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Destaque<br />
Gestoras de frotas vs oficinas<br />
Separação de bens<br />
casamento entre as gestoras de frotas e<br />
O as oficinas é antigo e está para durar.<br />
Uma união frutífera, mas que obriga a<br />
separação de bens. Não conseguem viver<br />
umas sem as outras. Mas isso não significa<br />
que tenham uma relação fácil. Pág. 16<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
<strong>99</strong><br />
fevereiro<br />
<strong>2014</strong><br />
ANO X<br />
3 euros<br />
<strong>Jornal</strong> independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados<br />
Manutenção veículos elétricos<br />
A manutenção e reparação de<br />
veículos elétricos e híbridos são<br />
dos maiores desafios que as<br />
oficinas enfrentam.<br />
Nesta edição, damos-lhe conta dos<br />
cuidados que esses modelos<br />
exigem, da necessidade de<br />
especializar técnicos, dos cursos de<br />
formação disponíveis e ainda de<br />
como funciona a assistência oficial<br />
<strong>das</strong> marcas.<br />
Pág. 10<br />
Alta tensão!<br />
Técnologia<br />
APPS para smartphones<br />
Informação que fideliza<br />
A vulgarização dos<br />
smartphones provocou o<br />
aparecimento de inúmeras<br />
aplicações eletrónicas<br />
específicas para esses meios de<br />
comunicação. O pós-venda<br />
automóvel não passou ao lado<br />
do fenómeno. Quase todos os<br />
principais fornecedores de<br />
peças e redes de oficinas têm<br />
aplicações próprias.<br />
Pág. 52<br />
PUB<br />
PUB
Editorial<br />
Confiança<br />
no futuro<br />
Organizado em conjunto pelo<br />
JORNAL DAS OFICINAS e a publicação<br />
parceira espanhola AU-<br />
TOPOS, o 1º Simpósio Ibérico<br />
Aftermarket IAM, que se realiza<br />
no próximo dia 14 de março, vai<br />
ser um grande encontro de todos<br />
os profissionais do Aftermarket<br />
e uma oportunidade única para<br />
se conhecerm as tendências do<br />
setor a nível ibérico.<br />
O lema do Simpósio “Confiança<br />
no futuro” evidencia o propósito<br />
do evento que pretende ter uma<br />
mensagem de esperança e otimismo,<br />
destacando os novos<br />
modelos de negócios e as oportunidades<br />
que existem num<br />
mercado em constante evolução.<br />
Durante um dia, os oradores<br />
convidados vão falar dos temas<br />
que mais preocupam os empresários<br />
do pós-venda automóvel,<br />
divulgar as tendências e partilhar<br />
as suas experiências pessoais<br />
com os presentes.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
02 Of icinas<br />
02<br />
Mercado<br />
Inquéritos de<br />
› Um proprietário, gestor ou chefe de uma oficina, apesar de conhecer<br />
bem e dominar todos os aspectos do seu ofício, provavelmente não tem a<br />
mesma facilidade em saber o que os seus clientes pensam do seu negócio<br />
O Simpósio termina em apoteose<br />
com a festa do 10º Aniversário<br />
do JORNAL DAS OFICINAS<br />
e o lançamento da 100ª edição,<br />
que ocorrerá no final dos trabalhos<br />
e será um momento de<br />
convívio e confraternização entre<br />
todos os presentes.<br />
Convidamos por isso todos os<br />
leitores a estarem presentes<br />
neste grande evento do Aftermarket<br />
Ibérico. Para mais informações<br />
e inscrição consulte o<br />
site www.eventosap.com<br />
João Vieira<br />
Aprender com os clientes<br />
Se estivermos atentos, os comentários<br />
dos clientes constituem uma<br />
forma de comunicação simples que<br />
podemos aproveitar. De certo modo,<br />
constituem a confirmação de que os objectivos<br />
da oficina estão corretos e de que<br />
existe capacidade para os atingir. Mesmo<br />
assim, receber comentários de forma<br />
espontânea sobre a oficina só acontece<br />
com clientes muito motivados. Essa motivação<br />
por vezes decorre do facto de<br />
estarem aborrecidos com o serviço prestado<br />
e em total desacordo com a forma<br />
como a oficina lhe resolveu o problema.<br />
Deste modo, uma grande parte dos<br />
clientes nem sequer nos dizem nada, quer<br />
estejam de acordo com o serviço da oficina,<br />
quer entendam que ele não serve<br />
os seus objectivos pessoais. Em vez de se<br />
queixarem, evitam sensatamente ou por<br />
comodidade a confrontação e simplesmente<br />
desaparecem do mapa. Circunstância<br />
pouco interessante para a oficina,<br />
porque o serviço depende dos clientes e<br />
se estes se vão afastando, o serviço pode<br />
começar a faltar. Além disso, clientes aborrecidos<br />
com os nossos serviços não fazem<br />
a divulgação positiva do nosso negócio,<br />
a forma mais conveniente de marketing<br />
que podemos encontrar.<br />
Do que não resta a menos dúvida é que<br />
a maior parte dos clientes tem opiniões<br />
forma<strong>das</strong> sobre os nossos serviços e até<br />
poderiam transmiti-las se lhas perguntássemos.<br />
No entanto, raramente estão<br />
motivados para o fazer, seja porque estão<br />
preocupados com algum assunto, não<br />
têm tempo ou simplesmente pensam que<br />
não é o melhor momento para fazer esse<br />
comentário. Por essa razão, o Assessor de<br />
Serviço ou Recepcionista, bem como todo<br />
o pessoal da “linha da frente”, deve ter<br />
como missão perguntar sempre como o<br />
cliente acha que as coisas estão a correr<br />
e se poderíamos fazer mais qualquer coisa<br />
para satisfazer as suas expectativas.<br />
■ Ligação ao cliente<br />
Grande parte do trabalho de qualquer<br />
empresa está nesse ponto de contacto<br />
com o cliente. O pessoal da oficina que<br />
contacta diretamente o cliente e os próprios<br />
clientes são os dois grupos de pessoas<br />
que sabem exatamente como é que<br />
o negócio está a correr. Por isso, é fundamental<br />
que a sua relação seja plena de<br />
comunicação e transparente.<br />
Os empregados que falam com os clientes<br />
veem, escutam e sentem como tudo<br />
se passa e sabem o que está a funcionar<br />
e o que não funciona. A sua missão será<br />
portanto a de assistir as necessidades dos<br />
clientes, começando por estabelecer uma<br />
relação autêntica com eles, para que eles<br />
também possam ter um relacionamento<br />
honesto com a oficina. Esses empregados<br />
devem estar dentro do que é a prestação<br />
dos mais elevados padrões de serviço,<br />
aproveitando assim toda a informação<br />
recolhida junto do cliente. Este dirá o que<br />
necessita e a equipa da oficina deverá<br />
então fazer tudo o que está nas suas possibilidades<br />
para dar resposta à situação.<br />
DIRETOR: João Vieira - joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Redação: Bruno Castanheira - bruno.castanheira@apcomunicacao.com / Jorge Flores - jorge.flores@apcomunicacao.com / João Cerqueira - joao.cerqueira@apcomunicacao.com<br />
Diretor Comercial: Mário Carmo - mario.carmo@apcomunicacao.com Arte e Multimédia: António Valente<br />
Serviços administrativos e contabilidade: financeiro@apcomunicacao.com<br />
Periodicidade: Mensal Assinaturas: assinaturas@apcomunicacao.com<br />
© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS”<br />
IMPRESSÃO: FIG, Indústrias Gráficas, SA – Rua Adriano Lucas – 3020-265 Coimbra Telef.: 239.4<strong>99</strong>.922 N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal nº: 201.608/03 TIRAGEM: 10.000 exemplares<br />
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E-mail: geral@apcomunicacao.com GPS: 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W<br />
.es<br />
Parceiro<br />
em Espanha<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
03<br />
satisfação<br />
●<br />
Não devemos esperar que o cliente nos<br />
diga tudo espontaneamente. Temos que<br />
lhe “arrancar” as palavras da boca, fazendo-lhes<br />
perguntas oportunas e com<br />
interesse. Se não estabelecermos um<br />
diálogo fluente e agradável com o cliente,<br />
é provável que não estejamos a vender-<br />
-lhe tudo o seria possível vender. Nesse<br />
diálogo o cliente percebe claramente se<br />
existe um contacto humano saudável e<br />
não apenas o intuito de fazer negócio.<br />
Chegados a esse ponto, no entanto,<br />
necessitamos saber qual é a frequência<br />
com que os clientes comunicam a sua<br />
impressão autêntica sobre a reparação<br />
do seu veículo. É também importante<br />
saber até que ponto o pessoal da oficina<br />
interpreta corretamente os sinais e declarações<br />
dos clientes. Além disso, é<br />
essencial que essa informação chegue<br />
ao destino final, que é o dono e/ou gestor<br />
da oficina.<br />
Os negócios hoje não podem ser bem<br />
desenvolvidos com base apenas em comunicações<br />
incompletas e superficiais.<br />
A percepção do cliente é a chave do<br />
negócio. Com as ferramentas de comunicação<br />
atuais (redes sociais, e-mail,<br />
newsletters, inquéritos à satisfação, etc.),<br />
não há razões váli<strong>das</strong> para continuarmos<br />
a desconhecer o nosso público.<br />
■ Inquérito de satisfação<br />
O inquérito ou entrevista de satisfação<br />
do cliente ainda continua a ser o meio<br />
mais produtivo de receber feedback dos<br />
nossos clientes. Constitui uma solução<br />
clássica que continua a ser uma fonte<br />
importante de informação precisa e imparcial.<br />
É no entanto fundamental que<br />
o cliente não se limite a responder de<br />
forma “seca” às perguntas, mas que possa<br />
clarificar completamente a sua experiência<br />
em relação à oficina. Isso é mais<br />
provável que aconteça com os que tiveram<br />
uma experiência extrema (muito<br />
favorável ou muito desfavorável), do que<br />
com aqueles que apenas tiveram uma<br />
experiência mediana ou “normal”.<br />
Sendo assim, o tipo de perguntas que<br />
fazemos nos inquéritos ao cliente, bem<br />
como quando o fazemos, com que frequência<br />
e de que forma, são factos essenciais.<br />
É também indispensável saber<br />
o que vamos fazer com as respostas que<br />
recolhermos. Só vale a pena fazer esses<br />
inquéritos ou entrevistas, se a empresa<br />
e os seus responsáveis estiverem disponíveis<br />
para tirar as devi<strong>das</strong> conclusões<br />
da iniciativa e introduzir as alterações<br />
no modelo de negócio que forem mais<br />
adequa<strong>das</strong>. De outro modo, será tempo<br />
perdido.<br />
Uma coisa que devemos ter sempre em<br />
perspectiva é o facto do feedback que<br />
recebemos do cliente ser baseado em<br />
percepções e altamente subjetivo, que<br />
pode mudar de intensidade e de teor<br />
rapidamente. Isto quer dizer que a sua<br />
“vida útil” é relativamente curta, tal como<br />
a fruta madura, deteriorando-se rapidamente.<br />
É pois fundamental utilizar meios<br />
que permitam obter respostas rapidamente,<br />
para podermos atuar com idêntica<br />
rapidez. Se o cliente demorar um<br />
mês ou mais a dar as respostas, provavelmente,<br />
quando as recebermos já<br />
estão desatualiza<strong>das</strong>. Se assim for, as<br />
oportunidades da empresa atuar em<br />
tempo real podem ser nulas.<br />
■ Características<br />
do inquérito<br />
Para conseguir o indispensável êxito<br />
num inquérito de satisfação, ele deve ser<br />
pensado de forma a pedir o menor tempo<br />
possível ao cliente e dar-lhe a maior vontade<br />
possível de responder, sem esquecer<br />
que o objectivo final da iniciativa é<br />
recolher informações críticas, que possam<br />
conduzir a uma mudança de modelo<br />
de negócio e proporcionar a máxima<br />
melhoria dos padrões de serviço e da<br />
oferta da oficina. Reunimos de seguida<br />
alguns pontos de vista que podem ajudar<br />
a gerar um inquérito adequado:<br />
● Globalmente, o inquérito deve ser<br />
tão simples e racional quanto possível.<br />
Temos que partir de objectivos concretos,<br />
arranjando as perguntas de modo<br />
a que nos levem aos resultados que pretendemos.<br />
● Não deve ser longo, exigindo no máximo<br />
4 ou 5 minutos para responder. Para<br />
tempos de resposta mais longos, a taxa<br />
de abandono ou de não terminar a resposta<br />
será progressivamente mais elevada.<br />
● O melhor momento para realizar o<br />
questionário ou a entrevista é quando<br />
o cliente ainda tem bem presente a experiência<br />
que viveu na oficina. Deve ser<br />
realizado o mais imediatamente possível<br />
após a reparação, excepto no momento<br />
de entregar o carro, que exige total concentração,<br />
tanto da oficina, como do<br />
cliente. Para aproveitar as memórias<br />
frescas do cliente, três ou quatro dias no<br />
Factos<br />
A maior parte dos clientes tem opiniões forma<strong>das</strong> sobre os serviços<br />
prestados na oficina e até poderiam transmiti-las se lhas perguntássemos.<br />
● O pessoal da oficina que contacta diretamente o cliente e os próprios<br />
clientes são os dois grupos de pessoas que sabem exatamente como é<br />
que o negócio está a correr.<br />
● Os negócios hoje não podem ser bem desenvolvidos com base apenas<br />
em comunicações incompletas e superficiais. A percepção do cliente é<br />
a chave do negócio.<br />
● O inquérito de satisfação do cliente constitui uma solução clássica que<br />
continua a ser uma fonte importante de informação precisa e imparcial.<br />
● Só vale a pena fazer inquéritos de satisfação, se a oficina estiver disponível<br />
para tirar as devi<strong>das</strong> conclusões da iniciativa e introduzir as alterações<br />
no modelo de negócio que forem mais adequa<strong>das</strong>.<br />
máximo após a entrega do carro são<br />
adequados para efetuar o inquérito.<br />
● O compromisso entre recolher o máximo<br />
de informação e não saturar o<br />
cliente com perguntas deve ser corretamente<br />
equilibrado, tendo como referência<br />
o limite do tempo de resposta já<br />
sugerido. Quando existe boa e frequente<br />
interação com o cliente, podemos esticar<br />
um pouco mais a corda, sendo aconselhável<br />
o inverso, nos casos em que o<br />
cliente tem que pensar duas vezes para<br />
responder.<br />
● Relativamente às perguntas, estas<br />
devem estar centra<strong>das</strong> nas expectativas<br />
do cliente, permitindo-nos perceber<br />
claramente o que devemos fazer menos<br />
vezes ou não fazer, ou, pelo contrário,<br />
fazer mais vezes e tanto quanto possível.<br />
O leque de temas deve ser variado, sendo<br />
incontornáveis os seguintes pontos:<br />
Instalações - Limpeza e conforto da sala<br />
de espera/sanitários; apresentação da<br />
zona de Recepção, etc.;<br />
Processos do cliente - Horários de atendimento<br />
disponíveis, nível de atenção<br />
pessoal à chegada, informações presta<strong>das</strong>,<br />
etc.;<br />
Processos de serviço - Ficha de recepção<br />
do veículo, informação sobre a intervenção,<br />
limpeza do veículo na entrega, etc.;<br />
Serviços de valor acrescentado - Mensagens<br />
por SMS sobre a reparação, peças<br />
em stock, veículo de substituição, recolha<br />
e entrega do carro em casa do cliente,<br />
etc.<br />
● As perguntas sobre os aspectos que<br />
influenciam diretamente a lealdade (informações<br />
sobre custos e o decorrer da<br />
reparação, cumprimento do prazo de<br />
entrega do carro, qualidade de reparação)<br />
não devem faltar no inquérito.<br />
● As respostas devem ser da<strong>das</strong> através<br />
da marcação de um “V” ou “X” nos quadrados<br />
precedidos <strong>das</strong> perguntas. Salvo<br />
raros casos, as opções não devem ser<br />
apenas SIM e NÃO, mas incluir pelo menos<br />
3 ou 4 opções (excelente, bom, normal,<br />
medíocre), (rápido, lento, muito<br />
lento), (muito satisfeito, satisfeito, pouco<br />
satisfeito, nada satisfeito), etc.. Desde que<br />
não sejam excessivas, as opções permitem<br />
perceber mais claramente e com<br />
maior precisão o ponto de vista do<br />
cliente. Por outro lado, o cliente deve ter<br />
uma opção própria (em branco), para dar<br />
a sua opinião, caso pretenda fazê-lo.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
04<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Destaque<br />
Eventos AP<br />
› A AP Comunicação vai realizar durante o ano <strong>2014</strong> importantes<br />
Aftermarket IAM e Workshops <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. Vai ser um ano<br />
Inscrições em:<br />
14 de março Centro de Congressos do Estoril<br />
Simpósio Ibérico Aftermarket IAM<br />
www.eventosap.com<br />
No próximo dia 14 de março, vai decorrer no Centro de<br />
Congressos do Estoril o maior evento do ano<br />
dedicado em exclusivo ao aftermarket independente<br />
(IAM). Organizado em conjunto pelas publicações<br />
JORNAL DAS OFICINAS e AUTOPOS, o Simpósio<br />
Ibérico Aftermarket IAM vai promover um amplo debate sobre o<br />
presente e o futuro deste setor, tendo como princip ais<br />
protagonistas oradores de ambos os países. É uma oportunidade<br />
única de muitos profissionais terem acesso aos mais conceituados<br />
oradores do aftermarket independente Ibérico e Europeu.<br />
O lema do Simpósio “Confiança no futuro” evidencia o<br />
propósito do evento que pretende ter uma mensagem de<br />
esperança e otimismo, destacando os novos modelos de<br />
negócios e as oportunidades que existem no setor.<br />
O objetivo deste Simpósio é o de criar um espaço comum<br />
onde os oradores e participantes possam discutir os seus<br />
interesses mútuos, conhecer as tendências e partilhar as<br />
experiências pessoais com outros profissionais presentes.<br />
Para os participantes, esta é uma oportunidade única para<br />
aprofundar os conhecimentos sobre o aftermarket<br />
independente e as ferramentas que podem ser utiliza<strong>das</strong> para<br />
garantir o futuro <strong>das</strong> suas organizações.<br />
Os oradores do Simpósio irão disponibilizar informação de<br />
qualidade, que permitirá aos participantes conhecerem os<br />
desafios do negócio que se colocam às suas empresas. Os<br />
temas <strong>das</strong> apresentações cobrirão as áreas que mais<br />
preocupam os operadores do setor.<br />
O Simpósio Ibérico <strong>2014</strong> Aftermarket IAM vai ser o maior<br />
evento dedicado ao mercado pós-venda automóvel. Terá a<br />
duração de um dia e contará com a presença de cerca de 300<br />
participantes de ambos os países ibéricos.<br />
O Simpósio termina em apoteose com a Festa do 10º<br />
Aniversário do JORNAL DAS OFICINAS, que ocorrerá no final<br />
dos trabalhos e será um momento de convívio e<br />
confraternização entre todos os presentes.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
05<br />
Comunicação <strong>2014</strong><br />
eventos para os profissionais do pós-venda automóvel, com destaque para o Simpósio Ibérico<br />
em cheio para o Aftermarket em Portugal.<br />
Temas em análise<br />
● Tendências do mercado pós-venda ibérico<br />
● Distribuição de peças automóvel<br />
● Direito à Reparação<br />
● A Telemática no pós-venda independente<br />
● Comércio electrónico de peças<br />
● O reparador independente ibérico - Presente e Futuro<br />
● TIC no Pós-venda Automóvel<br />
● Acesso à informação Técnica<br />
● Marketing nas oficinas<br />
Público alvo<br />
● Fabricantes / Importadores de Peças e Equipamentos<br />
● Distribuidores/Grossistas/Retalhistas de Peças e Equipamentos para <strong>Oficinas</strong><br />
● Proprietários e Gerentes de <strong>Oficinas</strong> de Marca e Multimarca<br />
● Proprietários e Gerentes de <strong>Oficinas</strong> de Pneus<br />
● Proprietários e Gerentes de Auto Centros e Serviços Rápidos<br />
● Redes Organiza<strong>das</strong> de <strong>Oficinas</strong><br />
● Diretores Pós-Venda <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> de Marca<br />
● Gestores de frotas<br />
● Empresas e entidades diversas liga<strong>das</strong> ao Pós-venda automóvel ou outros interessados<br />
neste mercado<br />
10 boas razões para não perder este Simpósio:<br />
1 - Ganhe vantagem competitiva ouvindo os conselhos dos especialistas no aftermarket<br />
2 - Encontre novos caminhos para aumentar a performance do seu negócio<br />
3 - Descubra os desafios do mercado que podem afectar o seu negócio<br />
4 - Identifique as novas oportunidades de negócio e perspetivas de evolução<br />
5 - Saiba interpretar as novas tendências e antecipar a evolução do mercado<br />
6 - Preparar o negócio para as oportunidades do digital<br />
7 - Tomar conhecimento com alguns modelos de negócio inovadores no campo da venda de peças e<br />
da manutenção e reparação automóvel<br />
8 - Desenvolver competências na área da organização interna da empresa<br />
9 - Conhecer as tendências atuais do sector e desenvolver um plano estratégico para o seu negócio<br />
10 - Reconhecer indicadores chave para a gestão da oficina e aplicar estes, no negócio individual<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
06<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Destaque Eventos AP Comunicação <strong>2014</strong><br />
Inscrições em:<br />
www.eventosap.com<br />
PROGRAMA<br />
Simpósio Ibérico Aftermarket IAM <strong>2014</strong><br />
08.30h / 09.00 - Recepção dos participantes<br />
09.00h / 09.15h<br />
Discurso de Boas Vin<strong>das</strong><br />
Por: João Vieira e Miguel Angel Prieto<br />
09.15h / 10.15h<br />
1º PAINEL - Presente e futuro do Aftermarket IAM na Europa<br />
Por: Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts<br />
10.15h / 10.45h<br />
2º PAINEL - Tendência da distribuição de Peças no mercado<br />
pós-venda Ibérico<br />
Por: Carlos Nascimento, Diretor Geral da Create Business<br />
10.45h / 11.30h – Coffee Break<br />
11.30h / 12.00h<br />
3º PAINEL – Direito à Reparação... com qualidade<br />
Por: Joaquim Candeias, Presidente da DPAI<br />
12.00h / 12.30h<br />
4º PAINEL – O desafio da Telemática na reparação independente<br />
Por: Neil Pattemore, Diretor Técnico da FIGIEFA<br />
Orador Principal<br />
Helmut Wolk<br />
CEO da Wolk After Sales Experts<br />
● Com mais de 30 anos de experiência no setor automóvel,<br />
Helmut Wolk é o fundador da Wolk After Sales<br />
Experts, uma <strong>das</strong> poucas empresas na Europa com<br />
know how no Aftermarket IAM ao nível dos especialistas.<br />
Lançou recentemente os Relatórios atualizados<br />
sobre o Aftermarket dos 35 países europeus, incluindo<br />
Portugal e Espanha. Os Relatórios analisam o mercado<br />
do Pós-venda automóvel em detalhe e mostram o que<br />
se faz nos diferentes países a nível da distribuição de<br />
peças e assistência oficinal.<br />
Baseado na sua vasta experiência profissional, Helmut<br />
Wolk vai apresentar no 1º Simpósio Ibérico Aftermarket<br />
IAM os dados mais recentes publicados nesses Relatórios,<br />
assim como os novos cenários de distribuição,<br />
conceitos de marketing on-line e formação à distância<br />
que estão a ser desenvolvidos nos diferentes mercados.<br />
Helmut Wolk vai também fazer uma análise pormenorizada<br />
do Aftermarket na Península Ibérica, centrada<br />
nos segmentos da distribuição de peças e na reparação<br />
automóvel.<br />
A sua visão do pós-venda automóvel europeu assenta<br />
numa análise direta dos factos, que conhece perfeitamente,<br />
devido às suas atividades relaciona<strong>das</strong> com<br />
o Aftermarket e a sua gestão.<br />
12.30h / 14.30h – Almoço<br />
14.30h / 15.00h<br />
5º PAINEL – O reparador independente ibérico – Há futuro<br />
fora <strong>das</strong> redes?<br />
Por: Raquel Marinho, Responsável pela Rede Bosch Car Service<br />
15.00h / 15.30h<br />
6º PAINEL – TIC no pós-venda Automóvel<br />
Novas formas de comunicação (Internet e Redes Sociais)<br />
Por: Filipe Teixeira, da ANECRA<br />
15.30h / 16.30h<br />
8º PAINEL – O futuro do Aftermarket IAM em Portugal e Espanha<br />
Por: Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts<br />
16.00h / 17.00h - Perguntas e Respostas<br />
17.00h - Encerramento do Simpósio<br />
17.00h / 20H00h - Festa 10º Aniversário JORNAL DAS OFICINAS<br />
* Brevemente serão divulgados os nomes dos oradores espanhóis<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
08<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Destaque Eventos AP Comunicação <strong>2014</strong><br />
Patrocinador<br />
Inscrições em:<br />
Workshops JORNAL DAS OFICINAS <strong>2014</strong><br />
www.eventosap.com<br />
Iniciativa inédita no setor Pós-venda em Portugal<br />
“Gestão Estratégica e Operacional do seu Negócio”<br />
O<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, numa iniciativa inigualável, no<br />
setor automóvel em Portugal, desenvolveu em<br />
parceria com especialistas do setor, um Programa<br />
de 4 Workshops destinados a todos os profissionais<br />
do aftermarket automóvel que têm responsabilidades<br />
ao nível da gestão.<br />
Para além de, um modelo de workshop absolutamente inovador<br />
em Portugal, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> decidiu descentralizar e ir ao<br />
encontro dos profissionais do setor. Por esta razão, os workshops<br />
terão lugar em Lisboa e Porto, mas também, em Coimbra e Batalha.<br />
Desta forma, a zona centro do país terá também a possibilidade<br />
de participar neste evento, duma forma mais confortável e<br />
económica.<br />
Cada workshop será moderado por dois especialistas do setor,<br />
Dário Afonso e Jorge Cancela de Abreu, que se propõem<br />
desenvolver temas tão críticos para o negócio, como:<br />
● Mercado<br />
● Cliente<br />
● Pessoas (RH) 2<br />
● Organização (Empresa)<br />
Os workshops são baseados num modelo de grande interatividade<br />
com os participantes, em que estes terão de realizar alguns<br />
trabalhos de reflexão estratégica. No final, cada participante levará<br />
consigo o seu Plano de Ação pessoal.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
Pequeno resumo do Meio Envolvente:<br />
● Uma nova geração de consumidores está a surgir, novos modelos de negócio no aftermarket estão a ser implementados,<br />
e outros, a ser desenhados por importantes players a nível europeu.<br />
O aftermarket segue uma forte tendência para se desenvolver online. Os produtos seguem uma forte tendência<br />
de bipolarização e as margens do setor mantêm uma forte tendência em baixa, a nível europeu.<br />
Acreditamos que o resumo acima será suficientemente motivador à mudança <strong>das</strong> organizações, mas estas são<br />
feitas de pessoas, e normalmente, as pessoas são avessas a qualquer tipo de mudança. 3<br />
Estes Workshops ajudarão, também, à necessária<br />
mudança <strong>das</strong> atitudes e comportamentos <strong>das</strong> pessoas.<br />
Contamos consigo para mais um evento inovador do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong> e Revista dos Pneus<br />
Algumas questões<br />
que estes workshops ajudarão a responder:<br />
1- O que está a acontecer no seu mercado, quais as alterações e tendências, e que implicações podem ter no seu negócio?<br />
2- O que valorizam os Clientes e qual deverá ser a resposta para ganhar mais clientes e fidelizar os atuais?<br />
3- Como deve preparar a sua equipa para o Processo de Melhoria Contínua e melhorar o relacionamento e serviços aos clientes?<br />
4- Quais as necessidades de adaptação na sua organização, para responder às mudanças no mercado e nos clientes?<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
09<br />
PROGRAMA<br />
09.00h / 10.30h<br />
Qual a realidade do meu negócio em relação à<br />
aos meus concorrentes?<br />
Criação de Grupos de trabalho para analizar a realidade<br />
individual e assimilar outros pontos de vista sobre o<br />
que se passa em cada empresa<br />
10.30h /10.45h<br />
Como estou eu ou a minha organização?<br />
Questionário de avaliação sobre as dificuldades que<br />
cada participante encontra a nível pessoal ou nas<br />
organizaçõesa que pertence.<br />
10.45h / 11.00h<br />
Coffe-Break<br />
11.00h / 13.00h<br />
Conceitos que ajudem a organizar as ideias e a<br />
refletir sobre o tema do Workshop<br />
Apresentação em PowerPoint de modelos<br />
13.00h /14.30h<br />
Almoço<br />
14.30h /16.00h<br />
O que se pode fazer para alterar a situação?<br />
Trabalho de grupo sobre como mudar ou implementar<br />
novos conceitos para melhorar a comunicação e o<br />
marketing nas empresas.<br />
16.00h /16.15h<br />
Coffe-Break<br />
16.15h / 17.00h<br />
O que eu vou fazer para alterar a situação.<br />
Todos participantes irão preencher um Plano de Ação<br />
com Tarefas, Atividades, Responsabilidades e Timmings<br />
para implementar nas suas organizações<br />
Formadores certificados<br />
● Os Workshops serão<br />
apresentados por Dário Afonso<br />
e Jorge Cancella de Abreu, dois<br />
formadores certificados e<br />
especialistas na área do<br />
Pós-Venda Automóvel.<br />
● Contando com uma grande<br />
experiência profissional na área<br />
da Formação, Dário Afonso e<br />
Jorge Cancella de Abreu irão<br />
ajudar os participantes a<br />
perceberem a situação ideal <strong>das</strong><br />
suas organizações.<br />
● Comunicar com os seus<br />
clientes, implementar<br />
estratégias de marketing, mudar<br />
a abordagem do seu negócio e,<br />
conseguir ter mais clientes, são<br />
alguns dos temas abordados<br />
por Dário Afonso e Jorge<br />
Cancella de Abreu, estando<br />
sempre ao dispor dos<br />
participantes para que sejam<br />
esclareci<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as dúvi<strong>das</strong>.<br />
O caminho que as organizações<br />
percorrem até alcançarem o<br />
“ponto de chegada”, é muitas<br />
vezes difícil e pleno de<br />
armadilhas. Em alguns dos casos<br />
torna-se desmotivante.<br />
A definição de um plano, tendo<br />
em conta a necessidade de<br />
mudança, é uma ferramenta<br />
indispensável para o sucesso<br />
<strong>das</strong> empresas.<br />
Dário Afonso<br />
Jorge Cancella de Abreu<br />
Mais informação e inscrições em www.eventosap.com<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Destaque<br />
Manutenção e reparação de<br />
carga da bateria, acionando um gerador<br />
que produz eletricidade de modo a aumentar<br />
a autonomia. Tal como nos veículos<br />
híbridos gasolina/elétrico (sejam<br />
eles plug-in ou não), os veículos elétricos<br />
com extensor de autonomia consomem<br />
gasolina e produzem emissões poluentes.<br />
Contudo, não é o motor de combustão<br />
que os move, como acontece nos<br />
híbridos, mas antes um sistema de propulsão<br />
elétrica.<br />
Alta tensão!<br />
› A manutenção e reparação de veículos elétricos e híbridos são dos<br />
maiores desafios que as oficinas enfrentam. Nesta edição, damos-lhe<br />
conta dos cuidados que esses modelos exigem, da necessidade de<br />
especializar técnicos, dos cursos de formação disponíveis e ainda de como<br />
funciona a assistência oficial <strong>das</strong> marcas que os comercializam<br />
Implantado que está o GPL (o GNC<br />
ainda não tem expressão no nosso<br />
país – apenas 26 unidades vendi<strong>das</strong><br />
em 2013 contabilizando ligeiros de passageiros<br />
e comerciais ligeiros) e perante<br />
a incógnita de Portugal poder vir a comercializar<br />
um dia automóveis movidos<br />
a hidrogénio, os veículos elétricos e<br />
híbridos são, hoje, os principais ativistas<br />
para reduzir o impacto ambiental. Ainda<br />
que cada qual à sua maneira. Para além<br />
de serem os mais conhecidos, são, também,<br />
os que mais democratizados estão.<br />
No caso dos veículos elétricos, pode<br />
dizer-se que o início da “revolução” começou<br />
em 2010, quando o Governo de<br />
José Sócrates decidiu colocar em prática<br />
a rede Mobi.E. Em Dezembro desse ano,<br />
arrancou a comercialização “a sério” do<br />
primeiro veículo 100% elétrico no nosso<br />
país: o Nissan Leaf. Para além deste, a<br />
atual oferta contempla nada menos do<br />
que outras nove propostas: BMW i3; Citroën<br />
C-Zero; Ford Focus Electric; Mitsubishi<br />
i-Miev; Peugeot iOn; Renault ZOE;<br />
Renault Fluence Z.E., Renault Kangoo<br />
Z.E.; smart fortwo ed. O Renault Twizy,<br />
devido à sua homologação, está classificado<br />
como quadriciclo 100% elétrico.<br />
O caso dos híbridos é diferente. Presentes<br />
no nosso país desde 2002, este<br />
conceito de mobilidade deve grande<br />
parte do seu estatuto e maturidade a<br />
duas marcas japonesas: Honda e, principalmente,<br />
Toyota. Hoje, esta solução<br />
está de tal forma desenvolvida e democratizada<br />
que a oferta no nosso país<br />
inclui mais de duas dúzias de modelos.<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Facto a que não é alheia a maior consciência<br />
ambiental por parte dos condutores.<br />
A maioria dos veículos híbridos<br />
conjuga motor a gasolina com motor<br />
elétrico, mas existem outros que preferem<br />
associar motor Diesel com motor<br />
elétrico, como o Citroën DS5 HY4 ou os<br />
Peugeot 3008 HY4 e 508 RXH.<br />
Em 2011, Portugal acolheu um novo<br />
conceito de mobilidade que, erradamente,<br />
tende a ser associado a híbrido:<br />
Chevrolet Volt e Opel Ampera. Graças ao<br />
conceito de propulsão de ambos, definido<br />
pela GM como E-REV (veículo elétrico<br />
com extensor de autonomia), estes<br />
dois modelos situam-se entre um automóvel<br />
elétrico “convencional” e um automóvel<br />
elétrico plug-in. A tecnologia<br />
Voltec de que ambos fazem uso assenta<br />
na utilização da eletricidade como principal<br />
fonte de alimentação, relegando<br />
para segundo plano o papel do motor<br />
a gasolina, cuja única função é gerar<br />
eletricidade de modo a aumentar a autonomia<br />
do veículo, recarregando, em<br />
simultâneo, a bateria de iões de Lítio.<br />
Embora estejam equipados com motor<br />
de combustão, os Chevrolet Volt e Opel<br />
Ampera são movidos por um sistema de<br />
propulsão elétrica. O motor a gasolina<br />
do extensor de autonomia só entra em<br />
funcionamento uma vez esgotada a<br />
■ Acompanhar o ritmo<br />
A constante evolução tecnológica que<br />
caracteriza a indústria automóvel e a<br />
rápida proliferação de novos conceitos<br />
de mobilidade faz com que o setor oficinal<br />
tenha, custe o que custar, de acompanhar<br />
o ritmo, pois só assim conseguirá<br />
dar resposta às solicitações do consumidor<br />
e manter o nível competitivo que<br />
lhe permitirá subsistir. No caso concreto<br />
dos veículos elétricos e híbridos, o desafio<br />
é bem mais exigente. Torna-se fundamental<br />
que os técnicos sejam<br />
conhecedores de alta tensão e tenham<br />
formação adequada. E que as oficinas<br />
possam ter acesso a equipamentos (de<br />
diagnóstico e outros) que tornem possível<br />
essas intervenções, o que, no caso<br />
<strong>das</strong> independentes multimarca, nem<br />
sempre se verifica. Até pelo avultado<br />
investimento que tal implica, não havendo,<br />
depois, garantia de retorno.<br />
Assistidos unicamente nas oficinas <strong>das</strong><br />
marcas que os comercializam (tendo<br />
pontos específicos dentro de cada rede),<br />
os automóveis elétricos ainda não “entram”<br />
nas oficinas independentes multimarca.<br />
A pouca expressão que este tipo<br />
de veículos tem no mercado, por si só,<br />
não explica tudo. O setor independente<br />
carece de qualificação, conhecimentos<br />
