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Jornal das Oficinas 99 - Fevereiro 2014

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Destaque<br />

Gestoras de frotas vs oficinas<br />

Separação de bens<br />

casamento entre as gestoras de frotas e<br />

O as oficinas é antigo e está para durar.<br />

Uma união frutífera, mas que obriga a<br />

separação de bens. Não conseguem viver<br />

umas sem as outras. Mas isso não significa<br />

que tenham uma relação fácil. Pág. 16<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

<strong>99</strong><br />

fevereiro<br />

<strong>2014</strong><br />

ANO X<br />

3 euros<br />

<strong>Jornal</strong> independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados<br />

Manutenção veículos elétricos<br />

A manutenção e reparação de<br />

veículos elétricos e híbridos são<br />

dos maiores desafios que as<br />

oficinas enfrentam.<br />

Nesta edição, damos-lhe conta dos<br />

cuidados que esses modelos<br />

exigem, da necessidade de<br />

especializar técnicos, dos cursos de<br />

formação disponíveis e ainda de<br />

como funciona a assistência oficial<br />

<strong>das</strong> marcas.<br />

Pág. 10<br />

Alta tensão!<br />

Técnologia<br />

APPS para smartphones<br />

Informação que fideliza<br />

A vulgarização dos<br />

smartphones provocou o<br />

aparecimento de inúmeras<br />

aplicações eletrónicas<br />

específicas para esses meios de<br />

comunicação. O pós-venda<br />

automóvel não passou ao lado<br />

do fenómeno. Quase todos os<br />

principais fornecedores de<br />

peças e redes de oficinas têm<br />

aplicações próprias.<br />

Pág. 52<br />

PUB<br />

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Editorial<br />

Confiança<br />

no futuro<br />

Organizado em conjunto pelo<br />

JORNAL DAS OFICINAS e a publicação<br />

parceira espanhola AU-<br />

TOPOS, o 1º Simpósio Ibérico<br />

Aftermarket IAM, que se realiza<br />

no próximo dia 14 de março, vai<br />

ser um grande encontro de todos<br />

os profissionais do Aftermarket<br />

e uma oportunidade única para<br />

se conhecerm as tendências do<br />

setor a nível ibérico.<br />

O lema do Simpósio “Confiança<br />

no futuro” evidencia o propósito<br />

do evento que pretende ter uma<br />

mensagem de esperança e otimismo,<br />

destacando os novos<br />

modelos de negócios e as oportunidades<br />

que existem num<br />

mercado em constante evolução.<br />

Durante um dia, os oradores<br />

convidados vão falar dos temas<br />

que mais preocupam os empresários<br />

do pós-venda automóvel,<br />

divulgar as tendências e partilhar<br />

as suas experiências pessoais<br />

com os presentes.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

02 Of icinas<br />

02<br />

Mercado<br />

Inquéritos de<br />

› Um proprietário, gestor ou chefe de uma oficina, apesar de conhecer<br />

bem e dominar todos os aspectos do seu ofício, provavelmente não tem a<br />

mesma facilidade em saber o que os seus clientes pensam do seu negócio<br />

O Simpósio termina em apoteose<br />

com a festa do 10º Aniversário<br />

do JORNAL DAS OFICINAS<br />

e o lançamento da 100ª edição,<br />

que ocorrerá no final dos trabalhos<br />

e será um momento de<br />

convívio e confraternização entre<br />

todos os presentes.<br />

Convidamos por isso todos os<br />

leitores a estarem presentes<br />

neste grande evento do Aftermarket<br />

Ibérico. Para mais informações<br />

e inscrição consulte o<br />

site www.eventosap.com<br />

João Vieira<br />

Aprender com os clientes<br />

Se estivermos atentos, os comentários<br />

dos clientes constituem uma<br />

forma de comunicação simples que<br />

podemos aproveitar. De certo modo,<br />

constituem a confirmação de que os objectivos<br />

da oficina estão corretos e de que<br />

existe capacidade para os atingir. Mesmo<br />

assim, receber comentários de forma<br />

espontânea sobre a oficina só acontece<br />

com clientes muito motivados. Essa motivação<br />

por vezes decorre do facto de<br />

estarem aborrecidos com o serviço prestado<br />

e em total desacordo com a forma<br />

como a oficina lhe resolveu o problema.<br />

Deste modo, uma grande parte dos<br />

clientes nem sequer nos dizem nada, quer<br />

estejam de acordo com o serviço da oficina,<br />

quer entendam que ele não serve<br />

os seus objectivos pessoais. Em vez de se<br />

queixarem, evitam sensatamente ou por<br />

comodidade a confrontação e simplesmente<br />

desaparecem do mapa. Circunstância<br />

pouco interessante para a oficina,<br />

porque o serviço depende dos clientes e<br />

se estes se vão afastando, o serviço pode<br />

começar a faltar. Além disso, clientes aborrecidos<br />

com os nossos serviços não fazem<br />

a divulgação positiva do nosso negócio,<br />

a forma mais conveniente de marketing<br />

que podemos encontrar.<br />

Do que não resta a menos dúvida é que<br />

a maior parte dos clientes tem opiniões<br />

forma<strong>das</strong> sobre os nossos serviços e até<br />

poderiam transmiti-las se lhas perguntássemos.<br />

No entanto, raramente estão<br />

motivados para o fazer, seja porque estão<br />

preocupados com algum assunto, não<br />

têm tempo ou simplesmente pensam que<br />

não é o melhor momento para fazer esse<br />

comentário. Por essa razão, o Assessor de<br />

Serviço ou Recepcionista, bem como todo<br />

o pessoal da “linha da frente”, deve ter<br />

como missão perguntar sempre como o<br />

cliente acha que as coisas estão a correr<br />

e se poderíamos fazer mais qualquer coisa<br />

para satisfazer as suas expectativas.<br />

■ Ligação ao cliente<br />

Grande parte do trabalho de qualquer<br />

empresa está nesse ponto de contacto<br />

com o cliente. O pessoal da oficina que<br />

contacta diretamente o cliente e os próprios<br />

clientes são os dois grupos de pessoas<br />

que sabem exatamente como é que<br />

o negócio está a correr. Por isso, é fundamental<br />

que a sua relação seja plena de<br />

comunicação e transparente.<br />

Os empregados que falam com os clientes<br />

veem, escutam e sentem como tudo<br />

se passa e sabem o que está a funcionar<br />

e o que não funciona. A sua missão será<br />

portanto a de assistir as necessidades dos<br />

clientes, começando por estabelecer uma<br />

relação autêntica com eles, para que eles<br />

também possam ter um relacionamento<br />

honesto com a oficina. Esses empregados<br />

devem estar dentro do que é a prestação<br />

dos mais elevados padrões de serviço,<br />

aproveitando assim toda a informação<br />

recolhida junto do cliente. Este dirá o que<br />

necessita e a equipa da oficina deverá<br />

então fazer tudo o que está nas suas possibilidades<br />

para dar resposta à situação.<br />

DIRETOR: João Vieira - joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Redação: Bruno Castanheira - bruno.castanheira@apcomunicacao.com / Jorge Flores - jorge.flores@apcomunicacao.com / João Cerqueira - joao.cerqueira@apcomunicacao.com<br />

Diretor Comercial: Mário Carmo - mario.carmo@apcomunicacao.com Arte e Multimédia: António Valente<br />

Serviços administrativos e contabilidade: financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade: Mensal Assinaturas: assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT: Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do “JORNAL DAS OFICINAS”<br />

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.es<br />

Parceiro<br />

em Espanha<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

03<br />

satisfação<br />

●<br />

Não devemos esperar que o cliente nos<br />

diga tudo espontaneamente. Temos que<br />

lhe “arrancar” as palavras da boca, fazendo-lhes<br />

perguntas oportunas e com<br />

interesse. Se não estabelecermos um<br />

diálogo fluente e agradável com o cliente,<br />

é provável que não estejamos a vender-<br />

-lhe tudo o seria possível vender. Nesse<br />

diálogo o cliente percebe claramente se<br />

existe um contacto humano saudável e<br />

não apenas o intuito de fazer negócio.<br />

Chegados a esse ponto, no entanto,<br />

necessitamos saber qual é a frequência<br />

com que os clientes comunicam a sua<br />

impressão autêntica sobre a reparação<br />

do seu veículo. É também importante<br />

saber até que ponto o pessoal da oficina<br />

interpreta corretamente os sinais e declarações<br />

dos clientes. Além disso, é<br />

essencial que essa informação chegue<br />

ao destino final, que é o dono e/ou gestor<br />

da oficina.<br />

Os negócios hoje não podem ser bem<br />

desenvolvidos com base apenas em comunicações<br />

incompletas e superficiais.<br />

A percepção do cliente é a chave do<br />

negócio. Com as ferramentas de comunicação<br />

atuais (redes sociais, e-mail,<br />

newsletters, inquéritos à satisfação, etc.),<br />

não há razões váli<strong>das</strong> para continuarmos<br />

a desconhecer o nosso público.<br />

■ Inquérito de satisfação<br />

O inquérito ou entrevista de satisfação<br />

do cliente ainda continua a ser o meio<br />

mais produtivo de receber feedback dos<br />

nossos clientes. Constitui uma solução<br />

clássica que continua a ser uma fonte<br />

importante de informação precisa e imparcial.<br />

É no entanto fundamental que<br />

o cliente não se limite a responder de<br />

forma “seca” às perguntas, mas que possa<br />

clarificar completamente a sua experiência<br />

em relação à oficina. Isso é mais<br />

provável que aconteça com os que tiveram<br />

uma experiência extrema (muito<br />

favorável ou muito desfavorável), do que<br />

com aqueles que apenas tiveram uma<br />

experiência mediana ou “normal”.<br />

Sendo assim, o tipo de perguntas que<br />

fazemos nos inquéritos ao cliente, bem<br />

como quando o fazemos, com que frequência<br />

e de que forma, são factos essenciais.<br />

É também indispensável saber<br />

o que vamos fazer com as respostas que<br />

recolhermos. Só vale a pena fazer esses<br />

inquéritos ou entrevistas, se a empresa<br />

e os seus responsáveis estiverem disponíveis<br />

para tirar as devi<strong>das</strong> conclusões<br />

da iniciativa e introduzir as alterações<br />

no modelo de negócio que forem mais<br />

adequa<strong>das</strong>. De outro modo, será tempo<br />

perdido.<br />

Uma coisa que devemos ter sempre em<br />

perspectiva é o facto do feedback que<br />

recebemos do cliente ser baseado em<br />

percepções e altamente subjetivo, que<br />

pode mudar de intensidade e de teor<br />

rapidamente. Isto quer dizer que a sua<br />

“vida útil” é relativamente curta, tal como<br />

a fruta madura, deteriorando-se rapidamente.<br />

É pois fundamental utilizar meios<br />

que permitam obter respostas rapidamente,<br />

para podermos atuar com idêntica<br />

rapidez. Se o cliente demorar um<br />

mês ou mais a dar as respostas, provavelmente,<br />

quando as recebermos já<br />

estão desatualiza<strong>das</strong>. Se assim for, as<br />

oportunidades da empresa atuar em<br />

tempo real podem ser nulas.<br />

■ Características<br />

do inquérito<br />

Para conseguir o indispensável êxito<br />

num inquérito de satisfação, ele deve ser<br />

pensado de forma a pedir o menor tempo<br />

possível ao cliente e dar-lhe a maior vontade<br />

possível de responder, sem esquecer<br />

que o objectivo final da iniciativa é<br />

recolher informações críticas, que possam<br />

conduzir a uma mudança de modelo<br />

de negócio e proporcionar a máxima<br />

melhoria dos padrões de serviço e da<br />

oferta da oficina. Reunimos de seguida<br />

alguns pontos de vista que podem ajudar<br />

a gerar um inquérito adequado:<br />

● Globalmente, o inquérito deve ser<br />

tão simples e racional quanto possível.<br />

Temos que partir de objectivos concretos,<br />

arranjando as perguntas de modo<br />

a que nos levem aos resultados que pretendemos.<br />

● Não deve ser longo, exigindo no máximo<br />

4 ou 5 minutos para responder. Para<br />

tempos de resposta mais longos, a taxa<br />

de abandono ou de não terminar a resposta<br />

será progressivamente mais elevada.<br />

● O melhor momento para realizar o<br />

questionário ou a entrevista é quando<br />

o cliente ainda tem bem presente a experiência<br />

que viveu na oficina. Deve ser<br />

realizado o mais imediatamente possível<br />

após a reparação, excepto no momento<br />

de entregar o carro, que exige total concentração,<br />

tanto da oficina, como do<br />

cliente. Para aproveitar as memórias<br />

frescas do cliente, três ou quatro dias no<br />

Factos<br />

A maior parte dos clientes tem opiniões forma<strong>das</strong> sobre os serviços<br />

prestados na oficina e até poderiam transmiti-las se lhas perguntássemos.<br />

● O pessoal da oficina que contacta diretamente o cliente e os próprios<br />

clientes são os dois grupos de pessoas que sabem exatamente como é<br />

que o negócio está a correr.<br />

● Os negócios hoje não podem ser bem desenvolvidos com base apenas<br />

em comunicações incompletas e superficiais. A percepção do cliente é<br />

a chave do negócio.<br />

● O inquérito de satisfação do cliente constitui uma solução clássica que<br />

continua a ser uma fonte importante de informação precisa e imparcial.<br />

● Só vale a pena fazer inquéritos de satisfação, se a oficina estiver disponível<br />

para tirar as devi<strong>das</strong> conclusões da iniciativa e introduzir as alterações<br />

no modelo de negócio que forem mais adequa<strong>das</strong>.<br />

máximo após a entrega do carro são<br />

adequados para efetuar o inquérito.<br />

● O compromisso entre recolher o máximo<br />

de informação e não saturar o<br />

cliente com perguntas deve ser corretamente<br />

equilibrado, tendo como referência<br />

o limite do tempo de resposta já<br />

sugerido. Quando existe boa e frequente<br />

interação com o cliente, podemos esticar<br />

um pouco mais a corda, sendo aconselhável<br />

o inverso, nos casos em que o<br />

cliente tem que pensar duas vezes para<br />

responder.<br />

● Relativamente às perguntas, estas<br />

devem estar centra<strong>das</strong> nas expectativas<br />

do cliente, permitindo-nos perceber<br />

claramente o que devemos fazer menos<br />

vezes ou não fazer, ou, pelo contrário,<br />

fazer mais vezes e tanto quanto possível.<br />

O leque de temas deve ser variado, sendo<br />

incontornáveis os seguintes pontos:<br />

Instalações - Limpeza e conforto da sala<br />

de espera/sanitários; apresentação da<br />

zona de Recepção, etc.;<br />

Processos do cliente - Horários de atendimento<br />

disponíveis, nível de atenção<br />

pessoal à chegada, informações presta<strong>das</strong>,<br />

etc.;<br />

Processos de serviço - Ficha de recepção<br />

do veículo, informação sobre a intervenção,<br />

limpeza do veículo na entrega, etc.;<br />

Serviços de valor acrescentado - Mensagens<br />

por SMS sobre a reparação, peças<br />

em stock, veículo de substituição, recolha<br />

e entrega do carro em casa do cliente,<br />

etc.<br />

● As perguntas sobre os aspectos que<br />

influenciam diretamente a lealdade (informações<br />

sobre custos e o decorrer da<br />

reparação, cumprimento do prazo de<br />

entrega do carro, qualidade de reparação)<br />

não devem faltar no inquérito.<br />

● As respostas devem ser da<strong>das</strong> através<br />

da marcação de um “V” ou “X” nos quadrados<br />

precedidos <strong>das</strong> perguntas. Salvo<br />

raros casos, as opções não devem ser<br />

apenas SIM e NÃO, mas incluir pelo menos<br />

3 ou 4 opções (excelente, bom, normal,<br />

medíocre), (rápido, lento, muito<br />

lento), (muito satisfeito, satisfeito, pouco<br />

satisfeito, nada satisfeito), etc.. Desde que<br />

não sejam excessivas, as opções permitem<br />

perceber mais claramente e com<br />

maior precisão o ponto de vista do<br />

cliente. Por outro lado, o cliente deve ter<br />

uma opção própria (em branco), para dar<br />

a sua opinião, caso pretenda fazê-lo.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


04<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Destaque<br />

Eventos AP<br />

› A AP Comunicação vai realizar durante o ano <strong>2014</strong> importantes<br />

Aftermarket IAM e Workshops <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. Vai ser um ano<br />

Inscrições em:<br />

14 de março Centro de Congressos do Estoril<br />

Simpósio Ibérico Aftermarket IAM<br />

www.eventosap.com<br />

No próximo dia 14 de março, vai decorrer no Centro de<br />

Congressos do Estoril o maior evento do ano<br />

dedicado em exclusivo ao aftermarket independente<br />

(IAM). Organizado em conjunto pelas publicações<br />

JORNAL DAS OFICINAS e AUTOPOS, o Simpósio<br />

Ibérico Aftermarket IAM vai promover um amplo debate sobre o<br />

presente e o futuro deste setor, tendo como princip ais<br />

protagonistas oradores de ambos os países. É uma oportunidade<br />

única de muitos profissionais terem acesso aos mais conceituados<br />

oradores do aftermarket independente Ibérico e Europeu.<br />

O lema do Simpósio “Confiança no futuro” evidencia o<br />

propósito do evento que pretende ter uma mensagem de<br />

esperança e otimismo, destacando os novos modelos de<br />

negócios e as oportunidades que existem no setor.<br />

O objetivo deste Simpósio é o de criar um espaço comum<br />

onde os oradores e participantes possam discutir os seus<br />

interesses mútuos, conhecer as tendências e partilhar as<br />

experiências pessoais com outros profissionais presentes.<br />

Para os participantes, esta é uma oportunidade única para<br />

aprofundar os conhecimentos sobre o aftermarket<br />

independente e as ferramentas que podem ser utiliza<strong>das</strong> para<br />

garantir o futuro <strong>das</strong> suas organizações.<br />

Os oradores do Simpósio irão disponibilizar informação de<br />

qualidade, que permitirá aos participantes conhecerem os<br />

desafios do negócio que se colocam às suas empresas. Os<br />

temas <strong>das</strong> apresentações cobrirão as áreas que mais<br />

preocupam os operadores do setor.<br />

O Simpósio Ibérico <strong>2014</strong> Aftermarket IAM vai ser o maior<br />

evento dedicado ao mercado pós-venda automóvel. Terá a<br />

duração de um dia e contará com a presença de cerca de 300<br />

participantes de ambos os países ibéricos.<br />

O Simpósio termina em apoteose com a Festa do 10º<br />

Aniversário do JORNAL DAS OFICINAS, que ocorrerá no final<br />

dos trabalhos e será um momento de convívio e<br />

confraternização entre todos os presentes.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

05<br />

Comunicação <strong>2014</strong><br />

eventos para os profissionais do pós-venda automóvel, com destaque para o Simpósio Ibérico<br />

em cheio para o Aftermarket em Portugal.<br />

Temas em análise<br />

● Tendências do mercado pós-venda ibérico<br />

● Distribuição de peças automóvel<br />

● Direito à Reparação<br />

● A Telemática no pós-venda independente<br />

● Comércio electrónico de peças<br />

● O reparador independente ibérico - Presente e Futuro<br />

● TIC no Pós-venda Automóvel<br />

● Acesso à informação Técnica<br />

● Marketing nas oficinas<br />

Público alvo<br />

● Fabricantes / Importadores de Peças e Equipamentos<br />

● Distribuidores/Grossistas/Retalhistas de Peças e Equipamentos para <strong>Oficinas</strong><br />

● Proprietários e Gerentes de <strong>Oficinas</strong> de Marca e Multimarca<br />

● Proprietários e Gerentes de <strong>Oficinas</strong> de Pneus<br />

● Proprietários e Gerentes de Auto Centros e Serviços Rápidos<br />

● Redes Organiza<strong>das</strong> de <strong>Oficinas</strong><br />

● Diretores Pós-Venda <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> de Marca<br />

● Gestores de frotas<br />

● Empresas e entidades diversas liga<strong>das</strong> ao Pós-venda automóvel ou outros interessados<br />

neste mercado<br />

10 boas razões para não perder este Simpósio:<br />

1 - Ganhe vantagem competitiva ouvindo os conselhos dos especialistas no aftermarket<br />

2 - Encontre novos caminhos para aumentar a performance do seu negócio<br />

3 - Descubra os desafios do mercado que podem afectar o seu negócio<br />

4 - Identifique as novas oportunidades de negócio e perspetivas de evolução<br />

5 - Saiba interpretar as novas tendências e antecipar a evolução do mercado<br />

6 - Preparar o negócio para as oportunidades do digital<br />

7 - Tomar conhecimento com alguns modelos de negócio inovadores no campo da venda de peças e<br />

da manutenção e reparação automóvel<br />

8 - Desenvolver competências na área da organização interna da empresa<br />

9 - Conhecer as tendências atuais do sector e desenvolver um plano estratégico para o seu negócio<br />

10 - Reconhecer indicadores chave para a gestão da oficina e aplicar estes, no negócio individual<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


06<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Destaque Eventos AP Comunicação <strong>2014</strong><br />

Inscrições em:<br />

www.eventosap.com<br />

PROGRAMA<br />

Simpósio Ibérico Aftermarket IAM <strong>2014</strong><br />

08.30h / 09.00 - Recepção dos participantes<br />

09.00h / 09.15h<br />

Discurso de Boas Vin<strong>das</strong><br />

Por: João Vieira e Miguel Angel Prieto<br />

09.15h / 10.15h<br />

1º PAINEL - Presente e futuro do Aftermarket IAM na Europa<br />

Por: Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts<br />

10.15h / 10.45h<br />

2º PAINEL - Tendência da distribuição de Peças no mercado<br />

pós-venda Ibérico<br />

Por: Carlos Nascimento, Diretor Geral da Create Business<br />

10.45h / 11.30h – Coffee Break<br />

11.30h / 12.00h<br />

3º PAINEL – Direito à Reparação... com qualidade<br />

Por: Joaquim Candeias, Presidente da DPAI<br />

12.00h / 12.30h<br />

4º PAINEL – O desafio da Telemática na reparação independente<br />

Por: Neil Pattemore, Diretor Técnico da FIGIEFA<br />

Orador Principal<br />

Helmut Wolk<br />

CEO da Wolk After Sales Experts<br />

● Com mais de 30 anos de experiência no setor automóvel,<br />

Helmut Wolk é o fundador da Wolk After Sales<br />

Experts, uma <strong>das</strong> poucas empresas na Europa com<br />

know how no Aftermarket IAM ao nível dos especialistas.<br />

Lançou recentemente os Relatórios atualizados<br />

sobre o Aftermarket dos 35 países europeus, incluindo<br />

Portugal e Espanha. Os Relatórios analisam o mercado<br />

do Pós-venda automóvel em detalhe e mostram o que<br />

se faz nos diferentes países a nível da distribuição de<br />

peças e assistência oficinal.<br />

Baseado na sua vasta experiência profissional, Helmut<br />

Wolk vai apresentar no 1º Simpósio Ibérico Aftermarket<br />

IAM os dados mais recentes publicados nesses Relatórios,<br />

assim como os novos cenários de distribuição,<br />

conceitos de marketing on-line e formação à distância<br />

que estão a ser desenvolvidos nos diferentes mercados.<br />

Helmut Wolk vai também fazer uma análise pormenorizada<br />

do Aftermarket na Península Ibérica, centrada<br />

nos segmentos da distribuição de peças e na reparação<br />

automóvel.<br />

A sua visão do pós-venda automóvel europeu assenta<br />

numa análise direta dos factos, que conhece perfeitamente,<br />

devido às suas atividades relaciona<strong>das</strong> com<br />

o Aftermarket e a sua gestão.<br />

12.30h / 14.30h – Almoço<br />

14.30h / 15.00h<br />

5º PAINEL – O reparador independente ibérico – Há futuro<br />

fora <strong>das</strong> redes?<br />

Por: Raquel Marinho, Responsável pela Rede Bosch Car Service<br />

15.00h / 15.30h<br />

6º PAINEL – TIC no pós-venda Automóvel<br />

Novas formas de comunicação (Internet e Redes Sociais)<br />

Por: Filipe Teixeira, da ANECRA<br />

15.30h / 16.30h<br />

8º PAINEL – O futuro do Aftermarket IAM em Portugal e Espanha<br />

Por: Helmut Wolk, CEO da Wolk Aftersales Experts<br />

16.00h / 17.00h - Perguntas e Respostas<br />

17.00h - Encerramento do Simpósio<br />

17.00h / 20H00h - Festa 10º Aniversário JORNAL DAS OFICINAS<br />

* Brevemente serão divulgados os nomes dos oradores espanhóis<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


08<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Destaque Eventos AP Comunicação <strong>2014</strong><br />

Patrocinador<br />

Inscrições em:<br />

Workshops JORNAL DAS OFICINAS <strong>2014</strong><br />

www.eventosap.com<br />

Iniciativa inédita no setor Pós-venda em Portugal<br />

“Gestão Estratégica e Operacional do seu Negócio”<br />

O<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, numa iniciativa inigualável, no<br />

setor automóvel em Portugal, desenvolveu em<br />

parceria com especialistas do setor, um Programa<br />

de 4 Workshops destinados a todos os profissionais<br />

do aftermarket automóvel que têm responsabilidades<br />

ao nível da gestão.<br />

Para além de, um modelo de workshop absolutamente inovador<br />

em Portugal, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> decidiu descentralizar e ir ao<br />

encontro dos profissionais do setor. Por esta razão, os workshops<br />

terão lugar em Lisboa e Porto, mas também, em Coimbra e Batalha.<br />

Desta forma, a zona centro do país terá também a possibilidade<br />

de participar neste evento, duma forma mais confortável e<br />

económica.<br />

Cada workshop será moderado por dois especialistas do setor,<br />

Dário Afonso e Jorge Cancela de Abreu, que se propõem<br />

desenvolver temas tão críticos para o negócio, como:<br />

● Mercado<br />

● Cliente<br />

● Pessoas (RH) 2<br />

● Organização (Empresa)<br />

Os workshops são baseados num modelo de grande interatividade<br />

com os participantes, em que estes terão de realizar alguns<br />

trabalhos de reflexão estratégica. No final, cada participante levará<br />

consigo o seu Plano de Ação pessoal.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

Pequeno resumo do Meio Envolvente:<br />

● Uma nova geração de consumidores está a surgir, novos modelos de negócio no aftermarket estão a ser implementados,<br />

e outros, a ser desenhados por importantes players a nível europeu.<br />

O aftermarket segue uma forte tendência para se desenvolver online. Os produtos seguem uma forte tendência<br />

de bipolarização e as margens do setor mantêm uma forte tendência em baixa, a nível europeu.<br />

Acreditamos que o resumo acima será suficientemente motivador à mudança <strong>das</strong> organizações, mas estas são<br />

feitas de pessoas, e normalmente, as pessoas são avessas a qualquer tipo de mudança. 3<br />

Estes Workshops ajudarão, também, à necessária<br />

mudança <strong>das</strong> atitudes e comportamentos <strong>das</strong> pessoas.<br />

Contamos consigo para mais um evento inovador do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />

<strong>Oficinas</strong> e Revista dos Pneus<br />

Algumas questões<br />

que estes workshops ajudarão a responder:<br />

1- O que está a acontecer no seu mercado, quais as alterações e tendências, e que implicações podem ter no seu negócio?<br />

2- O que valorizam os Clientes e qual deverá ser a resposta para ganhar mais clientes e fidelizar os atuais?<br />

3- Como deve preparar a sua equipa para o Processo de Melhoria Contínua e melhorar o relacionamento e serviços aos clientes?<br />

4- Quais as necessidades de adaptação na sua organização, para responder às mudanças no mercado e nos clientes?<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

09<br />

PROGRAMA<br />

09.00h / 10.30h<br />

Qual a realidade do meu negócio em relação à<br />

aos meus concorrentes?<br />

Criação de Grupos de trabalho para analizar a realidade<br />

individual e assimilar outros pontos de vista sobre o<br />

que se passa em cada empresa<br />

10.30h /10.45h<br />

Como estou eu ou a minha organização?<br />

Questionário de avaliação sobre as dificuldades que<br />

cada participante encontra a nível pessoal ou nas<br />

organizaçõesa que pertence.<br />

10.45h / 11.00h<br />

Coffe-Break<br />

11.00h / 13.00h<br />

Conceitos que ajudem a organizar as ideias e a<br />

refletir sobre o tema do Workshop<br />

Apresentação em PowerPoint de modelos<br />

13.00h /14.30h<br />

Almoço<br />

14.30h /16.00h<br />

O que se pode fazer para alterar a situação?<br />

Trabalho de grupo sobre como mudar ou implementar<br />

novos conceitos para melhorar a comunicação e o<br />

marketing nas empresas.<br />

16.00h /16.15h<br />

Coffe-Break<br />

16.15h / 17.00h<br />

O que eu vou fazer para alterar a situação.<br />

Todos participantes irão preencher um Plano de Ação<br />

com Tarefas, Atividades, Responsabilidades e Timmings<br />

para implementar nas suas organizações<br />

Formadores certificados<br />

● Os Workshops serão<br />

apresentados por Dário Afonso<br />

e Jorge Cancella de Abreu, dois<br />

formadores certificados e<br />

especialistas na área do<br />

Pós-Venda Automóvel.<br />

● Contando com uma grande<br />

experiência profissional na área<br />

da Formação, Dário Afonso e<br />

Jorge Cancella de Abreu irão<br />

ajudar os participantes a<br />

perceberem a situação ideal <strong>das</strong><br />

suas organizações.<br />

● Comunicar com os seus<br />

clientes, implementar<br />

estratégias de marketing, mudar<br />

a abordagem do seu negócio e,<br />

conseguir ter mais clientes, são<br />

alguns dos temas abordados<br />

por Dário Afonso e Jorge<br />

Cancella de Abreu, estando<br />

sempre ao dispor dos<br />

participantes para que sejam<br />

esclareci<strong>das</strong> to<strong>das</strong> as dúvi<strong>das</strong>.<br />

O caminho que as organizações<br />

percorrem até alcançarem o<br />

“ponto de chegada”, é muitas<br />

vezes difícil e pleno de<br />

armadilhas. Em alguns dos casos<br />

torna-se desmotivante.<br />

A definição de um plano, tendo<br />

em conta a necessidade de<br />

mudança, é uma ferramenta<br />

indispensável para o sucesso<br />

<strong>das</strong> empresas.<br />

Dário Afonso<br />

Jorge Cancella de Abreu<br />

Mais informação e inscrições em www.eventosap.com<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Destaque<br />

Manutenção e reparação de<br />

carga da bateria, acionando um gerador<br />

que produz eletricidade de modo a aumentar<br />

a autonomia. Tal como nos veículos<br />

híbridos gasolina/elétrico (sejam<br />

eles plug-in ou não), os veículos elétricos<br />

com extensor de autonomia consomem<br />

gasolina e produzem emissões poluentes.<br />

Contudo, não é o motor de combustão<br />

que os move, como acontece nos<br />

híbridos, mas antes um sistema de propulsão<br />

elétrica.<br />

Alta tensão!<br />

› A manutenção e reparação de veículos elétricos e híbridos são dos<br />

maiores desafios que as oficinas enfrentam. Nesta edição, damos-lhe<br />

conta dos cuidados que esses modelos exigem, da necessidade de<br />

especializar técnicos, dos cursos de formação disponíveis e ainda de como<br />

funciona a assistência oficial <strong>das</strong> marcas que os comercializam<br />

