniciou<br />

na Suíça aos tropeções,<br />

como habitual, mas<br />

iniciou… Um mês <strong>de</strong>pois,<br />

os manuais ainda não foram<br />

entregues aos estudantes.<br />

Nem serão!? Segundo<br />

os docentes; “as<br />

or<strong>de</strong>ns são para continuar<br />

com os manuais do ano<br />

anterior”. Ou seja. Os alunos<br />

foram promovidos, os<br />

livros são repetentes.<br />

Segundo o Instituto Camões<br />

(IC), “as mais-valias”<br />

<strong>de</strong>ste novo sistema - pagamento<br />

da propina - os<br />

alunos tinham direito aos<br />

manuais e certificação.<br />

Lembro que, na primaveram<br />

a SECP e IC assumiram<br />

este compromisso,<br />

quando os encarregados<br />

<strong>de</strong> educação efetuaram a<br />

inscrição e respectivo pré-<br />

-pagamento. Mas a realida<strong>de</strong><br />

da mais-valia é outra.<br />

No ano lectivo 2013/14 a<br />

mais-valia - certificação<br />

- foi negada aos alunos<br />

do 5° ao 8° ano, este ano<br />

(2014/15) é negada a mais-<br />

-valias manuais.<br />

Mais-valia? Mais-valia é<br />

para a pança <strong>de</strong> pançudos,<br />

cheia pelos baldroqueiros…<br />

Ainda há pouco tempo, a<br />

Secretaria <strong>de</strong> Estado das<br />

Comunida<strong>de</strong>s Portuguesas<br />

(divulgado pelos meios-<strong>de</strong>-<br />

-comunicação) enviou 9 mil<br />

euros para associações em<br />

Nova Inglaterra, (Estados<br />

Unidos) para a compra <strong>de</strong><br />

manuais. O mesmo órgão<br />

do estado, subsidiou o XXI<br />

Encontro dos Professores<br />

dos Estados Unidos e Canadá<br />

que teve lugar na Ilha<br />

Terceira.<br />

Então os alunos e professores<br />

da Alemanha,<br />

Inglaterra, Suíça e parte<br />

do Luxemburgo não são<br />

portugueses? Não têm os<br />

mesmos direitos? Porquê<br />

uns têm regalias e outros<br />

não têm direitos nem com<br />

mais-valias? Porquê estes<br />

baldroques?<br />

Tudo me leva-a-crer, não é<br />

certo, que o Estado Português,<br />

pelos seus representantes<br />

SECP e IC, estão a<br />

roubar, <strong>de</strong>sviar os fundos<br />

angariados dos imigrantes<br />

(propina). E mentem quando<br />

dizem que não têm dinheiro<br />

para o ensino. Sim<br />

são mentirosos! Porquê e<br />

como no Brasil, o ministro<br />

Nuno Crato inaugurou uma<br />

Escola Portuguesa <strong>de</strong> S.<br />

Paulo. Então afinal há dinheiro?!<br />

Na Europa <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>-se<br />

professores, nega-se<br />

o direito há língua materna<br />

mesmo pagando,<br />

porquê há dinheiro para<br />

construir uma escola<br />

e financiar professores<br />

portugueses no Brasil,<br />

país estrangeiro e <strong>de</strong> língua<br />

comum?<br />

São isto, contrapartidas<br />

para a expansão da língua<br />

portuguesa, ou para<br />

os negociantes <strong>de</strong>la?


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Opinião<br />

Outubro 2014 – 5<br />

O maior dos crimes públicos<br />

Quando um dia, algum Historiador escrupuloso traçar as rugas do rosto<br />

do que outrora foi uma Pátria chamada Portugal, encontrará silêncio.<br />

E se apurar o ouvido escutará uma melopeia infinda <strong>de</strong> choros.<br />

Ama<strong>de</strong>u Homem<br />

Para mim, o mais grave problema<br />

português não é, directamente, a penúria<br />

económica, a emigração dos jovens,<br />

a <strong>de</strong>gradação do ensino, o <strong>de</strong>sprezo<br />

pelos cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da<br />

população, a insegurança nas ruas e<br />

nos lares, a corrupção, etc.<br />

Embora possa ter <strong>de</strong> confessar que<br />

é uma certa concepção <strong>de</strong> Economia<br />

que <strong>de</strong>termina , “em última instância”<br />

(como diria Karl Marx) a verda<strong>de</strong>ira<br />

tragédia da situação.
 Opino que o<br />

mais grave problema português é o<br />

da <strong>de</strong>sertificação do nosso interior.<br />

No interior não há País. No interior<br />

há tojos, casebres em ruínas e gente<br />

velha. Gente que por lá apodrece,<br />

sem que haja da Consciência Colectiva<br />

um forte estremecimento e um<br />

brado indignado. O País, o Portugal<br />

português, é hoje uma reduzida faixa<br />

<strong>de</strong> terreno que contempla o mar ou<br />

se espraia nas adjacências. Nenhum<br />

português com <strong>de</strong>veres e afectos <strong>de</strong><br />

família se atreverá, hoje, a viver no<br />

interior, se pu<strong>de</strong>r habitar esse nicho<br />

estreito <strong>de</strong> terra junto ao mar. É que<br />

faltam por lá as escolas e o honesto<br />

concidadão po<strong>de</strong> ter filhos para<br />

educar. E também foram <strong>de</strong> lá expulsas<br />

as unida<strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

quando <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre as privadas<br />

<strong>de</strong>bandaram. E como a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma família é o maior dos bens, sem<br />

médicos ou paramédicos, sobram<br />

apenas os bruxos e as “mulheres<br />

<strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>”, <strong>de</strong> nula eficácia objectiva.<br />

Também falta a antiga estação<br />

dos Correios, o que <strong>de</strong>termina que o<br />

nosso honesto compatriota nem sequer<br />

possa simplesmente enviar uma<br />

carta para um amigo distante. Além<br />

do mais, o exemplar a que aludimos,<br />

terá obrigatoriamente <strong>de</strong> possuir um<br />

veículo a motor para suportar a interiorida<strong>de</strong>.<br />

É que, se calhar, o arfante<br />

transporte público só por lá passará<br />

uma ou duas vezes por semana. E<br />

quem tem a ventura <strong>de</strong> possuir um<br />

automóvel sabe - como diz um meu<br />

antigo condiscípulo - que há amantes<br />

mais baratas, em gasolina, revisões,<br />

taxas das Finanças e reparações urgentes.<br />

Logo, se houver um fulano<br />

que queira forçosamente viver no interior,<br />

tal representará um gesto masoquista.<br />

E só para ricos ! Para já não<br />

falar da completa exposição do agregado<br />

familiar à banditagem eventual,<br />

uma vez que também se foram as<br />

forças policiais. E se, por bravata ou<br />

<strong>de</strong>sespero, o nosso exemplar tiver <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a Esposa ou a Filha a tiro,<br />

terá <strong>de</strong> contar com mais um percurso<br />

quilométrico apreciável, para arranjar<br />

um advogado, inexistente, ou <strong>de</strong>mandar<br />

judicialmente um meliante . É<br />

que o Tribunal também se foi. 
Quando<br />

um dia, algum Historiador escrupuloso<br />

traçar as rugas do rosto do<br />

que outrora foi uma Pátria chamada<br />

Portugal, encontrará silêncio. E se<br />

apurar o ouvido escutará uma melopeia<br />

infinda <strong>de</strong> choros.<br />

Há crimes públicos, políticos, que<br />

são radicalmente imperdoáveis. Se<br />

este não é o maior é porque quem<br />

escreve <strong>de</strong>ve ser imediatamente internado<br />

num hospício. Mas com provas<br />

na mão!


6 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Comunida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Desporto<br />

Outubro 2014 – 7<br />

Convívio<br />

Primeiro convívio 2014/2015, não é preciso palavras<br />

para <strong>de</strong>screver o convívio. Foi uma noite muito<br />

animada e cheia <strong>de</strong> alegria.<br />

Apesar <strong>de</strong> faltar ainda alguns atletas a integração<br />

dos novos foi notável.<br />

Esta equipa foi renovada no início da época, com<br />

muitas caras novas e com muito talento. Parabéns<br />

a todos os responsáveis pelo empenho e pelo belo<br />

trabalho que estão a fazer...<br />

Os mais pequeninos também tiveram direito a festa,<br />

pois são eles o futuro!<br />

Emprego<br />

Necessita-se <strong>de</strong> jovem ( M/F ) para<br />

trabalhar em escritório (Zürich), na área<br />

<strong>de</strong> banca / seguros.<br />

Exige-se que domine perfeitamente a língua alemã.<br />

Carga horária a 50%.<br />

Resposta via e-mail : rlrp3160@hotmail.com<br />

Business Card Composer Trial Version<br />

SEGUROS<br />

Doença ( krakenkasse )<br />

196.65 Chf ( adultos / +25 anos )<br />

194.05 Chf ( adultos / 19-25 anos )<br />

47.05 Chf ( menores / 0-18 anos )<br />

VIDA<br />

VIAGEM<br />

AUTOMÓVEL<br />

PERDA DE SALÁRIO, etc...<br />

CRÉDITOS DESDE 8,9%<br />

“permissos” L, B, C


8 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Comunida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014<br />

<strong>Bodas</strong> <strong>de</strong> <strong>Prata</strong> do Rancho Folcló<br />

M. Ma.<br />

Dia 13 <strong>de</strong> Setembro 2014,<br />

foi o dia escolhido, para<br />

celebrar as bodas <strong>de</strong> prata<br />

do Rancho Folclórico,<br />

do Centro Lusitano <strong>de</strong> Zurich.<br />

A sala, já conhecida da comunida<strong>de</strong><br />

portuguesa foi<br />

a Sporthalle Unterrohr <strong>de</strong><br />

Schieren.<br />

No fim dos anos 80, a comunida<strong>de</strong><br />

portuguesa já<br />

se distinguia, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Zurique, pelo seu empenho,<br />

em preservar a cultura.<br />

Mas existia muito para fazer,<br />

organizar e pessoas<br />

a<strong>de</strong>quadas, para formar<br />

grupos… neste caso o do<br />

Folclore.<br />

António Dias, sentia sauda<strong>de</strong>s,<br />

tinha o folclore enraizado<br />

e o sonho tinha <strong>de</strong> passar<br />

à prática.<br />

Com gente jovem começou<br />

a cantar e dançar. Muitos<br />

<strong>de</strong>les ali se conheceram,<br />

tornaram-se amigos, namoraram<br />

e casaram. Isto é,<br />

também Folclore.<br />

Hoje alguns casais com filhos<br />

<strong>de</strong> tenra ida<strong>de</strong>, têm<br />

esperança, que possam<br />

dar continuida<strong>de</strong> e recordar<br />

daqui a mais 25 anos, o trabalho<br />

e <strong>de</strong>dicação, dos que<br />

hoje, participaram neste festival.<br />

Depois dos primeiros contactos<br />

e angariar pessoas<br />

capazes <strong>de</strong> levar o projecto<br />

para a frente, fundou-se então<br />

o que hoje é o Rancho<br />

Folclórico do CLZ.<br />

Com muita vonta<strong>de</strong> e uma<br />

luta sem fim, o caminho<br />

<strong>de</strong>ste grupo, iniciou <strong>de</strong>vagar,<br />

mas certeiro.<br />

De tal forma, que tem elementos<br />

que fundaram o<br />

rancho e permanecem nele,<br />

com motivação, alegria e<br />

abertos a novos projectos,<br />

novas danças e cantares.<br />

O percurso, não foi fácil,<br />

com muitas batalhas vencidas<br />

e capacida<strong>de</strong> para<br />

vencer outras tantas, segue<br />

e soma actuações que <strong>de</strong>leitam<br />

o público.<br />

Já actuaram por toda a Suíça<br />

e além-fronteiras. Mostram<br />

trajes domingueiros e<br />

do campo, trajes <strong>de</strong> lavra<strong>de</strong>ira,<br />

entre outros. Dançam<br />

o Malhão, a Cana Ver<strong>de</strong>, Picadinho,<br />

Chula e não podia<br />

faltar a dança Rainha do folclore,<br />

o Vira.<br />

Têm como objectivo, manter<br />

não só o grupo unido, mas<br />

mostrar que a cultura portuguesa,<br />

para além <strong>de</strong> saber<br />

estar bem integrada, no país


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Comunida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014 – 9<br />

rico do Centro Lusitano <strong>de</strong> Zurich<br />

<strong>de</strong> acolhimento, sabe em<br />

paralelo, manter a chama<br />

viva do que é a nossa cultura<br />

popular.<br />

Neste aniversário o nervosismo<br />

era evi<strong>de</strong>nte, mas a<br />

alegria e paixão com que<br />

organizaram este festival,<br />

marcou a diferença.<br />

As crianças tiveram os jogos<br />

<strong>de</strong> outros tempos… saltar à<br />

corda, jogar com o pião, o<br />

jogo da boneca, entre outros.<br />

Os Ranchos Português <strong>de</strong><br />

Hinwill, <strong>de</strong> Wetzikon, Al<strong>de</strong>ias<br />

<strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> Baar, testemunharam<br />

e participaram<br />

nestes festejos, que divertiram,<br />

todos os que estiveram<br />

presentes.<br />

O Vira geral foi dançado<br />

com sabor a prata e poucos<br />

foram os que ficaram<br />

solidários com as ca<strong>de</strong>iras...<br />

A <strong>de</strong>coração da sala, estava<br />

exemplar, em cima do<br />

palco, um par <strong>de</strong> bonecos<br />

tipicamente trajados, mostravam<br />

um dos primeiro<br />

trajes a ser efectuado, para<br />

este rancho.<br />

Mais tar<strong>de</strong> e já em cima do<br />

palco, duas meninas tornaram<br />

possível e real esta<br />

amostra. Foi pura e simplesmente<br />

fantástico.<br />

A gastronomia portuguesa,<br />

marcou presença e as<br />

farturas foram uma boa<br />

opção <strong>de</strong> sobremesa para<br />

muitos.<br />

Hoje o grupo tem com responsável<br />

o António Fernan<strong>de</strong>s,<br />

conhecido como<br />

Tonecas que com toda a<br />

ilusão dança trajado <strong>de</strong><br />

Mordomo Rico.<br />

Um homem que se sente<br />

feliz pelo grupo no qual<br />

trabalha, procurando dar o<br />

melhor <strong>de</strong> si em prol da cultura<br />

popular portuguesa.<br />

Este vigésimo quinto aniversário<br />

foi gravado em<br />

DVD. Iniciativa inédita. Todos<br />

anseiam que a FOTO-<br />

VIP mostre o trabalho realizado.<br />

O som e animação estiveram<br />

a cargo do Michael<br />

Teixeira.<br />

Que venham mais 25, alguns<br />

cá estarão, outros<br />

estarão num outro lugar<br />

a zelar, para que o grupo<br />

não <strong>de</strong>ixe morrer estas<br />

profundas raízes.<br />

Obrigada a todos os que<br />

<strong>de</strong>ram o seu contributo,<br />

por amor à cultura portuguesa<br />

e a este rancho.<br />

Continua na próxima página


10 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014<br />

<strong>Bodas</strong> <strong>de</strong> <strong>Prata</strong>


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014 – 11<br />

Centro Lusitano<br />

<strong>de</strong> Zurique


12 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Opinião/Actualida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014<br />

Ou há moralida<strong>de</strong>...<br />

ou roubam todos.<br />

Ama<strong>de</strong>u Homem<br />

Um Regime político afere-se pela armadura<br />

legal que o cerca. Este Regime<br />

foi apodrecendo lentamente, atascado<br />

em privilégios, injustiças e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s.<br />