e meios para lidar com este conceito de<br />
mobilidade, que está agora muito em<br />
voga. Até pelas questões políticas que<br />
lhe estão associa<strong>das</strong>. Apesar disso, de<br />
forma muito genérica, pode dizer-se que<br />
os veículos elétricos são até bastante<br />
fáceis de intervencionar. O conceito<br />
acaba por ser muito mais “plug & play”<br />
do que qualquer outro tipo de automóvel.<br />
Devido ao facto de as suas grandezas<br />
serem to<strong>das</strong> elétricas, torna-se mais fácil<br />
efetuar qualquer medição, não sendo<br />
necessário utilizar um sensor para transformar,<br />
depois, uma medição em sinal<br />
elétrico. As avarias num veículo elétrico<br />
são mais fáceis de identificar e a reparação<br />
não é complexa, embora exija cuidados<br />
especiais devido à presença de<br />
altas tensões. As garantias da<strong>das</strong> pelas<br />
marcas de automóveis para este tipo de<br />
veículos contribui, também, para que o<br />
“monopólio” da assistência aos elétricos<br />
continue nas mãos <strong>das</strong> representações<br />
oficiais.<br />
No caso dos híbridos, a situação é diferente.<br />
Ainda que a ida destes modelos<br />
às oficinas independentes multimarca<br />
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11<br />
veículos elétricos e híbridos<br />
A manutenção e reparação de veículos elétricos e híbridos são dos maiores desafios que as oficinas enfrentam. Implica formação, certificação, equipamento específico e... segurança!<br />
não tenha grande expressão, já é uma<br />
realidade. A manutenção de um veículo<br />
híbrido tem muitos pontos em comum<br />
com a de um veículo convencional, uma<br />
vez que existe motor de combustão e<br />
transmissão mecânica. Regra geral, as<br />
intervenções efetua<strong>das</strong> pelas oficinas<br />
independentes multimarca incidem sobre<br />
a mudança de óleos ou filtros. Por<br />
vezes, vão mais longe e mudam, também,<br />
pastilhas de travão e amortecedores.<br />
■ CUIDADOS ESPECIAIS<br />
Tudo o que esteja relacionado com o<br />
sistema híbrido e os seus componentes<br />
(como, por exemplo, cabos) as oficinas<br />
independentes multimarca não devem<br />
mexer. Se o fizerem, colocarão em risco<br />
a segurança do técnico e poderão causar<br />
mais danos ao veículo, levando a que a<br />
reparação possa ficar extremamente<br />
dispendiosa. Efetuar reparações de colisão<br />
em híbridos, é terreno que as oficinas<br />
independentes multimarca não<br />
devem pisar, exceção feita se os seus<br />
técnicos forem conhecedores de alta<br />
tensão, estiverem certificados para tal e<br />
disponham dos meios necessários.<br />
Quanto aos veículos elétricos, há certos<br />
consumíveis que se mantêm, como os<br />
do sistema de travagem, da suspensão<br />
É a marca que mais automóveis elétricos<br />
vende atualmente em Portugal e a<br />
que dispõe da oferta mais vasta dentro<br />
deste conceito de mobilidade. Dos 193<br />
automóveis 100% elétricos (contabilizando<br />
ligeiros de passageiros e comerciais<br />
ligeiros) que se venderam no<br />
nosso país em 2013, 71 foram da Renault:<br />
26 unidades do Kangoo Z.E.; 23 unidades<br />
do Fluence Z.E.; 22 unidades do<br />
ZOE. Depois, importa salientar ainda a<br />
prestação comercial do Twizy, que está<br />
classificado como quadriciclo devido<br />
à homologação que tem. Em 2013,<br />
foram vendi<strong>das</strong> 50 unidades desta<br />
proposta 100% elétrica.<br />
Para assistir os seus veículos com emissões<br />
zero, a Renault deu formação a 19<br />
concessionários da sua rede. Desses,<br />
15 estão aptos a fazer intervenções de<br />
manutenção “normais” que não obriguem<br />
a operar na parte elétrica. Os<br />
restantes 4 estão habilitados, também,<br />
a fazer intervenções na parte eléctrica<br />
e bateria. Os técnicos da Renault não<br />
só estão formados para tal como têm<br />
ainda a obrigatória certificação para<br />
média e alta tensão (AC e DC). Caso seja<br />
Mobilidade elétrica Renault<br />
necessária uma intervenção na parte<br />
elétrica, o automóvel pode chegar a<br />
qualquer ponto da rede Renault mas<br />
será, depois, transportado pela marca<br />
para um desses 4 centros (Porto; Lisboa;<br />
Funchal; Ponta Delgada). Outra boa<br />
notícia é que, uma vez reparado, o<br />
veículo é devolvido ao cliente no mesmo<br />
sítio onde este o entregou.<br />
A Renault é a marca que mais modelos elétricos vende em Portugal: em 2013, foram<br />
nada menos do que 71. Número que não inclui as 50 unidades do Twizy<br />
Domínio híbrido Toyota<br />
Entre Toyota e Lexus, são nada menos<br />
do que 10 os modelos híbridos que estas<br />
duas marcas comercializam no mercado<br />
português. E se este conceito<br />
atingiu há muito a sua maturidade e está,<br />
hoje, totalmente democratizado, deve-<br />
-o à Toyota, que, em 1<strong>99</strong>7, lançou, no<br />
Japão, a primeira geração do Prius. À<br />
Europa, este modelo chegou em Setembro<br />
do ano 2000. Atualmente na sua<br />
terceira geração, o Prius é comercializado<br />
em 44 países e detém o título de híbrido<br />
mais vendido do mundo. Não satisfeita,<br />
a Toyota foi alargando esta tecnologia<br />
a vários modelos, ao ponto de termos,<br />
hoje, um híbrido por si produzido em<br />
todos os segmentos de mercado.<br />
À semelhança de outros construtores,<br />
a marca japonesa continua convicta que,<br />
nos dias que correm e a médio prazo, a<br />
melhor alternativa consiste em conjugar<br />
motor de combustão com motor elétrico.<br />
Não sacrifica a utilização do veículo<br />
(autonomia e espaço interior) e permite<br />
uma boa performance ambiental.<br />
Mais recentemente, a Toyota virou-se,<br />
também, para os híbridos plug-in<br />
(PHEV) na gama do Prius, que dispõem<br />
de maior autonomia elétrica face<br />
aos híbridos “convencionais” devido<br />
ao facto de poderem ser ligados a uma<br />
tomada.<br />
Toda a rede de oficinas Toyota e Lexus<br />
existente em Portugal está devidamente<br />
formada e certificada para intervencionar<br />
nestes veículos. Desde simples operações<br />
de manutenção até reparações<br />
mais complexas relaciona<strong>das</strong> com colisão.<br />
Analisando aquilo que foi o mercado<br />
em 2013, verifica-se que foram<br />
vendidos em Portugal 1105 automóveis<br />
híbridos. Destes, 585 disseram respeito<br />
a modelos gasolina/elétrico e 520 a modelos<br />
Diesel/elétrico.<br />
e da iluminação. Mas o grau de qualificação<br />
de técnicos terá de ser elevado.<br />
Até para se proceder à mudança de uma<br />
simples lâmpada é preciso saber onde<br />
se pode mexer. Depois, existem procedimentos<br />
relacionados com sistemas<br />
eletrónicos inteligentes, nos quais o<br />
técnico tem de indicar à ECU (Unidade<br />
de Controlo) a operação que vai realizar.<br />
O próprio programa do equipamento<br />
de diagnóstico orienta o técnico para os<br />
procedimentos recomendados. Tudo<br />
para evitar erros e acidentes.<br />
■ Segurança está primeiro<br />
Para lidar com veículos elétricos e híbridos,<br />
é fundamental ter em conta que a<br />
segurança está primeiro. A formação e<br />
certificação de técnicos conhecedores de<br />
alta tensão que os habilite a intervencionar<br />
este tipo de automóveis é absolutamente<br />
imprescindível. Mas também é<br />
essencial que quem presta assistência em<br />
viagem (seja ela técnica móvel ou através<br />
de operadores de reboque) saiba o que<br />
tem à sua frente. Requisito este que é<br />
extensível, também, aos técnicos <strong>das</strong><br />
inspeções periódicas obrigatórias e aos<br />
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12<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Destaque<br />
Manutenção e reparação de veículos elétricos e híbridos<br />
serviços de desencarceramento dos bombeiros.<br />
Como a Toyota costuma dizer nas<br />
formações que dá sobre híbridos, tudo o<br />
que forem cabos cor-de-laranja não são<br />
para mexer...<br />
Os veículos elétricos e híbridos exigem<br />
regras de segurança mais aperta<strong>das</strong>, devido,<br />
sobretudo, à existência de alta tensão,<br />
que pode chegar aos 400 Volt. Ao<br />
contrário da corrente doméstica, que tem<br />
uma polaridade alterna, representando<br />
menor risco para o corpo humano, nos<br />
automóveis elétricos e híbridos a corrente<br />
de alta tensão é contínua e tem, portanto,<br />
uma amperagem associada, que pode<br />
provocar lesões graves ou mesmo levar<br />
à morte. Quanto maior noção se tiver do<br />
funcionamento do sistema elétrico e<br />
quanto mais se cumprirem as normas de<br />
segurança, menor será o risco e mais “normal”<br />
se tornará a manutenção, como<br />
sucede em qualquer outro veículo.<br />
Os modelos elétricos e híbridos dispõem<br />
de uma ficha de serviço que isola a bateria<br />
do resto do veículo. Primeiro, esta ficha<br />
deverá ser removida utilizando um duplo<br />
procedimento de segurança, sendo, depois,<br />
necessário verificar se ainda existe<br />
tensão. Os terminais dos cabos de alta<br />
tensão (que são cor-de-laranja) não podem<br />
ser substituídos e, apesar desses<br />
cabos terem duplo isolamento e estarem<br />
selados, todo o cuidado é pouco.<br />
Para realizar operações de manutenção<br />
e reparação em veículos elétricos e híbridos<br />
são necessárias ferramentas especiais,<br />
isola<strong>das</strong> com película de borracha. Para<br />
além disso, as luvas de borracha com<br />
proteção até 600 Volt e o uso de vestuário<br />
adequado é absolutamente imprescindível.<br />
Tal como a existência de<br />
sinalização de aviso, para que se possam<br />
manter afasta<strong>das</strong> as pessoas que se encontrarem<br />
por perto. E, para verificar a<br />
existência de fugas de corrente, há um<br />
aparelho de teste de isolamento, que pode<br />
aplicar até 500 Volt para as detetar. Caso<br />
o veículo esteja danificado, existindo o<br />
risco de danos no sistema elétrico, deve<br />
usar-se equipamento adicional de segurança:<br />
capacete, casaco e perneiras isolantes;<br />
luvas e botas de borracha.<br />
As avarias mais comuns dos veículos<br />
elétricos e híbridos verificam-se nas baterias<br />
de baixa tensão que alimentam os<br />
circuitos periféricos normais. No caso dos<br />
motores elétricos e <strong>das</strong> baterias de alta<br />
tensão (sejam elas de hidreto metálico-<br />
-níquel ou de iões de Lítio), as marcas que<br />
comercializam os veículos preferem não<br />
correr riscos e proceder à substituição dos<br />
componentes, ainda que, no caso dos<br />
elétricos, essa operação seja dispendiosa.<br />
Certas avarias também podem resultar<br />
de danos de colisão. Nestes casos, os<br />
componentes são, regra geral, substituídos.<br />
Até porque como alguns deles podem<br />
envolver riscos para o técnico ou para<br />
o utilizador do veículo, é preferível optar-<br />
-se pela sua substituição.<br />
ATEC - Academia de Formação<br />
Qualificar e gerar empregos<br />
A ATEC – Associação de Formação para a Indústria, também<br />
conhecida por Academia de Formação, é uma associação<br />
sem fins lucrativos constituída em Dezembro de<br />
2003. Tem como promotores a Volkswagen Autoeuropa,<br />
a Siemens, a Bosch e a C.C.I.L.A. (ou AHK - Câmara de<br />
Comércio e Indústria Luso-Alemã).<br />
A constituição da ATEC teve como fundamento a necessidade<br />
de criar uma organização que contribuísse para o<br />
aumento da qualificação dos profissionais e, consequentemente,<br />
da empregabilidade, contribuindo significativamente<br />
para o aumento da qualidade e da produtividade<br />
do tecido empresarial. A ATEC pode oferecer ações de<br />
consultoria e formação às empresas, por forma que estas<br />
se tornem mais competitivas, não só a nível regional ou<br />
nacional mas, acima de tudo, que sejam competitivas a<br />
nível europeu e mundial.<br />
O plano de atividades da ATEC assenta em três áreas de<br />
atuação. Primeira: formação contínua dos ativos ao serviço<br />
dos promotores. Segunda: formação de desempregados,<br />
quer se trate da qualificação profissional de jovens<br />
à procura do primeiro emprego quer do aperfeiçoamento,<br />
reconversão ou reciclagem de desempregados à<br />
procura de novo emprego. Terceira: formação para o<br />
mercado, que tanto pode consistir em oferta formativa<br />
promovida pela ATEC como em formação específica requerida<br />
pelas empresas clientes.<br />
Formação para elétricos e híbridos<br />
Desde o início de 2013 que a ATEC dá formação para intervenção<br />
segura em veículos elétricos e híbridos. Os cursos têm<br />
uma duração de 16 horas. Enunciemos, então, os seus objetivos,<br />
destinatários, pré-requisitos e conteúdos programáticos.<br />
Objetivos:<br />
● Utilização dos veículos elétricos e híbridos na ótica do<br />
utilizador<br />
● Compreender os princípios gerais de funcionamento<br />
dos veículos elétricos e híbridos<br />
● Identificar os veículos elétricos e híbridos e reconhecer<br />
os riscos inerentes<br />
● Avaliar corretamente os riscos e aplicar os procedimentos<br />
adequados quando se efetua uma intervenção causada<br />
por avaria em veículos elétricos e híbridos<br />
● Colocar sempre os veículos elétricos e híbridos fora de<br />
tensão e em segurança<br />
● Conhecer as valências de competência dos técnicos<br />
certificados referente aos níveis I, II e III, da legislação de<br />
alguns países da UE<br />
Destinatários<br />
● Todos os profissionais que trabalham em veículos<br />
elétricos e híbridos, conhecedores do sistema de alta<br />
tensão, em peças liga<strong>das</strong> no mesmo circuito<br />
● Mecânicos, mecatrónicos técnicos de diagnóstico,<br />
bate-chapas e rebocadores<br />
Pré-Requisitos<br />
● Os participantes devem ter, preferencialmente, conhecimentos<br />
em eletricidade (grandezas elétricas e sua relação<br />
entre si)<br />
● Noção de corrente alterna A/C e corrente contínua D/C<br />
Conteúdos Programáticos<br />
● Conhecer a estrutura de um veículo elétrico e híbrido<br />
● Conhecer os principais riscos ligados às peças destes<br />
sistemas de propulsão<br />
● Conhecer um método de trabalho seguro e aplicá-lo<br />
quando ele for efetuado nestes sistemas de propulsão<br />
● Saber escolher os equipamentos de proteção individual<br />
(EPI) e os aparelhos de medição adequados para a<br />
sua função nas tarefas a realizar<br />
José Peniche é um dos formadores ATEC que tem<br />
ministrado cursos para veículos elétricos e híbridos<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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14<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Destaque<br />
Manutenção e reparação de veículos elétricos e híbridos<br />
GPL e extensor<br />
de autonomia<br />
Chevrolet<br />
joga em dois<br />
tabuleiros<br />
É a marca que mais modelos<br />
GPL vende em Portugal. Entre<br />
2009 e o final de Dezembro de<br />
2013, a Chevrolet entregou aos<br />
seus clientes nada menos do que<br />
2775 veículos Bi-Fuel: 608 unidades<br />
do Spark e 2167 unidades<br />
do Aveo. A assistência a estes<br />
modelos é assegurada pela rede<br />
de oficinas Chevrolet, que intervém<br />
apenas na parte da gasolina.<br />
Se houver necessidade<br />
de efetuar manutenção ou reparação<br />
ao sistema GPL, as<br />
operações são realiza<strong>das</strong> pelo<br />
representante da BRC em Portugal<br />
(as versões Bi-Fuel são<br />
produzi<strong>das</strong> na Coreia do Sul e<br />
transforma<strong>das</strong> em Itália antes<br />
de virem para Portugal).<br />
Graças a um contrato estabelecido<br />
com a BRC, a assistência<br />
ao sistema GPL é efetuada pelos<br />
cerca de 25 agentes que tem o<br />
seu representante e que estão<br />
estrategicamente espalhados de<br />
modo a dar cobertura a todo o<br />
território nacional.<br />
No caso do modelo elétrico<br />
com extensor de autonomia<br />
Volt, o cenário é bem diferente.<br />
Comercializado no nosso país<br />
desde 2011, a Chevrolet vendeu<br />
até hoje apenas cerca de seis<br />
unidades. E, também por isso,<br />
existe apenas um único ponto<br />
de assistência para todo o país,<br />
que está situado em Lisboa. O<br />
Volt tem à sua disposição uma<br />
equipa de técnicos conhecedores<br />
de alta tensão, que se encontram<br />
devidamente formados e<br />
certificados pare efetuar qualquer<br />
tipo de intervenção.<br />
CEPRA: a formar desde 1981<br />
Grande referência do setor<br />
› Há 33 anos que o Centro de Formação Profissional da Reparação<br />
Automóvel forma e certifica técnicos. No GPL, detém vasta experiência. Nos<br />
híbridos, para lá caminha. No GNC e nos elétricos, já deu os primeiros passos<br />
Criado em 1981, na sequência da<br />
celebração de um protocolo outorgado<br />
entre o Instituto de Emprego<br />
e Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.),<br />
a Associação Nacional <strong>das</strong> Empresas<br />
do Comércio e da Reparação Automóvel<br />
(ANECRA) e a Associação<br />
Nacional do Ramo Automóvel<br />
(ARAN), o CEPRA - Centro de Formação<br />
Profissional da Reparação Automóvel<br />
- tem 33 anos de<br />
experiência em formação e certificação<br />
profissional.<br />
É, hoje, uma <strong>das</strong> referências do setor<br />
nessas áreas. Em média, passam<br />
pelo CEPRA cinco mil formandos por<br />
ano. Cerca de 10% fazem formação<br />
inicial e os restantes são profissionais<br />
que frequentam cursos de formação<br />
contínua ou pretendem obter uma<br />
certificação profissional e/ou escolar.<br />
A oferta formativa do CEPRA é dirigida<br />
a diferentes públicos, tendo<br />
em conta a respetiva especificidade.<br />
Uma <strong>das</strong> áreas onde o CEPRA detém<br />
vasta experiência é na formação de<br />
mecânicos de auto/gás e de técnicos<br />
de auto/gás, cursos que, de momento,<br />
não estão a ser ministrados,<br />
pelo facto de os conteúdos dos mesmos,<br />
que são agora da responsabilidade<br />
do IMT, I.P. e não da DGEG, de<br />
acordo com a Lei n.° 13/2013, de 31<br />
de Janeiro, não terem sido validados<br />
pelo IMT, I.P. Significa isto que, atualmente,<br />
não estão a ser ministrados<br />
cursos nem para novos mecânicos<br />
auto/gás nem para novos técnicos<br />
de gás, impossibilitando-os, assim,<br />
de obter as respetivas credenciais<br />
que lhes permitam exercer a sua atividade<br />
com GPL/GNC. Fora deste<br />
imbróglio estão os cursos para inspetores<br />
de auto/gás.<br />
Formação em GPL<br />
Os cursos de formação de mecânico<br />
de auto/gás e de técnico de auto/<br />
gás do CEPRA, abordam quer os tipos<br />
de sistemas de conversão para GPL<br />
quer os sistemas GNC (componentes;<br />
funcionamento; esquemas técnicos;<br />
cuidados a ter). Mas pressupõem o<br />
cumprimento de certos requisitos.<br />
São os seguintes:<br />
Curso de Mecânico de Auto/Gás:<br />
● Dispor de curso de mecânico de automóveis<br />
oficialmente reconhecido,<br />
obtido através de uma <strong>das</strong> seguintes<br />
formas:<br />
1 - Curso EFA (Educação e Formação de<br />
Adultos) completo de Mecânico/a de<br />
Automóveis Ligeiros constante no Catálogo<br />
Nacional de Qualificações da ANQ<br />
(Agência Nacional para a Qualificação)<br />
2 - Curso EFA completo de técnico/a de<br />
mecatrónica automóvel constante no<br />
Catálogo Nacional de Qualificações da<br />
ANQ<br />
3 - Curso de Aprendizagem completo<br />
de Técnico/a de Mecatrónica Automóvel<br />
constante no Catálogo Nacional de Qualificações<br />
da ANQ<br />
4 - Certificação profissional completa<br />
obtida em processo de RVCC Reconhecimento,<br />
Validação e Certificação de<br />
Competências) de Mecânico/a de Automóveis<br />
Ligeiros<br />
5 - Certificação profissional completa<br />
obtida em processo de RVCC de Técnico<br />
de Mecatrónica Automóvel<br />
Curso de Técnico de Auto/Gás:<br />
1 - 18 anos<br />
2 - 9.° ano ou equivalente<br />
Cursos para híbridos<br />
Os cursos de formação para híbridos<br />
incidem sobre as áreas de mecânica e<br />
eletricidade. Dividem-se em duas partes,<br />
cada uma com sete horas de duração.<br />
I Parte<br />
Objetivos:<br />
● Identificar, caracterizar e comparar<br />
tipos, constituição, princípios de funcionamento<br />
e metodologias de diagnóstico<br />
de sistemas de propulsão híbrida<br />
Conteúdos:<br />
● Ciclos de funcionamento dos motores<br />
de combustão interna (Otto; Diesel; Atkinson)<br />
● Tipos e características de sistemas<br />
híbridos (em série, em paralelo, combinado<br />
ou misto)<br />
● Diferenças entre sistemas híbridos e<br />
elétricos<br />
● Sistemas híbridos THS (Toyota) e IMA<br />
(Honda) - Princípios e estágios de funcionamento;<br />
Características técnicas;<br />
Componentes; Sistema de transmissão;<br />
Metodologias de diagnóstico<br />
● Outros sistemas híbridos - Análise e<br />
comparação<br />
● Abordagem aos sistemas de hidrogénio<br />
- Fuel Cell<br />
II Parte<br />
Objetivos:<br />
● Verificar componentes e parâmetros<br />
e aplicar metodologias de diagnóstico<br />
de sistemas de propulsão híbrida<br />
Conteúdos:<br />
● Habilitação elétrica (Grandezas elétricas;<br />
Tipos de corrente elétrica; Riscos<br />
elétricos; Normas de segurança e avaliação<br />
dos riscos; Equipamentos de segu-<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
15<br />
rança para intervenção em veículos<br />
híbridos - EPI - Equipamentos de Proteção<br />
Individual; EPC - Equipamentos de<br />
Proteção Coletiva; Desmontagem do<br />
conector de segurança; Verificação da<br />
posição de consignação)<br />
● Ciclo de funcionamento Atkinson<br />
(Princípio de funcionamento; Verificação<br />
de componentes; Verificação de parâmetros;<br />
Verificação dos valores <strong>das</strong> eletroválvulas<br />
do sistema)<br />
● Diagnóstico de sistemas híbridos (Equipamentos<br />
de diagnóstico; Aplicação de<br />
métodos de diagnóstico)<br />
● Baterias de alta tensão (Tipos e características<br />
de baterias; Verificação de<br />
valores de corrente; Verificação de valores<br />
de tensão <strong>das</strong> células do pack)<br />
● Sistema de climatização adaptada a<br />
veículos híbridos (Componentes do sistema;<br />
Compressores híbridos; Compressores<br />
elétricos; Óleos específicos)<br />
Cursos para elétricos<br />
O CEPRA lançou, em Outubro de 2013,<br />
o projeto e-cursos, que se traduziu na<br />
oferta de cursos de formação à distância<br />
ministrados nas modalidades de e-learning<br />
e b-learning (blended learning). O<br />
b-learning é a combinação da modalidade<br />
presencial com a modalidade e-<br />
-learning, conciliando formação à<br />
distância com sessões presenciais, que<br />
possibilitam a realização de atividades<br />
práticas em oficina. Foi nesta modalidade<br />
que decorreu o 1.° e-curso, que versou<br />
sobre o tema dos veículos elétricos. As<br />
próximas ações deste curso estão previstas<br />
para o início de <strong>2014</strong>, mas estão<br />
em preparação novos cursos como Start-<br />
-Stop e Sistemas Híbridos, que visam<br />
acompanhar a evolução tecnológica. O<br />
e-curso para veículos elétricos tem uma<br />
duração estimada de 17 horas, existindo,<br />
contudo, um curso de menos tempo (12<br />
horas) também para veículos elétricos,<br />
cujos objetivos e conteúdos, embora<br />
com uma ou outra variante, são comuns<br />
aos do e-curso que abaixo se descrimina.<br />
Objetivos:<br />
● Identificar e caracterizar normas e<br />
equipamentos de segurança e procedimentos<br />
para habilitação elétrica<br />
● Identificar e caracterizar tipos e princípios<br />
de funcionamento de veículos<br />
elétricos<br />
● Identificar e caracterizar os componentes<br />
de veículos elétricos<br />
● Identificar e caracterizar os sistemas<br />
auxiliares de veículos elétricos<br />
● Identificar e caracterizar tipos de<br />
carregamento de veículos elétricos<br />
Conteúdos:<br />
● Veículos Elétricos (Distinção entre<br />
veículos híbridos e elétricos; Funcionamento<br />
geral de veículos elétricos;<br />
Principais vantagens e desvantagens;<br />
Princípios de funcionamento; Aproveitamento<br />
de energia em veículos<br />
elétricos)<br />
● Habilitação Elétrica (Grandezas<br />
elétricas; Tipos de corrente elétrica;<br />
Riscos elétricos; Normas e equipamentos<br />
de segurança)<br />
● Componentes do Sistema Elétrico<br />
(Conjunto de tração; Bateria principal;<br />
Motor elétrico de tração; Redutor –<br />
Transmissão; Unidade de controlo do<br />
motor ● Inversor; Ficha de serviço da<br />
bateria; Cabos de alta tensão)<br />
● Carregamento do sistema elétrico<br />
(Tipologias de carregamento; Modos<br />
de carregamento; Estações de carga)<br />
● Sistemas Auxiliares (Instrumentação;<br />
Sistemas HVAC; Gestão térmica<br />
da bateria principal e UCM; Outras<br />
soluções de otimização térmica dos<br />
veículos elétricos)<br />
● Atividades Práticas (Formação Presencial)<br />
● Avaliação Final (Avaliação Presencial)<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
16<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Destaque<br />
Gestoras de frotas vs of icinas<br />
Separação de bens<br />
› O casamento entre as gestoras de frotas e as oficinas é antigo e está para<br />
durar. Uma união frutífera, mas que obriga a separação de bens<br />
Não conseguem viver umas sem as outras.<br />
Mas isso não significa que tenham<br />
uma relação fácil. Até porque, quando<br />
falamos na união entre em gestoras de frotas<br />
e oficinas, ambas têm, em muitos aspetos,<br />
necessidades diametralmente opostas.<br />
Luís Marques, gestor da onFleet, empresa<br />
que trabalha em outsourcing com as gestoras<br />
de frotas e consequentemente com<br />
as oficinas (ver caixa nestas páginas) recebeu<br />
o JORNAL DAS OFICINAS para ajudar<br />
a compreender melhor a dinâmica desta<br />
complexa relação, “mais ou menos exigente,<br />
consoante a gestora”, explica. “Nem<br />
to<strong>das</strong> as gestoras têm o mesmo nível de<br />
exigência. Isso depois traduz-se em melhores<br />
ou piores resultados, sob o ponto<br />
de vista de satisfação do cliente, obviamente”,<br />
acrescenta a mesma fonte.<br />
Se os requisitos <strong>das</strong> gestoras na escolha<br />
de uma oficina como parceira não forem<br />
cuidados, os clientes “podem ficar descontentes,<br />
porque esta não poderá não ter<br />
capacidade de resposta para as suas necessidades.<br />
E ficarão descontentes não com<br />
a oficina – porque esta não lhes diz nada<br />
– mas antes com a gestora. E sob esse ponto<br />
de vista pode surgir o conflito”, adianta. De<br />
resto, nestes casos, a culpa não é necessariamente<br />
da gestora de frotas, porque<br />
podemos estar apenas perante um caso<br />
de incumprimento da oficina perante o<br />
acordado. O pior é que a gestora de frota<br />
só terá feedback desta situação através da<br />
reclamação. “E então já é tarde, pois, nessa<br />
altura, o cliente já reclamou. Já ficou descontente.<br />
Acredito que assim a relação<br />
possa se um pouco mais complexa e que<br />
seja mais difícil ter sequer uma boa relação<br />
com algumas oficinas”.<br />
■ Seleção criteriosa<br />
Para Luís Marques, “de um modo geral”,<br />
as gestoras tendem a encarar as oficinas<br />
como parceiras, uma vez que estas são<br />
“parte interessada no negócio”. Quais os<br />
critérios que uma oficina não pode deixar<br />
de cumprir (ou de prometer…) para ser<br />
Por: Jorge Flores<br />
parceira de uma gestão de frotas? “Em<br />
primeira instância está a qualidade. A rapidez<br />
poderá ser um fator importante ou<br />
não. Mas a resposta rápida tem padrões<br />
que são folgados do ponto de vista da<br />
satisfação. A gestora nunca obriga o fornecedor<br />
a prestar o serviço no próprio dia,<br />
por exemplo. Mas o cliente pode ter essa<br />
necessidade. E então a gestora imprime<br />
timings de resposta”, afirma.<br />
Depois, existe a questão do preço. Por<br />
vezes, as gestoras fazem uma espécie de<br />
concurso público para eleger fornecedor<br />
e estabelecem eles próprios os padrões<br />
de custo. “Aqui a gestora é sempre dominante,<br />
tem apalavra soberana: nós queremos<br />
isto! Vocês têm a capacidade e a<br />
disponibilidade para o fazer? Estão dispostos<br />
a isso? É que, caso contrário, existem<br />
outros 20 desejosos disso”, exemplifica o<br />
responsável da onFleet.<br />
Pedro Pessoa diretor comercial da Leaseplan,<br />
a gestora detentora da maior frota<br />
nacional (186 mil veículos), por seu turno,<br />
explica ao nosso jornal quais são as vertentes<br />
pelas quais selecionam os seus<br />
parceiros oficinais: qualitativas e comerciais.<br />
“Há um conjunto de critérios que estão<br />
elencados. Nós temos as oficinas organiza<strong>das</strong><br />
em três níveis. E esses três níveis têm<br />
precisamente a ver com aquilo que são as<br />
oficinas recomenda<strong>das</strong> e estão na rede<br />
principal e que são aquelas que do ponto<br />
de vista dos critérios qualitativos e quantitativos<br />
oferecem o melhor binómio de<br />
condições que podemos proporcionar aos<br />
nossos clientes.<br />
Depois as oficinas B, digamos assim, que<br />
continuam a ser recomenda<strong>das</strong>, mas que<br />
não são, de facto, as oficinas preferenciais<br />
para nós. E temos as restantes oficinas que,<br />
podendo trabalhar com elas, se fizerem<br />
parte da rede oficial <strong>das</strong> marcas – se os<br />
clientes fizerem muita questão de trabalhar<br />
com estas oficinas – e que, no nosso entender,<br />
não cumprem todos os requisitos<br />
que são absolutamente necessários para<br />
serem parceiros da Leaseplan”, assegura<br />
Pedro Pessoa.<br />
A Leaseplan possui uma “solução tecnológica<br />
a que chamamos de georreferenciação<br />
(que está disponível no nosso site)<br />
e que pode ser consultada por qualquer<br />
pessoa, onde os condutores habitualmente<br />
recorrem para ver quais são as oficinas A<br />
e B. E podem, num determinado local, no<br />
fundo, ir às oficinas que estão indica<strong>das</strong><br />
nessa ferramenta de georreferenciação,<br />
de forma esclarecida”, revela.<br />
“Nem to<strong>das</strong> as<br />
gestoras têm o mesmo<br />
nível de exigência na<br />
escolha <strong>das</strong> oficinas. E<br />
isso traduz-se em<br />
melhores ou piores<br />
resultados”<br />
Luís Marques,<br />
Gestor da onFleet<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
17<br />
“Temos feito algumas<br />
experiências com a<br />
rede multimarca, o<br />
que se tem vindo a<br />
intensificar nos<br />
últimos dois anos”<br />
Pedro Pessoa,<br />
diretor comercial da Leaseplan<br />
tes. E que a tendência poderá estar a mudar.<br />
“Temos feito algumas experiências com<br />
a rede multimarca, o que se tem vindo a<br />
intensificar nos últimos dois anos. Temos<br />
um acordo com a Precision. E na colisão,<br />
praticamente não trabalhamos com a rede<br />
oficial. Temos oficinas especializa<strong>das</strong> de<br />
colisão, mas multimarca. E temos um conjunto<br />
de soluções de frotas, que estamos<br />
a desenvolver agora e que funcionam<br />
melhor com soluções de multimarca do<br />
que de rede oficial”, adianta, reforçando a<br />
ideia: “estamos a desenvolver esforços no<br />
sentido de aumentar a nossa rede de parceiros<br />
multimarca”.<br />
■ O lado <strong>das</strong> oficinas<br />
Do lado <strong>das</strong> oficinas, o benefício de ser<br />
parceira de uma gestora parece evidente:<br />
assegurar uma fonte de rendimento regular<br />
com a frota. Porém, “não é a fonte que<br />
mais rendimento gera. As margens são<br />
aperta<strong>das</strong>, muito negocia<strong>das</strong>. É um negócio<br />
de volume, mas margens são negocia<strong>das</strong><br />
e as parcerias e os protocolos<br />
estabelecidos têm sempre por base uma<br />
suposta mais-valia para as duas. Esta mais-<br />
-valia poderá não ser financeira para a<br />
gestora. Mais não seja, para poder prestar<br />
um serviço com preços atrativos também<br />
para o cliente”, diz Luís Marques.<br />
Mas essa pressão sobre a oficina existe<br />
sempre. “Pode ser para melhorar a margem<br />
da gestora ou para poder prestar um subserviço<br />
mais económico ao cliente. Mais<br />
uma vez com vista à satisfação do cliente”,<br />
acrescenta. Por outro lado, no recondicionamento<br />
no final de contrato, “o serviço<br />
cobrado pela gestora é sempre mais caro<br />
do que se o cliente procurar e antecipar<br />
esse serviço antes de entregar a viatura.<br />
Aqui, a gestora não tem cliente e a oficina<br />
que tem o protocolo com a gestora também<br />
não tem cliente, porque este vai à<br />
procura de uma oficina privada. E tem<br />
quem lhe preste esse serviço – de melhor<br />
ou pior qualidade, isso é outra conversa<br />
– de forma a minimizar o que tem de pagar<br />
à gestora”, elucida Luís Marques.<br />
Alexandre Barbosa, diretor geral da Rede<br />
Rino está interessado em vincar os laços<br />
com as gestoras de frotas, muito embora<br />
as considere clientes complicados. Porquê?<br />
“Porque os nossos contactos nas gestoras<br />
de frotas são pessoas que estão muito<br />
■ Redes oficiais ou multimarca?<br />
Evidente para Luís Marques é que as<br />
gestoras preferem as redes oficiais. “Neste<br />
momento, 90% da oferta de serviços por<br />
parte <strong>das</strong> gestoras é apoiado em redes<br />
oficiais. Ou mais!”. É verdade que existem<br />
alguns casos de oficinas multimarca. E o<br />
responsável da onFleet até nem tem nada<br />
contra. Filosoficamente, “seria até a prova<br />
de que o mercado funcionava e que havia<br />
essa liberdade de opção”. O pior é a qualidade<br />
do serviço. “Perante determinado<br />
tipo de problemas, o fornecedor multimarca<br />
não tem a capacidade de as resolver<br />
por não pertencer à marca.<br />
E então o que acontece? Temos um<br />
cliente que se desloca a uma oficina e que<br />
pressupõe que deixa lá o carro e que terá<br />
o problema resolvido quando o for buscar.<br />
E muitas vezes não tem. Vê-se obrigado a<br />
ir a uma oficina oficial. Para isso tinha ido<br />
logo de início”.<br />
Pela experiência obtida na onFleet, Luís<br />
Marques considera que, “de uma maneira<br />
geral, mesmo as oficinas que passam nos<br />
critérios de seleção <strong>das</strong> gestoras, estão<br />
muito aquém do “nível de serviço <strong>das</strong> pertencentes<br />
à rede oficial”. E ainda há o fator<br />
psicológico do cliente que, na sua opinião,<br />
não é de desprezar. “A confiança que o<br />
cliente sente quando entra numa casa com<br />
o emblema da marca do seu carro. Ou pelo<br />
menos o nível de exigência. Ali ele sabe<br />
que pode exigir tudo. Há aqui toda uma<br />
panóplia de obstáculos para que se possa<br />
generalizar o recurso às oficinas multimarca”.<br />
Existem ainda outros entraves. Um deles<br />
é que algumas gestoras de frotas respondem<br />
a normas internacionais. “E a decisão<br />
não é ágil, não é uma decisão local. É uma<br />