Implantado que está o GPL (o GNC<br />

ainda não tem expressão no nosso<br />

país – apenas 26 unidades vendi<strong>das</strong><br />

em 2013 contabilizando ligeiros de passageiros<br />

e comerciais ligeiros) e perante<br />

a incógnita de Portugal poder vir a comercializar<br />

um dia automóveis movidos<br />

a hidrogénio, os veículos elétricos e<br />

híbridos são, hoje, os principais ativistas<br />

para reduzir o impacto ambiental. Ainda<br />

que cada qual à sua maneira. Para além<br />

de serem os mais conhecidos, são, também,<br />

os que mais democratizados estão.<br />

No caso dos veículos elétricos, pode<br />

dizer-se que o início da “revolução” começou<br />

em 2010, quando o Governo de<br />

José Sócrates decidiu colocar em prática<br />

a rede Mobi.E. Em Dezembro desse ano,<br />

arrancou a comercialização “a sério” do<br />

primeiro veículo 100% elétrico no nosso<br />

país: o Nissan Leaf. Para além deste, a<br />

atual oferta contempla nada menos do<br />

que outras nove propostas: BMW i3; Citroën<br />

C-Zero; Ford Focus Electric; Mitsubishi<br />

i-Miev; Peugeot iOn; Renault ZOE;<br />

Renault Fluence Z.E., Renault Kangoo<br />

Z.E.; smart fortwo ed. O Renault Twizy,<br />

devido à sua homologação, está classificado<br />

como quadriciclo 100% elétrico.<br />

O caso dos híbridos é diferente. Presentes<br />

no nosso país desde 2002, este<br />

conceito de mobilidade deve grande<br />

parte do seu estatuto e maturidade a<br />

duas marcas japonesas: Honda e, principalmente,<br />

Toyota. Hoje, esta solução<br />

está de tal forma desenvolvida e democratizada<br />

que a oferta no nosso país<br />

inclui mais de duas dúzias de modelos.<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Facto a que não é alheia a maior consciência<br />

ambiental por parte dos condutores.<br />

A maioria dos veículos híbridos<br />

conjuga motor a gasolina com motor<br />

elétrico, mas existem outros que preferem<br />

associar motor Diesel com motor<br />

elétrico, como o Citroën DS5 HY4 ou os<br />

Peugeot 3008 HY4 e 508 RXH.<br />

Em 2011, Portugal acolheu um novo<br />

conceito de mobilidade que, erradamente,<br />

tende a ser associado a híbrido:<br />

Chevrolet Volt e Opel Ampera. Graças ao<br />

conceito de propulsão de ambos, definido<br />

pela GM como E-REV (veículo elétrico<br />

com extensor de autonomia), estes<br />

dois modelos situam-se entre um automóvel<br />

elétrico “convencional” e um automóvel<br />

elétrico plug-in. A tecnologia<br />

Voltec de que ambos fazem uso assenta<br />

na utilização da eletricidade como principal<br />

fonte de alimentação, relegando<br />

para segundo plano o papel do motor<br />

a gasolina, cuja única função é gerar<br />

eletricidade de modo a aumentar a autonomia<br />

do veículo, recarregando, em<br />

simultâneo, a bateria de iões de Lítio.<br />

Embora estejam equipados com motor<br />

de combustão, os Chevrolet Volt e Opel<br />

Ampera são movidos por um sistema de<br />

propulsão elétrica. O motor a gasolina<br />

do extensor de autonomia só entra em<br />

funcionamento uma vez esgotada a<br />

■ Acompanhar o ritmo<br />

A constante evolução tecnológica que<br />

caracteriza a indústria automóvel e a<br />

rápida proliferação de novos conceitos<br />

de mobilidade faz com que o setor oficinal<br />

tenha, custe o que custar, de acompanhar<br />

o ritmo, pois só assim conseguirá<br />

dar resposta às solicitações do consumidor<br />

e manter o nível competitivo que<br />

lhe permitirá subsistir. No caso concreto<br />

dos veículos elétricos e híbridos, o desafio<br />

é bem mais exigente. Torna-se fundamental<br />

que os técnicos sejam<br />

conhecedores de alta tensão e tenham<br />

formação adequada. E que as oficinas<br />

possam ter acesso a equipamentos (de<br />

diagnóstico e outros) que tornem possível<br />

essas intervenções, o que, no caso<br />

<strong>das</strong> independentes multimarca, nem<br />

sempre se verifica. Até pelo avultado<br />

investimento que tal implica, não havendo,<br />

depois, garantia de retorno.<br />

Assistidos unicamente nas oficinas <strong>das</strong><br />

marcas que os comercializam (tendo<br />

pontos específicos dentro de cada rede),<br />

os automóveis elétricos ainda não “entram”<br />

nas oficinas independentes multimarca.<br />

A pouca expressão que este tipo<br />

de veículos tem no mercado, por si só,<br />

não explica tudo. O setor independente<br />

carece de qualificação, conhecimentos<br />

e meios para lidar com este conceito de<br />

mobilidade, que está agora muito em<br />

voga. Até pelas questões políticas que<br />

lhe estão associa<strong>das</strong>. Apesar disso, de<br />

forma muito genérica, pode dizer-se que<br />

os veículos elétricos são até bastante<br />

fáceis de intervencionar. O conceito<br />

acaba por ser muito mais “plug & play”<br />

do que qualquer outro tipo de automóvel.<br />

Devido ao facto de as suas grandezas<br />

serem to<strong>das</strong> elétricas, torna-se mais fácil<br />

efetuar qualquer medição, não sendo<br />

necessário utilizar um sensor para transformar,<br />

depois, uma medição em sinal<br />

elétrico. As avarias num veículo elétrico<br />

são mais fáceis de identificar e a reparação<br />

não é complexa, embora exija cuidados<br />

especiais devido à presença de<br />

altas tensões. As garantias da<strong>das</strong> pelas<br />

marcas de automóveis para este tipo de<br />

veículos contribui, também, para que o<br />

“monopólio” da assistência aos elétricos<br />

continue nas mãos <strong>das</strong> representações<br />

oficiais.<br />

No caso dos híbridos, a situação é diferente.<br />

Ainda que a ida destes modelos<br />

às oficinas independentes multimarca<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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11<br />

veículos elétricos e híbridos<br />

A manutenção e reparação de veículos elétricos e híbridos são dos maiores desafios que as oficinas enfrentam. Implica formação, certificação, equipamento específico e... segurança!<br />

não tenha grande expressão, já é uma<br />

realidade. A manutenção de um veículo<br />

híbrido tem muitos pontos em comum<br />

com a de um veículo convencional, uma<br />

vez que existe motor de combustão e<br />

transmissão mecânica. Regra geral, as<br />

intervenções efetua<strong>das</strong> pelas oficinas<br />

independentes multimarca incidem sobre<br />

a mudança de óleos ou filtros. Por<br />

vezes, vão mais longe e mudam, também,<br />

pastilhas de travão e amortecedores.<br />

■ CUIDADOS ESPECIAIS<br />

Tudo o que esteja relacionado com o<br />

sistema híbrido e os seus componentes<br />

(como, por exemplo, cabos) as oficinas<br />

independentes multimarca não devem<br />

mexer. Se o fizerem, colocarão em risco<br />

a segurança do técnico e poderão causar<br />

mais danos ao veículo, levando a que a<br />

reparação possa ficar extremamente<br />

dispendiosa. Efetuar reparações de colisão<br />

em híbridos, é terreno que as oficinas<br />

independentes multimarca não<br />

devem pisar, exceção feita se os seus<br />

técnicos forem conhecedores de alta<br />

tensão, estiverem certificados para tal e<br />

disponham dos meios necessários.<br />

Quanto aos veículos elétricos, há certos<br />

consumíveis que se mantêm, como os<br />

do sistema de travagem, da suspensão<br />

É a marca que mais automóveis elétricos<br />

vende atualmente em Portugal e a<br />

que dispõe da oferta mais vasta dentro<br />

deste conceito de mobilidade. Dos 193<br />

automóveis 100% elétricos (contabilizando<br />

ligeiros de passageiros e comerciais<br />

ligeiros) que se venderam no<br />

nosso país em 2013, 71 foram da Renault:<br />

26 unidades do Kangoo Z.E.; 23 unidades<br />

do Fluence Z.E.; 22 unidades do<br />

ZOE. Depois, importa salientar ainda a<br />

prestação comercial do Twizy, que está<br />

classificado como quadriciclo devido<br />

à homologação que tem. Em 2013,<br />

foram vendi<strong>das</strong> 50 unidades desta<br />

proposta 100% elétrica.<br />

Para assistir os seus veículos com emissões<br />

zero, a Renault deu formação a 19<br />

concessionários da sua rede. Desses,<br />

15 estão aptos a fazer intervenções de<br />

manutenção “normais” que não obriguem<br />

a operar na parte elétrica. Os<br />

restantes 4 estão habilitados, também,<br />

a fazer intervenções na parte eléctrica<br />

e bateria. Os técnicos da Renault não<br />

só estão formados para tal como têm<br />

ainda a obrigatória certificação para<br />

média e alta tensão (AC e DC). Caso seja<br />

Mobilidade elétrica Renault<br />

necessária uma intervenção na parte<br />

elétrica, o automóvel pode chegar a<br />

qualquer ponto da rede Renault mas<br />

será, depois, transportado pela marca<br />

para um desses 4 centros (Porto; Lisboa;<br />

Funchal; Ponta Delgada). Outra boa<br />

notícia é que, uma vez reparado, o<br />

veículo é devolvido ao cliente no mesmo<br />

sítio onde este o entregou.<br />

A Renault é a marca que mais modelos elétricos vende em Portugal: em 2013, foram<br />

nada menos do que 71. Número que não inclui as 50 unidades do Twizy<br />

Domínio híbrido Toyota<br />

Entre Toyota e Lexus, são nada menos<br />

do que 10 os modelos híbridos que estas<br />

duas marcas comercializam no mercado<br />

português. E se este conceito<br />

atingiu há muito a sua maturidade e está,<br />

hoje, totalmente democratizado, deve-<br />

-o à Toyota, que, em 1<strong>99</strong>7, lançou, no<br />

Japão, a primeira geração do Prius. À<br />

Europa, este modelo chegou em Setembro<br />

do ano 2000. Atualmente na sua<br />

terceira geração, o Prius é comercializado<br />

em 44 países e detém o título de híbrido<br />

mais vendido do mundo. Não satisfeita,<br />

a Toyota foi alargando esta tecnologia<br />

a vários modelos, ao ponto de termos,<br />

hoje, um híbrido por si produzido em<br />

todos os segmentos de mercado.<br />

À semelhança de outros construtores,<br />

a marca japonesa continua convicta que,<br />

nos dias que correm e a médio prazo, a<br />

melhor alternativa consiste em conjugar<br />

motor de combustão com motor elétrico.<br />

Não sacrifica a utilização do veículo<br />

(autonomia e espaço interior) e permite<br />

uma boa performance ambiental.<br />

Mais recentemente, a Toyota virou-se,<br />

também, para os híbridos plug-in<br />

(PHEV) na gama do Prius, que dispõem<br />

de maior autonomia elétrica face<br />

aos híbridos “convencionais” devido<br />

ao facto de poderem ser ligados a uma<br />

tomada.<br />

Toda a rede de oficinas Toyota e Lexus<br />

existente em Portugal está devidamente<br />

formada e certificada para intervencionar<br />

nestes veículos. Desde simples operações<br />

de manutenção até reparações<br />

mais complexas relaciona<strong>das</strong> com colisão.<br />

Analisando aquilo que foi o mercado<br />

em 2013, verifica-se que foram<br />

vendidos em Portugal 1105 automóveis<br />

híbridos. Destes, 585 disseram respeito<br />

a modelos gasolina/elétrico e 520 a modelos<br />

Diesel/elétrico.<br />

e da iluminação. Mas o grau de qualificação<br />

de técnicos terá de ser elevado.<br />

Até para se proceder à mudança de uma<br />

simples lâmpada é preciso saber onde<br />

se pode mexer. Depois, existem procedimentos<br />

relacionados com sistemas<br />

eletrónicos inteligentes, nos quais o<br />

técnico tem de indicar à ECU (Unidade<br />

de Controlo) a operação que vai realizar.<br />

O próprio programa do equipamento<br />

de diagnóstico orienta o técnico para os<br />

procedimentos recomendados. Tudo<br />

para evitar erros e acidentes.<br />

■ Segurança está primeiro<br />

Para lidar com veículos elétricos e híbridos,<br />

é fundamental ter em conta que a<br />

segurança está primeiro. A formação e<br />

certificação de técnicos conhecedores de<br />

alta tensão que os habilite a intervencionar<br />

este tipo de automóveis é absolutamente<br />

imprescindível. Mas também é<br />

essencial que quem presta assistência em<br />

viagem (seja ela técnica móvel ou através<br />

de operadores de reboque) saiba o que<br />

tem à sua frente. Requisito este que é<br />

extensível, também, aos técnicos <strong>das</strong><br />

inspeções periódicas obrigatórias e aos<br />

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12<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Destaque<br />

Manutenção e reparação de veículos elétricos e híbridos<br />

serviços de desencarceramento dos bombeiros.<br />

Como a Toyota costuma dizer nas<br />

formações que dá sobre híbridos, tudo o<br />

que forem cabos cor-de-laranja não são<br />

para mexer...<br />

Os veículos elétricos e híbridos exigem<br />

regras de segurança mais aperta<strong>das</strong>, devido,<br />

sobretudo, à existência de alta tensão,<br />

que pode chegar aos 400 Volt. Ao<br />

contrário da corrente doméstica, que tem<br />

uma polaridade alterna, representando<br />

menor risco para o corpo humano, nos<br />

automóveis elétricos e híbridos a corrente<br />

de alta tensão é contínua e tem, portanto,<br />

uma amperagem associada, que pode<br />

provocar lesões graves ou mesmo levar<br />

à morte. Quanto maior noção se tiver do<br />

funcionamento do sistema elétrico e<br />

quanto mais se cumprirem as normas de<br />

segurança, menor será o risco e mais “normal”<br />

se tornará a manutenção, como<br />

sucede em qualquer outro veículo.<br />

Os modelos elétricos e híbridos dispõem<br />

de uma ficha de serviço que isola a bateria<br />

do resto do veículo. Primeiro, esta ficha<br />

deverá ser removida utilizando um duplo<br />

procedimento de segurança, sendo, depois,<br />

necessário verificar se ainda existe<br />

tensão. Os terminais dos cabos de alta<br />

tensão (que são cor-de-laranja) não podem<br />

ser substituídos e, apesar desses<br />

cabos terem duplo isolamento e estarem<br />

selados, todo o cuidado é pouco.<br />

Para realizar operações de manutenção<br />

e reparação em veículos elétricos e híbridos<br />

são necessárias ferramentas especiais,<br />

isola<strong>das</strong> com película de borracha. Para<br />

além disso, as luvas de borracha com<br />

proteção até 600 Volt e o uso de vestuário<br />

adequado é absolutamente imprescindível.<br />

Tal como a existência de<br />

sinalização de aviso, para que se possam<br />

manter afasta<strong>das</strong> as pessoas que se encontrarem<br />

por perto. E, para verificar a<br />

existência de fugas de corrente, há um<br />

aparelho de teste de isolamento, que pode<br />

aplicar até 500 Volt para as detetar. Caso<br />

o veículo esteja danificado, existindo o<br />

risco de danos no sistema elétrico, deve<br />

usar-se equipamento adicional de segurança:<br />

capacete, casaco e perneiras isolantes;<br />

luvas e botas de borracha.<br />

As avarias mais comuns dos veículos<br />

elétricos e híbridos verificam-se nas baterias<br />

de baixa tensão que alimentam os<br />

circuitos periféricos normais. No caso dos<br />

motores elétricos e <strong>das</strong> baterias de alta<br />

tensão (sejam elas de hidreto metálico-<br />

-níquel ou de iões de Lítio), as marcas que<br />

comercializam os veículos preferem não<br />

correr riscos e proceder à substituição dos<br />

componentes, ainda que, no caso dos<br />

elétricos, essa operação seja dispendiosa.<br />

Certas avarias também podem resultar<br />

de danos de colisão. Nestes casos, os<br />

componentes são, regra geral, substituídos.<br />

Até porque como alguns deles podem<br />

envolver riscos para o técnico ou para<br />

o utilizador do veículo, é preferível optar-<br />

-se pela sua substituição.<br />

ATEC - Academia de Formação<br />

Qualificar e gerar empregos<br />

A ATEC – Associação de Formação para a Indústria, também<br />

conhecida por Academia de Formação, é uma associação<br />

sem fins lucrativos constituída em Dezembro de<br />

2003. Tem como promotores a Volkswagen Autoeuropa,<br />

a Siemens, a Bosch e a C.C.I.L.A. (ou AHK - Câmara de<br />

Comércio e Indústria Luso-Alemã).<br />

A constituição da ATEC teve como fundamento a necessidade<br />

de criar uma organização que contribuísse para o<br />

aumento da qualificação dos profissionais e, consequentemente,<br />

da empregabilidade, contribuindo significativamente<br />

para o aumento da qualidade e da produtividade<br />

do tecido empresarial. A ATEC pode oferecer ações de<br />

consultoria e formação às empresas, por forma que estas<br />

se tornem mais competitivas, não só a nível regional ou<br />

nacional mas, acima de tudo, que sejam competitivas a<br />

nível europeu e mundial.<br />

O plano de atividades da ATEC assenta em três áreas de<br />

atuação. Primeira: formação contínua dos ativos ao serviço<br />

dos promotores. Segunda: formação de desempregados,<br />

quer se trate da qualificação profissional de jovens<br />

à procura do primeiro emprego quer do aperfeiçoamento,<br />

reconversão ou reciclagem de desempregados à<br />

procura de novo emprego. Terceira: formação para o<br />

mercado, que tanto pode consistir em oferta formativa<br />

promovida pela ATEC como em formação específica requerida<br />

pelas empresas clientes.<br />

Formação para elétricos e híbridos<br />

Desde o início de 2013 que a ATEC dá formação para intervenção<br />

segura em veículos elétricos e híbridos. Os cursos têm<br />

uma duração de 16 horas. Enunciemos, então, os seus objetivos,<br />

destinatários, pré-requisitos e conteúdos programáticos.<br />

Objetivos:<br />

● Utilização dos veículos elétricos e híbridos na ótica do<br />

utilizador<br />

● Compreender os princípios gerais de funcionamento<br />

dos veículos elétricos e híbridos<br />

● Identificar os veículos elétricos e híbridos e reconhecer<br />

os riscos inerentes<br />

● Avaliar corretamente os riscos e aplicar os procedimentos<br />

adequados quando se efetua uma intervenção causada<br />

por avaria em veículos elétricos e híbridos<br />

● Colocar sempre os veículos elétricos e híbridos fora de<br />

tensão e em segurança<br />

● Conhecer as valências de competência dos técnicos<br />

certificados referente aos níveis I, II e III, da legislação de<br />

alguns países da UE<br />

Destinatários<br />

● Todos os profissionais que trabalham em veículos<br />

elétricos e híbridos, conhecedores do sistema de alta<br />

tensão, em peças liga<strong>das</strong> no mesmo circuito<br />

● Mecânicos, mecatrónicos técnicos de diagnóstico,<br />

bate-chapas e rebocadores<br />

Pré-Requisitos<br />

● Os participantes devem ter, preferencialmente, conhecimentos<br />

em eletricidade (grandezas elétricas e sua relação<br />

entre si)<br />

● Noção de corrente alterna A/C e corrente contínua D/C<br />

Conteúdos Programáticos<br />

● Conhecer a estrutura de um veículo elétrico e híbrido<br />

● Conhecer os principais riscos ligados às peças destes<br />

sistemas de propulsão<br />

● Conhecer um método de trabalho seguro e aplicá-lo<br />

quando ele for efetuado nestes sistemas de propulsão<br />

● Saber escolher os equipamentos de proteção individual<br />

(EPI) e os aparelhos de medição adequados para a<br />

sua função nas tarefas a realizar<br />

José Peniche é um dos formadores ATEC que tem<br />

ministrado cursos para veículos elétricos e híbridos<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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14<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Destaque<br />

Manutenção e reparação de veículos elétricos e híbridos<br />

GPL e extensor<br />

de autonomia<br />

Chevrolet<br />

joga em dois<br />

tabuleiros<br />

É a marca que mais modelos<br />

GPL vende em Portugal. Entre<br />

2009 e o final de Dezembro de<br />

2013, a Chevrolet entregou aos<br />

seus clientes nada menos do que<br />

2775 veículos Bi-Fuel: 608 unidades<br />

do Spark e 2167 unidades<br />

do Aveo. A assistência a estes<br />

modelos é assegurada pela rede<br />

de oficinas Chevrolet, que intervém<br />

apenas na parte da gasolina.<br />

Se houver necessidade<br />

de efetuar manutenção ou reparação<br />

ao sistema GPL, as<br />

operações são realiza<strong>das</strong> pelo<br />

representante da BRC em Portugal<br />

(as versões Bi-Fuel são<br />

produzi<strong>das</strong> na Coreia do Sul e<br />

transforma<strong>das</strong> em Itália antes<br />

de virem para Portugal).<br />

Graças a um contrato estabelecido<br />

com a BRC, a assistência<br />

ao sistema GPL é efetuada pelos<br />

cerca de 25 agentes que tem o<br />

seu representante e que estão<br />

estrategicamente espalhados de<br />

modo a dar cobertura a todo o<br />

território nacional.<br />

No caso do modelo elétrico<br />

com extensor de autonomia<br />

Volt, o cenário é bem diferente.<br />

Comercializado no nosso país<br />

desde 2011, a Chevrolet vendeu<br />

até hoje apenas cerca de seis<br />

unidades. E, também por isso,<br />

existe apenas um único ponto<br />

de assistência para todo o país,<br />

que está situado em Lisboa. O<br />

Volt tem à sua disposição uma<br />

equipa de técnicos conhecedores<br />

de alta tensão, que se encontram<br />

devidamente formados e<br />

certificados pare efetuar qualquer<br />

tipo de intervenção.<br />

CEPRA: a formar desde 1981<br />

Grande referência do setor<br />

› Há 33 anos que o Centro de Formação Profissional da Reparação<br />

Automóvel forma e certifica técnicos. No GPL, detém vasta experiência. Nos<br />

híbridos, para lá caminha. No GNC e nos elétricos, já deu os primeiros passos<br />

Criado em 1981, na sequência da<br />

celebração de um protocolo outorgado<br />

entre o Instituto de Emprego<br />

e Formação Profissional, I.P. (IEFP, I.P.),<br />

a Associação Nacional <strong>das</strong> Empresas<br />

do Comércio e da Reparação Automóvel<br />

(ANECRA) e a Associação<br />

Nacional do Ramo Automóvel<br />

(ARAN), o CEPRA - Centro de Formação<br />

Profissional da Reparação Automóvel<br />

- tem 33 anos de<br />

experiência em formação e certificação<br />

profissional.<br />

É, hoje, uma <strong>das</strong> referências do setor<br />

nessas áreas. Em média, passam<br />

pelo CEPRA cinco mil formandos por<br />

ano. Cerca de 10% fazem formação<br />

inicial e os restantes são profissionais<br />

que frequentam cursos de formação<br />

contínua ou pretendem obter uma<br />

certificação profissional e/ou escolar.<br />

A oferta formativa do CEPRA é dirigida<br />

a diferentes públicos, tendo<br />

em conta a respetiva especificidade.<br />

Uma <strong>das</strong> áreas onde o CEPRA detém<br />

vasta experiência é na formação de<br />

mecânicos de auto/gás e de técnicos<br />

de auto/gás, cursos que, de momento,<br />

não estão a ser ministrados,<br />

pelo facto de os conteúdos dos mesmos,<br />

que são agora da responsabilidade<br />

do IMT, I.P. e não da DGEG, de<br />

acordo com a Lei n.° 13/2013, de 31<br />

de Janeiro, não terem sido validados<br />

pelo IMT, I.P. Significa isto que, atualmente,<br />

não estão a ser ministrados<br />

cursos nem para novos mecânicos<br />

auto/gás nem para novos técnicos<br />

de gás, impossibilitando-os, assim,<br />

de obter as respetivas credenciais<br />

que lhes permitam exercer a sua atividade<br />

com GPL/GNC. Fora deste<br />

imbróglio estão os cursos para inspetores<br />

de auto/gás.<br />

Formação em GPL<br />

Os cursos de formação de mecânico<br />

de auto/gás e de técnico de auto/<br />

gás do CEPRA, abordam quer os tipos<br />

de sistemas de conversão para GPL<br />

quer os sistemas GNC (componentes;<br />

funcionamento; esquemas técnicos;<br />

cuidados a ter). Mas pressupõem o<br />

cumprimento de certos requisitos.<br />

São os seguintes:<br />

Curso de Mecânico de Auto/Gás:<br />

● Dispor de curso de mecânico de automóveis<br />

oficialmente reconhecido,<br />

obtido através de uma <strong>das</strong> seguintes<br />

formas:<br />

1 - Curso EFA (Educação e Formação de<br />

Adultos) completo de Mecânico/a de<br />

Automóveis Ligeiros constante no Catálogo<br />

Nacional de Qualificações da ANQ<br />

(Agência Nacional para a Qualificação)<br />

2 - Curso EFA completo de técnico/a de<br />

mecatrónica automóvel constante no<br />

Catálogo Nacional de Qualificações da<br />

ANQ<br />

3 - Curso de Aprendizagem completo<br />

de Técnico/a de Mecatrónica Automóvel<br />

constante no Catálogo Nacional de Qualificações<br />

da ANQ<br />

4 - Certificação profissional completa<br />

obtida em processo de RVCC Reconhecimento,<br />

Validação e Certificação de<br />

Competências) de Mecânico/a de Automóveis<br />

Ligeiros<br />

5 - Certificação profissional completa<br />

obtida em processo de RVCC de Técnico<br />

de Mecatrónica Automóvel<br />

Curso de Técnico de Auto/Gás:<br />

1 - 18 anos<br />

2 - 9.° ano ou equivalente<br />

Cursos para híbridos<br />

Os cursos de formação para híbridos<br />

incidem sobre as áreas de mecânica e<br />

eletricidade. Dividem-se em duas partes,<br />

cada uma com sete horas de duração.<br />

I Parte<br />

Objetivos:<br />

● Identificar, caracterizar e comparar<br />

tipos, constituição, princípios de funcionamento<br />

e metodologias de diagnóstico<br />

de sistemas de propulsão híbrida<br />

Conteúdos:<br />

● Ciclos de funcionamento dos motores<br />

de combustão interna (Otto; Diesel; Atkinson)<br />

● Tipos e características de sistemas<br />

híbridos (em série, em paralelo, combinado<br />

ou misto)<br />

● Diferenças entre sistemas híbridos e<br />

elétricos<br />

● Sistemas híbridos THS (Toyota) e IMA<br />

(Honda) - Princípios e estágios de funcionamento;<br />

Características técnicas;<br />

Componentes; Sistema de transmissão;<br />

Metodologias de diagnóstico<br />

● Outros sistemas híbridos - Análise e<br />

comparação<br />

● Abordagem aos sistemas de hidrogénio<br />

- Fuel Cell<br />

II Parte<br />

Objetivos:<br />

● Verificar componentes e parâmetros<br />

e aplicar metodologias de diagnóstico<br />

de sistemas de propulsão híbrida<br />

Conteúdos:<br />

● Habilitação elétrica (Grandezas elétricas;<br />

Tipos de corrente elétrica; Riscos<br />

elétricos; Normas de segurança e avaliação<br />

dos riscos; Equipamentos de segu-<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

15<br />

rança para intervenção em veículos<br />

híbridos - EPI - Equipamentos de Proteção<br />

Individual; EPC - Equipamentos de<br />

Proteção Coletiva; Desmontagem do<br />

conector de segurança; Verificação da<br />

posição de consignação)<br />

● Ciclo de funcionamento Atkinson<br />

(Princípio de funcionamento; Verificação<br />

de componentes; Verificação de parâmetros;<br />

Verificação dos valores <strong>das</strong> eletroválvulas<br />

do sistema)<br />

● Diagnóstico de sistemas híbridos (Equipamentos<br />

de diagnóstico; Aplicação de<br />

métodos de diagnóstico)<br />

● Baterias de alta tensão (Tipos e características<br />

de baterias; Verificação de<br />

valores de corrente; Verificação de valores<br />

de tensão <strong>das</strong> células do pack)<br />

● Sistema de climatização adaptada a<br />

veículos híbridos (Componentes do sistema;<br />

Compressores híbridos; Compressores<br />

elétricos; Óleos específicos)<br />

Cursos para elétricos<br />

O CEPRA lançou, em Outubro de 2013,<br />

o projeto e-cursos, que se traduziu na<br />

oferta de cursos de formação à distância<br />

ministrados nas modalidades de e-learning<br />

e b-learning (blended learning). O<br />

b-learning é a combinação da modalidade<br />

presencial com a modalidade e-<br />

-learning, conciliando formação à<br />

distância com sessões presenciais, que<br />

possibilitam a realização de atividades<br />

práticas em oficina. Foi nesta modalidade<br />

que decorreu o 1.° e-curso, que versou<br />

sobre o tema dos veículos elétricos. As<br />

próximas ações deste curso estão previstas<br />

para o início de <strong>2014</strong>, mas estão<br />

em preparação novos cursos como Start-<br />

-Stop e Sistemas Híbridos, que visam<br />

acompanhar a evolução tecnológica. O<br />

e-curso para veículos elétricos tem uma<br />

duração estimada de 17 horas, existindo,<br />

contudo, um curso de menos tempo (12<br />

horas) também para veículos elétricos,<br />

cujos objetivos e conteúdos, embora<br />

com uma ou outra variante, são comuns<br />

aos do e-curso que abaixo se descrimina.<br />

Objetivos:<br />

● Identificar e caracterizar normas e<br />

equipamentos de segurança e procedimentos<br />

para habilitação elétrica<br />

● Identificar e caracterizar tipos e princípios<br />

de funcionamento de veículos<br />

elétricos<br />

● Identificar e caracterizar os componentes<br />

de veículos elétricos<br />

● Identificar e caracterizar os sistemas<br />

auxiliares de veículos elétricos<br />

● Identificar e caracterizar tipos de<br />

carregamento de veículos elétricos<br />

Conteúdos:<br />

● Veículos Elétricos (Distinção entre<br />

veículos híbridos e elétricos; Funcionamento<br />

geral de veículos elétricos;<br />

Principais vantagens e desvantagens;<br />

Princípios de funcionamento; Aproveitamento<br />

de energia em veículos<br />

elétricos)<br />

● Habilitação Elétrica (Grandezas<br />

elétricas; Tipos de corrente elétrica;<br />

Riscos elétricos; Normas e equipamentos<br />

de segurança)<br />

● Componentes do Sistema Elétrico<br />

(Conjunto de tração; Bateria principal;<br />

Motor elétrico de tração; Redutor –<br />

Transmissão; Unidade de controlo do<br />

motor ● Inversor; Ficha de serviço da<br />

bateria; Cabos de alta tensão)<br />

● Carregamento do sistema elétrico<br />

(Tipologias de carregamento; Modos<br />

de carregamento; Estações de carga)<br />

● Sistemas Auxiliares (Instrumentação;<br />

Sistemas HVAC; Gestão térmica<br />

da bateria principal e UCM; Outras<br />

soluções de otimização térmica dos<br />

veículos elétricos)<br />

● Atividades Práticas (Formação Presencial)<br />

● Avaliação Final (Avaliação Presencial)<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


16<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Destaque<br />

Gestoras de frotas vs of icinas<br />

Separação de bens<br />

› O casamento entre as gestoras de frotas e as oficinas é antigo e está para<br />

durar. Uma união frutífera, mas que obriga a separação de bens<br />

Não conseguem viver umas sem as outras.<br />

Mas isso não significa que tenham<br />

uma relação fácil. Até porque, quando<br />

falamos na união entre em gestoras de frotas<br />

e oficinas, ambas têm, em muitos aspetos,<br />

necessidades diametralmente opostas.<br />

Luís Marques, gestor da onFleet, empresa<br />

que trabalha em outsourcing com as gestoras<br />

de frotas e consequentemente com<br />

as oficinas (ver caixa nestas páginas) recebeu<br />

o JORNAL DAS OFICINAS para ajudar<br />

a compreender melhor a dinâmica desta<br />

complexa relação, “mais ou menos exigente,<br />

consoante a gestora”, explica. “Nem<br />

to<strong>das</strong> as gestoras têm o mesmo nível de<br />

exigência. Isso depois traduz-se em melhores<br />

ou piores resultados, sob o ponto<br />

de vista de satisfação do cliente, obviamente”,<br />

acrescenta a mesma fonte.<br />

Se os requisitos <strong>das</strong> gestoras na escolha<br />

de uma oficina como parceira não forem<br />

cuidados, os clientes “podem ficar descontentes,<br />

porque esta não poderá não ter<br />

capacidade de resposta para as suas necessidades.<br />

E ficarão descontentes não com<br />

a oficina – porque esta não lhes diz nada<br />

– mas antes com a gestora. E sob esse ponto<br />

de vista pode surgir o conflito”, adianta. De<br />

resto, nestes casos, a culpa não é necessariamente<br />

da gestora de frotas, porque<br />

podemos estar apenas perante um caso<br />

de incumprimento da oficina perante o<br />

acordado. O pior é que a gestora de frota<br />

só terá feedback desta situação através da<br />

reclamação. “E então já é tarde, pois, nessa<br />

altura, o cliente já reclamou. Já ficou descontente.<br />

Acredito que assim a relação<br />

possa se um pouco mais complexa e que<br />

seja mais difícil ter sequer uma boa relação<br />

com algumas oficinas”.<br />

■ Seleção criteriosa<br />

Para Luís Marques, “de um modo geral”,<br />

as gestoras tendem a encarar as oficinas<br />

como parceiras, uma vez que estas são<br />

“parte interessada no negócio”. Quais os<br />

critérios que uma oficina não pode deixar<br />

de cumprir (ou de prometer…) para ser<br />

Por: Jorge Flores<br />

parceira de uma gestão de frotas? “Em<br />

primeira instância está a qualidade. A rapidez<br />

poderá ser um fator importante ou<br />

não. Mas a resposta rápida tem padrões<br />

que são folgados do ponto de vista da<br />

satisfação. A gestora nunca obriga o fornecedor<br />

a prestar o serviço no próprio dia,<br />

por exemplo. Mas o cliente pode ter essa<br />

necessidade. E então a gestora imprime<br />

timings de resposta”, afirma.<br />

Depois, existe a questão do preço. Por<br />

vezes, as gestoras fazem uma espécie de<br />

concurso público para eleger fornecedor<br />

e estabelecem eles próprios os padrões<br />

de custo. “Aqui a gestora é sempre dominante,<br />

tem apalavra soberana: nós queremos<br />

isto! Vocês têm a capacidade e a<br />

disponibilidade para o fazer? Estão dispostos<br />

a isso? É que, caso contrário, existem<br />

outros 20 desejosos disso”, exemplifica o<br />

responsável da onFleet.<br />

Pedro Pessoa diretor comercial da Leaseplan,<br />

a gestora detentora da maior frota<br />

nacional (186 mil veículos), por seu turno,<br />

explica ao nosso jornal quais são as vertentes<br />

pelas quais selecionam os seus<br />

parceiros oficinais: qualitativas e comerciais.<br />

“Há um conjunto de critérios que estão<br />

elencados. Nós temos as oficinas organiza<strong>das</strong><br />

em três níveis. E esses três níveis têm<br />

precisamente a ver com aquilo que são as<br />

oficinas recomenda<strong>das</strong> e estão na rede<br />

principal e que são aquelas que do ponto<br />

de vista dos critérios qualitativos e quantitativos<br />

oferecem o melhor binómio de<br />

condições que podemos proporcionar aos<br />

nossos clientes.<br />

Depois as oficinas B, digamos assim, que<br />

continuam a ser recomenda<strong>das</strong>, mas que<br />

não são, de facto, as oficinas preferenciais<br />

para nós. E temos as restantes oficinas que,<br />

podendo trabalhar com elas, se fizerem<br />

parte da rede oficial <strong>das</strong> marcas – se os<br />

clientes fizerem muita questão de trabalhar<br />

com estas oficinas – e que, no nosso entender,<br />

não cumprem todos os requisitos<br />

que são absolutamente necessários para<br />

serem parceiros da Leaseplan”, assegura<br />

Pedro Pessoa.<br />

A Leaseplan possui uma “solução tecnológica<br />

a que chamamos de georreferenciação<br />

(que está disponível no nosso site)<br />

e que pode ser consultada por qualquer<br />

pessoa, onde os condutores habitualmente<br />

recorrem para ver quais são as oficinas A<br />

e B. E podem, num determinado local, no<br />

fundo, ir às oficinas que estão indica<strong>das</strong><br />

nessa ferramenta de georreferenciação,<br />

de forma esclarecida”, revela.<br />

“Nem to<strong>das</strong> as<br />

gestoras têm o mesmo<br />

nível de exigência na<br />

escolha <strong>das</strong> oficinas. E<br />

isso traduz-se em<br />

melhores ou piores<br />

resultados”<br />

Luís Marques,<br />

Gestor da onFleet<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

17<br />

“Temos feito algumas<br />

experiências com a<br />

rede multimarca, o<br />

que se tem vindo a<br />

intensificar nos<br />

últimos dois anos”<br />

Pedro Pessoa,<br />

diretor comercial da Leaseplan<br />

tes. E que a tendência poderá estar a mudar.<br />

“Temos feito algumas experiências com<br />

a rede multimarca, o que se tem vindo a<br />

intensificar nos últimos dois anos. Temos<br />

um acordo com a Precision. E na colisão,<br />

praticamente não trabalhamos com a rede<br />

oficial. Temos oficinas especializa<strong>das</strong> de<br />

colisão, mas multimarca. E temos um conjunto<br />

de soluções de frotas, que estamos<br />

a desenvolver agora e que funcionam<br />

melhor com soluções de multimarca do<br />

que de rede oficial”, adianta, reforçando a<br />

ideia: “estamos a desenvolver esforços no<br />

sentido de aumentar a nossa rede de parceiros<br />

multimarca”.<br />

■ O lado <strong>das</strong> oficinas<br />

Do lado <strong>das</strong> oficinas, o benefício de ser<br />

parceira de uma gestora parece evidente:<br />

assegurar uma fonte de rendimento regular<br />

com a frota. Porém, “não é a fonte que<br />

mais rendimento gera. As margens são<br />

aperta<strong>das</strong>, muito negocia<strong>das</strong>. É um negócio<br />

de volume, mas margens são negocia<strong>das</strong><br />

e as parcerias e os protocolos<br />

estabelecidos têm sempre por base uma<br />

suposta mais-valia para as duas. Esta mais-<br />

-valia poderá não ser financeira para a<br />

gestora. Mais não seja, para poder prestar<br />

um serviço com preços atrativos também<br />

para o cliente”, diz Luís Marques.<br />

Mas essa pressão sobre a oficina existe<br />

sempre. “Pode ser para melhorar a margem<br />

da gestora ou para poder prestar um subserviço<br />

mais económico ao cliente. Mais<br />

uma vez com vista à satisfação do cliente”,<br />

acrescenta. Por outro lado, no recondicionamento<br />

no final de contrato, “o serviço<br />

cobrado pela gestora é sempre mais caro<br />

do que se o cliente procurar e antecipar<br />

esse serviço antes de entregar a viatura.<br />

Aqui, a gestora não tem cliente e a oficina<br />

que tem o protocolo com a gestora também<br />

não tem cliente, porque este vai à<br />

procura de uma oficina privada. E tem<br />

quem lhe preste esse serviço – de melhor<br />

ou pior qualidade, isso é outra conversa<br />

– de forma a minimizar o que tem de pagar<br />

à gestora”, elucida Luís Marques.<br />

Alexandre Barbosa, diretor geral da Rede<br />

Rino está interessado em vincar os laços<br />

com as gestoras de frotas, muito embora<br />

as considere clientes complicados. Porquê?<br />

“Porque os nossos contactos nas gestoras<br />

de frotas são pessoas que estão muito<br />

■ Redes oficiais ou multimarca?<br />

Evidente para Luís Marques é que as<br />

gestoras preferem as redes oficiais. “Neste<br />

momento, 90% da oferta de serviços por<br />

parte <strong>das</strong> gestoras é apoiado em redes<br />

oficiais. Ou mais!”. É verdade que existem<br />

alguns casos de oficinas multimarca. E o<br />

responsável da onFleet até nem tem nada<br />

contra. Filosoficamente, “seria até a prova<br />

de que o mercado funcionava e que havia<br />

essa liberdade de opção”. O pior é a qualidade<br />

do serviço. “Perante determinado<br />

tipo de problemas, o fornecedor multimarca<br />

não tem a capacidade de as resolver<br />

por não pertencer à marca.<br />

E então o que acontece? Temos um<br />

cliente que se desloca a uma oficina e que<br />

pressupõe que deixa lá o carro e que terá<br />

o problema resolvido quando o for buscar.<br />

E muitas vezes não tem. Vê-se obrigado a<br />

ir a uma oficina oficial. Para isso tinha ido<br />

logo de início”.<br />

Pela experiência obtida na onFleet, Luís<br />

Marques considera que, “de uma maneira<br />

geral, mesmo as oficinas que passam nos<br />

critérios de seleção <strong>das</strong> gestoras, estão<br />

muito aquém do “nível de serviço <strong>das</strong> pertencentes<br />

à rede oficial”. E ainda há o fator<br />

psicológico do cliente que, na sua opinião,<br />

não é de desprezar. “A confiança que o<br />

cliente sente quando entra numa casa com<br />

o emblema da marca do seu carro. Ou pelo<br />

menos o nível de exigência. Ali ele sabe<br />

que pode exigir tudo. Há aqui toda uma<br />

panóplia de obstáculos para que se possa<br />

generalizar o recurso às oficinas multimarca”.<br />

Existem ainda outros entraves. Um deles<br />

é que algumas gestoras de frotas respondem<br />

a normas internacionais. “E a decisão<br />

não é ágil, não é uma decisão local. É uma<br />

decisão que não pode ser tomada de forma<br />

individual. Não acedem a ser contacta<strong>das</strong><br />

por um parceiro de forma isolada”.<br />

O outro é a componente geográfica, mais<br />

facilmente assegurada por uma rede oficial<br />

do que por uma oficina independente.<br />

“Não posso ter um fornecedor que me<br />

presta um serviço a 50 quilómetros de<br />

distância. Além de um custo é um incómodo<br />

grande”, sublinha Luís Marques.<br />

O diretor comercial da Leaseplan concorda<br />

que, em termos históricos, têm trabalhado<br />

mais com as redes oficinais, mas<br />

garante que não excluem as independenonFleet<br />

Elo de ligação<br />

A onFleet foi criada em 2009 quase por imposição do mercado, que<br />

carecia de uma empresa que otimizasse e racionalizasse as frotas empresariais.<br />