Seria <strong>de</strong> calcular que, por razões<br />

<strong>de</strong> auto-<strong>de</strong>fesa, mantivesse a coerência<br />

da infâmia. Mas nem isso.<br />

Passo a explicar. Em 27 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />

2013, através da votação conjunta do<br />

PSD, do CDS e do PS, foi aprovada<br />

uma lei celerada : a lei 64/2013. Tal lei,<br />

que se encontra em plena vigência, estatuiu<br />

um sistema <strong>de</strong> total secretismo<br />

quanto a pensões, remunerações ou<br />

proventos auferidos por ex-titulares <strong>de</strong><br />

cargos políticos. Isto significa, na prática,<br />

que nem o mais comum dos portugueses,<br />

nem o mais abalizado dos<br />

tribunais po<strong>de</strong>rá conhecer os montantes<br />

, a origem e a natureza do que esta<br />

gente aufere. E quem é “esta gente” ?<br />

“Esta gente” é constituída por ex-<strong>de</strong>putados,<br />

ex-ministros, ex-Presi<strong>de</strong>ntes<br />

da República, ex-Juízes do Tribunal<br />

Constitucional, ex-Conselheiros <strong>de</strong> Estado,<br />

etc.<br />

Assim sendo, a questão que se coloca<br />

é esta: que diferenças substanciais<br />

po<strong>de</strong>rão existir, à luz <strong>de</strong> um juízo equânime,<br />

entre um antigo titular <strong>de</strong> um<br />

cargo político e um semelhante concidadão<br />

em efectivida<strong>de</strong> das mesmas<br />

funções ?<br />

A esta luz, todo o ruído que está a fazer-se<br />

em torno <strong>de</strong> PPC é um exercício<br />

anacrónico <strong>de</strong> puritanismo fingido. Se<br />

um Regime se qualifica como um todo,<br />

PPC bem po<strong>de</strong> arguir que é simplesmente<br />

uma vítima, quando alguém tenta<br />

revelar montantes recebidos a título<br />

sabe-se lá <strong>de</strong> quê.<br />

Ou há moralida<strong>de</strong>... ou roubam todos !<br />

Lei da cópia privada<br />

foi aprovada<br />

Lusa<br />

Aprovada a aplicação<br />

<strong>de</strong> uma taxa entre 0.05<br />

cêntimos e 20 euros<br />

aos equipamentos e<br />

dispositivos como leitores<br />

<strong>de</strong> MP3, telemóves<br />

ou CDs.<br />

O parlamento aprovou<br />

com os votos da maioria<br />

PSD/CDS-PP duas propostas<br />

<strong>de</strong> lei do Governo<br />

relativas a direitos <strong>de</strong><br />

autor, direitos conexos e<br />

cópia privada e rejeitou<br />

um projecto do PCP sobre<br />

a partilha <strong>de</strong> dados<br />

informáticos.<br />

A proposta <strong>de</strong> lei do<br />

Governo que estabelece<br />

uma taxa entre 0,05<br />

cêntimos e 20 euros, a<br />

aplicar aos equipamentos<br />

e dispositivos como<br />

leitores <strong>de</strong> mp3, telemóveis<br />

ou CD, foi aprovada<br />

pela maioria PSD/<br />

CDS-PP, a abstenção<br />

do PS, e os votos contra<br />

do PCP, BE, PEV e <strong>de</strong> 11<br />

<strong>de</strong>putados do PS.<br />

Jorge Manuel Gonçalves,<br />

António Cardoso,<br />

Glória Araújo, Paulo<br />

Campos, André Figueiredo,<br />

Fernando Serrasqueiro,<br />

José Lello, Rui<br />

Paulo Figueiredo, Isabel<br />

Santos, Renato Sampaio<br />

e Ana Paula Vitorino<br />

foram os <strong>de</strong>putados<br />

socialistas que optaram<br />

pelo voto contra.<br />

Petição contra a Lei<br />

po<strong>de</strong> ser assinada<br />

aqui:<br />

http://goo.gl/aCphsn


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Actualida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014 – 13<br />

Estudos <strong>de</strong>monstram<br />

“Flúor é perigoso para a saú<strong>de</strong>”<br />

Mesmo pequenas quantida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> flúor consumido<br />

na água canalizada po<strong>de</strong><br />

danificar os ossos, os <strong>de</strong>ntes,<br />

o cérebro, causar problemas<br />

<strong>de</strong> tirói<strong>de</strong>, reduzir<br />

o QI e até causar cancro,<br />

<strong>de</strong> acordo com a maior revisão<br />

<strong>de</strong> estudos sobre o<br />

flúor.<br />

Associações <strong>de</strong>ntais dos EUA e<br />

o Centro <strong>de</strong> Controle <strong>de</strong> Doenças<br />

afirmam que este relatório<br />

não teria relação com o flúor da<br />

água potável, mas as mesmas<br />

instituições recomendam que o<br />

leite em pó <strong>de</strong> bebés NÃO seja<br />

diluído em água da torneira.<br />

Análises cuidadosas <strong>de</strong>scobriram<br />

que o flúor está ligado a<br />

efeitos na tirói<strong>de</strong>, especialmente<br />

em pessoas com <strong>de</strong>ficiência<br />

<strong>de</strong> iodo. Três especialistas do<br />

painel que analisou os estudos<br />

solicitaram publicamente o fim<br />

da adição <strong>de</strong> flúor na água potável.<br />

Baixos níveis <strong>de</strong> hormónio da<br />

tirói<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m aumentar o risco<br />

<strong>de</strong> doença cardíaca, colesterol<br />

alto, <strong>de</strong>pressão e menor inteligência<br />

nos bebés nascidos <strong>de</strong><br />

mães com este problema. Foi<br />

encontrado “uma forte e consistente<br />

associação entre a exposição<br />

ao flúor e baixo QI”.<br />

A questão primordial seria se a<br />

exposição ao flúor através <strong>de</strong><br />

diversas rotas como produtos<br />

<strong>de</strong>ntífricos, água e alimentos<br />

po<strong>de</strong>m contribuir para <strong>de</strong>senvolver<br />

efeitos nocivos. Estudos<br />

posteriores também seriam necessários<br />

para <strong>de</strong>scobrir qual<br />

dose <strong>de</strong> flúor po<strong>de</strong> aumentar o<br />

risco <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

neurológico, cancro,<br />

fluorose <strong>de</strong>ntal e óssea,<br />

principalmente para pessoas<br />

mais sensíveis.<br />

Quase dois mil profissionais assinaram<br />

uma <strong>de</strong>claração encorajando<br />

o Congresso dos EUA<br />

que pare com a adição <strong>de</strong> flúor<br />

na água até que a situação possa<br />

ser avaliada.<br />

Fontes: [http://goo.gl/3NdCUz]<br />

[http://goo.gl/VcZd4y]<br />

[hypescience.com]


14 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Direito<br />

Outubro 2014<br />

Perguntas e<br />

respostas<br />

R.S. e F.L. alugaram juntamente com outro<br />

casal uma casa. Houve <strong>de</strong>savenças entre os<br />

casais e chegou-se a acordo que R.S. e F.L.<br />

saíram no final do ano. R.S. e F.L. querem saber,<br />

se este acordo tem <strong>de</strong> ser feito por escrito.<br />

Não é preciso. Na Suíça qualquer acordo verbal tem basicamente<br />

valida<strong>de</strong>, como, por exemplo, contratos <strong>de</strong> trabalho,<br />

contratos <strong>de</strong> aluguer, entre outros. Mas mais vale<br />

fazer os acordos por escrito porque, se houver mais tar<strong>de</strong><br />

diferença <strong>de</strong> opiniões, o conteúdo do acordo já não<br />

po<strong>de</strong> ser provado, uma vez que uma das partes po<strong>de</strong> já<br />

não se lembrar do acordo ou ter outra i<strong>de</strong>ia sobre o seu<br />

conteúdo. Em tribunal teremos então <strong>de</strong>poimento contra<br />

<strong>de</strong>poimento e um processo sobre o acordo só muito dificilmente<br />

po<strong>de</strong>rá ser ganho.<br />

R.S. e F.L. têm ainda outra coisa a observar. O senhorio<br />

não se encontra obrigado por este acordo. Como R.S. e<br />

F.L. assinaram com o outro casal o contrato <strong>de</strong> locação,<br />

continuam por isso face ao senhorio a ser responsáveis<br />

pelo pagamento da renda. Enquanto o outro casal pagar<br />

a renda, não haverá problemas. Mas se eles não pagarem,<br />

o senhorio tem o direito <strong>de</strong> exigir a renda em dívida<br />

<strong>de</strong> R.S. e F.L. Uma vez que a casa é cara <strong>de</strong>mais para<br />

o outro casal sozinho, existe o risco concreto, que estes<br />

não paguem mais a renda, mal tenham encontrado outra<br />

habitação e que o senhorio <strong>de</strong>clare R.S. e F.L. responsáveis<br />

pelo não pagamento das rendas. Aconselhamos por<br />

isso com urgência a R.S. e F.L. a perguntar ao senhorio se<br />

os <strong>de</strong>ixa sair do contrato <strong>de</strong> alocação. Se este não o fizer,<br />

<strong>de</strong>veriam rescindir o aluguer da casa juntamente com o<br />

outro casal. Se o outro casal se recusar, não resta a R.S.<br />

e F.L. outra solução senão obter em tribunal uma autorização<br />

<strong>de</strong> rescisão.<br />

Tem perguntas que digam respeito ao direito?<br />

Envie a sua pergunta com a indicação “Lusitano” a:<br />

Bohren Rechtsanwalt, Postfach 229, 8024 Zürich<br />

ou para mail@dbohren.ch ou grave a sua pergunta no<br />

respon<strong>de</strong>dor automático do Lusitano 044/241 52 60


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Saú<strong>de</strong><br />

Outubro 2014 – 15<br />

Forma indolor para tratar cáries <strong>de</strong>ve<br />

entrar no mercado em três anos<br />

Zuila Messmer<br />

O tratamento<br />

<strong>de</strong> cáries<br />

costuma ser<br />

o terror para<br />

muita gente.<br />

A nova técnica<br />

não usa<br />

injeções nem<br />

brocas.<br />

Em Londres,<br />

pesquisadores do King’s College,<br />

revelaram uma nova fórmula para<br />

o tratamento <strong>de</strong> cáries que não<br />

envolve dor, injeções ou brocas. O<br />

método utiliza apenas uma rajada<br />

<strong>de</strong> corrente elétrica que força o<br />

<strong>de</strong>nte a se auto-regenerar. Esta<br />

prática <strong>de</strong>ve entrar no mercado<br />

em três anos.<br />

O novo processo é chamado <strong>de</strong><br />

Remineralização Melhorada e<br />

Eletricamente Acelerada (em inglês,<br />

a sigla é EAER). Esse novo<br />

método leva o mesmo tempo do<br />

procedimento com brocas.<br />

As cáries são formadas quando os<br />

minerais naturais do esmalte <strong>de</strong><br />

proteção começam a se <strong>de</strong>gradar,<br />

sofrendo <strong>de</strong>terioração. A corrente<br />

elétrica, aplicada pelo <strong>de</strong>ntista,<br />

empurra minerais em direção às<br />

cáries. Esta fórmula aumenta a<br />

capacida<strong>de</strong> natural do <strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

restaurar esses minerais.<br />

Cárie é uma outra forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>nominar<br />

a <strong>de</strong>terioração do <strong>de</strong>nte. A<br />

<strong>de</strong>terioração do <strong>de</strong>nte é fortemente<br />

influenciada pelo estilo <strong>de</strong> vida<br />

do indivíduo - o que come, como<br />

cuida dos <strong>de</strong>ntes, a presença <strong>de</strong><br />

flúor na água ingerida e o flúor no<br />

creme <strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> uso. A hereditarieda<strong>de</strong><br />

também tem um papel<br />

importante na predisposição <strong>de</strong><br />

seus <strong>de</strong>ntes para se <strong>de</strong>teriorarem.<br />

Embora a cárie seja mais comum<br />

em crianças, adultos também estão<br />

sujeitos a elas.<br />

Uma boa prevenção po<strong>de</strong> evitar<br />

as cáries. O flúor é um ótimo<br />

agente <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos minerais<br />

que revestem os <strong>de</strong>ntes. Po<strong>de</strong>-se<br />

encontrar este elemento no creme<br />

<strong>de</strong>ntal e em alimentos como arroz,<br />

soja, espinafre e frutos do mar.<br />

O que se po<strong>de</strong> fazer para evitar a<br />

cárie:<br />

-Escove os <strong>de</strong>ntes pelo menos<br />

três vezes ao dia, e use o fio <strong>de</strong>ntal<br />

diariamente, a fim <strong>de</strong> remover a<br />

placa bacteriana entre os <strong>de</strong>ntes e<br />

sob a gengiva.<br />

- Va ao <strong>de</strong>ntista. Faça avaliações<br />

regulares. O cuidado preventivo<br />

po<strong>de</strong> evitar que os problemas<br />

ocorram e que problemas menores<br />

se tornem sérios.<br />

- Adote uma dieta balanceada,<br />

com pouco açúcar. Quando ingerir<br />

estes alimentos, procure comê-los<br />

durante a refeição, e não<br />

como um lanche, para minimizar o<br />

número <strong>de</strong> vezes que seus <strong>de</strong>ntes<br />

são expostos ao ácido.<br />

- Utilize produtos <strong>de</strong> higiene <strong>de</strong>ntal<br />

que contenham flúor, incluindo<br />

o creme <strong>de</strong>ntal e o enxaguatório.<br />

Certifique-se <strong>de</strong> que a água que<br />

suas crianças bebem contenha<br />

flúor. Se a água fornecida em sua<br />

localida<strong>de</strong> não contém flúor, seu<br />

<strong>de</strong>ntista ou pediatra po<strong>de</strong> prescrever<br />

suplementos <strong>de</strong> flúor diários.<br />

* Não esqueça, o sorriso embeleza<br />

a vida e diz muito <strong>de</strong> você!<br />

-


16 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Actualida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014<br />

“Acor<strong>de</strong>m, antes do<br />

cilindro passar”<br />

Acordo Ortográfico divi<strong>de</strong> portugueses<br />

Manuel<br />

Araújo<br />

Especialistas, governantes<br />

e a socieda<strong>de</strong> civil, um<br />

pouco por toda a parte<br />

estão <strong>de</strong>scontentes com<br />

o Acordo Ortográfico<br />

(AO90) e acusam o Estado<br />

<strong>de</strong> violação do art. 48.º,<br />

n.º 2, da Constituição, pois<br />

não permitiu a sua ampla<br />

discussão com especialistas<br />

nem prestou os esclarecimentos<br />

necessários<br />

sobre este assunto.<br />

São inúmeras as personalida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> vários quadrantes<br />

que se insurgem<br />

e contestam esta “aberração”<br />

e não a aceitam;<br />

juízes, escritores, actores,<br />

políticos, comentadores,<br />

professores, alunos e até<br />

alguma comunicação social,<br />

não cumpre a orientação<br />

para implemento da<br />

nova ortografia.<br />

O AO90 preten<strong>de</strong> unificar<br />

a Língua Portuguesa e<br />

aproximar a escrita à fala,<br />

mas trata-se segundo os<br />

seus opositores <strong>de</strong> “um<br />

argumento absurdo e ignorante,<br />

que nenhum linguista<br />

sério po<strong>de</strong> invocar”.<br />

Antonio Manuel Ribeiro<br />

dos UHF, tem sido um<br />

dos contestatários e uma<br />

voz incómoda contra o<br />

AO90 e consi<strong>de</strong>ra-o, “mo<strong>de</strong>rnista”<br />

e facilitista” e<br />

prevê que transformará os<br />

portugueses nos “ignorantes<br />

<strong>de</strong> amanhã”.<br />

Antonio Manuel Ribeiro<br />

confessa, que “por mais<br />

que berrem e esperneiem<br />

a procissão seguirá”, e<br />

acusa - “ao po<strong>de</strong>r sempre<br />

interessou a ignorância,<br />

até já foi santa, servida às<br />

mulheres (com o estudo<br />

proibido)” e termina com<br />

um alerta, - “acor<strong>de</strong>m, antes<br />

do cilindro passar.”<br />

Antonio Manuel Ribeiro - UHF<br />

© Dulce Maria<br />

Se vira!<br />

Fernando Venâncio<br />

Os brasileiros falam Português?<br />

Falam, claro. Mas nem sempre. Às<br />

vezes falam também... Brasileiro.<br />

Repare-se numa frase como «Se<br />

vira!» Jamais um português a diria.<br />

Ela, simplesmente, não pertence à<br />

gramática do Português europeu.<br />

Primeiro porque, nele, nenhuma frase<br />

po<strong>de</strong> iniciar-se pelo pronome «se»<br />

(ou «me» ou «lhe»). Segundo porque<br />

ele não permite combinar uma 3a<br />

pessoa, «se», com um imperativo da<br />

2a pessoa, «vira».<br />

Mas não é tudo ainda. «Virar» significa,<br />

no Brasil, também «arranjar-se»,<br />

«safar-se» em situação melindrosa.<br />

E, assim, «Se vira!» apela a uma sintaxe,<br />

a uma morfologia e a uma semântica<br />

<strong>de</strong>sconhecidas, todas três,<br />

no Português europeu. Em contrapartida,<br />

todo e qualquer brasileiro,<br />

mesmo que não se exprimisse assim,<br />

reconhece, sem hesitação, a gramaticalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ssa frase.<br />

