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Revista dos Pneus 014 - Julho 2011

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DOSPNEUS<br />

REVISTA<br />

REVISTA INDEPENDENTE DE PNEUMÁTICOS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />

Nº 14 • JULHO <strong>2011</strong> • ANO III • 5 EUROS<br />

ENTREVISTA<br />

Eng.º António Lopes de Seabra, Presidente do Conselho<br />

de Administração da Continental Mabor<br />

Actualidade<br />

Conheça to<strong>dos</strong> os<br />

distribuidores de<br />

Equipamentos<br />

Oficinais em<br />

Portugal<br />

Evento<br />

Convenção de<br />

Clientes<br />

Trelleborg<br />

Wheel Systems<br />

Espanha<br />

Ambiente<br />

Boas práticas<br />

ambientais são a<br />

melhor forma de<br />

garantir a<br />

sustentabilidade<br />

do negócio<br />

Técnica<br />

Causas do<br />

desgaste da<br />

banda de<br />

rolamento <strong>dos</strong><br />

pneus de<br />

pesa<strong>dos</strong><br />

Serviço<br />

O pneu e a jante<br />

formam uma<br />

totalidade, a<br />

roda, que não<br />

deve ser divisível<br />

“VAMOS CRESCER<br />

EM <strong>2011</strong>”<br />

Conhecer<br />

Nas perfurações<br />

por pregos<br />

deve-se brocar o<br />

furo a partir do<br />

interior do pneu


EDITORIAL<br />

Nº 14 • JULHO <strong>2011</strong> • ANO III<br />

SUMÁRIO<br />

Somos<br />

pequenos<br />

Não é novidade para ninguém que o nosso mercado de pneus<br />

em Portugal é pequeno. Vendem-se mesmo assim mais de 5<br />

milhões de pneus, se aqui incluirmos, para além <strong>dos</strong> novos<br />

das marcas Premium, os novos de outras marcas, os usa<strong>dos</strong><br />

e os semi-novos, mas no fundo isso é uma gota de água se se comparar<br />

com outros merca<strong>dos</strong>, nomeadamente o espanhol que está aqui<br />

mesmo ao nosso lado.<br />

É pequeno também por que o país é pequeno, nomeadamente em termos<br />

geográficos. Somos pequenos porque somos periféricos, ou somos<br />

pequenos porque os outros é que são grandes. Contudo, eu acho que somos<br />

pequenos mas não por nenhuma destas razões. Somos pequenos<br />

porque a nossa mentalidade é pequena. É uma questão geracional que<br />

só vai mesmo mudar com o tempo e que com uma nova fornada de empresários<br />

e gestores.<br />

Sabemos tudo o que os outros grandes fazem lá fora, mas cá dentro<br />

gostamos de ser pequenos, até um pouco mesquinhos e, pior ainda, invejamos<br />

o nosso vizinho mesmo que ele seja mais pequeno que nós e<br />

pense de maneira diferente.<br />

Ser pequeno e gostar de ser pequeno é viciante. Pior ainda é querer<br />

que os outros também sejam pequenos.<br />

Nós não queremos ser pequenos nem queremos que os outros nos façam<br />

pequenos. Queremos dar as mesmas oportunidades a to<strong>dos</strong> e queremos<br />

obter de to<strong>dos</strong> as mesmas oportunidades, para que to<strong>dos</strong> deixem<br />

de ser pequenos.<br />

Não é possível portanto que uma publicação que se dirige ao retalhista<br />

de pneus - entidade que é e será o principal prescritor de pneus para o<br />

cliente em 90% <strong>dos</strong> casos (mesmo que alguns queiram esquecer isto) –<br />

seja vista como pequena por uma parte de um sector que quer resistir<br />

em ser pequeno.<br />

Não queria terminar sem incentivar um “grande” passo que foi dado<br />

no caminho do associativismo no sector do retalho, mesmo depois de<br />

muito ter sido criticado por incentivar isso. A criação e desenvolvimento,<br />

no âmbito da ACAP, da CERP (Comissão Especializada de Retalhistas de<br />

<strong>Pneus</strong>) é uma boa notícia, quer se queira ou não, e pequenos são aqueles<br />

que em vez de apoiarem e incentivarem aquilo que tanto queriam, ter<br />

uma associação no sector, agora virem criticar.<br />

Paulo Homem<br />

paulo.homem@apcomunicacao.com<br />

Notícias<br />

Novidades do sector 4<br />

Salão<br />

Autopromotec 13<br />

Mercado<br />

Equipamentos 16<br />

Entrevista<br />

António Lopes Seabra, Continental 24<br />

Entrevista<br />

José Lourenço, José Lourenço <strong>Pneus</strong> 28<br />

Empresa<br />

Vitor Rocha, Altaroda 32<br />

Evento<br />

Tuning Santarém, <strong>Pneus</strong> da Península 36<br />

Convenção Trelleborg 38<br />

Actualidade<br />

CERP 40<br />

Empresas<br />

Aveiropneus 42<br />

Alves Bandeira 44<br />

Yokohama 46<br />

Minho Tyres 48<br />

Pneugreen 50<br />

Garagem Lapa 52<br />

Toptotal 56<br />

Vulcal 60<br />

Iberacero 64<br />

Retalho<br />

Neopneus 68<br />

Scorpion <strong>Pneus</strong> 69<br />

Recauchutagem Via Rápida 70<br />

Serviço<br />

Jantes usadas 78<br />

Desgate de <strong>Pneus</strong> 80<br />

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reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />

DIRECTOR:Paulo Homem DIRECTOR ADJUNTO:João Vieira SUBDIRECTOR: Hugo JorgePROPRIEDADE: João Vieira - Largo Infante<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 03


NOTÍCIAS<br />

Mercado em recessão<br />

O mercado de pneus novos em Portugal está em<br />

recessão, embora a quebra não tenha sido muito<br />

acentuado, pelo menos nos primeiros três meses do<br />

ano de <strong>2011</strong>, segundo da<strong>dos</strong> Europool.<br />

Os da<strong>dos</strong> disponíveis revelam que o mercado de<br />

ligeiros, no primeiro trimestre de <strong>2011</strong>, teve uma<br />

quebra de 3,6% face a período homólogo de 2010,<br />

o que representa pouco mais de 636.000 pneus vendi<strong>dos</strong>.<br />

Nos pneus para 4x4 e para veículos ligeiros comerciais<br />

também se verifica a mesma tendência (no<br />

mesmo período), com quebras de 14,9% e 1,9%,<br />

respectivamente. <br />

Ford apostou<br />

em campanha<br />

Prosseguindo na sua aposta de cariz ambiental, a<br />

Ford decidiu dar mais uma ajuda lançando a iniciativa<br />

EcoPneu Ford.<br />

Na compra de um pneu novo nos passa<strong>dos</strong> meses de<br />

Junho ou <strong>Julho</strong>, o cliente recebeu 10 euros contra a entrega<br />

do pneu em fim-de-vida para 'abate'.<br />

A Rede de Reparadores Autoriza<strong>dos</strong> Ford disponibilizou<br />

um vasto leque de marcas e dimensões de pneus<br />

com propostas mais económicas ou mais premium de<br />

acordo com o pretendido pelo cliente. To<strong>dos</strong> os pneus<br />

recolhi<strong>dos</strong> são depois encaminha<strong>dos</strong> para tratamento<br />