Luís Marques e um outro sócio – que entretanto saiu – identificaram<br />

a oportunidade e avançaram para o projeto. “Tem a ver com<br />

entendermos que a gestora de frota não presta um serviço personalizado<br />

ao cliente”, explica o responsável.<br />

A empresa funciona em regime de outsourcing, de forma a especializar<br />

esta área junto <strong>das</strong> empresas frotistas, libertando os seus recursos<br />

para aquilo que é o seu core business. “A maior parte <strong>das</strong> empresas<br />

frotistas tem a necessidade de informação e de aconselhamento nesta<br />

área. E esse foi o mote para a origem do negócio”, adianta.<br />

Por outras palavras, a onFleet dispõe de uma oferta diversificada de<br />

soluções integra<strong>das</strong> de forma flexível, consoante as especificidades de<br />

cada cliente, atuando como um interlocutor exclusivo.<br />

Por exemplo, como uma mola na relação entre as gestoras de frotas e<br />

as oficinas. “As empresas-clientes, hoje em dia, até mesmo as maiores<br />

têm dificuldade em gerir as suas frotas. Sabemos que, por norma, as<br />

empresas que tenham uma atividade que envolva viaturas, esse é o segundo<br />

maior custo da empresa, logo a seguir aos recursos humanos. E<br />

portanto, há todo um universo de oportunidades a explorar, não apenas<br />

com vista a otimizar a gestão dentro da empresa como de racionalizar<br />

os custos em to<strong>das</strong> as vertentes que uma frota envolve, reduzindo-os…”,<br />

explica Luís Marques.<br />

“O que pretendemos é<br />

fazer uma proposta<br />

globalizada, com a<br />

nossa amplitude<br />

geográfica. Fazemos<br />

uma proposta que é<br />

válida de norte a sul”.<br />

Alexandre Barbosa,<br />

diretor-geral da Rede Rino<br />

habitua<strong>das</strong> a negociar. Por outro lado, a<br />

capacidade instalada em termos de oficinas<br />

é mais do que as necessidades. Há<br />

sempre alguém que vai lá e faz descontos<br />

e mais não sei o quê. Em que é que nos<br />

podemos diferenciar? É no nosso serviço<br />

global”, dispara. “O que pretendemos é<br />

fazer uma proposta globalizada, com a<br />

nossa amplitude geográfica. Fazemos uma<br />

proposta que é válida de norte a sul.<br />

E em que tudo conta para rapel, em que<br />

os procedimentos são os mesmos de norte<br />

a sul. Podemos inclusive fazer faturação<br />

centralizada, uma única fatura para toda<br />

a rede. E isto acaba por ser um elemento<br />

diferenciador face ao reparador independente.<br />

E de certa forma também alivia ali<br />

um bocadinho a pressão sobre o preço.<br />

Depois, mesmo em termos de fornecedores<br />

na central de compras. Nós temos aqui<br />

alguma interatividade. Como já temos<br />

alguma dimensão, conseguimos que os<br />

nossos fornecedores nos apoiem nas nossas<br />

ações com as gestoras de frotas. Eles<br />

próprios vão potenciar o negócio, beneficiando<br />

<strong>das</strong> gestoras de frota. Estamos a<br />

falar de pneus, estamos a falar de algum<br />

material de aftermarket que serve de próprio<br />

incentivo. Se usarem as oficinas da<br />

rede Rino e com os meus produtos, dão<br />

um desconto adicional”, avança o responsável<br />

da Rino, rede que já foi parceira de<br />

várias gestoras. “Agora estamos a renegociar…<br />

Trabalhamos com a Finlog, com a<br />

GE, tínhamos um contrato com a Leaseplan<br />

em termos de colisão que terminou em<br />

Junho e não renovámos. Foram dois anos<br />

loucos de faturação. Nem to<strong>das</strong> as unidades<br />

retiram o resultado esperado disto”,<br />

revela. Nesta atividade, “temos alguns<br />

clientes importantes como a ASAE, o BPN<br />

Crédito (antiga Rentilusa), a Parvalorem”…<br />

A grande vantagem de ser parceiro de<br />

uma gestora de frotas está no volume de<br />

negócio potencial. Mas Alexandre Barbosa<br />

confirma a ideia de que as margens são<br />

reduzi<strong>das</strong>. “Até porque a necessidade instalada<br />

é superior às necessidades do mercado.<br />

Há muito operador e muita gente<br />

que não está a ganhar dinheiro”, remata.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


18<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Notícias<br />

Nova gama Valvoline SYNPOWER XTREME<br />

Convenção Sonicel 2013<br />

Def inir estratégias<br />

› Após três anos de interregno, a Sonicel voltou a organizar no final do ano passado<br />

uma Convenção de clientes, para lembrar e reforçar as ideias e os princípios da<br />

organização, apresentar novos projetos e definir estratégias<br />

Filipe Ferreira, Administrador da empresa,<br />

começou por referir a realidade<br />

que o Grupo vive, devido à aquisição<br />

da AD Logistics por parte do mesmo acionista,<br />

numa operação que vem no seguimento<br />

<strong>das</strong> orientações defini<strong>das</strong> para o<br />

negócio <strong>das</strong> Peças na estrutura do Grupo. A<br />

interligação desta empresa de distribuição<br />

de peças veio contribuir para o aumento do<br />

portfólio de produtos do Grupo, que agora<br />

dispõe de um maior stock de peças e de uma<br />

logística mais moderna e eficiente.<br />

To<strong>das</strong> as compras de peças são realiza<strong>das</strong><br />

por uma entidade única, independentemente<br />

de serem comercializa<strong>das</strong> pela<br />

Sonicel ou pela AD Logistics, uma vez<br />

que se tratam de empresas distintas,<br />

independentes e autónomas, e as duas<br />

empresas partilham o mesmo stock e<br />

toda a logística de distribuição aos seus<br />

clientes.<br />

As sinergias obti<strong>das</strong> com esta estratégia,<br />

são evidentes e traduzem-se por uma<br />

oferta alargada de produtos, serviços de<br />

distribuição com elevado grau de qualidade,<br />

cultura de gestão interna focada<br />

na satisfação <strong>das</strong> exigências dos clientes<br />

e uma maior rentabilidade financeira do<br />

negócio, quer para as referi<strong>das</strong> empresas,<br />

quer para os seus clientes.<br />

A centralização de stock em Carnaxide e<br />

na Maia, junta nos mesmos armazéns, o<br />

stock <strong>das</strong> duas empresas, permitindo a<br />

oferta alargada de produtos e serviços a<br />

ambas as empresas que passam assim<br />

através do mesmo sistema informático a<br />

ter acesso operacional a essa “partilha”.<br />

Com esta mudança na filosofia do negócio<br />

houve também uma reestruturação<br />

no quadro de pessoal e uma<br />

modificação radical na logística, com o<br />

objectivo de posicionar a Sonicel como<br />

um dos Importadores de Peças Automóveis<br />

de referência no Mercado Nacional.<br />

Distribuição mais eficaz<br />

De referir que, em termos logísticos, a<br />

Sonicel possui um armazém central em<br />

Carnaxide (6.000 m2) e um armazém na<br />

Zona Industrial da Maia (1.000 m2), que<br />

cobrem as necessidades de distribuição<br />

do território nacional. A distribuição nos<br />

Concelhos do Porto é bi-diária e em<br />

Lisboa é quadri-diária. Nos outros Concelhos<br />

do País as entregas são diárias.<br />

Manter o sucesso é difícil, mas compensa<br />

largamente. No entanto, o sucesso não<br />

é só vender mais, mas ser mais eficiente.<br />

Ou seja, vender mais com custos menores,<br />

aumentando a rentabilidade. A<br />

centralização dos Stocks em Carnaxide<br />

e na Maia foi uma opção estratégica para<br />

a via do controlo de custos, gerando<br />

sinergias importantes. Outros serviços<br />

foram centralizados e gerou-se mais<br />

especialização nas ven<strong>das</strong> e nos serviços<br />

logísticos. O armazém compartilha o<br />

stock de peças com a AD Logistics, obtendo-se<br />

assim importantes sinergias,<br />

incluindo o sistema informático que é<br />

o mesmo para as empresas.<br />

Portfólio alargado<br />

Pena Miranda, Consultor da Sonicel, fez um balanço<br />

do desempenho <strong>das</strong> diversas marcas que a<br />

Sonicel distribui e realçou mais uma vez a importância<br />

dos laços de amizade gerados ao longo dos<br />

anos com os clientes e que fazem toda a diferença<br />

nos momentos menos fáceis, como os que estamos<br />

agora a viver. Porque os negócios ainda são feitos<br />

entre pessoas e as relações profissionais ainda são<br />

Por: José Silva<br />

Filipe Ferreira,<br />

administrador<br />

da Sonicel,<br />

apresentou a<br />

estratégia da<br />

empresa para<br />

<strong>2014</strong><br />

Com a consolidação em Carnaxide e na<br />

Maia, o negócio tornou-se mais competitivo,<br />

a fim de criar mais oportunidades<br />

para a empresa e para os seus clientes.<br />

Empenho e exigência<br />

O atual contexto económico contraria<br />

a obtenção de oportunidades. Mas a<br />

saída está na obtenção de novidades e<br />

extensão de produto, que geram mais<br />

oportunidades. Área do diagnóstico, com<br />

suporte técnico na rua, para acompanhar<br />

o retalho foi a via escolhida. Aposta mais<br />

forte na comunicação, cada vez mais<br />

importante para transmitir novidades<br />

foi outra via encontrada. Comunicação<br />

de cima para baixo e também debaixo<br />

para cima cria mais oportunidades de<br />

solucionar os problemas surgidos.<br />

As novidades, por sua vez, não ficam pelo<br />

produto. Inovação no portal da Internet<br />

deu origem ao Tecnoclube, que reforçou<br />

a resposta do Call Center. Catálogos<br />

novos atualizados todos os três meses,<br />

foram outra inovação. Peças certas em<br />

tempo recorde, com o pedido a chegar<br />

e a peça a sair. Mas a inovação continua<br />

a todos os níveis e todos os dias, tornando-se<br />

numa forma de estar.<br />

Empenho e exigência são os motores<br />

da eficiência e da qualidade Se não formos<br />

empenhados entre nós, também<br />

não conseguimos o sucesso. Isoladamente<br />

e cada um por si é uma forma<br />

muito mais difícil de ter sucesso. Reciprocamente<br />

exigentes é a regra para<br />

atingir excelência e perfeição. Desafio<br />

muito importante da atualidade é a exigência<br />

para com as nossas empresas.<br />

Fornecedores, distribuidores de retalhistas<br />

têm que exigir o máximo uns dos<br />

outros.<br />

“Ser verdadeiro e leal é a forma de garantir<br />

o melhor serviço. O não fazer é<br />

Os participantes da<br />

Convençao tiveram<br />

oportunidade de ver as<br />

novidades <strong>das</strong> marcas<br />

comercializa<strong>das</strong> pela<br />

Sonicel<br />

relações pessoais, certamente por muito mais<br />

tempo. O portfólio de produtos foi alargado com<br />

a entrada de diverso equipamento oficinal, nomeadamente<br />

aparelhos de diagnóstico <strong>das</strong> marcas<br />

Texa e Bosch, uma ferramenta indispensável para<br />

qualquer oficina e ainda elevadores, boosters, carros<br />

de ferramentas, motores reconstruídos, papel<br />

para limpeza de mãos, etc..<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

19<br />

KYB investe em fábrica de molas<br />

DDS amplia armazém em Valongo<br />

Após a apresentação da estratégia da empresa para <strong>2014</strong>, or participantes fizeram<br />

uma visita guiada ao armazém da Sonicel em Carnaxide<br />

Anti-congelante sem<br />

água agita mercado<br />

O<br />

Evans Líquido de Refrigeração<br />

do Motor Sem Água, um<br />

novo produto americano<br />

que vai funcionar como lubrificante<br />

de motor, pode estar pronto para<br />

agitar o futuro <strong>das</strong> tecnologias de<br />

refrigeração do motor como a conhecemos<br />

até aqui. Escolhendo a<br />

utilização uma solução sem água,<br />

ao contrário dos métodos tradicionais<br />

de refrigerar, os inventores<br />

americanos deste produto esperam<br />

dar um grande passo em frente na<br />

tecnologia de refrigeração do motor<br />

aumentando a fiabilidade do<br />

mesmo, reduzindo custos de manutenção<br />

e melhorando o rendimento.<br />

Uma vez aplicado, o líquido<br />

refrigerante Evans é desenhado para<br />

durar a vida do motor e é garantido<br />

que nunca será preciso substituí-lo.<br />

É ainda classificado como não-tóxico,<br />

reduzindo drasticamente os<br />

perigos para a saúde. Os produtos<br />

estão comprovados para trabalhar<br />

numa vasta gama de temperaturas<br />

de funcionamento, recusando<br />

congelar-se, mesmo nas temperaturas<br />

tão baixas quanto -40˚C. O seu<br />

ponto de ebulição é de 180˚C.<br />

Marketing e Comunicação<br />

renovados<br />

Manuel Fonseca, diretor de ven<strong>das</strong> e João Filipe, diretor de<br />

marketing, apresentaram a nova estratégia da Sonicel para as<br />

áreas do marketing e comunicação. Em relação à primeira, o<br />

ano <strong>2014</strong> será marcado por várias campanhas e promoções<br />

onde o nº 7 será o leitmotiv. Por exemplo, as Campanhas serão<br />

lança<strong>das</strong> no 7º dia do mês ou da semana e o cliente terá de<br />

comprar um mínimo de 7 produtos. Ao longo do ano os clientes<br />

acumulam pontos que poderão ser utilizados numa viagem<br />

de topo ou trocados por produtos da vasta gama Sonicel.<br />

Relativamente à área da comunicação, a grande novidade é<br />

o lançamento de um novo site, que para além de ser um portal<br />

informativo sobre as novidades lança<strong>das</strong> no mercado, será<br />

também um portal de compras, onde o utilizador vai poder<br />

comparar preços e comunicar através de uma área reservada<br />

com o caixeiro, para mais esclarecimentos sobre campanhas,<br />

produtos ou características técnicas <strong>das</strong> peças.<br />

Plataforma de peças online<br />

A Net Peças (www.netpecas.pt) é<br />

uma plataforma online para a venda<br />

e distribuição de peças usa<strong>das</strong> de<br />

automóvel. A plataforma agiliza o<br />

processo tradicional de ven<strong>das</strong> de<br />

peças usa<strong>das</strong> de automóvel, de uma<br />

forma simples, cómoda, célere e concorrencial.<br />

As oficinas iniciam o processo<br />

com a submissão do pedido de<br />

uma peça, através do preenchimento<br />

de um formulário simples. De seguida,<br />

as sucatas colocam as suas propostas<br />

e o melhor preço. Com o intuito de<br />

estimular os preços concorrenciais,<br />

os intervenientes vão recebendo notificações<br />

com o melhor preço até esse<br />

momento. A empresa lançou no passado<br />

dia 2 de dezembro de 2013 a<br />

versão beta, e desde então o crescimento<br />

tem sido notável. Localizada<br />

no Parque de Ciência e Tecnologia da<br />

Universidade do Porto e Startup Lisboa,<br />

a Net Peças foi desenvolvida e<br />

lançada por Luís Vieira e Pedro Torres,<br />

Mestres em Engenharia pela Faculdade<br />

de Engenharia da Universidade<br />

do Porto. Luís Vieira idealizou o projeto<br />

na sequência da sua paixão por automóveis<br />

e juntou-se a Pedro Torres,<br />

que tem experiência em desenvolvimento<br />

web, adquirida nos Estados<br />

Unidos da América.<br />

pior do que fazer mal, porque o que está<br />

mal feito pode ser corrigido. Dedicar-se<br />

à sua atividade e às suas responsabilidades<br />

com empenho e lealdade para<br />

com a empresa e para consigo próprio.<br />

Ter o máximo conhecimento <strong>das</strong> peças<br />

é outra forma de lealdade”, conclui Filipe<br />

Ferreira.<br />

A sexta Convenção Sonicel acabou, mas<br />

a sétima já está a caminho. Numa análise<br />

numerológica, o número 7 tem muita<br />

força. A semana tem 7 dias e o nosso<br />

ícone futebolístico é o CR7. O nome Sonicel<br />

tem 7 letras. Teremos uma 7ª Convenção<br />

Sonicel ainda mais forte? É<br />

provável, porque os dirigentes da empresa<br />

estão a fazer o seu trabalho e são<br />

leais ao seu emblema!<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


20<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Notícias<br />

Texa fornece BMW<br />

Liqui Moly investe 20 milhões de euros<br />

O<br />

fabricante alemão de óleos para motores e aditivos Liqui Moly prossegue o seu processo de crescimento.<br />

Até 2015, a empresa vai investir cerca de 20 milhões de euros em desenvolvimento e produção<br />

– o maior programa de investimento da história da empresa. No que toca à produção de óleos,<br />

a capacidade de laboratório será duplicada. «Mais pessoal, mais instrumentos, mais área: a garantia da<br />

qualidade e o desenvolvimento de novos produtos são vitais para nós e estão intimamente relacionados<br />

com o conceito ‘Made in Germany’», refere o CEO Ernst Prost. Além disso, será instalada toda uma nova linha<br />

de depósitos, que permitirá aumentar a capacidade de produção e flexibilizar os processos. A empresa irá<br />

também investir na produção especializada de lubrificantes. A Liqui Moly é uma <strong>das</strong> poucas empresas que<br />

ainda dispõe da sua própria unidade de produção.<br />

Tome NOTA<br />

Uma ideia,<br />

muitas vantagens<br />

O<br />

grande mérito <strong>das</strong> peças reconstruí<strong>das</strong> (recondiciona<strong>das</strong>,<br />

reutiliza<strong>das</strong>, recupera<strong>das</strong>, recicla<strong>das</strong>,<br />

etc.) é o facto de se imporem no mercado com<br />

vantagem económica, face a outras opções, diminuindo<br />

desse modo o custo de manutenção do veículo e o custo<br />

da mobilidade.<br />

O menor custo é obtido simplesmente por reaproveitar<br />

metais que teriam que voltar a ser fundidos. Em termos<br />

de processos de produção também há economias energéticas.<br />

Os materiais reutilizados também ficam a custo<br />

zero. Essas reduções permitem que a qualidade e a segurança<br />

da peça reconstruída sejam as mesmas de uma peça<br />

original. Um alternador ou um motor de arranque com o<br />

enrolamento partido não funcionam, por exemplo, mas<br />

basta montar outro enrolamento para a peça ficar nova,<br />

considerando bom o estado do rolamento e outros componentes<br />

chave.<br />

Hella lança nova gama de tintas VIM<br />

A Hella continua com a sua estratégia de diversificar<br />

as suas áreas de negócio de forma a cobrir<br />

to<strong>das</strong> as necessidades <strong>das</strong> oficinas. É precisamente<br />

com este objetivo que a marca lançou nos vários<br />

mercados internacionais uma nova gama de tintas<br />

para veículos industriais denominada VIM<br />

(Valspar Industrial Mix). Com esta nova linha de<br />

produtos, a Hella oferece um serviço de repintura<br />

para qualquer tipo de veículo de passageiros ou<br />

industrial, completando a sua oferta de soluções<br />

de pintura com sistemas e produtos que garantem<br />

um consumo minímo e reduzem os tempos de<br />

trabalho, que são fundamentas para a rentabilidade<br />

dos negócios do após-venda. Nesse sentido, a<br />

tecnologia que utiliza a VIM destaca-se porque<br />

vai permitir poupar cerca de 30% nas despesas<br />

da oficina já que a sua rapidez de secagem é imediata,<br />

tanto ao ar como pela secagem forçada.<br />

Esta economia tem reflexos ambientais e até na segurança<br />

rodoviária. Menos emissões de CO2 no processo de<br />

fabrico, reutilização de materiais e matérias-primas e<br />

menor consumo energético tornam o sistema ecologicamente<br />

sustentável. Além disso, os carros passam a circular<br />

com as garantias de origem, ao passo que o custo da<br />

peça nova poderia em muitos casos retardar ou até inviabilizar<br />

a reparação.<br />

Para terminar, a peça reconstruída gera receitas e gera<br />

emprego numa escala muito considerável. São milhares<br />

de indústrias, grossistas, distribuidores, operadores logísticos<br />

e os seus funcionários. Por outro lado, a concorrência<br />

da peça reconstruída leva a que outras opções<br />

tenham que rever as suas margens e tornar os seus processos<br />

mais eficientes, com vantagem para o utilizador<br />

final.<br />

Carros mais seguros, maior defesa do meio ambiente,<br />

maior atividade reparadora, mais economia e maior repartição<br />

dos rendimentos são argumentos de peso. A<br />

oficina, pode sempre apresentar um orçamento comparativo<br />

para uma peça reconstruída. Deste modo está a<br />

prestar um serviço de valor acrescentado ao seu cliente,<br />

que agradece o facto de poder escolher a melhor opção<br />

para si, entre várias.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

21<br />

NGK equipa Peugeot 208 e 2008<br />

Krautli distribui Ruville<br />

Videos TRW mostram evolução da marca<br />

A TRW lançou on-line uma<br />

série de vídeos curtos, que suportam<br />

a sua mais recente campanha<br />

de comunicação “Corner Module”.<br />

Os primeiros dois vídeos analisam<br />

como a TRW está a definir os padrões<br />

para os sistemas de direção<br />

& suspensão (S&S) no IAM. Para<br />

assistir aos vídeos, aceda ao seguinte<br />

link: https://www.trwaftermarket.com/CornerModuleTV<br />

Ao destacarem a tecnologia e a<br />

inovação por trás dos programas<br />

com a qualidade do OE, estes vídeos<br />

revelam que a TRW foi a<br />

primeira a comercializar sistemas<br />

de direção electro-hidráulicos<br />

(EPHS) na Europa. O programa<br />

de Direção & Suspensão da TRW<br />

para o mercado de pós-venda, não<br />

é apenas a gama com o crescimento<br />

mais rápido, é também uma<br />

<strong>das</strong> maiores no IAM, com mais<br />

de 5.000 referências de peças.<br />

Autozitânia ajuda<br />

os mais desfavorecidos<br />

● A Autozitânia, empresa portuguesa que se dedica<br />

ao comércio de acessórios para automóveis decidiu,<br />

durante o período do Natal, ajudar os mais desfavorecidos,<br />

especialmente as crianças. Os tempos<br />

difíceis que se vivem atualmente motivaram os<br />

colaboradores da Autozitânia a proporcionar um<br />

Natal mais feliz às crianças carencia<strong>das</strong> do Concelho<br />

de Odivelas e Amadora. Para isso, organizaram uma<br />

recolha de brinquedos entre funcionários, clientes<br />

e amigos. Durante vários dias foram recolhidos dezenas<br />

de brinquedos e material de apoio infantil<br />

que, depois, foram doados a cinco Instituições.<br />

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22<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Notícias<br />

MANN+HUMMEL equipa Opel Mokka<br />

NOVA OFICINA REDE RINO<br />

Auto R&S abraça Rino<br />

› Reaberta há quatro anos, a Auto R&S, na Amadora, acaba de aderir à Rede Rino.<br />

A faturação já está no positivo e a expetativa agora é crescer em parceria. Os<br />

resultados, garantem os responsáveis, já são visíveis…<br />

Estava escrito que aconteceria.<br />

Quando, há quatro anos, Fernando<br />

Vieira, Luís Marques e Paulo Jorge<br />

avançaram para a compra da Auto R&S,<br />

na Amadora, já estavam determinados em<br />

associar-se a uma rede de oficinas. Qual,<br />

ainda desconheciam. Primeiro, havia que<br />

recuperar uma casa, cuja origem remonta<br />

a 1969, mas que esteve 23 anos fechada.<br />

Mas a adesão à Rede Rino, celebrada oficialmente<br />

no dia 11 de Janeiro tornou-se<br />

incontornável logo após a presença dos<br />

três sócios na Convenção da Rino, onde<br />

ficaram a conhecer a realidade desta<br />

marca. Os resultados foram imediatos. “Ao<br />

nível <strong>das</strong> peças, eles já têm acordos com<br />

a AZ Auto, MCoutinho Peças e conseguimos<br />

um preço melhor para os nossos<br />

clientes. E conseguimos ter mais clientes<br />

com isso. Conseguimos descer o preço<br />

talvez em 20%. Conseguimos dar mais<br />

qualidade a um preço inferior ao que praticávamos”,<br />

explica Fernando Vieira ao<br />

JORNAL DAS OFICINAS.<br />

Olhos no futuro<br />

Fernando Vieira está otimista com as contas<br />

atuais da Auto R&S. “Quando comprámos<br />

a empresa tínhamos um passivo de<br />

197 mil euros e neste momento temos um<br />

positivo de 18 mil euros. Em quatro anos,<br />

apesar da crise, conseguimos levantar a<br />

empresa. E este ano penso que seja para<br />

recuperar todo o investimento – não apenas<br />

o valor da compra como da própria<br />

restruturação do espaço, pois estava completamente<br />

degradado”.<br />

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Os sócios Luís Marques e Fernando Vieira com Alexandre Barbosa,<br />

diretor-geral da Rino<br />

Por: Jorge Flores<br />

A Auto R&S possui uma lista de clientes<br />

fixos e tem nos stands de automóveis a<br />

sua principal fonte de receitas. Para Fernando<br />

Vieira, o serviço completo prestado<br />

pela oficina é vital para o negócio, uma<br />

vez que “o cliente resolve o problema aqui.<br />

Não vai a outro lado…”, sublinha.<br />

Na opinião de Fernando Vieira, o processo<br />

de adesão à Rede Rino não foi muito complexo,<br />

nomeadamente a partir do momento<br />

em que esta avaliou positivamente<br />

a viabilidade financeira da oficina. Daí que<br />

esteja mais concentrado no crescimento<br />

da empresa com o apoio em rede.<br />

Crescer em conjunto<br />

Do lado da Rede Rino, pela voz do diretor-<br />

-geral, Alexandre Barbosa, o processo de<br />

seleção da 57ª oficina aderente foi natural.<br />

“O objetivo da rede é ganhar dimensão<br />

para termos potencial”, afirma. O responsável<br />

acredita que, quanto maior for a rede,<br />

“mais força teremos para negociar, quer<br />

junto dos fornecedores quer junto de<br />

clientes frotistas”. O outro lado da questão,<br />

frisa, é que sem uma dimensão considerável,<br />

“também não conseguimos ser<br />

atrativos, relativamente à angariação”. De<br />

resto, para Alexandre Barbosa, os critérios<br />

da Rede Rino para escolher os seus aderentes<br />

estão focados naquilo que o mercado<br />

deseja ou tem necessidade. “Grande<br />

parte <strong>das</strong> unidades são estruturas que já<br />

existiam, é adaptar”, adianta. No caso da<br />

Auto R&S, “teve de adquirir equipamento<br />

de diagnóstico, reformulou algumas coisas<br />

em termos de imagem e pouco mais<br />

lhe faltava em termos de requisitos”, revela.<br />

Em termos de plano de expansão da rede,<br />

a Rino tem traçado um plano necessidade<br />

versus parque circulante. Se em algumas<br />

cidades, uma oficina bastará, noutras, pela<br />

sua dimensão, terão uma maior necessidade<br />

de oficinas. “A nossa prioridade passa<br />

por cobrir as principais cidades e capitais<br />

de distrito. Pelas nossas contas, o limite<br />

máximo do território continental deverá<br />

andar nas 90 a 100 unidades aderentes.<br />

Em Portugal Continental, não vemos mais<br />

potencial do que isso. O nosso objetivo<br />

agora, em que temos já uma boa cobertura<br />

litoral e a norte do Tejo, será o Algarve e<br />

o Alentejo, sendo que já está prevista a<br />

inauguração em Beja, Faro, Loulé. Este ano,<br />

provavelmente, também vamos ter na<br />

Madeira”, refere Alexandre Barbosa.<br />

A oficina Auto R&S<br />

reabriu há quatro<br />

anos com novos<br />

proprietários e já<br />

colocou as contas<br />

no positivo<br />

Na cerimónia de adesão à Rede Rino<br />

não faltou o bolo comemorativo<br />

Rede terá 90 oficinas<br />

O diretor-geral da Rino estima que a marca<br />

<strong>das</strong> 90 oficinas aderentes poderá acontecer<br />

a médio prazo, mas não é uma prioridade<br />

atual. “Hoje a nossa necessidade de<br />

crescimento é bastante inferior. Não podíamos<br />

entrar num cliente frotista com<br />

uma rede de cinco oficinas. Hoje não temos<br />

necessidade de acelerar o processo. Penso<br />

que em três anos poderemos lá chegar.<br />

Mas não estamos com muita pressa, porque<br />

o crescer também significa aumentar<br />

a estrutura. Quisemos chegar o mais rapidamente<br />

possível às 50 unidades, de<br />

forma a termos uma maior visibilidade,<br />

agora é reajustar. Fizemos alguns erros de<br />

casting e também é preciso substituir”,<br />

remata Alexandre Barbosa.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

23<br />

www.netpecas.pt nova plataforma de peças usa<strong>das</strong><br />

Centros Glassdrive mudam instalações<br />

A Glassdrive Ponte de Sor<br />

mudou de instalações literalmente<br />

para o outro lado da rua.<br />

De facto, este centro mudou a sua<br />

localização para um pavilhão com<br />

uma área de 350 m2 situado num<br />

moderno complexo industrial<br />

diante do antigo centro. Para lá<br />

do Marão na cidade de Vila Real, a<br />

Glassdrive procedeu a uma<br />

mudança de estratégia na sua<br />

implantação local que originou<br />

que o centro local mu<strong>das</strong>se de<br />

instalações bem como de<br />

gerência. O novo centro está<br />

situado na mesma artéria da sua<br />

localização original, em lugar<br />

privilegiado e bem à vista da<br />

típica louça de barro da zona de<br />

Vila Real. A nova equipa gerente<br />

está alicerçada na experiência do<br />

centro de Guimarães o que irá<br />

assegurar a continuação da<br />

qualidade do serviço que sempre<br />

foi tradição do centro Glassdrive<br />

transmontano.<br />

Promoção Blue Print<br />

● Para comemorar 10 anos de presença em<br />

Portugal, a BluePrint “A Solução Completa<br />

de Peças para Veículos Asiáticos e Americanos”<br />

está a oferecer a todos os mecânicos e<br />

oficinas profissionais, a oportunidade de<br />

ganharem cartões “Dá Valor” de €5. Para<br />

ganharem estes cartões oferta, os mecânicos<br />

apenas terão de comprar kits de embraiagem<br />

Blue Print no seu distribuidor habitual e registar<br />

as suas compras no site da promoção<br />

(www.blue-print.com/promo). Por cada kit<br />

de embraiagem que comprarem e registarem<br />

no site, ganharão €5 em cartão “Dá Valor”.<br />

Tudo isto sem sorteio! A promoção decorre<br />

de Janeiro a Março de <strong>2014</strong>.<br />

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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


24<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Notícias<br />

Braços suspensão MEYLE-HD para gama VW<br />

Honeywell vende a sua divisão de fricção<br />

A<br />

Honeywell anunciou a venda da sua divisão de produtos de<br />

fricção à Federal-Mogul Corporation, divisão essa que é líder<br />

no fabrico de pastilhas de travão e componentes para o sistema<br />

de travagem destinados quer a equipamento de origem quer<br />

ao aftermarket. O acordo que permitirá à Federal-Mogul comprar,<br />

por 155 milhões de dólares, a divisão de produtos de fricção da<br />

Honeywell, ficou fechado. A Honeywell dispõe, recorde-se, de mais<br />

de 2000 funcionários a nível global que operam no negócio dos<br />

materiais de fricção, cuja sede está localizada na Alemanha.<br />

David Cote, presidente e CEO da Honeywell, comentou, a propósito<br />

do negócio da divisão de fricção, que “devido ao negócio ser, hoje,<br />

muito mais forte, não se encaixa nas tecnologias diferencia<strong>das</strong> da<br />

Honeywell nem nos nossos planos de crescimento a longo prazo.<br />

O forte negócio dos componentes automóveis da Federal-Mogul é<br />

a melhor estratégia para o crescimento contínuo dos materiais de<br />

fricção a longo prazo.”<br />

Europart presente<br />

na Solutrans<br />

● A Europart participou pela primeira<br />

vez na Solutrans, umas feira<br />

de transporte realizada no final do<br />

ano passado em Lyon, na França.<br />

Ocupando um stand com 108 m2,<br />

a Europart baseou a sua apresentação<br />

em três temas principais: o<br />

Sistema Europart online Oficina<br />

(EWOS) , a gama Europart de produtos<br />

de marca própria e nas corri<strong>das</strong><br />

de camiões, onde tem<br />

participado ativamente como<br />

patrocinador da equipa Racing<br />

Team 14. Com esta forte presença<br />

no salão Solutrans, a Europart<br />

mostra o seu forte empenho em<br />

aumentar a notoriedade da marca<br />

no mercado francês e crescer nas<br />

ven<strong>das</strong>. Assim os produtos mais<br />

vendidos da gama Europart no<br />

mercado internacional foram apresentados<br />

no stand da empresa,<br />

nomeadamente os componentes<br />

de iluminação, filtros, discos de<br />

travão e baterias. Na França, a Europart<br />

tem a sua própria subsidiária<br />

com filiais em Estrasburgo e<br />

Lyon. No entanto, esta rede de<br />

distribuição é para ser expandida<br />

no futuro.<br />

3M com mais soluções<br />

de mascaramento<br />

O novo sistema de mascarar<br />

Premium da 3M vem<br />

completar a vasta gama de<br />

soluções de mascaramento<br />

da marca, com o objetivo<br />

de conseguir o melhor resultado<br />

possível na hora de<br />

pintar. A cobertura plástica<br />

Premium é feita à base de<br />

uma camada de polietileno<br />

de alta densidade, que previne<br />

contra danos provocados<br />

pela pulverização<br />

durante a reparação. A sua<br />

composição especial assegura<br />

uma excelente aderência<br />

da tinta ao filme<br />

plástico nos limites da zona<br />

reparada e elimina a necessidade<br />

de utilizar papel de<br />

mascarar. Para além disso,<br />

não corre o risco de a tinta<br />

se partir ao remover o plástico.<br />

Este produto é especialmente<br />

indicado para o<br />

mascaramento de veículos<br />

com humidade, favorece o<br />

tratamento especial para<br />

uma excelente aderência<br />

à pintura, reforça a facilidade<br />

de corte, os 4 m de<br />

largura da faixa permitem<br />

o mascaramento completo<br />

dos automóveis e os 5 m<br />

de largura são especialmente<br />

adequados para<br />

veículos grandes, como<br />

camionetas.<br />

Nova alinhadora<br />

V3400 ARAGO X-Cel<br />

A John Bean apresentou o topo de gama da nova<br />

geração de alinhadoras de ro<strong>das</strong> 3D, a V3400 ARAGO<br />

X-Cel. Com esta nova ferramenta, a V3400 ARAGO<br />

X-Cel, a John Bean foi ainda mais longe, eliminando<br />

to<strong>das</strong> as ligações por cabo presentes entre a Consola<br />

de Comando e as Colunas <strong>das</strong> Câmaras. No novo sistema<br />

V3400, a transferência de dados é totalmente<br />

efetuada por Bluetooth. Como consequência, a máquina<br />

é agora transportável, podendo ser utilizada em vários<br />

postos de alinhamento, sem necessidade da qualquer<br />

tipo de calibração. Dotada <strong>das</strong> novas câmaras de resolução<br />

ultra-elevada (UHR), e do poderoso<br />

software Pro42, é incomparável na rapidez<br />

e precisão do processo de alinhamento.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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26<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Notícias<br />