decisão que não pode ser tomada de forma<br />
individual. Não acedem a ser contacta<strong>das</strong><br />
por um parceiro de forma isolada”.<br />
O outro é a componente geográfica, mais<br />
facilmente assegurada por uma rede oficial<br />
do que por uma oficina independente.<br />
“Não posso ter um fornecedor que me<br />
presta um serviço a 50 quilómetros de<br />
distância. Além de um custo é um incómodo<br />
grande”, sublinha Luís Marques.<br />
O diretor comercial da Leaseplan concorda<br />
que, em termos históricos, têm trabalhado<br />
mais com as redes oficinais, mas<br />
garante que não excluem as independenonFleet<br />
Elo de ligação<br />
A onFleet foi criada em 2009 quase por imposição do mercado, que<br />
carecia de uma empresa que otimizasse e racionalizasse as frotas empresariais.<br />
Luís Marques e um outro sócio – que entretanto saiu – identificaram<br />
a oportunidade e avançaram para o projeto. “Tem a ver com<br />
entendermos que a gestora de frota não presta um serviço personalizado<br />
ao cliente”, explica o responsável.<br />
A empresa funciona em regime de outsourcing, de forma a especializar<br />
esta área junto <strong>das</strong> empresas frotistas, libertando os seus recursos<br />
para aquilo que é o seu core business. “A maior parte <strong>das</strong> empresas<br />
frotistas tem a necessidade de informação e de aconselhamento nesta<br />
área. E esse foi o mote para a origem do negócio”, adianta.<br />
Por outras palavras, a onFleet dispõe de uma oferta diversificada de<br />
soluções integra<strong>das</strong> de forma flexível, consoante as especificidades de<br />
cada cliente, atuando como um interlocutor exclusivo.<br />
Por exemplo, como uma mola na relação entre as gestoras de frotas e<br />
as oficinas. “As empresas-clientes, hoje em dia, até mesmo as maiores<br />
têm dificuldade em gerir as suas frotas. Sabemos que, por norma, as<br />
empresas que tenham uma atividade que envolva viaturas, esse é o segundo<br />
maior custo da empresa, logo a seguir aos recursos humanos. E<br />
portanto, há todo um universo de oportunidades a explorar, não apenas<br />
com vista a otimizar a gestão dentro da empresa como de racionalizar<br />
os custos em to<strong>das</strong> as vertentes que uma frota envolve, reduzindo-os…”,<br />
explica Luís Marques.<br />
“O que pretendemos é<br />
fazer uma proposta<br />
globalizada, com a<br />
nossa amplitude<br />
geográfica. Fazemos<br />
uma proposta que é<br />
válida de norte a sul”.<br />
Alexandre Barbosa,<br />
diretor-geral da Rede Rino<br />
habitua<strong>das</strong> a negociar. Por outro lado, a<br />
capacidade instalada em termos de oficinas<br />
é mais do que as necessidades. Há<br />
sempre alguém que vai lá e faz descontos<br />
e mais não sei o quê. Em que é que nos<br />
podemos diferenciar? É no nosso serviço<br />
global”, dispara. “O que pretendemos é<br />
fazer uma proposta globalizada, com a<br />
nossa amplitude geográfica. Fazemos uma<br />
proposta que é válida de norte a sul.<br />
E em que tudo conta para rapel, em que<br />
os procedimentos são os mesmos de norte<br />
a sul. Podemos inclusive fazer faturação<br />
centralizada, uma única fatura para toda<br />
a rede. E isto acaba por ser um elemento<br />
diferenciador face ao reparador independente.<br />
E de certa forma também alivia ali<br />
um bocadinho a pressão sobre o preço.<br />
Depois, mesmo em termos de fornecedores<br />
na central de compras. Nós temos aqui<br />
alguma interatividade. Como já temos<br />
alguma dimensão, conseguimos que os<br />
nossos fornecedores nos apoiem nas nossas<br />
ações com as gestoras de frotas. Eles<br />
próprios vão potenciar o negócio, beneficiando<br />
<strong>das</strong> gestoras de frota. Estamos a<br />
falar de pneus, estamos a falar de algum<br />
material de aftermarket que serve de próprio<br />
incentivo. Se usarem as oficinas da<br />
rede Rino e com os meus produtos, dão<br />
um desconto adicional”, avança o responsável<br />
da Rino, rede que já foi parceira de<br />
várias gestoras. “Agora estamos a renegociar…<br />
Trabalhamos com a Finlog, com a<br />
GE, tínhamos um contrato com a Leaseplan<br />
em termos de colisão que terminou em<br />
Junho e não renovámos. Foram dois anos<br />
loucos de faturação. Nem to<strong>das</strong> as unidades<br />
retiram o resultado esperado disto”,<br />
revela. Nesta atividade, “temos alguns<br />
clientes importantes como a ASAE, o BPN<br />
Crédito (antiga Rentilusa), a Parvalorem”…<br />
A grande vantagem de ser parceiro de<br />
uma gestora de frotas está no volume de<br />
negócio potencial. Mas Alexandre Barbosa<br />
confirma a ideia de que as margens são<br />
reduzi<strong>das</strong>. “Até porque a necessidade instalada<br />
é superior às necessidades do mercado.<br />
Há muito operador e muita gente<br />
que não está a ganhar dinheiro”, remata.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
18<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Notícias<br />
Nova gama Valvoline SYNPOWER XTREME<br />
Convenção Sonicel 2013<br />
Def inir estratégias<br />
› Após três anos de interregno, a Sonicel voltou a organizar no final do ano passado<br />
uma Convenção de clientes, para lembrar e reforçar as ideias e os princípios da<br />
organização, apresentar novos projetos e definir estratégias<br />
Filipe Ferreira, Administrador da empresa,<br />
começou por referir a realidade<br />
que o Grupo vive, devido à aquisição<br />
da AD Logistics por parte do mesmo acionista,<br />
numa operação que vem no seguimento<br />
<strong>das</strong> orientações defini<strong>das</strong> para o<br />
negócio <strong>das</strong> Peças na estrutura do Grupo. A<br />
interligação desta empresa de distribuição<br />
de peças veio contribuir para o aumento do<br />
portfólio de produtos do Grupo, que agora<br />
dispõe de um maior stock de peças e de uma<br />
logística mais moderna e eficiente.<br />
To<strong>das</strong> as compras de peças são realiza<strong>das</strong><br />
por uma entidade única, independentemente<br />
de serem comercializa<strong>das</strong> pela<br />
Sonicel ou pela AD Logistics, uma vez<br />
que se tratam de empresas distintas,<br />
independentes e autónomas, e as duas<br />
empresas partilham o mesmo stock e<br />
toda a logística de distribuição aos seus<br />
clientes.<br />
As sinergias obti<strong>das</strong> com esta estratégia,<br />
são evidentes e traduzem-se por uma<br />
oferta alargada de produtos, serviços de<br />
distribuição com elevado grau de qualidade,<br />
cultura de gestão interna focada<br />
na satisfação <strong>das</strong> exigências dos clientes<br />
e uma maior rentabilidade financeira do<br />
negócio, quer para as referi<strong>das</strong> empresas,<br />
quer para os seus clientes.<br />
A centralização de stock em Carnaxide e<br />
na Maia, junta nos mesmos armazéns, o<br />
stock <strong>das</strong> duas empresas, permitindo a<br />
oferta alargada de produtos e serviços a<br />
ambas as empresas que passam assim<br />
através do mesmo sistema informático a<br />
ter acesso operacional a essa “partilha”.<br />
Com esta mudança na filosofia do negócio<br />
houve também uma reestruturação<br />
no quadro de pessoal e uma<br />
modificação radical na logística, com o<br />
objectivo de posicionar a Sonicel como<br />
um dos Importadores de Peças Automóveis<br />
de referência no Mercado Nacional.<br />
Distribuição mais eficaz<br />
De referir que, em termos logísticos, a<br />
Sonicel possui um armazém central em<br />
Carnaxide (6.000 m2) e um armazém na<br />
Zona Industrial da Maia (1.000 m2), que<br />
cobrem as necessidades de distribuição<br />
do território nacional. A distribuição nos<br />
Concelhos do Porto é bi-diária e em<br />
Lisboa é quadri-diária. Nos outros Concelhos<br />
do País as entregas são diárias.<br />
Manter o sucesso é difícil, mas compensa<br />
largamente. No entanto, o sucesso não<br />
é só vender mais, mas ser mais eficiente.<br />
Ou seja, vender mais com custos menores,<br />
aumentando a rentabilidade. A<br />
centralização dos Stocks em Carnaxide<br />
e na Maia foi uma opção estratégica para<br />
a via do controlo de custos, gerando<br />
sinergias importantes. Outros serviços<br />
foram centralizados e gerou-se mais<br />
especialização nas ven<strong>das</strong> e nos serviços<br />
logísticos. O armazém compartilha o<br />
stock de peças com a AD Logistics, obtendo-se<br />
assim importantes sinergias,<br />
incluindo o sistema informático que é<br />
o mesmo para as empresas.<br />
Portfólio alargado<br />
Pena Miranda, Consultor da Sonicel, fez um balanço<br />
do desempenho <strong>das</strong> diversas marcas que a<br />
Sonicel distribui e realçou mais uma vez a importância<br />
dos laços de amizade gerados ao longo dos<br />
anos com os clientes e que fazem toda a diferença<br />
nos momentos menos fáceis, como os que estamos<br />
agora a viver. Porque os negócios ainda são feitos<br />
entre pessoas e as relações profissionais ainda são<br />
Por: José Silva<br />
Filipe Ferreira,<br />
administrador<br />
da Sonicel,<br />
apresentou a<br />
estratégia da<br />
empresa para<br />
<strong>2014</strong><br />
Com a consolidação em Carnaxide e na<br />
Maia, o negócio tornou-se mais competitivo,<br />
a fim de criar mais oportunidades<br />
para a empresa e para os seus clientes.<br />
Empenho e exigência<br />
O atual contexto económico contraria<br />
a obtenção de oportunidades. Mas a<br />
saída está na obtenção de novidades e<br />
extensão de produto, que geram mais<br />
oportunidades. Área do diagnóstico, com<br />
suporte técnico na rua, para acompanhar<br />
o retalho foi a via escolhida. Aposta mais<br />
forte na comunicação, cada vez mais<br />
importante para transmitir novidades<br />
foi outra via encontrada. Comunicação<br />
de cima para baixo e também debaixo<br />
para cima cria mais oportunidades de<br />
solucionar os problemas surgidos.<br />
As novidades, por sua vez, não ficam pelo<br />
produto. Inovação no portal da Internet<br />
deu origem ao Tecnoclube, que reforçou<br />
a resposta do Call Center. Catálogos<br />
novos atualizados todos os três meses,<br />
foram outra inovação. Peças certas em<br />
tempo recorde, com o pedido a chegar<br />
e a peça a sair. Mas a inovação continua<br />
a todos os níveis e todos os dias, tornando-se<br />
numa forma de estar.<br />
Empenho e exigência são os motores<br />
da eficiência e da qualidade Se não formos<br />
empenhados entre nós, também<br />
não conseguimos o sucesso. Isoladamente<br />
e cada um por si é uma forma<br />
muito mais difícil de ter sucesso. Reciprocamente<br />
exigentes é a regra para<br />
atingir excelência e perfeição. Desafio<br />
muito importante da atualidade é a exigência<br />
para com as nossas empresas.<br />
Fornecedores, distribuidores de retalhistas<br />
têm que exigir o máximo uns dos<br />
outros.<br />
“Ser verdadeiro e leal é a forma de garantir<br />
o melhor serviço. O não fazer é<br />
Os participantes da<br />
Convençao tiveram<br />
oportunidade de ver as<br />
novidades <strong>das</strong> marcas<br />
comercializa<strong>das</strong> pela<br />
Sonicel<br />
relações pessoais, certamente por muito mais<br />
tempo. O portfólio de produtos foi alargado com<br />
a entrada de diverso equipamento oficinal, nomeadamente<br />
aparelhos de diagnóstico <strong>das</strong> marcas<br />
Texa e Bosch, uma ferramenta indispensável para<br />
qualquer oficina e ainda elevadores, boosters, carros<br />
de ferramentas, motores reconstruídos, papel<br />
para limpeza de mãos, etc..<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
19<br />
KYB investe em fábrica de molas<br />
DDS amplia armazém em Valongo<br />
Após a apresentação da estratégia da empresa para <strong>2014</strong>, or participantes fizeram<br />
uma visita guiada ao armazém da Sonicel em Carnaxide<br />
Anti-congelante sem<br />
água agita mercado<br />
O<br />
Evans Líquido de Refrigeração<br />
do Motor Sem Água, um<br />
novo produto americano<br />
que vai funcionar como lubrificante<br />
de motor, pode estar pronto para<br />
agitar o futuro <strong>das</strong> tecnologias de<br />
refrigeração do motor como a conhecemos<br />
até aqui. Escolhendo a<br />
utilização uma solução sem água,<br />
ao contrário dos métodos tradicionais<br />
de refrigerar, os inventores<br />
americanos deste produto esperam<br />
dar um grande passo em frente na<br />
tecnologia de refrigeração do motor<br />
aumentando a fiabilidade do<br />
mesmo, reduzindo custos de manutenção<br />
e melhorando o rendimento.<br />
Uma vez aplicado, o líquido<br />
refrigerante Evans é desenhado para<br />
durar a vida do motor e é garantido<br />
que nunca será preciso substituí-lo.<br />
É ainda classificado como não-tóxico,<br />
reduzindo drasticamente os<br />
perigos para a saúde. Os produtos<br />
estão comprovados para trabalhar<br />
numa vasta gama de temperaturas<br />
de funcionamento, recusando<br />
congelar-se, mesmo nas temperaturas<br />
tão baixas quanto -40˚C. O seu<br />
ponto de ebulição é de 180˚C.<br />
Marketing e Comunicação<br />
renovados<br />
Manuel Fonseca, diretor de ven<strong>das</strong> e João Filipe, diretor de<br />
marketing, apresentaram a nova estratégia da Sonicel para as<br />
áreas do marketing e comunicação. Em relação à primeira, o<br />
ano <strong>2014</strong> será marcado por várias campanhas e promoções<br />
onde o nº 7 será o leitmotiv. Por exemplo, as Campanhas serão<br />
lança<strong>das</strong> no 7º dia do mês ou da semana e o cliente terá de<br />
comprar um mínimo de 7 produtos. Ao longo do ano os clientes<br />
acumulam pontos que poderão ser utilizados numa viagem<br />
de topo ou trocados por produtos da vasta gama Sonicel.<br />
Relativamente à área da comunicação, a grande novidade é<br />
o lançamento de um novo site, que para além de ser um portal<br />
informativo sobre as novidades lança<strong>das</strong> no mercado, será<br />
também um portal de compras, onde o utilizador vai poder<br />
comparar preços e comunicar através de uma área reservada<br />
com o caixeiro, para mais esclarecimentos sobre campanhas,<br />
produtos ou características técnicas <strong>das</strong> peças.<br />
Plataforma de peças online<br />
A Net Peças (www.netpecas.pt) é<br />
uma plataforma online para a venda<br />
e distribuição de peças usa<strong>das</strong> de<br />
automóvel. A plataforma agiliza o<br />
processo tradicional de ven<strong>das</strong> de<br />
peças usa<strong>das</strong> de automóvel, de uma<br />
forma simples, cómoda, célere e concorrencial.<br />
As oficinas iniciam o processo<br />
com a submissão do pedido de<br />
uma peça, através do preenchimento<br />
de um formulário simples. De seguida,<br />
as sucatas colocam as suas propostas<br />
e o melhor preço. Com o intuito de<br />
estimular os preços concorrenciais,<br />
os intervenientes vão recebendo notificações<br />
com o melhor preço até esse<br />
momento. A empresa lançou no passado<br />
dia 2 de dezembro de 2013 a<br />
versão beta, e desde então o crescimento<br />
tem sido notável. Localizada<br />
no Parque de Ciência e Tecnologia da<br />
Universidade do Porto e Startup Lisboa,<br />
a Net Peças foi desenvolvida e<br />
lançada por Luís Vieira e Pedro Torres,<br />
Mestres em Engenharia pela Faculdade<br />
de Engenharia da Universidade<br />
do Porto. Luís Vieira idealizou o projeto<br />
na sequência da sua paixão por automóveis<br />
e juntou-se a Pedro Torres,<br />
que tem experiência em desenvolvimento<br />
web, adquirida nos Estados<br />
Unidos da América.<br />
pior do que fazer mal, porque o que está<br />
mal feito pode ser corrigido. Dedicar-se<br />
à sua atividade e às suas responsabilidades<br />
com empenho e lealdade para<br />
com a empresa e para consigo próprio.<br />
Ter o máximo conhecimento <strong>das</strong> peças<br />
é outra forma de lealdade”, conclui Filipe<br />
Ferreira.<br />
A sexta Convenção Sonicel acabou, mas<br />
a sétima já está a caminho. Numa análise<br />
numerológica, o número 7 tem muita<br />
força. A semana tem 7 dias e o nosso<br />
ícone futebolístico é o CR7. O nome Sonicel<br />
tem 7 letras. Teremos uma 7ª Convenção<br />
Sonicel ainda mais forte? É<br />
provável, porque os dirigentes da empresa<br />
estão a fazer o seu trabalho e são<br />
leais ao seu emblema!<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
20<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Notícias<br />
Texa fornece BMW<br />
Liqui Moly investe 20 milhões de euros<br />
O<br />
fabricante alemão de óleos para motores e aditivos Liqui Moly prossegue o seu processo de crescimento.<br />
Até 2015, a empresa vai investir cerca de 20 milhões de euros em desenvolvimento e produção<br />
– o maior programa de investimento da história da empresa. No que toca à produção de óleos,<br />
a capacidade de laboratório será duplicada. «Mais pessoal, mais instrumentos, mais área: a garantia da<br />
qualidade e o desenvolvimento de novos produtos são vitais para nós e estão intimamente relacionados<br />
com o conceito ‘Made in Germany’», refere o CEO Ernst Prost. Além disso, será instalada toda uma nova linha<br />
de depósitos, que permitirá aumentar a capacidade de produção e flexibilizar os processos. A empresa irá<br />
também investir na produção especializada de lubrificantes. A Liqui Moly é uma <strong>das</strong> poucas empresas que<br />
ainda dispõe da sua própria unidade de produção.<br />
Tome NOTA<br />
Uma ideia,<br />
muitas vantagens<br />
O<br />
grande mérito <strong>das</strong> peças reconstruí<strong>das</strong> (recondiciona<strong>das</strong>,<br />
reutiliza<strong>das</strong>, recupera<strong>das</strong>, recicla<strong>das</strong>,<br />
etc.) é o facto de se imporem no mercado com<br />
vantagem económica, face a outras opções, diminuindo<br />
desse modo o custo de manutenção do veículo e o custo<br />
da mobilidade.<br />
O menor custo é obtido simplesmente por reaproveitar<br />
metais que teriam que voltar a ser fundidos. Em termos<br />
de processos de produção também há economias energéticas.<br />
Os materiais reutilizados também ficam a custo<br />
zero. Essas reduções permitem que a qualidade e a segurança<br />
da peça reconstruída sejam as mesmas de uma peça<br />
original. Um alternador ou um motor de arranque com o<br />
enrolamento partido não funcionam, por exemplo, mas<br />
basta montar outro enrolamento para a peça ficar nova,<br />
considerando bom o estado do rolamento e outros componentes<br />
chave.<br />
Hella lança nova gama de tintas VIM<br />
A Hella continua com a sua estratégia de diversificar<br />
as suas áreas de negócio de forma a cobrir<br />
to<strong>das</strong> as necessidades <strong>das</strong> oficinas. É precisamente<br />
com este objetivo que a marca lançou nos vários<br />
mercados internacionais uma nova gama de tintas<br />
para veículos industriais denominada VIM<br />
(Valspar Industrial Mix). Com esta nova linha de<br />
produtos, a Hella oferece um serviço de repintura<br />
para qualquer tipo de veículo de passageiros ou<br />
industrial, completando a sua oferta de soluções<br />
de pintura com sistemas e produtos que garantem<br />
um consumo minímo e reduzem os tempos de<br />
trabalho, que são fundamentas para a rentabilidade<br />
dos negócios do após-venda. Nesse sentido, a<br />
tecnologia que utiliza a VIM destaca-se porque<br />
vai permitir poupar cerca de 30% nas despesas<br />
da oficina já que a sua rapidez de secagem é imediata,<br />
tanto ao ar como pela secagem forçada.<br />
Esta economia tem reflexos ambientais e até na segurança<br />
rodoviária. Menos emissões de CO2 no processo de<br />
fabrico, reutilização de materiais e matérias-primas e<br />
menor consumo energético tornam o sistema ecologicamente<br />
sustentável. Além disso, os carros passam a circular<br />
com as garantias de origem, ao passo que o custo da<br />
peça nova poderia em muitos casos retardar ou até inviabilizar<br />
a reparação.<br />
Para terminar, a peça reconstruída gera receitas e gera<br />
emprego numa escala muito considerável. São milhares<br />
de indústrias, grossistas, distribuidores, operadores logísticos<br />
e os seus funcionários. Por outro lado, a concorrência<br />
da peça reconstruída leva a que outras opções<br />
tenham que rever as suas margens e tornar os seus processos<br />
mais eficientes, com vantagem para o utilizador<br />
final.<br />
Carros mais seguros, maior defesa do meio ambiente,<br />
maior atividade reparadora, mais economia e maior repartição<br />
dos rendimentos são argumentos de peso. A<br />
oficina, pode sempre apresentar um orçamento comparativo<br />
para uma peça reconstruída. Deste modo está a<br />
prestar um serviço de valor acrescentado ao seu cliente,<br />
que agradece o facto de poder escolher a melhor opção<br />
para si, entre várias.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
21<br />
NGK equipa Peugeot 208 e 2008<br />
Krautli distribui Ruville<br />
Videos TRW mostram evolução da marca<br />
A TRW lançou on-line uma<br />
série de vídeos curtos, que suportam<br />
a sua mais recente campanha<br />
de comunicação “Corner Module”.<br />
Os primeiros dois vídeos analisam<br />
como a TRW está a definir os padrões<br />
para os sistemas de direção<br />
& suspensão (S&S) no IAM. Para<br />
assistir aos vídeos, aceda ao seguinte<br />
link: https://www.trwaftermarket.com/CornerModuleTV<br />
Ao destacarem a tecnologia e a<br />
inovação por trás dos programas<br />
com a qualidade do OE, estes vídeos<br />
revelam que a TRW foi a<br />
primeira a comercializar sistemas<br />
de direção electro-hidráulicos<br />
(EPHS) na Europa. O programa<br />
de Direção & Suspensão da TRW<br />
para o mercado de pós-venda, não<br />
é apenas a gama com o crescimento<br />
mais rápido, é também uma<br />
<strong>das</strong> maiores no IAM, com mais<br />
de 5.000 referências de peças.<br />
Autozitânia ajuda<br />
os mais desfavorecidos<br />
● A Autozitânia, empresa portuguesa que se dedica<br />
ao comércio de acessórios para automóveis decidiu,<br />
durante o período do Natal, ajudar os mais desfavorecidos,<br />
especialmente as crianças. Os tempos<br />
difíceis que se vivem atualmente motivaram os<br />
colaboradores da Autozitânia a proporcionar um<br />
Natal mais feliz às crianças carencia<strong>das</strong> do Concelho<br />
de Odivelas e Amadora. Para isso, organizaram uma<br />
recolha de brinquedos entre funcionários, clientes<br />
e amigos. Durante vários dias foram recolhidos dezenas<br />
de brinquedos e material de apoio infantil<br />
que, depois, foram doados a cinco Instituições.<br />
PUB<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
22<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Notícias<br />
MANN+HUMMEL equipa Opel Mokka<br />
NOVA OFICINA REDE RINO<br />
Auto R&S abraça Rino<br />
› Reaberta há quatro anos, a Auto R&S, na Amadora, acaba de aderir à Rede Rino.<br />
A faturação já está no positivo e a expetativa agora é crescer em parceria. Os<br />
resultados, garantem os responsáveis, já são visíveis…<br />
Estava escrito que aconteceria.<br />
Quando, há quatro anos, Fernando<br />
Vieira, Luís Marques e Paulo Jorge<br />
avançaram para a compra da Auto R&S,<br />
na Amadora, já estavam determinados em<br />
associar-se a uma rede de oficinas. Qual,<br />
ainda desconheciam. Primeiro, havia que<br />
recuperar uma casa, cuja origem remonta<br />
a 1969, mas que esteve 23 anos fechada.<br />
Mas a adesão à Rede Rino, celebrada oficialmente<br />
no dia 11 de Janeiro tornou-se<br />
incontornável logo após a presença dos<br />
três sócios na Convenção da Rino, onde<br />
ficaram a conhecer a realidade desta<br />
marca. Os resultados foram imediatos. “Ao<br />
nível <strong>das</strong> peças, eles já têm acordos com<br />
a AZ Auto, MCoutinho Peças e conseguimos<br />
um preço melhor para os nossos<br />
clientes. E conseguimos ter mais clientes<br />
com isso. Conseguimos descer o preço<br />
talvez em 20%. Conseguimos dar mais<br />
qualidade a um preço inferior ao que praticávamos”,<br />
explica Fernando Vieira ao<br />
JORNAL DAS OFICINAS.<br />
Olhos no futuro<br />
Fernando Vieira está otimista com as contas<br />
atuais da Auto R&S. “Quando comprámos<br />
a empresa tínhamos um passivo de<br />
197 mil euros e neste momento temos um<br />
positivo de 18 mil euros. Em quatro anos,<br />
apesar da crise, conseguimos levantar a<br />
empresa. E este ano penso que seja para<br />
recuperar todo o investimento – não apenas<br />
o valor da compra como da própria<br />
restruturação do espaço, pois estava completamente<br />
degradado”.<br />
fghjgfj<br />
fgjfgjfgjfgjfgjfg<br />
fgjfgjfgdjfgjd<br />
fdgjfgjfgdjfg<br />
Os sócios Luís Marques e Fernando Vieira com Alexandre Barbosa,<br />
diretor-geral da Rino<br />
Por: Jorge Flores<br />
A Auto R&S possui uma lista de clientes<br />
fixos e tem nos stands de automóveis a<br />
sua principal fonte de receitas. Para Fernando<br />
Vieira, o serviço completo prestado<br />
pela oficina é vital para o negócio, uma<br />
vez que “o cliente resolve o problema aqui.<br />
Não vai a outro lado…”, sublinha.<br />
Na opinião de Fernando Vieira, o processo<br />
de adesão à Rede Rino não foi muito complexo,<br />
nomeadamente a partir do momento<br />
em que esta avaliou positivamente<br />
a viabilidade financeira da oficina. Daí que<br />
esteja mais concentrado no crescimento<br />
da empresa com o apoio em rede.<br />
Crescer em conjunto<br />
Do lado da Rede Rino, pela voz do diretor-<br />
-geral, Alexandre Barbosa, o processo de<br />
seleção da 57ª oficina aderente foi natural.<br />
“O objetivo da rede é ganhar dimensão<br />
para termos potencial”, afirma. O responsável<br />
acredita que, quanto maior for a rede,<br />
“mais força teremos para negociar, quer<br />
junto dos fornecedores quer junto de<br />
clientes frotistas”. O outro lado da questão,<br />
frisa, é que sem uma dimensão considerável,<br />
“também não conseguimos ser<br />
atrativos, relativamente à angariação”. De<br />
resto, para Alexandre Barbosa, os critérios<br />
da Rede Rino para escolher os seus aderentes<br />
estão focados naquilo que o mercado<br />
deseja ou tem necessidade. “Grande<br />
parte <strong>das</strong> unidades são estruturas que já<br />
existiam, é adaptar”, adianta. No caso da<br />
Auto R&S, “teve de adquirir equipamento<br />
de diagnóstico, reformulou algumas coisas<br />
em termos de imagem e pouco mais<br />
lhe faltava em termos de requisitos”, revela.<br />
Em termos de plano de expansão da rede,<br />
a Rino tem traçado um plano necessidade<br />
versus parque circulante. Se em algumas<br />
cidades, uma oficina bastará, noutras, pela<br />
sua dimensão, terão uma maior necessidade<br />
de oficinas. “A nossa prioridade passa<br />
por cobrir as principais cidades e capitais<br />
de distrito. Pelas nossas contas, o limite<br />
máximo do território continental deverá<br />
andar nas 90 a 100 unidades aderentes.<br />
Em Portugal Continental, não vemos mais<br />
potencial do que isso. O nosso objetivo<br />
agora, em que temos já uma boa cobertura<br />
litoral e a norte do Tejo, será o Algarve e<br />
o Alentejo, sendo que já está prevista a<br />
inauguração em Beja, Faro, Loulé. Este ano,<br />
provavelmente, também vamos ter na<br />
Madeira”, refere Alexandre Barbosa.<br />
A oficina Auto R&S<br />
reabriu há quatro<br />
anos com novos<br />
proprietários e já<br />
colocou as contas<br />
no positivo<br />
Na cerimónia de adesão à Rede Rino<br />
não faltou o bolo comemorativo<br />
Rede terá 90 oficinas<br />
O diretor-geral da Rino estima que a marca<br />
<strong>das</strong> 90 oficinas aderentes poderá acontecer<br />
a médio prazo, mas não é uma prioridade<br />
atual. “Hoje a nossa necessidade de<br />
crescimento é bastante inferior. Não podíamos<br />
entrar num cliente frotista com<br />
uma rede de cinco oficinas. Hoje não temos<br />
necessidade de acelerar o processo. Penso<br />
que em três anos poderemos lá chegar.<br />
Mas não estamos com muita pressa, porque<br />
o crescer também significa aumentar<br />
a estrutura. Quisemos chegar o mais rapidamente<br />
possível às 50 unidades, de<br />
forma a termos uma maior visibilidade,<br />
agora é reajustar. Fizemos alguns erros de<br />
casting e também é preciso substituir”,<br />
remata Alexandre Barbosa.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
23<br />
www.netpecas.pt nova plataforma de peças usa<strong>das</strong><br />
Centros Glassdrive mudam instalações<br />
A Glassdrive Ponte de Sor<br />
mudou de instalações literalmente<br />
para o outro lado da rua.<br />
De facto, este centro mudou a sua<br />
localização para um pavilhão com<br />
uma área de 350 m2 situado num<br />
moderno complexo industrial<br />
diante do antigo centro. Para lá<br />
do Marão na cidade de Vila Real, a<br />
Glassdrive procedeu a uma<br />
mudança de estratégia na sua<br />
implantação local que originou<br />
que o centro local mu<strong>das</strong>se de<br />
instalações bem como de<br />
gerência. O novo centro está<br />
situado na mesma artéria da sua<br />
localização original, em lugar<br />
privilegiado e bem à vista da<br />
típica louça de barro da zona de<br />
Vila Real. A nova equipa gerente<br />
está alicerçada na experiência do<br />
centro de Guimarães o que irá<br />
assegurar a continuação da<br />
qualidade do serviço que sempre<br />
foi tradição do centro Glassdrive<br />
transmontano.<br />
Promoção Blue Print<br />
● Para comemorar 10 anos de presença em<br />
Portugal, a BluePrint “A Solução Completa<br />
de Peças para Veículos Asiáticos e Americanos”<br />
está a oferecer a todos os mecânicos e<br />
oficinas profissionais, a oportunidade de<br />
ganharem cartões “Dá Valor” de €5. Para<br />
ganharem estes cartões oferta, os mecânicos<br />
apenas terão de comprar kits de embraiagem<br />
Blue Print no seu distribuidor habitual e registar<br />
as suas compras no site da promoção<br />
(www.blue-print.com/promo). Por cada kit<br />
de embraiagem que comprarem e registarem<br />
no site, ganharão €5 em cartão “Dá Valor”.<br />
Tudo isto sem sorteio! A promoção decorre<br />
de Janeiro a Março de <strong>2014</strong>.<br />
PUB<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
24<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Notícias<br />
Braços suspensão MEYLE-HD para gama VW<br />
Honeywell vende a sua divisão de fricção<br />
A<br />
Honeywell anunciou a venda da sua divisão de produtos de<br />
fricção à Federal-Mogul Corporation, divisão essa que é líder<br />
no fabrico de pastilhas de travão e componentes para o sistema<br />
de travagem destinados quer a equipamento de origem quer<br />
ao aftermarket. O acordo que permitirá à Federal-Mogul comprar,<br />
por 155 milhões de dólares, a divisão de produtos de fricção da<br />
Honeywell, ficou fechado. A Honeywell dispõe, recorde-se, de mais<br />
de 2000 funcionários a nível global que operam no negócio dos<br />
materiais de fricção, cuja sede está localizada na Alemanha.<br />
David Cote, presidente e CEO da Honeywell, comentou, a propósito<br />
do negócio da divisão de fricção, que “devido ao negócio ser, hoje,<br />
muito mais forte, não se encaixa nas tecnologias diferencia<strong>das</strong> da<br />
Honeywell nem nos nossos planos de crescimento a longo prazo.<br />
O forte negócio dos componentes automóveis da Federal-Mogul é<br />
a melhor estratégia para o crescimento contínuo dos materiais de<br />
fricção a longo prazo.”<br />
Europart presente<br />
na Solutrans<br />
● A Europart participou pela primeira<br />
vez na Solutrans, umas feira<br />
de transporte realizada no final do<br />
ano passado em Lyon, na França.<br />
Ocupando um stand com 108 m2,<br />
a Europart baseou a sua apresentação<br />
em três temas principais: o<br />
Sistema Europart online Oficina<br />
(EWOS) , a gama Europart de produtos<br />
de marca própria e nas corri<strong>das</strong><br />
de camiões, onde tem<br />
participado ativamente como<br />
patrocinador da equipa Racing<br />
Team 14. Com esta forte presença<br />
no salão Solutrans, a Europart<br />
mostra o seu forte empenho em<br />
aumentar a notoriedade da marca<br />
no mercado francês e crescer nas<br />
ven<strong>das</strong>. Assim os produtos mais<br />
vendidos da gama Europart no<br />
mercado internacional foram apresentados<br />
no stand da empresa,<br />
nomeadamente os componentes<br />
de iluminação, filtros, discos de<br />
travão e baterias. Na França, a Europart<br />
tem a sua própria subsidiária<br />
com filiais em Estrasburgo e<br />
Lyon. No entanto, esta rede de<br />
distribuição é para ser expandida<br />
no futuro.<br />
3M com mais soluções<br />
de mascaramento<br />
O novo sistema de mascarar<br />
Premium da 3M vem<br />
completar a vasta gama de<br />
soluções de mascaramento<br />
da marca, com o objetivo<br />
de conseguir o melhor resultado<br />
possível na hora de<br />
pintar. A cobertura plástica<br />
Premium é feita à base de<br />
uma camada de polietileno<br />
de alta densidade, que previne<br />
contra danos provocados<br />
pela pulverização<br />
durante a reparação. A sua<br />
composição especial assegura<br />
uma excelente aderência<br />
da tinta ao filme<br />
plástico nos limites da zona<br />
reparada e elimina a necessidade<br />
de utilizar papel de<br />
mascarar. Para além disso,<br />
não corre o risco de a tinta<br />
se partir ao remover o plástico.<br />
Este produto é especialmente<br />
indicado para o<br />
mascaramento de veículos<br />
com humidade, favorece o<br />
tratamento especial para<br />
uma excelente aderência<br />
à pintura, reforça a facilidade<br />
de corte, os 4 m de<br />
largura da faixa permitem<br />
o mascaramento completo<br />
dos automóveis e os 5 m<br />
de largura são especialmente<br />
adequados para<br />
veículos grandes, como<br />
camionetas.<br />
Nova alinhadora<br />
V3400 ARAGO X-Cel<br />
A John Bean apresentou o topo de gama da nova<br />
geração de alinhadoras de ro<strong>das</strong> 3D, a V3400 ARAGO<br />
X-Cel. Com esta nova ferramenta, a V3400 ARAGO<br />
X-Cel, a John Bean foi ainda mais longe, eliminando<br />
to<strong>das</strong> as ligações por cabo presentes entre a Consola<br />
de Comando e as Colunas <strong>das</strong> Câmaras. No novo sistema<br />
V3400, a transferência de dados é totalmente<br />
efetuada por Bluetooth. Como consequência, a máquina<br />
é agora transportável, podendo ser utilizada em vários<br />
postos de alinhamento, sem necessidade da qualquer<br />
tipo de calibração. Dotada <strong>das</strong> novas câmaras de resolução<br />
ultra-elevada (UHR), e do poderoso<br />
software Pro42, é incomparável na rapidez<br />
e precisão do processo de alinhamento.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
26<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Notícias<br />
Embraiagens Blue Print em promoção<br />
Opinião<br />
António Jacinto<br />
Presidente Conselho Administração Grupo Roady<br />
“Acredito muito nas sinergias”<br />
KYB é fornecedor<br />
do ano<br />
A KYB Europe foi premiada pelo<br />
Groupauto International como “Fornecedor<br />