Do mesmo modo, são gramaticais no<br />

Brasil frases do tipo <strong>de</strong> «Fala não» ( =<br />

Não digas) ou «On<strong>de</strong> ele mora?» ( =<br />

On<strong>de</strong> mora ele?). No primeiro caso,<br />

a morfologia e a semântica não são<br />

nossas. Num caso e no outro, a sintaxe<br />

é-nos profundamente alheia.<br />

São três exemplos muito simples. E,<br />

porque compactos, são tremendamente<br />

eloquentes.<br />

Porque falo eu nisto? Porque estou<br />

farto, estou fartinho, estou até aqui,<br />

com os portugueses que bradam aos<br />

céus pelo '<strong>de</strong>scalabro' que o nosso<br />

ínclito idioma leva no Brasil. Acredite-<br />

-se: o mundo estaria um bocadinho<br />

melhor sem tanta parvoíce. Parvoíce<br />

até é favor, pois o que aí fala é, muitas<br />

vezes, a sua (coitados!) superiorida<strong>de</strong><br />

rácica.<br />

O Brasil encaminha-se, inexoravelmente,<br />

para uma língua própria. E<br />

os portugueses, se forem sensatos,<br />

e bonzinhos da cabeça, amocham e<br />

não piam.<br />

Portugal não tem, em tudo isto, o<br />

mínimo dos direitos. Enquanto a Espanha,<br />

por 1600, tinha já fundado<br />

nas Américas várias e florescentes<br />

universida<strong>de</strong>s, Portugal nunca criou<br />

uma, uma só, no Brasil. O próprio<br />

ensino secundário era contrariado. É<br />

verda<strong>de</strong>: o Marquês <strong>de</strong> Pombal impôs<br />

a língua portuguesa, proibindo<br />

a "língua geral" que os jesuítas estimulavam.<br />

Mas já era tar<strong>de</strong>. E, assim,<br />

sem a mais ténue política linguística,<br />

o idioma pô<strong>de</strong> crescer no Brasil entregue<br />

a si mesmo... o que, bem visto,<br />

não é, para uma língua, a pior das<br />

situações.<br />

A nós cabem-nos, pois, a discrição, a<br />

distância, o respeito. E mainada.<br />

15.09.2014


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Educação<br />

Outubro 2014 – 17<br />

Professores contra o<br />

Acordo Ortográfico<br />

Ana Men<strong>de</strong>s da Silva<br />

Vivemos nas escolas<br />

uma situação <strong>de</strong> absoluto<br />

CAOS LINGUÍS-<br />

TICO. Neste momento<br />

coexistem, pelo menos,<br />

3 grafias: a do<br />

Português, a do AO<br />

e uma mista em que<br />

tudo, absolutamente<br />

tudo, é permitido.<br />

Os GRANDES prejudicados<br />

estão a ser os nossos<br />

alunos a quem, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

muito pouco tempo, vai<br />

ser exigido que saibam escrever<br />

APENAS <strong>de</strong> acordo<br />

com o AO sob pena <strong>de</strong> serem<br />

penalizados nas notas<br />

se não o fizerem.<br />

Como professores não po<strong>de</strong>mos<br />

pactuar com esta<br />

injustiça que advém da<br />

<strong>de</strong>cisão arbitrária <strong>de</strong> meia<br />

dúzia <strong>de</strong> mente “iluminadas”,<br />

ao arrepio <strong>de</strong> TODOS<br />

os pareceres não sócontra<br />

a afirmação da legalida<strong>de</strong><br />

da implementação do dito<br />

cujo mas também chamando<br />

a atenção para o<br />

absoluto <strong>de</strong>svario cientifico<br />

e pedagógico do mesmo.<br />

Acresce a ignorância e<br />

teimosia do po<strong>de</strong>r político<br />

que quer “obrigar”, <strong>de</strong> forma<br />

ilegal, os professores<br />

a serem cavalos <strong>de</strong> Tróia<br />

<strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong> alternativa<br />

que subscreveram e na<br />

qual insistem.<br />

Assim, afirmamos que o<br />

nosso primeiro interesse<br />

são os nossos alunos, que<br />

não aceitamos ir contra a<br />

nossa consciência e que<br />

consi<strong>de</strong>ramos ILEGAL a<br />

obrigação <strong>de</strong> utilizar o AO<br />

nas escolas portuguesas.<br />

Pelo futuro dos nossos alunos<br />

e pela língua Portuguesa,<br />

somos CONTRA o AO<br />

90.<br />

Visite-nos:<br />

http://goo.gl/Ggklqo


18 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Publicida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014<br />

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Lusitano <strong>de</strong> Zurique Opinião<br />

Outubro 2014 – 19<br />

Apenas assumo a minha verda<strong>de</strong><br />

Men<strong>de</strong>s Serafim<br />

Há 25 anos atrás não<br />

<strong>de</strong>ixava fumar alguém<br />

<strong>de</strong>ntro do meu carro.<br />

Logo aí era criticado,<br />

julgado. Em minha casa<br />

não existia cinzeiros.<br />

Para fumar <strong>de</strong>viam sair<br />

fora (terraço). Hoje parece<br />

que eu tinha razão!<br />

Actualmente sou contra:<br />

Não posso compreen<strong>de</strong>r!<br />

Divórcio. Após o divórcio<br />

ficarem amigos.<br />

O viver juntos sem estarem<br />

casados. Casamento<br />

para mim é pela<br />

igreja. Esposa, marido,<br />

julgarem -se que po<strong>de</strong>m<br />

fazer como solteiros.<br />

Entregar filhos a guardar<br />

a outros, para se ter<br />

luxos. Ex.(Bons carros,<br />

boas casas).Sou contra<br />

a entrega dos pais em<br />

lares, quando se po<strong>de</strong><br />

cuidar <strong>de</strong>les.“ Quase<br />

sempre se po<strong>de</strong>, basta<br />

querer „.Para mim,<br />

quando isso acontece<br />

é ofensa a Deus. Igualmente<br />

eu ofendi muito<br />

a Deus, já que a minha<br />

mãe esteve num <strong>de</strong>les.<br />

Para mim é <strong>de</strong>sumano,<br />

estar ao sol numa praia<br />

e não cuidar ao estar<br />

junto <strong>de</strong> um pai ou <strong>de</strong><br />

uma mãe, quando esses<br />

mesmos estão necessitados<br />

<strong>de</strong> carinho familiar.<br />

Sou contra um filho<br />

ou filha estar a fazer mau<br />

ambiente familiar e estar<br />

em casa após a maior<br />

ida<strong>de</strong>. Fora! Não posso<br />

aceitar filha ou filho (solteiros),<br />

dormirem juntos<br />

ao lado dos pais. Sou<br />

contra pais meterem -se<br />

na vida dos filhos após<br />

os seus casamentos.<br />

Sou contra pessoas que<br />

não aceitam o momento<br />

que estão passando e<br />

para sair <strong>de</strong>le tornam-<br />

-se dispostos a fazer<br />

qualquer coisa o próximo,<br />

para elas já não<br />

importa. Só pensam em<br />

si mesmo para alcançar<br />

seus objetivos. Será que<br />

daqui a uns tempos não<br />

acontecerá como a era<br />

do tabaco? Tudo voltar<br />

para ao respeito mútuo.<br />

Viver com bons princípios.<br />

Esses mesmos escritos<br />

no livro da palavra<br />

<strong>de</strong> Deus. Bíblia Sagrada.<br />

Posso ser antiquado,<br />

complicado aos olhos<br />

<strong>de</strong> muitas pessoas, mas<br />

não quero mudar. Sou a<br />

favor da vida humana,<br />

com bons princípios e<br />

muito respeito.<br />

Não importa a forma<br />

como muita gente po<strong>de</strong><br />

julgar-me, pensar ou<br />

criticar. Apenas assumo<br />

a minha verda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

acordo com os valores<br />

e princípios que aprendi<br />

na infância, pela minha<br />

mãe, parentes e vizinhos.<br />

Sem esquecer a<br />

minha religião (Católica)<br />

e da fé em Deus e no seguimento<br />

na doutrina <strong>de</strong><br />

Jesus Cristo. Sou ciente<br />

que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre enfrento<br />

preconceitos <strong>de</strong><br />

ser diferente <strong>de</strong> muitas<br />

pessoas. Mas mesmo<br />

assim sigo com a minha<br />

forma <strong>de</strong> ser.Com<br />

orgulho e <strong>de</strong>terminação,<br />

mesmo pagando o<br />

preço <strong>de</strong> ser diferente,<br />

estou convencido que<br />

passo credibilida<strong>de</strong>,<br />

obtenho respeito e me<br />

realizo como filho <strong>de</strong><br />

Deus e habitante neste<br />

mundo. Assim eu <strong>de</strong>cido<br />

enfrentar a minha vida,<br />

experimentando a liberda<strong>de</strong>,<br />

a tranquilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

não ser perfeito, mesmo<br />

que erre, vou em frente<br />

sempre num ponto <strong>de</strong><br />

partida real e verda<strong>de</strong>iro.<br />

© iStockphoto/B-C-Designs<br />

Acompanha a minha escrita em :<br />

www.parte-oposta.blogspot.com


20 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Opinião<br />

Outubro 2014<br />

Os anseios in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntistas e a crise<br />

Carlos A<strong>de</strong>mar<br />

Dirigentes britânicos, mas<br />

também <strong>de</strong> outros países<br />

europeus, e até <strong>de</strong> fora do<br />

velho continente, sorriram<br />

quando foram conhecidos<br />

os resultados do referendo<br />

na Escócia. Ninguém, nem<br />

eles, sabe quais seriam<br />

os efeitos naquela nação<br />

britânica e na Europa se o<br />

SIM ganhasse, mas adivinhavam<br />

que muita coisa<br />

podia mudar. A mudança<br />

assusta. Alívio é, talvez, a<br />

palavra certa para <strong>de</strong>finir<br />

os estados <strong>de</strong> alma <strong>de</strong> toda<br />

esta gente.<br />

O primeiro-ministro britânico,<br />

David Cameron,<br />

durante a campanha, prometeu<br />

aos escoceses tudo<br />

quanto nenhum dos seus<br />

antecessores quis oferecer<br />

ao longo dos séculos.<br />

Quando faltou o que prometer,<br />

ameaçou que quem<br />

saísse do Reino Unido não<br />

tinha reentrada garantida.<br />

O empate técnico que as<br />

sondagens mostravam nos<br />

últimos dias antes das eleições,<br />

fez os seus efeitos e<br />

mobilizou a esmagadora<br />

maioria dos escoceses,<br />

que <strong>de</strong>ram uma enorme<br />

<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> cultura<br />

<strong>de</strong>mocrática. Não obstante<br />

o caso sério que estava<br />

em causa e as paixões que<br />

gerou, o povo, com uma<br />

outra escaramuça, esteve<br />

à altura do momento. Já<br />

agora, se excluirmos o clima<br />

<strong>de</strong> medo aos eleitores<br />

que o po<strong>de</strong>r central do Reino<br />

Unido tentou incutir, ao<br />

permitir <strong>de</strong> forma livre dar<br />

a palavra aos escoceses,<br />

<strong>de</strong>clarando que aceitaria<br />

a sua vonta<strong>de</strong>, também<br />

<strong>de</strong>u uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática,<br />

que não se sente,<br />

por exemplo em Espanha.<br />

Parece-nos, no entanto,<br />

que os vencedores exorbitaram<br />

nos festejos. É verda<strong>de</strong><br />

que <strong>de</strong>sta vez não<br />

venceu o SIM, mas lembro<br />

que os seus <strong>de</strong>fensores<br />

quase chegaram aos 45%.<br />

O machado estará sempre<br />

pen<strong>de</strong>nte sobre as cabeças<br />

<strong>de</strong> quem manda a partir <strong>de</strong><br />

Londres, porque em qualquer<br />

altura, os escoceses<br />

po<strong>de</strong>m voltar a abrir a ferida.<br />

Mesmo tendo vencido<br />

o NÃO, nada voltará a ser<br />

como foi até aqui.<br />

Não ignorando que a vitória<br />

do SIM potenciaria e faria<br />

alastrar mais rapidamente<br />

a ânsia in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntista<br />

pela Europa, o facto <strong>de</strong> se<br />

ter realizado o referendo,<br />

só por si, não <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ter<br />

efeitos em muitas regiões<br />

on<strong>de</strong> há muito se luta por<br />

que se dê a oportunida<strong>de</strong><br />

ao povo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir o que<br />

preten<strong>de</strong> para o seu futuro.<br />

Resta saber se, os po<strong>de</strong>res<br />

dos países on<strong>de</strong> tal acontece,<br />

terão a sabedoria para<br />

propiciar a abertura que o<br />

Reino Unido <strong>de</strong>monstrou.<br />

É difícil resistir aos ventos<br />

da História. Portugal fê-lo<br />

no que respeita às suas<br />

antigas colónias, ao insistir<br />

em mantê-las quando as<br />

outras potências europeias<br />

abdicaram das suas, abrindo<br />

caminho à in<strong>de</strong>pendência<br />

<strong>de</strong> África nos anos cinquenta<br />

e princípio dos anos<br />

sessenta. A teimosia do<br />

regime português custou-<br />

-nos uma longa e dolorosa<br />

guerra com três frentes, milhares<br />

<strong>de</strong> mortos <strong>de</strong> um e<br />

do outro lado da barricada,<br />

bem como uma <strong>de</strong>scolonização<br />

apressada e traumática<br />

para muitas centenas<br />

<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> portugueses<br />

que viviam nas antigas<br />

províncias.<br />

O século XIX ficou marcado<br />

pela unificação da Alemanha,<br />

da Itália, da Bélgica.<br />

Já outros países o haviam<br />

feito ao longo dos séculos,<br />

como são os casos da Espanha,<br />

França e Reino Unido.<br />

Estas agregações <strong>de</strong>ram-se<br />

quase sempre com<br />

recurso à força e, num número<br />

menor <strong>de</strong> situações,<br />

por acordos, quase sempre<br />

matrimoniais.<br />

A actual União Europeia<br />

nasceu também com o<br />

obectivo <strong>de</strong> fazer esbater<br />

estes laivos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntistas,<br />

que sempre se foram<br />

fazendo sentir, através do<br />

aumento dos níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do espaço<br />

europeu, e da construção<br />

<strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> comum<br />

<strong>de</strong> tal modo alargada,<br />

que esvaziasse <strong>de</strong> sentido<br />

as ambições in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntistas.<br />