Embraiagens Blue Print em promoção<br />

Opinião<br />

António Jacinto<br />

Presidente Conselho Administração Grupo Roady<br />

“Acredito muito nas sinergias”<br />

KYB é fornecedor<br />

do ano<br />

A KYB Europe foi premiada pelo<br />

Groupauto International como “Fornecedor<br />

do Ano“. Fontes da empresa<br />

consideraram o prémio um ”magnífico<br />

certificado de excelência“ depois de<br />

uma eleição em que votaram mais de<br />

1.200 membros do Groupauto. A realidade<br />

é que a KYB Europe colabora<br />

com os sócios de Groupauto há muitos<br />

anos, tempo suficiente para ter demonstrado<br />

a sua eficácia no desenvolvimento<br />

de negócio com todos eles.<br />

Em todo o Mundo, um em cada quatro<br />

carros fabricados traz amortecedores<br />

KYB, embora a empresa também forneça<br />

peças de substituição na Europa<br />

e em todo o lado.<br />

Máquina de<br />

limpeza de filtros<br />

de partículas<br />

● A RPL Clima está a promover<br />

a máquina de limpeza de filtros<br />

de partícula que comercializa e<br />

a sua preparação para o uso do<br />

Kit DPF Flush. A ordem de procedimentos<br />

a seguir é a seguinte:<br />

Instalar um engate rápido compatível<br />

com o sistema de ar comprimido<br />

da oficina à válvula<br />

esfera do tanque do Kit DPF<br />

Flush; Desapertar o tubo de imersão<br />

hexagonal do tanque; Encher<br />

o tanque com máx. 750 ml de<br />

líquido; Aparafusar o tubo de<br />

imersão hexagonal ao tanque;<br />

Ajustar a pressão do sistema de<br />

ar comprimido à max. 7 bar; Conectar<br />

o Kit DPF Flush ao sistema<br />

de ar comprimido da oficina;<br />

Abrir progressivamente e vagarosamente<br />

a válvula esfera do<br />

tanque.<br />

› O novo presidente do Conselho de Administração<br />

do Grupo Roady é português. Chama-se António<br />

Jacinto e quer vincar as sinergias entre Portugal<br />

e França, de modo a poder oferecer preços mais<br />

competitivos<br />

O<br />

ano de <strong>2014</strong> promete ficar inscrito<br />

a letras grossas na história<br />

de António Jacinto. Com a recente<br />

nomeação para a presidência do<br />

Conselho de Administração do Grupo<br />

Roady - que “confessou” ao JORNAL DAS<br />

OFICINAS não estar “à espera” -, a sua<br />

já ocupada vida profissional ganha novos<br />

contornos e maiores responsabilidades.<br />

“Desempenhei o cargo de<br />

Presidente do Conselho de Administração<br />

do Roady Portugal durante quatro<br />

anos e pensava que iria continuar por<br />

mais algum tempo. Este convite foi, de<br />

facto, uma surpresa muito positiva! Assumi<br />

esta nomeação com bastante orgulho,<br />

considerando-a como o<br />

reconhecimento a toda a equipa Roady<br />

pelo excelente trabalho realizado, sobretudo,<br />

no último ano, um ano particularmente<br />

difícil”, adianta António<br />

Jacinto.<br />

Por: Jorge Flores<br />

Primeiro português<br />

“É uma grande honra ser nomeado Presidente<br />

do Conselho de Administração<br />

do Roady a nível Internacional. Maior,<br />

ainda, é o orgulho por saber que esta é<br />

a primeira vez que um português assume<br />

o cargo”, afirma. E, claro está, com<br />

esse detalhe, o “desafio torna-se ainda<br />

maior!”, diz, acrescentando: “Recebi esta<br />

nomeação com um enorme sentimento<br />

de orgulho e, ao mesmo tempo, de responsabilidade.<br />

Não só pela relevância<br />

do cargo como por ser a primeira pessoa,<br />

fora da região de França, a assumi-lo”.<br />

Qual a primeira coisa que fez quando<br />

soube da nomeação? “O que fiz de imediato<br />

foi “deitar mãos à obra” e começar<br />

a pensar no futuro, nomeadamente<br />

como colocar em prática tudo aquilo<br />

em que acredito e que considero ser o<br />

melhor para a marca Roady”.<br />

Já na posse do novo cargo, António<br />

Jacinto recorda que “o objetivo do Roady<br />

é, acima de tudo, responder de<br />

forma mais completa às necessidades<br />

e aos interesses dos nossos clientes.<br />

Acredito que ao unir esforços e ao criar<br />

sinergias entre França e Portugal, estamos<br />

a ir ao encontro dessas necessidades,<br />

uma vez que seremos capazes de<br />

oferecer preços mais competitivos”,<br />

sustenta.<br />

Mudança de vida<br />

Em termos pessoais, a nomeação muda<br />

muito na vida de António Jacinto. “As<br />

deslocações a França tornam-se mais<br />

frequentes, pelo que a organização da<br />

agenda terá que ser muito rigorosa, para<br />

conseguir gerir as funções que desempenho<br />

e a vida pessoal”, conta. Depois,<br />

a questão familiar: “a família é o meu<br />

grande suporte, só o seu apoio me permitiu<br />

aceitar este desafio. Encontrar<br />

momentos que a possam compensar<br />

<strong>das</strong> minhas ausências é um dos meus<br />

objetivos pessoais”, sublinha o homem-<br />

-forte da Roady.<br />

Outra mudança prende-se com a responsabilidade<br />

acrescida que “a aceitação<br />

destas novas funções me trouxe.<br />

Não quero desapontar a equipa nem<br />

aqueles que consideraram que eu estava<br />

à altura deste desafio – um grande desafio<br />

que passa por alinhar estratégias<br />

entre Portugal e França, retirando o<br />

know-how de cada mercado para benefício<br />

de todos”, admite.<br />

Oferta mais competitiva<br />

O Grupo Roady tem ambições muito<br />

concretas para a insígnia. “O principal<br />

objetivo passa pelo desenvolvimento,<br />

não só através da expansão como, também,<br />

de uma oferta ainda mais competitiva,<br />

capaz de responder aos interesses<br />

e necessidades dos nossos clientes.<br />

Afinal, são eles o motor de todo o negócio”,<br />

refere o nosso interlocutor.<br />

Importante será ainda partilhar a informação<br />

existente entre os aderentes dos<br />

vários centros Roady em Portugal e nos<br />

restantes países. “Este é um dos grandes<br />

objetivos do Grupo e do Roady, em<br />

particular. Na verdade, este sentimento<br />

de partilha já está enraizado no Grupo<br />

Os Mosqueteiros, uma vez que é o único<br />

grupo a operar no mercado da distribuição,<br />

dirigido pelos próprios membros.<br />

Ou seja, os donos e responsáveis<br />

de cada ponto de venda do grupo são<br />

empresários independentes, designados<br />

de aderentes, que beneficiam de um<br />

conjunto de estruturas comuns e são<br />

totalmente responsáveis pela gestão<br />

desse ponto”. Como poderá isto ser<br />

feito? António Jacinto considera que,<br />

para que este processo funcione, é prioritário<br />

“ouvir to<strong>das</strong> as partes envolvi<strong>das</strong><br />

e estar no terreno”. Desta forma, ”é importante<br />

percorrer to<strong>das</strong> as regiões onde<br />

se encontram os Pontos de venda Roady,<br />

com o objetivo de estar junto dos seus<br />

responsáveis e <strong>das</strong> equipas, no seu espaço<br />

e ouvi-los na primeira pessoa. Só<br />

assim seremos capazes de perceber as<br />

necessidades da região, de que forma<br />

o Grupo pode ajudar ou contribuir para<br />

o desenvolvimento do negócio, ajustando-o<br />

a cada uma dessas realidades”,<br />

conclui.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

27<br />

Federal Mogul compra divisão frição Honeywell<br />

WOW cresce<br />

A WOW – Würth Online World, empresa do<br />

Grupo Würth, lançou para o mercado português<br />

uma grande novidade em temos de<br />

hardware para diagnóstico automóvel: o IQ<br />

330. Este tablet em simultâneo com o Snooper+<br />

criam uma máquina de diagnóstico<br />

altamente inovadora e com grande mobilidade.<br />

Com classe de proteção IP54 (protegido<br />

contra água e pó), com um ecrã TFT táctil de<br />

9.7” e Dockingstation, este equipamento<br />

completa as opções disponíveis de diagnóstico<br />

apresentado pela WOW, bem como o<br />

inovador SRC – Serviço Receção a Clientes.<br />

Rótulos da Spies Hecker modificados<br />

A<br />

Spies Hecker começou a mudar<br />

no início deste ano os rótulos<br />

dos seus produtos. Esta mudança<br />

é obrigatória em todos os Estados-Membros<br />

da UE para que<br />

cumpram o regulamento europeu<br />

relativo à classificação, rotulagem e<br />

embalagem (CLP) de substâncias e<br />

misturas. O regulamento CLP garante<br />

que os perigos que determinados produtos<br />

químicos apresentam, são explicados<br />

aos trabalhadores e<br />

consumidores na UE através da uma<br />

classificação e rotulagem clara. A legislação<br />

visa colocar a UE em linha com<br />

o Sistema Mundial Harmonizado <strong>das</strong><br />

Nações Uni<strong>das</strong> (GHS da ONU). Com o<br />

tempo, esta nova referência padrão<br />

mundial irá substituir os antigos sistemas<br />

de rotulagem europeus. O novo<br />

regulamento significa que os símbolos<br />

e as palavras de perigo impressas nos<br />

rótulos serão diferentes no estilo e<br />

haverá alguns novos pictogramas.<br />

Rede Rino com Formação sobre<br />

Filtros de Partículas<br />

A Rino, em parceria com a marca<br />

Liqui-Moly, proporcionou duas ações<br />

de formação (Lisboa e Porto) de<br />

forma a preparar os seus Profissionais<br />

para a Limpeza do Filtro de Partículas,<br />

um problema cada vez mais<br />

comum nos automóveis modernos.<br />

Estas sessões decorreram no passado<br />

mêsx de dezembro e contou com o<br />

apoio da Liqui-Moly. Com uma<br />

grande adesão entre os Responsáveis<br />

e os Mecânicos da rede, a formação<br />

serviu para aprofundar conhecimentos<br />

sobre os procedimentos corretos<br />

a cumprir neste serviço de reparação<br />

específico, bem como, para explorar<br />

os principais motivos que estão na<br />

origem deste tipo de avaria. A formação<br />

contou ainda com uma parte<br />

prática, para demonstração do processo<br />

de limpeza e de apresentação<br />

do Kit de limpeza para filtros de<br />

partículas, uma solução da Liqui-<br />

-Moly para clientes profissionais.<br />

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28<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Notícias<br />

StatusGrau comercializa Fasep em Portugal<br />

Entrevista<br />

Reto Frey<br />

Market Field Manager da Sika<br />

Inovação, performance e competência<br />

Recentemente participou de forma<br />

ativa no desenvolvimento da nova<br />

carroçaria em carbono do BMW i,<br />

criando soluções adequa<strong>das</strong> e eficientes<br />

para se obterem ligações robustas e duráveis,<br />

com características completamente<br />

diferentes <strong>das</strong> habituais.<br />

Em entrevista ao JORNAL DAS OFICINAS,<br />

Reto Frey, Market Field Manager – Crash<br />

Body Repair da Sika a nível mundial, explica<br />

a importância <strong>das</strong> parcerias que mantém<br />

com os fabricantes de automóveis e os<br />

benefícios que essas sinergias trazem para<br />

o Aftermarket.<br />

Qual a importância do setor automóvel<br />

no volume total de negócios da Sika?<br />

Em 2013, a Sika em geral teve um resultado<br />

de ven<strong>das</strong> totais no valor de 6 biliões de<br />

francos suíços, em que um quinto está<br />

alocado ao negócio Indústria. A reparação<br />

automóvel é um dos cinco principais negócios<br />

na Indústria. Os outros pilares são<br />

o sector de fabrico automóvel, os veículos<br />

de transporte, aplicações varia<strong>das</strong> em<br />

mercados que não de veículos e os compósitos.<br />

Quais os principais produtos comercializados<br />

pela Sika para o setor automóvel?<br />

Somos muito fortes nos adesivos SikaTack<br />

para a substituição de para-brisas. Nesse<br />

sector somos claramente líderes globais.<br />

Também muito importantes são os produtos<br />

para selagem Sikaflex.<br />

Como é atualmente constituída a gama<br />

de produtos Sika para o setor automóvel?<br />

A Sika de uma forma geral ambiciona disponibilizar<br />

as melhores soluções basea<strong>das</strong><br />

nas nossas competências, nas áreas de<br />

selagem, colagem, isolamento acústico,<br />

reforço estrutural e proteção. Assim, temos<br />

a gama dividida da seguinte forma: Sika-<br />

Tack, Sikaflex e SikaTitan, são os adesivos<br />

para substituição de vidro automóvel,<br />

Sikaflex são os produtos para selagens em<br />

geral e também existe outra gama de<br />

Sikaflex para colagens flexíveis. SikaPower<br />

são adesivos estruturais para colagem de<br />

painéis e também com este nome adesivos<br />

para a reparação de plásticos e o SikaGard<br />

são os produtos anti-gravilha,<br />

isolamentos interiores e selantes de cavidades.<br />

Que evolução tem havido nas colas e<br />

adesivos destinados à reparação automóvel?<br />

Tempo é dinheiro. As exigências dos<br />

clientes vão no sentido dos produtos<br />

puderem ajudar a poupar tempo de<br />

processo. Por outras palavras, menor<br />

preparação de superfície, processos de<br />

cura mais rápidos e maior facilidade de<br />

aplicação são o pretendido. Neste sentido,<br />

os nossos produtos são desenhados<br />

e testados para terem a máxima eficiência.<br />

Quais são na atualidade os maiores<br />

desafios para a Sika no desenvolvimento<br />

de novos produtos para o setor<br />

automóvel?<br />

Nós temos um portfólio de produtos<br />

equilibrado e estamos presentes com<br />

uma equipa de ven<strong>das</strong> dedicada em<br />

praticamente todos os países. Mas em<br />

alguns países, a forma da marca Sika<br />

estar junto dos clientes pode ainda ser<br />

reforçada. Temos que ser mais ativos na<br />

reparação automóvel e estar mais perto<br />

dos clientes finais. Estes são realmente<br />

os nossos maiores desafios.<br />

A Sika participou no desenvolvimento<br />

da nova carroçaria em carbono dos<br />

BMW i. Quais as vantagens e mais<br />

valias desta sinergia com um fabricante<br />

de automóveis?<br />

O novo BMW i reúne a última tecnologia<br />

dos materiais compósitos como o plástico<br />

reforçado com fibra de carbono<br />

(CFRP). Um dos desafios foi encontrar as<br />

soluções adequa<strong>das</strong> e eficientes para se<br />

obterem ligações robustas e duráveis,<br />

com características completamente diferentes.<br />

Estas tarefas fizeram-nos adequar<br />

ao futuro onde o design com<br />

compósitos terá ainda mais importância.<br />

Considera importante esta colaboração<br />

próxima com fabricantes de automóveis?<br />

Porquê?<br />

Se uma empresa quer ser líder da inovação<br />

para a reparação automóvel tem<br />

que estar próxima do fabrico de automóveis.<br />

Há sempre novos desafios originados<br />

por novos substratos, novos<br />

métodos de produção ou requisitos para<br />

a performance dos produtos mais elevados,<br />

o que muito frequentemente<br />

originam o lançamento de novos produtos<br />

por parte da Sika. Graças a isto<br />

estamos sempre atualizados quanto aos<br />

requisitos técnicos e exigências dos futuros<br />

automóveis.<br />

Na prática, quais são os ganhos para<br />

o setor aftermarket dessas parcerias?<br />

A Sika é um fornecedor de primeira linha<br />

e parceiro de desenvolvimento da indústria<br />

automóvel. Os conhecimentos<br />

que adquirimos com esta parceria vão-<br />

-se refletir também nos produtos para<br />

o aftermarket. Há mais de 25 anos que<br />

a Sika trabalha arduamente para desenvolver<br />

e oferecer produtos que constantemente<br />

preenchem as especificações<br />

OEM.<br />

A quem são destinados os produtos<br />

Sika?<br />

O nosso foco é claramente as oficinas<br />

de colisão. Ou seja, não desenvolvemos<br />

produtos especificamente para trabalhos<br />

de eletricidade ou mecânica. Não obstante<br />

de vários produtos poderem ser<br />

utilizados nessas áreas.<br />

Que factores valorizam as oficinas de<br />

colisão ao escolherem um fornecedor<br />

de colas e adesivos?<br />

Inovação, performance e competência<br />

no fabrico de automóveis associados a<br />

segurança comprovada, confiança e<br />

fácil aplicação fazem dos produtos Sika<br />

o número um <strong>das</strong> escolhas nas oficinas<br />

de reparação. Os nossos produtos permitem<br />

rapidez nos processos de trabalho<br />

e asseguram uma restituição do<br />

aspecto do veículo original.<br />

Texa aposta na<br />

função TGS 3s<br />

● O software da TEXA IDC4 CAR<br />

50 fica 30 vezes mais rápido com<br />

o módulo TGSS 3s, ajudando os<br />

clientes da marca a agilizar os seus<br />

processos de trabalho. Para exemplificar<br />

essa performance, a Texa<br />

afirma que esta função é capaz de<br />

buscar as 33 centralinas de um<br />

Ford Focus 1.6i a gasolina em apenas<br />

30 segundos, o que dá menos<br />

de 1 segundo de vistoria por unidade.<br />

Uma vez terminada a busca,<br />

a função TGS3s mostra os resultados<br />

obtidos, a presença de determina<strong>das</strong><br />

centralinas a bordo,<br />

possíveis erros e a variante correta<br />

para um modelo determinado.<br />

Novo disco de<br />

travão Metelli<br />

● A Metelli expandiu a sua gama de<br />

componentes de travão com um novo<br />

disco de travão com rolamento integrado,<br />

que foi especialmente concebido para<br />

o eixo traseiro de veículos franceses. Este<br />

novo produto é o resultado da montagem<br />

de um disco de travão, um rolamento<br />

e uma série de acessórios,<br />

incluindo o anel de sensor de ABS. A sua<br />

característica distintiva é o rolamento<br />

integrado, composto por um par de rolos<br />

cónicos inseridos no orifício de montagem<br />

do disco de travão, que o fixa ao<br />

cubo de roda. O disco de travão com<br />

rolamento integrado é um produto único<br />

e altamente tecnológico, que não pode<br />

ser desmontado e cujas partes não podem<br />

ser substituí<strong>das</strong>. Em caso de desgaste<br />

excessivo, a peça tem que ser<br />

substituída na sua totalidade. Os modelos<br />

de discos de travão com rolamento<br />

integrado desenhados pela Metelli podem<br />

ser instalados no eixo traseiro dos<br />

seguintes veículos: Renault, Clio, Scenic,<br />

Modus, Grand Scenic, Laguna, Velsatis,<br />

Espace, Citroën C4, Peugeot 207 e<br />

307/308.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

29<br />

BorgWarner compra Wahle<br />

Metelli reforça gama de travagem<br />

gdfdfgdfgdfg sdfsdfgsdafgda<br />

Linhas estratégicas Bosch <strong>2014</strong><br />

A<br />

Divisão da Bosch Automotive Aftermarket<br />

realizou em Dezembro<br />

passado, nas instalações de Madrid<br />

da Bosch Espanha, a sua convenção anual<br />

de gerentes dos seus principais distribuidores<br />

espanhóis e portuguesas, na qual,<br />

sob o lema “Bosch - A arte de inovar“<br />

apresentou as principais linhas estratégicas<br />

para o novo ano de <strong>2014</strong>. A Convenção<br />

dividiu-se em duas jorna<strong>das</strong> de trabalho,<br />

tendo no primeiro dia (12/12) aberto o<br />

evento Frank Seidel, presidente do Grupo<br />

Bosch Iberia, onde falou sobre a situação<br />

do grupo nas duas diferentes divisões.<br />

Tomás Millán, vice presidente económico<br />

da Fábrica de Madrid, falou da situação<br />

na fábrica, as suas atividade e descreveu<br />

a fase prévia de investigação, desenvolvimento<br />

e ensaio que precede o lançamento<br />

de qualquer produto. Por ser turno,<br />

Marian Luño, directora da Bosch Automotive<br />

Aftermarket Iberia, apresentou aos<br />

assistentes as tendências do mercado e<br />

as diferentes estratégias inovadoras da<br />

Bosch para as enfrentar, além da diferenciação<br />

de mercados, oportunidades de<br />

negócio e outros projetos que a empresa<br />

levará a cabo em <strong>2014</strong>. Por último, Sinforiano<br />

Gallo, director de marketing da Divisão,<br />

descreveu a situação atual do<br />

mercado, apresentando dados novas<br />

estratégias que marketing que vão ser<br />

implementa<strong>das</strong>.<br />

Na segunda jornada de trabalho (13/12),<br />

os assistentes foram rodando nas sete<br />

estações estrutura<strong>das</strong> pela Bosch: estratégia<br />

de comunicação e fidelização, conceitos<br />

de oficina, estratégia comercial de<br />

peças, novas oportunidades de negócio,<br />

segmentação de produto e veículo industrial.<br />

Para dar substância ao lema da convenção,<br />

os produtos equipamentos e conceitos<br />

Bosch presentes no evento estavam acompanhados<br />

de obras de arte autênticas e<br />

reconheci<strong>das</strong>, dentro de uma lógica de<br />

afinidade da temática.<br />

TOPCAR<br />

cumpre plano<br />

de formação<br />

● Cumprindo o seu ambicioso<br />

plano de formação anual, a rede<br />

de oficinas TOPCAR totalizou um<br />

volume de 2.850 horas de formação<br />

certificada, em 2013. Este volume<br />

de horas foi alcançado<br />

através <strong>das</strong> 14 sessões de formação<br />

que ocorreram durante 2013: 6<br />

ações de mecatrónica, 6 ações de<br />

colisão e 2 ações comercial e gestão<br />

de clientes. Para Marco Silva,<br />

gestor da rede TOPCAR: “este resultado<br />

espelha o forte investimento<br />

que fazemos na melhoria<br />

<strong>das</strong> competências e do conhecimento<br />

dos profissionais da nossa<br />

rede de oficinas. A formação é uma<br />

<strong>das</strong> nossas grandes bandeiras, pois<br />

acreditamos que só através da<br />

aprendizagem contínua conseguimos<br />

acompanhar a evolução tecnológica<br />

deste setor. “<br />

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30<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Notícias<br />

WOW – Wurth Online World cresce em Portugal<br />

Krautli Portugal lança nova gama<br />

Baterias YUASA Auto <strong>2014</strong> e YU-FIT<br />

A Yuasa acaba de renovar o seu portefólio de Baterias Auto, conferindo à marca uma imagem mais moderna e apelativa<br />

Com um reforço da gama para responder a to<strong>das</strong> as<br />

necessidades da indústria automóvel, a nova gama<br />

<strong>2014</strong> apresenta uma ajustada segmentação do programa,<br />

assim como a alteração da denominação para uma<br />

identificação mais simples.<br />

As gamas SUPREME e PROFESSIONAL, são agora substituí<strong>das</strong><br />

pelas novas gamas designa<strong>das</strong> por YBX 1000, YBX 3000<br />

e YBX 5000. A gama AGM passa a designar-se YBX 9000 e<br />

entra uma nova gama EFB designada por YBX 7000.<br />

Porquê alterar a nova gama Yuasa?<br />

A Yuasa mantém um forte crescimento no mercado Europeu<br />

e esta nova gama vai permitir uma oferta adequada<br />

a to<strong>das</strong> as necessidades do mercado, consolidando a posição<br />

da marca como um dos maiores fabricantes mundiais<br />

de baterias. Por outro lado, novas legislações e exigências<br />

tecnológicas pelos fabricantes automóveis, têm levado à<br />

introdução de inovações no mercado.<br />

Quanto à tecnologia utilizada, a Yuasa utiliza em toda a<br />

sua gama a tecnologia cálcio/cálcio garantindo dessa forma<br />

as mais eleva<strong>das</strong> prestações numa indústria cada vez mais<br />

exigente. A gama AGM está ainda mais completa aumentando<br />

de 4 para 6 referências. A nova gama YBX 7000 (EFB)<br />

para veículos Start & Stop, apresenta uma gama de 11<br />

referências. A gama para Veículos Pesados aumentou de<br />

2 para 3 gamas com a introdução da bateria CARGO DEEP<br />

CYCLE de alto rendimento para veículos com consumos<br />

elevados de energia.<br />

YU-FIT – Ferramenta de configuraçãoo<br />

A Yuasa tem agora disponível uma nova ferramenta para<br />

configuração de baterias, o YU-FIT Yuasa. Os veículos mais<br />

recentes, nomeadamente os veículos híbridos equipados<br />

com sistemas de controlo de emissões, requerem uma<br />

configuração da baterias quando substituída. Essa configuração<br />

pode ser feita utilizando o equipamento de configuração<br />

YU-FIT Yuasa.<br />

Botão Inteligente – Catálogo<br />

Permite um acesso direto ao catálogo para a escolha correta<br />

da bateria pretendida, de acordo com os dados da<br />

marca e modelo do veículo. Tem incluído também informações<br />

adicionais, assegurando assim uma solução completa<br />

a todos os profissionais:<br />

- Mostra com detalhe as especificações <strong>das</strong> baterias e dados<br />

da localização da bateria no veículo;<br />

- Permite uma identificação rápida e precisa da bateria;<br />

- Fornece informações adicionais acerca da bateria selecionada;<br />

- Permite o registo do equipamento YU-FIT para a configuração<br />

<strong>das</strong> baterias.<br />

A Yuasa tem agora disponíwvel<br />

uma nova ferramenta para<br />

configuração de baterias, o<br />

YU-FIT<br />

NGK equipa Peugeot 208 GTI e 2008<br />

A colaboração entre a NGK e<br />

Peugeot Sport resultou em várias<br />

vitórias no Campeonato do<br />

Mundo Mundial de Ralis, com<br />

os programas WRC 206 e 307<br />

programas. Hoje, os modelos<br />

desportivos da marca tiram partido<br />

desta colaboração, como<br />

acontece com o Peugeot 208<br />

GTI, equipado com um motor a<br />

gasolina THP 1.6 de 200 cv, com<br />

uma caixa manual de 6 velocidades<br />

com raports curtos. Com<br />

um binário máximo de 275 Nm,<br />

o 208 GTI tem uma boa resposta<br />

do motor e aceleração.<br />

Acelera dos 0 aos 100 km/h em<br />

menos de 7 segundos e o primeiro<br />

1 km é alcançado em 26,9<br />

segundos. Para este modelo a<br />

NGK selecionou a vela tipo IL-<br />

ZKBR7A-8G, com uma rosca<br />

M12, um eléctrodo central,ponta<br />

de irídio de 0,6 mm de diâmetro<br />

e uma ponta de platina no eléctrodo<br />

de massa. Além deste<br />

modelo, a NGK também equipa<br />

de origem o crossover urbano<br />

2008, com a sonda lambda NTK<br />

OZA603 -U1.<br />

BorgWarner compra a Wahler<br />

A BorgWarner assinou um<br />

acordo de aquisição de to<strong>das</strong> as<br />

ações do fabricante de válvulas<br />

de recirculação de gases de escape<br />

(EGR) tubos e termóstatos<br />

Wahler. Com instalações na<br />

Alemanha, Brasil, EUA, China<br />

e Eslováquia, esta empresa emprega<br />

cerca de 1.250 pessoas<br />

globalmente e fornece clientes<br />

como: Daimler, VW, BMW, GM<br />

e John Deere, tendo tido em 2013<br />

um volume de ven<strong>das</strong> de cerca<br />

de 350 milhões de dólares. Os<br />

dados do acordo não foram revelados,<br />

mas espera-se que o<br />

negócio esteja concluído no 1º<br />

trimestre de <strong>2014</strong>, após a aprovação<br />

regulamentar habitual. De<br />

acordo com James Verrier, presidente<br />

e diretor executivo da<br />

BorgWarner, “Tanto do ponto<br />

de vista da tecnologia e da geografia,<br />

como financeiramente,<br />

esta aquisição é uma excelente<br />

aposta estratégica. A compra<br />

fortalece a posição da BorgWarner<br />

como produtor de sistemas<br />

EGR completos e cria novas<br />

oportunidades de mercado,<br />

tanto para aplicações em veículos<br />

de passageiros, como comerciais“,<br />

Acrescentou aquele<br />

responsável.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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32<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Breves<br />

Volantes<br />

DT Spare Parts<br />

Site FM<br />

Equipamentos<br />

Motul ajuda a<br />

escolher lubrificante<br />

● A DT Spare Parts oferece uma gama<br />

completa com mais de 30 mil peças de<br />

substituição para camiões, reboques e<br />

autocarros, incluindo volante-motor. O<br />

volante-motor está localizado do lado<br />

exterior da cambota e estabelece a ligação<br />

entre o motor e a embraiagem. Este<br />

componente assegura um trabalhar mais<br />

suave do motor. Através da rotação da<br />

cambota, o volante-motor armazena<br />

energia cinética. Do lado de dentro do<br />

volante bimassa ou motor existe um anel<br />

no qual o pinhão de arranque engrena<br />

quando o motor começa a funcionar. Os<br />

dentes do anel foram especialmente<br />

tratados para resistir ao aquecimento, o<br />

que assegura um nível de fiabilidade<br />

elevado.<br />

Japopeças<br />

no Salão de Tóquio<br />

● A Japopeças esteve presente no Japão<br />

no passado mês de Dezembro enquanto<br />

decorria o evento Tokyo Motor Show<br />

2013. Especialista no comércio de peças<br />

e acessórios auto para viaturas Asiáticas,<br />

Luís Almeida teve a oportunidade de<br />

acompanhar de perto a origem dos produtos<br />

“Made in Japan” que representa e<br />

distribui no nosso país. A Japopeças<br />

seguiu viagem a convite da Aisin, e foi<br />

galardoada enquanto único AFA Member<br />

no mercado Português como representante<br />

Aisin, estatuto que detém desde<br />

2009.<br />

● Sediada no eixo Lisboa-Sintra, com<br />

experiência de 40 anos na área de acessórios<br />

e equipamentos auto, a FM Equipamentos<br />

Auto apresentou um novo site<br />

que pode ser visitado em www.fm-equipamentos.com.<br />

Com o lançamento deste<br />

site, a FM Equipamentos pretende dar<br />

uma informação completa sobre a gama<br />

de equipamentos Hella-Gutmann que<br />

comercializa, nomeadamente: aparelhos<br />

de diagnóstico multimarca, analisadores<br />

de gases (gasolina e diesel), máquinas<br />

para ar condicionado (ligeiros e pesados),<br />

entre outros.<br />

● Tem dúvi<strong>das</strong> acerca do lubrificante<br />

que deve colocar em cada veículo<br />

quando vai fazer uma revisão? A Motul<br />

dá-lhe a solução com a sua renovada<br />

página de internet, basta aceder a www.<br />

motul.com, selecionar o idioma “Português”<br />

e pesquisar em “Que Produto – Assessor<br />

de Lubrificantes”. Desde Janeiro<br />

de <strong>2014</strong> a Motul disponibiliza um novo<br />

site com novas e melhores funcionalidades.<br />

Entre as mais relevantes destacam-se:<br />

o maior número total de<br />

recomendações por veículo e quilometrarem<br />

recomendada; gama de lubrificantes<br />

para veículos clássicos, barcos,<br />

maquinaria estacionária, equipamentos<br />

de minas, máquinas industriais e ainda<br />

mais viaturas pesa<strong>das</strong>, entre outros, e<br />

possibilidade de passar a PDF a recomendação<br />

automaticamente com toda a<br />

informação.<br />

Monroe alarga<br />

oferta<br />

Mahle equipa<br />

BMW Série 4<br />

● O novo BMW Série 4, o Coupé da<br />

gama do Série 3, é dono de um formato<br />

mais baixo e alargado do que o seu antecessor.<br />

Traz ainda melhorias a nível<br />

mecânico que a Mahle forneceu. Assim,<br />

muitos dos componentes dos vários<br />

motores da gama são provenientes deste<br />

fabricante, como pistões, segmentos,<br />

casquilhos, árvore de cames, válvulas,<br />

tampas <strong>das</strong> válvulas, filtros de combustível<br />

e de ar, módulos de admissão de<br />

óleo, módulos dos filtros de óleo e bombas<br />

de óleo.<br />

Pulverizadores<br />

da EMM<br />

● A EMM International BV, empresa<br />

holandesa que se dedica à produção de<br />

complementos para pintura, apresentou<br />

um sistema único para codificar cada lata<br />

pulverizadora. A Colad, marca que pertence<br />

à EMM, lançou uma lata de pulverizador<br />

(uma lata de spray de pintura)<br />

com um sistema de cores único. Esta<br />

garrafa utiliza um sistema de códigos de<br />

cor que permitem identificar os diferentes<br />

tipos de tinta de cada garrafa. Cada<br />

lata inclui um jogo de cinco aros de cores<br />

muito fáceis de colocar. Possui ainda<br />

marcadores para poder indicar a que cor<br />

corresponde cada uma <strong>das</strong> latas.<br />

● A Tenneco reforçou a confiança dos<br />

seus clientes apostando em produtos<br />

de qualidade e de excelente desempenho.<br />

O objetivo é acabar com reclamações<br />

por parte dos clientes oferecendo<br />

ao mercado uma variedade de produtos<br />

muitos vasta, desde amortecedores a<br />

componentes de direção que estejam<br />

totalmente isentos de anomalias. A Tenneco<br />

está entre os fabricantes de elite<br />

de equipamento original, e também está<br />

muito presente com a marca. Monroe<br />

no aftermarket IAM. Uma <strong>das</strong> chaves para<br />

o sucesso dos componentes de suspensão<br />

e direção Monroe é a qualidade dos<br />

elastómetros. A Tenneco é um dos principais<br />

fabricantes mundiais em compostos<br />

avançados elastoméricos e os seus<br />

engenheiros alavancam esta liderança<br />

no Equipamento Original para ajudar a<br />

determinar os materiais ideais para o<br />

aftermarket.<br />

Bombas de água<br />

ContiTech<br />

● A ContiTech expandiu a sua competência<br />

na área <strong>das</strong> bombas de água.<br />

Assim, deixa de receber este componente<br />

completo a partir de um fornecedor,<br />

importando-o diretamente do fabricante<br />

e conferindo-lhe as suas próprias aprovações.<br />

Por isso, a bomba de água de<br />

vem dentro da embalagem do kits da<br />

correia da distribuição ostenta a marca<br />

ContiTech. René Borries, gestor de produto<br />

na empresa, referiu: “Estamos a<br />

oferecer serviço de qualidade “non-stop”<br />

e temos toda a responsabilidade por tudo<br />

o que compõe os nossos kits. Os nossos<br />

clientes só têm vantagens em optar pela<br />

nossa marca.”<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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Classificados<br />

33<br />

2 Módulos<br />

50 euros + IVa<br />

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34<br />

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Comércio & Indústria<br />

Renault ZOE Intens<br />

AVALIAÇÃO obrigatória<br />

Revolução silenciosa<br />

› É o mais apelativo veículo 100% elétrico da Renault. E o mais agradável de conduzir. Equipado com<br />

bateria de iões de Lítio, anuncia uma autonomia de 210 km. Amigo do ambiente, económico e acessível,<br />

é comercializado com aluguer mensal da bateria: desde €79 para um máximo de 12 500 km/ano<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