do Ano“. Fontes da empresa<br />
consideraram o prémio um ”magnífico<br />
certificado de excelência“ depois de<br />
uma eleição em que votaram mais de<br />
1.200 membros do Groupauto. A realidade<br />
é que a KYB Europe colabora<br />
com os sócios de Groupauto há muitos<br />
anos, tempo suficiente para ter demonstrado<br />
a sua eficácia no desenvolvimento<br />
de negócio com todos eles.<br />
Em todo o Mundo, um em cada quatro<br />
carros fabricados traz amortecedores<br />
KYB, embora a empresa também forneça<br />
peças de substituição na Europa<br />
e em todo o lado.<br />
Máquina de<br />
limpeza de filtros<br />
de partículas<br />
● A RPL Clima está a promover<br />
a máquina de limpeza de filtros<br />
de partícula que comercializa e<br />
a sua preparação para o uso do<br />
Kit DPF Flush. A ordem de procedimentos<br />
a seguir é a seguinte:<br />
Instalar um engate rápido compatível<br />
com o sistema de ar comprimido<br />
da oficina à válvula<br />
esfera do tanque do Kit DPF<br />
Flush; Desapertar o tubo de imersão<br />
hexagonal do tanque; Encher<br />
o tanque com máx. 750 ml de<br />
líquido; Aparafusar o tubo de<br />
imersão hexagonal ao tanque;<br />
Ajustar a pressão do sistema de<br />
ar comprimido à max. 7 bar; Conectar<br />
o Kit DPF Flush ao sistema<br />
de ar comprimido da oficina;<br />
Abrir progressivamente e vagarosamente<br />
a válvula esfera do<br />
tanque.<br />
› O novo presidente do Conselho de Administração<br />
do Grupo Roady é português. Chama-se António<br />
Jacinto e quer vincar as sinergias entre Portugal<br />
e França, de modo a poder oferecer preços mais<br />
competitivos<br />
O<br />
ano de <strong>2014</strong> promete ficar inscrito<br />
a letras grossas na história<br />
de António Jacinto. Com a recente<br />
nomeação para a presidência do<br />
Conselho de Administração do Grupo<br />
Roady - que “confessou” ao JORNAL DAS<br />
OFICINAS não estar “à espera” -, a sua<br />
já ocupada vida profissional ganha novos<br />
contornos e maiores responsabilidades.<br />
“Desempenhei o cargo de<br />
Presidente do Conselho de Administração<br />
do Roady Portugal durante quatro<br />
anos e pensava que iria continuar por<br />
mais algum tempo. Este convite foi, de<br />
facto, uma surpresa muito positiva! Assumi<br />
esta nomeação com bastante orgulho,<br />
considerando-a como o<br />
reconhecimento a toda a equipa Roady<br />
pelo excelente trabalho realizado, sobretudo,<br />
no último ano, um ano particularmente<br />
difícil”, adianta António<br />
Jacinto.<br />
Por: Jorge Flores<br />
Primeiro português<br />
“É uma grande honra ser nomeado Presidente<br />
do Conselho de Administração<br />
do Roady a nível Internacional. Maior,<br />
ainda, é o orgulho por saber que esta é<br />
a primeira vez que um português assume<br />
o cargo”, afirma. E, claro está, com<br />
esse detalhe, o “desafio torna-se ainda<br />
maior!”, diz, acrescentando: “Recebi esta<br />
nomeação com um enorme sentimento<br />
de orgulho e, ao mesmo tempo, de responsabilidade.<br />
Não só pela relevância<br />
do cargo como por ser a primeira pessoa,<br />
fora da região de França, a assumi-lo”.<br />
Qual a primeira coisa que fez quando<br />
soube da nomeação? “O que fiz de imediato<br />
foi “deitar mãos à obra” e começar<br />
a pensar no futuro, nomeadamente<br />
como colocar em prática tudo aquilo<br />
em que acredito e que considero ser o<br />
melhor para a marca Roady”.<br />
Já na posse do novo cargo, António<br />
Jacinto recorda que “o objetivo do Roady<br />
é, acima de tudo, responder de<br />
forma mais completa às necessidades<br />
e aos interesses dos nossos clientes.<br />
Acredito que ao unir esforços e ao criar<br />
sinergias entre França e Portugal, estamos<br />
a ir ao encontro dessas necessidades,<br />
uma vez que seremos capazes de<br />
oferecer preços mais competitivos”,<br />
sustenta.<br />
Mudança de vida<br />
Em termos pessoais, a nomeação muda<br />
muito na vida de António Jacinto. “As<br />
deslocações a França tornam-se mais<br />
frequentes, pelo que a organização da<br />
agenda terá que ser muito rigorosa, para<br />
conseguir gerir as funções que desempenho<br />
e a vida pessoal”, conta. Depois,<br />
a questão familiar: “a família é o meu<br />
grande suporte, só o seu apoio me permitiu<br />
aceitar este desafio. Encontrar<br />
momentos que a possam compensar<br />
<strong>das</strong> minhas ausências é um dos meus<br />
objetivos pessoais”, sublinha o homem-<br />
-forte da Roady.<br />
Outra mudança prende-se com a responsabilidade<br />
acrescida que “a aceitação<br />
destas novas funções me trouxe.<br />
Não quero desapontar a equipa nem<br />
aqueles que consideraram que eu estava<br />
à altura deste desafio – um grande desafio<br />
que passa por alinhar estratégias<br />
entre Portugal e França, retirando o<br />
know-how de cada mercado para benefício<br />
de todos”, admite.<br />
Oferta mais competitiva<br />
O Grupo Roady tem ambições muito<br />
concretas para a insígnia. “O principal<br />
objetivo passa pelo desenvolvimento,<br />
não só através da expansão como, também,<br />
de uma oferta ainda mais competitiva,<br />
capaz de responder aos interesses<br />
e necessidades dos nossos clientes.<br />
Afinal, são eles o motor de todo o negócio”,<br />
refere o nosso interlocutor.<br />
Importante será ainda partilhar a informação<br />
existente entre os aderentes dos<br />
vários centros Roady em Portugal e nos<br />
restantes países. “Este é um dos grandes<br />
objetivos do Grupo e do Roady, em<br />
particular. Na verdade, este sentimento<br />
de partilha já está enraizado no Grupo<br />
Os Mosqueteiros, uma vez que é o único<br />
grupo a operar no mercado da distribuição,<br />
dirigido pelos próprios membros.<br />
Ou seja, os donos e responsáveis<br />
de cada ponto de venda do grupo são<br />
empresários independentes, designados<br />
de aderentes, que beneficiam de um<br />
conjunto de estruturas comuns e são<br />
totalmente responsáveis pela gestão<br />
desse ponto”. Como poderá isto ser<br />
feito? António Jacinto considera que,<br />
para que este processo funcione, é prioritário<br />
“ouvir to<strong>das</strong> as partes envolvi<strong>das</strong><br />
e estar no terreno”. Desta forma, ”é importante<br />
percorrer to<strong>das</strong> as regiões onde<br />
se encontram os Pontos de venda Roady,<br />
com o objetivo de estar junto dos seus<br />
responsáveis e <strong>das</strong> equipas, no seu espaço<br />
e ouvi-los na primeira pessoa. Só<br />
assim seremos capazes de perceber as<br />
necessidades da região, de que forma<br />
o Grupo pode ajudar ou contribuir para<br />
o desenvolvimento do negócio, ajustando-o<br />
a cada uma dessas realidades”,<br />
conclui.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
27<br />
Federal Mogul compra divisão frição Honeywell<br />
WOW cresce<br />
A WOW – Würth Online World, empresa do<br />
Grupo Würth, lançou para o mercado português<br />
uma grande novidade em temos de<br />
hardware para diagnóstico automóvel: o IQ<br />
330. Este tablet em simultâneo com o Snooper+<br />
criam uma máquina de diagnóstico<br />
altamente inovadora e com grande mobilidade.<br />
Com classe de proteção IP54 (protegido<br />
contra água e pó), com um ecrã TFT táctil de<br />
9.7” e Dockingstation, este equipamento<br />
completa as opções disponíveis de diagnóstico<br />
apresentado pela WOW, bem como o<br />
inovador SRC – Serviço Receção a Clientes.<br />
Rótulos da Spies Hecker modificados<br />
A<br />
Spies Hecker começou a mudar<br />
no início deste ano os rótulos<br />
dos seus produtos. Esta mudança<br />
é obrigatória em todos os Estados-Membros<br />
da UE para que<br />
cumpram o regulamento europeu<br />
relativo à classificação, rotulagem e<br />
embalagem (CLP) de substâncias e<br />
misturas. O regulamento CLP garante<br />
que os perigos que determinados produtos<br />
químicos apresentam, são explicados<br />
aos trabalhadores e<br />
consumidores na UE através da uma<br />
classificação e rotulagem clara. A legislação<br />
visa colocar a UE em linha com<br />
o Sistema Mundial Harmonizado <strong>das</strong><br />
Nações Uni<strong>das</strong> (GHS da ONU). Com o<br />
tempo, esta nova referência padrão<br />
mundial irá substituir os antigos sistemas<br />
de rotulagem europeus. O novo<br />
regulamento significa que os símbolos<br />
e as palavras de perigo impressas nos<br />
rótulos serão diferentes no estilo e<br />
haverá alguns novos pictogramas.<br />
Rede Rino com Formação sobre<br />
Filtros de Partículas<br />
A Rino, em parceria com a marca<br />
Liqui-Moly, proporcionou duas ações<br />
de formação (Lisboa e Porto) de<br />
forma a preparar os seus Profissionais<br />
para a Limpeza do Filtro de Partículas,<br />
um problema cada vez mais<br />
comum nos automóveis modernos.<br />
Estas sessões decorreram no passado<br />
mêsx de dezembro e contou com o<br />
apoio da Liqui-Moly. Com uma<br />
grande adesão entre os Responsáveis<br />
e os Mecânicos da rede, a formação<br />
serviu para aprofundar conhecimentos<br />
sobre os procedimentos corretos<br />
a cumprir neste serviço de reparação<br />
específico, bem como, para explorar<br />
os principais motivos que estão na<br />
origem deste tipo de avaria. A formação<br />
contou ainda com uma parte<br />
prática, para demonstração do processo<br />
de limpeza e de apresentação<br />
do Kit de limpeza para filtros de<br />
partículas, uma solução da Liqui-<br />
-Moly para clientes profissionais.<br />
PUB<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
28<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Notícias<br />
StatusGrau comercializa Fasep em Portugal<br />
Entrevista<br />
Reto Frey<br />
Market Field Manager da Sika<br />
Inovação, performance e competência<br />
Recentemente participou de forma<br />
ativa no desenvolvimento da nova<br />
carroçaria em carbono do BMW i,<br />
criando soluções adequa<strong>das</strong> e eficientes<br />
para se obterem ligações robustas e duráveis,<br />
com características completamente<br />
diferentes <strong>das</strong> habituais.<br />
Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS,<br />
Reto Frey, Market Field Manager – Crash<br />
Body Repair da Sika a nível mundial, explica<br />
a importância <strong>das</strong> parcerias que mantém<br />
com os fabricantes de automóveis e os<br />
benefícios que essas sinergias trazem para<br />
o Aftermarket.<br />
Qual a importância do setor automóvel<br />
no volume total de negócios da Sika?<br />
Em 2013, a Sika em geral teve um resultado<br />
de ven<strong>das</strong> totais no valor de 6 biliões de<br />
francos suíços, em que um quinto está<br />
alocado ao negócio Indústria. A reparação<br />
automóvel é um dos cinco principais negócios<br />
na Indústria. Os outros pilares são<br />
o sector de fabrico automóvel, os veículos<br />
de transporte, aplicações varia<strong>das</strong> em<br />
mercados que não de veículos e os compósitos.<br />
Quais os principais produtos comercializados<br />
pela Sika para o setor automóvel?<br />
Somos muito fortes nos adesivos SikaTack<br />
para a substituição de para-brisas. Nesse<br />
sector somos claramente líderes globais.<br />
Também muito importantes são os produtos<br />
para selagem Sikaflex.<br />
Como é atualmente constituída a gama<br />
de produtos Sika para o setor automóvel?<br />
A Sika de uma forma geral ambiciona disponibilizar<br />
as melhores soluções basea<strong>das</strong><br />
nas nossas competências, nas áreas de<br />
selagem, colagem, isolamento acústico,<br />
reforço estrutural e proteção. Assim, temos<br />
a gama dividida da seguinte forma: Sika-<br />
Tack, Sikaflex e SikaTitan, são os adesivos<br />
para substituição de vidro automóvel,<br />
Sikaflex são os produtos para selagens em<br />
geral e também existe outra gama de<br />
Sikaflex para colagens flexíveis. SikaPower<br />
são adesivos estruturais para colagem de<br />
painéis e também com este nome adesivos<br />
para a reparação de plásticos e o SikaGard<br />
são os produtos anti-gravilha,<br />
isolamentos interiores e selantes de cavidades.<br />
Que evolução tem havido nas colas e<br />
adesivos destinados à reparação automóvel?<br />
Tempo é dinheiro. As exigências dos<br />
clientes vão no sentido dos produtos<br />
puderem ajudar a poupar tempo de<br />
processo. Por outras palavras, menor<br />
preparação de superfície, processos de<br />
cura mais rápidos e maior facilidade de<br />
aplicação são o pretendido. Neste sentido,<br />
os nossos produtos são desenhados<br />
e testados para terem a máxima eficiência.<br />
Quais são na atualidade os maiores<br />
desafios para a Sika no desenvolvimento<br />
de novos produtos para o setor<br />
automóvel?<br />
Nós temos um portfólio de produtos<br />
equilibrado e estamos presentes com<br />
uma equipa de ven<strong>das</strong> dedicada em<br />
praticamente todos os países. Mas em<br />
alguns países, a forma da marca Sika<br />
estar junto dos clientes pode ainda ser<br />
reforçada. Temos que ser mais ativos na<br />
reparação automóvel e estar mais perto<br />
dos clientes finais. Estes são realmente<br />
os nossos maiores desafios.<br />
A Sika participou no desenvolvimento<br />
da nova carroçaria em carbono dos<br />
BMW i. Quais as vantagens e mais<br />
valias desta sinergia com um fabricante<br />
de automóveis?<br />
O novo BMW i reúne a última tecnologia<br />
dos materiais compósitos como o plástico<br />
reforçado com fibra de carbono<br />
(CFRP). Um dos desafios foi encontrar as<br />
soluções adequa<strong>das</strong> e eficientes para se<br />
obterem ligações robustas e duráveis,<br />
com características completamente diferentes.<br />
Estas tarefas fizeram-nos adequar<br />
ao futuro onde o design com<br />
compósitos terá ainda mais importância.<br />
Considera importante esta colaboração<br />
próxima com fabricantes de automóveis?<br />
Porquê?<br />
Se uma empresa quer ser líder da inovação<br />
para a reparação automóvel tem<br />
que estar próxima do fabrico de automóveis.<br />
Há sempre novos desafios originados<br />
por novos substratos, novos<br />
métodos de produção ou requisitos para<br />
a performance dos produtos mais elevados,<br />
o que muito frequentemente<br />
originam o lançamento de novos produtos<br />
por parte da Sika. Graças a isto<br />
estamos sempre atualizados quanto aos<br />
requisitos técnicos e exigências dos futuros<br />
automóveis.<br />
Na prática, quais são os ganhos para<br />
o setor aftermarket dessas parcerias?<br />
A Sika é um fornecedor de primeira linha<br />
e parceiro de desenvolvimento da indústria<br />
automóvel. Os conhecimentos<br />
que adquirimos com esta parceria vão-<br />
-se refletir também nos produtos para<br />
o aftermarket. Há mais de 25 anos que<br />
a Sika trabalha arduamente para desenvolver<br />
e oferecer produtos que constantemente<br />
preenchem as especificações<br />
OEM.<br />
A quem são destinados os produtos<br />
Sika?<br />
O nosso foco é claramente as oficinas<br />
de colisão. Ou seja, não desenvolvemos<br />
produtos especificamente para trabalhos<br />
de eletricidade ou mecânica. Não obstante<br />
de vários produtos poderem ser<br />
utilizados nessas áreas.<br />
Que factores valorizam as oficinas de<br />
colisão ao escolherem um fornecedor<br />
de colas e adesivos?<br />
Inovação, performance e competência<br />
no fabrico de automóveis associados a<br />
segurança comprovada, confiança e<br />
fácil aplicação fazem dos produtos Sika<br />
o número um <strong>das</strong> escolhas nas oficinas<br />
de reparação. Os nossos produtos permitem<br />
rapidez nos processos de trabalho<br />
e asseguram uma restituição do<br />
aspecto do veículo original.<br />
Texa aposta na<br />
função TGS 3s<br />
● O software da TEXA IDC4 CAR<br />
50 fica 30 vezes mais rápido com<br />
o módulo TGSS 3s, ajudando os<br />
clientes da marca a agilizar os seus<br />
processos de trabalho. Para exemplificar<br />
essa performance, a Texa<br />
afirma que esta função é capaz de<br />
buscar as 33 centralinas de um<br />
Ford Focus 1.6i a gasolina em apenas<br />
30 segundos, o que dá menos<br />
de 1 segundo de vistoria por unidade.<br />
Uma vez terminada a busca,<br />
a função TGS3s mostra os resultados<br />
obtidos, a presença de determina<strong>das</strong><br />
centralinas a bordo,<br />
possíveis erros e a variante correta<br />
para um modelo determinado.<br />
Novo disco de<br />
travão Metelli<br />
● A Metelli expandiu a sua gama de<br />
componentes de travão com um novo<br />
disco de travão com rolamento integrado,<br />
que foi especialmente concebido para<br />
o eixo traseiro de veículos franceses. Este<br />
novo produto é o resultado da montagem<br />
de um disco de travão, um rolamento<br />
e uma série de acessórios,<br />
incluindo o anel de sensor de ABS. A sua<br />
característica distintiva é o rolamento<br />
integrado, composto por um par de rolos<br />
cónicos inseridos no orifício de montagem<br />
do disco de travão, que o fixa ao<br />
cubo de roda. O disco de travão com<br />
rolamento integrado é um produto único<br />
e altamente tecnológico, que não pode<br />
ser desmontado e cujas partes não podem<br />
ser substituí<strong>das</strong>. Em caso de desgaste<br />
excessivo, a peça tem que ser<br />
substituída na sua totalidade. Os modelos<br />
de discos de travão com rolamento<br />
integrado desenhados pela Metelli podem<br />
ser instalados no eixo traseiro dos<br />
seguintes veículos: Renault, Clio, Scenic,<br />
Modus, Grand Scenic, Laguna, Velsatis,<br />
Espace, Citroën C4, Peugeot 207 e<br />
307/308.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
29<br />
BorgWarner compra Wahle<br />
Metelli reforça gama de travagem<br />
gdfdfgdfgdfg sdfsdfgsdafgda<br />
Linhas estratégicas Bosch <strong>2014</strong><br />
A<br />
Divisão da Bosch Automotive Aftermarket<br />
realizou em Dezembro<br />
passado, nas instalações de Madrid<br />
da Bosch Espanha, a sua convenção anual<br />
de gerentes dos seus principais distribuidores<br />
espanhóis e portuguesas, na qual,<br />
sob o lema “Bosch - A arte de inovar“<br />
apresentou as principais linhas estratégicas<br />
para o novo ano de <strong>2014</strong>. A Convenção<br />
dividiu-se em duas jorna<strong>das</strong> de trabalho,<br />
tendo no primeiro dia (12/12) aberto o<br />
evento Frank Seidel, presidente do Grupo<br />
Bosch Iberia, onde falou sobre a situação<br />
do grupo nas duas diferentes divisões.<br />
Tomás Millán, vice presidente económico<br />
da Fábrica de Madrid, falou da situação<br />
na fábrica, as suas atividade e descreveu<br />
a fase prévia de investigação, desenvolvimento<br />
e ensaio que precede o lançamento<br />
de qualquer produto. Por ser turno,<br />
Marian Luño, directora da Bosch Automotive<br />
Aftermarket Iberia, apresentou aos<br />
assistentes as tendências do mercado e<br />
as diferentes estratégias inovadoras da<br />
Bosch para as enfrentar, além da diferenciação<br />
de mercados, oportunidades de<br />
negócio e outros projetos que a empresa<br />
levará a cabo em <strong>2014</strong>. Por último, Sinforiano<br />
Gallo, director de marketing da Divisão,<br />
descreveu a situação atual do<br />
mercado, apresentando dados novas<br />
estratégias que marketing que vão ser<br />
implementa<strong>das</strong>.<br />
Na segunda jornada de trabalho (13/12),<br />
os assistentes foram rodando nas sete<br />
estações estrutura<strong>das</strong> pela Bosch: estratégia<br />
de comunicação e fidelização, conceitos<br />
de oficina, estratégia comercial de<br />
peças, novas oportunidades de negócio,<br />
segmentação de produto e veículo industrial.<br />
Para dar substância ao lema da convenção,<br />
os produtos equipamentos e conceitos<br />
Bosch presentes no evento estavam acompanhados<br />
de obras de arte autênticas e<br />
reconheci<strong>das</strong>, dentro de uma lógica de<br />
afinidade da temática.<br />
TOPCAR<br />
cumpre plano<br />
de formação<br />
● Cumprindo o seu ambicioso<br />
plano de formação anual, a rede<br />
de oficinas TOPCAR totalizou um<br />
volume de 2.850 horas de formação<br />
certificada, em 2013. Este volume<br />
de horas foi alcançado<br />
através <strong>das</strong> 14 sessões de formação<br />
que ocorreram durante 2013: 6<br />
ações de mecatrónica, 6 ações de<br />
colisão e 2 ações comercial e gestão<br />
de clientes. Para Marco Silva,<br />
gestor da rede TOPCAR: “este resultado<br />
espelha o forte investimento<br />
que fazemos na melhoria<br />
<strong>das</strong> competências e do conhecimento<br />
dos profissionais da nossa<br />
rede de oficinas. A formação é uma<br />
<strong>das</strong> nossas grandes bandeiras, pois<br />
acreditamos que só através da<br />
aprendizagem contínua conseguimos<br />
acompanhar a evolução tecnológica<br />
deste setor. “<br />
PUB<br />
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30<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Notícias<br />
WOW – Wurth Online World cresce em Portugal<br />
Krautli Portugal lança nova gama<br />
Baterias YUASA Auto <strong>2014</strong> e YU-FIT<br />
A Yuasa acaba de renovar o seu portefólio de Baterias Auto, conferindo à marca uma imagem mais moderna e apelativa<br />
Com um reforço da gama para responder a to<strong>das</strong> as<br />
necessidades da indústria automóvel, a nova gama<br />
<strong>2014</strong> apresenta uma ajustada segmentação do programa,<br />
assim como a alteração da denominação para uma<br />
identificação mais simples.<br />
As gamas SUPREME e PROFESSIONAL, são agora substituí<strong>das</strong><br />
pelas novas gamas designa<strong>das</strong> por YBX 1000, YBX 3000<br />
e YBX 5000. A gama AGM passa a designar-se YBX 9000 e<br />
entra uma nova gama EFB designada por YBX 7000.<br />
Porquê alterar a nova gama Yuasa?<br />
A Yuasa mantém um forte crescimento no mercado Europeu<br />
e esta nova gama vai permitir uma oferta adequada<br />
a to<strong>das</strong> as necessidades do mercado, consolidando a posição<br />
da marca como um dos maiores fabricantes mundiais<br />
de baterias. Por outro lado, novas legislações e exigências<br />
tecnológicas pelos fabricantes automóveis, têm levado à<br />
introdução de inovações no mercado.<br />
Quanto à tecnologia utilizada, a Yuasa utiliza em toda a<br />
sua gama a tecnologia cálcio/cálcio garantindo dessa forma<br />
as mais eleva<strong>das</strong> prestações numa indústria cada vez mais<br />
exigente. A gama AGM está ainda mais completa aumentando<br />
de 4 para 6 referências. A nova gama YBX 7000 (EFB)<br />
para veículos Start & Stop, apresenta uma gama de 11<br />
referências. A gama para Veículos Pesados aumentou de<br />
2 para 3 gamas com a introdução da bateria CARGO DEEP<br />
CYCLE de alto rendimento para veículos com consumos<br />
elevados de energia.<br />
YU-FIT – Ferramenta de configuraçãoo<br />
A Yuasa tem agora disponível uma nova ferramenta para<br />
configuração de baterias, o YU-FIT Yuasa. Os veículos mais<br />
recentes, nomeadamente os veículos híbridos equipados<br />
com sistemas de controlo de emissões, requerem uma<br />
configuração da baterias quando substituída. Essa configuração<br />
pode ser feita utilizando o equipamento de configuração<br />
YU-FIT Yuasa.<br />
Botão Inteligente – Catálogo<br />
Permite um acesso direto ao catálogo para a escolha correta<br />
da bateria pretendida, de acordo com os dados da<br />
marca e modelo do veículo. Tem incluído também informações<br />
adicionais, assegurando assim uma solução completa<br />
a todos os profissionais:<br />
- Mostra com detalhe as especificações <strong>das</strong> baterias e dados<br />
da localização da bateria no veículo;<br />
- Permite uma identificação rápida e precisa da bateria;<br />
- Fornece informações adicionais acerca da bateria selecionada;<br />
- Permite o registo do equipamento YU-FIT para a configuração<br />
<strong>das</strong> baterias.<br />
A Yuasa tem agora disponíwvel<br />
uma nova ferramenta para<br />
configuração de baterias, o<br />
YU-FIT<br />
NGK equipa Peugeot 208 GTI e 2008<br />
A colaboração entre a NGK e<br />
Peugeot Sport resultou em várias<br />
vitórias no Campeonato do<br />
Mundo Mundial de Ralis, com<br />
os programas WRC 206 e 307<br />
programas. Hoje, os modelos<br />
desportivos da marca tiram partido<br />
desta colaboração, como<br />
acontece com o Peugeot 208<br />
GTI, equipado com um motor a<br />
gasolina THP 1.6 de 200 cv, com<br />
uma caixa manual de 6 velocidades<br />
com raports curtos. Com<br />
um binário máximo de 275 Nm,<br />
o 208 GTI tem uma boa resposta<br />
do motor e aceleração.<br />
Acelera dos 0 aos 100 km/h em<br />
menos de 7 segundos e o primeiro<br />
1 km é alcançado em 26,9<br />
segundos. Para este modelo a<br />
NGK selecionou a vela tipo IL-<br />
ZKBR7A-8G, com uma rosca<br />
M12, um eléctrodo central,ponta<br />
de irídio de 0,6 mm de diâmetro<br />
e uma ponta de platina no eléctrodo<br />
de massa. Além deste<br />
modelo, a NGK também equipa<br />
de origem o crossover urbano<br />
2008, com a sonda lambda NTK<br />
OZA603 -U1.<br />
BorgWarner compra a Wahler<br />
A BorgWarner assinou um<br />
acordo de aquisição de to<strong>das</strong> as<br />
ações do fabricante de válvulas<br />
de recirculação de gases de escape<br />
(EGR) tubos e termóstatos<br />
Wahler. Com instalações na<br />
Alemanha, Brasil, EUA, China<br />
e Eslováquia, esta empresa emprega<br />
cerca de 1.250 pessoas<br />
globalmente e fornece clientes<br />
como: Daimler, VW, BMW, GM<br />
e John Deere, tendo tido em 2013<br />
um volume de ven<strong>das</strong> de cerca<br />
de 350 milhões de dólares. Os<br />
dados do acordo não foram revelados,<br />
mas espera-se que o<br />
negócio esteja concluído no 1º<br />
trimestre de <strong>2014</strong>, após a aprovação<br />
regulamentar habitual. De<br />
acordo com James Verrier, presidente<br />
e diretor executivo da<br />
BorgWarner, “Tanto do ponto<br />
de vista da tecnologia e da geografia,<br />
como financeiramente,<br />
esta aquisição é uma excelente<br />
aposta estratégica. A compra<br />
fortalece a posição da BorgWarner<br />
como produtor de sistemas<br />
EGR completos e cria novas<br />
oportunidades de mercado,<br />
tanto para aplicações em veículos<br />
de passageiros, como comerciais“,<br />
Acrescentou aquele<br />
responsável.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
32<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Breves<br />
Volantes<br />
DT Spare Parts<br />
Site FM<br />
Equipamentos<br />
Motul ajuda a<br />
escolher lubrificante<br />
● A DT Spare Parts oferece uma gama<br />
completa com mais de 30 mil peças de<br />
substituição para camiões, reboques e<br />
autocarros, incluindo volante-motor. O<br />
volante-motor está localizado do lado<br />
exterior da cambota e estabelece a ligação<br />
entre o motor e a embraiagem. Este<br />
componente assegura um trabalhar mais<br />
suave do motor. Através da rotação da<br />
cambota, o volante-motor armazena<br />
energia cinética. Do lado de dentro do<br />
volante bimassa ou motor existe um anel<br />
no qual o pinhão de arranque engrena<br />
quando o motor começa a funcionar. Os<br />
dentes do anel foram especialmente<br />
tratados para resistir ao aquecimento, o<br />
que assegura um nível de fiabilidade<br />
elevado.<br />
Japopeças<br />
no Salão de Tóquio<br />
● A Japopeças esteve presente no Japão<br />
no passado mês de Dezembro enquanto<br />
decorria o evento Tokyo Motor Show<br />
2013. Especialista no comércio de peças<br />
e acessórios auto para viaturas Asiáticas,<br />
Luís Almeida teve a oportunidade de<br />
acompanhar de perto a origem dos produtos<br />
“Made in Japan” que representa e<br />
distribui no nosso país. A Japopeças<br />
seguiu viagem a convite da Aisin, e foi<br />
galardoada enquanto único AFA Member<br />
no mercado Português como representante<br />
Aisin, estatuto que detém desde<br />
2009.<br />
● Sediada no eixo Lisboa-Sintra, com<br />
experiência de 40 anos na área de acessórios<br />
e equipamentos auto, a FM Equipamentos<br />
Auto apresentou um novo site<br />
que pode ser visitado em www.fm-equipamentos.com.<br />
Com o lançamento deste<br />
site, a FM Equipamentos pretende dar<br />
uma informação completa sobre a gama<br />
de equipamentos Hella-Gutmann que<br />
comercializa, nomeadamente: aparelhos<br />
de diagnóstico multimarca, analisadores<br />
de gases (gasolina e diesel), máquinas<br />
para ar condicionado (ligeiros e pesados),<br />
entre outros.<br />
● Tem dúvi<strong>das</strong> acerca do lubrificante<br />
que deve colocar em cada veículo<br />
quando vai fazer uma revisão? A Motul<br />
dá-lhe a solução com a sua renovada<br />
página de internet, basta aceder a www.<br />
motul.com, selecionar o idioma “Português”<br />
e pesquisar em “Que Produto – Assessor<br />
de Lubrificantes”. Desde Janeiro<br />
de <strong>2014</strong> a Motul disponibiliza um novo<br />
site com novas e melhores funcionalidades.<br />
Entre as mais relevantes destacam-se:<br />
o maior número total de<br />
recomendações por veículo e quilometrarem<br />
recomendada; gama de lubrificantes<br />
para veículos clássicos, barcos,<br />
maquinaria estacionária, equipamentos<br />
de minas, máquinas industriais e ainda<br />
mais viaturas pesa<strong>das</strong>, entre outros, e<br />
possibilidade de passar a PDF a recomendação<br />
automaticamente com toda a<br />
informação.<br />
Monroe alarga<br />
oferta<br />
Mahle equipa<br />
BMW Série 4<br />
● O novo BMW Série 4, o Coupé da<br />
gama do Série 3, é dono de um formato<br />
mais baixo e alargado do que o seu antecessor.<br />
Traz ainda melhorias a nível<br />
mecânico que a Mahle forneceu. Assim,<br />
muitos dos componentes dos vários<br />
motores da gama são provenientes deste<br />
fabricante, como pistões, segmentos,<br />
casquilhos, árvore de cames, válvulas,<br />
tampas <strong>das</strong> válvulas, filtros de combustível<br />
e de ar, módulos de admissão de<br />
óleo, módulos dos filtros de óleo e bombas<br />
de óleo.<br />
Pulverizadores<br />
da EMM<br />
● A EMM International BV, empresa<br />
holandesa que se dedica à produção de<br />
complementos para pintura, apresentou<br />
um sistema único para codificar cada lata<br />
pulverizadora. A Colad, marca que pertence<br />
à EMM, lançou uma lata de pulverizador<br />
(uma lata de spray de pintura)<br />
com um sistema de cores único. Esta<br />
garrafa utiliza um sistema de códigos de<br />
cor que permitem identificar os diferentes<br />
tipos de tinta de cada garrafa. Cada<br />
lata inclui um jogo de cinco aros de cores<br />
muito fáceis de colocar. Possui ainda<br />
marcadores para poder indicar a que cor<br />
corresponde cada uma <strong>das</strong> latas.<br />
● A Tenneco reforçou a confiança dos<br />
seus clientes apostando em produtos<br />
de qualidade e de excelente desempenho.<br />
O objetivo é acabar com reclamações<br />
por parte dos clientes oferecendo<br />
ao mercado uma variedade de produtos<br />
muitos vasta, desde amortecedores a<br />
componentes de direção que estejam<br />
totalmente isentos de anomalias. A Tenneco<br />
está entre os fabricantes de elite<br />
de equipamento original, e também está<br />
muito presente com a marca. Monroe<br />
no aftermarket IAM. Uma <strong>das</strong> chaves para<br />
o sucesso dos componentes de suspensão<br />
e direção Monroe é a qualidade dos<br />
elastómetros. A Tenneco é um dos principais<br />
fabricantes mundiais em compostos<br />
avançados elastoméricos e os seus<br />
engenheiros alavancam esta liderança<br />
no Equipamento Original para ajudar a<br />
determinar os materiais ideais para o<br />
aftermarket.<br />
Bombas de água<br />
ContiTech<br />
● A ContiTech expandiu a sua competência<br />
na área <strong>das</strong> bombas de água.<br />
Assim, deixa de receber este componente<br />
completo a partir de um fornecedor,<br />
importando-o diretamente do fabricante<br />
e conferindo-lhe as suas próprias aprovações.<br />
Por isso, a bomba de água de<br />
vem dentro da embalagem do kits da<br />
correia da distribuição ostenta a marca<br />
ContiTech. René Borries, gestor de produto<br />
na empresa, referiu: “Estamos a<br />
oferecer serviço de qualidade “non-stop”<br />
e temos toda a responsabilidade por tudo<br />
o que compõe os nossos kits. Os nossos<br />
clientes só têm vantagens em optar pela<br />
nossa marca.”<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Classificados<br />
33<br />
2 Módulos<br />
50 euros + IVa<br />
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34<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Comércio & Indústria<br />
Renault ZOE Intens<br />
AVALIAÇÃO obrigatória<br />
Revolução silenciosa<br />
› É o mais apelativo veículo 100% elétrico da Renault. E o mais agradável de conduzir. Equipado com<br />
bateria de iões de Lítio, anuncia uma autonomia de 210 km. Amigo do ambiente, económico e acessível,<br />
é comercializado com aluguer mensal da bateria: desde €79 para um máximo de 12 500 km/ano<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
A<br />
Renault está a proceder a uma<br />
autêntica revolução silenciosa.<br />
Depois dos Fluence Z.E., Twizy e<br />
Kangoo Z.E., o ZOE é o mais recente veículo<br />
com emissões zero que a marca<br />
francesa lançou em Portugal. Reclama<br />
ser o automóvel 100% elétrico mais acessível<br />
do mercado. E o que maior autonomia<br />
oferece: 210 km em ciclo normalizado<br />
NEDC. Graças, também, ao sistema Range<br />
Optimizer, que engloba três inovações<br />
técnicas: sistema de travagem regenerativo<br />
de nova geração (permite o recarregamento<br />
da bateria sempre que se<br />
pressiona o pedal do travão ou quando<br />
se desacelera); bomba de calor que reduz,<br />
significativamente, as disparidades de<br />
autonomia durante as estações de frio e<br />
calor; pneus Michelin Energy E-V, que<br />
combinam poupança de energia, segurança<br />
e durabilidade (não é o caso da<br />
unidade aqui presente, que está equipada<br />
com pneus Michelin Primacy 3).<br />
A qualidade pode ser<br />
inferior à do Clio, mas<br />
o ambiente luminoso,<br />
puro e relaxante do<br />
habitáculo merecem<br />
nota mais. Tal como o<br />
espaço e o equipamento<br />
■ Assistência vitalícia<br />
Patenteado pela Renault, o carregador<br />
Caméléon do ZOE adapta-se à potência<br />
disponível, monofásica ou trifásica, até<br />
43 kW, permitindo carregar 80% da bateria<br />
em 30 minutos (carga rápida). Mas<br />
este revolucionário carregador apresenta,<br />
também, a vantagem única de ser capaz<br />
de recarregar a bateria do ZOE em níveis<br />
de potência variáveis: por exemplo, a 11<br />
kW (carregamento de cerca de duas horas)<br />
ou 22 kW (80% da bateria num carregamento<br />
de uma hora). Isto para além do<br />
carregamento 3 kW standard (6h a 9h). E<br />
como este veículo não disponibiliza cabo<br />
nem adaptador que permita ligá-lo a uma<br />
tomada doméstica (tal deverá acontecer<br />
em <strong>2014</strong>), as operações de carregamento<br />
do ZOE fora dos postos públicos devem<br />