Acontece que a crise<br />

instalada em 2008, e que<br />

queima em se manter, veio<br />

alterar o panorama político<br />

partidário em vários países<br />

europeus, on<strong>de</strong> forças<br />

políticas <strong>de</strong> cariz mais extremista,<br />

têm conseguido<br />

ganhar ascendência como<br />

não se via <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos<br />

trinta, pondo em causa os<br />

partidos tradicionais.<br />

É nesta instabilida<strong>de</strong> política,<br />

social, mas também<br />

<strong>de</strong> confiança no futuro, que<br />

encontramos as razões<br />

para esta onda <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntismo<br />

que tem vindo a<br />

crescer por essa Europa,<br />

tocando muitos dos seus<br />

mais importantes países.<br />

Por esta razão, não é indiferente<br />

à União Europeia o<br />

que se tem vindo a passar<br />

e, mais grave do que isso,<br />

o que se po<strong>de</strong> vir a passar<br />

daqui para a frente. A Catalunha,<br />

teima em fazer um<br />

referendo que Madrid não<br />

quer autorizar; o <strong>de</strong>smoronamento<br />

do Reino da Bélgica<br />

já foi anunciado informalmente<br />

mais do que uma<br />

vez; já este ano, Veneza fez<br />

um referendo não vinculativo,<br />

em que o SIM à in<strong>de</strong>pendência<br />

ganhou; também<br />

a Alemanha está com<br />

problemas com a Baviera,<br />

on<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20% da sua<br />

população é <strong>de</strong>fensora da<br />

in<strong>de</strong>pendência. Por estes<br />

dias, os ventos da História<br />

parecem soprar a favor das<br />

in<strong>de</strong>pendências <strong>de</strong> certas<br />

regiões que há mais ou menos<br />

tempo se encontram<br />

integradas com outros povos.<br />

No caso da Espanha,<br />

além da Catalunha, tem várias<br />

outras regiões a reivindicar<br />

um estatuto <strong>de</strong> maior<br />

autonomia, se não mesmo<br />

a in<strong>de</strong>pendência. Será que<br />

Madrid vai ce<strong>de</strong>r? E até que<br />

ponto po<strong>de</strong>rá resistir? E ce<strong>de</strong>ndo<br />

Madrid, será que as<br />

forças armadas espanholas<br />

aceitarão como hipótese<br />

a fragmentação da Espanha?<br />

Perguntas que ficam a<br />

aguardar as respostas que<br />

ameaçam não tardar.<br />

Foi a crise que começou<br />

por ser financeira, que inflamou<br />

as feridas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntistas.<br />

Quanto mais <strong>de</strong>pressa<br />

a crise passar, mais<br />

<strong>de</strong>pressa elas sararão. Já<br />

que a perda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida dos europeus, que,<br />

em alguns casos sofreram<br />

mesmo um acentuado retrocesso<br />

civilizacional, não<br />

impressionou quem, po<strong>de</strong>ndo<br />

fazer mais por resolver<br />

os problemas, não age<br />

com a celerida<strong>de</strong> recomendável,<br />

que a ameaça <strong>de</strong><br />

fragmentação dos países<br />

integrantes da União Europeia,<br />

e, com eles, da própria<br />

União Europeia, sirva<br />

<strong>de</strong> tónico para levar à rápida<br />

resolução dos problemas<br />

que nos últimos anos<br />

tanto têm afligido o velho<br />

continente.


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Ciência<br />

Outubro 2014 – 21<br />

Quando ficamos<br />

reféns das i<strong>de</strong>ias<br />

Nelson S Lima (*)<br />

Estamos reféns <strong>de</strong> muitas<br />

i<strong>de</strong>ias porque <strong>de</strong>ixamos<br />

que se transformassem<br />

em crenças. E são essas<br />

i<strong>de</strong>ias que nos aprisionam<br />

e nos retiram a liberda<strong>de</strong><br />

(e a capacida<strong>de</strong>) <strong>de</strong><br />

contemplarmos, aceitarmos<br />

ou inventarmos novas<br />

i<strong>de</strong>ias.<br />

Este é um dos males do<br />

nosso tempo. Governamos<br />

as nossas vidas e<br />

governamos o mundo<br />

baseados em sistemas<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias/crenças que já<br />

não funcionam e, quando<br />

funcionam, dão origem a<br />

uma série <strong>de</strong> problemas<br />

e constrangimentos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

doenças a conflitos<br />

interpessoais, étnicos e<br />

guerras que, embora li<strong>de</strong>radas<br />

por homens, são<br />

alimentadas pela força<br />

impetuosa <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias que<br />

se opõem à liberda<strong>de</strong>, à<br />

fraternida<strong>de</strong> e ao amor.<br />

Doença <strong>de</strong> Alzheimer<br />

Uma nova teoria<br />

Nelson S Lima<br />

O Dr. Karl Herrup, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Departamento <strong>de</strong><br />

Biologia Celular e Neurociências<br />

da renomada Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Rutgers, nos<br />

Estados Unidos, lançou um<br />

<strong>de</strong>safio aos investigadores<br />

da doença <strong>de</strong> Alzheimer.<br />

Ele propõe uma nova teoria<br />

para a doença e instiga<br />

os cientistas a mudarem<br />

<strong>de</strong> orientação pois po<strong>de</strong>rão<br />

estar prisioneiros <strong>de</strong> um círculo<br />

vicioso.<br />

O Dr Herrup <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que<br />

esta doença <strong>de</strong>generativa<br />

começa com uma lesão<br />

inicial, provavelmente <strong>de</strong><br />

origem vascular. Chama<br />

também a atenção para a<br />

resposta inflamatória, que<br />

é crônica e única para a<br />

doença <strong>de</strong> Alzheimer. Finalmente,<br />

remete a atenção<br />

dos investigadores<br />

para uma alteração celular<br />

que altera permanentemente<br />

a fisiologia dos neurónios<br />

e vários outros tipos<br />

<strong>de</strong> células no cérebro.<br />

Esta nova visão, por exemplo,<br />

enfatiza o valor das<br />

abordagens anti-inflamatórias<br />

para a prevenção da<br />

doença <strong>de</strong> Alzheimer.<br />

Ele espera que a nova<br />

teoria estimule o <strong>de</strong>bate e<br />

abra caminho para novos<br />

avanços experimentais, <strong>de</strong><br />

diagnóstico, <strong>de</strong> prevenção<br />

e <strong>de</strong> cura.<br />

(*) Orador convidado para<br />

o VII Congresso Nacional<br />

Envelhecimento Cerebral e<br />

Doença <strong>de</strong> Alzheimer<br />

Novida<strong>de</strong>! Peeling Dermoabrasivo<br />

(veja a diferença nas imagens )<br />

Ofertas e Lista <strong>de</strong> preços<br />

Limpeza <strong>de</strong> pele:<br />

Limpeza <strong>de</strong> pele (Normal) 60 min. 70.-<br />

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75 min. 110.-<br />

Limpeza <strong>de</strong> Pele (Tratamento <strong>de</strong> Acne)<br />

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Massagem às costas (com Fango ou Pedras<br />

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Perna Inteira 50.-<br />

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22 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Estatística<br />

Outubro 2014<br />

Portugal em números<br />

Não ignorando o que<br />

<strong>de</strong> muitas áreas o nosso<br />

país tem <strong>de</strong> positivo,<br />

belo e bom, a começar<br />

pelos próprios portugueses,<br />

não po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar<br />

realida<strong>de</strong>s que terão<br />

que fundamentar uma<br />

política alternativa.<br />

Pobres em Portugal:<br />

3 milhões <strong>de</strong> pessoas.<br />

Desempregados:<br />

1.300.000 indivíduos.<br />

População activa em<br />

Portugal:<br />

5.587.300 indivíduos.<br />

População<br />

prisional:<br />

12.681 reclusos.<br />

Emigrantes portugueses<br />

(até à 3.ª geração):<br />

31,2 milhões pelo mundo<br />

fora.<br />

Crianças portuguesas<br />

com fome assinalados<br />

nas escolas: 12 mil.<br />

Portugueses<br />

fome: 300 mil.<br />

com<br />

Idosos na solidão: 23<br />

mil idosos a viverem<br />

sozinhos ou na solidão<br />

(Censo da GNR).<br />

Portugueses sem médico<br />

<strong>de</strong> família: 700 mil<br />

pessoas.<br />

Pessoas<br />

3.500.<br />

sem-abrigo:<br />

Pessoas sem água canalizada<br />

ou esgotos ao<br />

domicílio: 700 mil.<br />

Preços dos combustíveis:<br />

dos mais altos da<br />

Europa e do mundo, Gasolina<br />

€1,53, Gasóleo €<br />

1,39<br />

Remunerações dos<br />

conselhos <strong>de</strong> administração<br />

das 20 empresas<br />

portuguesas cotadas<br />

na Bolsa quintuplicaram<br />

entre 2000 e 2012. Paralelamente,<br />

os gestores<br />

das empresas portuguesas<br />

ganham, em média,<br />

cerca <strong>de</strong> 30 vezes mais<br />

do que os trabalhadores<br />

das empresas que administram.<br />

As 100 maiores fortunas<br />

<strong>de</strong> Portugal valem<br />

32 mil milhões <strong>de</strong> euros,<br />

o que correspon<strong>de</strong> a<br />

20% da riqueza total nacional.<br />

PIB Portugal em 2012:<br />

165 mil milhões <strong>de</strong> euros<br />

(contracção <strong>de</strong> 3,2% em<br />

relação a 2011)<br />

Crescimento do PIB <strong>de</strong><br />

2000 a 2012: (segundo<br />

estudos do FMI) o PIB <strong>de</strong><br />

Portugal cresceu apenas<br />

1,97%.<br />

25,4% (3.7 milhões) dos<br />

habitantes em Portugal<br />

vivem com menos <strong>de</strong><br />

414 euros por mês, ou<br />

sejam são os consi<strong>de</strong>rados<br />

oficialmente como<br />

pobres.<br />

41% dos portugueses<br />

vivem em privação<br />

material, (dificulda<strong>de</strong>,


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014 – 23<br />

por exemplo, em pagar<br />

as rendas sem atraso,<br />

manter a casa aquecida<br />

ou fazer uma refeição <strong>de</strong><br />

carne ou <strong>de</strong> peixe pelo<br />

menos <strong>de</strong> dois em dois<br />

dias).<br />

14,5% por cento dos<br />

portugueses vivem em<br />

casas sobrelotadas.<br />

População portuguesa<br />

abaixo do índice <strong>de</strong><br />

pobreza: 20% - 2 milhões<br />

<strong>de</strong> pobres, sendo<br />

que 1/3 são reformados,<br />

22% são trabalhadores<br />

remunerados e 21,2%<br />

são trabalhadores por<br />

conta própria.<br />

5% da população portuguesa<br />

(530 mil pessoas)<br />

sofre sérias perturbações<br />

no acesso a<br />

alimentos.<br />

Défice do Estado Português<br />

em 2012: 6,4%<br />

do PIB, ou seja 10,6 mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Défice do Estado Português<br />

em 2014: 139% do PIB<br />

25% das crianças portuguesas<br />

que entram<br />

na escola (375 mil) vêm<br />

<strong>de</strong> famílias on<strong>de</strong> a pobreza<br />

é extrema.<br />

Orçamento da Assembleia<br />

da República<br />

para 2013: 65 milhões<br />

18 mil 783 euros.<br />

Subsídios aos partidos<br />

políticos: 64 milhões<br />

195 mil 300 €. (mais 56%<br />

do que em 2012)<br />

Orçamento da Presidência<br />

da República<br />

Portuguesa para 2013:<br />

16 milhões 272 mil 380<br />

€ (-0,84% do que em<br />

2012).<br />

Dívida Pública Portuguesa:<br />

Dívida total<br />

(fim <strong>de</strong> Março <strong>de</strong><br />

2013):199.676.349.188€<br />

(123,6% do PIB). Em<br />

1974 eram <strong>de</strong> 10 mil milhões,<br />

correspon<strong>de</strong>ndo<br />

a 20% do PIB, ou seja,<br />

em 39 anos a dívida foi<br />

multiplicada por 20 vezes<br />

mais.<br />

Juros anuais da dívida<br />

pública portuguesa:<br />

Segundo o INE, em<br />

2010, os juros da Divida<br />

Pública atingiram 6.849<br />

milhões no final <strong>de</strong> 2012.<br />

Reservas <strong>de</strong> ouro do<br />

Banco <strong>de</strong> Portugal:<br />

382.509,58 kg.<br />

Dívida externa portuguesa,<br />

em Fevereiro <strong>de</strong><br />

2013: 734,3 mil milhões<br />

<strong>de</strong> Euros (cada Português<br />

<strong>de</strong>ve € 69.300,00<br />

ao estrangeiro).<br />

Em 2012, cada cidadão<br />

pagou só <strong>de</strong> juros da<br />

dívida pública 754 euros<br />

o que, no conjunto,<br />

equivale a 4,4 por cento<br />

do PIB<br />

Défice da balança comercial<br />

portuguesa <strong>de</strong><br />

transacções em Fevereiro<br />

<strong>de</strong> 2013:2.23 mil milhões<br />

<strong>de</strong> Euros.<br />

Beneficiários do Rendimento<br />

Social <strong>de</strong> Inserção:<br />

274.937 pessoas.<br />

Salários dos principais<br />

gestores públicos<br />

em 2010: Presi<strong>de</strong>nte da<br />

TAP (Fernando Pinto) €<br />

624.422,21 (igual a 55,7<br />

anos <strong>de</strong> salário médio<br />

anual <strong>de</strong> cada português),<br />

o Presi<strong>de</strong>nte da<br />

CGD (Faria <strong>de</strong> Oliveira)<br />

recebeu € 560.012,80<br />

(igual a 50 anos <strong>de</strong> salário<br />

médio anual <strong>de</strong><br />

cada português) e o seu<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte (Francisco<br />

Ban<strong>de</strong>ira) recebeu<br />

€ 558.891,00, Salário<br />

anual do Governador do<br />

Banco <strong>de</strong> Portugal 243<br />

mil Euros, Salário anual<br />

do presi<strong>de</strong>nte da Anacom<br />

234 mil Euros.<br />

Despesa total do Estado<br />

com reformas <strong>de</strong><br />

ex-políticos e ex-governantes<br />

em 2010: 280<br />

milhões <strong>de</strong> euros, passando<br />

a serem secretos,<br />

portanto <strong>de</strong>sconhecidos<br />

os números reais <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

então, por or<strong>de</strong>m do Governo<br />

e da Assembleia<br />

da República.<br />

Toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes: 50<br />

mil toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

em tratamento.<br />

Criminalida<strong>de</strong> em<br />

2012: 385.927 crimes,<br />

22.270 crimes violentos e<br />

graves, 419 sequestros,<br />

149 homicídios, raptos e<br />

roubos.<br />

Portadores <strong>de</strong> HIV:<br />

41.035<br />

Prostitutas e pessoas<br />

ligadas ao sexo: mais<br />

<strong>de</strong> 30.000.<br />

Electricida<strong>de</strong> 61% mais<br />

cara que a média da<br />

OCDE. Média da OCDE<br />

= 0,12 KVW, Portugal =<br />

€ 0,16 KVW, Grécia = €<br />

0,10 KVW, Espanha = €<br />

0,14 KVW.<br />

Petróleo Doméstico<br />

mais caro da Europa:<br />

Tonelada métrica em<br />

Portugal = € 386,00; Média<br />

da OCDE = € 333,00.<br />

Gasolina com carga<br />

fiscal mais elevada da<br />

Europa, com 64% <strong>de</strong><br />

impostos.<br />

Gás natural mais caro<br />

da Europa = € 713,00;<br />

Média OCDE = € 580,00<br />

Kcal; Grécia = € 333,00<br />

Kcal.<br />

Analfabetismo em Portugal,<br />

o mais elevado<br />

<strong>de</strong> toda a Europa: 7,5%.<br />

[Dados do INE e do BdP<br />

relativos a 2012/2013]