Renault está a proceder a uma<br />

autêntica revolução silenciosa.<br />

Depois dos Fluence Z.E., Twizy e<br />

Kangoo Z.E., o ZOE é o mais recente veículo<br />

com emissões zero que a marca<br />

francesa lançou em Portugal. Reclama<br />

ser o automóvel 100% elétrico mais acessível<br />

do mercado. E o que maior autonomia<br />

oferece: 210 km em ciclo normalizado<br />

NEDC. Graças, também, ao sistema Range<br />

Optimizer, que engloba três inovações<br />

técnicas: sistema de travagem regenerativo<br />

de nova geração (permite o recarregamento<br />

da bateria sempre que se<br />

pressiona o pedal do travão ou quando<br />

se desacelera); bomba de calor que reduz,<br />

significativamente, as disparidades de<br />

autonomia durante as estações de frio e<br />

calor; pneus Michelin Energy E-V, que<br />

combinam poupança de energia, segurança<br />

e durabilidade (não é o caso da<br />

unidade aqui presente, que está equipada<br />

com pneus Michelin Primacy 3).<br />

A qualidade pode ser<br />

inferior à do Clio, mas<br />

o ambiente luminoso,<br />

puro e relaxante do<br />

habitáculo merecem<br />

nota mais. Tal como o<br />

espaço e o equipamento<br />

■ Assistência vitalícia<br />

Patenteado pela Renault, o carregador<br />

Caméléon do ZOE adapta-se à potência<br />

disponível, monofásica ou trifásica, até<br />

43 kW, permitindo carregar 80% da bateria<br />

em 30 minutos (carga rápida). Mas<br />

este revolucionário carregador apresenta,<br />

também, a vantagem única de ser capaz<br />

de recarregar a bateria do ZOE em níveis<br />

de potência variáveis: por exemplo, a 11<br />

kW (carregamento de cerca de duas horas)<br />

ou 22 kW (80% da bateria num carregamento<br />

de uma hora). Isto para além do<br />

carregamento 3 kW standard (6h a 9h). E<br />

como este veículo não disponibiliza cabo<br />

nem adaptador que permita ligá-lo a uma<br />

tomada doméstica (tal deverá acontecer<br />

em <strong>2014</strong>), as operações de carregamento<br />

do ZOE fora dos postos públicos devem<br />

ser efetua<strong>das</strong> através de uma Wall-Box,<br />

equipamento que é oferecido e instalado<br />

pela Renault: em casa ou no local de trabalho<br />

do cliente.<br />

Agradável de conduzir, prático e funcional,<br />

a utilização (urbana) do ZOE deve, contudo,<br />

ser bem gerida de modo a evitar a<br />

embaraçosa situação da falta de autonomia.<br />

Mas este utilitário francês apresenta<br />

uma vantagem única associada ao aluguer<br />

da bateria: assistência vitalícia em qualquer<br />

avaria ou falta de autonomia. Esta<br />

assistência é válida durante a vigência do<br />

contrato de aluguer da bateria, está disponível<br />

24 horas por dia e aplica-se a<br />

qualquer tipo de falha de energia relacionada<br />

com o motor elétrico, a bateria ou<br />

o automóvel. Se o ZOE ficar sem carga na<br />

bateria, o condutor terá apenas de chamar<br />

o serviço de assistência, que levará a viatura<br />

até uma estação de carregamento,<br />

num raio de 80 km. Caso ocorra outra<br />

falha técnica que provoque a imobilização,<br />

o ZOE será levado para um centro especializado<br />

Z.E. e será disponibilizada uma<br />

solução de mobilidade para que os utilizadores<br />

possam chegar ao seu destino.<br />

Realce, também, para a possibilidade dos<br />

proprietários do ZOE poderem aceder a<br />

informação e até interagir com o automóvel<br />

através de um smartphone ou de<br />

um computador. Ligar ou programar a<br />

climatização, iniciar o carregamento da<br />

bateria ou programar os horários de carregamento,<br />

são apenas algumas <strong>das</strong><br />

muitas operações que podem ser efetua<strong>das</strong><br />

à distância.<br />

Ainda que em volumetria seja idêntico<br />

ao Clio (a altura superior do ZOE resulta<br />

do facto de a sua bateria estar alojada sob<br />

o piso), este veículo 100% elétrico deve<br />

todo o seu apelo visual à carroçaria de<br />

cinco portas pintada de branco, que ostenta<br />

linhas modernas e uma identidade<br />

muito própria. A assinatura azul luminosa,<br />

os LED estilizados e o azul “elétrico” presente<br />

nos grupos óticos dianteiros e traseiros,<br />

bem como no símbolo Renault de<br />

grandes proporções, confere-lhe uma<br />

imagem futurista. As jantes de 17” “Tech<br />

Run” diamanta<strong>das</strong> são opcionais (custam<br />

€300).<br />

■ Quilómetros de economia<br />

Bem equipado e dotado de uma habitabilidade<br />

ampla, o habitáculo do ZOE faz-<br />

-se valer de um elevado nível de segurança<br />

e de uma bagageira volumosa. O posto<br />

de condução é correto, embora algo elevado,<br />

a qualidade é inferior à que pode<br />

ser encontrada no Clio e o ambiente in-<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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35<br />

MOTOR ELÉTRICO<br />

Tipo<br />

Renault ZOE Intens<br />

síncrono<br />

de rotor bobinado<br />

Potência máxima (kW-cv/rpm) 65-88/3000-11 300<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 220/250-2500<br />

A bateria de iões de<br />

Lítio encontra-se<br />

alojada sob o piso<br />

BATERIA<br />

Tipo<br />

iões de Lítio<br />

Tensão total (V) 400<br />

Capacidade energética total (kWh) 22<br />

Número de módulos/células 12/192<br />

Peso (kg) 290<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

Caixa de velocidades<br />

dianteira com ESP + CSV<br />

1+marcha-atrás<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,56<br />

Os 65 kW e 200 Nm são transmitidos às ro<strong>das</strong><br />

dianteiras através de uma caixa de duas velocidades<br />

Quando está parado, o ZOE tem uma distribuição de peso<br />

de 59% para a frente e 41% para trás. Nada mau<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventilados (258)<br />

Traseiros (ø mm) tambores (228)<br />

ABS<br />

sim, com REF + AFU<br />

terior é luminoso, puro e relaxante. A<br />

assinatura Z.E. surge em destaque na<br />

alavanca da caixa e no encosto de cabeça<br />

do condutor. Os bancos incluem um tratamento<br />

anti-nódoas em Teflon para<br />

limpeza fácil.<br />

O ecrã TFT (Thin Film Transistor) do painel<br />

de instrumentos permite uma leitura<br />

constante dos parâmetros relacionados<br />

com estilo de condução e autonomia,<br />

tendo ainda a particularidade de mudar<br />

a cor de fundo em função do estilo de<br />

condução adotado: verde para condução<br />

ecológica; azul para condução neutra;<br />

violeta para condução desportiva. Já o<br />

ecrã de 7” do R-Link, permite controlar as<br />

funções do sistema, para além de outras<br />

especificamente dedica<strong>das</strong> à condução<br />

deste modelo.<br />

Equipado com motor elétrico, do tipo<br />

síncrono, de rotor bobinado, o ZOE, para<br />

além de confortável q.b., fácil de conduzir<br />

e com reações honestas, oferece prestações<br />

muito interessantes. A sua<br />

distribuição de peso, quando está imobilizado,<br />

é de 59% para a frente e 41%<br />

para a traseira. Os 65 kW de potência e<br />

200 Nm de binário são transmitidos às<br />

ro<strong>das</strong> dianteiras por intermédio de uma<br />

caixa “automática” de duas velocidades:<br />

uma para andar para a frente; outra para<br />

andar para trás. E para a poupança ser<br />

ainda maior, basta selecionar o modo<br />

“Eco”: as características dinâmicas do ZOE,<br />

bem como a potência do ar condicionado<br />

ou do aquecimento, são reduzi<strong>das</strong> para<br />

ganhar quilómetros de autonomia.<br />

Segundo a Renault, no ZOE, um café e<br />

um pastel de nata saem mais caros do<br />

que uma viagem de 100 km. Atendendo<br />

ao custo atual da tarifa de eletricidade<br />

para consumo doméstico, 100 km representam,<br />

neste modelo, entre €1,4 e €2,2.<br />

E os 15 kW necessários para carregar a<br />

bateria de modo a poderem ser percorridos<br />

100 km, imaginando que todos os<br />

dias esta operação é efetuada, traduzem-<br />

O carregador Caméléon adapta-se à potência disponível, monofásica<br />

ou trifásica, até 43 kW, admitindo, assim, várias modalidades de<br />

carregamento, desde 80% em 30 minutos até ao standard (6h a 9h)<br />

Para uma maior poupança, basta selecionar o modo “Eco”: as<br />

características dinâmicas, bem como a potência do ar condicionado<br />

ou do aquecimento, são reduzi<strong>das</strong> para ganhar autonomia<br />

-se numa fatura mensal de eletricidade<br />

de €42 a €66. Depois, há que somar o<br />

encargo do aluguer mensal da bateria<br />

(que é, no fundo, um pacote de serviços),<br />

que varia em função da quilometragem<br />

percorrida: de €79 para um máximo de<br />

12 500 km/ano até €142 para um máximo<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Traseira<br />

Barra estabilizadora frente/trás<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 135<br />

0-100 km/h (s) 13,5<br />

Consumo de energia (Wh/km) 146<br />

Emissões de CO2 (g/km) 0<br />

McPherson<br />

eixo semi-rígido<br />

sim/sim<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4084/1730/1562<br />

Distância entre eixos (mm) 2588<br />

Vias frente/trás (mm) 1511/1510<br />

Capacidade da mala (l) 338-1225<br />

Peso (kg) 1468<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 16,68<br />

Jantes de série<br />

6 1/2Jx16”<br />

Pneus de série 195/55R16<br />

Pneus da unidade testada<br />

GARANTIAS<br />

Mecânica<br />

Pintura<br />

Anticorrosão<br />

Bateria<br />

de 36 mil km/ano. Contas feitas, o ZOE<br />

tem custos de utilização inferiores face<br />

aos modelos equipados com motores de<br />

combustão. Isto para já não falar da ausência<br />

de poluição sonora e da inexistência<br />

de emissões poluentes.<br />

Para além dos 5 anos de garantia ou 150<br />

Michelin Primacy<br />

3, 205/45R17<br />

5 anos ou 150 mil km<br />

3 anos<br />

12 anos<br />

vitalícia<br />

ASSISTÊNCIA<br />

1.ª revisão 1 ano ou 30 mil km<br />

Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €26,57<br />

Intervalos<br />

cada 30 mil km<br />

PREÇO (s/ despesas) € 23 076<br />

Unidade testada: € 23 376<br />

Imposto Único Circulação (IUC) isento<br />

mil km, o ZOE dispõe de garantia vitalícia<br />

para a bateria: o contrato de aluguer determina<br />

que a bateria deve estar sempre<br />

operacional e com capacidade de carga<br />

superior a 75% da sua capacidade inicial.<br />

Se uma destas duas condições não se verificar,<br />

a bateria é substituída sem custos.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


36<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Comércio & Indústria<br />

EMEL já tem frota<br />

elétrica Renault<br />

● A Renault entregou cinco unidades<br />

do comercial 100% elétrico<br />

Kangoo Z.E. à EMEL, naquela que<br />

é a primeira frota em Portugal de<br />

veículos comerciais ligeiros com<br />

emissões zero. Para dar resposta às<br />

suas necessidades e na sequência<br />

da política de renovação da sua<br />

frota, a EMEL optou pela aquisição<br />

destes modelos.<br />

Os Kangoo Z.E. serão utilizados<br />

diariamente na manutenção de<br />

espaços e equipamentos e ainda<br />

na coleta. A entrega formal desta<br />

frota elétrica foi realizada no Parque<br />

do Chão do Loureiro, em Lisboa,<br />

por Xavier Martinet, Administrador-<br />

-Delegado da Renault, tendo a<br />

EMEL sido representada pelo seu<br />

presidente, António Júlio de Almeida.<br />

Seat Leon Cupra<br />

em <strong>Fevereiro</strong><br />

● Disponível nas variantes de cinco<br />

portas e SC, o novo desportivo da<br />

casa de Martorell surge equipado<br />

com o motor 2.0 TSI dotado de<br />

dupla injeção, turbo, distribuição<br />

variável e sistema start/stop, que<br />

poderá ser requisitado nos patamares<br />

de 265 ou 280 cv. Do seu<br />

leque de características fazem parte<br />

a direção progressiva, o dispositivo<br />

eletrónico XDS (atua como diferencial<br />

autoblocante no eixo dianteiro)<br />

e o controlo adaptativo do chassis<br />

(DCC).<br />

Sendo o mais potente automóvel<br />

de produção em série jamais feito<br />

pela Seat, o novo Leon Cupra, que<br />

passa a estar disponível, pela primeira<br />

vez, com carroçaria de três<br />

portas, destaca-se, também, pelo<br />

seu elevado conteúdo tecnológico:<br />

sistema de iluminação Full LED;<br />

controlo de estabilidade (ESC);<br />

Cupra Drive Profile. O novo Leon<br />

Cupra anuncia, na versão de 280<br />

cv com caixa DSG e carroçaria SC,<br />

250 km/h de velocidade máxima<br />

(limitada) e 5,7 segundos para cumprir<br />

os 0-100 km/h (5,8 segundos<br />

com caixa manual).<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

Huracán é o novo touro enraivecido<br />

O<br />

substituto do Gallardo aqui está.<br />

Chama-se Huracán, anuncia<br />

uma velocidade máxima superior<br />

a 325 km/h e acelera dos 0-100 km/h<br />

em 3,2 segundos. Com estreia mundial<br />

agendada para o Salão de Genebra<br />

deste ano, o Huracán deve o seu nome<br />

a um bravo touro de raça espanhola da<br />

ganadaria Conte de la Patilla, que era<br />

conhecido pela sua execional coragem<br />

Opel Astra GTC com motor 1.6 Turbo<br />

Já pode ser encomendado na rede<br />

de concessionários da marca alemã<br />

a nova variante 1.6 Turbo de 200 cv<br />

do Astra GTC, que está disponível<br />

por €30 800 e surge associada ao visual<br />

exclusivo Black OPC Line. Para<br />

além da mais recente tecnologia instalada<br />

debaixo do capot e da suspensão<br />

dianteira “HiPerStrut”, este coupé<br />

compacto estreia o sistema de informação<br />

e entretenimento IntelliLink,<br />

que passa a estar disponível em toda<br />

a gama GTC.<br />

O novo Astra GTC 1.6 Turbo anuncia<br />

uma velocidade máxima de 230<br />

km/h e cumpre os 0-100 km/h em<br />

7,9 segundos, graças aos 200 cv e 300<br />

Nm (com função “overboost”) do<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

e forte sentido de investida nas toura<strong>das</strong>.<br />

Foi lidado em Alicante no longínquo<br />

ano de 1879.<br />

Dotado de chassis híbrido (combina<br />

elementos de fibra de carbono com<br />

secções em alumínio), o novo Lamborghini<br />

LP 610-4 Huracán pesa (em vazio)<br />

1422 kg. O motor V10 de 5,2 litros com<br />

610 cv e 560 Nm (cumpre as normas Euro<br />

6) que o equipa, conjuga injeção direta<br />

motor de quatro cilindros que o<br />

equipa. O consumo anunciado em<br />

ciclo misto é de 6,6 l/100 km, a que<br />

correspondem emissões de CO2 de<br />

154 g/km. Esta nova variante vem<br />

Audi exibiu concept<br />

com luzes laser<br />

de gasolina com indireta (Iniezione<br />

Diretta Stratificata - IDS), característica<br />

que permite obter mais potência, mais<br />

binário, menores consumos e menores<br />

emissões face ao motor V10 presente<br />

no antecessor Gallardo. Este novo touro<br />

dispõe ainda de tração integral, caixa<br />

de dupla embraiagem com sete velocidades,<br />

três diferentes modos de condução<br />

e... sistema start/stop!<br />

alargar o leque de opções na faixa de<br />

elevada “performance” da gama Astra<br />

GTC, juntando-se, assim, aos 2.0<br />

BiTurbo CDTI de 195 cv e 2.0 Turbo<br />

OPC de 280 cv.<br />

O construtor de Ingolstadt deu nas<br />

vistas no CES (Consumer Electronics Show)<br />

<strong>2014</strong>, que decorreu em Las Vegas, EUA,<br />

com o Sport quattro laserlight concept,<br />

um coupé desportivo que dispõe de tecnologia<br />

de iluminação laser e sistema híbrido<br />

plug-in com 700 cv de potência<br />

máxima combinada. Uma <strong>das</strong> suas características<br />

mais sonantes reside nos grupos<br />

óticos duplos, que apontam para o futuro<br />

da tecnologia de iluminação ao combinarem<br />

luzes LED com luzes laser. Dotados de<br />

dois elementos trapezoidais de baixo perfil,<br />

as óticas são compostas por luzes LED<br />

de baixa densidade nos “quadrados” exteriores<br />

e luzes laser de alta densidade nos<br />

“quadrados” interiores.<br />

Os díodos de laser são bem mais pequenos<br />

do que os díodos de LED, uma vez que<br />

dispõem apenas de alguns mícrons de<br />

diâmetro. Ao iluminarem a estrada numa<br />

distância de cerca de 500 metros, as luzes<br />

laser oferecem quase o dobro do alcance<br />

de iluminação e três vezes mais luminosidade<br />

do que as luzes LED de alta densidade.


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38<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Comércio & Indústria<br />

EM ESTRADA<br />

Novos modelos lançados no mercado<br />

Ford C-Max 1.0 EcoBoost<br />

O tamanho da alma<br />

● Pode um pequeno motor criar grandes<br />

expectativas? Mais: ser convincente na<br />

estrada? Se estivermos a falar do bloco<br />

de três cilindros que dá alma ao Ford C-<br />

-Max 1.0 EcoBoost, a resposta é claramente<br />

afirmativa. Com 125 cv de<br />

potência às 6000 rpm, este motor a gasolina<br />

consegue eliminar eventuais preconceitos<br />

que ainda possam existir<br />

quanto ao binómio eficácia/tamanho.<br />

Parte da competência do C-Max 1-0 Eco-<br />

Boost deve-se à tecnologia desenvolvida<br />

pela marca e que este monovolume<br />

compacto herda. O segredo reside na<br />

precisão com que o combustível é pulverizado<br />

para dentro dos cilindros, enquanto,<br />

ao mesmo tempo, alia a<br />

compressão dos gases, através da ação<br />

de um pequeno turbo. Daí o fulgor exibido<br />

pelo motor e o binário de 170 Nm,<br />

constante entre as 1400 e as 4500 rpm.<br />

A Ford anuncia um regime combinado<br />

de 5,1 l/100 km, mas convém ter muita<br />

contenção nos ritmos de condução, pois<br />

tal valor é facilmente suplantado. A suspensão<br />

é firme, algo que se torna bem<br />

patente, dependendo do pavimento, mas<br />

que nunca se manifesta ao ponto de<br />

prejudicar os níveis de conforto a bordo.<br />

O nível de equipamento Titanium conta<br />

com sensores para quase tudo: chuva,<br />

luz e estacionamento (à frente e atrás),<br />

além de jantes de 17’’ e sistema start/<br />

stop.<br />

Por: Jorge Flores<br />

Hyundai i40 Sedan 1.7 CRDi<br />

Germano-coreano<br />

● Desenhado no centro de design da<br />

marca, em Rüsselsheim, na Alemanha,<br />

e produzido (no seu verdadeiro lar) na<br />

Coreia do Sul, em Ulsan, o Hyundai i40<br />

Sedan 1.7 CRDi é uma espécie de um<br />

germano-coreano. De vocação familiar<br />

assumida, to<strong>das</strong> as valências deste três<br />

volumes apontam nesse sentido – desde<br />

logo a começar pelas suas generosas<br />

dimensões.<br />

A imagem do Hyundai i40 concilia a robustez<br />

com a elegância de uma forma<br />

harmoniosa. E os mesmos argumentos<br />

podem ser utilizados para descrever as<br />

suas caraterísticas em estrada: rolamento<br />

suave e sereno, mas sempre com os pulmões<br />

do motor Diesel 1.7 CRDi de 136<br />

cv à flor da pele. Um fulgor surpreendente,<br />

sobretudo, se considerarmos as<br />

quase duas tonela<strong>das</strong> que pesa todo o<br />

conjunto. A caixa manual de seis velocidades<br />

é curta e está bem escalonada.<br />

Graças ao bom desempenho do motor<br />

em vários regimes, o condutor não é<br />

obrigado recorrer a ela demasia<strong>das</strong> vezes.<br />

No interior, sublinhe-se a boa ergonomia<br />

e a qualidade dos materiais, que pouco<br />

ficam a “dever” a outras propostas (alemãs,<br />

por exemplo) de valores muito<br />

superiores do que os €34 465 pedidos<br />

por esta versão. O equipamento, Style,<br />

do i40 Sedan inclui, entre muitos outros<br />

itens, travão de estacionamento elétrico,<br />

sensor de chuva e câmara de ajuda ao<br />

estacionamento (sendo a imagem projetada<br />

num ecrã tátil de 12´´).<br />

Por: Jorge Flores<br />

Nissan Juke 1.5 dCi n-tec<br />

Forma e função<br />

● É o crossover compacto melhor sucedido<br />

do mercado. Chama-se Nissan Juke.<br />

Na versão n-tec, surge equipado com o<br />

sistema de informação e entretenimento<br />

Nissan Connect de nova geração, com<br />

conectividade remota de origem. Além<br />

de um ecrã tátil a cores, agora com 5,8”,<br />

navegação por satélite e conectividade<br />

Bluetooth para telemóveis e leitores de<br />

música, o novo sistema incorpora a tecnologia<br />

Google Send-To-Car. Ao utilizar<br />

esta função, o condutor pode planear<br />

uma viagem num computador ou num<br />

tablet, em casa ou no escritório e, em<br />

seguida, enviar as instruções para o automóvel.<br />

Assim que a viagem for iniciada,<br />

o sistema de navegação já terá planeado<br />

o melhor itinerário, de modo a evitar<br />

problemas de trânsito e a incorporar<br />

quaisquer pontos de interesse (POI) especificados.<br />

Outra mais-valia deste Juke diz respeito<br />

ao seu desempenho dinâmico. Ágil, preciso<br />

e reativo, ainda para mais dotado<br />

de suspensão firme, jantes de 18” e caixa<br />

manual de seis velocidades, faz-se valer<br />

do motor 1.5 dCi. Atualmente na sua<br />

sexta evolução, as alterações mantiveram<br />

a potência nos 110 cv mas aumentaram<br />

o binário máximo em 20 Nm, situando-<br />

-se, agora, em 260 Nm, 80% dos quais<br />

disponíveis a partir <strong>das</strong> 1500 rpm. E com<br />

emissões de CO2 de apenas 109 g/km e<br />

consumo combinado de 4,2 l/100 km,<br />

este bloco Diesel de nova geração ostenta<br />

ainda o título de motor mais económico<br />

da gama Juke.<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Renault Grand Scénic 1.6 dCi<br />

Primeira classe<br />

● Oferece sete espaçosos lugares, uma<br />

panóplia de locais destinados à arrumação<br />

de objetos, garrafas de água e outros pertences,<br />

alcança boas prestações, proporciona<br />

elevado nível de conforto e dispõe<br />

de consumos reduzidos. Se existe monovolume<br />

que permite viajar em primeira<br />

classe, é o renovado Grand Scénic, que<br />

foi recentemente alvo de ligeiros acertos<br />

ao nível da grelha, grupos óticos e algumas<br />

secções do habitáculo. E, na versão Bose<br />

Edition, para além de um sistema de som<br />

de elevado calibre, propõe jantes escuras<br />

de 17” e logótipwos específicos perto <strong>das</strong><br />

cavas <strong>das</strong> ro<strong>das</strong> dianteiras.<br />

Equipado com o motor Energy 1.6 dCi de<br />

130 cv, que transita do anterior Grand<br />

Scénic e que trouxe o primeiro sistema<br />

start/stop da Renault (que ainda se mantém,<br />

tal como a recuperação de energia<br />

em desaceleração e travagem), este monovolume<br />

é comercializado sob a assinatura<br />

ambiental eco2, uma vez que obedece<br />

a um conjunto de rigorosos critérios definidos<br />

pela marca francesa. Para além<br />

disso, integra um conjunto de tecnologias<br />

que lhe permite atingir invejáveis níveis<br />

de consumos e emissões. São mais de 30<br />

as patentes regista<strong>das</strong> no motor Energy<br />

1.6 dCi. O filtro de partículas Diesel (isento<br />

de manutenção), a estratégia de multi-<br />

-injeção e a válvula EGR de baixa pressão<br />

em ciclo frio, são apenas algumas <strong>das</strong> suas<br />

características. Não admira, pois, que o<br />

resultado prático seja deveras convincente.<br />

E, para mais, a Renault oferece uma<br />

garantia de cinco anos ou 150 mil km...<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Ford C-Max 1.0 EcoBoost Titanium<br />

Hyundai i40 Sedan 1.7 CRDi Style<br />

Nissan Juke 1.5 dCi n-tec<br />

Renault Grand Scénic 1.6 dCi<br />

MOTOr<br />

3 cilindros em linha,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) <strong>99</strong>8<br />

Potência máxima (cv/rpm) 125/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 170/4500<br />

Velocidade máxima (km/h) 187<br />

0-100 km/h (s) 11,4<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 117<br />

MOTOr<br />

4 cilindros em linha<br />

Diesel, transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1685<br />

Potência máxima (cv/rpm) 136/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 325/2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 201<br />

0-100 km/h (s) 10,7<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 134<br />

MOTOr<br />

4 cilindros em linha<br />

Diesel, transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1461<br />

Potência máxima (cv/rpm) 110/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 175<br />

0-100 km/h (s) 11,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,<br />

Emissões de CO2 (g/km) 109<br />

MOTOr<br />

4 cilindros em linha<br />

Diesel, transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Potência máxima (cv/rpm) 130/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 320/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 195<br />

0-100 km/h (s) 11,1<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,4<br />

Emissões de CO2 (g/km) 114<br />

Preço €23 780<br />

IUC €97,82<br />

Preço €34 465<br />

IUC €162,87<br />

Preço €24 670<br />

IUC €130,10<br />

Preço €34 300<br />

IUC €130,10<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

39<br />

Uso profissional<br />

Empresas têm à disposição novas formas de mobilidade<br />

› Depois de renovar praticamente<br />

toda a gama de camiões e motores<br />

num período de dois anos, faltava<br />

apenas o bloco de 16 litros para que<br />

todo o leque de opções Volvo Trucks<br />

pudesse cumprir a norma Euro 6<br />

Volvo FH16<br />

Volvo Trucks continua a renovação da<br />

A sua gama, que se iniciou no final de<br />

2012 com a apresentação do FH. Foi precisamente<br />

este o primeiro camião Volvo<br />

da nova geração. Entretanto, foram apresenta<strong>das</strong><br />

as novas gerações de FM, FL, FE<br />

Por: José Silva<br />

Euro 6 em toda a linha<br />

Pré-ven<strong>das</strong> arrancam no próximo mês de Março<br />

e FMX, as restantes gamas dos construtor<br />

de Gotemburgo que receberam exatamente<br />

a mesma face do “irmão” mais velho,<br />

bem como alguns detalhes da cabina. Para<br />

<strong>2014</strong>, a Volvo Trucks prepara mais uma<br />

novidade.<br />

A Primavera deste ano vai assistir ao<br />

lançamento do modelo topo de gama<br />

da marca, o Volvo FH16, com configuração<br />

Euro 6. Com uma nova geração<br />

de motores de 16 litros, este não só está<br />

de acordo com os padrões rígidos de<br />

baixas emissões, como também vai ao<br />

encontro <strong>das</strong> expectativas sobre o desempenho<br />

e produtividade dos clientes<br />

nas operações mais exigentes.<br />

“Estamos orgulhosos de ter conseguido<br />

cumprir os requisitos Euro 6, mantendo<br />

a melhor capacidade de condução e<br />

desempenho no mercado. O consumo<br />

de combustível também permanece<br />

altamente competitivo”, referiu Kristin<br />

Signert, Diretor do Segmento de Longo<br />

Curso da Volvo Trucks, na altura em que<br />

foram revela<strong>das</strong> as primeiras imagens<br />

do modelo. A nova gama de motores<br />

Euro 6 é composta por três níveis de<br />

saída a partir do motor de 16 litros: 750<br />

cv (3550 Nm), 650 cv (3150 Nm) e 550<br />

cv (2900 Nm). Os três níveis de potência<br />

deste bloco surgem acoplados à transmissão<br />

automatizada da Volvo, I-Shift.<br />

A variante de 550 cv também tem disponível<br />

uma versão com 2.800 Nm para<br />

caixa manual. O Volvo FH16 é um dos<br />

mais potentes e distintos camiões do<br />

setor, altamente valorizado por empresas<br />

de transporte e motoristas, que<br />

apreciam o seu desempenho adicional,<br />

a produtividade e o conforto. As pré-<br />

-ven<strong>das</strong> do Volvo FH16 equipado com<br />

motor Euro 6, com emissões consideravelmente<br />

mais baixas de óxidos de<br />

azoto e partículas, vão começar em<br />

Março de <strong>2014</strong>. O início da produção<br />

está previsto para o início de Junho.<br />

Mercedes-Benz Citan 111 CDI<br />

Subida de forma<br />

Novo motor e várias configurações para o habitáculo<br />

› O Citan passa a contar, já a partir de <strong>Fevereiro</strong> de <strong>2014</strong>, com um<br />

versão equipada com o motor 1.5 CDI de 110 cv. Uma mais valia<br />

que reforça prestações e melhora consumos<br />

Mercedes-Benz Citan 111 CDI<br />

Motor<br />

4 cilindros em linha Diesel,<br />

transversal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 1461<br />

Alimentação<br />

injeção direta common-rail<br />

Potência máxima (cv/rpm) 110/4000<br />

Binário Máximo (Nm/rpm) 240/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 170<br />

0-100 km/h (s) 12,3<br />

Tração<br />

dianteira<br />

Caixa de velocidades<br />

manual de 6+ma<br />

Suspensão dianteira<br />

McPherson<br />

Suspensão traseira<br />

eixo rígido<br />

Versões disponíveis<br />

Maxi; Extralonga (passageiros e Van);<br />

Misto (passageiros c/ carga); Passageiros (5 lugares)<br />

O interior deste pequeno<br />

furgão é versátil e cumpre<br />

muito bem a sua função<br />

O sucesso comercial do Mercedes-Benz<br />

Citan na Europa tem feito os responsáveis<br />

acreditar que o passo que foi tomado<br />

para a parceria com a Renault<br />

surtiu os efeitos desejados. O pequeno<br />

furgão de Estugarda (que é produzido<br />

em França) é um sucesso comercial e<br />

os mercados onde é vendido simbolizam<br />

o seu êxito. Depois da Europa, o<br />

Citan vai rumar à Ásia e à América do<br />

Sul, transformando o furgão franco-<br />

-alemão num produto global.<br />

No início de <strong>2014</strong>, a Mercedes-Benz<br />

prepara-se para alargar a gama do modelo<br />

com a inclusão de um novo motor<br />

turbodiesel mais potente e com a adoção<br />

de uma versão de passageiros extralonga.<br />

Mas já lá vamos. Primeiro,<br />

debrucemo-nos sobre o Citan mais<br />

potente. O “novo” motor que recebe a<br />

designação 111 CDI vai ser transversal<br />

a toda a gama e pode ser adquirido nas<br />

versões Maxi, extralonga, misto e passageiros.<br />

Preços definidos para Portugal<br />

ainda não existem, mas na Alemanha<br />

a diferença entre as versões com 90 e<br />

110 cv é de €910.<br />

Na pequena volta que realizámos ao<br />

volante da variante mais potente do<br />

furgão da Mercedes-Benz, foi possível<br />

perceber a facilidade que este motor<br />

tem em tornar o Citan num veículo mais<br />

“auto-estradista”. Ao contrário do que<br />

sucede na versão de 90 cv, que por volta<br />

<strong>das</strong> 3000 rpm emana um ruído que<br />

invade o habitáculo, este bloco mais<br />

potente tem um regime de rotação mais<br />

amplo, logo às 3000 rpm rola a uma<br />

velocidade aceitável para um furgão,<br />

num regime de rotação mais baixo e<br />

com muito menos ruído. O percurso de<br />

pouco mais de 100 km foi feito a uma<br />

média de consumo de 6,2 l/100 km, um<br />

valor muito interessante.<br />

JS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com <strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong>


CheckUp<br />

40<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

24<br />

Carlos Costa, diretor de compras da Ad Logistics e Sonicel<br />

“Negoceio sempre até obter<br />

› Responsável pelas compras da AD Logistics e da Sonicel, Carlos Costa<br />

admite que a arte da negociação o fascina. Até na sua vida pessoal. É a<br />

adrenalina do desafio que o move no quotidiano<br />

Por: Jorge Flores<br />

Nem sempre aquilo que fazemos faz<br />

parte do que somos. São matérias<br />

distintas. Mas, por vezes, essa fusão<br />

acontece. Carlos Costa, 38 anos, diretor de<br />

Compras da Ad Logistics e da Sonicel reconhece<br />

que nunca despe verdadeiramente<br />

esse lado profissional no seu quotidiano. A<br />

arte de “comprar” é algo que o entusiasma.<br />

O que pode ser uma evidente vantagem<br />

quando, por exemplo, consegue comprar<br />

um LCD com um brutal desconto, apenas<br />

porque não tinha manual de instruções.<br />

“Para que queria eu um manual que não ia<br />

ler?”, pergunta, entre risos. O pragmatismo<br />

é um dos requisitos essenciais da atividade.<br />

E o protagonista do Check-up 24 desta edição<br />

sabe-o perfeitamente.<br />

08:15<br />

É fundamental manter o contacto. E é<br />

essencial beber um café, também. O<br />

primeiro do dia é bebido no café mesmo<br />

ao lado da loja da AD Logistics. Com<br />

quase 20 anos de experiência no setor<br />

<strong>das</strong> compras, Carlos Costa ainda fala<br />

com prazer da profissão. “Gosto muito<br />

da adrenalina. Dos desafios. De identificar<br />

um problema e ir atrás dele até o<br />

conseguir resolver. Delinear estratégias”,<br />

afirma. Terminado o café, fará o ponto<br />

de situação com os responsáveis da loja,<br />

apurando como está a situação em termos<br />

de marcas e de stock, relativamente<br />

à concorrência. “O feedback <strong>das</strong> lojas é<br />

muito importante. A equipa de ven<strong>das</strong><br />

é a cara da empresa. Dão-nos o feedback<br />

e nós temos de encontrar as soluções”,<br />

sublinha.<br />

Atualmente, a tecnologia facilita o<br />

trabalho <strong>das</strong> oficinas. E é preciso que<br />

tudo funcione como um relógio. “A peça<br />

certa, na hora certa, no local certo”.<br />

Certo? “Não pode ser de outra maneira.<br />

E se conseguirmos juntar a qualidade<br />

e o preço”…<br />

Estas e muitas outras questões estarão<br />

na agenda de trabalhos da reunião de<br />

equipa, durante a tarde. Apontemos pois<br />

para os escritórios em Carnaxide.<br />

Levar o Guilherme ao colégio é a primeira<br />

atividade do dia de Carlos Costa<br />

8h15: Colégio do Guilherme<br />

Carlos Costa costuma ter as semanas<br />

bem planea<strong>das</strong>. Por norma, as segun<strong>das</strong>,<br />

quartas e sextas começam da mesma<br />

maneira: a levar o Guilherme, de sete<br />

anos, ao ATL – paredes meias com o<br />

colégio. Os outros dias da semana cabem<br />

à sua mulher.<br />

São 8h15, a hora combinada e já o<br />

nosso entrevistado espera pelo JORNAL<br />

DAS OFICINAS. Com uma mochila na<br />

mão e o filho mais velho na outra. Sim,<br />

há dois meses que Guilherme adquiriu<br />

este estatuto, uma vez que teve um<br />

irmão – o Duarte – que muito tem animado<br />

as noite de Carlos Costa. Faz parte.<br />

E não há motivos de queixas. A favor<br />

dos dias do responsável <strong>das</strong> compras<br />

da AD Logistics e da Sonicel está o facto<br />

de ter a vida estruturada dentro de um<br />

perímetro geográfico relativamente<br />

pequeno: mora em Paredes, o colégio<br />

do filho fica em Tires e o trabalho em<br />

Carnaxide. Curiosamente (ou não), a loja<br />

da AD Logistics onde tem a primeira<br />

reunião do dia fica a dois passos do<br />

colégio, em Trajouce, São Domingos de<br />

Rana. Tudo próximo.<br />

9h30: Encontro na loja<br />

Os encontros com os colaboradores<br />

ocorrem, pelo menos, de 15 em 15 dias.<br />

14h30: Reunião de equipa<br />

Mal chega ao escritório e ainda antes<br />

da reunião que terá com a equipa, Carlos<br />

Costa trata de inteirar-se sobre as<br />

ven<strong>das</strong> do dia anterior, de ver emails<br />

dos fornecedores e de verificar se houve<br />

alguma “incoerência” no processo, “antes<br />

que sejam os clientes a identifica-la”.<br />

Antecipar um problema é uma boa<br />

maneira de não ter que o resolver. Depois,<br />

vem a gestão do produto. A análise<br />

do stock – as lojas têm de ser reabasteci<strong>das</strong>.<br />

E Carlos Costa orgulha-se de ter<br />

criado um processo automático para<br />

este reabastecimento – por loja e por<br />

marca.<br />

A equipa não é grande. Quatro pessoas.<br />

Três gestores de produto e uma<br />

administrativa. Será com eles que Carlos<br />

Costa estará sentado dentro de minutos.<br />

A partir a pedra do dia. E a limar<br />

arestas nos processos da AD Logistics<br />

e da Sonicel – empresas que, apesar de<br />

distintas e com administrações próprias,<br />

partilham a equipa operacional, o espaço<br />

e determinados serviços.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

41<br />

17:25<br />

o preço justo”<br />

17h25: Trabalho de escritório<br />

A tarde corre solta. E Carlos Costa revela<br />

um pouco do que foi o seu percurso<br />

profissional até chegar onde está – há<br />

pouco mais de seis meses. Começou<br />

muito novo, em 1<strong>99</strong>5, na Robert Bosch,<br />

como fiel de armazém e agarrou, mal<br />

conseguiu, uma oportunidade no departamento<br />

de compras. Ao fim de alguns<br />

anos, a distribuição da empresa saiu<br />

de Portugal – tornou-se Ibérica – e Carlos<br />

Costa continuou ligado à gestão de<br />

compras e da logística. Funções que<br />

viria a desempenhar na Krautli, onde<br />

ainda estruturou o departamento de<br />

compras - “a gestão do stock estava centrado<br />

na área comercial”, conta – e onde<br />

criou métodos e rotinas de trabalho.<br />

“Estive quatro anos como diretor de<br />

compras”. Até que teve um outro convite<br />

da MCoutinho para montar toda a central<br />

de compras da Rede Rino. Um ano<br />

depois, a AZ Auto pede-lhe para dar<br />

apoio ao negócio também na área <strong>das</strong><br />

compras. E logo de seguida, abraça a área<br />

dos materiais originais, na mesma empresa,<br />

onde fica dois anos. Foi então que<br />

apareceu a AD Logistcs – e a Sonicel, por<br />

14:30<br />

09:00<br />

O contacto direto com as lojas é essencial<br />

para coordenar estratégias face à<br />

concorrência<br />

Carlos Costa criou um mecanismo automático para o reabastecimento <strong>das</strong> lojas<br />

acréscimo. Um estímulo diferente, admite.<br />

“Enquanto player, empresa internacional,<br />

nunca tinha tido esta<br />

experiência. Temos nove lojas (Trajouce,<br />

Odivelas, Loulé, Maia, Braga, Barcelos,<br />

Famalicão e Carnaxide). Estava habituado<br />

a dois ou três armazéns. A realidade é<br />

muito distinta”, diz. Mais. “Enquanto AD<br />

Logistics estamos mais perto da oficina.<br />

Estava habituado ao canal de retalho. É<br />

mais exigente. As pessoas estão mais<br />

atentas a procurar soluções. E nós temos<br />

de as encontrar”.<br />

A AD Logistics e a Sonicel partilham a mesma equipa. Carlos Costa é o responsável pelas compras e está a par de todos os pormenores<br />