ser efetua<strong>das</strong> através de uma Wall-Box,<br />
equipamento que é oferecido e instalado<br />
pela Renault: em casa ou no local de trabalho<br />
do cliente.<br />
Agradável de conduzir, prático e funcional,<br />
a utilização (urbana) do ZOE deve, contudo,<br />
ser bem gerida de modo a evitar a<br />
embaraçosa situação da falta de autonomia.<br />
Mas este utilitário francês apresenta<br />
uma vantagem única associada ao aluguer<br />
da bateria: assistência vitalícia em qualquer<br />
avaria ou falta de autonomia. Esta<br />
assistência é válida durante a vigência do<br />
contrato de aluguer da bateria, está disponível<br />
24 horas por dia e aplica-se a<br />
qualquer tipo de falha de energia relacionada<br />
com o motor elétrico, a bateria ou<br />
o automóvel. Se o ZOE ficar sem carga na<br />
bateria, o condutor terá apenas de chamar<br />
o serviço de assistência, que levará a viatura<br />
até uma estação de carregamento,<br />
num raio de 80 km. Caso ocorra outra<br />
falha técnica que provoque a imobilização,<br />
o ZOE será levado para um centro especializado<br />
Z.E. e será disponibilizada uma<br />
solução de mobilidade para que os utilizadores<br />
possam chegar ao seu destino.<br />
Realce, também, para a possibilidade dos<br />
proprietários do ZOE poderem aceder a<br />
informação e até interagir com o automóvel<br />
através de um smartphone ou de<br />
um computador. Ligar ou programar a<br />
climatização, iniciar o carregamento da<br />
bateria ou programar os horários de carregamento,<br />
são apenas algumas <strong>das</strong><br />
muitas operações que podem ser efetua<strong>das</strong><br />
à distância.<br />
Ainda que em volumetria seja idêntico<br />
ao Clio (a altura superior do ZOE resulta<br />
do facto de a sua bateria estar alojada sob<br />
o piso), este veículo 100% elétrico deve<br />
todo o seu apelo visual à carroçaria de<br />
cinco portas pintada de branco, que ostenta<br />
linhas modernas e uma identidade<br />
muito própria. A assinatura azul luminosa,<br />
os LED estilizados e o azul “elétrico” presente<br />
nos grupos óticos dianteiros e traseiros,<br />
bem como no símbolo Renault de<br />
grandes proporções, confere-lhe uma<br />
imagem futurista. As jantes de 17” “Tech<br />
Run” diamanta<strong>das</strong> são opcionais (custam<br />
€300).<br />
■ Quilómetros de economia<br />
Bem equipado e dotado de uma habitabilidade<br />
ampla, o habitáculo do ZOE faz-<br />
-se valer de um elevado nível de segurança<br />
e de uma bagageira volumosa. O posto<br />
de condução é correto, embora algo elevado,<br />
a qualidade é inferior à que pode<br />
ser encontrada no Clio e o ambiente in-<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
35<br />
MOTOR ELÉTRICO<br />
Tipo<br />
Renault ZOE Intens<br />
síncrono<br />
de rotor bobinado<br />
Potência máxima (kW-cv/rpm) 65-88/3000-11 300<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 220/250-2500<br />
A bateria de iões de<br />
Lítio encontra-se<br />
alojada sob o piso<br />
BATERIA<br />
Tipo<br />
iões de Lítio<br />
Tensão total (V) 400<br />
Capacidade energética total (kWh) 22<br />
Número de módulos/células 12/192<br />
Peso (kg) 290<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
Caixa de velocidades<br />
dianteira com ESP + CSV<br />
1+marcha-atrás<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 10,56<br />
Os 65 kW e 200 Nm são transmitidos às ro<strong>das</strong><br />
dianteiras através de uma caixa de duas velocidades<br />
Quando está parado, o ZOE tem uma distribuição de peso<br />
de 59% para a frente e 41% para trás. Nada mau<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventilados (258)<br />
Traseiros (ø mm) tambores (228)<br />
ABS<br />
sim, com REF + AFU<br />
terior é luminoso, puro e relaxante. A<br />
assinatura Z.E. surge em destaque na<br />
alavanca da caixa e no encosto de cabeça<br />
do condutor. Os bancos incluem um tratamento<br />
anti-nódoas em Teflon para<br />
limpeza fácil.<br />
O ecrã TFT (Thin Film Transistor) do painel<br />
de instrumentos permite uma leitura<br />
constante dos parâmetros relacionados<br />
com estilo de condução e autonomia,<br />
tendo ainda a particularidade de mudar<br />
a cor de fundo em função do estilo de<br />
condução adotado: verde para condução<br />
ecológica; azul para condução neutra;<br />
violeta para condução desportiva. Já o<br />
ecrã de 7” do R-Link, permite controlar as<br />
funções do sistema, para além de outras<br />
especificamente dedica<strong>das</strong> à condução<br />
deste modelo.<br />
Equipado com motor elétrico, do tipo<br />
síncrono, de rotor bobinado, o ZOE, para<br />
além de confortável q.b., fácil de conduzir<br />
e com reações honestas, oferece prestações<br />
muito interessantes. A sua<br />
distribuição de peso, quando está imobilizado,<br />
é de 59% para a frente e 41%<br />
para a traseira. Os 65 kW de potência e<br />
200 Nm de binário são transmitidos às<br />
ro<strong>das</strong> dianteiras por intermédio de uma<br />
caixa “automática” de duas velocidades:<br />
uma para andar para a frente; outra para<br />
andar para trás. E para a poupança ser<br />
ainda maior, basta selecionar o modo<br />
“Eco”: as características dinâmicas do ZOE,<br />
bem como a potência do ar condicionado<br />
ou do aquecimento, são reduzi<strong>das</strong> para<br />
ganhar quilómetros de autonomia.<br />
Segundo a Renault, no ZOE, um café e<br />
um pastel de nata saem mais caros do<br />
que uma viagem de 100 km. Atendendo<br />
ao custo atual da tarifa de eletricidade<br />
para consumo doméstico, 100 km representam,<br />
neste modelo, entre €1,4 e €2,2.<br />
E os 15 kW necessários para carregar a<br />
bateria de modo a poderem ser percorridos<br />
100 km, imaginando que todos os<br />
dias esta operação é efetuada, traduzem-<br />
O carregador Caméléon adapta-se à potência disponível, monofásica<br />
ou trifásica, até 43 kW, admitindo, assim, várias modalidades de<br />
carregamento, desde 80% em 30 minutos até ao standard (6h a 9h)<br />
Para uma maior poupança, basta selecionar o modo “Eco”: as<br />
características dinâmicas, bem como a potência do ar condicionado<br />
ou do aquecimento, são reduzi<strong>das</strong> para ganhar autonomia<br />
-se numa fatura mensal de eletricidade<br />
de €42 a €66. Depois, há que somar o<br />
encargo do aluguer mensal da bateria<br />
(que é, no fundo, um pacote de serviços),<br />
que varia em função da quilometragem<br />
percorrida: de €79 para um máximo de<br />
12 500 km/ano até €142 para um máximo<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
Traseira<br />
Barra estabilizadora frente/trás<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 135<br />
0-100 km/h (s) 13,5<br />
Consumo de energia (Wh/km) 146<br />
Emissões de CO2 (g/km) 0<br />
McPherson<br />
eixo semi-rígido<br />
sim/sim<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4084/1730/1562<br />
Distância entre eixos (mm) 2588<br />
Vias frente/trás (mm) 1511/1510<br />
Capacidade da mala (l) 338-1225<br />
Peso (kg) 1468<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 16,68<br />
Jantes de série<br />
6 1/2Jx16”<br />
Pneus de série 195/55R16<br />
Pneus da unidade testada<br />
GARANTIAS<br />
Mecânica<br />
Pintura<br />
Anticorrosão<br />
Bateria<br />
de 36 mil km/ano. Contas feitas, o ZOE<br />
tem custos de utilização inferiores face<br />
aos modelos equipados com motores de<br />
combustão. Isto para já não falar da ausência<br />
de poluição sonora e da inexistência<br />
de emissões poluentes.<br />
Para além dos 5 anos de garantia ou 150<br />
Michelin Primacy<br />
3, 205/45R17<br />
5 anos ou 150 mil km<br />
3 anos<br />
12 anos<br />
vitalícia<br />
ASSISTÊNCIA<br />
1.ª revisão 1 ano ou 30 mil km<br />
Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €26,57<br />
Intervalos<br />
cada 30 mil km<br />
PREÇO (s/ despesas) € 23 076<br />
Unidade testada: € 23 376<br />
Imposto Único Circulação (IUC) isento<br />
mil km, o ZOE dispõe de garantia vitalícia<br />
para a bateria: o contrato de aluguer determina<br />
que a bateria deve estar sempre<br />
operacional e com capacidade de carga<br />
superior a 75% da sua capacidade inicial.<br />
Se uma destas duas condições não se verificar,<br />
a bateria é substituída sem custos.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
36<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Comércio & Indústria<br />
EMEL já tem frota<br />
elétrica Renault<br />
● A Renault entregou cinco unidades<br />
do comercial 100% elétrico<br />
Kangoo Z.E. à EMEL, naquela que<br />
é a primeira frota em Portugal de<br />
veículos comerciais ligeiros com<br />
emissões zero. Para dar resposta às<br />
suas necessidades e na sequência<br />
da política de renovação da sua<br />
frota, a EMEL optou pela aquisição<br />
destes modelos.<br />
Os Kangoo Z.E. serão utilizados<br />
diariamente na manutenção de<br />
espaços e equipamentos e ainda<br />
na coleta. A entrega formal desta<br />
frota elétrica foi realizada no Parque<br />
do Chão do Loureiro, em Lisboa,<br />
por Xavier Martinet, Administrador-<br />
-Delegado da Renault, tendo a<br />
EMEL sido representada pelo seu<br />
presidente, António Júlio de Almeida.<br />
Seat Leon Cupra<br />
em <strong>Fevereiro</strong><br />
● Disponível nas variantes de cinco<br />
portas e SC, o novo desportivo da<br />
casa de Martorell surge equipado<br />
com o motor 2.0 TSI dotado de<br />
dupla injeção, turbo, distribuição<br />
variável e sistema start/stop, que<br />
poderá ser requisitado nos patamares<br />
de 265 ou 280 cv. Do seu<br />
leque de características fazem parte<br />
a direção progressiva, o dispositivo<br />
eletrónico XDS (atua como diferencial<br />
autoblocante no eixo dianteiro)<br />
e o controlo adaptativo do chassis<br />
(DCC).<br />
Sendo o mais potente automóvel<br />
de produção em série jamais feito<br />
pela Seat, o novo Leon Cupra, que<br />
passa a estar disponível, pela primeira<br />
vez, com carroçaria de três<br />
portas, destaca-se, também, pelo<br />
seu elevado conteúdo tecnológico:<br />
sistema de iluminação Full LED;<br />
controlo de estabilidade (ESC);<br />
Cupra Drive Profile. O novo Leon<br />
Cupra anuncia, na versão de 280<br />
cv com caixa DSG e carroçaria SC,<br />
250 km/h de velocidade máxima<br />
(limitada) e 5,7 segundos para cumprir<br />
os 0-100 km/h (5,8 segundos<br />
com caixa manual).<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
Huracán é o novo touro enraivecido<br />
O<br />
substituto do Gallardo aqui está.<br />
Chama-se Huracán, anuncia<br />
uma velocidade máxima superior<br />
a 325 km/h e acelera dos 0-100 km/h<br />
em 3,2 segundos. Com estreia mundial<br />
agendada para o Salão de Genebra<br />
deste ano, o Huracán deve o seu nome<br />
a um bravo touro de raça espanhola da<br />
ganadaria Conte de la Patilla, que era<br />
conhecido pela sua execional coragem<br />
Opel Astra GTC com motor 1.6 Turbo<br />
Já pode ser encomendado na rede<br />
de concessionários da marca alemã<br />
a nova variante 1.6 Turbo de 200 cv<br />
do Astra GTC, que está disponível<br />
por €30 800 e surge associada ao visual<br />
exclusivo Black OPC Line. Para<br />
além da mais recente tecnologia instalada<br />
debaixo do capot e da suspensão<br />
dianteira “HiPerStrut”, este coupé<br />
compacto estreia o sistema de informação<br />
e entretenimento IntelliLink,<br />
que passa a estar disponível em toda<br />
a gama GTC.<br />
O novo Astra GTC 1.6 Turbo anuncia<br />
uma velocidade máxima de 230<br />
km/h e cumpre os 0-100 km/h em<br />
7,9 segundos, graças aos 200 cv e 300<br />
Nm (com função “overboost”) do<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
e forte sentido de investida nas toura<strong>das</strong>.<br />
Foi lidado em Alicante no longínquo<br />
ano de 1879.<br />
Dotado de chassis híbrido (combina<br />
elementos de fibra de carbono com<br />
secções em alumínio), o novo Lamborghini<br />
LP 610-4 Huracán pesa (em vazio)<br />
1422 kg. O motor V10 de 5,2 litros com<br />
610 cv e 560 Nm (cumpre as normas Euro<br />
6) que o equipa, conjuga injeção direta<br />
motor de quatro cilindros que o<br />
equipa. O consumo anunciado em<br />
ciclo misto é de 6,6 l/100 km, a que<br />
correspondem emissões de CO2 de<br />
154 g/km. Esta nova variante vem<br />
Audi exibiu concept<br />
com luzes laser<br />
de gasolina com indireta (Iniezione<br />
Diretta Stratificata - IDS), característica<br />
que permite obter mais potência, mais<br />
binário, menores consumos e menores<br />
emissões face ao motor V10 presente<br />
no antecessor Gallardo. Este novo touro<br />
dispõe ainda de tração integral, caixa<br />
de dupla embraiagem com sete velocidades,<br />
três diferentes modos de condução<br />
e... sistema start/stop!<br />
alargar o leque de opções na faixa de<br />
elevada “performance” da gama Astra<br />
GTC, juntando-se, assim, aos 2.0<br />
BiTurbo CDTI de 195 cv e 2.0 Turbo<br />
OPC de 280 cv.<br />
O construtor de Ingolstadt deu nas<br />
vistas no CES (Consumer Electronics Show)<br />
<strong>2014</strong>, que decorreu em Las Vegas, EUA,<br />
com o Sport quattro laserlight concept,<br />
um coupé desportivo que dispõe de tecnologia<br />
de iluminação laser e sistema híbrido<br />
plug-in com 700 cv de potência<br />
máxima combinada. Uma <strong>das</strong> suas características<br />
mais sonantes reside nos grupos<br />
óticos duplos, que apontam para o futuro<br />
da tecnologia de iluminação ao combinarem<br />
luzes LED com luzes laser. Dotados de<br />
dois elementos trapezoidais de baixo perfil,<br />
as óticas são compostas por luzes LED<br />
de baixa densidade nos “quadrados” exteriores<br />
e luzes laser de alta densidade nos<br />
“quadrados” interiores.<br />
Os díodos de laser são bem mais pequenos<br />
do que os díodos de LED, uma vez que<br />
dispõem apenas de alguns mícrons de<br />
diâmetro. Ao iluminarem a estrada numa<br />
distância de cerca de 500 metros, as luzes<br />
laser oferecem quase o dobro do alcance<br />
de iluminação e três vezes mais luminosidade<br />
do que as luzes LED de alta densidade.
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
38<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Comércio & Indústria<br />
EM ESTRADA<br />
Novos modelos lançados no mercado<br />
Ford C-Max 1.0 EcoBoost<br />
O tamanho da alma<br />
● Pode um pequeno motor criar grandes<br />
expectativas? Mais: ser convincente na<br />
estrada? Se estivermos a falar do bloco<br />
de três cilindros que dá alma ao Ford C-<br />
-Max 1.0 EcoBoost, a resposta é claramente<br />
afirmativa. Com 125 cv de<br />
potência às 6000 rpm, este motor a gasolina<br />
consegue eliminar eventuais preconceitos<br />
que ainda possam existir<br />
quanto ao binómio eficácia/tamanho.<br />
Parte da competência do C-Max 1-0 Eco-<br />
Boost deve-se à tecnologia desenvolvida<br />
pela marca e que este monovolume<br />
compacto herda. O segredo reside na<br />
precisão com que o combustível é pulverizado<br />
para dentro dos cilindros, enquanto,<br />
ao mesmo tempo, alia a<br />
compressão dos gases, através da ação<br />
de um pequeno turbo. Daí o fulgor exibido<br />
pelo motor e o binário de 170 Nm,<br />
constante entre as 1400 e as 4500 rpm.<br />
A Ford anuncia um regime combinado<br />
de 5,1 l/100 km, mas convém ter muita<br />
contenção nos ritmos de condução, pois<br />
tal valor é facilmente suplantado. A suspensão<br />
é firme, algo que se torna bem<br />
patente, dependendo do pavimento, mas<br />
que nunca se manifesta ao ponto de<br />
prejudicar os níveis de conforto a bordo.<br />
O nível de equipamento Titanium conta<br />
com sensores para quase tudo: chuva,<br />
luz e estacionamento (à frente e atrás),<br />
além de jantes de 17’’ e sistema start/<br />
stop.<br />
Por: Jorge Flores<br />
Hyundai i40 Sedan 1.7 CRDi<br />
Germano-coreano<br />
● Desenhado no centro de design da<br />
marca, em Rüsselsheim, na Alemanha,<br />
e produzido (no seu verdadeiro lar) na<br />
Coreia do Sul, em Ulsan, o Hyundai i40<br />
Sedan 1.7 CRDi é uma espécie de um<br />
germano-coreano. De vocação familiar<br />
assumida, to<strong>das</strong> as valências deste três<br />
volumes apontam nesse sentido – desde<br />
logo a começar pelas suas generosas<br />
dimensões.<br />
A imagem do Hyundai i40 concilia a robustez<br />
com a elegância de uma forma<br />
harmoniosa. E os mesmos argumentos<br />
podem ser utilizados para descrever as<br />
suas caraterísticas em estrada: rolamento<br />
suave e sereno, mas sempre com os pulmões<br />
do motor Diesel 1.7 CRDi de 136<br />
cv à flor da pele. Um fulgor surpreendente,<br />
sobretudo, se considerarmos as<br />
quase duas tonela<strong>das</strong> que pesa todo o<br />
conjunto. A caixa manual de seis velocidades<br />
é curta e está bem escalonada.<br />
Graças ao bom desempenho do motor<br />
em vários regimes, o condutor não é<br />
obrigado recorrer a ela demasia<strong>das</strong> vezes.<br />
No interior, sublinhe-se a boa ergonomia<br />
e a qualidade dos materiais, que pouco<br />
ficam a “dever” a outras propostas (alemãs,<br />
por exemplo) de valores muito<br />
superiores do que os €34 465 pedidos<br />
por esta versão. O equipamento, Style,<br />
do i40 Sedan inclui, entre muitos outros<br />
itens, travão de estacionamento elétrico,<br />
sensor de chuva e câmara de ajuda ao<br />
estacionamento (sendo a imagem projetada<br />
num ecrã tátil de 12´´).<br />
Por: Jorge Flores<br />
Nissan Juke 1.5 dCi n-tec<br />
Forma e função<br />
● É o crossover compacto melhor sucedido<br />
do mercado. Chama-se Nissan Juke.<br />
Na versão n-tec, surge equipado com o<br />
sistema de informação e entretenimento<br />
Nissan Connect de nova geração, com<br />
conectividade remota de origem. Além<br />
de um ecrã tátil a cores, agora com 5,8”,<br />
navegação por satélite e conectividade<br />
Bluetooth para telemóveis e leitores de<br />
música, o novo sistema incorpora a tecnologia<br />
Google Send-To-Car. Ao utilizar<br />
esta função, o condutor pode planear<br />
uma viagem num computador ou num<br />
tablet, em casa ou no escritório e, em<br />
seguida, enviar as instruções para o automóvel.<br />
Assim que a viagem for iniciada,<br />
o sistema de navegação já terá planeado<br />
o melhor itinerário, de modo a evitar<br />
problemas de trânsito e a incorporar<br />
quaisquer pontos de interesse (POI) especificados.<br />
Outra mais-valia deste Juke diz respeito<br />
ao seu desempenho dinâmico. Ágil, preciso<br />
e reativo, ainda para mais dotado<br />
de suspensão firme, jantes de 18” e caixa<br />
manual de seis velocidades, faz-se valer<br />
do motor 1.5 dCi. Atualmente na sua<br />
sexta evolução, as alterações mantiveram<br />
a potência nos 110 cv mas aumentaram<br />
o binário máximo em 20 Nm, situando-<br />
-se, agora, em 260 Nm, 80% dos quais<br />
disponíveis a partir <strong>das</strong> 1500 rpm. E com<br />
emissões de CO2 de apenas 109 g/km e<br />
consumo combinado de 4,2 l/100 km,<br />
este bloco Diesel de nova geração ostenta<br />
ainda o título de motor mais económico<br />
da gama Juke.<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Renault Grand Scénic 1.6 dCi<br />
Primeira classe<br />
● Oferece sete espaçosos lugares, uma<br />
panóplia de locais destinados à arrumação<br />
de objetos, garrafas de água e outros pertences,<br />
alcança boas prestações, proporciona<br />
elevado nível de conforto e dispõe<br />
de consumos reduzidos. Se existe monovolume<br />
que permite viajar em primeira<br />
classe, é o renovado Grand Scénic, que<br />
foi recentemente alvo de ligeiros acertos<br />
ao nível da grelha, grupos óticos e algumas<br />
secções do habitáculo. E, na versão Bose<br />
Edition, para além de um sistema de som<br />
de elevado calibre, propõe jantes escuras<br />
de 17” e logótipwos específicos perto <strong>das</strong><br />
cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> dianteiras.<br />
Equipado com o motor Energy 1.6 dCi de<br />
130 cv, que transita do anterior Grand<br />
Scénic e que trouxe o primeiro sistema<br />
start/stop da Renault (que ainda se mantém,<br />
tal como a recuperação de energia<br />
em desaceleração e travagem), este monovolume<br />
é comercializado sob a assinatura<br />
ambiental eco2, uma vez que obedece<br />
a um conjunto de rigorosos critérios definidos<br />
pela marca francesa. Para além<br />
disso, integra um conjunto de tecnologias<br />
que lhe permite atingir invejáveis níveis<br />
de consumos e emissões. São mais de 30<br />
as patentes regista<strong>das</strong> no motor Energy<br />
1.6 dCi. O filtro de partículas Diesel (isento<br />
de manutenção), a estratégia de multi-<br />
-injeção e a válvula EGR de baixa pressão<br />
em ciclo frio, são apenas algumas <strong>das</strong> suas<br />
características. Não admira, pois, que o<br />
resultado prático seja deveras convincente.<br />
E, para mais, a Renault oferece uma<br />
garantia de cinco anos ou 150 mil km...<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Ford C-Max 1.0 EcoBoost Titanium<br />
Hyundai i40 Sedan 1.7 CRDi Style<br />
Nissan Juke 1.5 dCi n-tec<br />
Renault Grand Scénic 1.6 dCi<br />
MOTOr<br />
3 cilindros em linha,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) <strong>99</strong>8<br />
Potência máxima (cv/rpm) 125/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 170/4500<br />
Velocidade máxima (km/h) 187<br />
0-100 km/h (s) 11,4<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 117<br />
MOTOr<br />
4 cilindros em linha<br />
Diesel, transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1685<br />
Potência máxima (cv/rpm) 136/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 325/2000<br />
Velocidade máxima (km/h) 201<br />
0-100 km/h (s) 10,7<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 134<br />
MOTOr<br />
4 cilindros em linha<br />
Diesel, transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1461<br />
Potência máxima (cv/rpm) 110/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750<br />
Velocidade máxima (km/h) 175<br />
0-100 km/h (s) 11,2<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,<br />
Emissões de CO2 (g/km) 109<br />
MOTOr<br />
4 cilindros em linha<br />
Diesel, transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 130/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750<br />
Velocidade máxima (km/h) 195<br />
0-100 km/h (s) 11,1<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,4<br />
Emissões de CO2 (g/km) 114<br />
Preço €23 780<br />
IUC €97,82<br />
Preço €34 465<br />
IUC €162,87<br />
Preço €24 670<br />
IUC €130,10<br />
Preço €34 300<br />
IUC €130,10<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
39<br />
Uso profissional<br />
Empresas têm à disposição novas formas de mobilidade<br />
› Depois de renovar praticamente<br />
toda a gama de camiões e motores<br />
num período de dois anos, faltava<br />
apenas o bloco de 16 litros para que<br />
todo o leque de opções Volvo Trucks<br />
pudesse cumprir a norma Euro 6<br />
Volvo FH16<br />
Volvo Trucks continua a renovação da<br />
A sua gama, que se iniciou no final de<br />
2012 com a apresentação do FH. Foi precisamente<br />
este o primeiro camião Volvo<br />
da nova geração. Entretanto, foram apresenta<strong>das</strong><br />
as novas gerações de FM, FL, FE<br />
Por: José Silva<br />
Euro 6 em toda a linha<br />
Pré-ven<strong>das</strong> arrancam no próximo mês de Março<br />
e FMX, as restantes gamas dos construtor<br />
de Gotemburgo que receberam exatamente<br />
a mesma face do “irmão” mais velho,<br />
bem como alguns detalhes da cabina. Para<br />
<strong>2014</strong>, a Volvo Trucks prepara mais uma<br />
novidade.<br />
A Primavera deste ano vai assistir ao<br />
lançamento do modelo topo de gama<br />
da marca, o Volvo FH16, com configuração<br />
Euro 6. Com uma nova geração<br />
de motores de 16 litros, este não só está<br />
de acordo com os padrões rígidos de<br />
baixas emissões, como também vai ao<br />
encontro <strong>das</strong> expectativas sobre o desempenho<br />
e produtividade dos clientes<br />
nas operações mais exigentes.<br />
“Estamos orgulhosos de ter conseguido<br />
cumprir os requisitos Euro 6, mantendo<br />
a melhor capacidade de condução e<br />
desempenho no mercado. O consumo<br />
de combustível também permanece<br />
altamente competitivo”, referiu Kristin<br />
Signert, Diretor do Segmento de Longo<br />
Curso da Volvo Trucks, na altura em que<br />
foram revela<strong>das</strong> as primeiras imagens<br />
do modelo. A nova gama de motores<br />
Euro 6 é composta por três níveis de<br />
saída a partir do motor de 16 litros: 750<br />
cv (3550 Nm), 650 cv (3150 Nm) e 550<br />
cv (2900 Nm). Os três níveis de potência<br />
deste bloco surgem acoplados à transmissão<br />
automatizada da Volvo, I-Shift.<br />
A variante de 550 cv também tem disponível<br />
uma versão com 2.800 Nm para<br />
caixa manual. O Volvo FH16 é um dos<br />
mais potentes e distintos camiões do<br />
setor, altamente valorizado por empresas<br />
de transporte e motoristas, que<br />
apreciam o seu desempenho adicional,<br />
a produtividade e o conforto. As pré-<br />
-ven<strong>das</strong> do Volvo FH16 equipado com<br />
motor Euro 6, com emissões consideravelmente<br />
mais baixas de óxidos de<br />
azoto e partículas, vão começar em<br />
Março de <strong>2014</strong>. O início da produção<br />
está previsto para o início de Junho.<br />
Mercedes-Benz Citan 111 CDI<br />
Subida de forma<br />
Novo motor e várias configurações para o habitáculo<br />
› O Citan passa a contar, já a partir de <strong>Fevereiro</strong> de <strong>2014</strong>, com um<br />
versão equipada com o motor 1.5 CDI de 110 cv. Uma mais valia<br />
que reforça prestações e melhora consumos<br />
Mercedes-Benz Citan 111 CDI<br />
Motor<br />
4 cilindros em linha Diesel,<br />
transversal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 1461<br />
Alimentação<br />
injeção direta common-rail<br />
Potência máxima (cv/rpm) 110/4000<br />
Binário Máximo (Nm/rpm) 240/1750<br />
Velocidade máxima (km/h) 170<br />
0-100 km/h (s) 12,3<br />
Tração<br />
dianteira<br />
Caixa de velocidades<br />
manual de 6+ma<br />
Suspensão dianteira<br />
McPherson<br />
Suspensão traseira<br />
eixo rígido<br />
Versões disponíveis<br />
Maxi; Extralonga (passageiros e Van);<br />
Misto (passageiros c/ carga); Passageiros (5 lugares)<br />
O interior deste pequeno<br />
furgão é versátil e cumpre<br />
muito bem a sua função<br />
O sucesso comercial do Mercedes-Benz<br />
Citan na Europa tem feito os responsáveis<br />
acreditar que o passo que foi tomado<br />
para a parceria com a Renault<br />
surtiu os efeitos desejados. O pequeno<br />
furgão de Estugarda (que é produzido<br />
em França) é um sucesso comercial e<br />
os mercados onde é vendido simbolizam<br />
o seu êxito. Depois da Europa, o<br />
Citan vai rumar à Ásia e à América do<br />
Sul, transformando o furgão franco-<br />
-alemão num produto global.<br />
No início de <strong>2014</strong>, a Mercedes-Benz<br />
prepara-se para alargar a gama do modelo<br />
com a inclusão de um novo motor<br />
turbodiesel mais potente e com a adoção<br />
de uma versão de passageiros extralonga.<br />
Mas já lá vamos. Primeiro,<br />
debrucemo-nos sobre o Citan mais<br />
potente. O “novo” motor que recebe a<br />
designação 111 CDI vai ser transversal<br />
a toda a gama e pode ser adquirido nas<br />
versões Maxi, extralonga, misto e passageiros.<br />
Preços definidos para Portugal<br />
ainda não existem, mas na Alemanha<br />
a diferença entre as versões com 90 e<br />
110 cv é de €910.<br />
Na pequena volta que realizámos ao<br />
volante da variante mais potente do<br />
furgão da Mercedes-Benz, foi possível<br />
perceber a facilidade que este motor<br />
tem em tornar o Citan num veículo mais<br />
“auto-estradista”. Ao contrário do que<br />
sucede na versão de 90 cv, que por volta<br />
<strong>das</strong> 3000 rpm emana um ruído que<br />
invade o habitáculo, este bloco mais<br />
potente tem um regime de rotação mais<br />
amplo, logo às 3000 rpm rola a uma<br />
velocidade aceitável para um furgão,<br />
num regime de rotação mais baixo e<br />
com muito menos ruído. O percurso de<br />
pouco mais de 100 km foi feito a uma<br />
média de consumo de 6,2 l/100 km, um<br />
valor muito interessante.<br />
JS<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
CheckUp<br />
40<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
24<br />
Carlos Costa, diretor de compras da Ad Logistics e Sonicel<br />
“Negoceio sempre até obter<br />
› Responsável pelas compras da AD Logistics e da Sonicel, Carlos Costa<br />
admite que a arte da negociação o fascina. Até na sua vida pessoal. É a<br />
adrenalina do desafio que o move no quotidiano<br />
Por: Jorge Flores<br />
Nem sempre aquilo que fazemos faz<br />
parte do que somos. São matérias<br />
distintas. Mas, por vezes, essa fusão<br />
acontece. Carlos Costa, 38 anos, diretor de<br />
Compras da Ad Logistics e da Sonicel reconhece<br />
que nunca despe verdadeiramente<br />
esse lado profissional no seu quotidiano. A<br />
arte de “comprar” é algo que o entusiasma.<br />
O que pode ser uma evidente vantagem<br />
quando, por exemplo, consegue comprar<br />
um LCD com um brutal desconto, apenas<br />
porque não tinha manual de instruções.<br />
“Para que queria eu um manual que não ia<br />
ler?”, pergunta, entre risos. O pragmatismo<br />
é um dos requisitos essenciais da atividade.<br />
E o protagonista do Check-up 24 desta edição<br />
sabe-o perfeitamente.<br />
08:15<br />
É fundamental manter o contacto. E é<br />
essencial beber um café, também. O<br />
primeiro do dia é bebido no café mesmo<br />
ao lado da loja da AD Logistics. Com<br />
quase 20 anos de experiência no setor<br />
<strong>das</strong> compras, Carlos Costa ainda fala<br />
com prazer da profissão. “Gosto muito<br />
da adrenalina. Dos desafios. De identificar<br />
um problema e ir atrás dele até o<br />
conseguir resolver. Delinear estratégias”,<br />
afirma. Terminado o café, fará o ponto<br />
de situação com os responsáveis da loja,<br />
apurando como está a situação em termos<br />
de marcas e de stock, relativamente<br />
à concorrência. “O feedback <strong>das</strong> lojas é<br />
muito importante. A equipa de ven<strong>das</strong><br />
é a cara da empresa. Dão-nos o feedback<br />
e nós temos de encontrar as soluções”,<br />
sublinha.<br />
Atualmente, a tecnologia facilita o<br />
trabalho <strong>das</strong> oficinas. E é preciso que<br />
tudo funcione como um relógio. “A peça<br />
certa, na hora certa, no local certo”.<br />
Certo? “Não pode ser de outra maneira.<br />
E se conseguirmos juntar a qualidade<br />
e o preço”…<br />
Estas e muitas outras questões estarão<br />
na agenda de trabalhos da reunião de<br />
equipa, durante a tarde. Apontemos pois<br />
para os escritórios em Carnaxide.<br />
Levar o Guilherme ao colégio é a primeira<br />
atividade do dia de Carlos Costa<br />
8h15: Colégio do Guilherme<br />
Carlos Costa costuma ter as semanas<br />
bem planea<strong>das</strong>. Por norma, as segun<strong>das</strong>,<br />
quartas e sextas começam da mesma<br />
maneira: a levar o Guilherme, de sete<br />
anos, ao ATL – paredes meias com o<br />
colégio. Os outros dias da semana cabem<br />
à sua mulher.<br />
São 8h15, a hora combinada e já o<br />
nosso entrevistado espera pelo JORNAL<br />
DAS OFICINAS. Com uma mochila na<br />
mão e o filho mais velho na outra. Sim,<br />
há dois meses que Guilherme adquiriu<br />
este estatuto, uma vez que teve um<br />
irmão – o Duarte – que muito tem animado<br />
as noite de Carlos Costa. Faz parte.<br />
E não há motivos de queixas. A favor<br />
dos dias do responsável <strong>das</strong> compras<br />
da AD Logistics e da Sonicel está o facto<br />
de ter a vida estruturada dentro de um<br />
perímetro geográfico relativamente<br />
pequeno: mora em Paredes, o colégio<br />
do filho fica em Tires e o trabalho em<br />
Carnaxide. Curiosamente (ou não), a loja<br />
da AD Logistics onde tem a primeira<br />
reunião do dia fica a dois passos do<br />
colégio, em Trajouce, São Domingos de<br />
Rana. Tudo próximo.<br />
9h30: Encontro na loja<br />
Os encontros com os colaboradores<br />
ocorrem, pelo menos, de 15 em 15 dias.<br />
14h30: Reunião de equipa<br />
Mal chega ao escritório e ainda antes<br />
da reunião que terá com a equipa, Carlos<br />
Costa trata de inteirar-se sobre as<br />
ven<strong>das</strong> do dia anterior, de ver emails<br />
dos fornecedores e de verificar se houve<br />
alguma “incoerência” no processo, “antes<br />
que sejam os clientes a identifica-la”.<br />
Antecipar um problema é uma boa<br />
maneira de não ter que o resolver. Depois,<br />
vem a gestão do produto. A análise<br />
do stock – as lojas têm de ser reabasteci<strong>das</strong>.<br />
E Carlos Costa orgulha-se de ter<br />
criado um processo automático para<br />
este reabastecimento – por loja e por<br />
marca.<br />
A equipa não é grande. Quatro pessoas.<br />
Três gestores de produto e uma<br />
administrativa. Será com eles que Carlos<br />
Costa estará sentado dentro de minutos.<br />
A partir a pedra do dia. E a limar<br />
arestas nos processos da AD Logistics<br />
e da Sonicel – empresas que, apesar de<br />
distintas e com administrações próprias,<br />
partilham a equipa operacional, o espaço<br />
e determinados serviços.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
41<br />
17:25<br />
o preço justo”<br />
17h25: Trabalho de escritório<br />
A tarde corre solta. E Carlos Costa revela<br />
um pouco do que foi o seu percurso<br />
profissional até chegar onde está – há<br />
pouco mais de seis meses. Começou<br />
muito novo, em 1<strong>99</strong>5, na Robert Bosch,<br />
como fiel de armazém e agarrou, mal<br />
conseguiu, uma oportunidade no departamento<br />
de compras. Ao fim de alguns<br />
anos, a distribuição da empresa saiu<br />
de Portugal – tornou-se Ibérica – e Carlos<br />
Costa continuou ligado à gestão de<br />
compras e da logística. Funções que<br />
viria a desempenhar na Krautli, onde<br />
ainda estruturou o departamento de<br />
compras - “a gestão do stock estava centrado<br />
na área comercial”, conta – e onde<br />
criou métodos e rotinas de trabalho.<br />
“Estive quatro anos como diretor de<br />
compras”. Até que teve um outro convite<br />
da MCoutinho para montar toda a central<br />
de compras da Rede Rino. Um ano<br />
depois, a AZ Auto pede-lhe para dar<br />
apoio ao negócio também na área <strong>das</strong><br />
compras. E logo de seguida, abraça a área<br />
dos materiais originais, na mesma empresa,<br />
onde fica dois anos. Foi então que<br />
apareceu a AD Logistcs – e a Sonicel, por<br />
14:30<br />
09:00<br />
O contacto direto com as lojas é essencial<br />
para coordenar estratégias face à<br />
concorrência<br />
Carlos Costa criou um mecanismo automático para o reabastecimento <strong>das</strong> lojas<br />
acréscimo. Um estímulo diferente, admite.<br />
“Enquanto player, empresa internacional,<br />
nunca tinha tido esta<br />
experiência. Temos nove lojas (Trajouce,<br />