24 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Publicida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Opinião<br />

Outubro 2014 – 25<br />

Quantos somos nós, afinal?<br />

Filipe Tourais<br />

A Justiça em pantanas, a Ministra pediu<br />

<strong>de</strong>sculpas, e ficou assim. A Educação<br />

em pantanas, o Ministro pe<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sculpas, e ficou assim. A Saú<strong>de</strong><br />

está em pantanas, o caso BES vai <strong>de</strong><br />

pantanas em popa, o <strong>de</strong>smantelado<br />

Instituto <strong>de</strong> Meteorologia e Geofísica<br />

meteu água por estar <strong>de</strong> pantanas<br />

com falta do pessoal qualificado dispensado<br />

por alegadamente estar “a<br />

mais”, o país vai estrebuchando, mas<br />

vai ficando assim mesmo. O Governo<br />

sabe que po<strong>de</strong> contar com o silêncio<br />

do senhor Presi<strong>de</strong>nte da República<br />

e ambos sabem que po<strong>de</strong>m contar<br />

com o silêncio dos portugueses. Não<br />

admira que Pedro Passos Coelho<br />

nem se dê ao trabalho <strong>de</strong> dar explicações<br />

sobre o seu extenso passado<br />

<strong>de</strong> ilícitos.<br />

Já se sabia que fez parte <strong>de</strong> uma<br />

quadrilha que enganou o suficiente<br />

para receber 1,4 milhões <strong>de</strong> euros<br />

para formar centenas <strong>de</strong> funcionários<br />

<strong>de</strong> aeródromos que não existiam:<br />

eram apenas <strong>de</strong>z. Quando a marosca<br />

saltou para os jornais disse qualquer<br />

coisita sobre estar <strong>de</strong> consciência<br />

tranquila. E ficou assim. Agora sabe-<br />

-se que durante esse período <strong>de</strong> intensa<br />

activida<strong>de</strong> formativa também<br />

andou a enganar a Assembleia da<br />

República para receber por uma exclusivida<strong>de</strong><br />

que não tinha, ao mesmo<br />

tempo que enganava o fisco ao não<br />

<strong>de</strong>clarar os cinco mil euros que durante<br />

anos recebeu mensalmente da<br />

quadrilha dos aeródromos.<br />

Passos diz que não se lembra <strong>de</strong><br />

nada. E há-<strong>de</strong> ficar assim. O que<br />

é que fizemos para merecer isto?<br />

Nada. Quando muito, uns aproveitam<br />

para praticar o <strong>de</strong>sporto nacional do<br />

momento, brincar aos insultos nas<br />

re<strong>de</strong>s sociais, outros para se entreterem<br />

a dizer que o Sócrates era melhor/pior<br />

que o Passos, outros para<br />

justificarem o nada que fazem a dizer<br />

aquela dos políticos todos iguais.<br />

Nada, nada e nada. O nada que eles<br />

rentabilizam.<br />

Uma organização <strong>de</strong> umas poucas<br />

centenas <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong>scobriu<br />

como enriquecer a dar cabo <strong>de</strong> um<br />

país e das vidas <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> portugueses.<br />

Quantos somos nós, afinal?<br />

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08.11.14 22.11.14<br />

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A partir <strong>de</strong> 06.02.15 todos<br />

os Sábados


26 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Comunida<strong>de</strong> - França<br />

Outubro 2014<br />

A Colónia portuguesa resi<strong>de</strong>nte no<br />

distrito do Loiret [FRANÇA]<br />

António Dias (*)<br />

Afim <strong>de</strong> dar uma visão<br />

eclética da comunida<strong>de</strong><br />

portuguesa [em<br />

FRANÇA] neste primeiro<br />

artigo, começarei por<br />

dar uma vista geral da<br />

comunida<strong>de</strong> portuguesa<br />

resi<strong>de</strong>nte na área<br />

consular do distrito do<br />

Loiret e do Yonne.<br />

Os nossos próximos artigos<br />

aprofundarão as<br />

carências e os trunfos<br />

económicos sociais e<br />

culturais <strong>de</strong>sta que não<br />

são explorados, e tratará<br />

da ineficácia dos serviços<br />

da Embaixada <strong>de</strong><br />

Portugal e do governo<br />

em termos <strong>de</strong> apoio a<br />

esta vasta comunida<strong>de</strong>.<br />

Uma das colónias portuguesas<br />

mais importantes da<br />

região Centre e com maior<br />

concentração <strong>de</strong> portugueses<br />

é no distrito do Loiret, e<br />

em particular na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Orleães.<br />

Situada a 120 kms da cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Paris, dos aeroportos<br />

<strong>de</strong> Paris Orly e Bourget,<br />

veio-se juntar o aeroporto<br />

<strong>de</strong> Tours (igual distância)<br />

com acessos rápidos pela<br />

autoestrada A 10, e transportes<br />

pelo via férrea<br />

Dizem e é verda<strong>de</strong> que a<br />

maior concentração <strong>de</strong> portugueses<br />

resi<strong>de</strong>ntes aqui<br />

são oriundos da Lixa e <strong>de</strong><br />

Amarante, e até por sinal se<br />

observarem durante o mês<br />

<strong>de</strong> Agosto nessas duas vilas<br />

portuguesas o número<br />

<strong>de</strong> veículos com a matricula<br />

do distrito é a do Loiret (45).<br />

Uma comunida<strong>de</strong> que se<br />

mobilizou conta o fecho do<br />

Consulado.<br />

A comunida<strong>de</strong> portuguesa<br />

resi<strong>de</strong>nte nesta área consular<br />

(Distrito do Loiret e Yonne),<br />

foi sempre uma comunida<strong>de</strong><br />

ativa e contestatária<br />

em certos pontos domínios.<br />

Isso <strong>de</strong>vido em <strong>de</strong>terminada<br />

altura a uma re<strong>de</strong> associativa<br />

importante, hoje<br />

essa diminuiu fortemente<br />

Mas, também essa contestação<br />

diminuiu fortemente,<br />

<strong>de</strong>pois que a geração dos<br />

anos sessenta, <strong>de</strong>sapareceu<br />

da área, em regressando<br />

a Portugal ou se mostrando<br />

menos ativa e constante<br />

nos mol<strong>de</strong>s da <strong>de</strong>fesa<br />

dos seus interesses.<br />

Se observar-mos com<br />

atenção, a revolta que estoirou<br />

contra o fecho do<br />

consulado da área é a obra<br />

prima do governo <strong>de</strong> José<br />

Sócrates e do seu Ministro<br />

das Comunida<strong>de</strong>s António<br />

Braga, Secretário <strong>de</strong><br />

Estado das Comunida<strong>de</strong>s,<br />

contestado e cuspido, que<br />

como alguns não trouxe<br />

nada concreto nem <strong>de</strong> importância<br />

à comunida<strong>de</strong><br />

em termos <strong>de</strong> apoio, senão<br />

o arrombamento dos serviços<br />

prestados à comunida<strong>de</strong><br />

em encerrando <strong>de</strong>finitivamente<br />

este consulado.<br />

Mas, foi obrigado a fazer<br />

marcha atrás, em abrindo<br />

um “Consulado honorário”,<br />

que tem o aspeto dum<br />

consulado honorário, mas<br />

é mais próximo dum consulado<br />

normal.<br />

Salvo que em termos <strong>de</strong><br />

funcionários necessários<br />

aos seu bom funcionamento<br />

esse funciona com uma<br />

simples funcionária com<br />

uma outra, que alterna o<br />

seu serviço e a sua presença<br />

e o seu serviço entre<br />

Orleães e Paris (Consulado<br />

geral).<br />

Em caso <strong>de</strong> aperto e duma<br />

afluência superior, à normal,<br />

lá <strong>de</strong>scem <strong>de</strong> Paris as<br />

antigas funcionarias por alguns<br />

dias do aperto e <strong>de</strong>-


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Comunida<strong>de</strong> - França<br />

Outubro 2014 – 27<br />

pois voltam para Paris para<br />

o “supermercado”-assim<br />

apelam os portugueses dizendo<br />

respeito ao consulado<br />

geral <strong>de</strong> Paris -.<br />

Mas segundo informações<br />

com este governo <strong>de</strong> Passos<br />

Coelho, as verbas mesmo<br />

do funcionamento <strong>de</strong>ste<br />

posto consular, baixaram<br />

<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30%, e ao fim<br />

do mês o cônsul honorário<br />

“veria-se” à rasca para<br />

pagar as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> luz,<br />

telefone e aluguer.<br />

Com a crise, milhares <strong>de</strong><br />

portugueses afluíram a<br />

esta zona e os serviços que<br />

<strong>de</strong>vem ser prestados pelo<br />

consulado por vezes acabam<br />

por rebentarem pelas<br />

costuras por falta <strong>de</strong> pessoal<br />

. Para além do mais os horários<br />

diários <strong>de</strong> abertura<br />

são restritos ( das 9 às 13<br />

<strong>de</strong> segunda à sexta-feira)<br />

Uma comunida<strong>de</strong> com um<br />

meio <strong>de</strong> comunicação social<br />

que não “está ao serviço<br />

das comunida<strong>de</strong>s !?”<br />

No ano <strong>de</strong> 1981, quando<br />

começaram a aparecer as<br />

rádios “ditas” livres, alguns<br />

portugueses aproveitaram<br />

essa oportunida<strong>de</strong>, e conseguiram<br />

obter <strong>de</strong>ssas rádios,<br />

horários <strong>de</strong> emissão<br />

em língua portuguesa.<br />

As emissões mais famosas<br />

eram e foram “ Portugal em<br />

Festa, A palavra ao Emigrante<br />

e Agora que era uma<br />

emissão semanal <strong>de</strong> informação<br />

e <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate social e<br />

político” são emissões que<br />

ainda lembram um número<br />

importantes <strong>de</strong> portugueses,<br />

porque eram emissões<br />

com uma certa cariz profissional<br />

Mas os dirigentes <strong>de</strong>ssas<br />

rádios <strong>de</strong> repente procuram<br />

ganhar dinheiro com essas<br />

frequências, em as ven<strong>de</strong>ndo<br />

e as emissões em língua<br />

pouco a pouco começaram<br />

por <strong>de</strong>saparecer.<br />

A comunida<strong>de</strong> da área no<br />

perímetro <strong>de</strong> difusão das<br />

emissões (50 kms à volta<br />

<strong>de</strong> Orleães), <strong>de</strong> repente não<br />

não podiam ouvir as suas<br />

emissões semanais (Portugal<br />

em Festa e A palavra ao<br />

Emigrante) e outras difundidas<br />

por outras estações.<br />

Um dia porém aconteceu<br />

que a comunida<strong>de</strong> da zona<br />

teve a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter<br />

uma frequência que foi<br />

vendida por um jornal.<br />

E foi assim que com um<br />

empréstimo que 33 portugueses<br />

emprestaram<br />

sem juros durante um ano,<br />

consegui-se comprar essa<br />

frequência.<br />

Mais <strong>de</strong> 1000 pessoas <strong>de</strong>ram<br />

então à sua a<strong>de</strong>são<br />

à associação (hoje esses<br />

seriam menos <strong>de</strong> 200 associados<br />

segundo informações<br />

que circulam na<br />

comunida<strong>de</strong>)que tinha o<br />

cargo da gestão da frequência.<br />

Constituída essencialmente<br />

por pessoas benévolas<br />

vivendo das cotizações dos<br />

seus a<strong>de</strong>rentes, uma verba<br />

dada pelo Estado francês,<br />

alguns bailaricos e festas,<br />

ela ainda vive <strong>de</strong>ssa maneira.<br />

A única coisa que<br />

mudou é que essa empregou<br />

uma única pessoa em<br />

tanto que permanente da<br />

estação.<br />

Certas emissões são bastantes<br />

rasas em termos<br />

<strong>de</strong> expressão portuguesa.<br />

Inexistência dum jornal <strong>de</strong><br />

informação diária sobre o<br />

que se passa na zona, ora<br />

que os portugueses com<br />

os novos direitos comunitários<br />

continuam “a ignorar”<br />

ou ignoram o que se passa<br />

na vila e arredores. Em<br />

termos <strong>de</strong> informação fora<br />

<strong>de</strong> alguns comunicados<br />

(publicida<strong>de</strong>) dos eventos<br />

associativos (bailaricos)<br />

essa é inexistente. A única<br />

informação é a da RDPI<br />

que é transmitida via satélite<br />

pela rádio assim como<br />

programas quando a antena<br />

não é ocupada por um-a<br />

animador-a.<br />

Uma vasta re<strong>de</strong> <strong>de</strong> pequenas<br />

e médias empresas<br />

Se a maior re<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresários<br />

portugueses é<br />

constituído por pequenas<br />

empresas da construção<br />

civil. Cafés restaurantes e<br />

serviços abundam na área<br />

como as empresas <strong>de</strong> limpeza.<br />

No domínio da venda <strong>de</strong><br />

produtos <strong>de</strong> consumo<br />

portugueses, eles são<br />

dois empresários que<br />

se disputam a clientela<br />

Uma nostalgia que se<br />

paga ao preço forte<br />

Quem é que não gosta <strong>de</strong><br />

ter em cima da sua mesa<br />

um cozinhado à portuguesa<br />

cozinhado com produtos<br />

da terra portuguesa. Com<br />

uns vinhos alentejanos um<br />

queijo da serra.<br />

Embora os preços tenham<br />

baixado. Os preços operados<br />

pelas duas casas <strong>de</strong><br />

venda <strong>de</strong>sses produtos têm<br />

a mão pesada.<br />

Certas carnes e produtos<br />

diversos não vendidos nos<br />

supermercados franceses<br />

como queijos da serra ou<br />

bebida alcoólicas sao por<br />

vezes e regularmente fora<br />

<strong>de</strong> preço.<br />

O preço da nostalgia portuguesa,<br />

é <strong>de</strong> um preço elevado,<br />

ora que os portugueses<br />

(várias <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares)<br />

resi<strong>de</strong>ntes em lugar <strong>de</strong><br />

fazerem as suas compras<br />

nos supermercado francês<br />

podia se abastecer nessas<br />

casas. Somente os “ditos”<br />

comerciantes querem o dinheiro<br />

do queijo e também<br />

o queijo.<br />

Quando eles tiverem a “inteligência”<br />

comercial dos<br />

preços e do comércio talvez<br />

os portugueses tenham<br />

outras atitu<strong>de</strong>s<br />

Ausência <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong><br />

língua portuguesa<br />

O facto mesmo <strong>de</strong> pertencer-mos<br />

à UE, supõem uma<br />

propagação da língua portuguesa<br />

e que essa não seja<br />

divulgada somente nas escolas<br />

e liceus em termos <strong>de</strong><br />

segunda ou terceira língua<br />

que faria parte dos exames<br />

<strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano escolar.<br />

Na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Orleães, existem<br />

pedidos <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong><br />

língua portuguesa que são<br />

reclamados. E ironicamente<br />

esses não são reclamados<br />

pelos cidadãos portugueses<br />

mas pelos cidadãos<br />

franceses, mas segundo as<br />

nossas informações nem<br />

associação portuguesa<br />

nem luso-francesa propõem<br />

<strong>de</strong> dar aulas nesse<br />

sentido<br />

A associação que lecionava<br />

em Orleães cessou <strong>de</strong> existir,<br />

mas também ninguém<br />

se mexe a nível da Embaixada<br />

ou outro serviço do<br />

Estado português para<br />

<strong>de</strong>scentralizar o instituto<br />

Camões fora da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Paris, e propor com o apoio<br />