21h00: Apanhar filho no Karaté<br />

Trabalho não falta no escritório. E<br />

Carlos Costa sabe que o dia só terminará<br />

quando for apanhar o filho ao<br />

karaté, bem mais tarde. Partilha esta<br />

tarefa com a sua mulher, mas hoje é a<br />

sua vez. Neste intervalo de tempo,<br />

aproveitamos para explorar um pouco<br />

da sua vida mais pessoal. Começamos<br />

com uma palavra muito grata – e presente<br />

– na sua vida: compras! Conseguiria<br />

explicar o conceito ao filho? “É<br />

sentir que há algo que nos faz falta. E<br />

que esse bem está na posse de outro,<br />

que tem de o trocar. Dar uma coisa e<br />

receber outra”, dispara. Na vida familiar,<br />

de resto, Carlos Costa conserva o seu<br />

ADN de comprador profissional. “É um<br />

defeito que tenho”. Como assim? “Se<br />

não achar o preço justo, negoceio e<br />

renegoceio até lá chegar”. E chega<br />

quase sempre. Carlos Costa define-se<br />

como “um lutador”, alguém que “nunca<br />

baixa os braços”. Mas no futuro gostava<br />

de ser menos perfeccionista, porque,<br />

em determina<strong>das</strong> situações, “pode até<br />

atrapalhar”.<br />

Por falar em tempo, daqui a uma década,<br />

não se importava de continuar<br />

a exercer estas funções. Mas com desafios<br />

diferentes. Formado em Gestão<br />

de Marketing (curso que tirou em pós-<br />

-laboral, quando trabalhava na Robert<br />

Bosch), Carlos Costa não enjeita a possibilidade<br />

de vir a tirar uma especialização<br />

de um ano na área da Logística,<br />

de modo a dar alguma consistência<br />

teórica à sua prática laboral. “Não está<br />

fora dos meus planos”, garante. É provável<br />

que daqui a muitos anos, também<br />

continue a disputar um clássico de<br />

futebol com alguma história familiar:<br />

primos vs tios! Um jogo que, graças à<br />

forma física de uns e outros, tem sido,<br />

cada vez mais, espaçado no tempo, mas<br />

que Carlos Costa gostaria de manter<br />

por muitos anos. Os laços da amizade<br />

e da família não se compram facilmente.<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Personalidade do Mês<br />

Pedro Rosado<br />

CEO do Grupo EBI Automotive<br />

“Eco também vem de Económico”<br />

› Pioneiro no conceito de Eco-Oficina em Portugal, Pedro Rosado, 45 anos, defende que<br />

para ter sucesso já não basta ser sério e competente. É preciso ver mais além. Segundo<br />

explica, o termo “Eco” não está apenas relacionado com o ambiente<br />

Por: Jorge Flores<br />

Quando se fala em Eco-Oficina,<br />

em Portugal, o nome de Pedro<br />

Rosado é referência obrigatória.<br />

Com 45 anos acabados de fazer e com<br />

bacharelato em Informática e Gestão,<br />

com especialização em óleohidraulica<br />

e certificação como auditor da qualidade<br />

(Tuv) na bagagem, a nossa Personalidade<br />

do Mês integra o grupo de pioneiros que<br />

trouxe o conceito para terras lusas. “Começou<br />

com o apoio de um programa<br />

Europeu de fundos comunitários que<br />

visava reforçar as competências técnicas<br />

<strong>das</strong> oficinas e introduzir no setor uma<br />

consciencialização para a parte ambiental,<br />

chamando a atenção para o impacto<br />

que o sector automóvel tinha na natureza”,<br />

conta. Na sua essência, este novo<br />

conceito assentava em três vertentes:<br />

“numa solução ecológica para a recolha<br />

do óleo usado do motor, através de um<br />

sistema patenteado (Click Drain System),<br />

que permitia a recolha direta do óleo<br />

usado do motor para o reservatório específico,<br />

via válvula de cárter (ganhou<br />

o prémio de inovação Europeu em 1<strong>99</strong>5);<br />

a primeira solução de recolha seletiva<br />

de resíduos perigosos (dávamos os primeiros<br />

passos no sector em direção à<br />

segregação de resíduos); e, por último,<br />

uns dísticos identificativos da rede Eco-<br />

-Oficina, que iria evoluir mais tarde para<br />

o conceito de pack total de imagem<br />

corporativa de rede oficial”.<br />

Pedro Rosado adotou o projeto na sua<br />

fase embrionária, em 1<strong>99</strong>4, através de<br />

contatos estabelecidos numa feira parisiense.<br />

“Saí da Eco-Oficina em 2002,<br />

quando foi alvo de uma tentativa de<br />

“take-over” dos investidores originais e<br />

regressei a convite dos novos investidores<br />

uns anos depois com condições privilegia<strong>das</strong>”,<br />

diz.<br />

rking: “obriga-nos constantemente a<br />

estar atentos aos nossos concorrentes,<br />

de forma a não nos tirarem a liderança<br />

de mercado - que temos há vários anos<br />

e que tanto nos custou a obter”, sublinha<br />

o CEO do Grupo EBI Automotive, acrescentando:<br />

“temos finalmente concorrentes<br />

de peso a operar no mercado <strong>das</strong><br />

redes corporativas, o que nos obrigou,<br />

recentemente, a lançar a terceira geração<br />

de Eco-<strong>Oficinas</strong>”.<br />

Por outro lado, é com pesar que Pedro<br />

Rosado assiste a “situações de empresas<br />

que, ao longo do tempo, investiram até<br />

de uma forma sustentada e correta no<br />

seu negócio, mas que, a determinada<br />

altura, não se aperceberam <strong>das</strong> rápi<strong>das</strong><br />

mudanças no setor e que atualmente se<br />

encontram em sérias dificuldades até<br />

para conseguirem a ‘boia de salvação’<br />

de entrarem na nossa rede”, atendendo<br />

às “exigências que temos nos indicadores<br />

económicos”.<br />

Pedro Rosado acredita que não existem<br />

soluções “mágicas” para os problemas.<br />

Mas considera que “a falta de empreen-<br />

dedorismo e de visão está na génese de<br />

uma geração que acreditava que ser<br />

sério e trabalhador era o suficiente para<br />

ter sucesso”… Talvez tenha sido, outrora,<br />

defende, “mas já não é! Hoje em dia não<br />

basta ser sério e bom profissional pois a<br />

competitividade <strong>das</strong> redes internacionais<br />

que entram no nosso país é de tal ordem<br />

que as pequenas oficinas independentes<br />

e isola<strong>das</strong> não têm qualquer hipótese<br />

de sobreviver. Só debaixo da asa de uma<br />

marca forte e credível lhes será dada a<br />

hipótese de sobreviverem na desarrumação<br />

e no caos que o mercado oficinal<br />

está a atravessar”, sublinha o nosso interlocutor.<br />

Algo de que Pedro Rosado se orgulha<br />

é de estar na linha da frente da “primeira<br />

rede a assumir o seu compromisso público<br />

com o Ambiente e a adotar uma imagem<br />

jovem e ecológica”. Mas atenção: “Eco<br />

também é de Económico!”… Porquê?<br />

“Pelas caraterísticas de baixo custo que<br />

as microempresas da nossa rede apresentam.<br />

Temos a solução de Rede Corporativa<br />

mais completa do mercado e com o preço<br />

■ Atento ao mercado<br />

Atualmente, aquilo de que Pedro Rosado<br />

mais gosta na sua atividade é tudo<br />

o que está relacionado com a “conceção<br />

dos projetos”. Além do desafio “brutal,<br />

que é, hoje em dia, inovar em Portugal<br />

neste sector. Dá-me um prazer imenso<br />

ver as soluções de inovação dos eco-<br />

-serviços que desenvolvemos a serem<br />

usa<strong>das</strong> pelos nossos agentes”. Particular<br />

prazer tem ainda na área do benchmamais<br />

baixo relativamente à nossa concorrência”.<br />

Infelizmente, avisa, “não há bela<br />

sem senão” e a rede é muito “seletiva”. Hoje<br />

em dia, “somos favorecidos pelo facto de<br />

termos vários canais de marketing digital<br />

a apoiar a angariação de clientes finais<br />

para a nossa rede (Groupon, Facebook e<br />

Google Adwords) que os nossos clientes<br />

tanto apreciam”, revela.<br />

Ao fim de tantos anos no mercado,<br />

motivo de orgulho é ainda o fato de poder<br />

contar como amigos todos os 280<br />

agentes <strong>das</strong> Eco-<strong>Oficinas</strong> de primeira e<br />

segunda geração, bem como os demais<br />

fornecedores e parceiros. “Sim, já é uma<br />

grande lista telefónica”, enfatiza.<br />

● Eco-Oficina<br />

Rua Vera Cruz, 13 – Loja E<br />

2780-306 Oeiras<br />

Diretor Geral: Pedro Rosado<br />

Telefone: 219 258 197<br />

E-mail: geral@eco-oficina.pt<br />

Internet: www.eco-oficina.pt<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Empresa Impoeste<br />

Novas oportunidades<br />

› A Impoeste reuniu os seus recursos humanos para lhes apresentar a Axalta Coating<br />

Systems, a nova empresa proprietária e fabricante <strong>das</strong> tintas Cromax, anteriormente<br />

conheci<strong>das</strong> como DuPont<br />

Esta ação de formação, que juntou durante<br />

uma semana todos os colaboradores<br />

da empresa, incluindo os<br />

funcionários da Impoeste Madeira, Espanha<br />

e Angola, decorreu no passado mês de dezembro,<br />

na sede da empresa, em Torres<br />

Vedras.<br />

Marcos Saraiva, da Axalta Coating Systems<br />

Portugal, começou por apresentar<br />

a companhia, que possui 35 fábricas e<br />

sete centros de tecnologia ao redor do<br />

mundo, tem 120.000 clientes em 130<br />

países e factura 4,5 biliões de dólares /<br />

ano. A empresa oferece aos clientes uma<br />

gama completa de sistemas de repintura,<br />

ferramentas e serviços para ajudá-los a<br />

usar os seus produtos de forma eficaz.<br />

A liderança do mercado é suportada<br />

por um conjunto de marcas de referência,<br />

onde se destaca a recém criada Cromax,<br />

desenvolvida para responder às<br />

exigências crescentes <strong>das</strong> oficinas de<br />

colisão para uma maior produtividade<br />

e processos de pintura amigos do ambiente.<br />

Convém esclarecer que o produto<br />

que está dentro <strong>das</strong> latas de tintas Cromax<br />

é o mesmo que antes estava nas<br />

latas DuPont, apenas tendo alterado a<br />

marca, o logótipo e o rótulo, que será<br />

diferente para as quatro famílias de produto<br />

Por sua vez, Luís Santos, Diretor Geral<br />

da Impoeste, apresentou a estratégia da<br />

empresa para <strong>2014</strong>, referindo que “vai<br />

ser um ano de muito trabalho para divulgar<br />

a marca Cromax junto dos nossos<br />

clientes e do mercado em geral. Felizmente<br />

o nome já tem alguma notoriedade,<br />

mas precisamos de promover a<br />

nova imagem da marca e transmitir os<br />

seus valores. Como distribuidores exclusivos<br />

da Cromax para Portugal, estamos<br />

100% empenhados em aumentar a notoriedade<br />

da marca e contribuir com o<br />

nosso know-how para o crescimento <strong>das</strong><br />

oficinas que fornecemos. Temos uma<br />

grande responsabilidade, porque a<br />

equipa Impoeste vai ser o embaixador<br />

da marca Cromax em Portugal. Como<br />

empresa líder, sempre dedicada à distribuição<br />

de tintas, estamos prontos para<br />

executar e cumprir o nosso compromisso<br />

para com o cliente”.<br />

Para divulgar a nova imagem da marca<br />

Cromax junto dos clientes e tudo o que<br />

esta mudança envolve, a Impoeste vai<br />

promover um Roadshow que irá percorrer<br />

todo o país.<br />

■ Formação por processos<br />

Como novidades, Luís Santos anunciou<br />

que vai lançar no inicío de <strong>2014</strong> um novo<br />

conceito de Formação, que vai passar<br />

pela criação de uma Academia de Formação,<br />

reestruturação do departamento<br />

técnico e comercial e ainda pela Cerificação<br />

do Centro de Formação pela<br />

DGERT. O centro de formação da Impoeste<br />

em Torres Vedras foi totalmente<br />

remodelado para responder às novas<br />

exigências que a empresa vai implementar<br />

nesta área.<br />

João Calha, responsável da Formação<br />

adiantou que “também estão previstos<br />

diversos acordos de parcerias com entidades<br />

nacionais e internacionais, com o<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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45<br />

Cromax é novo nome<br />

de DuPont Refinish<br />

A Axalta Coating Systems anunciou Cromax, como<br />

novo nome para a DuPont Refinish, marca de tintas<br />

de repintura automóvel. O nome Cromax e o seu logótipo<br />

dinâmico, proporcionam uma nova imagem<br />

a uma linha de produtos de repintura utilizada por<br />

muitos milhares de oficinas em todo o mundo.<br />

Cromax é já o nome de um produto bem conhecido<br />

e bem posicionado nos mercados, e a partir de agora<br />

abrange uma gama de produtos que juntos irão proporcionar<br />

aos clientes da marca uma série de opções<br />

cujo objectivo é apoiá-los em to<strong>das</strong> as áreas da oficina.<br />

As marcas da família Cromax proporcionam uma<br />

produtividade elevada, apoiada em produtos concebidos<br />

para uma aplicação fácil, rápida e precisa. Cromax<br />

inclui to<strong>das</strong> as linhas de produtos que fazem<br />

atualmente parte da DuPont Refinish, tais como<br />

Cromax Pro, Base Bicamada Cromax, Chroma Premier,<br />

ChromaBase e Centari. Tudo o que diz respeito<br />

às linhas de produto individuais permanecerão inalteráveis<br />

– a mesma qualidade, formulações e tecnologia<br />

continuarão a oferecer aos clientes soluções<br />

inovadoras.<br />

A implementação total da nova identidade Cromax,<br />

para a gama completa de produtos levará algum tempo.<br />

Os novos rótulos para os produtos da Cromax vão<br />

começar a surgir durante <strong>2014</strong>. Entretanto, todos os<br />

produtos, ferramentas de cor e outras ferramentas de<br />

apoio com o nome DuPont Refinish podem continuar<br />

a ser utilizados pelas oficinas clientes da Impoeste.<br />

Fernando Mendes<br />

foi convidado<br />

especial no<br />

jantar de<br />

confraternização<br />

que reuniu<br />

toda a equipa<br />

Impoeste. Na foto<br />

ao lado, Marcos<br />

Saraiva, da Axalta<br />

Coating Systems,<br />

apresentou a<br />

nova estratégia<br />

da companhia<br />

para Portugal<br />

objetivo de credibilizar ainda mais a<br />

Formação ministrada aos clientes”.<br />

O programa de formação para <strong>2014</strong> da<br />

Cromax oferece cursos de formação para<br />

que os proprietários <strong>das</strong> oficinas e os<br />

pintores possam desenvolver as suas<br />

aptidões de maneira a desenvolverem<br />

um trabalho mais produtivo. Toda a formação<br />

será mais focada no processo de<br />

pintura do que nas tintas, de forma a<br />

rentabilizar mais os serviços <strong>das</strong> oficinas<br />

de colisão.<br />

“Com a criação da Academia, a formação<br />

vai começar a ser dada por processos,<br />

em módulos e todos os participantes vão<br />

ter avaliações finais e acompanhamento<br />

nas empresas, para verificarmos se os<br />

conhecimentos adquiridos nos cursos<br />

estão a ser bem utilizados no dia a dia<br />

<strong>das</strong> oficinas. No caso de verificarmos que<br />

os objetivos não estão a ser atingidos, a<br />

formação será repetida as vezes que<br />

forem necessárias”, concluiu João Calha.<br />

Para ajudar os pintores a alcançarem<br />

uma reparação perfeita logo à primeira,<br />

e consequentemente, tornarem-se mais<br />

produtivos, os cursos serão continuamente<br />

atualizados de acordo com os<br />

lançamentos dos novos produtos, novas<br />

técnicas de aplicação, novas legislações<br />

e novas tendências de mercado.<br />

● Impoeste<br />

E. N. 8 km 44<br />

2564-909 Torres Vedras<br />

Diretor Geral: Luis Santos<br />

Telefone: 26 133 7250<br />

Fax: 26 133 7271<br />

E-mail: geral@impoeste.pt<br />

Internet: www.impoeste.pt<br />

PUB<br />

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46<br />

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Of icina do Mês<br />

Centro-Auto Roady<br />

› No Centro-Auto da Roady em Gândara-<br />

Leiria, a loja e a oficina funcionam de forma<br />

complementar. Os clientes podem deixar o<br />

veículo nas mãos dos mecânicos e aproveitar<br />

para fazer as suas compras<br />

Por: Jorge Flores<br />

Espírito de grupo<br />

O<br />

Centro-Auto Roady de Gândara-<br />

-Leiria nasceu já no seio do grupo<br />

francês, contando, portanto, com<br />

11 anos de experiência no mercado.<br />

Trata-se de uma unidade integrada num<br />

espaço que conta com duas outras insígnias<br />

do Grupo Os Mosqueteiros – Intermarché<br />

(alimentar) e Bricomarché<br />

(bricolage) - beneficiando <strong>das</strong> sinergias<br />

inerentes, como o fluxo de clientes (o<br />

veículo pode ficar na oficina enquanto<br />

o cliente faz as suas compras). Uma vantagem<br />

em termos de poupança de<br />

tempo.<br />

Entre as principais qualidades do serviço,<br />

António Jacinto, o novo presidente da<br />

Administração do Grupo Roady, que<br />

acompanhou desde cedo a evolução<br />

deste Centro-Auto destaca a “qualidade<br />

e variedade do serviço, o atendimento<br />

personalizado e a disponibilidade de<br />

horários – este espaço está aberto em<br />

horário alargado e não encerra na hora<br />

de almoço, o que possibilita a qualquer<br />

cliente visitar o Centro-auto a qualquer<br />

hora”. Além disso, refere, “a equipa desta<br />

oficina é composta por colaboradores<br />

motivados e com formação especializada,<br />

que trabalha com vista aos resultados<br />

positivos que temos vindo a alcançar”.<br />

■ Loja e oficina<br />

A atividade deste centro Roady coordena-<br />

-se em torno da oficina e da receção da<br />

loja, funcionando de forma complementar.<br />

A loja e oficina, de resto, funcionam<br />

sempre em paralelo em todos os 32<br />

centros Roady existentes em Portugal<br />

– são 125 em França. Relativamente à<br />

oficina, as áreas de atuação são três: Tecnologia<br />

Auto, Mecânica e Eletricidade.<br />

Já a loja tem uma área de exposição de<br />

produtos de aproximadamente 400 m2.<br />

Segundo António Jacinto, “as áreas de<br />

mecânica e eletricidade correspondem<br />

ao maior volume de faturação. Também<br />

a família de pneus tem ultrapassado as<br />

nossas expectativas, uma vez que temos<br />

vindo a crescer acima do mercado nacional”,<br />

destaca.<br />

O Centro-Auto Gândara-Leiria da Roady<br />

conta com uma lista considerável de<br />

clientes fixos. “Como referi anteriormente,<br />

nos pontos de venda Roady encontram<br />

uma loja e uma oficina e no caso desta<br />

última, é comum encontrarmos clientes<br />

de longa data, que se mantêm fiéis ao<br />

Roady – “a sua oficina”. Contudo realçamos<br />

como bom indicador o número de<br />

clientes novos que tem vindo a aumentar<br />

tendencialmente no último ano”.<br />

■ Formação crucial<br />

A formação profissional é, para todo o<br />

Grupo Os Mosqueteiros, “fundamental<br />

e prioritária”.Nesse sentido, o novo líder<br />

da Roady chama a atenção para o fato<br />

do Grupo deter “uma empresa especializada<br />

nessa área a – FORDIS Portugal,<br />

creditada pelo INFOR (Instituto para<br />

a Inovação na Formação), cujo objetivo<br />

passa por desenvolver a formação profissional<br />

dos colaboradores”.<br />

Neste Centro-Auto, como em to<strong>das</strong> as<br />

<strong>Oficinas</strong> Roady, a formação é adaptada<br />

consoante as necessidades dos colaboradores,<br />

assim como a evolução<br />

tecnológica – uma constante neste<br />

mercado.<br />

● Centro Auto Roady<br />

Rua da Baquelite<br />

Carregal - Gândara dos Olivais<br />

2415-651 Leiria<br />

Gerente: António Jacinto<br />

Telefone: 244 834 503<br />

Fax: 244 824 495<br />

E-mail: pdv05037@mousquetaires.com<br />

Internet: www.roady.pt<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Gestão de recursos<br />

Utilização eficiente dos recursos<br />

Garantir a<br />

sustentabilidade<br />

› O clima económico em que nos situamos atualmente implicou uma redução<br />

da procura, o que se traduz em geral e para a oficina de reparação automóvel<br />

em particular, por um excesso de capacidade de oferta<br />

Trata-se de uma situação de risco, em<br />

que os custos se mantêm, enquanto as<br />

receitas diminuem, pelo que há todo<br />

o interesse em controlar todos os aspectos<br />

da empresa e do negócio. Para não ficarmos<br />

paralisados, no entanto, temos que apelar<br />

para a inovação, analisando a nossa gestão<br />

e verificando a utilização que fazemos dos<br />

recursos disponíveis na empresa, introduzindo<br />

modificações no que for necessário,<br />

no sentido de aumentar a rentabilidade e o<br />

nível de serviço.<br />

Existem alguns rácios e indicadores de<br />

operatividade que são utilizados habitualmente<br />

para manter sob controlo os<br />

diversos parâmetros da gestão, avaliando<br />

o desempenho global da oficina, de uma<br />

secção, de um equipamento ou de cada<br />

um dos colaboradores. Um dos indicadores<br />

básicos é a produtividade, a qual<br />

podemos referir como a relação entre as<br />

horas utiliza<strong>das</strong> em ordens de reparação<br />

e as horas disponíveis, para um determinado<br />

período de tempo. Mede por conseguinte<br />

a ocupação produtiva da oficina.<br />

Para conseguir que esta ocupação se<br />

mantenha dentro de uns níveis aceitáveis,<br />

teremos que medir os parâmetros dos<br />

quais depende: horas produtivas e horas<br />

de presença. O segundo parâmetro escapa<br />

ao controlo da gestão, porque depende<br />

da rotação do pessoal, bem como<br />

de faltas e situações de baixa na empresa.<br />

De qualquer modo, naquilo que está ao<br />

nosso alcance, devemos criar to<strong>das</strong> as<br />

situações para que a produtividade aumente,<br />

ou vendo as coisas de outro<br />

prisma, para que as situações improdutivas<br />

diminuam tanto quanto possível.<br />

■ Focar a atenção no valor<br />

O primeiro passo para eliminar as situações<br />

improdutivas será detectá-las. Para<br />

tal, há todo o interesse em ir para além<br />

do rácio de controlo (produtividade),<br />

entendendo todo o processo produtivo,<br />

não apenas em relação ao tempo utilizado<br />

a trabalhar, mas igualmente em toda uma<br />

série de intervenções interrelaciona<strong>das</strong>,<br />

que decorrem desde que o veículo entra<br />

na oficina com um problema, até ao momento<br />

em que é devolvido ao cliente<br />

devidamente reparado.<br />

Estamo-nos a referir a ações como a<br />

receção do veículo, elaboração do orçamento,<br />

gestão <strong>das</strong> peças de substituição,<br />

distribuição <strong>das</strong> tarefas, reparação dos<br />

danos, controlo dos tempos, controlo da<br />

qualidade, trabalho do veículo, processos<br />

administrativos, etc. A forma como decorrer<br />

cada fase do processo terá uma<br />

influência maior ou menor no resultado<br />

final conjunto.<br />

Claro que não existe uma receita única<br />

para to<strong>das</strong> as oficinas, mas cada um pode<br />

por si estudar o perfil dos clientes, quais<br />

são as suas necessidades e como podemos<br />

satisfazer as suas expectativas ou<br />

superá-las, através de uma utilização<br />

óptima dos recursos disponíveis. Para<br />

tornar esta exposição mais clara, iremos<br />

agrupar to<strong>das</strong> as ideias relaciona<strong>das</strong> com<br />

as possíveis melhoras em quatro áreas<br />

principais de apreciação.<br />

AMBIENTE PRODUTIVO - Estamos a<br />

falar <strong>das</strong> condições em que decorrem as<br />

atividades produtivas, sendo importante<br />

considerar o lay out da oficina, localização<br />

dos equipamentos mais utilizados,<br />

acesso às instalações, iluminação, ventilação,<br />

etc. Em primeiro lugar, devemos<br />

ter a noção de que todos os movimentos<br />

desnecessários de um técnico para ir<br />

buscar alguma coisa ou falar com alguém,<br />

procurar uma peça ou ferramenta, etc.,<br />

não acrescenta qualquer valor à reparação,<br />

embora tenha um custo importante<br />

(custo fixo <strong>das</strong> instalações e encargos<br />

com pessoal). Devemos portanto tomar<br />

to<strong>das</strong> as medi<strong>das</strong> para reduzir esses tempos<br />

improdutivos, entre as quais sugerimos:<br />

● Cada técnico deve possuir um carro<br />

de ferramentas próprio, com tudo o que<br />

seja útil para as suas atividades normais.<br />

Para haver mais eficiência e até mais<br />

controlo do património, certas ferramentas<br />

e equipamentos deveriam ser individuais<br />

e não partilhados.<br />

● To<strong>das</strong> as ferramentas e equipamentos<br />

de uso habitual devem estar localizados<br />

numa zona específicas e<br />

organizados em estantes, expositores,<br />

etc., devendo regressar ao seu local próprio<br />

após cada utilização. Tudo o que não<br />

tiver utilidade, como resíduos, embalagens,<br />

componentes de veículos, equipamentos<br />

pouco usados, etc., devem ser<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

49<br />

A oficina<br />

deve ter boas<br />

condições de<br />

circulação<br />

de pessoas e<br />

veículos, para<br />

os técnicos<br />

poderem exercer<br />

a sua atividade<br />

de forma<br />

eficiente<br />

eliminados do ambiente de trabalho e<br />

encaminhados para locais próprios.<br />

● A superfície da oficina deve estar<br />

organizada de modo que os fluxos de<br />

pessoas e veículos se processe livremente,<br />

sem interromper os trabalhos que<br />

estão em curso e sem implicar manobras<br />

desnecessárias. Em princípio, a solução<br />

ideal é um carro em reparação entrar por<br />

um lado e sair por outro, já reparado. Isto<br />

é particularmente importante nas oficinas<br />

de carroçaria e repintura, em que o<br />

processo de reparação inclui várias fases<br />

que podem ser demora<strong>das</strong>.<br />

● A oficina deve ter um plano de manutenção<br />

de equipamentos e instalações<br />

organizado e executado por um responsável<br />

formal, embora esse elemento possa<br />

ter outra atividade na empresa. O essencial<br />

é que tudo possa estar permanentemente<br />

em condições de ser utilizado em<br />

atividades produtivas e não haja interrupções<br />

dos trabalhos ou demoras ocasiona<strong>das</strong><br />

por falhas de equipamentos ou<br />

falta de condições <strong>das</strong> instalações. Além<br />

disso, a correta manutenção prolonga a<br />

vida dos bens e do património imobilizado,<br />

aumentando o retorno do investimento<br />

e a rentabilidade do negócio.<br />

■ TECNOLOGIA<br />

Neste ponto, interessa-nos tudo o que<br />

ajuda os recursos humanos a realizar as<br />

suas funções produtivas, incluindo todos<br />

os materiais, ferramentas, equipamentos<br />

e sistemas.<br />

● As soluções informáticas da oficina<br />

devem estar organiza<strong>das</strong> em rede operativa,<br />

que permite a permanente comunicação<br />

entre to<strong>das</strong> as secções da<br />

empresa (recepção, chefe da oficina,<br />

armazém de peças, escritório, etc.) de<br />

modo a haver o aproveitamento máximo<br />

de toda a informação disponível.<br />

● É indispensável uma ferramenta informática<br />

que permita realizar rapida-<br />

mente orçamentos precisos, detalhados<br />

e completos, dando origem posteriormente<br />

a ordens de reparação e facturas<br />

coerentes com os dados iniciais acordados<br />

com o cliente. Tal orçamento é uma<br />

ferramenta de ven<strong>das</strong> insubstituível e<br />

tem um forte impacto na organização<br />

da produção na oficina, melhorando a<br />

sua produtividade e rentabilidade.<br />

● No que se relaciona com materiais e<br />

produtos, é necessário dar prioridade ao<br />

que acrescenta valor ao trabalho e não<br />

simplesmente ao que tem menor preço.<br />

Há soluções tecnicamente mais evoluí<strong>das</strong><br />

que poupam tempo e material, resultando<br />

mais rentáveis. Estamos a pensar<br />

nos aparelhos com vários graus de cinzento,<br />

que tornam a aplicação da tinta<br />

mais rápida e rentável, nas pistolas LPHV,<br />

que garantem maior transferência de<br />

produto, nos sistemas de lavagem <strong>das</strong><br />

pistolas, nos consumíveis para mascarar<br />

a carroçaria eficientes, etc.<br />

● Com a grande variedade de tonalidades<br />

de tintas utiliza<strong>das</strong> na indústria<br />

automóvel, a oficina deve ter um sistema<br />

de identificação de cor eficiente e preciso,<br />

que permita obter a fórmula exata em<br />

menor tempo, tornando o processo de<br />

reparação mais rápido e gerando apreciáveis<br />

economias ao nível de materiais.<br />

Os processos artesanais geram desperdícios<br />

e exigem posterior processamento<br />

dos resíduos, o que é duplamente penalizador<br />

para a eficiência e rentabilidade<br />

da oficina.<br />

■ GESTÃO DE PROCESSOS<br />

empresa deve ter procedimentos padronizados<br />

para as áreas chave da oficina,<br />

como a de gestão e organização, comunicação,<br />

processos de reparação, controlo<br />

de qualidade, relações com fornecedores,<br />

etc., tornando a sua atividade mais consistente<br />

e rentável. Essa é a forma de<br />

conseguir que as tarefas sejam executa<strong>das</strong><br />

sempre da mesma forma e corretamente,<br />

contribuindo decisivamente para<br />

alcançar as expectativas do cliente e do<br />

mercado. Os principais aspectos a melhorar<br />

são os seguintes:<br />

● A planificação deficiente do trabalho<br />

gera esperas por falta de trabalho, falta<br />

de informação ou de peças, etc. Essas<br />

esperas interrompem o processo produtivo<br />

e diminuem a sua rentabilidade,<br />

como já vimos antes. Também há casos<br />

em que o técnicos trabalha em vários<br />

carros ao mesmo tempo e perde assim<br />

tempo a preparar cada uma <strong>das</strong> suas<br />

intervenções. Este sistema gera carros<br />

“mortos”, que ocupam espaço e penalizam<br />

a rentabilidade e eficiência da produção,<br />

reduzindo a satisfação do cliente.<br />

● Em relação às peças de substituição,<br />

é fundamental ter processos de encomenda,<br />

de verificação, de gestão e de<br />

montagem estabelecidos, em vez de<br />

deixar cada passo desses ao improviso.<br />

Muitas vezes as peças ficam a um canto<br />

da oficina, sujeitas a sofrer danos, mas,<br />

quando chega o momento de as montar,<br />

chega-se à conclusão de que falta alguma<br />

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50<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Gestão de recursos<br />