Odivelas, Loulé, Maia, Braga, Barcelos,<br />
Famalicão e Carnaxide). Estava habituado<br />
a dois ou três armazéns. A realidade é<br />
muito distinta”, diz. Mais. “Enquanto AD<br />
Logistics estamos mais perto da oficina.<br />
Estava habituado ao canal de retalho. É<br />
mais exigente. As pessoas estão mais<br />
atentas a procurar soluções. E nós temos<br />
de as encontrar”.<br />
A AD Logistics e a Sonicel partilham a mesma equipa. Carlos Costa é o responsável pelas compras e está a par de todos os pormenores<br />
21h00: Apanhar filho no Karaté<br />
Trabalho não falta no escritório. E<br />
Carlos Costa sabe que o dia só terminará<br />
quando for apanhar o filho ao<br />
karaté, bem mais tarde. Partilha esta<br />
tarefa com a sua mulher, mas hoje é a<br />
sua vez. Neste intervalo de tempo,<br />
aproveitamos para explorar um pouco<br />
da sua vida mais pessoal. Começamos<br />
com uma palavra muito grata – e presente<br />
– na sua vida: compras! Conseguiria<br />
explicar o conceito ao filho? “É<br />
sentir que há algo que nos faz falta. E<br />
que esse bem está na posse de outro,<br />
que tem de o trocar. Dar uma coisa e<br />
receber outra”, dispara. Na vida familiar,<br />
de resto, Carlos Costa conserva o seu<br />
ADN de comprador profissional. “É um<br />
defeito que tenho”. Como assim? “Se<br />
não achar o preço justo, negoceio e<br />
renegoceio até lá chegar”. E chega<br />
quase sempre. Carlos Costa define-se<br />
como “um lutador”, alguém que “nunca<br />
baixa os braços”. Mas no futuro gostava<br />
de ser menos perfeccionista, porque,<br />
em determina<strong>das</strong> situações, “pode até<br />
atrapalhar”.<br />
Por falar em tempo, daqui a uma década,<br />
não se importava de continuar<br />
a exercer estas funções. Mas com desafios<br />
diferentes. Formado em Gestão<br />
de Marketing (curso que tirou em pós-<br />
-laboral, quando trabalhava na Robert<br />
Bosch), Carlos Costa não enjeita a possibilidade<br />
de vir a tirar uma especialização<br />
de um ano na área da Logística,<br />
de modo a dar alguma consistência<br />
teórica à sua prática laboral. “Não está<br />
fora dos meus planos”, garante. É provável<br />
que daqui a muitos anos, também<br />
continue a disputar um clássico de<br />
futebol com alguma história familiar:<br />
primos vs tios! Um jogo que, graças à<br />
forma física de uns e outros, tem sido,<br />
cada vez mais, espaçado no tempo, mas<br />
que Carlos Costa gostaria de manter<br />
por muitos anos. Os laços da amizade<br />
e da família não se compram facilmente.<br />
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42<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Personalidade do Mês<br />
Pedro Rosado<br />
CEO do Grupo EBI Automotive<br />
“Eco também vem de Económico”<br />
› Pioneiro no conceito de Eco-Oficina em Portugal, Pedro Rosado, 45 anos, defende que<br />
para ter sucesso já não basta ser sério e competente. É preciso ver mais além. Segundo<br />
explica, o termo “Eco” não está apenas relacionado com o ambiente<br />
Por: Jorge Flores<br />
Quando se fala em Eco-Oficina,<br />
em Portugal, o nome de Pedro<br />
Rosado é referência obrigatória.<br />
Com 45 anos acabados de fazer e com<br />
bacharelato em Informática e Gestão,<br />
com especialização em óleohidraulica<br />
e certificação como auditor da qualidade<br />
(Tuv) na bagagem, a nossa Personalidade<br />
do Mês integra o grupo de pioneiros que<br />
trouxe o conceito para terras lusas. “Começou<br />
com o apoio de um programa<br />
Europeu de fundos comunitários que<br />
visava reforçar as competências técnicas<br />
<strong>das</strong> oficinas e introduzir no setor uma<br />
consciencialização para a parte ambiental,<br />
chamando a atenção para o impacto<br />
que o sector automóvel tinha na natureza”,<br />
conta. Na sua essência, este novo<br />
conceito assentava em três vertentes:<br />
“numa solução ecológica para a recolha<br />
do óleo usado do motor, através de um<br />
sistema patenteado (Click Drain System),<br />
que permitia a recolha direta do óleo<br />
usado do motor para o reservatório específico,<br />
via válvula de cárter (ganhou<br />
o prémio de inovação Europeu em 1<strong>99</strong>5);<br />
a primeira solução de recolha seletiva<br />
de resíduos perigosos (dávamos os primeiros<br />
passos no sector em direção à<br />
segregação de resíduos); e, por último,<br />
uns dísticos identificativos da rede Eco-<br />
-Oficina, que iria evoluir mais tarde para<br />
o conceito de pack total de imagem<br />
corporativa de rede oficial”.<br />
Pedro Rosado adotou o projeto na sua<br />
fase embrionária, em 1<strong>99</strong>4, através de<br />
contatos estabelecidos numa feira parisiense.<br />
“Saí da Eco-Oficina em 2002,<br />
quando foi alvo de uma tentativa de<br />
“take-over” dos investidores originais e<br />
regressei a convite dos novos investidores<br />
uns anos depois com condições privilegia<strong>das</strong>”,<br />
diz.<br />
rking: “obriga-nos constantemente a<br />
estar atentos aos nossos concorrentes,<br />
de forma a não nos tirarem a liderança<br />
de mercado - que temos há vários anos<br />
e que tanto nos custou a obter”, sublinha<br />
o CEO do Grupo EBI Automotive, acrescentando:<br />
“temos finalmente concorrentes<br />
de peso a operar no mercado <strong>das</strong><br />
redes corporativas, o que nos obrigou,<br />
recentemente, a lançar a terceira geração<br />
de Eco-<strong>Oficinas</strong>”.<br />
Por outro lado, é com pesar que Pedro<br />
Rosado assiste a “situações de empresas<br />
que, ao longo do tempo, investiram até<br />
de uma forma sustentada e correta no<br />
seu negócio, mas que, a determinada<br />
altura, não se aperceberam <strong>das</strong> rápi<strong>das</strong><br />
mudanças no setor e que atualmente se<br />
encontram em sérias dificuldades até<br />
para conseguirem a ‘boia de salvação’<br />
de entrarem na nossa rede”, atendendo<br />
às “exigências que temos nos indicadores<br />
económicos”.<br />
Pedro Rosado acredita que não existem<br />
soluções “mágicas” para os problemas.<br />
Mas considera que “a falta de empreen-<br />
dedorismo e de visão está na génese de<br />
uma geração que acreditava que ser<br />
sério e trabalhador era o suficiente para<br />
ter sucesso”… Talvez tenha sido, outrora,<br />
defende, “mas já não é! Hoje em dia não<br />
basta ser sério e bom profissional pois a<br />
competitividade <strong>das</strong> redes internacionais<br />
que entram no nosso país é de tal ordem<br />
que as pequenas oficinas independentes<br />
e isola<strong>das</strong> não têm qualquer hipótese<br />
de sobreviver. Só debaixo da asa de uma<br />
marca forte e credível lhes será dada a<br />
hipótese de sobreviverem na desarrumação<br />
e no caos que o mercado oficinal<br />
está a atravessar”, sublinha o nosso interlocutor.<br />
Algo de que Pedro Rosado se orgulha<br />
é de estar na linha da frente da “primeira<br />
rede a assumir o seu compromisso público<br />
com o Ambiente e a adotar uma imagem<br />
jovem e ecológica”. Mas atenção: “Eco<br />
também é de Económico!”… Porquê?<br />
“Pelas caraterísticas de baixo custo que<br />
as microempresas da nossa rede apresentam.<br />
Temos a solução de Rede Corporativa<br />
mais completa do mercado e com o preço<br />
■ Atento ao mercado<br />
Atualmente, aquilo de que Pedro Rosado<br />
mais gosta na sua atividade é tudo<br />
o que está relacionado com a “conceção<br />
dos projetos”. Além do desafio “brutal,<br />
que é, hoje em dia, inovar em Portugal<br />
neste sector. Dá-me um prazer imenso<br />
ver as soluções de inovação dos eco-<br />
-serviços que desenvolvemos a serem<br />
usa<strong>das</strong> pelos nossos agentes”. Particular<br />
prazer tem ainda na área do benchmamais<br />
baixo relativamente à nossa concorrência”.<br />
Infelizmente, avisa, “não há bela<br />
sem senão” e a rede é muito “seletiva”. Hoje<br />
em dia, “somos favorecidos pelo facto de<br />
termos vários canais de marketing digital<br />
a apoiar a angariação de clientes finais<br />
para a nossa rede (Groupon, Facebook e<br />
Google Adwords) que os nossos clientes<br />
tanto apreciam”, revela.<br />
Ao fim de tantos anos no mercado,<br />
motivo de orgulho é ainda o fato de poder<br />
contar como amigos todos os 280<br />
agentes <strong>das</strong> Eco-<strong>Oficinas</strong> de primeira e<br />
segunda geração, bem como os demais<br />
fornecedores e parceiros. “Sim, já é uma<br />
grande lista telefónica”, enfatiza.<br />
● Eco-Oficina<br />
Rua Vera Cruz, 13 – Loja E<br />
2780-306 Oeiras<br />
Diretor Geral: Pedro Rosado<br />
Telefone: 219 258 197<br />
E-mail: geral@eco-oficina.pt<br />
Internet: www.eco-oficina.pt<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
43
44<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Empresa Impoeste<br />
Novas oportunidades<br />
› A Impoeste reuniu os seus recursos humanos para lhes apresentar a Axalta Coating<br />
Systems, a nova empresa proprietária e fabricante <strong>das</strong> tintas Cromax, anteriormente<br />
conheci<strong>das</strong> como DuPont<br />
Esta ação de formação, que juntou durante<br />
uma semana todos os colaboradores<br />
da empresa, incluindo os<br />
funcionários da Impoeste Madeira, Espanha<br />
e Angola, decorreu no passado mês de dezembro,<br />
na sede da empresa, em Torres<br />
Vedras.<br />
Marcos Saraiva, da Axalta Coating Systems<br />
Portugal, começou por apresentar<br />
a companhia, que possui 35 fábricas e<br />
sete centros de tecnologia ao redor do<br />
mundo, tem 120.000 clientes em 130<br />
países e factura 4,5 biliões de dólares /<br />
ano. A empresa oferece aos clientes uma<br />
gama completa de sistemas de repintura,<br />
ferramentas e serviços para ajudá-los a<br />
usar os seus produtos de forma eficaz.<br />
A liderança do mercado é suportada<br />
por um conjunto de marcas de referência,<br />
onde se destaca a recém criada Cromax,<br />
desenvolvida para responder às<br />
exigências crescentes <strong>das</strong> oficinas de<br />
colisão para uma maior produtividade<br />
e processos de pintura amigos do ambiente.<br />
Convém esclarecer que o produto<br />
que está dentro <strong>das</strong> latas de tintas Cromax<br />
é o mesmo que antes estava nas<br />
latas DuPont, apenas tendo alterado a<br />
marca, o logótipo e o rótulo, que será<br />
diferente para as quatro famílias de produto<br />
Por sua vez, Luís Santos, Diretor Geral<br />
da Impoeste, apresentou a estratégia da<br />
empresa para <strong>2014</strong>, referindo que “vai<br />
ser um ano de muito trabalho para divulgar<br />
a marca Cromax junto dos nossos<br />
clientes e do mercado em geral. Felizmente<br />
o nome já tem alguma notoriedade,<br />
mas precisamos de promover a<br />
nova imagem da marca e transmitir os<br />
seus valores. Como distribuidores exclusivos<br />
da Cromax para Portugal, estamos<br />
100% empenhados em aumentar a notoriedade<br />
da marca e contribuir com o<br />
nosso know-how para o crescimento <strong>das</strong><br />
oficinas que fornecemos. Temos uma<br />
grande responsabilidade, porque a<br />
equipa Impoeste vai ser o embaixador<br />
da marca Cromax em Portugal. Como<br />
empresa líder, sempre dedicada à distribuição<br />
de tintas, estamos prontos para<br />
executar e cumprir o nosso compromisso<br />
para com o cliente”.<br />
Para divulgar a nova imagem da marca<br />
Cromax junto dos clientes e tudo o que<br />
esta mudança envolve, a Impoeste vai<br />
promover um Roadshow que irá percorrer<br />
todo o país.<br />
■ Formação por processos<br />
Como novidades, Luís Santos anunciou<br />
que vai lançar no inicío de <strong>2014</strong> um novo<br />
conceito de Formação, que vai passar<br />
pela criação de uma Academia de Formação,<br />
reestruturação do departamento<br />
técnico e comercial e ainda pela Cerificação<br />
do Centro de Formação pela<br />
DGERT. O centro de formação da Impoeste<br />
em Torres Vedras foi totalmente<br />
remodelado para responder às novas<br />
exigências que a empresa vai implementar<br />
nesta área.<br />
João Calha, responsável da Formação<br />
adiantou que “também estão previstos<br />
diversos acordos de parcerias com entidades<br />
nacionais e internacionais, com o<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
45<br />
Cromax é novo nome<br />
de DuPont Refinish<br />
A Axalta Coating Systems anunciou Cromax, como<br />
novo nome para a DuPont Refinish, marca de tintas<br />
de repintura automóvel. O nome Cromax e o seu logótipo<br />
dinâmico, proporcionam uma nova imagem<br />
a uma linha de produtos de repintura utilizada por<br />
muitos milhares de oficinas em todo o mundo.<br />
Cromax é já o nome de um produto bem conhecido<br />
e bem posicionado nos mercados, e a partir de agora<br />
abrange uma gama de produtos que juntos irão proporcionar<br />
aos clientes da marca uma série de opções<br />
cujo objectivo é apoiá-los em to<strong>das</strong> as áreas da oficina.<br />
As marcas da família Cromax proporcionam uma<br />
produtividade elevada, apoiada em produtos concebidos<br />
para uma aplicação fácil, rápida e precisa. Cromax<br />
inclui to<strong>das</strong> as linhas de produtos que fazem<br />
atualmente parte da DuPont Refinish, tais como<br />
Cromax Pro, Base Bicamada Cromax, Chroma Premier,<br />
ChromaBase e Centari. Tudo o que diz respeito<br />
às linhas de produto individuais permanecerão inalteráveis<br />
– a mesma qualidade, formulações e tecnologia<br />
continuarão a oferecer aos clientes soluções<br />
inovadoras.<br />
A implementação total da nova identidade Cromax,<br />
para a gama completa de produtos levará algum tempo.<br />
Os novos rótulos para os produtos da Cromax vão<br />
começar a surgir durante <strong>2014</strong>. Entretanto, todos os<br />
produtos, ferramentas de cor e outras ferramentas de<br />
apoio com o nome DuPont Refinish podem continuar<br />
a ser utilizados pelas oficinas clientes da Impoeste.<br />
Fernando Mendes<br />
foi convidado<br />
especial no<br />
jantar de<br />
confraternização<br />
que reuniu<br />
toda a equipa<br />
Impoeste. Na foto<br />
ao lado, Marcos<br />
Saraiva, da Axalta<br />
Coating Systems,<br />
apresentou a<br />
nova estratégia<br />
da companhia<br />
para Portugal<br />
objetivo de credibilizar ainda mais a<br />
Formação ministrada aos clientes”.<br />
O programa de formação para <strong>2014</strong> da<br />
Cromax oferece cursos de formação para<br />
que os proprietários <strong>das</strong> oficinas e os<br />
pintores possam desenvolver as suas<br />
aptidões de maneira a desenvolverem<br />
um trabalho mais produtivo. Toda a formação<br />
será mais focada no processo de<br />
pintura do que nas tintas, de forma a<br />
rentabilizar mais os serviços <strong>das</strong> oficinas<br />
de colisão.<br />
“Com a criação da Academia, a formação<br />
vai começar a ser dada por processos,<br />
em módulos e todos os participantes vão<br />
ter avaliações finais e acompanhamento<br />
nas empresas, para verificarmos se os<br />
conhecimentos adquiridos nos cursos<br />
estão a ser bem utilizados no dia a dia<br />
<strong>das</strong> oficinas. No caso de verificarmos que<br />
os objetivos não estão a ser atingidos, a<br />
formação será repetida as vezes que<br />
forem necessárias”, concluiu João Calha.<br />
Para ajudar os pintores a alcançarem<br />
uma reparação perfeita logo à primeira,<br />
e consequentemente, tornarem-se mais<br />
produtivos, os cursos serão continuamente<br />
atualizados de acordo com os<br />
lançamentos dos novos produtos, novas<br />
técnicas de aplicação, novas legislações<br />
e novas tendências de mercado.<br />
● Impoeste<br />
E. N. 8 km 44<br />
2564-909 Torres Vedras<br />
Diretor Geral: Luis Santos<br />
Telefone: 26 133 7250<br />
Fax: 26 133 7271<br />
E-mail: geral@impoeste.pt<br />
Internet: www.impoeste.pt<br />
PUB<br />
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46<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Of icina do Mês<br />
Centro-Auto Roady<br />
› No Centro-Auto da Roady em Gândara-<br />
Leiria, a loja e a oficina funcionam de forma<br />
complementar. Os clientes podem deixar o<br />
veículo nas mãos dos mecânicos e aproveitar<br />
para fazer as suas compras<br />
Por: Jorge Flores<br />
Espírito de grupo<br />
O<br />
Centro-Auto Roady de Gândara-<br />
-Leiria nasceu já no seio do grupo<br />
francês, contando, portanto, com<br />
11 anos de experiência no mercado.<br />
Trata-se de uma unidade integrada num<br />
espaço que conta com duas outras insígnias<br />
do Grupo Os Mosqueteiros – Intermarché<br />
(alimentar) e Bricomarché<br />
(bricolage) - beneficiando <strong>das</strong> sinergias<br />
inerentes, como o fluxo de clientes (o<br />
veículo pode ficar na oficina enquanto<br />
o cliente faz as suas compras). Uma vantagem<br />
em termos de poupança de<br />
tempo.<br />
Entre as principais qualidades do serviço,<br />
António Jacinto, o novo presidente da<br />
Administração do Grupo Roady, que<br />
acompanhou desde cedo a evolução<br />
deste Centro-Auto destaca a “qualidade<br />
e variedade do serviço, o atendimento<br />
personalizado e a disponibilidade de<br />
horários – este espaço está aberto em<br />
horário alargado e não encerra na hora<br />
de almoço, o que possibilita a qualquer<br />
cliente visitar o Centro-auto a qualquer<br />
hora”. Além disso, refere, “a equipa desta<br />
oficina é composta por colaboradores<br />
motivados e com formação especializada,<br />
que trabalha com vista aos resultados<br />
positivos que temos vindo a alcançar”.<br />
■ Loja e oficina<br />
A atividade deste centro Roady coordena-<br />
-se em torno da oficina e da receção da<br />
loja, funcionando de forma complementar.<br />
A loja e oficina, de resto, funcionam<br />
sempre em paralelo em todos os 32<br />
centros Roady existentes em Portugal<br />
– são 125 em França. Relativamente à<br />
oficina, as áreas de atuação são três: Tecnologia<br />
Auto, Mecânica e Eletricidade.<br />
Já a loja tem uma área de exposição de<br />
produtos de aproximadamente 400 m2.<br />
Segundo António Jacinto, “as áreas de<br />
mecânica e eletricidade correspondem<br />
ao maior volume de faturação. Também<br />
a família de pneus tem ultrapassado as<br />
nossas expectativas, uma vez que temos<br />
vindo a crescer acima do mercado nacional”,<br />
destaca.<br />
O Centro-Auto Gândara-Leiria da Roady<br />
conta com uma lista considerável de<br />
clientes fixos. “Como referi anteriormente,<br />
nos pontos de venda Roady encontram<br />
uma loja e uma oficina e no caso desta<br />
última, é comum encontrarmos clientes<br />
de longa data, que se mantêm fiéis ao<br />
Roady – “a sua oficina”. Contudo realçamos<br />
como bom indicador o número de<br />
clientes novos que tem vindo a aumentar<br />
tendencialmente no último ano”.<br />
■ Formação crucial<br />
A formação profissional é, para todo o<br />
Grupo Os Mosqueteiros, “fundamental<br />
e prioritária”.Nesse sentido, o novo líder<br />
da Roady chama a atenção para o fato<br />
do Grupo deter “uma empresa especializada<br />
nessa área a – FORDIS Portugal,<br />
creditada pelo INFOR (Instituto para<br />
a Inovação na Formação), cujo objetivo<br />
passa por desenvolver a formação profissional<br />
dos colaboradores”.<br />
Neste Centro-Auto, como em to<strong>das</strong> as<br />
<strong>Oficinas</strong> Roady, a formação é adaptada<br />
consoante as necessidades dos colaboradores,<br />
assim como a evolução<br />
tecnológica – uma constante neste<br />
mercado.<br />
● Centro Auto Roady<br />
Rua da Baquelite<br />
Carregal - Gândara dos Olivais<br />
2415-651 Leiria<br />
Gerente: António Jacinto<br />
Telefone: 244 834 503<br />
Fax: 244 824 495<br />
E-mail: pdv05037@mousquetaires.com<br />
Internet: www.roady.pt<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
47<br />
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48<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Gestão de recursos<br />
Utilização eficiente dos recursos<br />
Garantir a<br />
sustentabilidade<br />
› O clima económico em que nos situamos atualmente implicou uma redução<br />
da procura, o que se traduz em geral e para a oficina de reparação automóvel<br />
em particular, por um excesso de capacidade de oferta<br />
Trata-se de uma situação de risco, em<br />
que os custos se mantêm, enquanto as<br />
receitas diminuem, pelo que há todo<br />
o interesse em controlar todos os aspectos<br />
da empresa e do negócio. Para não ficarmos<br />
paralisados, no entanto, temos que apelar<br />
para a inovação, analisando a nossa gestão<br />
e verificando a utilização que fazemos dos<br />
recursos disponíveis na empresa, introduzindo<br />
modificações no que for necessário,<br />
no sentido de aumentar a rentabilidade e o<br />
nível de serviço.<br />
Existem alguns rácios e indicadores de<br />
operatividade que são utilizados habitualmente<br />
para manter sob controlo os<br />
diversos parâmetros da gestão, avaliando<br />
o desempenho global da oficina, de uma<br />
secção, de um equipamento ou de cada<br />
um dos colaboradores. Um dos indicadores<br />
básicos é a produtividade, a qual<br />
podemos referir como a relação entre as<br />
horas utiliza<strong>das</strong> em ordens de reparação<br />
e as horas disponíveis, para um determinado<br />
período de tempo. Mede por conseguinte<br />
a ocupação produtiva da oficina.<br />
Para conseguir que esta ocupação se<br />
mantenha dentro de uns níveis aceitáveis,<br />
teremos que medir os parâmetros dos<br />
quais depende: horas produtivas e horas<br />
de presença. O segundo parâmetro escapa<br />
ao controlo da gestão, porque depende<br />
da rotação do pessoal, bem como<br />
de faltas e situações de baixa na empresa.<br />
De qualquer modo, naquilo que está ao<br />
nosso alcance, devemos criar to<strong>das</strong> as<br />
situações para que a produtividade aumente,<br />
ou vendo as coisas de outro<br />
prisma, para que as situações improdutivas<br />
diminuam tanto quanto possível.<br />
■ Focar a atenção no valor<br />
O primeiro passo para eliminar as situações<br />
improdutivas será detectá-las. Para<br />
tal, há todo o interesse em ir para além<br />
do rácio de controlo (produtividade),<br />
entendendo todo o processo produtivo,<br />
não apenas em relação ao tempo utilizado<br />
a trabalhar, mas igualmente em toda uma<br />
série de intervenções interrelaciona<strong>das</strong>,<br />
que decorrem desde que o veículo entra<br />
na oficina com um problema, até ao momento<br />
em que é devolvido ao cliente<br />
devidamente reparado.<br />
Estamo-nos a referir a ações como a<br />
receção do veículo, elaboração do orçamento,<br />
gestão <strong>das</strong> peças de substituição,<br />
distribuição <strong>das</strong> tarefas, reparação dos<br />
danos, controlo dos tempos, controlo da<br />
qualidade, trabalho do veículo, processos<br />
administrativos, etc. A forma como decorrer<br />
cada fase do processo terá uma<br />
influência maior ou menor no resultado<br />
final conjunto.<br />
Claro que não existe uma receita única<br />
para to<strong>das</strong> as oficinas, mas cada um pode<br />
por si estudar o perfil dos clientes, quais<br />
são as suas necessidades e como podemos<br />
satisfazer as suas expectativas ou<br />
superá-las, através de uma utilização<br />
óptima dos recursos disponíveis. Para<br />
tornar esta exposição mais clara, iremos<br />
agrupar to<strong>das</strong> as ideias relaciona<strong>das</strong> com<br />
as possíveis melhoras em quatro áreas<br />
principais de apreciação.<br />
AMBIENTE PRODUTIVO - Estamos a<br />
falar <strong>das</strong> condições em que decorrem as<br />
atividades produtivas, sendo importante<br />
considerar o lay out da oficina, localização<br />
dos equipamentos mais utilizados,<br />
acesso às instalações, iluminação, ventilação,<br />
etc. Em primeiro lugar, devemos<br />
ter a noção de que todos os movimentos<br />
desnecessários de um técnico para ir<br />
buscar alguma coisa ou falar com alguém,<br />
procurar uma peça ou ferramenta, etc.,<br />
não acrescenta qualquer valor à reparação,<br />
embora tenha um custo importante<br />
(custo fixo <strong>das</strong> instalações e encargos<br />
com pessoal). Devemos portanto tomar<br />
to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> para reduzir esses tempos<br />
improdutivos, entre as quais sugerimos:<br />
● Cada técnico deve possuir um carro<br />
de ferramentas próprio, com tudo o que<br />
seja útil para as suas atividades normais.<br />
Para haver mais eficiência e até mais<br />
controlo do património, certas ferramentas<br />
e equipamentos deveriam ser individuais<br />
e não partilhados.<br />
● To<strong>das</strong> as ferramentas e equipamentos<br />
de uso habitual devem estar localizados<br />
numa zona específicas e<br />
organizados em estantes, expositores,<br />
etc., devendo regressar ao seu local próprio<br />
após cada utilização. Tudo o que não<br />
tiver utilidade, como resíduos, embalagens,<br />
componentes de veículos, equipamentos<br />
pouco usados, etc., devem ser<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
49<br />
A oficina<br />
deve ter boas<br />
condições de<br />
circulação<br />
de pessoas e<br />
veículos, para<br />
os técnicos<br />
poderem exercer<br />
a sua atividade<br />
de forma<br />
eficiente<br />
eliminados do ambiente de trabalho e<br />
encaminhados para locais próprios.<br />
● A superfície da oficina deve estar<br />
organizada de modo que os fluxos de<br />
pessoas e veículos se processe livremente,<br />
sem interromper os trabalhos que<br />
estão em curso e sem implicar manobras<br />
desnecessárias. Em princípio, a solução<br />
ideal é um carro em reparação entrar por<br />
um lado e sair por outro, já reparado. Isto<br />
é particularmente importante nas oficinas<br />
de carroçaria e repintura, em que o<br />
processo de reparação inclui várias fases<br />
que podem ser demora<strong>das</strong>.<br />
● A oficina deve ter um plano de manutenção<br />
de equipamentos e instalações<br />
organizado e executado por um responsável<br />
formal, embora esse elemento possa<br />
ter outra atividade na empresa. O essencial<br />
é que tudo possa estar permanentemente<br />
em condições de ser utilizado em<br />
atividades produtivas e não haja interrupções<br />
dos trabalhos ou demoras ocasiona<strong>das</strong><br />
por falhas de equipamentos ou<br />
falta de condições <strong>das</strong> instalações. Além<br />
disso, a correta manutenção prolonga a<br />
vida dos bens e do património imobilizado,<br />
aumentando o retorno do investimento<br />
e a rentabilidade do negócio.<br />
■ TECNOLOGIA<br />
Neste ponto, interessa-nos tudo o que<br />
ajuda os recursos humanos a realizar as<br />
suas funções produtivas, incluindo todos<br />
os materiais, ferramentas, equipamentos<br />
e sistemas.<br />
● As soluções informáticas da oficina<br />
devem estar organiza<strong>das</strong> em rede operativa,<br />
que permite a permanente comunicação<br />
entre to<strong>das</strong> as secções da<br />
empresa (recepção, chefe da oficina,<br />
armazém de peças, escritório, etc.) de<br />
modo a haver o aproveitamento máximo<br />
de toda a informação disponível.<br />
● É indispensável uma ferramenta informática<br />
que permita realizar rapida-<br />
mente orçamentos precisos, detalhados<br />
e completos, dando origem posteriormente<br />
a ordens de reparação e facturas<br />
coerentes com os dados iniciais acordados<br />
com o cliente. Tal orçamento é uma<br />
ferramenta de ven<strong>das</strong> insubstituível e<br />
tem um forte impacto na organização<br />
da produção na oficina, melhorando a<br />
sua produtividade e rentabilidade.<br />
● No que se relaciona com materiais e<br />
produtos, é necessário dar prioridade ao<br />
que acrescenta valor ao trabalho e não<br />
simplesmente ao que tem menor preço.<br />
Há soluções tecnicamente mais evoluí<strong>das</strong><br />
que poupam tempo e material, resultando<br />
mais rentáveis. Estamos a pensar<br />
nos aparelhos com vários graus de cinzento,<br />
que tornam a aplicação da tinta<br />
mais rápida e rentável, nas pistolas LPHV,<br />
que garantem maior transferência de<br />
produto, nos sistemas de lavagem <strong>das</strong><br />
pistolas, nos consumíveis para mascarar<br />
a carroçaria eficientes, etc.<br />
● Com a grande variedade de tonalidades<br />
de tintas utiliza<strong>das</strong> na indústria<br />
automóvel, a oficina deve ter um sistema<br />
de identificação de cor eficiente e preciso,<br />
que permita obter a fórmula exata em<br />
menor tempo, tornando o processo de<br />
reparação mais rápido e gerando apreciáveis<br />
economias ao nível de materiais.<br />
Os processos artesanais geram desperdícios<br />
e exigem posterior processamento<br />
dos resíduos, o que é duplamente penalizador<br />
para a eficiência e rentabilidade<br />
da oficina.<br />
■ GESTÃO DE PROCESSOS<br />
empresa deve ter procedimentos padronizados<br />
para as áreas chave da oficina,<br />
como a de gestão e organização, comunicação,<br />
processos de reparação, controlo<br />
de qualidade, relações com fornecedores,<br />
etc., tornando a sua atividade mais consistente<br />
e rentável. Essa é a forma de<br />
conseguir que as tarefas sejam executa<strong>das</strong><br />
sempre da mesma forma e corretamente,<br />
contribuindo decisivamente para<br />
alcançar as expectativas do cliente e do<br />
mercado. Os principais aspectos a melhorar<br />
são os seguintes:<br />
● A planificação deficiente do trabalho<br />
gera esperas por falta de trabalho, falta<br />
de informação ou de peças, etc. Essas<br />
esperas interrompem o processo produtivo<br />
e diminuem a sua rentabilidade,<br />
como já vimos antes. Também há casos<br />
em que o técnicos trabalha em vários<br />
carros ao mesmo tempo e perde assim<br />
tempo a preparar cada uma <strong>das</strong> suas<br />
intervenções. Este sistema gera carros<br />
“mortos”, que ocupam espaço e penalizam<br />
a rentabilidade e eficiência da produção,<br />
reduzindo a satisfação do cliente.<br />
● Em relação às peças de substituição,<br />
é fundamental ter processos de encomenda,<br />
de verificação, de gestão e de<br />
montagem estabelecidos, em vez de<br />
deixar cada passo desses ao improviso.<br />
Muitas vezes as peças ficam a um canto<br />
da oficina, sujeitas a sofrer danos, mas,<br />
quando chega o momento de as montar,<br />
chega-se à conclusão de que falta alguma<br />
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50<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Gestão de recursos<br />
coisa para a montagem, como colas,<br />
agrafos, parafusos, etc. Quando se trabalha<br />
assim, é usual a montagem da peça<br />
ser realizada quando o cliente chega à<br />
oficina para levantar o carro… A operação<br />
é feita à pressa e o carro entregue<br />
sem qualquer verificação ou controlo de<br />
qualidade.<br />
● Tornar a parceria com os fornecedores<br />
mais dinâmica e baseada em processos<br />
de comunicação mais eficientes faz<br />
com que a oficina possa contar sempre<br />
com o que precisa no momento em que<br />
precisa, um factor de eficiência e rentabilidade<br />
incontornável.<br />
● Os processos de comunicação internos<br />
devem ser fiáveis e comprovados.<br />
Ao distribuir os serviços ao pessoal, é<br />
necessário obter a comprovação da parte<br />
do técnico, pois este pode estar ausente<br />
na hora/dia em que o trabalho será realizado,<br />
sendo necessário arranjar um<br />
substituto. Também há os casos em que<br />
os técnicos trocam entre si dias e/ou<br />
horas de trabalho, sem avisar a recepção<br />
ou o chefe da oficina, o que pode gerar<br />
o mesmo resultado, isto é, interrupções<br />
da reparação e per<strong>das</strong> de tempo produtivo.<br />
Não é assim que a oficina entra na<br />
via do êxito e da rentabilidade, devendo<br />
organizar-se previamente.<br />
● O controlo de qualidade nas operações<br />
reduz os trabalhos imperfeitos ou<br />
defeituosos, evitando repetições, um dos<br />
factores mais graves de ineficiência de<br />
uma oficina, porque implica perda de<br />
tempo produtivo, gasto de materiais e<br />
consumos de energia sem retorno.<br />
■ GESTÃO DE PESSOAS<br />
O capital principal de uma oficina é<br />
certamente o seu pessoal, sendo imperativo<br />
dispor de uma adequada gestão<br />
dos recursos humanos que permita aproveitar<br />
ao máximo, não somente o tempo<br />
<strong>das</strong> pessoas, como também as suas capacidades,<br />
talentos e criatividade. Para<br />
atingir esse objectivo, é necessário possuir<br />
uma cultura de empresa, formação,<br />
avaliação do desempenho, incentivos,<br />
relacionamento e espírito de equipa, etc.<br />
Vejamos pois como potenciar os recursos<br />
humanos:<br />
● Chamar os colaborado res mais capacitados<br />
a tomar decisões e a assumir<br />
responsabilidades é uma excelente forma<br />
de aproveitar o seu potencial, aumentar<br />
a sua participação na empresa e incentivá-los<br />
a participar no projeto de negócio.<br />
● Realizar uma segmentação e distribuição<br />
de trabalhos adequa<strong>das</strong>, tendo<br />
em conta, não somente o tempo disponível,<br />
mas também as capacidades individuais.<br />
É importante que as tarefas mais<br />
complexas e de maior responsabilidade<br />
sejam entregues aos melhores colaboradores,<br />
que geralmente são melhor<br />
remunerados. O inverso é também válido.<br />
● Estimular e criar oportunidades de<br />
trabalho em equipa, de modo a que<br />
pessoas com capacidades complementares<br />
possam partilhar entre si a reparação<br />
de um veículo. A longo prazo, os<br />
resultados obtidos por uma equipa são<br />
mais satisfatórios do que as recompensas<br />
individuais e pontuais.<br />
● Tornar a participação do pessoal uma<br />
regra da oficina, estimulando os colaboradores<br />
a proporem alternativas que se<br />
mostrem criativas e que consigam melhorar<br />
os processos, eliminando erros e<br />
per<strong>das</strong> de tempo. Obviamente, é necessário<br />
saber escutar o que as pessoas têm<br />
para propor e saber valorizar os seus<br />
contributos.<br />
● Tornar as boas práticas uma regra<br />
comum entre o pessoal, pelas quais se<br />
responsabilizam, melhora o ambiente<br />
de trabalho e qualifica a oficina.<br />
● Prever um sistema de incentivos à<br />
produtividade estimula os mais aptos e<br />
faz subir a eficiência global da oficina. É<br />
importante que os critérios de retribuição<br />
sejam objectivos, equitativos e comprováveis.<br />
Conclusão:<br />
O espaço da<br />
oficina atulhado de<br />
carros e técnicos<br />
sem espaço para<br />
exercerem a sua<br />
atividade de forma<br />
eficiente prejudica<br />
a rentabilidade do<br />
negócio<br />
Melhorar a rentabilidade do<br />
negócio não é uma revolução,<br />
nem mudar alguma<br />
coisa para que tudo continue<br />
na mesma. Trata-se de uma<br />
decisão responsável, que<br />
implica convicção e capacidade<br />
para introduzir de forma<br />
consistente modificações<br />