duma associação <strong>de</strong> oferecer<br />

essa possibilida<strong>de</strong>.<br />

(*) jornalista, radialista, fotógrafo<br />

e cinegrafista. Vive<br />

em Sèmoy - França


28 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Opinião<br />

Outubro 2014<br />

Fanatismo, política e “religião”<br />

Manuel Araújo<br />

Neste momento difícil em todos os<br />

aspectos, o Mundo vive dias verda<strong>de</strong>iramente<br />

atemorizantes <strong>de</strong>vido aos<br />

conflitos e às guerras que aparecem<br />

por todo lado. O Papa Francisco disse<br />

recentemente, que a Terceira Guerra<br />

Mundial já po<strong>de</strong> ter começado.<br />

Voltamos ao tempo da “Guerra Fria”,<br />

on<strong>de</strong> americanos e russos se acusam<br />

e ameaçam mutuamente. Já “cheira”<br />

a guerra…<br />

O pretexto para este “esticar-da-corda”<br />

entre americanos e russos, mesmo<br />

não sendo assumido pelas partes<br />

é sempre o mesmo; a ânsia do Po<strong>de</strong>r<br />

e a conquista das fontes energéticas<br />

do Planeta.<br />

Para criar e fazer explodir conflitos<br />

e guerras é necessário fazer crer à<br />

opinião pública que não há outra saída.<br />

Tem que “existir” um motivo forte<br />

e válido para dar esse passo, mas se<br />

ele não existir… fabrica-se. Veja-se<br />

o caso da frau<strong>de</strong> que foi o 11 <strong>de</strong> Setembro,<br />

o apoio vergonhoso a Israel<br />

e ao genocídio do povo da Palestina,<br />

à acusação sem provas do avião <strong>de</strong><br />

passageiros que foi abatido na Ucrânia<br />

e a confusão criada na Síria e no<br />

Iraque...<br />

É da Síria e do Iraque que nestes últimos<br />

tempos mais se tem falado e<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> nos tem chegado notícias e<br />

imagens aterradoras dos massacres<br />

mais primitivos e bárbaros, que pensei<br />

que a Humanida<strong>de</strong> jamais voltaria<br />

a presenciar…<br />

O “Estado Islâmico” (ISIS), alegadamente<br />

criado e apoiado pelos EUA e<br />

Israel, têm o objectivo <strong>de</strong> estabelecer<br />

um Califado e dominar todos os países<br />

muçulmanos e não só. Segundo<br />

eles, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cinco anos, além <strong>de</strong><br />

outros países, também Portugal e Espanha<br />

serão “convertidos” ao islamismo<br />

e farão parte do Califado do autoproclamado<br />

Estado Islâmico.<br />

Os “jihadistas” do Estado Islâmico,<br />

movidos pelo fanatismo religioso levado<br />

ao extremo, interpretam à letra<br />

os textos do Alcorão e põem-nos em<br />

prática <strong>de</strong> forma brutal, <strong>de</strong>golando todos<br />

os “cães infiéis” que lhes aparece<br />

pela frente.<br />

Refiro-me neste caso apenas aos muçulmanos<br />

porque é um tema actual,<br />

mas também não esqueço outras religiões<br />

no passado, (cruzadas, inquisição,<br />

etc) que foram igualmente bárbaras<br />

e indignas.<br />

As religiões foram ao longo dos<br />

tempos e quase sempre, o rastilho<br />

<strong>de</strong> divisões, guerras e atrocida<strong>de</strong>s.<br />

É hora <strong>de</strong> a Humanida<strong>de</strong> fazer<br />

uma pausa para pensar e crescer interiormente.<br />

A Humanida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ve<br />

seguir homens e <strong>de</strong>ixar-se arrastar<br />

por qualquer religião ou seita. As religiões<br />

reprimem e alimentam-se do<br />

medo, do pecado e da culpa. Nenhuma<br />

religião po<strong>de</strong> salvar ninguém. A<br />

religião não é Deus e Deus não está<br />

nas seitas nem nas religiões. Deus<br />

está no interior <strong>de</strong> cada um, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da nacionalida<strong>de</strong>, raça,<br />

credo ou cor. Por muito que lhe custe<br />

romper tradições, hábitos e culturas,<br />

com a cabeça fria e a raciocinar, medite<br />

e <strong>de</strong>scubra a espiritualida<strong>de</strong> e o<br />

Deus que está em si. Deus não tem<br />

dono, não é proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seitas<br />

nem <strong>de</strong> fanáticos. Deus é <strong>de</strong> todos!<br />

Nos dias <strong>de</strong> hoje com as dificulda<strong>de</strong>s<br />

e injustiças crescentes do dia-<br />

-a-dia, temos a sensação <strong>de</strong> sermos<br />

órfãos abandonados e para compensar,<br />

muitos <strong>de</strong> nós procuram refúgio<br />

em seitas e religiões, on<strong>de</strong> charlatões<br />

lhes prometem o outro Mundo e a in/<br />

certa vida eterna, quando o que nós<br />

precisamos hoje, agora e aqui, é viver<br />

dignamente a nossa curta passagem<br />

aqui pela Terra.<br />

Portugal é tradicionalmente um<br />

país <strong>de</strong> brandos costumes e <strong>de</strong> paz,<br />

mas a insegurança crescente e o futuro<br />

incerto e sem réstia <strong>de</strong> esperança,<br />

po<strong>de</strong> contrariar a tradição. Os focos<br />

<strong>de</strong> tensão alastram na Europa, agudizam-se<br />

e estão cada vez mais perto...<br />

O CLZ procura<br />

Colaboradora<br />

Contacto:<br />

Rosa Pereira<br />

077 403 72 55


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Cultura<br />

Outubro 2014 – 29<br />

A Língua Portuguesa<br />

A língua portuguesa <strong>de</strong>riva<br />

do latim, língua falada na<br />

região on<strong>de</strong> ficava a Roma<br />

antiga, <strong>de</strong>signada por Lácio,<br />

e que, na sua expansão,<br />

os Romanos trouxeram<br />

para outras regiões, on<strong>de</strong>,<br />

em conjunto com factores<br />

locais, evoluiu originando<br />

as línguas românicas.<br />

O latim clássico, consagrado<br />

pelas classes cultas e<br />

pela literatura, tornou-se,<br />

com o tempo, distante da<br />

expressão falada, que aglutinava<br />

influências <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<br />

vária nos diversos territórios<br />

do Império Romano,<br />

assim como varieda<strong>de</strong>s<br />

sócio-culturais, a cujo conjunto<br />

chamou latim vulgar,<br />

que <strong>de</strong>u origem às línguas<br />

românicas e nomeadamente<br />

ao português.<br />

latina recolhe também, na<br />

constituição da nossa língua,<br />

elementos celtas, gregos<br />

e hebreus, aos quais<br />

se juntaram, mais tar<strong>de</strong>, os<br />

germânicos e os árabes.<br />

Po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar três<br />

fases na evolução da língua<br />

portuguesa: proto-histórica,<br />

até ao séc. XIII (ainda<br />

muito ligada, na escrita, ao<br />

latim bárbaro), arcaica, até<br />

ao séc. XVI (on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>staca,<br />

nos séculos XIV e XV, o<br />

galaico-português, autonomizando-se<br />

posteriormente o português<br />

em relação ao galego)<br />

e mo<strong>de</strong>rna, com a publicação<br />

das primeiras gramáticas,<br />

<strong>de</strong> Fernão <strong>de</strong> Oliveira,<br />

1536, e João <strong>de</strong> Barros,<br />

1540, e com a proliferação<br />

das obras literárias que a<br />

consagraram, e entre as<br />

quais se contam Os Lusíadas.<br />

Consi<strong>de</strong>ram-se características<br />

formais da língua portuguesa,<br />

na sua fonação,<br />

os fenómenos <strong>de</strong> nasalação<br />

(queda <strong>de</strong> consoantes<br />

latinas que dão origem aos<br />

ditongos nasais, ex. -ão e<br />

-ãe, e a vogais do mesmo<br />

timbre, ex. panes>pães),<br />

vocalização (queda <strong>de</strong><br />

consoantes latinas que<br />

dão origem a vogais, ex.<br />

regnu>reino) e palatalização<br />

(grupos <strong>de</strong> consoantes<br />

latinas que resultam<br />

nos grupos ch- e -lh-, ex.<br />

pluvia>chuva).<br />

Rodrigues Lapa, em 1945,<br />

estudou, na sua Estilística<br />

da Língua Portuguesa,<br />

algumas potencialida<strong>de</strong>s<br />

expressivas do português<br />

na comunicação e na literatura.<br />

Gradualmente, a comunicação<br />

linguística foi-se<br />

alterando, e, em vez <strong>de</strong> se<br />

falar <strong>de</strong> facto latim, as modificações<br />

da expressão<br />

impuseram a consciência<br />

<strong>de</strong> que se tinha passado<br />

<strong>de</strong> facto a falar à “maneira<br />

românica”, isto é, romanice<br />

ou romance (falar vulgar e<br />

misto, também <strong>de</strong>signado<br />

romanço). Nos escritos<br />

administrativos e notariais<br />

impôs-se um conjunto <strong>de</strong><br />

fórmulas que i<strong>de</strong>ntificamos<br />

como latim bárbaro. A base<br />

CRÉDITOS JFA<br />

Provavelmente o mais rápido da suíça<br />

Apenas falando português não se resolvem as coisas...<br />

0900 25 04 74 (86Rp./min)<br />

Ba<strong>de</strong>nerstrasse 406<br />

8004 Zürich<br />

É necessário perceber e a JFA percebe<br />

O contacto directo é muito importante.<br />

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9000 St. Gallen<br />

061 363 06 85<br />

Dornacherstrasse 119<br />

4053 Basel


30 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014<br />

Tecnologia<br />

Joana Araújo<br />

Alemanha<br />

continua a ser<br />

espiada pela NSA<br />

O interesse da NSA<br />

na Alemanha já não é<br />

novo. Sabe-se agora<br />

que documentos disponibilizados<br />

por Edward<br />

Snow<strong>de</strong>n dão<br />

conta que os Estados<br />

Unidos e o Reino<br />

Unido tiveram acesso<br />

aos dados que<br />

circulam nas re<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> telecomunicações<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s operadoras<br />

alemãs, como foi<br />

o caso da Deutsche<br />

Telekom.<br />

Se até agora se acreditava<br />

que a NSA e o<br />

serviço <strong>de</strong> informações<br />

britânico GCHQ<br />

espiavam as comunicações<br />

da Alemanha<br />

a partir do exterior,<br />

<strong>de</strong> acordo com<br />

um artigo publicado<br />

pela revista alemã<br />

Der Spiegel, citando<br />

informações disponibilizadas<br />

por Edward<br />

Snow<strong>de</strong>n, os serviços<br />

secretos também<br />

actuam “a partir<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro” e permitirá<br />

visualizar, quase<br />

em tempo real, a<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> routers ligados<br />

à Internet, assim<br />

como computadores,<br />

smartphones e<br />

tablets. O objectivo é<br />

“ver cada dispositivo<br />

em qualquer lugar e a<br />

qualquer momento”,<br />

refere o artigo.<br />

Guerra ao iPhone 6<br />

A Apple lançou<br />

no mês <strong>de</strong> Setembro<br />

o novo e<br />

esperado iPhone<br />

6, que já está<br />

disponível em<br />

duas versões:<br />

iPhone 6 e o<br />

iPhone 6 plus.<br />

Depois da apresentação<br />

dos<br />

dois smartphones,<br />

os fabricantes<br />

<strong>de</strong> equipamentos<br />

Android<br />

<strong>de</strong>svalorizaram<br />

as “novas” tecnologias<br />

agora<br />

integradas no<br />

iPhone 6, que<br />

segundo dizem,<br />

já estão há muito<br />

tempo presentes<br />

em vários Androids.<br />

São vários os<br />

equipamentos<br />

Android que po<strong>de</strong>m<br />

ser alternativa<br />

ao novo<br />

iPhone 6 e alguns<br />

<strong>de</strong>les já estão<br />

no mercado,<br />

como é o caso<br />

do Samsung<br />

Galaxy S5, HTC<br />

One M8, LG G3<br />

e outros vem a<br />

caminho. Iremos<br />

aqui apenas<br />

referir-nos a um<br />

<strong>de</strong>les; o OnePlus<br />

One.<br />

Veja a tabela e os<br />

preços e quais<br />

as diferenças<br />

entre o Android<br />

OnePlus One e<br />

o novo iPhone 6<br />

plus.<br />

O iPhone 6 Plus<br />

<strong>de</strong> 16 GB custa<br />

799€ e o One-<br />

Plus One <strong>de</strong> 16<br />

GB custa apenas<br />

269€.<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Joana Araújo/TEK


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014 – 31<br />

Turismo<br />

Fuerteventura<br />

Fuerteventura é a segunda<br />

maior ilha do arquipélago<br />

das Canárias, situada<br />

a apenas 100km do<br />

continente africano.<br />

Sendo <strong>de</strong> origem vulcânica,<br />

a vegetação é quase<br />

nula e a paisagem um<br />

pouco árida e agreste, com<br />

pequenos arbustos espalhados<br />

ao longo dos montes<br />

e vales, sobretudo nas<br />

zonas do interior. No entanto,<br />

Fuerteventura possui<br />

também praias <strong>de</strong> uma beleza<br />

incrível, talvez as mais<br />

belas das ilhas Canárias.<br />

Estas esten<strong>de</strong>m-se numa<br />

faixa <strong>de</strong> norte a sul da ilha e<br />

oferecem todas as comodida<strong>de</strong>s<br />

aos seus visitantes,<br />

assim como longos dias <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scanso e relaxamento.<br />

O nome da ilha Fuerte +<br />

Ventura <strong>de</strong>ve-se ao facto<br />

<strong>de</strong> aqui os ventos, por vezes<br />

fortes, serem uma visita<br />

constante. Devido a esse<br />

facto, a ilha é também muito<br />

procurada por amantes<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportos como Windsurf,<br />

Kitsurf e Surf.<br />

Na zona norte da ilha encontramos<br />

as impressionantes<br />

dunas <strong>de</strong> areia fina<br />

e dourada que se esten<strong>de</strong>m<br />

ao longo <strong>de</strong> vários<br />

quilómetros até Corralejo,<br />

uma antiga vila piscatória<br />

que se transformou num<br />

dos centros turísticos mais<br />

importantes da ilha. Aqui<br />

as praias são <strong>de</strong> uma beleza<br />

inimaginável.<br />

A partir do porto <strong>de</strong> Corralejo<br />

é fácil chegar à pequena<br />

Ilha <strong>de</strong> Los Lobos on<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>rá, por exemplo, passar<br />

um dia a fazer mergulho<br />

ou simplesmente <strong>de</strong>ixar-se<br />

per<strong>de</strong>r nas belas praias<br />

quase <strong>de</strong>sertas.<br />

Puerto <strong>de</strong>l Rosário é a capital<br />

da ilha e a principal<br />

área urbana <strong>de</strong> Fuerteventura.<br />

Aqui encontrará<br />

uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lojas e<br />

restaurantes e po<strong>de</strong>rá ter<br />

um contacto mais próximo<br />

com os habitantes da ilha.<br />

A cerca <strong>de</strong> 15 minutos <strong>de</strong><br />

carro situa-se Caleta <strong>de</strong><br />

Fuste, outro dos pontos<br />

mais importantes <strong>de</strong> Fuerteventura.<br />

Aqui existem<br />

uma série <strong>de</strong> hotéis <strong>de</strong> referência<br />

com muitas activida<strong>de</strong>s<br />

para as crianças<br />

sendo <strong>de</strong>ssa forma consi<strong>de</strong>rado<br />

o sitio i<strong>de</strong>al para<br />

umas férias em família. A<br />

vila foi <strong>de</strong>senvolvida à volta<br />

<strong>de</strong> uma baia. A praia, não<br />

sendo muito gran<strong>de</strong>, está<br />

um pouco mais protegida<br />

do vento.<br />

Costa Calma, situa-se entre<br />

Caleta <strong>de</strong> Fuste e Playa<br />

<strong>de</strong> Jandía e é uma espécie<br />

<strong>de</strong> oásis ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> palmeiras,<br />

com praias a per<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> vista.<br />