coisa para a montagem, como colas,<br />

agrafos, parafusos, etc. Quando se trabalha<br />

assim, é usual a montagem da peça<br />

ser realizada quando o cliente chega à<br />

oficina para levantar o carro… A operação<br />

é feita à pressa e o carro entregue<br />

sem qualquer verificação ou controlo de<br />

qualidade.<br />

● Tornar a parceria com os fornecedores<br />

mais dinâmica e baseada em processos<br />

de comunicação mais eficientes faz<br />

com que a oficina possa contar sempre<br />

com o que precisa no momento em que<br />

precisa, um factor de eficiência e rentabilidade<br />

incontornável.<br />

● Os processos de comunicação internos<br />

devem ser fiáveis e comprovados.<br />

Ao distribuir os serviços ao pessoal, é<br />

necessário obter a comprovação da parte<br />

do técnico, pois este pode estar ausente<br />

na hora/dia em que o trabalho será realizado,<br />

sendo necessário arranjar um<br />

substituto. Também há os casos em que<br />

os técnicos trocam entre si dias e/ou<br />

horas de trabalho, sem avisar a recepção<br />

ou o chefe da oficina, o que pode gerar<br />

o mesmo resultado, isto é, interrupções<br />

da reparação e per<strong>das</strong> de tempo produtivo.<br />

Não é assim que a oficina entra na<br />

via do êxito e da rentabilidade, devendo<br />

organizar-se previamente.<br />

● O controlo de qualidade nas operações<br />

reduz os trabalhos imperfeitos ou<br />

defeituosos, evitando repetições, um dos<br />

factores mais graves de ineficiência de<br />

uma oficina, porque implica perda de<br />

tempo produtivo, gasto de materiais e<br />

consumos de energia sem retorno.<br />

■ GESTÃO DE PESSOAS<br />

O capital principal de uma oficina é<br />

certamente o seu pessoal, sendo imperativo<br />

dispor de uma adequada gestão<br />

dos recursos humanos que permita aproveitar<br />

ao máximo, não somente o tempo<br />

<strong>das</strong> pessoas, como também as suas capacidades,<br />

talentos e criatividade. Para<br />

atingir esse objectivo, é necessário possuir<br />

uma cultura de empresa, formação,<br />

avaliação do desempenho, incentivos,<br />

relacionamento e espírito de equipa, etc.<br />

Vejamos pois como potenciar os recursos<br />

humanos:<br />

● Chamar os colaborado res mais capacitados<br />

a tomar decisões e a assumir<br />

responsabilidades é uma excelente forma<br />

de aproveitar o seu potencial, aumentar<br />

a sua participação na empresa e incentivá-los<br />

a participar no projeto de negócio.<br />

● Realizar uma segmentação e distribuição<br />

de trabalhos adequa<strong>das</strong>, tendo<br />

em conta, não somente o tempo disponível,<br />

mas também as capacidades individuais.<br />

É importante que as tarefas mais<br />

complexas e de maior responsabilidade<br />

sejam entregues aos melhores colaboradores,<br />

que geralmente são melhor<br />

remunerados. O inverso é também válido.<br />

● Estimular e criar oportunidades de<br />

trabalho em equipa, de modo a que<br />

pessoas com capacidades complementares<br />

possam partilhar entre si a reparação<br />

de um veículo. A longo prazo, os<br />

resultados obtidos por uma equipa são<br />

mais satisfatórios do que as recompensas<br />

individuais e pontuais.<br />

● Tornar a participação do pessoal uma<br />

regra da oficina, estimulando os colaboradores<br />

a proporem alternativas que se<br />

mostrem criativas e que consigam melhorar<br />

os processos, eliminando erros e<br />

per<strong>das</strong> de tempo. Obviamente, é necessário<br />

saber escutar o que as pessoas têm<br />

para propor e saber valorizar os seus<br />

contributos.<br />

● Tornar as boas práticas uma regra<br />

comum entre o pessoal, pelas quais se<br />

responsabilizam, melhora o ambiente<br />

de trabalho e qualifica a oficina.<br />

● Prever um sistema de incentivos à<br />

produtividade estimula os mais aptos e<br />

faz subir a eficiência global da oficina. É<br />

importante que os critérios de retribuição<br />

sejam objectivos, equitativos e comprováveis.<br />

Conclusão:<br />

O espaço da<br />

oficina atulhado de<br />

carros e técnicos<br />

sem espaço para<br />

exercerem a sua<br />

atividade de forma<br />

eficiente prejudica<br />

a rentabilidade do<br />

negócio<br />

Melhorar a rentabilidade do<br />

negócio não é uma revolução,<br />

nem mudar alguma<br />

coisa para que tudo continue<br />

na mesma. Trata-se de uma<br />

decisão responsável, que<br />

implica convicção e capacidade<br />

para introduzir de forma<br />

consistente modificações<br />

graduais, que possam levar<br />

a uma melhoria global do<br />

negócio, com a desejável<br />

participação de todos os<br />

elementos da empresa.<br />

Como dizia Albert Einstein:<br />

“Se queres chegar a uma<br />

coisa diferente, não podes<br />

fazer sempre a mesma coisa”.<br />

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Tecnologia<br />

APPs para smartphones<br />

Quase todos os principais fornecedores<br />

de peças e redes de<br />

oficinas têm aplicações próprias,<br />

através <strong>das</strong> quais facilitam o acesso aos<br />

seus sites e assim põem em prática uma<br />

eficaz estratégia de fidelização de clientes<br />

e utilizadores.<br />

A verdade é que essas apps tornam a<br />

vida mais fácil e mais agradável aos<br />

clientes, disponibilizando informações<br />

úteis, instruções várias, diversas funções<br />

e até passatempos e diversões. Mesmo<br />

assim, convém distinguir essas apps no<br />

pós-venda, de acordo com o público a<br />

que se dirigem. Os que podemos chamar<br />

B2B, são os desenvolvidos por fabricantes<br />

de peças e beneficiam os seus<br />

clientes, as oficinas, no seu trabalho<br />

diário. Por outro lado, temos as aplicações<br />

do tipo B2C, que geralmente partem<br />

<strong>das</strong> redes de oficinas, oficiais ou<br />

independentes, tendo como alvo os<br />

condutores de veículos, a quem fornecem<br />

vários dados úteis e alternativas<br />

de negócios e serviços.<br />

■ Gates<br />

Um bom exemplo de apps B2B inovador<br />

é o da Gates chamado PIC (Parts<br />

Image Capture) Gauge, com o qual,<br />

através de uma no va tecnologia de<br />

análise de imagens da espessura da<br />

borracha, se consegue fazer um diagnóstico<br />

imediato da correia de distribuição,<br />

quer esteja dentro do<br />

especificado, desgastada ou para substituir.<br />

Os resultados do teste podem ser<br />

guardados, para serem utilizados posteriormente.<br />

Tecnologia<br />

que f ideliza<br />

Habituais são já as<br />

apps que dão acesso<br />

a listas de produtos,<br />

existências, entregas<br />

e instruções de<br />

montagem da peça<br />

› A vulgarização dos smartphones provocou o aparecimento de inúmeras<br />

aplicações eletrónicas específicas para esses meios de comunicação. O<br />

pós-venda automóvel não passou ao lado do fenómeno<br />

Por: João Vieira<br />

■ NGK<br />

A NGK, lançou uma app que permite<br />

procurar referências de produtos deste<br />

fabricante através da internet. Disponível<br />

no Google Play (sistema Android)<br />

e na AppleStore (sistema iOS), este motor<br />

de busca vai possibilitar ao utilizador<br />

encontrar facilmente a vela, a sonda<br />

lambda, a bobina ou o jogo de cabos<br />

de que necessita. Com esta aplicação,<br />

é possível aceder às bases de dados mais<br />

atualiza<strong>das</strong> da NGK utilizando um dispositivo<br />

móvel e obter na mesma toda<br />

a informação mais importante acerca<br />

de qualquer produto. É ainda possível<br />

ver imagens desse mesmo produto.<br />

Mas a aplicação da NKG dá para muito<br />

mais. Uma vez com o produto na mão,<br />

é possível “scanear” o código de barras<br />

e perceber para que serve e como é<br />

montado. Facilita também o trabalho<br />

nas oficinas. Esta aplicação de pesquisa<br />

de produtos de NGK é compatível com<br />

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53<br />

dispositivos móveis da Apple com o iOS<br />

5.0 (ou superior) e o Android 4.0 (ou<br />

superior). Os utilizadores podem escolher<br />

entre dez idiomas distintos.<br />

■ DT Spare ParTS<br />

Por meio do telemóvel/tablet os utilizadores<br />

podem encontrar rápida e<br />

facilmente a peça de substituição que<br />

pretendem entre milhões de referências.<br />

O resultado da pesquisa fornece informações<br />

detalha<strong>das</strong> sobre o produto<br />

encontrado e os respetivos acessórios.<br />

Para além da procura de peças, o site<br />

móvel oferece um resumo <strong>das</strong> inovações<br />

de produtos de peças de reposição da<br />

marca DT e introduz a gama de retalho<br />

para camiões, reboques e autocarros,<br />

bem como os diferentes catálogos DT.<br />

Estes catálogos podem, também, ser<br />

vistos nos dispositivos móveis. A partir<br />

da página de internet móvel, pode entrar<br />

nos vídeos-Podcasts e nos vídeos<br />

de grupos de produtos.<br />

■ Mahle<br />

A Mahle apresentou a sua app, que<br />

permite aos mecânicos <strong>das</strong> oficinas e<br />

retalhistas de peças, o acesso de uma<br />

forma rápida a todos os catálogos, brochuras<br />

técnicas e outras informações,<br />

bem como saber que peça corresponde<br />

a cada veículo ou a sua correspondência<br />

com a peça de origem. Esta app é<br />

compatível com o sistema iOS e Android<br />

e está acessível na Apple App Store e<br />

no Google Play Store. Foi desenvolvida<br />

para smartphones, estando para já disponível<br />

em Alemão e Inglês, mas no<br />

futuro outros idiomas vão também estar<br />

disponíveis<br />

‘Corner Module’ da TRW – travagem,<br />

direção e suspensão. A nova App para<br />

Android está disponível para download<br />

gratuito a partir da Google Play Store,<br />

a loja de aplicações para o Android,<br />

basta efetuar a pesquisa por TRW. Esta<br />

nova aplicação do catálogo TRW para<br />

smartphones faz com que as informações<br />

sobre os produtos fiquem imediatamente<br />

disponíveis e acessíveis a um<br />

maior número de mecânicos.<br />

■ RM<br />

A aplicação Color Explorer Online é<br />

utilizada por técnicos de oficinas R-M<br />

em todo o mundo para a procura de<br />

fórmulas de cores. Eles ligam-se regularmente<br />

à Internet e podem desta<br />

forma encontrar muito rapidamente a<br />

fórmula mais apropriada para o seu<br />

trabalho de reparação. A R-M foi mais<br />

longe e lançou a sua nova aplicação<br />

móvel Color Explorer Online para smartphones<br />

e tablets — que pode ser transferida<br />

gratuitamente da AppStore ou<br />

da Google Playstore. Todos os utilizadores<br />

podem agora consultar a versão<br />

concisa e optimizada do site móvel da<br />

R-M a partir dos seus smartphones ou<br />

tablets, com ferramentas novas que<br />

estão a ser constantemente melhora<strong>das</strong>.<br />

■ SKF<br />

A SKF lançou a sua gama de kits de<br />

correias de distribuição com bomba de<br />

água – VKMC, que abrange mais de 70%<br />

do parque automóvel europeu, incluindo<br />

os veículos de marcas asiáticas.<br />

A experiência mostra que as possibilidades<br />

de uma bomba de água se avariar<br />

são muito mais altas depois de se fazer<br />

a substituição da correia de distribuição.<br />

O problema surge, muitas vezes, com a<br />

tensão da correia nova que é maior e<br />

pode danificar o eixo de uma bomba<br />

usada. Os kits VKMC incluem a bomba<br />

de água como uma parte integrante da<br />

correia de distribuição. A SKF recomenda<br />

substituir tanto a correia de distribuição<br />

como a bomba de água, para evitar problemas<br />

mecânicos e poupar tempo e<br />

dinheiro aos clientes <strong>das</strong> oficinas. To<strong>das</strong><br />

as informações sobre os kits VKMC estão<br />

disponíveis no novo catálogo de componentes<br />

motor 2013, através da app<br />

“SKF Automotive parts search”.<br />

APPs B2C<br />

Nos apps do tipo B2C, vulgares em redes monomarca ou multimarca,<br />

é frequente o apelo à manutenção, mas não faltam outros atrativos,<br />

como o melhor e mais rápido caminho para chegar à oficina em causa.<br />

Na Bosch Car Service, existe mesmo uma aplicação chamada BCS Racing,<br />

onde o cliente pode ensaiar diversos modelos em vários circuitos.<br />

O curioso é que o condutor obtém melhores tempos, quando o seu<br />

carro tem uma manutenção impecável, qualquer que seja o carro escolhido<br />

ou o circuito testado.<br />

Uma “brincadeira“ do mesmo tipo é proposta pela rede Euromaster<br />

de Michelin, com a sua aplicação Grand Prix, onde o condutor pode<br />

conduzir um carro de competição, com a possibilidade de controlar a<br />

pressão dos pneus, estado dos travões e afinação da caixa de velocidades.<br />

A rede de oficinas Vulco, pertença do Grupo Goodyear/ Dunlop,<br />

lançou uma app que permite aos utilizadores manter o seu veículo em<br />

ótimas condições e poupar nos gastos mensais. Com esta aplicação,<br />

que se descarrega a partir da página web da Vulco, os utilizadores<br />

podem consultar o preço do combustível que utilizam nas 5 estações<br />

de serviço mais próximas. A procura pode ser feita por distrito, pelo<br />

tipo de combustível e pelo preço de determinada estação. Esta informação<br />

é atualizada diariamente. Uma vez identificada a estação de<br />

serviço que interessa, é possível ver o percurso até lá a partir da posição<br />

do condutor.<br />

A Mi<strong>das</strong> lançou uma app que permite ao utilizador, de uma forma<br />

muito mais intuitiva e prática, aceder às várias funcionalidades do espaço<br />

cibernauta. Com esta aplicação é possível saber automaticamente<br />

qual é a oficina Mi<strong>das</strong> mais próxima do local onde se encontra; a distância<br />

a que está e o melhor caminho a percorrer até à oficina pretendida;<br />

marcar online o serviço; receber confirmação com um maior<br />

nível de comodidade; fazer a simulação do valor da revisão para o<br />

veiculo; consultar promoções e<br />

contactos <strong>das</strong> várias oficinas.<br />

Dos vários tipos de ofertas e<br />

propostas de apps, há umas com<br />

mais utilidades que outras, mas<br />

to<strong>das</strong> tentam obviamente convencer<br />

o condutor da competência e<br />

da eficiência da rede de oficinas<br />

em questão. Obviamente, o fim<br />

último desta nova onda de apps<br />

e da aposta na tecnologia digital<br />

é conquistar a preferência dos<br />

condutores, fidelizando-os à<br />

marca ou rede de oficinas, que<br />

têm uma imagem mais forte, convincente<br />

e satisfatória, assumindo-se<br />

para já como uma<br />

estratégia comercial e de marketing<br />

sem rival.<br />

■ TRW<br />

A TRW lançou uma app do seu catálogo<br />

de peças para Android. Graças a este<br />

desenvolvimento, 95 % dos utilizadores<br />

globais de smartphones podem usufruir<br />

do acesso imediato às peças e sistemas<br />

As apps oferecem grandes<br />

perspetivas para enriquecer a<br />

informação e os serviços, bem como<br />

para comunicar de uma maneira mais<br />

moderna e convivial<br />

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54<br />

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Técnica<br />

Velas de ignição<br />

Tecnologia e manutenção<br />

› Desde que existem motores de explosão, há mais de um século, a vela<br />

de ignição tem sobrevivido através de múltiplas evoluções e adaptações,<br />

permanecendo, no entanto, o mesmo pequeno mas essencial componente que é<br />

conhecido da maioria dos automobilistas<br />

A<br />

primeira patente de algo parecido<br />

com uma vela de ignição foi registada<br />

pelo belga Jean L Lenoir, há<br />

cerca de 153 anos, sendo utilizada num<br />

motor de combustão interna a dois tempos,<br />

alimentado a gás de carvão. A semelhança<br />

do conceito então desenvolvido com as<br />

velas atuais era inevitável, porque os requisitos<br />

sempre foram basicamente os<br />

mesmos. Teria que ser uma peça estanque<br />

montada na câmara de combustão através<br />

de uma forte união roscada, com dois eléctrodos<br />

para provocar uma faísca, alimentados<br />

pela massa do motor e por uma fase<br />

isolada. Não admira pois que a tal vela<br />

inventada por Lenoir fosse um perno de<br />

bronze oco, dentro do qual havia um isolador<br />

de porcelana, através do qual passava<br />

a corrente de alimentação de um dos eléctrodos.<br />

Os eléctrodos eram arames de<br />

platina, sendo o de massa ligado ao corpo<br />

do próprio perno.<br />

Claro que, embora o conceito tosco<br />

seja idêntico ao <strong>das</strong> velas atuais, estas<br />

sofreram ao longo de século e meio<br />

profundos aperfeiçoamentos, que<br />

ainda continuam nos nossos dias. Tudo<br />

mudou radicalmente a nível do metal<br />

do corpo da vela, do material isolador,<br />

da rosca de aperto, da anilha de vedação<br />

e dos eléctrodos.<br />

Obviamente, a corrente de alimentação<br />

para a ignição também teve que<br />

evoluir, porque os motores se tornaram<br />

progressivam ente mais rotativos, com<br />

maior compressão e maior rendimento<br />

específico. Como isolantes, foram utilizados<br />

a cerâmica, a mica e o vidro,<br />

entretanto abandonados. Isso porque<br />

uma <strong>das</strong> exigências básicas de uma vela<br />

de ignição é a sua rápida eliminação<br />

do calor, o que não é compatível com<br />

a maior parte dos materiais isolantes<br />

da eletricidade, que são também isolantes<br />

térmicos.<br />

Na atualidade, os isoladores <strong>das</strong> velas<br />

são produzidos com óxidos de alumínio<br />

obtidos ao calor, cuja dureza permitiria<br />

cortar vidro. Apesar de grande<br />

resistência à passagem de corrente<br />

eléctrica, esses novos isoladores possuem<br />

grande condutividade térmica e<br />

uma enorme resistência mecânica e<br />

térmica.<br />

■ Pequenas, leves, eficientes<br />

A rápida evolução dos motores provocada<br />

pelos choques petrolíferos, que<br />

vieram revelar o esgotamento de algo<br />

que parecia inesgotável, o petróleo,<br />

lançou um grande desafio às velas de<br />

ignição, que foram obriga<strong>das</strong> a tornar-<br />

-se mais eficientes, reduzindo ao mesmo<br />

tempo o seu tamanho e peso. Quem<br />

estiver nesta altura na terceira idade,<br />

ainda se lembra certamente <strong>das</strong> velas<br />

com rosca de 18 mm e corpo hexagonal<br />

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de 13/16 de polegada. Com as cabeças<br />

de motor multi-válvulas e injeção direta,<br />

as velas passaram para roscas de 14 mm<br />

e porca de 5/8 de polegada. Mesmo<br />

assim, os especialistas <strong>das</strong> marcas afirmam<br />

que estão a chegar as velas de<br />

roscas M12 e mesmo M10. Praticamente<br />

quase metade do tamanho que tinham<br />

há cerca de 40 anos.<br />

Um dos pontos críticos <strong>das</strong> velas de<br />

ignição é a duração dos eléctrodos, que<br />

estão no interior da câmara de combustão,<br />

num ambiente extremamente<br />

agressivo do ponto de vista térmico,<br />

mecânico e químico. O desgaste provocado<br />

pelo uso intensivo torna a folga<br />

dos eléctrodos maior e a geometria<br />

destes arredondada, o que dificulta a<br />

formação da chispa e reduz a sua amplitude.<br />

Para evitar sobrecargas de corrente e<br />

o consequente aquecimento excessivo<br />

<strong>das</strong> velas, foram em 1948 introduzi<strong>das</strong><br />

velas com resistência interna, solução<br />

que teve a vantagem de reduzir o desgaste<br />

dos eléctrodos e ainda reduziu as<br />

interferências provoca<strong>das</strong> nos aparelhos<br />

de rádio. Paralelamente, a metalurgia<br />

desenvolveu eléctrodos em metais raros<br />

de alta resistência, que permitem o fabrico<br />

de eléctrodos mais finos, mas mais<br />

resistentes e que eliminam ainda mais<br />

rapidamente o calor gerado na combustão.<br />

Os eléctrodos centrais agora podem<br />

ter apenas cerca de 1 mm, menos de<br />

metade dos 2,5 mm dos eléctrodos<br />

convencionais. Graças a estes avanços,<br />

foram lança<strong>das</strong> velas que em vez de<br />

reduzir a voltagem recebida da bobina<br />

a aumentam, para tornar a chispa mais<br />

forte e a combustão mais completa.<br />

■ Problemas “invisíveis“<br />

Todos os extraordinários avanços<br />

da tecnologia <strong>das</strong> velas de ignição geraram<br />

uma certa euforia por parte dos<br />

construtores, que chegam a recomendar<br />

intervalos de substituição <strong>das</strong> velas<br />

de 150.000 km e mais. Para uma quilometragem<br />

anual de 15.000 km, a vela<br />

dura cerca de 10 anos. Se as velas não<br />

forem desmonta<strong>das</strong> e verifica<strong>das</strong> periodicamente,<br />

pelo menos a cada<br />

40.000 km, há muitos problemas que<br />

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56<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Técnica<br />

não são detectados. Um deles é o afastamento<br />

dos eléctrodos. Claro que os<br />

técnicos <strong>das</strong> marcas dizem que os modernos<br />

sistemas de ignição electrónicos<br />

sem distribuidor podem alcançar correntemente<br />

27.000 Volts e chegar a<br />

picos de voltagem de perto de 100.000<br />

Volts. Isso compensa certamente o<br />

afastamento dos eléctrodos, mas também<br />

aumenta exponencialmente o<br />

desgaste dos eléctrodos.<br />

Recomendações finais<br />

1 - To<strong>das</strong> as velas têm um binário de aperto especificado,<br />

que protege a vela e a própria cabeça do motor.<br />

No entanto, ao colocar qualquer produto lubrificante,<br />

é necessário reduzir o aperto recomendado cerca de<br />

30%, porque os dados são fornecidos para roscas secas.<br />

Se colocamos lubrificante ou produto para facilitar a<br />

desmontagem, o atrito diminui e o aperto aumenta<br />

proporcionalmente, podendo causar deformações, estiramentos<br />

e mesmo rupturas. No caso <strong>das</strong> velas com<br />

assento em bisel, há construtores que recomendam um<br />

aperto angular de 15º, após o contacto da vela com o<br />

assento. A chave dinamomética (20 Nm, no máximo)<br />

também permite apertos de qualidade em to<strong>das</strong> as situações.<br />

2 – Sobre as velas de substituição, a regra de montar<br />

a marca de primeiro equipamento já está um tanto<br />

desatualizada, porque há marcas de veículos e construtores<br />

que montam várias marcas de velas nos seus<br />

modelos e às vezes no mesmo modelo, dependendo<br />

<strong>das</strong> séries. Vantagens da globalização, porque assim o<br />

construtor obtém muito mais crédito na totalidade,<br />

ficando a dever menos a cada fornecedor. Além disso,<br />

na oferta do pós-venda, to<strong>das</strong> as principais marcas têm<br />

referência cruza<strong>das</strong> com o equipamento original e com<br />

a concorrência, o que significa que velas de várias marcas<br />

correspondem à especificação original. Salvo raríssimas<br />

exceções e casos muito específicos. Em certas<br />

situações, velas de outra marca até podem servir melhor<br />

do que as originais.<br />

3 – Outro ponto a ter a conta, é o facto <strong>das</strong> velas de<br />

alta qualidade serem hoje mais vulgares e mais baratas<br />

do que há umas déca<strong>das</strong>, porque a concorrência aumentou<br />

significativamente e a escala e tecnologias de<br />

produção estão em permanente evolução. Nos anos 70,<br />

por exemplo, uma vela com eléctrodos de platina para<br />

um Porsche custava dez vezes mais do que uma vela<br />

comum. Hoje em dia, as velas de eléctrodos de platina<br />

já são monta<strong>das</strong> em modelos compactos e económicos.<br />

4 – Ao contrário do que se pensa ou do que até se<br />

diz, os sofisticados sistemas de ignição atuais requerem<br />

maior atenção aos intervalos de substituição <strong>das</strong> velas<br />

e não menos.<br />

5 – Em termos de diagnóstico, pense em primeiro<br />

lugar nas velas e na ignição, quando os problemas do<br />

veículo estão relacionados com o arranque, rendimento<br />

ou emissões.<br />

■ Velas “cola<strong>das</strong>“<br />

Após tantos anos aperta<strong>das</strong> na cabeça<br />

do motor, as velas podem literalmente<br />

ficar cola<strong>das</strong> pela rosca.Se fazemos um<br />

esforço exagerado para as desmontar,<br />

a rosca de alumínio vem agarrada à<br />

vela.Os técnicos de manutenção tentam<br />

várias soluções para evitar isso,<br />

porque a oficina pode ser responsabilizada<br />

pelo dano.<br />

Uma <strong>das</strong> tácticas consiste em colocar<br />

chapas finas de zinco ou outro metal<br />

dúctil entre a rosca da vela e a cabeça<br />

do motor. Ao apertar a vela, a chapa<br />

fica esmagada entre a rosca da vela e<br />

a cabeça do motor, proporcionando a<br />

necessária proteção da rosca contra a<br />

fuga de gases e a indispensável lubrificação<br />

para desapertar a vela.<br />

Em alternativa, existem compostos<br />

com partículas metálicas (zinco, níquel<br />

e óxidos negros, entre outros). A base<br />

é constituída por uma resina acrílica<br />

de decomposição lenta, que facilita a<br />

lubrificação da rosca ao apertar. Certos<br />

construtores, colocam esses compostos<br />

ao montar as velas originais, para impedir<br />

os problemas de colagem <strong>das</strong><br />

roscas.<br />

De qualquer modo, o bom senso<br />

aconselha que se substituam as velas<br />

a intervalos mais curtos e/ou que se<br />

façam inspeções intercalares (pelo<br />

menos uma ou duas).O rendimento do<br />

motor, a economia de combustível e a<br />

saúde do sistema de ignição só beneficiam<br />

com isso.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

57<br />

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58<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Serviço<br />

Reclamações de travões<br />

Combater a insegurança<br />

› Devido ao desgaste dos materiais de fricção, ao envelhecimento do<br />

fluido de travões e outras incidências comuns, o sistema de travagem é<br />

um dos que leva mais vezes um carro à oficina<br />

Importa é que essas i<strong>das</strong> à oficina<br />

sejam provoca<strong>das</strong> pelos bons<br />

motivos e não por reclamações<br />

sobre ruídos, mau desempenho dos<br />

travões e outras anomalias, que o<br />

utilizador do veículo justificadamente<br />

e legitimamente contesta,<br />

depois de pagar a conta por um<br />

trabalho de primeira classe. A<br />

idoneidade e competência técnica<br />

da oficina que está na origem<br />

dessas reclamações fica assim posta<br />

em causa, sendo imperativo<br />

resolver as causas dos problemas e<br />

principalmente evitar a todo o custo<br />

que se repitam. Nos pontos<br />

seguintes, iremos analisar algumas<br />

formas de alcançar esse objectivo,<br />

porque o forte sentimento instintivo<br />

de insegurança do condutor é<br />

mau conselheiro para o seu futuro<br />

relacionamento com as oficinas de<br />

reparação.<br />

● A correcta comunicação com o<br />

condutor do veículo é indispensável<br />

para descobrir a origem de ruídos e<br />

outros defeitos dos travões. É possível<br />

que se produzam ruídos durante a travagem,<br />

que não estão relacionados<br />

directamente com os travões. Entre com<br />

o condutor no carro e peça-lhe para dar<br />

uma volta e identificar o ruído (s) que<br />

reclama. Poderá ser como ele diz ou não.<br />

● Leia completamente e cuidadosamente<br />

os boletins técnicos de serviço<br />

do construtor. Há casos em que os supressores<br />

de ruído <strong>das</strong> pastilhas de<br />

travão são alterados e montar peças<br />

diferentes ou antigas dá mau resultado.<br />

Nesses boletins técnicos, são também<br />

referi<strong>das</strong> várias causas de ruídos comuns<br />

de outros componentes, que preocupam<br />

o construtor do veículo. Os construtores<br />

não querem ruídos nos seus<br />

carros por duas boas razões: Primeiro,<br />

porque prejudica a imagem da marca;<br />

em segundo lugar, porque onde há ruído<br />

há necessidade de reparação e a<br />

respectiva oportunidade de negócio<br />

(…).<br />

● Os suportes <strong>das</strong> pastilhas movem-<br />

-se em guias, que devem permitir o seu<br />

fácil deslizamento, sem folgas, nem<br />

prisões. Quando essas guias estão<br />

muito oxida<strong>das</strong> ou deforma<strong>das</strong>, as pas-<br />

tilhas podem ficar soltas ou cola<strong>das</strong><br />

ao disco, provocando ruídos. A fixação<br />

da pinça também pode estar em mau<br />

estado, causando desalinhamentos<br />

entre o disco e as pastilhas. Isso também<br />

é uma causa de ruído. Por outro<br />

lado, as molas e clips supressores <strong>das</strong><br />

pastilhas sofrem desgaste e não devem<br />

ser reutilizados. Há acessórios desses<br />

que podem ser complicados de montar,<br />

mas deixar de montá-los não é<br />

sequer opção. Cada jogo de pastilhas<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

● Aposte numa revisão geral ao veículo,<br />

porque se torna mais fácil encontrar<br />

a origem do ruído e descobrir outras<br />

possíveis oportunidades de serviço para<br />

a oficina.<br />

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59<br />

deve levar um jogo de supressores de<br />

vibração novo.<br />

● Os calços e cunhas dos travões<br />

destinam-se a aumentar a pressão <strong>das</strong><br />

pastilhas no disco e sofrem esforços<br />

mecânicos consideráveis, mesmo em<br />

travagens de intensidade mediana. Essas<br />

peças não devem por isso ser reutiliza<strong>das</strong>,<br />

pois há forte probabilidade de<br />

estarem deforma<strong>das</strong> ou danifica<strong>das</strong>. A<br />

maior parte dos jogos de pastilhas comercializados<br />

atualmente já trazem<br />

calços novos. Estes também se podem<br />

comprar separadamente e há marcas<br />

que os fabricam expressamente para<br />

resolver problemas de ruído nos travões<br />

em carros com garantia. Há também<br />

cunhas no mercado independente que<br />

se fixam ao êmbolo da pinça, reduzindo<br />

desse modo vibrações e a transmissão<br />

de calor da pastilha para o êmbolo.<br />

● Uma aplicação moderada de massa<br />

lubrificante adequada entre o calço da<br />

pastilha e a pinça também ajuda a combater<br />

as vibrações, que são a origem<br />

dos ruídos de travões. Deve-se evitar<br />

aplicar excesso de lubrificante, porque<br />

isso provoca a acumulação de resíduos<br />

e pode originar a colagem da pastilha<br />

à pinça.<br />

● A qualidade da superfície do disco<br />

é fundamental para um bom poder de<br />

travagem e sem ruídos. A rectificação<br />

dos discos visa o duplo objectivo de<br />

alisar a superfície do disco e ao mesmo<br />

tempo corrigir a sua geometria, eliminando<br />

deformações e falhas de alinhamento<br />

e/ou paralelismo. A qualidade<br />

da superfície pode ser avaliada objectivamente<br />

através do índice de rugosidade<br />

médio (RA). Os tornos e máquinas<br />

de rectificar de qualidade e em bom<br />

estado proporcionam habitualmente<br />

boas superfícies dos discos. Isso é fundamental<br />

para transferir o material <strong>das</strong><br />

pastilhas orgânicas e cerâmicas para o<br />

disco, condição essencial para uma boa<br />

travagem. Do mesmo modo, o RA da<br />

superfície do disco é indispensável para<br />

que as pastilhas semi-metálicas apresentem<br />

um coeficiente de fricção adequado<br />

na fase de assentamento inicial.<br />

To<strong>das</strong> as falhas em relação à qualidade<br />

da superfície dos discos podem originar<br />

obviamente ruídos ao travar.<br />

● As pinças são componentes simples<br />

e robustos, mas estão sujeitas a<br />

solicitações mecânicas e térmicas eleva<strong>das</strong>,<br />

podendo apresentar desgaste<br />

global ou localizado. Nas pinças flutuantes<br />

existem casquilhos metálicos que<br />

se destinam a evitar a vibração da<br />

pinça, Normalmente, esses casquilhos<br />

ou anilhas duram o período correspondente<br />

à utilização de dois jogos de<br />

pastilhas e são colocados nos pernos<br />

da guia da pinça. Estes pernos com o<br />

tempo podem perder a sua elasticidade<br />

e deformar-se, originando vibrações e<br />

força de compressão <strong>das</strong> pastilhas desigual.<br />

Tudo fenómenos capazes de<br />

gerar ruídos.<br />

● Desgaste excessivo ou desalinhamento<br />

do cubo da roda e ou do rolamento<br />

de roda, provoca geralmente<br />

desgaste irregular do disco e erros de<br />

paralelismo entre o disco e as pastilhas,<br />

o que ao travar gera inevitavelmente<br />

menor ou maior nível de ruído. Geralmente,<br />

as pastilhas deterioram-se mais<br />

rapidamente, porque se desgastam mais<br />

rapidamente de um lado do que do<br />

outro. Substituir as pastilhas é apenas<br />

uma meia medida ou menos, porque o<br />

problema permanece. Só a recuperação<br />

do cubo e/ou substituição do rolamento<br />

de roda, juntamente com a rectificação<br />

ou substituição do disco, poderá eliminar<br />

prováveis ruídos e falta de desempenho<br />

dos travões, cujo pedal se pode<br />

apresentar mais baixo do que o normal.<br />

● Ninguém deve ir apressadamente<br />

montar um jogo de pastilhas novas,<br />

quando o cliente se queixa de ruído nos<br />

travões, antes de diagnosticar a verdadeira<br />

causa do problema. Antes de mais,<br />

devemos analisar a superfície da pastilha<br />

que está no carro. Se há descoloração,<br />

fissuras ou cristalização, sintomas de<br />

contaminação da pastilha, o ruído não<br />

pode ser evitado, porque é necessário<br />

um contacto perfeito entre pastilha e<br />

disco, assim como um coeficiente de<br />

fricção correcto, para que não existam<br />

ruídos. Se a orla da pastilha ou uma parte<br />

da sua superfície de contacto com o disco<br />

estiver poluída com óleo, fluido de travões,<br />

aparas metálicas ou restos de pastilhas<br />

anteriores, etc., o ruído ao travar é<br />

inevitável.<br />

A travagem correcta existe quando<br />

uma parte do composto da pastilha é<br />

transferido para a superfície do disco,<br />

aumentando o coeficiente de fricção<br />

de ambos os componentes. Esta transferência<br />

é continuamente renovada e<br />

eliminada, quando há travagens. Isso<br />

acontece com a maior parte <strong>das</strong> pastilhas<br />

cerâmicas, ajudando a conservar<br />

o disco e melhorando o rendimento dos<br />

travões.<br />

No entanto, se restos do material transferido<br />

pelas pastilhas substituí<strong>das</strong> se<br />

misturar com o material da pastilha<br />

nova, temos problemas de ruído. Raramente<br />

os materiais <strong>das</strong> pastilhas são<br />

compatíveis, excepto se forem da<br />

mesma marca, da mesma referência e<br />

do mesmo lote de fabrico. A superfície<br />

do disco, seja ele novo, rectificado ou<br />

usado, tem que ser convenientemente<br />

limpa, antes de montar pastilhas novas.<br />

É comum os discos novos terem uma<br />

película de lubrificante ou de tinta antioxidante,<br />

para não se oxidarem durante<br />

o período de armazenamento em<br />

stock. Se o disco não for bem limpo, com<br />

dissolvente e/ou desengordurante, as<br />

pastilhas que forem monta<strong>das</strong> nesse<br />

disco ficam poluí<strong>das</strong> e lá teremos o<br />

cliente à porta a queixar-se do ruído dos<br />

travões.<br />

Conclusão<br />

Profissionalismo é uma mistura<br />

bem doseada de conhecimentos,<br />

experiência, procedimentos correctos,<br />

idoneidade, ética, ausência<br />

de pressas descabi<strong>das</strong> e nada<br />

de atropelos grosseiros às regras<br />

da tecnologia e da Física. O<br />

cliente final não consegue medir<br />

o grau de profissionalismo de<br />

um técnico de reparação automóvel,<br />

porque não existe nem<br />

provavelmente poderá alguma<br />

vez existir um instrumento para<br />

medir esse parâmetro. No entanto,<br />

sente claramente quando<br />

as coisas não foram pelo melhor<br />

caminho, sempre que se senta<br />

ao volante e os seus sentidos o<br />

alertam para anomalias óbvias.<br />

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60<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Técnica<br />

Mecânica prática<br />

Parafusos de motor:<br />

Técnica de aperto<br />

› Como sabemos, há já alguns anos que os<br />

parafusos são utilizados em qualquer motor na<br />

montagem <strong>das</strong> juntas de cabeça. Este é o motivo<br />

pelo qual os TTY não devem ser reutilizados<br />

O que acontece num aperto angular?<br />

Quando se aplica um aperto angular às cabeças dos parafusos, estes ficam sob<br />

pressões que os fazem trabalhar na zona plástica da curva tensão-deformação.<br />

■ Área de tensão máxima numa cabeça de parafuso<br />

Embora a tensão média do parafuso esteja abaixo do limite plástico, é possível que<br />

o parafuso fique acima deste limite, ao ser enfraquecido por uma segunda montagem.<br />

Nesta área os parafusos sofrem deformações plásticas, o que significa que<br />

essas deformações são permanentes.<br />

■ Consequências de um primeiro aperto<br />

Alargamento do parafuso<br />

Redução do diâmetro do parafuso na área de alargamento.<br />

Variação da passagem da área de alargamento.<br />

Perda do revestimento do parafuso para melhorar a fricção.<br />

(Não é necessário reapertar; o funcionamento do parafuso será o mesmo)<br />

Consequências da reutilização dos parafusos<br />

Alargamento excessivo.<br />

Fricção excessiva.<br />

Roscas em más condições.<br />

Perda de compressão.<br />

■ Possíveis falhas<br />

Os parafusos podem partir-se durante a montagem.<br />

Os parafusos podem partir-se durante o funcionamento.<br />

Perda de líquido.<br />

Perda de compressão.<br />

■ Recomendações<br />

Para uma montagem correta de uma junta de cabeça é recomendável que utilize<br />

parafusos novos, que deixe as roscas em boas condições para montagem, que sopre<br />

os furos dos parafusos com compressores de ar para os limpar e que lubrifique o<br />

parafuso tanto por baixo como a cabeça e a rosca.<br />

Por fim, que aperte os parafusos, seguindo as especificações e utilizando a chave<br />

de porcas correta.<br />

Fonte: AMC<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

61<br />

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62<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Técnica<br />