graduais, que possam levar<br />
a uma melhoria global do<br />
negócio, com a desejável<br />
participação de todos os<br />
elementos da empresa.<br />
Como dizia Albert Einstein:<br />
“Se queres chegar a uma<br />
coisa diferente, não podes<br />
fazer sempre a mesma coisa”.<br />
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<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
51<br />
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52<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Tecnologia<br />
APPs para smartphones<br />
Quase todos os principais fornecedores<br />
de peças e redes de<br />
oficinas têm aplicações próprias,<br />
através <strong>das</strong> quais facilitam o acesso aos<br />
seus sites e assim põem em prática uma<br />
eficaz estratégia de fidelização de clientes<br />
e utilizadores.<br />
A verdade é que essas apps tornam a<br />
vida mais fácil e mais agradável aos<br />
clientes, disponibilizando informações<br />
úteis, instruções várias, diversas funções<br />
e até passatempos e diversões. Mesmo<br />
assim, convém distinguir essas apps no<br />
pós-venda, de acordo com o público a<br />
que se dirigem. Os que podemos chamar<br />
B2B, são os desenvolvidos por fabricantes<br />
de peças e beneficiam os seus<br />
clientes, as oficinas, no seu trabalho<br />
diário. Por outro lado, temos as aplicações<br />
do tipo B2C, que geralmente partem<br />
<strong>das</strong> redes de oficinas, oficiais ou<br />
independentes, tendo como alvo os<br />
condutores de veículos, a quem fornecem<br />
vários dados úteis e alternativas<br />
de negócios e serviços.<br />
■ Gates<br />
Um bom exemplo de apps B2B inovador<br />
é o da Gates chamado PIC (Parts<br />
Image Capture) Gauge, com o qual,<br />
através de uma no va tecnologia de<br />
análise de imagens da espessura da<br />
borracha, se consegue fazer um diagnóstico<br />
imediato da correia de distribuição,<br />
quer esteja dentro do<br />
especificado, desgastada ou para substituir.<br />
Os resultados do teste podem ser<br />
guardados, para serem utilizados posteriormente.<br />
Tecnologia<br />
que f ideliza<br />
Habituais são já as<br />
apps que dão acesso<br />
a listas de produtos,<br />
existências, entregas<br />
e instruções de<br />
montagem da peça<br />
› A vulgarização dos smartphones provocou o aparecimento de inúmeras<br />
aplicações eletrónicas específicas para esses meios de comunicação. O<br />
pós-venda automóvel não passou ao lado do fenómeno<br />
Por: João Vieira<br />
■ NGK<br />
A NGK, lançou uma app que permite<br />
procurar referências de produtos deste<br />
fabricante através da internet. Disponível<br />
no Google Play (sistema Android)<br />
e na AppleStore (sistema iOS), este motor<br />
de busca vai possibilitar ao utilizador<br />
encontrar facilmente a vela, a sonda<br />
lambda, a bobina ou o jogo de cabos<br />
de que necessita. Com esta aplicação,<br />
é possível aceder às bases de dados mais<br />
atualiza<strong>das</strong> da NGK utilizando um dispositivo<br />
móvel e obter na mesma toda<br />
a informação mais importante acerca<br />
de qualquer produto. É ainda possível<br />
ver imagens desse mesmo produto.<br />
Mas a aplicação da NKG dá para muito<br />
mais. Uma vez com o produto na mão,<br />
é possível “scanear” o código de barras<br />
e perceber para que serve e como é<br />
montado. Facilita também o trabalho<br />
nas oficinas. Esta aplicação de pesquisa<br />
de produtos de NGK é compatível com<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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53<br />
dispositivos móveis da Apple com o iOS<br />
5.0 (ou superior) e o Android 4.0 (ou<br />
superior). Os utilizadores podem escolher<br />
entre dez idiomas distintos.<br />
■ DT Spare ParTS<br />
Por meio do telemóvel/tablet os utilizadores<br />
podem encontrar rápida e<br />
facilmente a peça de substituição que<br />
pretendem entre milhões de referências.<br />
O resultado da pesquisa fornece informações<br />
detalha<strong>das</strong> sobre o produto<br />
encontrado e os respetivos acessórios.<br />
Para além da procura de peças, o site<br />
móvel oferece um resumo <strong>das</strong> inovações<br />
de produtos de peças de reposição da<br />
marca DT e introduz a gama de retalho<br />
para camiões, reboques e autocarros,<br />
bem como os diferentes catálogos DT.<br />
Estes catálogos podem, também, ser<br />
vistos nos dispositivos móveis. A partir<br />
da página de internet móvel, pode entrar<br />
nos vídeos-Podcasts e nos vídeos<br />
de grupos de produtos.<br />
■ Mahle<br />
A Mahle apresentou a sua app, que<br />
permite aos mecânicos <strong>das</strong> oficinas e<br />
retalhistas de peças, o acesso de uma<br />
forma rápida a todos os catálogos, brochuras<br />
técnicas e outras informações,<br />
bem como saber que peça corresponde<br />
a cada veículo ou a sua correspondência<br />
com a peça de origem. Esta app é<br />
compatível com o sistema iOS e Android<br />
e está acessível na Apple App Store e<br />
no Google Play Store. Foi desenvolvida<br />
para smartphones, estando para já disponível<br />
em Alemão e Inglês, mas no<br />
futuro outros idiomas vão também estar<br />
disponíveis<br />
‘Corner Module’ da TRW – travagem,<br />
direção e suspensão. A nova App para<br />
Android está disponível para download<br />
gratuito a partir da Google Play Store,<br />
a loja de aplicações para o Android,<br />
basta efetuar a pesquisa por TRW. Esta<br />
nova aplicação do catálogo TRW para<br />
smartphones faz com que as informações<br />
sobre os produtos fiquem imediatamente<br />
disponíveis e acessíveis a um<br />
maior número de mecânicos.<br />
■ RM<br />
A aplicação Color Explorer Online é<br />
utilizada por técnicos de oficinas R-M<br />
em todo o mundo para a procura de<br />
fórmulas de cores. Eles ligam-se regularmente<br />
à Internet e podem desta<br />
forma encontrar muito rapidamente a<br />
fórmula mais apropriada para o seu<br />
trabalho de reparação. A R-M foi mais<br />
longe e lançou a sua nova aplicação<br />
móvel Color Explorer Online para smartphones<br />
e tablets — que pode ser transferida<br />
gratuitamente da AppStore ou<br />
da Google Playstore. Todos os utilizadores<br />
podem agora consultar a versão<br />
concisa e optimizada do site móvel da<br />
R-M a partir dos seus smartphones ou<br />
tablets, com ferramentas novas que<br />
estão a ser constantemente melhora<strong>das</strong>.<br />
■ SKF<br />
A SKF lançou a sua gama de kits de<br />
correias de distribuição com bomba de<br />
água – VKMC, que abrange mais de 70%<br />
do parque automóvel europeu, incluindo<br />
os veículos de marcas asiáticas.<br />
A experiência mostra que as possibilidades<br />
de uma bomba de água se avariar<br />
são muito mais altas depois de se fazer<br />
a substituição da correia de distribuição.<br />
O problema surge, muitas vezes, com a<br />
tensão da correia nova que é maior e<br />
pode danificar o eixo de uma bomba<br />
usada. Os kits VKMC incluem a bomba<br />
de água como uma parte integrante da<br />
correia de distribuição. A SKF recomenda<br />
substituir tanto a correia de distribuição<br />
como a bomba de água, para evitar problemas<br />
mecânicos e poupar tempo e<br />
dinheiro aos clientes <strong>das</strong> oficinas. To<strong>das</strong><br />
as informações sobre os kits VKMC estão<br />
disponíveis no novo catálogo de componentes<br />
motor 2013, através da app<br />
“SKF Automotive parts search”.<br />
APPs B2C<br />
Nos apps do tipo B2C, vulgares em redes monomarca ou multimarca,<br />
é frequente o apelo à manutenção, mas não faltam outros atrativos,<br />
como o melhor e mais rápido caminho para chegar à oficina em causa.<br />
Na Bosch Car Service, existe mesmo uma aplicação chamada BCS Racing,<br />
onde o cliente pode ensaiar diversos modelos em vários circuitos.<br />
O curioso é que o condutor obtém melhores tempos, quando o seu<br />
carro tem uma manutenção impecável, qualquer que seja o carro escolhido<br />
ou o circuito testado.<br />
Uma “brincadeira“ do mesmo tipo é proposta pela rede Euromaster<br />
de Michelin, com a sua aplicação Grand Prix, onde o condutor pode<br />
conduzir um carro de competição, com a possibilidade de controlar a<br />
pressão dos pneus, estado dos travões e afinação da caixa de velocidades.<br />
A rede de oficinas Vulco, pertença do Grupo Goodyear/ Dunlop,<br />
lançou uma app que permite aos utilizadores manter o seu veículo em<br />
ótimas condições e poupar nos gastos mensais. Com esta aplicação,<br />
que se descarrega a partir da página web da Vulco, os utilizadores<br />
podem consultar o preço do combustível que utilizam nas 5 estações<br />
de serviço mais próximas. A procura pode ser feita por distrito, pelo<br />
tipo de combustível e pelo preço de determinada estação. Esta informação<br />
é atualizada diariamente. Uma vez identificada a estação de<br />
serviço que interessa, é possível ver o percurso até lá a partir da posição<br />
do condutor.<br />
A Mi<strong>das</strong> lançou uma app que permite ao utilizador, de uma forma<br />
muito mais intuitiva e prática, aceder às várias funcionalidades do espaço<br />
cibernauta. Com esta aplicação é possível saber automaticamente<br />
qual é a oficina Mi<strong>das</strong> mais próxima do local onde se encontra; a distância<br />
a que está e o melhor caminho a percorrer até à oficina pretendida;<br />
marcar online o serviço; receber confirmação com um maior<br />
nível de comodidade; fazer a simulação do valor da revisão para o<br />
veiculo; consultar promoções e<br />
contactos <strong>das</strong> várias oficinas.<br />
Dos vários tipos de ofertas e<br />
propostas de apps, há umas com<br />
mais utilidades que outras, mas<br />
to<strong>das</strong> tentam obviamente convencer<br />
o condutor da competência e<br />
da eficiência da rede de oficinas<br />
em questão. Obviamente, o fim<br />
último desta nova onda de apps<br />
e da aposta na tecnologia digital<br />
é conquistar a preferência dos<br />
condutores, fidelizando-os à<br />
marca ou rede de oficinas, que<br />
têm uma imagem mais forte, convincente<br />
e satisfatória, assumindo-se<br />
para já como uma<br />
estratégia comercial e de marketing<br />
sem rival.<br />
■ TRW<br />
A TRW lançou uma app do seu catálogo<br />
de peças para Android. Graças a este<br />
desenvolvimento, 95 % dos utilizadores<br />
globais de smartphones podem usufruir<br />
do acesso imediato às peças e sistemas<br />
As apps oferecem grandes<br />
perspetivas para enriquecer a<br />
informação e os serviços, bem como<br />
para comunicar de uma maneira mais<br />
moderna e convivial<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Janeiro I <strong>2014</strong>
54<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Técnica<br />
Velas de ignição<br />
Tecnologia e manutenção<br />
› Desde que existem motores de explosão, há mais de um século, a vela<br />
de ignição tem sobrevivido através de múltiplas evoluções e adaptações,<br />
permanecendo, no entanto, o mesmo pequeno mas essencial componente que é<br />
conhecido da maioria dos automobilistas<br />
A<br />
primeira patente de algo parecido<br />
com uma vela de ignição foi registada<br />
pelo belga Jean L Lenoir, há<br />
cerca de 153 anos, sendo utilizada num<br />
motor de combustão interna a dois tempos,<br />
alimentado a gás de carvão. A semelhança<br />
do conceito então desenvolvido com as<br />
velas atuais era inevitável, porque os requisitos<br />
sempre foram basicamente os<br />
mesmos. Teria que ser uma peça estanque<br />
montada na câmara de combustão através<br />
de uma forte união roscada, com dois eléctrodos<br />
para provocar uma faísca, alimentados<br />
pela massa do motor e por uma fase<br />
isolada. Não admira pois que a tal vela<br />
inventada por Lenoir fosse um perno de<br />
bronze oco, dentro do qual havia um isolador<br />
de porcelana, através do qual passava<br />
a corrente de alimentação de um dos eléctrodos.<br />
Os eléctrodos eram arames de<br />
platina, sendo o de massa ligado ao corpo<br />
do próprio perno.<br />
Claro que, embora o conceito tosco<br />
seja idêntico ao <strong>das</strong> velas atuais, estas<br />
sofreram ao longo de século e meio<br />
profundos aperfeiçoamentos, que<br />
ainda continuam nos nossos dias. Tudo<br />
mudou radicalmente a nível do metal<br />
do corpo da vela, do material isolador,<br />
da rosca de aperto, da anilha de vedação<br />
e dos eléctrodos.<br />
Obviamente, a corrente de alimentação<br />
para a ignição também teve que<br />
evoluir, porque os motores se tornaram<br />
progressivam ente mais rotativos, com<br />
maior compressão e maior rendimento<br />
específico. Como isolantes, foram utilizados<br />
a cerâmica, a mica e o vidro,<br />
entretanto abandonados. Isso porque<br />
uma <strong>das</strong> exigências básicas de uma vela<br />
de ignição é a sua rápida eliminação<br />
do calor, o que não é compatível com<br />
a maior parte dos materiais isolantes<br />
da eletricidade, que são também isolantes<br />
térmicos.<br />
Na atualidade, os isoladores <strong>das</strong> velas<br />
são produzidos com óxidos de alumínio<br />
obtidos ao calor, cuja dureza permitiria<br />
cortar vidro. Apesar de grande<br />
resistência à passagem de corrente<br />
eléctrica, esses novos isoladores possuem<br />
grande condutividade térmica e<br />
uma enorme resistência mecânica e<br />
térmica.<br />
■ Pequenas, leves, eficientes<br />
A rápida evolução dos motores provocada<br />
pelos choques petrolíferos, que<br />
vieram revelar o esgotamento de algo<br />
que parecia inesgotável, o petróleo,<br />
lançou um grande desafio às velas de<br />
ignição, que foram obriga<strong>das</strong> a tornar-<br />
-se mais eficientes, reduzindo ao mesmo<br />
tempo o seu tamanho e peso. Quem<br />
estiver nesta altura na terceira idade,<br />
ainda se lembra certamente <strong>das</strong> velas<br />
com rosca de 18 mm e corpo hexagonal<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
55<br />
de 13/16 de polegada. Com as cabeças<br />
de motor multi-válvulas e injeção direta,<br />
as velas passaram para roscas de 14 mm<br />
e porca de 5/8 de polegada. Mesmo<br />
assim, os especialistas <strong>das</strong> marcas afirmam<br />
que estão a chegar as velas de<br />
roscas M12 e mesmo M10. Praticamente<br />
quase metade do tamanho que tinham<br />
há cerca de 40 anos.<br />
Um dos pontos críticos <strong>das</strong> velas de<br />
ignição é a duração dos eléctrodos, que<br />
estão no interior da câmara de combustão,<br />
num ambiente extremamente<br />
agressivo do ponto de vista térmico,<br />
mecânico e químico. O desgaste provocado<br />
pelo uso intensivo torna a folga<br />
dos eléctrodos maior e a geometria<br />
destes arredondada, o que dificulta a<br />
formação da chispa e reduz a sua amplitude.<br />
Para evitar sobrecargas de corrente e<br />
o consequente aquecimento excessivo<br />
<strong>das</strong> velas, foram em 1948 introduzi<strong>das</strong><br />
velas com resistência interna, solução<br />
que teve a vantagem de reduzir o desgaste<br />
dos eléctrodos e ainda reduziu as<br />
interferências provoca<strong>das</strong> nos aparelhos<br />
de rádio. Paralelamente, a metalurgia<br />
desenvolveu eléctrodos em metais raros<br />
de alta resistência, que permitem o fabrico<br />
de eléctrodos mais finos, mas mais<br />
resistentes e que eliminam ainda mais<br />
rapidamente o calor gerado na combustão.<br />
Os eléctrodos centrais agora podem<br />
ter apenas cerca de 1 mm, menos de<br />
metade dos 2,5 mm dos eléctrodos<br />
convencionais. Graças a estes avanços,<br />
foram lança<strong>das</strong> velas que em vez de<br />
reduzir a voltagem recebida da bobina<br />
a aumentam, para tornar a chispa mais<br />
forte e a combustão mais completa.<br />
■ Problemas “invisíveis“<br />
Todos os extraordinários avanços<br />
da tecnologia <strong>das</strong> velas de ignição geraram<br />
uma certa euforia por parte dos<br />
construtores, que chegam a recomendar<br />
intervalos de substituição <strong>das</strong> velas<br />
de 150.000 km e mais. Para uma quilometragem<br />
anual de 15.000 km, a vela<br />
dura cerca de 10 anos. Se as velas não<br />
forem desmonta<strong>das</strong> e verifica<strong>das</strong> periodicamente,<br />
pelo menos a cada<br />
40.000 km, há muitos problemas que<br />
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56<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Técnica<br />
não são detectados. Um deles é o afastamento<br />
dos eléctrodos. Claro que os<br />
técnicos <strong>das</strong> marcas dizem que os modernos<br />
sistemas de ignição electrónicos<br />
sem distribuidor podem alcançar correntemente<br />
27.000 Volts e chegar a<br />
picos de voltagem de perto de 100.000<br />
Volts. Isso compensa certamente o<br />
afastamento dos eléctrodos, mas também<br />
aumenta exponencialmente o<br />
desgaste dos eléctrodos.<br />
Recomendações finais<br />
1 - To<strong>das</strong> as velas têm um binário de aperto especificado,<br />
que protege a vela e a própria cabeça do motor.<br />
No entanto, ao colocar qualquer produto lubrificante,<br />
é necessário reduzir o aperto recomendado cerca de<br />
30%, porque os dados são fornecidos para roscas secas.<br />
Se colocamos lubrificante ou produto para facilitar a<br />
desmontagem, o atrito diminui e o aperto aumenta<br />
proporcionalmente, podendo causar deformações, estiramentos<br />
e mesmo rupturas. No caso <strong>das</strong> velas com<br />
assento em bisel, há construtores que recomendam um<br />
aperto angular de 15º, após o contacto da vela com o<br />
assento. A chave dinamomética (20 Nm, no máximo)<br />
também permite apertos de qualidade em to<strong>das</strong> as situações.<br />
2 – Sobre as velas de substituição, a regra de montar<br />
a marca de primeiro equipamento já está um tanto<br />
desatualizada, porque há marcas de veículos e construtores<br />
que montam várias marcas de velas nos seus<br />
modelos e às vezes no mesmo modelo, dependendo<br />
<strong>das</strong> séries. Vantagens da globalização, porque assim o<br />
construtor obtém muito mais crédito na totalidade,<br />
ficando a dever menos a cada fornecedor. Além disso,<br />
na oferta do pós-venda, to<strong>das</strong> as principais marcas têm<br />
referência cruza<strong>das</strong> com o equipamento original e com<br />
a concorrência, o que significa que velas de várias marcas<br />
correspondem à especificação original. Salvo raríssimas<br />
exceções e casos muito específicos. Em certas<br />
situações, velas de outra marca até podem servir melhor<br />
do que as originais.<br />
3 – Outro ponto a ter a conta, é o facto <strong>das</strong> velas de<br />
alta qualidade serem hoje mais vulgares e mais baratas<br />
do que há umas déca<strong>das</strong>, porque a concorrência aumentou<br />
significativamente e a escala e tecnologias de<br />
produção estão em permanente evolução. Nos anos 70,<br />
por exemplo, uma vela com eléctrodos de platina para<br />
um Porsche custava dez vezes mais do que uma vela<br />
comum. Hoje em dia, as velas de eléctrodos de platina<br />
já são monta<strong>das</strong> em modelos compactos e económicos.<br />
4 – Ao contrário do que se pensa ou do que até se<br />
diz, os sofisticados sistemas de ignição atuais requerem<br />
maior atenção aos intervalos de substituição <strong>das</strong> velas<br />
e não menos.<br />
5 – Em termos de diagnóstico, pense em primeiro<br />
lugar nas velas e na ignição, quando os problemas do<br />
veículo estão relacionados com o arranque, rendimento<br />
ou emissões.<br />
■ Velas “cola<strong>das</strong>“<br />
Após tantos anos aperta<strong>das</strong> na cabeça<br />
do motor, as velas podem literalmente<br />
ficar cola<strong>das</strong> pela rosca.Se fazemos um<br />
esforço exagerado para as desmontar,<br />
a rosca de alumínio vem agarrada à<br />
vela.Os técnicos de manutenção tentam<br />
várias soluções para evitar isso,<br />
porque a oficina pode ser responsabilizada<br />
pelo dano.<br />
Uma <strong>das</strong> tácticas consiste em colocar<br />
chapas finas de zinco ou outro metal<br />
dúctil entre a rosca da vela e a cabeça<br />
do motor. Ao apertar a vela, a chapa<br />
fica esmagada entre a rosca da vela e<br />
a cabeça do motor, proporcionando a<br />
necessária proteção da rosca contra a<br />
fuga de gases e a indispensável lubrificação<br />
para desapertar a vela.<br />
Em alternativa, existem compostos<br />
com partículas metálicas (zinco, níquel<br />
e óxidos negros, entre outros). A base<br />
é constituída por uma resina acrílica<br />
de decomposição lenta, que facilita a<br />
lubrificação da rosca ao apertar. Certos<br />
construtores, colocam esses compostos<br />
ao montar as velas originais, para impedir<br />
os problemas de colagem <strong>das</strong><br />
roscas.<br />
De qualquer modo, o bom senso<br />
aconselha que se substituam as velas<br />
a intervalos mais curtos e/ou que se<br />
façam inspeções intercalares (pelo<br />
menos uma ou duas).O rendimento do<br />
motor, a economia de combustível e a<br />
saúde do sistema de ignição só beneficiam<br />
com isso.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
57<br />
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58<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Serviço<br />
Reclamações de travões<br />
Combater a insegurança<br />
› Devido ao desgaste dos materiais de fricção, ao envelhecimento do<br />
fluido de travões e outras incidências comuns, o sistema de travagem é<br />
um dos que leva mais vezes um carro à oficina<br />
Importa é que essas i<strong>das</strong> à oficina<br />
sejam provoca<strong>das</strong> pelos bons<br />
motivos e não por reclamações<br />
sobre ruídos, mau desempenho dos<br />
travões e outras anomalias, que o<br />
utilizador do veículo justificadamente<br />
e legitimamente contesta,<br />
depois de pagar a conta por um<br />
trabalho de primeira classe. A<br />
idoneidade e competência técnica<br />
da oficina que está na origem<br />
dessas reclamações fica assim posta<br />
em causa, sendo imperativo<br />
resolver as causas dos problemas e<br />
principalmente evitar a todo o custo<br />
que se repitam. Nos pontos<br />
seguintes, iremos analisar algumas<br />
formas de alcançar esse objectivo,<br />
porque o forte sentimento instintivo<br />
de insegurança do condutor é<br />
mau conselheiro para o seu futuro<br />
relacionamento com as oficinas de<br />
reparação.<br />
● A correcta comunicação com o<br />
condutor do veículo é indispensável<br />
para descobrir a origem de ruídos e<br />
outros defeitos dos travões. É possível<br />
que se produzam ruídos durante a travagem,<br />
que não estão relacionados<br />
directamente com os travões. Entre com<br />
o condutor no carro e peça-lhe para dar<br />
uma volta e identificar o ruído (s) que<br />
reclama. Poderá ser como ele diz ou não.<br />
● Leia completamente e cuidadosamente<br />
os boletins técnicos de serviço<br />
do construtor. Há casos em que os supressores<br />
de ruído <strong>das</strong> pastilhas de<br />
travão são alterados e montar peças<br />
diferentes ou antigas dá mau resultado.<br />
Nesses boletins técnicos, são também<br />
referi<strong>das</strong> várias causas de ruídos comuns<br />
de outros componentes, que preocupam<br />
o construtor do veículo. Os construtores<br />
não querem ruídos nos seus<br />
carros por duas boas razões: Primeiro,<br />
porque prejudica a imagem da marca;<br />
em segundo lugar, porque onde há ruído<br />
há necessidade de reparação e a<br />
respectiva oportunidade de negócio<br />
(…).<br />
● Os suportes <strong>das</strong> pastilhas movem-<br />
-se em guias, que devem permitir o seu<br />
fácil deslizamento, sem folgas, nem<br />
prisões. Quando essas guias estão<br />
muito oxida<strong>das</strong> ou deforma<strong>das</strong>, as pas-<br />
tilhas podem ficar soltas ou cola<strong>das</strong><br />
ao disco, provocando ruídos. A fixação<br />
da pinça também pode estar em mau<br />
estado, causando desalinhamentos<br />
entre o disco e as pastilhas. Isso também<br />
é uma causa de ruído. Por outro<br />
lado, as molas e clips supressores <strong>das</strong><br />
pastilhas sofrem desgaste e não devem<br />
ser reutilizados. Há acessórios desses<br />
que podem ser complicados de montar,<br />
mas deixar de montá-los não é<br />
sequer opção. Cada jogo de pastilhas<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
● Aposte numa revisão geral ao veículo,<br />
porque se torna mais fácil encontrar<br />
a origem do ruído e descobrir outras<br />
possíveis oportunidades de serviço para<br />
a oficina.<br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
59<br />
deve levar um jogo de supressores de<br />
vibração novo.<br />
● Os calços e cunhas dos travões<br />
destinam-se a aumentar a pressão <strong>das</strong><br />
pastilhas no disco e sofrem esforços<br />
mecânicos consideráveis, mesmo em<br />
travagens de intensidade mediana. Essas<br />
peças não devem por isso ser reutiliza<strong>das</strong>,<br />
pois há forte probabilidade de<br />
estarem deforma<strong>das</strong> ou danifica<strong>das</strong>. A<br />
maior parte dos jogos de pastilhas comercializados<br />
atualmente já trazem<br />
calços novos. Estes também se podem<br />
comprar separadamente e há marcas<br />
que os fabricam expressamente para<br />
resolver problemas de ruído nos travões<br />
em carros com garantia. Há também<br />
cunhas no mercado independente que<br />
se fixam ao êmbolo da pinça, reduzindo<br />
desse modo vibrações e a transmissão<br />
de calor da pastilha para o êmbolo.<br />
● Uma aplicação moderada de massa<br />
lubrificante adequada entre o calço da<br />
pastilha e a pinça também ajuda a combater<br />
as vibrações, que são a origem<br />
dos ruídos de travões. Deve-se evitar<br />
aplicar excesso de lubrificante, porque<br />
isso provoca a acumulação de resíduos<br />
e pode originar a colagem da pastilha<br />
à pinça.<br />
● A qualidade da superfície do disco<br />
é fundamental para um bom poder de<br />
travagem e sem ruídos. A rectificação<br />
dos discos visa o duplo objectivo de<br />
alisar a superfície do disco e ao mesmo<br />
tempo corrigir a sua geometria, eliminando<br />
deformações e falhas de alinhamento<br />
e/ou paralelismo. A qualidade<br />
da superfície pode ser avaliada objectivamente<br />
através do índice de rugosidade<br />
médio (RA). Os tornos e máquinas<br />
de rectificar de qualidade e em bom<br />
estado proporcionam habitualmente<br />
boas superfícies dos discos. Isso é fundamental<br />
para transferir o material <strong>das</strong><br />
pastilhas orgânicas e cerâmicas para o<br />
disco, condição essencial para uma boa<br />
travagem. Do mesmo modo, o RA da<br />
superfície do disco é indispensável para<br />
que as pastilhas semi-metálicas apresentem<br />
um coeficiente de fricção adequado<br />
na fase de assentamento inicial.<br />
To<strong>das</strong> as falhas em relação à qualidade<br />
da superfície dos discos podem originar<br />
obviamente ruídos ao travar.<br />
● As pinças são componentes simples<br />
e robustos, mas estão sujeitas a<br />
solicitações mecânicas e térmicas eleva<strong>das</strong>,<br />
podendo apresentar desgaste<br />
global ou localizado. Nas pinças flutuantes<br />
existem casquilhos metálicos que<br />
se destinam a evitar a vibração da<br />
pinça, Normalmente, esses casquilhos<br />
ou anilhas duram o período correspondente<br />
à utilização de dois jogos de<br />
pastilhas e são colocados nos pernos<br />
da guia da pinça. Estes pernos com o<br />
tempo podem perder a sua elasticidade<br />
e deformar-se, originando vibrações e<br />
força de compressão <strong>das</strong> pastilhas desigual.<br />
Tudo fenómenos capazes de<br />
gerar ruídos.<br />
● Desgaste excessivo ou desalinhamento<br />
do cubo da roda e ou do rolamento<br />
de roda, provoca geralmente<br />
desgaste irregular do disco e erros de<br />
paralelismo entre o disco e as pastilhas,<br />
o que ao travar gera inevitavelmente<br />
menor ou maior nível de ruído. Geralmente,<br />
as pastilhas deterioram-se mais<br />
rapidamente, porque se desgastam mais<br />
rapidamente de um lado do que do<br />
outro. Substituir as pastilhas é apenas<br />
uma meia medida ou menos, porque o<br />
problema permanece. Só a recuperação<br />
do cubo e/ou substituição do rolamento<br />
de roda, juntamente com a rectificação<br />
ou substituição do disco, poderá eliminar<br />
prováveis ruídos e falta de desempenho<br />
dos travões, cujo pedal se pode<br />
apresentar mais baixo do que o normal.<br />
● Ninguém deve ir apressadamente<br />
montar um jogo de pastilhas novas,<br />
quando o cliente se queixa de ruído nos<br />
travões, antes de diagnosticar a verdadeira<br />
causa do problema. Antes de mais,<br />
devemos analisar a superfície da pastilha<br />
que está no carro. Se há descoloração,<br />
fissuras ou cristalização, sintomas de<br />
contaminação da pastilha, o ruído não<br />
pode ser evitado, porque é necessário<br />
um contacto perfeito entre pastilha e<br />
disco, assim como um coeficiente de<br />
fricção correcto, para que não existam<br />
ruídos. Se a orla da pastilha ou uma parte<br />
da sua superfície de contacto com o disco<br />
estiver poluída com óleo, fluido de travões,<br />
aparas metálicas ou restos de pastilhas<br />
anteriores, etc., o ruído ao travar é<br />
inevitável.<br />
A travagem correcta existe quando<br />
uma parte do composto da pastilha é<br />
transferido para a superfície do disco,<br />
aumentando o coeficiente de fricção<br />
de ambos os componentes. Esta transferência<br />
é continuamente renovada e<br />
eliminada, quando há travagens. Isso<br />
acontece com a maior parte <strong>das</strong> pastilhas<br />
cerâmicas, ajudando a conservar<br />
o disco e melhorando o rendimento dos<br />
travões.<br />
No entanto, se restos do material transferido<br />
pelas pastilhas substituí<strong>das</strong> se<br />
misturar com o material da pastilha<br />
nova, temos problemas de ruído. Raramente<br />
os materiais <strong>das</strong> pastilhas são<br />
compatíveis, excepto se forem da<br />
mesma marca, da mesma referência e<br />
do mesmo lote de fabrico. A superfície<br />
do disco, seja ele novo, rectificado ou<br />
usado, tem que ser convenientemente<br />
limpa, antes de montar pastilhas novas.<br />
É comum os discos novos terem uma<br />
película de lubrificante ou de tinta antioxidante,<br />
para não se oxidarem durante<br />
o período de armazenamento em<br />
stock. Se o disco não for bem limpo, com<br />
dissolvente e/ou desengordurante, as<br />
pastilhas que forem monta<strong>das</strong> nesse<br />
disco ficam poluí<strong>das</strong> e lá teremos o<br />
cliente à porta a queixar-se do ruído dos<br />
travões.<br />
Conclusão<br />
Profissionalismo é uma mistura<br />
bem doseada de conhecimentos,<br />
experiência, procedimentos correctos,<br />
idoneidade, ética, ausência<br />
de pressas descabi<strong>das</strong> e nada<br />
de atropelos grosseiros às regras<br />
da tecnologia e da Física. O<br />
cliente final não consegue medir<br />
o grau de profissionalismo de<br />
um técnico de reparação automóvel,<br />
porque não existe nem<br />
provavelmente poderá alguma<br />
vez existir um instrumento para<br />
medir esse parâmetro. No entanto,<br />
sente claramente quando<br />
as coisas não foram pelo melhor<br />
caminho, sempre que se senta<br />
ao volante e os seus sentidos o<br />
alertam para anomalias óbvias.<br />
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60<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Técnica<br />
Mecânica prática<br />
Parafusos de motor:<br />
Técnica de aperto<br />
› Como sabemos, há já alguns anos que os<br />
parafusos são utilizados em qualquer motor na<br />
montagem <strong>das</strong> juntas de cabeça. Este é o motivo<br />
pelo qual os TTY não devem ser reutilizados<br />
O que acontece num aperto angular?<br />
Quando se aplica um aperto angular às cabeças dos parafusos, estes ficam sob<br />
pressões que os fazem trabalhar na zona plástica da curva tensão-deformação.<br />
■ Área de tensão máxima numa cabeça de parafuso<br />
Embora a tensão média do parafuso esteja abaixo do limite plástico, é possível que<br />
o parafuso fique acima deste limite, ao ser enfraquecido por uma segunda montagem.<br />
Nesta área os parafusos sofrem deformações plásticas, o que significa que<br />
essas deformações são permanentes.<br />
■ Consequências de um primeiro aperto<br />
Alargamento do parafuso<br />
Redução do diâmetro do parafuso na área de alargamento.<br />
Variação da passagem da área de alargamento.<br />
Perda do revestimento do parafuso para melhorar a fricção.<br />
(Não é necessário reapertar; o funcionamento do parafuso será o mesmo)<br />
Consequências da reutilização dos parafusos<br />
Alargamento excessivo.<br />
Fricção excessiva.<br />
Roscas em más condições.<br />
Perda de compressão.<br />
■ Possíveis falhas<br />
Os parafusos podem partir-se durante a montagem.<br />
Os parafusos podem partir-se durante o funcionamento.<br />
Perda de líquido.<br />
Perda de compressão.<br />
■ Recomendações<br />
Para uma montagem correta de uma junta de cabeça é recomendável que utilize<br />
parafusos novos, que deixe as roscas em boas condições para montagem, que sopre<br />
os furos dos parafusos com compressores de ar para os limpar e que lubrifique o<br />
parafuso tanto por baixo como a cabeça e a rosca.<br />
Por fim, que aperte os parafusos, seguindo as especificações e utilizando a chave<br />
de porcas correta.<br />
Fonte: AMC<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
61<br />
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62<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Técnica<br />
Mecânica e eletrónica<br />
› A injeção de gasolina<br />
foi a solução que<br />
permitiu adaptar os<br />
motores do ciclo Otto<br />
à recente legislação<br />
europeia de controlo<br />
de emissões, tornando<br />
esses motores<br />
energeticamente<br />
mais eficientes e<br />
ambientalmente mais<br />
compatíveis<br />
Evolução da<br />
injeção de gasolina<br />
O<br />
conceito automóvel original e que<br />
se manteve durante cerca de três<br />
déca<strong>das</strong> foi dotado exclusivamente<br />
de um motor a gasolina (ciclo Otto). Quando<br />
o ciclo diesel foi introduzido nos automóveis,<br />
de meados para o final da década de 30 do<br />
século passado, já a indústria automóvel ia<br />
em velocidade de cruzeiro, facto que deu<br />
durante quase todo o século 20 a supremacia<br />
ao motor a gasolina. Ainda hoje, apesar<br />
do motor diesel ser ligeiramente mais eficiente<br />
do ponto de vista energético, o equilíbrio<br />
entre as duas opções mantém-se e tudo<br />
leva a crer que prevalecerá ainda longamente.<br />
De qualquer modo, qualquer que seja o<br />
combustível utilizado, hoje em dia a preocupação<br />
é tornar a mistura ar/combustível<br />
o mais perfeita possível, de modo a conseguir<br />
uma combustão eficiente, que permita economizar<br />