Jandía é uma localida<strong>de</strong> no<br />

sul da ilha, i<strong>de</strong>al para quem<br />

procura <strong>de</strong>scontracção e<br />

intermináveis passeios pela<br />

praia. Oferece ainda aos visitantes<br />

inúmeras lojas, bares,<br />

cafés e restaurantes.<br />

Esta zona é também consi<strong>de</strong>rada<br />

uma importante reserva<br />

ecológica e o ponto<br />

mais alto da ilha, o Pico <strong>de</strong><br />

Zarza, situa-se na península<br />

<strong>de</strong> Jandía.<br />

Na parte oeste da ilha po<strong>de</strong>rá<br />

visitar a pequena al<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> Tindaya, habitada<br />

sobretudo por criadores <strong>de</strong><br />

cabras, Cotilho, outra pequena<br />

al<strong>de</strong>ia piscatória e<br />

as grutas <strong>de</strong> Ajuy.<br />

On<strong>de</strong> ficar: Hotel Meliá<br />

Gorriones 4* (Costa Calma),<br />

Barceló Castillo Beach<br />

Resort 4* (Caleta <strong>de</strong> Fuste),<br />

Barceló Jandia Playa 4*<br />

(Jandia)<br />

Costa Calma


32 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique C ulinária<br />

Outubro 2014<br />

Culinária<br />

Pudim simples<br />

Ingredientes :<br />

Chefe António Silva<br />

• 250 gr <strong>de</strong> açúcar<br />

• 4 ovos<br />

• 2 dl <strong>de</strong> leite<br />

• 1 colher (<strong>de</strong> sopa) <strong>de</strong> farinha maizena<br />

• 1 raspa <strong>de</strong> limão<br />

• Açúcar em caramelo q.b.<br />

Confecção :<br />

Batem-se os ovos, juntando-se-lhes em seguida o leite, o açúcar, a farinha<br />

maizena e, por fim, o limão. Querendo po<strong>de</strong> substituir-se o limão por baunilha.<br />

Coze-se em banho-maria, em forma barrada com açúcar em caramelo.<br />

Grão-<strong>de</strong>-bico e carnes<br />

Ingredientes :<br />

• 400 gr grão ;<br />

• 1/2 galinha ;<br />

• 400 gr carne vaca ;<br />

• 300 gr cabrito ;<br />

• 1 orelha porco ;<br />

• 1 farinheira ;<br />

• 1 morcela ;<br />

• 1 chouriço ;<br />

• 1 ovo cozido inteiro ;<br />

• 150 gr toucinho entremeado ;<br />

• 200 gr massa manga-<strong>de</strong>-capote ;<br />

• 4 cenouras ;<br />

• Pão duro caseiro ;<br />

• Hortelã ;<br />

• Sal ;<br />

• Pimenta.<br />

Confecção :<br />

Deixa-se o grão <strong>de</strong> molho e coze-se. Depois, na<br />

água do grão, cozem-se as carnes. Entretanto<br />

cozem-se a morcela, o chouriço e a farinheira.<br />

Quando estiver tudo cozido misturam-se os caldos.<br />

Tira-se uma parte <strong>de</strong>sse mesmo caldo e<br />

coze-se a massa, as cenouras, a hortelã e o ovo<br />

inteiro bem lavado. O resto do caldo é servido<br />

com fatias <strong>de</strong> pão. As carnes <strong>de</strong>vem ser servidas<br />

cortadas aos bocados, juntamente com a<br />

massa, as cenouras e o ovo às ro<strong>de</strong>las.<br />

Arroz “Pica no Chão”<br />

Ingredientes :<br />

• 1 galinha ;<br />

• 0,5 dl <strong>de</strong> azeite ;<br />

• 3 colheres ( sopa ) <strong>de</strong><br />

vinagre ;<br />

• 1 cebola gran<strong>de</strong> ;<br />

• 2 <strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> alho ;<br />

• 100 gr <strong>de</strong> toucinho ;<br />

• 1 folha <strong>de</strong> louro ;<br />

• 1 malagueta ;<br />

• 1 tigela <strong>de</strong> arroz ;<br />

• Sal q.b.<br />

Confecção :<br />

Aproveite o sangue da galinha <strong>de</strong>itando-o numa tigela<br />

com três colheres <strong>de</strong> sopa <strong>de</strong> vinagre para que não<br />

coalhe (como alternativa ao sangue da galinha consulte<br />

o seu talho). Numa panela ponha a refogar no azeite a<br />

cebola e os alhos picados. Junte-lhe a galinha cortada<br />

aos bocados pequenos e os miúdos (excepto o fígado),<br />

o toucinho cortado, o louro e a malagueta cortada ao<br />

meio. Refogue tudo, tempere com sal e <strong>de</strong>ixe estufar em<br />

lume brando. Cubra a carne com água quente, tape a<br />

panela e <strong>de</strong>ixe cozer até a galinha ficar macia. Depois <strong>de</strong><br />

cozida retire a galinha e rectifique a água para que fique<br />

na proporção <strong>de</strong> 3/1 para a cozedura do arroz. Assim<br />

que levantar fervura junte o arroz. Três ou quatro minutos<br />

antes <strong>de</strong> ficar pronto junte o sangue, misture-o bem,<br />

junte também a carne e <strong>de</strong>ixe apurar.<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Joana Araújo


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014 – 33<br />

Comunida<strong>de</strong> Júnior<br />

AS ÁRVORES QUEREM MANDAR<br />

António Torrado escreveu<br />

No reino das árvores, as pessoas mandam muito. Dizem<br />

até algumas árvores que as pessoas mandam <strong>de</strong>mais.<br />

Pois se, para que as árvores cresçam, há que escorá-las,<br />

para que elas se <strong>de</strong>senvolvam, há que podá-las, para que<br />

elas ganhem força, há que regá-las, o que é que resta às<br />

árvores, o que é que lhes cabe fazerem sozinhas?<br />

– Fazemos os frutos – dizem as árvores mais experientes.<br />

– As pessoas ainda não conseguem fazer peras, maçãs,<br />

laranjas, romãs, cerejas, ginjas, ameixas, sem nós.<br />

– Mas, <strong>de</strong>pois, as pessoas tiram-nos o que fizemos – dizia<br />

um limoeiro novo.<br />

– E para que é que tu precisas dos limões, meu tolo? – replicava<br />

uma macieira com muitos anos <strong>de</strong> vida.<br />

– Para enfeitar – respondia o limoeiro.<br />

Aconteceu que, naquele ano, por altura da apanha, o reino<br />

das árvores não foi visitado por ninguém.<br />

O dono do pomar estaria doente ou teria ido para fora,<br />

talvez <strong>de</strong>sinteressado das árvores a que, noutros anos,<br />

<strong>de</strong>ra toda a atenção.<br />

Os frutos por colher pendiam dos ramos. Uns secaram.<br />

Outros caíram no chão, apodrecidos. Uma lástima.<br />

Ainda se aquele pomar ficasse perto da estrada que leva<br />

à escola, talvez houvesse quem se tentasse e fizesse a<br />

colheita por sua conta... Mas, como ficava num sítio isolado<br />

e pouco acessível, ninguém <strong>de</strong>u pelo pomar ao abandono.<br />

Vieram os pássaros. Vieram as lagartas. Vieram os insectos.<br />

Foi uma razia.<br />

Depois, o terreno do pomar não teve quem o lavrasse.<br />

Cresceram as silvas e as ervas daninhas. Muitas árvores<br />

ganharam moléstia. Deram, quando <strong>de</strong>ram, uns frutos<br />

murchos e raquíticos. Sem préstimo.<br />

Quando, tempos <strong>de</strong>pois, o pomar abandonado foi visitado<br />

por pessoas, metia dó.<br />

O pequeno limoeiro, que, entretanto, crescera, olhava em<br />

volta e só via árvores secas.<br />

– Uma ruína – diziam as pessoas. – Salvou-se o limoeiro,<br />

porque é árvore resistente, mas mesmo esse precisa <strong>de</strong><br />

tratamento.<br />

Acompanhado e tratado arribou. É, agora, um belo e perfumado<br />

limoeiro, que não se importa nada, mesmo nada,<br />

<strong>de</strong> dar os seus limões às pessoas que lhos pe<strong>de</strong>m.<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Joana Araújo


34 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014<br />

Passatempo<br />

Como é um alentejano?<br />

É, assim, a modos que atravessado.<br />

Nem é bem branco, nem preto,<br />

nem castanho, nem amarelo,<br />

nem vermelho...<br />

E também não é bem ju<strong>de</strong>u,<br />

nem bem cigano.<br />

Como é que hei-<strong>de</strong> explicar?<br />

É uma mistura disto tudo com<br />

uma pinga <strong>de</strong> azeite e uma cô<strong>de</strong>a<br />

<strong>de</strong> pão:<br />

-Dos amarelos, herdámos a<br />

filosofia oriental, a paciência<br />

<strong>de</strong> chinês e aquela paz interior<br />

do tipo “não há nada que me<br />

chateie”;<br />

-dos pretos, o gosto pela savana,<br />

por não fazer nada e pelos<br />

prazeres da vida;<br />

-dos ju<strong>de</strong>us, o humor cáustico<br />

e refinado e as anedotas curtas<br />

e autobiográficas;<br />

-dos árabes, a pele curtida<br />

pelo sol do <strong>de</strong>serto e esse jeito<br />

especial <strong>de</strong> nos escarrancharmos<br />

nos camelos;<br />

-dos ciganos, a esperteza <strong>de</strong><br />

enganar os outros, convencendo-os<br />

<strong>de</strong> que são eles que<br />

nos estão a enganar a nós;<br />

-dos brancos, o olhar intelectual<br />

<strong>de</strong> carneiro mal morto;<br />

-dos vermelhos, essa gran<strong>de</strong><br />

maluqueira <strong>de</strong> sermos todos<br />

iguais.<br />

O alentejano, como se vê,<br />

mais do que uma raça pura, é<br />

uma raça apurada.<br />

Ou melhor, uma cal<strong>de</strong>irada feita<br />

com os melhores ingredientes<br />

<strong>de</strong> cada uma das raças.<br />

Não é fácil fazer um alentejano.<br />

Por isso, há tão poucos.<br />

É certo que os ju<strong>de</strong>us são o<br />

povo eleito <strong>de</strong> Deus.<br />

Mas os alentejanos têm uma<br />

enorme vantagem sobre os<br />

ju<strong>de</strong>us: nunca foram eleitos<br />

por ninguém, o que é o melhor<br />

certificado da sua qualida<strong>de</strong>.<br />

Conhecem, por acaso, alguém<br />

que preste que já tenha<br />

sido eleito para alguma coisa?<br />

E já imaginaram o que seria<br />

o mundo governado por um<br />

alentejano?<br />

Era um <strong>de</strong>scanso!<br />

Maria dos Santos<br />

Palavras cruzadas<br />

5 <strong>de</strong> Outubro, 1910<br />

– É proclamada a República<br />

Portuguesa, pondo termo<br />

a mais <strong>de</strong> sete séculos<br />

<strong>de</strong> regime monárquico em<br />

Portugal.<br />

A Implantação da República Portuguesa<br />

foi o resultado <strong>de</strong> uma Revolução<br />

organizada pelo Partido Republicano<br />

Português, iniciada no dia 2<br />

e vitoriosa na madrugada do dia 5 <strong>de</strong><br />

Outubro <strong>de</strong> 1910, que <strong>de</strong>stituiu a monarquia<br />

constitucional e implantou um<br />

regime republicano em Portugal.<br />

A subjugação do país aos interesses<br />

coloniais britânicos , os gastos da família<br />

real, o excessivo po<strong>de</strong>r da Igreja,<br />

a instabilida<strong>de</strong> política e social, o<br />

Efeméri<strong>de</strong>s<br />

sistema <strong>de</strong> alternância <strong>de</strong> dois partidos<br />

no po<strong>de</strong>r (os progressistas e os<br />

regeneradores), a ditadura <strong>de</strong> João<br />

Franco, a aparente incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

acompanhar a evolução dos tempos<br />

e se adaptar à mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> — tudo<br />

contribuiu para um inexorável processo<br />

<strong>de</strong> erosão da monarquia portuguesa<br />

do qual os <strong>de</strong>fensores da<br />

República, particularmente o Partido<br />

Republicano, souberam tirar o melhor<br />

proveito. Por contraponto, o partido<br />

republicano apresentava-se como o<br />

único que tinha um programa capaz<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>volver ao país o prestígio perdido<br />

e colocar Portugal na senda do<br />

progresso.<br />

Após a relutância do exército em<br />

combater os cerca <strong>de</strong> dois mil soldados<br />

e marinheiros revoltosos entre 3<br />

e 4 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1910, a República<br />

foi proclamada às 9 horas da manhã<br />

do dia seguinte da varanda dos Paços<br />

do Concelho <strong>de</strong> Lisboa. Após a revolução,<br />

um governo provisório chefiado<br />

por Teófilo Braga dirigiu os <strong>de</strong>stinos<br />

do país até à aprovação da Constituição<br />

<strong>de</strong> 1911 que <strong>de</strong>u início à Primeira<br />

República. Entre outras mudanças,<br />

com a implantação da república, foram<br />

substituídos os símbolos nacionais:<br />

o hino nacional e a ban<strong>de</strong>ira.


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014 – 35<br />

Horóscopo<br />

CARNEIRO<br />

Muita energia durante todo o mês. A<br />

única coisa a que <strong>de</strong>ve prestar mais<br />

atenção é à ingestão <strong>de</strong> água, que<br />

<strong>de</strong>ve ser abundante.<br />

No amor terá muita necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>monstrar os seus sentimentos, po<strong>de</strong>ndo<br />

chegar ao exagero.<br />

Não encontrará a resposta que procura<br />

na pessoa que ama.<br />

No trabalho <strong>de</strong>monstrará muita activida<strong>de</strong><br />

e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> improvisação<br />

para solucionar alguns problemas.<br />

TOURO<br />

Marte em oposição à Lua representa<br />

um momento <strong>de</strong> emoções intensas e<br />

conflitos emocionais. Neste momento<br />

po<strong>de</strong>rá ser difícil lidar com o sexo<br />

oposto, embora fosse bom nesta altura<br />

<strong>de</strong>sse mais importância aos aspectos<br />

positivos <strong>de</strong> qualquer relação.<br />

GÉMEOS<br />

Haverá uma preocupação exagerada<br />

com a saú<strong>de</strong> e com a estética corporal,<br />

po<strong>de</strong>ndo chegar à obsessão.<br />

Continuará a pensar em alguém do<br />

seu passado que <strong>de</strong>ixou marcas profundas<br />

na sua vida e a pessoa que<br />

está actualmente consigo notá-lo-á.<br />

A chegada <strong>de</strong> novos companheiros<br />

<strong>de</strong> trabalho serão a <strong>de</strong>sculpa para<br />

um rendimento mais alto do que o<br />

habitual e também para quebrar a<br />

rotina.<br />

CARANGUEJO<br />

Esta altura constitui já a passagem a<br />

um momento mais tranquilo, mais interiorizado.<br />

A passagem da Lua será<br />

responsável por esta gradual transformação<br />

do seu diálogo com o mundo.<br />

Po<strong>de</strong> trazer-lhe, por um lado, uma súbita<br />

falta <strong>de</strong> confiança, mas, por outro,<br />

um diálogo esclarecedor e construtivo.<br />

Outubro<br />

LEÃO<br />

Se necessita tomar medicamentos,<br />

opte pela via natural, e melhorará a<br />

sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Sairá com a pessoa que ama mais<br />

vezes do que o habitual e procurarão<br />

locais diferentes para os momentos<br />

<strong>de</strong> mais intimida<strong>de</strong>.<br />

Um trabalho que dava por terminado,<br />

reaparecerá para sofrer pequenas alterações<br />

e ser melhorado na sua totalida<strong>de</strong>.<br />

VIRGEM<br />

Como está com uma certa falta <strong>de</strong><br />

concentração nesta fase <strong>de</strong>ve evitar<br />

tomar <strong>de</strong>cisões importantes tanto<br />

nos negócios como na sua vida pessoal.<br />

Po<strong>de</strong>rá sentir-se enervado sem<br />

saber a causa. Este é uma boa altura<br />

para se auto examinar.<br />

BALANÇA<br />

Necessitará dormir mais horas do<br />

que tem dormido até aqui e o seu organismo<br />

agra<strong>de</strong>cerá se fizer alguma<br />

dieta <strong>de</strong>purativa.<br />

A sua relação não passa por dos<br />

seus melhores momentos e a pessoa<br />

que ama estará em baixo <strong>de</strong> forma e<br />

necessitando estar sozinha. Façam<br />

uma pausa no caminho!<br />

Sentirá o apoio dos seus companheiros<br />

<strong>de</strong> trabalho para realizar uma tarefa<br />

que é da sua responsabilida<strong>de</strong>.<br />

ESCORPIÃO<br />

Está a entrar num momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scontracção, sobretudo <strong>de</strong>vido<br />