Mecânica e eletrónica<br />

› A injeção de gasolina<br />

foi a solução que<br />

permitiu adaptar os<br />

motores do ciclo Otto<br />

à recente legislação<br />

europeia de controlo<br />

de emissões, tornando<br />

esses motores<br />

energeticamente<br />

mais eficientes e<br />

ambientalmente mais<br />

compatíveis<br />

Evolução da<br />

injeção de gasolina<br />

O<br />

conceito automóvel original e que<br />

se manteve durante cerca de três<br />

déca<strong>das</strong> foi dotado exclusivamente<br />

de um motor a gasolina (ciclo Otto). Quando<br />

o ciclo diesel foi introduzido nos automóveis,<br />

de meados para o final da década de 30 do<br />

século passado, já a indústria automóvel ia<br />

em velocidade de cruzeiro, facto que deu<br />

durante quase todo o século 20 a supremacia<br />

ao motor a gasolina. Ainda hoje, apesar<br />

do motor diesel ser ligeiramente mais eficiente<br />

do ponto de vista energético, o equilíbrio<br />

entre as duas opções mantém-se e tudo<br />

leva a crer que prevalecerá ainda longamente.<br />

De qualquer modo, qualquer que seja o<br />

combustível utilizado, hoje em dia a preocupação<br />

é tornar a mistura ar/combustível<br />

o mais perfeita possível, de modo a conseguir<br />

uma combustão eficiente, que permita economizar<br />

recursos e limitar as emissões de<br />

escape ao mínimo.<br />

■ Do carburador à injeção<br />

Do ponto de vista da combustão, a gasolina<br />

tem a vantagem de ser mais volátil e<br />

menos viscosa do que gasóleo, evaporando-se<br />

rapidamente à temperatura<br />

ambiente. Do ponto de vista da homogeneidade<br />

da mistura ar/combustível, a<br />

gasolina é mais eficiente, o que permitiu<br />

a utilização do carburador durante grande<br />

parte do século passado. O carburador<br />

era um dispositivo totalmente mecânico,<br />

que atuava por gravidade e por efeito da<br />

depressão criada no colector de admissão<br />

pela descida dos êmbolos dentro dos<br />

respectivos cilindros. Na prática, o ar de<br />

admissão arrastava a gasolina que pingava<br />

de um orifício calibrado (gigleur), formando-se<br />

a mistura por emulsão, até à<br />

câmara de combustão. A grande desvantagem<br />

do carburador residia no facto de<br />

continuar a debitar mistura com o veículo<br />

em desaceleração e não funcionar muito<br />

equilibradamente com misturas pobres,<br />

o que resultava em enorme consumo e<br />

desperdício de combustível, assim como<br />

elevados níveis de poluição, especial hidrocarbonetos<br />

(HC) e monóxido de carbono<br />

(CO). Isso tornou-se claramente<br />

patente no final do século 20, quando as<br />

crises energéticas e ambientais se agudizaram,<br />

levando ao abandono do carburador.<br />

Carburador Injeção indireta Injeção direta<br />

A evolução da alimentação dos motores a gasolina pode ser observada nestas ilustrações<br />

da esquerda para a direita. Quando nos referimos hoje a sistemas de injeção direta de<br />

gasolina, estamos obviamente a falar de sistemas com controlo electrónico de injeção e<br />

gestão inteligente do motor, os únicos compatíveis com a atual e futura legislação europeia<br />

e norte-americana de controlo de emissões<br />

Para substituir a alimentação por carburador,<br />

foi introduzida a injeção indireta,<br />

cujo comando electrónico permitia<br />

controlar muito melhor o fluxo de combustível<br />

nas várias fases de funcionamento<br />

do motor, conseguindo-se maior<br />

economia de combustível e menor nível<br />

de emissões de escape. A injeção monoponto<br />

tinha inconvenientes de distribuição<br />

desigual de mistura aos vários<br />

cilindros, tendo sido substituída posteriormente<br />

pelo sistema multiponto (um<br />

injector por cada cilindro), que apresenta<br />

um compromisso rendimento/economia<br />

muito superior. Ao contrário do carburador,<br />

que estava permanentemente a<br />

pulverizar combustível por efeito da<br />

aspiração do ar de admissão, a injeção<br />

passou a introduzir a gasolina pulverizada<br />

por um injector, podendo adaptar-<br />

-se rapidamente a to<strong>das</strong> as situações de<br />

funcionamento do motor e adoptando<br />

misturas pobres a baixa carga e em desaceleração,<br />

onde ocorre o corte de<br />

combustível, para evitar desperdício e<br />

poluição.<br />

O enriquecimento da mistura só se verifica<br />

em aceleração ou a plena carga,<br />

sempre controlado pelo sistema inteligente<br />

de gestão do motor, que tenta<br />

manter a mistura perto do ponto ideal<br />

de 14,7 partes de ar para uma de gasolina,<br />

que permite uma combustão mais<br />

eficiente. Outra vantagem da injeção<br />

foi permitir desenhar melhor os colectores<br />

de admissão e as cabeças do motor,<br />

melhorando os fluxos gasosos de<br />

admissão e escape. Além disso, a injeção<br />

permite utilizar vantajosamente a sobrealimentação,<br />

que origina potências<br />

mais eleva<strong>das</strong> para cilindra<strong>das</strong> inferiores,<br />

o que reduz o peso dos motores e melhora<br />

a sua eficiência global.<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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63<br />

Tipos de injeção de gasolina<br />

Excluindo alguns sistemas de injeção direta mecânica de gasolina que existiram no passado, mais orientados para<br />

a performance pura, do que para a economia e para o controlo de emissões, os sistemas de injeção de gasolina da<br />

atualidade podem ser classificados em quatro tipos principais, como passamos a referir.<br />

1 - Segundo o ponto do motor em que se verifica a injeção<br />

de combustível:<br />

Injeção indireta, que se realiza fora da câmara de combustão<br />

a baixa pressão, podendo ser num ponto do colector<br />

de admissão mais ou menos próximo da válvula de<br />

admissão;<br />

Injeção direta, realizada na própria câmara de combustão<br />

a alta pressão. As vantagens da injeção direta são a possibilidade<br />

de desenhar os colectores do motor e a cabeça<br />

deste mais de acordo com a dinâmica dos fluidos, melhorando<br />

o rendimento e a eficiência do motor, assim como<br />

a possibilidade de introduzir o conceito de carga estratificada,<br />

que optimiza o consumo e emissões, especialmente<br />

a regimes de carga intermédios e baixos.<br />

2 - Quanto ao número de injectores:<br />

Injeção monoponto, com um único injector para todos<br />

os cilindros;<br />

Injeção multiponto, com um injector por cada cilindro.<br />

3 - Quanto ao número de injeções por ciclo útil:<br />

Injeção contínua, com variação do débito de gasolina,<br />

desde o mínimo (ralenti), até ao máximo (aceleração),<br />

passando pelos débitos intermédios; no fundo, trata-se de<br />

uma reprodução do funcionamento do carburador clássico,<br />

com a vantagem da mistura ser controlada por um sensor<br />

de O2 e por um programa de gestão inteligente do motor;<br />

Injeção intermitente, com o tempo de injeção coordenado<br />

com o ciclo útil, a partir do programa da unidade de<br />

gestão do motor (ECU);<br />

Injeção sequencial, na qual se verificam várias injeções<br />

por ciclo útil, coordena<strong>das</strong> pelo programa de gestão do<br />

motor.<br />

4 - Segundo o sistema de controlo:<br />

Mecânico - Sistema destinado unicamente a motores de<br />

performance, em que o controlo do caudal e tempo de<br />

injeção é muito limitado, estando geralmente afinado<br />

para mistura rica, porque o injector responde apenas à<br />

pressão do combustível;<br />

Eletromecânico - Sistema de transição, pouco fiável do<br />

ponto de vista da economia de combustível e controlo<br />

de emissões, no qual o controlo do caudal e tempo de<br />

injeção depende do chip electrónico ou do programa<br />

informático associado; o injector responde a um impulso<br />

de corrente e pressão de combustível;<br />

Eletrónico - Controlo integral do caudal e tempos de<br />

injeção, com base num software de gestão, a partir de<br />

parâmetros fornecidos por vários sensores, entre os quais<br />

um sensor de O2 em circuito fechado (Sonda Lambda);<br />

injectores totalmente ativados pela ECU de gestão do<br />

motor.<br />

Conclusão<br />

A injeção de gasolina foi a<br />

solução que permitiu adaptar<br />

os motores do ciclo Otto à<br />

recente legislação europeia<br />

de controlo de emissões,<br />

incluindo o CO2, tornando<br />

esses motores<br />

energeticamente mais<br />

eficientes e ambientalmente<br />

mais compatíveis. O modelo<br />

de inspiração foi a injeção<br />

electrónica diesel, cuja<br />

tecnologia se desenvolveu<br />

cronologicamente com uma<br />

certa anterioridade. O topo<br />

dos motores de injeção a<br />

gasolina atuais é o conceito<br />

dos modernos sistemas<br />

“downsize”, cujo modelo de<br />

injeção direta é tipicamente o<br />

sistema diesel common rail<br />

adaptado a gasolina,<br />

incluindo a sobrealimentação<br />

por turbo compressor. São<br />

motores mais leves e muito<br />

eficientes, que podem<br />

apresentar curvas de binário e<br />

potência de motores com<br />

perto do dobro da cilindrada,<br />

mas com muito menores<br />

índices de consumo e de<br />

emissões.<br />

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64<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Tecnologia<br />

Luz laser<br />

Novo marco na iluminação<br />

› A luz laser foi recentemente apresentada por vários fabricantes de automóveis.<br />

Embora de trate de uma tecnologia em fase experimental, está prevista a sua<br />

utilização num futuro próximo em faróis para veículos de produção em série<br />

A<br />

luz laser não é projetada diretamente<br />

para a estrada. Os díodos<br />

de laser localizados dentro do<br />

farol geram feixes de laser de 10 mícrons<br />

de comprimento: cerca de um décimo<br />

da espessura de um pedaço de papel<br />

ou um quinto de um cabelo fino. Os<br />

díodos laser são 100 vezes mais pequenos<br />

do que as mais diminutas células<br />

quadra<strong>das</strong> que são utiliza<strong>das</strong> na iluminação<br />

LED convencional. Característica<br />

esta que permite projetar um feixe de<br />

luz muito intenso devido, também, à<br />

sua propagação relativamente estreita.<br />

Estas “guias” estreitas são destina<strong>das</strong><br />

a pequenos espelhos que são refletidos<br />

numa lente. Um cristal de fósforo amarelo<br />

dentro da lente gera uma luz branca<br />

intensa, que é, depois, “devolvida” a um<br />

refletor de modo a ser projetada para<br />

a estrada. Característica que está diretamente<br />

relacionada com a proteção<br />

oftalmológica: a luz branca pura, que<br />

é muito brilhante, é bem mais agradável<br />

à vista.<br />

■ Novas possibilidades<br />

de iluminação<br />

Por dispor de um comprimento de<br />

apenas 10 mícrons, abre todos os tipos<br />

de novas possibilidades ao integrar a<br />

fonte de luz dentro do veículo. Os construtores<br />

de automóveis poderão não<br />

ter planos para reduzir radicalmente o<br />

tamanho dos faróis dos seus veículos,<br />

apesar de, em teoria, tal ser perfeitamente<br />

possível. Em vez disso, os faróis<br />

poderão muito bem conservar as suas<br />

dimensões convencionais no que à área<br />

de superfície diz respeito e, com isso,<br />

continuar a desempenhar um papel<br />

importante no design do veículo. As<br />

vantagens relaciona<strong>das</strong> com o tamanho<br />

mais contido poderiam, assim, ser aproveita<strong>das</strong><br />

para reduzir a profundidade<br />

da unidade de farol dianteiro e abrir,<br />

com isso, novas possibilidades para o<br />

posicionamento do farol e estilo da<br />

carroçaria.<br />

Tal como os LED’s, a luz laser pode<br />

variar de intensidade e de forma em<br />

função da configuração dos refletores.<br />

É inclusivamente possível ter pouco<br />

“derramamento” de luz de cada lado do<br />

feixe, característica esta que foi apresentada<br />

no concept A2 da Audi na edição<br />

de 2013 do Salão de Frankfurt, que<br />

dispunha de luzes laser para projetar<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

65<br />

um triângulo de sinalização traseiro na<br />

estrada, tornando-se, assim, num eficaz<br />

sinal de aviso, sobretudo em condições<br />

de fraca visibilidade.<br />

Enquanto a iluminação LED gera apenas<br />

cerca de 100 lumens (unidade fotométrica<br />

de saída de luz) por watt , a<br />

iluminação laser gera cerca de 170 lumens.<br />

A sensibilidade ao calor e à vibração<br />

é, do ponto de vista tecnológico,<br />

o maior desafio que a luz de laser enfrenta.<br />

■ Da competição<br />

para o dia-a-dia<br />

“Ao utilizar esta nova tecnologia de<br />

iluminação, a Audi estabelece mais um<br />

marco em Le Mans”, salientou o Dr. Ulrich<br />

Hackenberg, Membro do Conselho de<br />

Administração para o Desenvolvimento<br />

Tecnológico da Audi AG, durante a apresentação<br />

oficial do novo R18 e-tron<br />

quattro. “A iluminação laser também vai<br />

abrir no futuro novas possibilidades de<br />

desenvolvimento para os nossos modelos<br />

de produção. Mais uma vez, o envolvimento<br />

na competiçã o da Audi permite<br />

acelerar um novo desenvolvimento<br />

técnico para nossos clientes.”<br />

A inovadora luz laser foi apresentada<br />

a cerca de 500 convidados presentes na<br />

denominada “Audi Sport Finale 2013”, os<br />

quais tiveram a oportunidade de ver ao<br />

vivo e pela primeira vez, esta tecnologia<br />

complementar aos faróis principais em<br />

LED do novo Audi R18 e-tron quattro. A<br />

fig. 2<br />

Os diodos laser são 100 vezes mais pequenos do que as mais diminutas células quadra<strong>das</strong> que são utiliza<strong>das</strong> na iluminação LED convencional.<br />

Esta característica permite projetar um feixe de luz muito intenso<br />

luz de laser azul ilumina um cristal de<br />

fósforo amarelo através do qual é emitida<br />

a luz para o exterior. Esta nova fonte de<br />

luz torna a iluminação da estrada ainda<br />

mais homogénea.<br />

A luz laser é monocromática. O que<br />

significa isto, portanto, que não é projetada<br />

em to<strong>das</strong> as áreas do espectro (os<br />

feixes da luz laser têm o mesmo comprimento),<br />

comparativamente à luz emitida<br />

a partir de fontes convencionais. Isto cria<br />

uma maior densidade de luz e um feixe<br />

mais preciso. Por outras palavras, obtém-<br />

-se mais luz onde se quiser.<br />

A Audi não é o único fabricante que<br />

está a desenvolver a tecnologia de iluminação<br />

laser. A BMW também está e<br />

pretende disponibilizá-la no seu híbrido<br />

plug-in desportivo, o i8, em 2015.<br />

A luz laser é, também, conhecida como<br />

uma fonte de luz “coerente”, o que significa<br />

que as suas on<strong>das</strong> têm uma diferença<br />

de fase constante. Em resultado<br />

disso, a iluminação laser pode produzir<br />

um feixe quase paralelo, com uma intensidade<br />

mil vezes maior do que a de<br />

LED’s convencionais. Em faróis de veículos,<br />

estas características podem ser utiliza<strong>das</strong><br />

para implementar funções<br />

inteiramente novas. Além disso, a alta<br />

eficiência inerente de iluminação a laser<br />

significa que os faróis a laser têm menos<br />

de metade do consumo de energia dos<br />

faróis de LED. A tecnologia de iluminação<br />

laser pode até levar a uma economia de<br />

combustível.<br />

Audi apresentou na Consumer Electronics Show <strong>2014</strong> (CES) em Las<br />

Vegas, o concept Audi Sport quattro laserlight que faz recordar o clássico<br />

Sport quattro de 1983, equipado com a mais recente tecnologia de plug-<br />

-in hybrid, controlo e visualização de sistemas e tecnologia de iluminação.<br />

Este concept-car integra a tecnologia e-tron com 700 CV (515 kW) de<br />

potência e uma grande economia de combustível (2,5 l/100 km), faróis<br />

a laser que deixam todos os sistemas anteriores em perfeita escuridão<br />

além de exibir um desempenho superior, bem como o novo display e<br />

sistemas operacionais com um desempenho eletrónico de vanguarda.<br />

Este coupé, uma nova evolução do conceito Sport quattro, pintado na<br />

cor Vermelho Plasma, combina o poder do histórico modelo desportivo<br />

quattro com uma elegância emocional. A sua carroçaria é definida pelas<br />

generosas dimensões <strong>das</strong> ro<strong>das</strong>. As distâncias entre o centro da roda e<br />

os para-choques são curtas, evidenciando as proporções equilibra<strong>das</strong> de<br />

um verdadeiro desportivo.<br />

Nos faróis duplos, uma característica típica dos modelos quattro, a Audi<br />

está a dar a conhecer o futuro da tecnologia de iluminação, combinando<br />

os faróis Matrix LED e as tecnologias de luz laser. Dentro dos faróis estão<br />

dois elementos trapezoidais visíveis – o exterior produz a luz de médios<br />

aplicando os matrix LED’s e uma máscara de abertura, enquanto que o<br />

elemento interno produz a luz laser para a função dos “máximos”.<br />

Os poderosos díodos de laser são significativamente menores do que<br />

os díodos de LED, com apenas alguns mícrons de diâmetro. Iluminando<br />

o caminho para uma distância de cerca de 500 metros, o laser que emite<br />

a luz de “máximos” tem aproximadamente o dobro da gama de iluminação<br />

e três vezes a luminosidade do feixe dos “máximos” de LED. Nesta<br />

tecnologia do futuro, a Audi demonstra mais uma vez o seu papel de<br />

liderança em tecnologia de iluminação automóvel, com um sistema que<br />

também será utilizado na competição automóvel em <strong>2014</strong>, no Audi R18<br />

e-tron quattro.<br />

Audi Sport quattro com faróis laser<br />

Desempenho superior<br />

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66<br />

Técnica<br />

Arte sem repintura<br />

Pintores sem pistola?<br />

› Pode uma oficina de repintura diversificar-se e complementar-se? Sim, precisamente, porque<br />

há formas de eliminar defeitos e imperfeições superficiais da pintura, sem que se perca o sentido<br />

estético e a meta do brilho original<br />

Colaboração<br />

Centro ZARAGOZA<br />

www.centro-zaragoza.com<br />

No final do processo de repintura,<br />

por exemplo, podem aparecer<br />

pequenos defeitos e imperfeições,<br />

que atentam contra a qualidade e<br />

excelência do trabalho realizado. Por<br />

outro lado, a viatura sofre durante a sua<br />

utilização diversos tipos de agressões à<br />

pintura, que deixam marcas. Agentes<br />

exteriores como a radiação ultravioleta<br />

solar, escovas rotativas <strong>das</strong> máquinas de<br />

lavar, sal deitado nas estra<strong>das</strong>, óleos,<br />

produtos químicos, etc., podem causar<br />

defeitos na camada exterior da pintura,<br />

seja verniz ou esmalte monocapa. Procedimentos<br />

simples como lixar, polir e<br />

abrilhantar podem restituir ao carro o<br />

seu fulgor original, implicando custos<br />

limitados, para resultados muito sensíveis.<br />

O utilizador do veículo está atento<br />

aos factos e argumentos que lhe dão<br />

vantagem e este caso é um deles.<br />

O ponto de partida para utilizar processos<br />

alternativos de tratar a pintura é<br />

saber distinguir entre danos e pequenos<br />

defeitos. A diferença é grande, porque<br />

o dano tem que ser reparado, enquanto<br />

os defeitos podem ser eliminados de<br />

outras formas. Neste artigo não falaremos<br />

na reparação de danos, porque a ideia<br />

é chamar a atenção para técnicas mais<br />

simples e mais acessíveis. Dependendo<br />

da profundidade dos defeitos, podem<br />

ser usados processos adequados à recuperação<br />

da pintura.<br />

■ Lixagem<br />

Este processo é indicado para arranhões<br />

superficiais, defeitos do tipo pele de laranja,<br />

descolagens, pulverizações, manchas<br />

de sujidade, tanto no verniz, como<br />

no acabamento monocapa.<br />

Ponto importante é começar a trabalhar<br />

com a superfície da pintura bem<br />

seca e limpa. Se a tinta não estiver bem<br />

seca, podemos provocar ainda mais<br />

danos do que recuperação com a nossa<br />

intervenção. Quando o carro sai da cabina<br />

de pintura, podemos utilizar a<br />

fig. 1<br />

A lixagem manual só é recomendada em áreas pequenas e locais de difícil acesso a<br />

máquinas.<br />

secagem rápida por infravermelhos,<br />

para secar a zona onde vamos trabalhar.<br />

O tempo de secagem pode demorar<br />

uma hora ou 24 horas, dependendo do<br />

processo utilizado e a espessura da película<br />

de tinta.<br />

Outro detalhe importante é proteger<br />

previamente as peças ou zonas pinta<strong>das</strong><br />

junto do local de intervenção, colocando<br />

máscaras. Assim, evitamos lixar a pintura<br />

para além do que nos interessa, ou que<br />

produtos de polimento sujem a restante<br />

pintura.<br />

No caso de haver ressalto ou material em<br />

excesso, pode utilizar-se antes da lixagem<br />

uma faca ou outra lâmina, tendo o cuidado<br />

de mover a faca o mais paralelamente<br />

possível à superfície, para não danificar a<br />

pintura base. Depois da superfície estar<br />

bem limpa e endurecida, podemos começar<br />

a lixagem, começando com discos mais<br />

abrasivos. Geralmente, começa-se com<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

67<br />

grão de P1200 ou P1500 em seco, ou P1500<br />

ou P2000, em húmido, para eliminar o<br />

defeito. Como acabamento, devem utilizar-<br />

-se discos com granulometria mais fina,<br />

como P3000 ou mesmo P4000, para facilitar<br />

o processo de polimento seguinte,<br />

conseguindo um acabamento mais homogéneo<br />

e assegurando a eliminação dos<br />

riscos deixados pela lixagem anterior.<br />

Utilizar-se sempre nestes casos o processo<br />

da lixagem por degraus.<br />

Este processo pode fazer-se manualmente<br />

ou à máquina, devendo neste caso<br />

utilizar-se máquinas com discos pequenos<br />

(75-90 mm), para evitar alargar a zona<br />

de lixagem que será usada para polimento,<br />

devendo utilizar-se uma órbita<br />

de 2-3 mm, para conseguir um acabamento<br />

mais fino. Quando se optar pela<br />

lixagem manual, deve-se começar com<br />

um taco, para nivelar a superfície de lixagem<br />

(Fig. 1). No acabamento, utilizar<br />

um abrasivo com suporte de espuma.<br />

Depois da lixagem, deve secar-se a superfície<br />

com jacto de ar, desengordurando<br />

de seguida a mesma superfície, a<br />

fim de começar com o próximo passo, o<br />

polimento.<br />

■ Polimento<br />

O polimento é a sequência do processo<br />

de lixagem já descrito ou diretamente,<br />

quando os defeitos são mais superficiais:<br />

pele de laranja ligeira, pulverizações não<br />

muito marca<strong>das</strong>, arranhões pouco profundos,<br />

pequenos riscos de lavagem<br />

automática, marcas de polimentos anteriores,<br />

perda de brilho, descoloração<br />

devido à radiação UV, etc.<br />

O polimento é uma abrasão muito<br />

suave da superfície, utilizando produtos<br />

de polir, podendo ser manual (zonas<br />

pequenas ou de difícil acesso) ou<br />

à máquina, como acontece na maior<br />

parte dos casos. Com máquina, pode<br />

utilizar-se uma boina de lã (pele de<br />

cordeiro) ou uma boina de polimento<br />

de espuma sintética. A primeira boina<br />

é mais agressiva, devendo ficar reservada<br />

para defeitos mais profundos ou<br />

vernizes de elevada dureza superficial<br />

(Fig. 2).<br />

Deve-se em todos os casos usar um<br />

polimento pouco agressivo (excesso<br />

de rotações da máquina de polir, produto<br />

fresco ou aquecimento elevado<br />

da superfície), para não provocar uma<br />

fig. 2<br />

fig. 3<br />

Trabalho de<br />

polimento com<br />

uma boina de lã<br />

tradicional.<br />

O sobreaquecimento da<br />

superfície provoca a perda<br />

de brilho da pintura.<br />

perda de brilho da pintura (Fig. 3). Isto<br />

nota-se mais nas cores escuras, provocando<br />

o fenómeno que se chama<br />

“hologramas“ (marcas circulares). No<br />

mercado, existem no entanto produtos<br />

específicos para eliminar estas<br />

marcas.<br />

Terminado o polimento, os resíduos<br />

são eliminados com uma pano de limpeza<br />

de micro fibras ou equivalente.<br />

■ Abrilhantar<br />

É um processo de abrasão ainda mais<br />

suave do que o polimento, utilizando<br />

produtos específicos, que devolvem o<br />

brilho à pintura. Pode ser realizado manualmente,<br />

aplicando o produto com um<br />

pano ou à máquina. Neste caso usa-se<br />

uma boina de abrilhantar, cujo desenho<br />

especial evita o sobreaquecimento da<br />

superfície. Após terminar o processo,<br />

eliminam-se os resíduos com um pano<br />

de micro fibras. No final, podem aplicar-<br />

-se produtos como ceras e protetores de<br />

brilho, que possuem um efeito protetor<br />

da pintura, proporcionando um brilho<br />

mais durável e mais evidente.<br />

fig. 4<br />

Seguir sempre as recomendações dos fabricantes dos produtos e <strong>das</strong> máquinas.<br />

Recomendações<br />

● Antes de eliminar um defeito, certifique-se que a pintura atingiu um<br />

grau de dureza suficiente.<br />

● Mascarar sempre as superfícies e peças junto da zona de trabalho.<br />

● Manter sempre limpas as boinas e bainhas utiliza<strong>das</strong> para polir e<br />

abrilhantar, a fim de não deixar riscos ou sulcos no final.<br />

● Aplicar os produtos de polir ou abrilhantar em esponjas e distribuir<br />

bem o produto, antes de por a máquina a funcionar (Fig. 4).<br />

● Não polir o carro quando estiver quente.<br />

● Não usar altas rotações na máquina e evitar o uso prolongado no<br />

mesmo local, para não provocar sobreaquecimentos.<br />

● Utilizar sempre produtos isentos de silicones para evitar problemas<br />

em repinturas posteriores, tanto no próprio carro, como em viaturas<br />

presentes no local de trabalho.<br />

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68<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Técnica<br />

Mini Bancos de carroçaria<br />

Colaboração<br />

Cesvimap<br />

www.cesvimap.com<br />

Novo conceito de reparação<br />

› O mini banco de carroçaria pode definir-se como um banco de menores<br />

dimensões do que um banco convencional, destinado a intervenções em<br />

carroçarias com danos de mediana ou pequena intensida<br />

Ao longo dos últimos anos, a reparação<br />

de carroçarias com<br />

danos estruturais profundos<br />

diminuiu consideravelmente, porque<br />

o orçamento da reparação se aproxima<br />

muito ou ultrapassa o valor residual do<br />

veículo, tornando a intervenção economicamente<br />

inviável, embora esta<br />

fosse possível do ponto de vista técnico.<br />

A principal razão para esta evolução<br />

está no facto dos modelos de veículos<br />

atuais trazerem de origem grande número<br />

de equipamentos sofisticados de<br />

segurança, conforto e outros, cujo custo<br />

de substituição é superior muitas vezes<br />

à reparação dos danos. Nestes casos,<br />

as seguradoras optam pela perda total<br />

do veículo sinistrado, dão um veículo<br />

novo ao cliente e vendem o salvado à<br />

parte. Do ponto de vista da satisfação<br />

do cliente e da rentabilidade financeira,<br />

esta é a solução que interessa às empresas<br />

de seguros.<br />

E como contra factos não há argumentos,<br />

as oficinas de colisão estão a tentar<br />

adaptar-se a esta nova situação, reduzindo<br />

investimentos e arranjando novas<br />

soluções à medida do mercado existente,<br />

sem perderem a produtividade,<br />

a eficiência e a competitividade. Uma<br />

dessas soluções é o novo mini banco<br />

de carroçaria, que exige menor investimento,<br />

é mais versátil e ocu a menos<br />

espaço na oficina.<br />

■ Solução económica<br />

e versátil<br />

Os mini bancos de carroçaria permitem<br />

realizar todos os trabalhos habitualmente<br />

realizados nos bancos de<br />

carroçaria convencionais, incluindo<br />

operações de tração e estiramento de<br />

peças deforma<strong>das</strong> (Fig. 1). A conjugação<br />

da plataforma central elevatória e<br />

os cavaletes com rodízios para apoio<br />

<strong>das</strong> ro<strong>das</strong> do veículo constituem o segredo<br />

de maior rapidez de montagem<br />

e desmontagem dos acessórios de fixação<br />

e tração, tornando a reparação<br />

mais rápida nos mini bancos.<br />

De qualquer modo, convém ter em<br />

mente que se trata de uma solução com<br />

mais limitações relativamente a um<br />

banco convencional e que deve ser<br />

utilizada dentro <strong>das</strong> suas possibilidades.<br />

Uma <strong>das</strong> limitações refere-se à<br />

fig. 1<br />

aplicação de esforços de tração combinados,<br />

múltiplos e/ou opostos, que<br />

exigem uma estrutura mais sólida de<br />

apoio. Nos mini bancos, apenas são<br />

possíveis esforços diretos ou muito<br />

próximo disso (Figuras 3 e 5).<br />

O sistema de estiramento hidráulico do mini banco é muito versátil, desde que os danos e a<br />

força de tração não sejam muito elevados<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

69<br />

Em contrapartida, o mini banco permite<br />

organizar um posto de trabalho<br />

versátil, ergonómico e produtivo, onde<br />

o carro pode ser elevado para desmontar<br />

peças da carroçaria e conjuntos<br />

mecânicos. Além disso, permite aplicar<br />

forças de tração na parte inferior da<br />

carroçaria, como os estribos <strong>das</strong> portas<br />

deformados e outras peças danifica<strong>das</strong>.<br />

Depois de habituados, os técnicos podem<br />

utilizar o mini banco para conformarem<br />

as mais diversas deformações<br />

ligeiras, o que seria impensável num<br />

banco convencional. Isso é possível<br />

graças a uma unidade hidráulica da<br />

última geração, com um comando remoto<br />

muito preciso.<br />

fig. 2<br />

■ Componentes do mini banco<br />

Estes equipamentos são geralmente<br />

constituídos por uma plataforma elevatória<br />

com quatro patas, acessórios<br />

de fixação do veículo (garras), torre para<br />

efetuar estiramentos e unidade hidráulica.<br />

Os acessórios geralmente deslizam<br />

numa calha longitudinal, para se colocarem<br />

facilmente na posição pretendida.<br />

Há outros casos em que os<br />

acessórios são desmontados para dar<br />

acesso ao veículo e montados logo a<br />

seguir. O carro é colocado facilmente<br />

na posição indicada, porque a plataforma<br />

desce até ao nível do solo. Uma<br />

<strong>das</strong> originalidades destes mini bancos<br />

são os cavaletes metálicos com ro<strong>das</strong>,<br />

nos quais assentam as ro<strong>das</strong> do veículo,<br />

para poder baixar a plataforma e prender<br />

o veículo ao banco (Fig. 2).<br />

A unidade hidráulica com comando<br />

de segurança à distância alimenta o<br />

macaco da plataforma elevatória e os<br />

êmbolos que são utilizados para efetuar<br />

a tração e estiramento <strong>das</strong> peças<br />

deforma<strong>das</strong>. Na prática, a plataforma<br />

elevatória do mini banco pode ser<br />

utilizada como um elevador de solo,<br />

permitindo rodar o veículo e colocá-lo<br />

na melhor posição de trabalho. Além<br />

disso a torre hidráulica de tração pode<br />

ser colada lateralmente no veículo,<br />

dando acesso a peças que os bancos<br />

geralmente não permitem. Ao colocar<br />

o veículo no banco, no entanto, é necessário<br />

verificar se existe espaço para<br />

efetuar a montagem da torre para<br />

fazer estiramentos. De um modo geral,<br />

as montagens e desmontagens de<br />

acessórios nos mini bancos são mais<br />

rápi<strong>das</strong> do que num banco convencional<br />

(Fig. 4).<br />

fig. 5<br />

A elevação do veículo torna a sua fixação ao banco rápida e ergonómica, o mesmo se passando com a desmontagem prévia de peças da<br />

carroçaria e de mecânica<br />

fig. 3 fig. 4<br />

A colocação da torre de estiramento na zona lateral do veículo<br />

permite aplicar forças transversais à linha longitudinal do mesmo, o<br />

que nem sempre é possível em bancos convencionais<br />

■ Método de trabalho<br />

Com em qualquer outro banco, a primeira<br />

coisa a fazer com o carro montado<br />

no mini banco é verificar os<br />

pontos de controlo da carroçaria, para<br />

ver que peças estão deforma<strong>das</strong> e necessitam<br />

de estiramento. Estes bancos<br />

são compatíveis com todos os sistemas<br />

de medida, não sendo necessário adquirir<br />

nenhum sistema específico. Conjugando<br />

a posição do veículo com as<br />

possibilidades de afinação da torre de<br />

estiramento, é possível aplicar forças<br />

de tração em praticamente todos os<br />

ângulos. Caso seja necessário, podem<br />

ser usados outros acessórios de estiramento<br />

de bancos convencionais, para<br />

realizar melhor certos trabalhos específicos.<br />

O cilindro hidráulico da torre de estiramento<br />

é acionado à distância, permitindo<br />

que o técnico efetue o controlo<br />

do sistema de medida, ao mesmo<br />

tempo que comanda o estiramento.<br />

Exemplos de estiramento directo em linha recta (esquerda) e em sentido oblíquo (direita), com a utilização de uma polia para apoio da<br />

corrente<br />

Colocação de garras para estiramento com correntes, destacando-se<br />

a posição ergonómica de trabalho, o que torna o serviço mais rápido<br />

e eficiente<br />

Conclusão<br />

Os testes de mini bancos efectuados<br />

na Cesvimap revelaram a sua grande<br />

versatilidade e produtividade,<br />

desde que exista uma seleção prévia<br />

dos danos na carroçaria do veículo,<br />

utilizando um sistema de medida<br />

rápida, como um compasso de varas,<br />

por exemplo. Se a deformação estrutural<br />

for muito profunda, o carro<br />

terá que ir para um banco convencional,<br />

onde é possível aplicar forças<br />

de tração mais eleva<strong>das</strong> e em sentidos<br />

combinados.<br />

Nos danos menos acentuados, o<br />

mini banco dá boa resposta e permite<br />

descongestionar o banco maior,<br />

onde os carros geralmente passam<br />

mais tempo, devido ao tipo de danos<br />

ali reparados. Deste modo, o investimento<br />

nestes equipamentos justifica-se,<br />

porque permite aumentar<br />

a rotação de veículos na oficina e<br />

aceitar mais serviços.<br />

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70<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

Passo a passo<br />

Deteção de f issuras com f luidos<br />

› Nas carroçarias de alumínio, podem surgir fissuras junto aos cordões de soldadura, na sequência<br />

de sinistros. Outra possibilidade de surgir o mesmo problema é quando se realizam reparações com<br />

cordões contínuos de soldadura por arco elétrico sob gás de proteção MIG, devido ao efeito de<br />

dilatação e contração do material<br />

1<br />

Seleção e preparação dos produtos utilizados<br />

A<br />

questão que se coloca é que essas fissuras<br />

podem não ser visíveis a olho nu,<br />

contribuindo para enfraquecer a soldadura.<br />

Uma forma adequada de detectar tais<br />

problemas é utilizar fluidos penetrantes, pois não<br />

é um processo destrutivo e que dá óptimos<br />

resultados. O sistema completo é composto por<br />

três produtos diferentes, sendo um o produto de<br />

limpeza, com o qual se retiram impurezas e<br />

gorduras da superfície. Outro produto é um<br />

fluido penetrante colorido, que penetra nas<br />

fissuras não visíveis por capilaridade. Finalmente,<br />

temos outro produto altamente absorvente, que<br />

retira o produto anterior da fissura, revelando o<br />

contorno desta. Todo o processo pode ser<br />

resumido em dez passos sucessivos, como<br />

revelamos de seguida.<br />

2<br />

Aplicação do produto de limpeza<br />

3<br />

4<br />

5<br />

Aguarda-se o tempo de evaporação e secagem do<br />

produto<br />

6<br />

Aplicação do produto penetrante<br />

7<br />

Aguarda-se o tempo necessário para a penetração do<br />

fluido aplicado<br />

8<br />

Retira-se o produto em excesso e aplica-se novamente o<br />

produto de limpeza<br />

Colaboração<br />

Centro ZARAGOZA<br />

www.centro-zaragoza.com<br />

Aplicação do produto absorvente revelador<br />

9<br />

Se não aparece o produto aplicado, significa que não<br />

existem fissuras no local<br />

10<br />

Se aparecer o revelador, temos então uma fissura<br />

Nesse caso, repara-se o dano e volta a repetir-se o<br />

processo de deteção no final<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> Of icinas<br />

71<br />

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72<br />

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Passo a passo<br />

<strong>Fevereiro</strong> I <strong>2014</strong><br />

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