recursos e limitar as emissões de<br />
escape ao mínimo.<br />
■ Do carburador à injeção<br />
Do ponto de vista da combustão, a gasolina<br />
tem a vantagem de ser mais volátil e<br />
menos viscosa do que gasóleo, evaporando-se<br />
rapidamente à temperatura<br />
ambiente. Do ponto de vista da homogeneidade<br />
da mistura ar/combustível, a<br />
gasolina é mais eficiente, o que permitiu<br />
a utilização do carburador durante grande<br />
parte do século passado. O carburador<br />
era um dispositivo totalmente mecânico,<br />
que atuava por gravidade e por efeito da<br />
depressão criada no colector de admissão<br />
pela descida dos êmbolos dentro dos<br />
respectivos cilindros. Na prática, o ar de<br />
admissão arrastava a gasolina que pingava<br />
de um orifício calibrado (gigleur), formando-se<br />
a mistura por emulsão, até à<br />
câmara de combustão. A grande desvantagem<br />
do carburador residia no facto de<br />
continuar a debitar mistura com o veículo<br />
em desaceleração e não funcionar muito<br />
equilibradamente com misturas pobres,<br />
o que resultava em enorme consumo e<br />
desperdício de combustível, assim como<br />
elevados níveis de poluição, especial hidrocarbonetos<br />
(HC) e monóxido de carbono<br />
(CO). Isso tornou-se claramente<br />
patente no final do século 20, quando as<br />
crises energéticas e ambientais se agudizaram,<br />
levando ao abandono do carburador.<br />
Carburador Injeção indireta Injeção direta<br />
A evolução da alimentação dos motores a gasolina pode ser observada nestas ilustrações<br />
da esquerda para a direita. Quando nos referimos hoje a sistemas de injeção direta de<br />
gasolina, estamos obviamente a falar de sistemas com controlo electrónico de injeção e<br />
gestão inteligente do motor, os únicos compatíveis com a atual e futura legislação europeia<br />
e norte-americana de controlo de emissões<br />
Para substituir a alimentação por carburador,<br />
foi introduzida a injeção indireta,<br />
cujo comando electrónico permitia<br />
controlar muito melhor o fluxo de combustível<br />
nas várias fases de funcionamento<br />
do motor, conseguindo-se maior<br />
economia de combustível e menor nível<br />
de emissões de escape. A injeção monoponto<br />
tinha inconvenientes de distribuição<br />
desigual de mistura aos vários<br />
cilindros, tendo sido substituída posteriormente<br />
pelo sistema multiponto (um<br />
injector por cada cilindro), que apresenta<br />
um compromisso rendimento/economia<br />
muito superior. Ao contrário do carburador,<br />
que estava permanentemente a<br />
pulverizar combustível por efeito da<br />
aspiração do ar de admissão, a injeção<br />
passou a introduzir a gasolina pulverizada<br />
por um injector, podendo adaptar-<br />
-se rapidamente a to<strong>das</strong> as situações de<br />
funcionamento do motor e adoptando<br />
misturas pobres a baixa carga e em desaceleração,<br />
onde ocorre o corte de<br />
combustível, para evitar desperdício e<br />
poluição.<br />
O enriquecimento da mistura só se verifica<br />
em aceleração ou a plena carga,<br />
sempre controlado pelo sistema inteligente<br />
de gestão do motor, que tenta<br />
manter a mistura perto do ponto ideal<br />
de 14,7 partes de ar para uma de gasolina,<br />
que permite uma combustão mais<br />
eficiente. Outra vantagem da injeção<br />
foi permitir desenhar melhor os colectores<br />
de admissão e as cabeças do motor,<br />
melhorando os fluxos gasosos de<br />
admissão e escape. Além disso, a injeção<br />
permite utilizar vantajosamente a sobrealimentação,<br />
que origina potências<br />
mais eleva<strong>das</strong> para cilindra<strong>das</strong> inferiores,<br />
o que reduz o peso dos motores e melhora<br />
a sua eficiência global.<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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63<br />
Tipos de injeção de gasolina<br />
Excluindo alguns sistemas de injeção direta mecânica de gasolina que existiram no passado, mais orientados para<br />
a performance pura, do que para a economia e para o controlo de emissões, os sistemas de injeção de gasolina da<br />
atualidade podem ser classificados em quatro tipos principais, como passamos a referir.<br />
1 - Segundo o ponto do motor em que se verifica a injeção<br />
de combustível:<br />
Injeção indireta, que se realiza fora da câmara de combustão<br />
a baixa pressão, podendo ser num ponto do colector<br />
de admissão mais ou menos próximo da válvula de<br />
admissão;<br />
Injeção direta, realizada na própria câmara de combustão<br />
a alta pressão. As vantagens da injeção direta são a possibilidade<br />
de desenhar os colectores do motor e a cabeça<br />
deste mais de acordo com a dinâmica dos fluidos, melhorando<br />
o rendimento e a eficiência do motor, assim como<br />
a possibilidade de introduzir o conceito de carga estratificada,<br />
que optimiza o consumo e emissões, especialmente<br />
a regimes de carga intermédios e baixos.<br />
2 - Quanto ao número de injectores:<br />
Injeção monoponto, com um único injector para todos<br />
os cilindros;<br />
Injeção multiponto, com um injector por cada cilindro.<br />
3 - Quanto ao número de injeções por ciclo útil:<br />
Injeção contínua, com variação do débito de gasolina,<br />
desde o mínimo (ralenti), até ao máximo (aceleração),<br />
passando pelos débitos intermédios; no fundo, trata-se de<br />
uma reprodução do funcionamento do carburador clássico,<br />
com a vantagem da mistura ser controlada por um sensor<br />
de O2 e por um programa de gestão inteligente do motor;<br />
Injeção intermitente, com o tempo de injeção coordenado<br />
com o ciclo útil, a partir do programa da unidade de<br />
gestão do motor (ECU);<br />
Injeção sequencial, na qual se verificam várias injeções<br />
por ciclo útil, coordena<strong>das</strong> pelo programa de gestão do<br />
motor.<br />
4 - Segundo o sistema de controlo:<br />
Mecânico - Sistema destinado unicamente a motores de<br />
performance, em que o controlo do caudal e tempo de<br />
injeção é muito limitado, estando geralmente afinado<br />
para mistura rica, porque o injector responde apenas à<br />
pressão do combustível;<br />
Eletromecânico - Sistema de transição, pouco fiável do<br />
ponto de vista da economia de combustível e controlo<br />
de emissões, no qual o controlo do caudal e tempo de<br />
injeção depende do chip electrónico ou do programa<br />
informático associado; o injector responde a um impulso<br />
de corrente e pressão de combustível;<br />
Eletrónico - Controlo integral do caudal e tempos de<br />
injeção, com base num software de gestão, a partir de<br />
parâmetros fornecidos por vários sensores, entre os quais<br />
um sensor de O2 em circuito fechado (Sonda Lambda);<br />
injectores totalmente ativados pela ECU de gestão do<br />
motor.<br />
Conclusão<br />
A injeção de gasolina foi a<br />
solução que permitiu adaptar<br />
os motores do ciclo Otto à<br />
recente legislação europeia<br />
de controlo de emissões,<br />
incluindo o CO2, tornando<br />
esses motores<br />
energeticamente mais<br />
eficientes e ambientalmente<br />
mais compatíveis. O modelo<br />
de inspiração foi a injeção<br />
electrónica diesel, cuja<br />
tecnologia se desenvolveu<br />
cronologicamente com uma<br />
certa anterioridade. O topo<br />
dos motores de injeção a<br />
gasolina atuais é o conceito<br />
dos modernos sistemas<br />
“downsize”, cujo modelo de<br />
injeção direta é tipicamente o<br />
sistema diesel common rail<br />
adaptado a gasolina,<br />
incluindo a sobrealimentação<br />
por turbo compressor. São<br />
motores mais leves e muito<br />
eficientes, que podem<br />
apresentar curvas de binário e<br />
potência de motores com<br />
perto do dobro da cilindrada,<br />
mas com muito menores<br />
índices de consumo e de<br />
emissões.<br />
PUB<br />
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64<br />
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Tecnologia<br />
Luz laser<br />
Novo marco na iluminação<br />
› A luz laser foi recentemente apresentada por vários fabricantes de automóveis.<br />
Embora de trate de uma tecnologia em fase experimental, está prevista a sua<br />
utilização num futuro próximo em faróis para veículos de produção em série<br />
A<br />
luz laser não é projetada diretamente<br />
para a estrada. Os díodos<br />
de laser localizados dentro do<br />
farol geram feixes de laser de 10 mícrons<br />
de comprimento: cerca de um décimo<br />
da espessura de um pedaço de papel<br />
ou um quinto de um cabelo fino. Os<br />
díodos laser são 100 vezes mais pequenos<br />
do que as mais diminutas células<br />
quadra<strong>das</strong> que são utiliza<strong>das</strong> na iluminação<br />
LED convencional. Característica<br />
esta que permite projetar um feixe de<br />
luz muito intenso devido, também, à<br />
sua propagação relativamente estreita.<br />
Estas “guias” estreitas são destina<strong>das</strong><br />
a pequenos espelhos que são refletidos<br />
numa lente. Um cristal de fósforo amarelo<br />
dentro da lente gera uma luz branca<br />
intensa, que é, depois, “devolvida” a um<br />
refletor de modo a ser projetada para<br />
a estrada. Característica que está diretamente<br />
relacionada com a proteção<br />
oftalmológica: a luz branca pura, que<br />
é muito brilhante, é bem mais agradável<br />
à vista.<br />
■ Novas possibilidades<br />
de iluminação<br />
Por dispor de um comprimento de<br />
apenas 10 mícrons, abre todos os tipos<br />
de novas possibilidades ao integrar a<br />
fonte de luz dentro do veículo. Os construtores<br />
de automóveis poderão não<br />
ter planos para reduzir radicalmente o<br />
tamanho dos faróis dos seus veículos,<br />
apesar de, em teoria, tal ser perfeitamente<br />
possível. Em vez disso, os faróis<br />
poderão muito bem conservar as suas<br />
dimensões convencionais no que à área<br />
de superfície diz respeito e, com isso,<br />
continuar a desempenhar um papel<br />
importante no design do veículo. As<br />
vantagens relaciona<strong>das</strong> com o tamanho<br />
mais contido poderiam, assim, ser aproveita<strong>das</strong><br />
para reduzir a profundidade<br />
da unidade de farol dianteiro e abrir,<br />
com isso, novas possibilidades para o<br />
posicionamento do farol e estilo da<br />
carroçaria.<br />
Tal como os LED’s, a luz laser pode<br />
variar de intensidade e de forma em<br />
função da configuração dos refletores.<br />
É inclusivamente possível ter pouco<br />
“derramamento” de luz de cada lado do<br />
feixe, característica esta que foi apresentada<br />
no concept A2 da Audi na edição<br />
de 2013 do Salão de Frankfurt, que<br />
dispunha de luzes laser para projetar<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
65<br />
um triângulo de sinalização traseiro na<br />
estrada, tornando-se, assim, num eficaz<br />
sinal de aviso, sobretudo em condições<br />
de fraca visibilidade.<br />
Enquanto a iluminação LED gera apenas<br />
cerca de 100 lumens (unidade fotométrica<br />
de saída de luz) por watt , a<br />
iluminação laser gera cerca de 170 lumens.<br />
A sensibilidade ao calor e à vibração<br />
é, do ponto de vista tecnológico,<br />
o maior desafio que a luz de laser enfrenta.<br />
■ Da competição<br />
para o dia-a-dia<br />
“Ao utilizar esta nova tecnologia de<br />
iluminação, a Audi estabelece mais um<br />
marco em Le Mans”, salientou o Dr. Ulrich<br />
Hackenberg, Membro do Conselho de<br />
Administração para o Desenvolvimento<br />
Tecnológico da Audi AG, durante a apresentação<br />
oficial do novo R18 e-tron<br />
quattro. “A iluminação laser também vai<br />
abrir no futuro novas possibilidades de<br />
desenvolvimento para os nossos modelos<br />
de produção. Mais uma vez, o envolvimento<br />
na competiçã o da Audi permite<br />
acelerar um novo desenvolvimento<br />
técnico para nossos clientes.”<br />
A inovadora luz laser foi apresentada<br />
a cerca de 500 convidados presentes na<br />
denominada “Audi Sport Finale 2013”, os<br />
quais tiveram a oportunidade de ver ao<br />
vivo e pela primeira vez, esta tecnologia<br />
complementar aos faróis principais em<br />
LED do novo Audi R18 e-tron quattro. A<br />
fig. 2<br />
Os diodos laser são 100 vezes mais pequenos do que as mais diminutas células quadra<strong>das</strong> que são utiliza<strong>das</strong> na iluminação LED convencional.<br />
Esta característica permite projetar um feixe de luz muito intenso<br />
luz de laser azul ilumina um cristal de<br />
fósforo amarelo através do qual é emitida<br />
a luz para o exterior. Esta nova fonte de<br />
luz torna a iluminação da estrada ainda<br />
mais homogénea.<br />
A luz laser é monocromática. O que<br />
significa isto, portanto, que não é projetada<br />
em to<strong>das</strong> as áreas do espectro (os<br />
feixes da luz laser têm o mesmo comprimento),<br />
comparativamente à luz emitida<br />
a partir de fontes convencionais. Isto cria<br />
uma maior densidade de luz e um feixe<br />
mais preciso. Por outras palavras, obtém-<br />
-se mais luz onde se quiser.<br />
A Audi não é o único fabricante que<br />
está a desenvolver a tecnologia de iluminação<br />
laser. A BMW também está e<br />
pretende disponibilizá-la no seu híbrido<br />
plug-in desportivo, o i8, em 2015.<br />
A luz laser é, também, conhecida como<br />
uma fonte de luz “coerente”, o que significa<br />
que as suas on<strong>das</strong> têm uma diferença<br />
de fase constante. Em resultado<br />
disso, a iluminação laser pode produzir<br />
um feixe quase paralelo, com uma intensidade<br />
mil vezes maior do que a de<br />
LED’s convencionais. Em faróis de veículos,<br />
estas características podem ser utiliza<strong>das</strong><br />
para implementar funções<br />
inteiramente novas. Além disso, a alta<br />
eficiência inerente de iluminação a laser<br />
significa que os faróis a laser têm menos<br />
de metade do consumo de energia dos<br />
faróis de LED. A tecnologia de iluminação<br />
laser pode até levar a uma economia de<br />
combustível.<br />
Audi apresentou na Consumer Electronics Show <strong>2014</strong> (CES) em Las<br />
Vegas, o concept Audi Sport quattro laserlight que faz recordar o clássico<br />
Sport quattro de 1983, equipado com a mais recente tecnologia de plug-<br />
-in hybrid, controlo e visualização de sistemas e tecnologia de iluminação.<br />
Este concept-car integra a tecnologia e-tron com 700 CV (515 kW) de<br />
potência e uma grande economia de combustível (2,5 l/100 km), faróis<br />
a laser que deixam todos os sistemas anteriores em perfeita escuridão<br />
além de exibir um desempenho superior, bem como o novo display e<br />
sistemas operacionais com um desempenho eletrónico de vanguarda.<br />
Este coupé, uma nova evolução do conceito Sport quattro, pintado na<br />
cor Vermelho Plasma, combina o poder do histórico modelo desportivo<br />
quattro com uma elegância emocional. A sua carroçaria é definida pelas<br />
generosas dimensões <strong>das</strong> ro<strong>das</strong>. As distâncias entre o centro da roda e<br />
os para-choques são curtas, evidenciando as proporções equilibra<strong>das</strong> de<br />
um verdadeiro desportivo.<br />
Nos faróis duplos, uma característica típica dos modelos quattro, a Audi<br />
está a dar a conhecer o futuro da tecnologia de iluminação, combinando<br />
os faróis Matrix LED e as tecnologias de luz laser. Dentro dos faróis estão<br />
dois elementos trapezoidais visíveis – o exterior produz a luz de médios<br />
aplicando os matrix LED’s e uma máscara de abertura, enquanto que o<br />
elemento interno produz a luz laser para a função dos “máximos”.<br />
Os poderosos díodos de laser são significativamente menores do que<br />
os díodos de LED, com apenas alguns mícrons de diâmetro. Iluminando<br />
o caminho para uma distância de cerca de 500 metros, o laser que emite<br />
a luz de “máximos” tem aproximadamente o dobro da gama de iluminação<br />
e três vezes a luminosidade do feixe dos “máximos” de LED. Nesta<br />
tecnologia do futuro, a Audi demonstra mais uma vez o seu papel de<br />
liderança em tecnologia de iluminação automóvel, com um sistema que<br />
também será utilizado na competição automóvel em <strong>2014</strong>, no Audi R18<br />
e-tron quattro.<br />
Audi Sport quattro com faróis laser<br />
Desempenho superior<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
66<br />
Técnica<br />
Arte sem repintura<br />
Pintores sem pistola?<br />
› Pode uma oficina de repintura diversificar-se e complementar-se? Sim, precisamente, porque<br />
há formas de eliminar defeitos e imperfeições superficiais da pintura, sem que se perca o sentido<br />
estético e a meta do brilho original<br />
Colaboração<br />
Centro ZARAGOZA<br />
www.centro-zaragoza.com<br />
No final do processo de repintura,<br />
por exemplo, podem aparecer<br />
pequenos defeitos e imperfeições,<br />
que atentam contra a qualidade e<br />
excelência do trabalho realizado. Por<br />
outro lado, a viatura sofre durante a sua<br />
utilização diversos tipos de agressões à<br />
pintura, que deixam marcas. Agentes<br />
exteriores como a radiação ultravioleta<br />
solar, escovas rotativas <strong>das</strong> máquinas de<br />
lavar, sal deitado nas estra<strong>das</strong>, óleos,<br />
produtos químicos, etc., podem causar<br />
defeitos na camada exterior da pintura,<br />
seja verniz ou esmalte monocapa. Procedimentos<br />
simples como lixar, polir e<br />
abrilhantar podem restituir ao carro o<br />
seu fulgor original, implicando custos<br />
limitados, para resultados muito sensíveis.<br />
O utilizador do veículo está atento<br />
aos factos e argumentos que lhe dão<br />
vantagem e este caso é um deles.<br />
O ponto de partida para utilizar processos<br />
alternativos de tratar a pintura é<br />
saber distinguir entre danos e pequenos<br />
defeitos. A diferença é grande, porque<br />
o dano tem que ser reparado, enquanto<br />
os defeitos podem ser eliminados de<br />
outras formas. Neste artigo não falaremos<br />
na reparação de danos, porque a ideia<br />
é chamar a atenção para técnicas mais<br />
simples e mais acessíveis. Dependendo<br />
da profundidade dos defeitos, podem<br />
ser usados processos adequados à recuperação<br />
da pintura.<br />
■ Lixagem<br />
Este processo é indicado para arranhões<br />
superficiais, defeitos do tipo pele de laranja,<br />
descolagens, pulverizações, manchas<br />
de sujidade, tanto no verniz, como<br />
no acabamento monocapa.<br />
Ponto importante é começar a trabalhar<br />
com a superfície da pintura bem<br />
seca e limpa. Se a tinta não estiver bem<br />
seca, podemos provocar ainda mais<br />
danos do que recuperação com a nossa<br />
intervenção. Quando o carro sai da cabina<br />
de pintura, podemos utilizar a<br />
fig. 1<br />
A lixagem manual só é recomendada em áreas pequenas e locais de difícil acesso a<br />
máquinas.<br />
secagem rápida por infravermelhos,<br />
para secar a zona onde vamos trabalhar.<br />
O tempo de secagem pode demorar<br />
uma hora ou 24 horas, dependendo do<br />
processo utilizado e a espessura da película<br />
de tinta.<br />
Outro detalhe importante é proteger<br />
previamente as peças ou zonas pinta<strong>das</strong><br />
junto do local de intervenção, colocando<br />
máscaras. Assim, evitamos lixar a pintura<br />
para além do que nos interessa, ou que<br />
produtos de polimento sujem a restante<br />
pintura.<br />
No caso de haver ressalto ou material em<br />
excesso, pode utilizar-se antes da lixagem<br />
uma faca ou outra lâmina, tendo o cuidado<br />
de mover a faca o mais paralelamente<br />
possível à superfície, para não danificar a<br />
pintura base. Depois da superfície estar<br />
bem limpa e endurecida, podemos começar<br />
a lixagem, começando com discos mais<br />
abrasivos. Geralmente, começa-se com<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
67<br />
grão de P1200 ou P1500 em seco, ou P1500<br />
ou P2000, em húmido, para eliminar o<br />
defeito. Como acabamento, devem utilizar-<br />
-se discos com granulometria mais fina,<br />
como P3000 ou mesmo P4000, para facilitar<br />
o processo de polimento seguinte,<br />
conseguindo um acabamento mais homogéneo<br />
e assegurando a eliminação dos<br />
riscos deixados pela lixagem anterior.<br />
Utilizar-se sempre nestes casos o processo<br />
da lixagem por degraus.<br />
Este processo pode fazer-se manualmente<br />
ou à máquina, devendo neste caso<br />
utilizar-se máquinas com discos pequenos<br />
(75-90 mm), para evitar alargar a zona<br />
de lixagem que será usada para polimento,<br />
devendo utilizar-se uma órbita<br />
de 2-3 mm, para conseguir um acabamento<br />
mais fino. Quando se optar pela<br />
lixagem manual, deve-se começar com<br />
um taco, para nivelar a superfície de lixagem<br />
(Fig. 1). No acabamento, utilizar<br />
um abrasivo com suporte de espuma.<br />
Depois da lixagem, deve secar-se a superfície<br />
com jacto de ar, desengordurando<br />
de seguida a mesma superfície, a<br />
fim de começar com o próximo passo, o<br />
polimento.<br />
■ Polimento<br />
O polimento é a sequência do processo<br />
de lixagem já descrito ou diretamente,<br />
quando os defeitos são mais superficiais:<br />
pele de laranja ligeira, pulverizações não<br />
muito marca<strong>das</strong>, arranhões pouco profundos,<br />
pequenos riscos de lavagem<br />
automática, marcas de polimentos anteriores,<br />
perda de brilho, descoloração<br />
devido à radiação UV, etc.<br />
O polimento é uma abrasão muito<br />
suave da superfície, utilizando produtos<br />
de polir, podendo ser manual (zonas<br />
pequenas ou de difícil acesso) ou<br />
à máquina, como acontece na maior<br />
parte dos casos. Com máquina, pode<br />
utilizar-se uma boina de lã (pele de<br />
cordeiro) ou uma boina de polimento<br />
de espuma sintética. A primeira boina<br />
é mais agressiva, devendo ficar reservada<br />
para defeitos mais profundos ou<br />
vernizes de elevada dureza superficial<br />
(Fig. 2).<br />
Deve-se em todos os casos usar um<br />
polimento pouco agressivo (excesso<br />
de rotações da máquina de polir, produto<br />
fresco ou aquecimento elevado<br />
da superfície), para não provocar uma<br />
fig. 2<br />
fig. 3<br />
Trabalho de<br />
polimento com<br />
uma boina de lã<br />
tradicional.<br />
O sobreaquecimento da<br />
superfície provoca a perda<br />
de brilho da pintura.<br />
perda de brilho da pintura (Fig. 3). Isto<br />
nota-se mais nas cores escuras, provocando<br />
o fenómeno que se chama<br />
“hologramas“ (marcas circulares). No<br />
mercado, existem no entanto produtos<br />
específicos para eliminar estas<br />
marcas.<br />
Terminado o polimento, os resíduos<br />
são eliminados com uma pano de limpeza<br />
de micro fibras ou equivalente.<br />
■ Abrilhantar<br />
É um processo de abrasão ainda mais<br />
suave do que o polimento, utilizando<br />
produtos específicos, que devolvem o<br />
brilho à pintura. Pode ser realizado manualmente,<br />
aplicando o produto com um<br />
pano ou à máquina. Neste caso usa-se<br />
uma boina de abrilhantar, cujo desenho<br />
especial evita o sobreaquecimento da<br />
superfície. Após terminar o processo,<br />
eliminam-se os resíduos com um pano<br />
de micro fibras. No final, podem aplicar-<br />
-se produtos como ceras e protetores de<br />
brilho, que possuem um efeito protetor<br />
da pintura, proporcionando um brilho<br />
mais durável e mais evidente.<br />
fig. 4<br />
Seguir sempre as recomendações dos fabricantes dos produtos e <strong>das</strong> máquinas.<br />
Recomendações<br />
● Antes de eliminar um defeito, certifique-se que a pintura atingiu um<br />
grau de dureza suficiente.<br />
● Mascarar sempre as superfícies e peças junto da zona de trabalho.<br />
● Manter sempre limpas as boinas e bainhas utiliza<strong>das</strong> para polir e<br />
abrilhantar, a fim de não deixar riscos ou sulcos no final.<br />
● Aplicar os produtos de polir ou abrilhantar em esponjas e distribuir<br />
bem o produto, antes de por a máquina a funcionar (Fig. 4).<br />
● Não polir o carro quando estiver quente.<br />
● Não usar altas rotações na máquina e evitar o uso prolongado no<br />
mesmo local, para não provocar sobreaquecimentos.<br />
● Utilizar sempre produtos isentos de silicones para evitar problemas<br />
em repinturas posteriores, tanto no próprio carro, como em viaturas<br />
presentes no local de trabalho.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
68<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Técnica<br />
Mini Bancos de carroçaria<br />
Colaboração<br />
Cesvimap<br />
www.cesvimap.com<br />
Novo conceito de reparação<br />
› O mini banco de carroçaria pode definir-se como um banco de menores<br />
dimensões do que um banco convencional, destinado a intervenções em<br />
carroçarias com danos de mediana ou pequena intensida<br />
Ao longo dos últimos anos, a reparação<br />
de carroçarias com<br />
danos estruturais profundos<br />
diminuiu consideravelmente, porque<br />
o orçamento da reparação se aproxima<br />
muito ou ultrapassa o valor residual do<br />
veículo, tornando a intervenção economicamente<br />
inviável, embora esta<br />
fosse possível do ponto de vista técnico.<br />
A principal razão para esta evolução<br />
está no facto dos modelos de veículos<br />
atuais trazerem de origem grande número<br />
de equipamentos sofisticados de<br />
segurança, conforto e outros, cujo custo<br />
de substituição é superior muitas vezes<br />
à reparação dos danos. Nestes casos,<br />
as seguradoras optam pela perda total<br />
do veículo sinistrado, dão um veículo<br />
novo ao cliente e vendem o salvado à<br />
parte. Do ponto de vista da satisfação<br />
do cliente e da rentabilidade financeira,<br />
esta é a solução que interessa às empresas<br />
de seguros.<br />
E como contra factos não há argumentos,<br />
as oficinas de colisão estão a tentar<br />
adaptar-se a esta nova situação, reduzindo<br />
investimentos e arranjando novas<br />
soluções à medida do mercado existente,<br />
sem perderem a produtividade,<br />
a eficiência e a competitividade. Uma<br />
dessas soluções é o novo mini banco<br />
de carroçaria, que exige menor investimento,<br />
é mais versátil e ocu a menos<br />
espaço na oficina.<br />
■ Solução económica<br />
e versátil<br />
Os mini bancos de carroçaria permitem<br />
realizar todos os trabalhos habitualmente<br />
realizados nos bancos de<br />
carroçaria convencionais, incluindo<br />
operações de tração e estiramento de<br />
peças deforma<strong>das</strong> (Fig. 1). A conjugação<br />
da plataforma central elevatória e<br />
os cavaletes com rodízios para apoio<br />
<strong>das</strong> ro<strong>das</strong> do veículo constituem o segredo<br />
de maior rapidez de montagem<br />
e desmontagem dos acessórios de fixação<br />
e tração, tornando a reparação<br />
mais rápida nos mini bancos.<br />
De qualquer modo, convém ter em<br />
mente que se trata de uma solução com<br />
mais limitações relativamente a um<br />
banco convencional e que deve ser<br />
utilizada dentro <strong>das</strong> suas possibilidades.<br />
Uma <strong>das</strong> limitações refere-se à<br />
fig. 1<br />
aplicação de esforços de tração combinados,<br />
múltiplos e/ou opostos, que<br />
exigem uma estrutura mais sólida de<br />
apoio. Nos mini bancos, apenas são<br />
possíveis esforços diretos ou muito<br />
próximo disso (Figuras 3 e 5).<br />
O sistema de estiramento hidráulico do mini banco é muito versátil, desde que os danos e a<br />
força de tração não sejam muito elevados<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
69<br />
Em contrapartida, o mini banco permite<br />
organizar um posto de trabalho<br />
versátil, ergonómico e produtivo, onde<br />
o carro pode ser elevado para desmontar<br />
peças da carroçaria e conjuntos<br />
mecânicos. Além disso, permite aplicar<br />
forças de tração na parte inferior da<br />
carroçaria, como os estribos <strong>das</strong> portas<br />
deformados e outras peças danifica<strong>das</strong>.<br />
Depois de habituados, os técnicos podem<br />
utilizar o mini banco para conformarem<br />
as mais diversas deformações<br />
ligeiras, o que seria impensável num<br />
banco convencional. Isso é possível<br />
graças a uma unidade hidráulica da<br />
última geração, com um comando remoto<br />
muito preciso.<br />
fig. 2<br />
■ Componentes do mini banco<br />
Estes equipamentos são geralmente<br />
constituídos por uma plataforma elevatória<br />
com quatro patas, acessórios<br />
de fixação do veículo (garras), torre para<br />
efetuar estiramentos e unidade hidráulica.<br />
Os acessórios geralmente deslizam<br />
numa calha longitudinal, para se colocarem<br />
facilmente na posição pretendida.<br />
Há outros casos em que os<br />
acessórios são desmontados para dar<br />
acesso ao veículo e montados logo a<br />
seguir. O carro é colocado facilmente<br />
na posição indicada, porque a plataforma<br />
desce até ao nível do solo. Uma<br />
<strong>das</strong> originalidades destes mini bancos<br />
são os cavaletes metálicos com ro<strong>das</strong>,<br />
nos quais assentam as ro<strong>das</strong> do veículo,<br />
para poder baixar a plataforma e prender<br />
o veículo ao banco (Fig. 2).<br />
A unidade hidráulica com comando<br />
de segurança à distância alimenta o<br />
macaco da plataforma elevatória e os<br />
êmbolos que são utilizados para efetuar<br />
a tração e estiramento <strong>das</strong> peças<br />
deforma<strong>das</strong>. Na prática, a plataforma<br />
elevatória do mini banco pode ser<br />
utilizada como um elevador de solo,<br />
permitindo rodar o veículo e colocá-lo<br />
na melhor posição de trabalho. Além<br />
disso a torre hidráulica de tração pode<br />
ser colada lateralmente no veículo,<br />
dando acesso a peças que os bancos<br />
geralmente não permitem. Ao colocar<br />
o veículo no banco, no entanto, é necessário<br />
verificar se existe espaço para<br />
efetuar a montagem da torre para<br />
fazer estiramentos. De um modo geral,<br />
as montagens e desmontagens de<br />
acessórios nos mini bancos são mais<br />
rápi<strong>das</strong> do que num banco convencional<br />
(Fig. 4).<br />
fig. 5<br />
A elevação do veículo torna a sua fixação ao banco rápida e ergonómica, o mesmo se passando com a desmontagem prévia de peças da<br />
carroçaria e de mecânica<br />
fig. 3 fig. 4<br />
A colocação da torre de estiramento na zona lateral do veículo<br />
permite aplicar forças transversais à linha longitudinal do mesmo, o<br />
que nem sempre é possível em bancos convencionais<br />
■ Método de trabalho<br />
Com em qualquer outro banco, a primeira<br />
coisa a fazer com o carro montado<br />
no mini banco é verificar os<br />
pontos de controlo da carroçaria, para<br />
ver que peças estão deforma<strong>das</strong> e necessitam<br />
de estiramento. Estes bancos<br />
são compatíveis com todos os sistemas<br />
de medida, não sendo necessário adquirir<br />
nenhum sistema específico. Conjugando<br />
a posição do veículo com as<br />
possibilidades de afinação da torre de<br />
estiramento, é possível aplicar forças<br />
de tração em praticamente todos os<br />
ângulos. Caso seja necessário, podem<br />
ser usados outros acessórios de estiramento<br />
de bancos convencionais, para<br />
realizar melhor certos trabalhos específicos.<br />
O cilindro hidráulico da torre de estiramento<br />
é acionado à distância, permitindo<br />
que o técnico efetue o controlo<br />
do sistema de medida, ao mesmo<br />
tempo que comanda o estiramento.<br />
Exemplos de estiramento directo em linha recta (esquerda) e em sentido oblíquo (direita), com a utilização de uma polia para apoio da<br />
corrente<br />
Colocação de garras para estiramento com correntes, destacando-se<br />
a posição ergonómica de trabalho, o que torna o serviço mais rápido<br />
e eficiente<br />
Conclusão<br />
Os testes de mini bancos efectuados<br />
na Cesvimap revelaram a sua grande<br />
versatilidade e produtividade,<br />
desde que exista uma seleção prévia<br />
dos danos na carroçaria do veículo,<br />
utilizando um sistema de medida<br />
rápida, como um compasso de varas,<br />
por exemplo. Se a deformação estrutural<br />
for muito profunda, o carro<br />
terá que ir para um banco convencional,<br />
onde é possível aplicar forças<br />
de tração mais eleva<strong>das</strong> e em sentidos<br />
combinados.<br />
Nos danos menos acentuados, o<br />
mini banco dá boa resposta e permite<br />
descongestionar o banco maior,<br />
onde os carros geralmente passam<br />
mais tempo, devido ao tipo de danos<br />
ali reparados. Deste modo, o investimento<br />
nestes equipamentos justifica-se,<br />
porque permite aumentar<br />
a rotação de veículos na oficina e<br />
aceitar mais serviços.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>
70<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />
Passo a passo<br />
Deteção de f issuras com f luidos<br />
› Nas carroçarias de alumínio, podem surgir fissuras junto aos cordões de soldadura, na sequência<br />
de sinistros. Outra possibilidade de surgir o mesmo problema é quando se realizam reparações com<br />
cordões contínuos de soldadura por arco elétrico sob gás de proteção MIG, devido ao efeito de<br />
dilatação e contração do material<br />
1<br />
Seleção e preparação dos produtos utilizados<br />
A<br />
questão que se coloca é que essas fissuras<br />
podem não ser visíveis a olho nu,<br />
contribuindo para enfraquecer a soldadura.<br />
Uma forma adequada de detectar tais<br />
problemas é utilizar fluidos penetrantes, pois não<br />
é um processo destrutivo e que dá óptimos<br />
resultados. O sistema completo é composto por<br />
três produtos diferentes, sendo um o produto de<br />
limpeza, com o qual se retiram impurezas e<br />
gorduras da superfície. Outro produto é um<br />
fluido penetrante colorido, que penetra nas<br />
fissuras não visíveis por capilaridade. Finalmente,<br />
temos outro produto altamente absorvente, que<br />
retira o produto anterior da fissura, revelando o<br />
contorno desta. Todo o processo pode ser<br />
resumido em dez passos sucessivos, como<br />
revelamos de seguida.<br />
2<br />
Aplicação do produto de limpeza<br />
3<br />
4<br />
5<br />
Aguarda-se o tempo de evaporação e secagem do<br />
produto<br />
6<br />
Aplicação do produto penetrante<br />
7<br />
Aguarda-se o tempo necessário para a penetração do<br />
fluido aplicado<br />
8<br />
Retira-se o produto em excesso e aplica-se novamente o<br />
produto de limpeza<br />
Colaboração<br />
Centro ZARAGOZA<br />
www.centro-zaragoza.com<br />
Aplicação do produto absorvente revelador<br />
9<br />
Se não aparece o produto aplicado, significa que não<br />
existem fissuras no local<br />
10<br />
Se aparecer o revelador, temos então uma fissura<br />
Nesse caso, repara-se o dano e volta a repetir-se o<br />
processo de deteção no final<br />
<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />
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71<br />
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Passo a passo<br />
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