à sua paz interior. Terá uma real<br />

sensação <strong>de</strong> segurança, tranquilida<strong>de</strong>,<br />

sem a preocupação <strong>de</strong> assuntos<br />

pen<strong>de</strong>ntes que noutras alturas, embora<br />

nem sejam significativos, o <strong>de</strong>ixam<br />

insatisfeito.<br />

SAGITÁRIO<br />

As costas e os órgãos sexuais po<strong>de</strong>rão<br />

dar-lhe algum problema que será<br />

<strong>de</strong> fácil solução se consultar o médico<br />

a tempo.<br />

Uma ligeira indisposição <strong>de</strong>ixará a<br />

pessoa que ama em baixo <strong>de</strong> forma,<br />

mas saberá como levantar-lhe a moral<br />

e o ânimo.<br />

Assumirá responsabilida<strong>de</strong>s que não<br />

são suas e saberá ultrapassar as dificulda<strong>de</strong>s<br />

que surgirem.<br />

CAPRICÓRNIO<br />

Embora possa sentir uma maior vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tirar mais partido da casa e<br />

da família, vai ser aí on<strong>de</strong> as coisas<br />

se po<strong>de</strong>rão mostrar um pouco mais<br />

atabalhoadas, menos harmoniosas<br />

ou menos controladas.<br />

AQUÁRIO<br />

Respire mais ar puro e melhorará<br />

gran<strong>de</strong>mente a sua saú<strong>de</strong>. Corrija<br />

posições incorrectas no trabalho.<br />

A pessoa que comparte a sua vida,<br />

comparte também os seus gostos e<br />

juntos po<strong>de</strong>rão viver momentos <strong>de</strong><br />

muita cumplicida<strong>de</strong>.<br />

Começa uma nova etapa profissional<br />

que estimulará a sua competitivida<strong>de</strong><br />

e dará a conhecer as suas capacida<strong>de</strong>s.<br />

PEIXES<br />

Durante este trânsito <strong>de</strong> Mercúrio<br />

po<strong>de</strong> tomar iniciativas, mas prepare-<br />

-se para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r as suas i<strong>de</strong>ias com<br />

unhas e <strong>de</strong>ntes. Da sua convicção e<br />

<strong>de</strong>terminação po<strong>de</strong>rá nascer a vitória.<br />

A insatisfação e intranquilida<strong>de</strong><br />

que agora sente é passageira, ainda<br />

assim, no entanto, preferirá o isolamento<br />

e a reflexão ao convívio.<br />

Coor<strong>de</strong>nação: Joana Araújo


36 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Literatura<br />

Outubro 2014<br />

Aparvalhado<br />

Carmindo<br />

<strong>de</strong> Carvalho<br />

No avião calhou-me o<br />

banco do meio. Ia todo<br />

encolhido e para falar com<br />

o meu amigo Paulo M. tinha<br />

que obrigatoriamente<br />

fazer ginástica, esticando-<br />

-me para que me ouvisse<br />

do outro lado do corredor.<br />

Ao meu lado ia uma senhora<br />

cinquentona caladinha,<br />

sossegadinha.<br />

“Ó Paulo aqui a nossa vizinha<br />

é que <strong>de</strong>ve estar a levar<br />

cá uma seca!”, disse eu<br />

para ver se ela dizia algo e<br />

assim ficar a saber se era<br />

portuguesa.<br />

Ela abriu a boca, falou,<br />

falou e nunca mais se calou.<br />

Que vinha <strong>de</strong> Viana <strong>de</strong><br />

Áustria e <strong>de</strong> emergência<br />

porque lhe tinha falecido o<br />

pai. E por Zurique porque<br />

foi o que arranjou. Às tantas<br />

saiu-se com esta:<br />

“ Bem se calhar não vai<br />

acreditar ou então achar<br />

que sou maluca, mas eu<br />

levo uma mala cheia <strong>de</strong><br />

papel higiénico, porque em<br />

Portugal é muito caro e os<br />

rolos são muito pequeninos!<br />

Fui ontem <strong>de</strong>spachar<br />

a mala para não ter que<br />

per<strong>de</strong>r tempo no check-in.”<br />

Ao ouvir tal coisa, tão original,<br />

fiquei uns segundos<br />

aparvalhado!<br />

“Bem realmente não é normal,<br />

tal como você disse, é<br />

mesmo maluqueira!”, consegui<br />

dizer.<br />

Será que vale a pena?<br />

Gostava <strong>de</strong> saber quanto<br />

pagou pelo papel e quanto<br />

pagou pelo <strong>de</strong>spacho. Mas<br />

não arranjei coragem para<br />

lhe perguntar.<br />

Enfim! ...<br />

Em filmes já tinha visto um<br />

porco a guiar uma bicicleta<br />

e um cão a guiar um carro,<br />

mas faltava-me ouvir esta<br />

preciosida<strong>de</strong>...<br />

Lembrei-me <strong>de</strong> um outro<br />

que trazia batatas lá da<br />

terra. Ouvi-lhe dizer que<br />

uma vez tinha trazido sete<br />

sacos, num atrelado que<br />

para esse efeito, entretanto<br />

tinha comprado.<br />

Também <strong>de</strong>ssa vez pensei:<br />

“Será que vale a pena? Mais<br />

combustível, mais transtorno<br />

na condução, mais<br />

<strong>de</strong>sgaste no carro!Mas<br />

neste caso ainda vá lá...<br />

Porque ainda que não tivessem<br />

sido cultivadas por<br />

ele, eram do seu terreno<br />

e isso era uma forma <strong>de</strong><br />

matar sauda<strong>de</strong>s e certamente<br />

sabiam-lhe melhor<br />

que as compradas no supermercado<br />

cá da terra.Sei<br />

<strong>de</strong> Alentejanos que trazem<br />

pão do seu Alentejo para<br />

as suas açordas! Os seus<br />

enchidos, os seus queijos!<br />

Também já tive o prazer<br />

<strong>de</strong> entrar nas suas patuscadas<br />

e os ajudar a gastar<br />

essas coisas! ... Seria uma<br />

pena se se estragassem! ...<br />

Outro da Beira Baixa que<br />

trazia <strong>de</strong> tudo um pouco:<br />

Uma vasilha com muito<br />

litros <strong>de</strong> azeite, alhos, batatas,<br />

castanhas, enchidos,<br />

um presunto, vinho, espirituosas<br />

e muita coisa mais!<br />

Um autêntico minimercado!<br />

A carrinha é uma Pontiac,<br />

<strong>de</strong> estilo Americano,<br />

muito gran<strong>de</strong>! Mas <strong>de</strong> tão<br />

marreca que sempre vem,<br />

até parece um submarino a<br />

querer submergir.<br />

Antes tinha um Opel<br />

Ascona. O coitado vinha<br />

sempre tão carregado que<br />

os travões não obe<strong>de</strong>ciam<br />

como <strong>de</strong>viam. E uma vez,<br />

numa <strong>de</strong>ssas viagens,<br />

numa operação Stop ele<br />

quis pará-lo e não conseguiu.<br />

O que lhe valeu foi<br />

que o G.N.R. viu o carro<br />

a aproximar-se perigosamente<br />

<strong>de</strong>sgovernado e <strong>de</strong>u<br />

um salto <strong>de</strong> felino. Senão<br />

o carro pisava-lhe os calos!<br />

...Ouvi da boca <strong>de</strong>le,<br />

que algumas vezes chegou<br />

a parar antes da fronteira<br />

para escon<strong>de</strong>r garrafas no<br />

espaço do motor! Porque a<br />

taxa para o álcool era muito<br />

elevada.<br />

E agora que estou a escrever<br />

isto, continuo aparvalhado<br />

e pergunto:<br />

Quem será mais maluco _<br />

eu ou eles?<br />

Julho 2014<br />

© JORGE SILVA / REUTERS


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Outubro 2014 – 37<br />

Literatura<br />

Balada <strong>de</strong> Outono<br />

http://eucli<strong>de</strong>scavaco.com<br />

Cobardia<br />

Cobardia é <strong>de</strong>trimento<br />

De confrontar a verda<strong>de</strong><br />

Anormal comportamento<br />

Do medo à realida<strong>de</strong>.<br />

É qual falta <strong>de</strong> coragem<br />

Da humana natureza<br />

Uma in<strong>de</strong>lével imagem<br />

De sedição e fraqueza.<br />

Há quem ouse a cobardia<br />

Mascarada <strong>de</strong> mentira<br />

Com tal ardil <strong>de</strong> ironia<br />

Que a confiança nos tira.<br />

Há por vezes cobardia<br />

Dos lí<strong>de</strong>res nas <strong>de</strong>cisões<br />

Que em mordaz hipocrisia<br />

Prejudicam multidões.<br />

Quando actos <strong>de</strong> cobardia<br />

Afectam alguém na vida<br />

É bem grave a anomalia<br />

Que <strong>de</strong>ve ser combatida.<br />

Todo o cobar<strong>de</strong> <strong>de</strong>via<br />

Em contrição com alar<strong>de</strong><br />

Manifestar cobardia<br />

Apenas <strong>de</strong> ser cobar<strong>de</strong> !...<br />

Eucli<strong>de</strong>s Cavaco<br />

Impiedoso Setembro … Como dom da Natureza !…<br />

Traz a balada <strong>de</strong> Outono E que em secreta amargura<br />

Que muda na folha as cores Sofre, mas nunca se queixa<br />

Seduz e <strong>de</strong>spe as flores Como alguém que a Pátria <strong>de</strong>ixa<br />

Num sestro <strong>de</strong> abandono... Por <strong>de</strong>stino ou <strong>de</strong>sventura ?!…<br />

Em toada persistente<br />

E em cada folha caída<br />

As folhas , essas coitadas Resta uma angústia profunda<br />

Vão caindo lentamente<br />

Num frágil sopro <strong>de</strong> vida<br />

Das árvores amarguradas A sussurrar moribunda:<br />

Ao ficarem <strong>de</strong>snudadas Não fez sentido viver<br />

De cada folha ca<strong>de</strong>nte... Esta tão curta existência…<br />

Outono… Sem clemência<br />

Será que uma folha sente Tão cedo me fez morrer !…<br />

Na <strong>de</strong>spedida a tristeza ?…<br />

Autor: Eucli<strong>de</strong>s Cavaco<br />

Solicitu<strong>de</strong><br />

Rasguei da terra o ventre e, semeei<br />

Em fértil solo, pequenina uma semente<br />

Que após nascer com cortesia cui<strong>de</strong>i<br />

E vi crescer pouco a pouco lentamente.<br />

Reguei com mil cuidados a raiz<br />

E o tempo a fez viçosa com a ida<strong>de</strong><br />

Vê-la aumentar fez <strong>de</strong> mim um ser feliz<br />

Por ela ser a minha árvore da amiza<strong>de</strong>.<br />

A vida inteira <strong>de</strong>diquei p’ra conservar<br />

Sem a <strong>de</strong>ixar nem um momento ao abandono<br />

Não fora tão somente ... O PLANTAR .<br />

Aquela árvore é p’ra mim todo um tesouro<br />

Porque as folhas que colhi em cada Outono<br />

São os AMIGOS que valem mais do que o ouro!...<br />

Eucli<strong>de</strong>s Cavaco


38 – Lusitano <strong>de</strong> Zurique Diversos<br />

Outubro 2014<br />

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Sabia que...<br />

Há objectos que são<br />

mais “porcos” que o<br />

WC<br />

Existem objectos do seu dia<br />

a dia que são mais sujos ou<br />

porcos do que a casa-<strong>de</strong>-<br />

-banho/privada.<br />

Alguns exemplos:<br />

Controle remoto<br />

um dos principais propagadores<br />

<strong>de</strong> doenças no lar<br />

Dinheiro<br />

80% das notas estão infectadas<br />

<strong>de</strong> germes.<br />

Escova <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes<br />

Sabia que a boca tem 500<br />

tipos <strong>de</strong> bactérias e po<strong>de</strong>m<br />

sobreviver até 48 horas na<br />

sua escova <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes?<br />

Máquina <strong>de</strong> lavar roupa<br />

50% das máquinas <strong>de</strong> lavar<br />

roupa tem bactérias fecais,<br />

assim aponta um estudo<br />

feito pela Universida<strong>de</strong> do<br />

Arizona<br />

Pia da cozinha<br />

po<strong>de</strong> acumular até 100 mil<br />

vezes mais germes e bactérias<br />

que o WC<br />

Teclado<br />

po<strong>de</strong> apresentar 400 vezes<br />

mais bactérias que que a sanita<br />

WC.<br />

Cui<strong>de</strong>-se...


Lusitano <strong>de</strong> Zurique Publicida<strong>de</strong><br />

Outubro 2014 – 39<br />

A pensar em si!<br />

VIAGENS<br />

Reserva <strong>de</strong> voos para todos os <strong>de</strong>stinos • Pacotes <strong>de</strong> férias<br />

Excursões • Viagens <strong>de</strong> lua <strong>de</strong> mel • Viagens <strong>de</strong> grupo<br />

Transferes • Escapa<strong>de</strong>la <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> semana • Reserva <strong>de</strong> hotéis<br />

Aluguer <strong>de</strong> viaturas em Portugal e outros países<br />

SEGUROS<br />

Krankenkasse • Casa/recheio • Proteção jurídica • Vida<br />

Responsabilida<strong>de</strong> civil privada • Proteção jurídica • Viaturas<br />

CRÉDITOS<br />

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Abertura <strong>de</strong> contas (em Portugal) • Hipotecas<br />

En<strong>de</strong>reço:<br />

SERVIÇOS<br />

Preenchimento <strong>de</strong> formulários diversos (fundo <strong>de</strong>semprego, etc)<br />

Preenchimento <strong>de</strong> Steuer • Elaboração <strong>de</strong> cartas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spedimento • Elaboração <strong>de</strong> currículos • Traduções<br />

Data <strong>de</strong> nascimento:<br />

Telefone:<br />

Estado civil<br />

Permisso:<br />

B C L<br />

agência <strong>de</strong> viagens félix<br />

Kalkbreitestr. 40<br />

CH-8003 Zürich<br />

Tel. 044 450 82 22<br />

info@agenciafelix.ch<br />

facebook.com/reiseburofelix<br />

Montante pretendido:<br />

Para mais informações, preencha e envie,<br />

juntamente com a copia do permisso, passaporte<br />

e as três últimas folhas <strong>de</strong> salário. (dos dois caso<br />

seja casal).<br />

A concessão <strong>de</strong> um crédito é proibida se levar a um endividamento<br />

excessivo. (art. 3 LCD9

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