de resíduos.<br />

Por seu lado, a Ford lançou também a campanha<br />

Pneu Seguro Ford que vai já na sua 4ª edição, garante –<br />

sem custos para o cliente – a cobertura em situações de<br />

rebentamento ou furo no prazo de um ano, para um<br />

determinado leque de pneus elegíveis, adquiri<strong>dos</strong> ao<br />

abrigo da campanha. Esta iniciativa da Ford é inovadora<br />

no mercado nacional de pós-venda. <br />

Novo Spray Berner<br />

para (Des)Montar<br />

<strong>Pneus</strong><br />

A Berner acaba de lançar um novo<br />

produto de carácter inovador.<br />

O novo spray é ideal para montar e<br />

desmontar to<strong>dos</strong> os tipos de pneus de<br />

uma maneira fácil, eficaz e em metade<br />

do tempo, quando comparado com a<br />

tradicional massa. Graças à sua alta<br />

qualidade de penetração e de deslizamento,<br />

este produto reduz a pressão<br />

de rebentamento do pneu, protegendo<br />

o mesmo de danos no seu rebordo.<br />

Este spray é também indicado para os pneus Run-<br />

Flat, o que o torna de facto único e versátil. <br />

Mais eficiência energética <strong>dos</strong> pneus<br />

A Yokohama anunciou que dois <strong>dos</strong> seus funcionários<br />

(Yuichi Hara e Yoshiaki Hashimura) receberam o<br />

Prémio Mext em ciência e tecnologia pelos progressos<br />

feitos ao nível do revestimento interno <strong>dos</strong> pneus e o<br />

consequente melhoramento da eficiência energética<br />

desses mesmos pneus, através da introdução de um<br />

novo material de borracha e resina.<br />

Assim, um forro interno é fixado no interior de um<br />

pneu para reduzir o vazamento de ar. O ar naturalmente<br />

vaza de qualquer pneu, a pressão do ar diminui e aumenta<br />

a resistência ao rolamento, com um efeito adverso<br />

sobre o consumo de combustível.<br />

O forro interno desenvolvido pela Yokohama Rubber<br />

utiliza um novo material com um elevado nível de<br />

equilíbrio entre a baixa permeabilidade de resina e a flexibilidade<br />

da borracha.<br />

O resultado é uma redução substancial de fugas de ar<br />

de pneus. Além disso, a espessura da o forro é apenas<br />

um quinto do que um forro convencional, mas pode<br />

atenuar o vazamento do pneu, contribuindo para tornar<br />

o pneu mais leve.<br />

Assim, a avaliação abrangeu não só o aspecto da melhoria<br />

da eficiência do combustível através de manutenção<br />

de baixa resistência ao rolamento e o peso mais<br />

leve, mas também a conservação <strong>dos</strong> recursos materiais.<br />

<br />

Goodyear aposta<br />

em recauchuta<strong>dos</strong><br />

Premium<br />

A Goodyear Dunlop, líder no fabrico de<br />

pneus, iniciou um investimento estratégico<br />

nas suas instalações de produção em Wittlich,<br />

Alemanha, para a produção de pneus<br />

de pesa<strong>dos</strong> recauchuta<strong>dos</strong> premium.<br />

Numa primeira fase a empresa investiu 3,7<br />

milhões de euros (ME) na construção de instalações<br />

para recauchutagem através da vulcanização<br />

em molde no local e criou 60 novos<br />

postos de trabalho. O investimento em<br />

equipamento novo e em capacidade extra de recauchutagem de pneus de pesa<strong>dos</strong> faz parte da estratégia de crescimento<br />

da empresa.<br />

Com os Next Tread, Goodyear TreadMax e Dunlop MultiTread, o grupo oferece uma gama bastante abrangente<br />

de pneus recauchuta<strong>dos</strong> para veículos comerciais. Estes produtos eram, até agora, somente fabrica<strong>dos</strong> em<br />

Riom (França) e em Wolverhampton (Reino Unido). A fábrica da Goodyear Dunlop, em Wittlich verá o seu<br />

investimento reforçado numa segunda fase, a decorrer em mea<strong>dos</strong> de <strong>2011</strong>, quando forem investi<strong>dos</strong> mais 1,2<br />

milhões de euros para proporcionar uma capacidade total de 150 000 pneus por ano. <br />

Novo Director-Geral<br />

Goodyear Dunlop Ibéria<br />

Pietro Saletta acaba de ser nomeado como Director<br />

Geral da Goodyear Dunlop Ibéria, substituindo Darío<br />

Vicario.<br />

O seu objectivo vai ser fortalecer a posição da empresa<br />

em Espanha e Portugal, enfrentando um mercado<br />

que representa enormes desafios e onde o foco se<br />

vai centrar no desenvolvimento das marcas e na colaboração<br />

com os clientes.<br />

Pietro Saletta, de 44 anos e licenciado em Engenharia<br />

pela Universidade de La Sapiência de Roma, entrou<br />

na Goodyear Dunlop em 1996 na qualidade de<br />

Chefe de Produto, no departamento de Marketing.<br />

Desde então, obteve grandes êxitos em várias posições<br />

de vendas e marketing nas diferentes unidades de<br />

negócio da empresa, em Itália, e nos Escritórios Centrais<br />

de Bruxelas.<br />

Na sua função mais recente como Director de Marketing<br />

e Vendas para a região da Europa de Leste, Médio<br />

Oriente e África, Pietro Saletta obteve excelentes<br />

resulta<strong>dos</strong>, sendo uma peça chave no crescimento da<br />

Goodyear Dunlop nos merca<strong>dos</strong> emergentes. <br />

04<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Continental com campanha<br />

de seguro para pneus<br />

A Continental <strong>Pneus</strong> Portugal tem a decorrer durante os meses de <strong>Julho</strong> e Agosto uma<br />

campanha, na qual to<strong>dos</strong> os pneus <strong>dos</strong> segmentos de turismo, van e 4X4 compra<strong>dos</strong> durante<br />

este período, têm uma garantia extra para danos acidentais pelo período de um ano.<br />

A Garantia ContiPlus prevê a cobertura de danos acidentais relaciona<strong>dos</strong> com a utilização<br />

diária <strong>dos</strong> pneus, como embates nos passeios ou buracos, cortes nos pneus, ou outro<br />

tipo de danos que não permitam a utilização do pneu em segurança.<br />

A Garantia ContiPlus da Continental, assegura igualmente assistência em viagem, garantindo<br />

um serviço de reboque e continuação de viagem para os ocupantes da viatura, podendo mesmo ser enviada<br />

viatura de substituição nos casos que a seguradora entenda como mais indicado. <br />

<strong>Pneus</strong> mais caros na Bridgestone<br />

A Bridgestone Europe aumentou os preços na Europa já como efectividade<br />

no terceiro trimestre de <strong>2011</strong>. Dependendo do país e da categoria de produtos,<br />

os preços vão aumentar a partir de 1 de <strong>Julho</strong>, a uma média de:<br />

• 12% em pneus radiais para camiões e autocarros;<br />

• 8% em pneus agrícolas, todo-o-terreno e recauchuta<strong>dos</strong>;<br />

• 5% em automóveis de passageiros, camiões leves e 4x4, e pneus de motos.<br />

"Os custos actuais de matérias-primas como a borracha natural, os materiais deriva<strong>dos</strong> de petróleo e outros<br />

mantêm os seus elevado níveis históricos", refere Mac Ohashi, CEO e Presidente da Bridgestone Europe.<br />

"Estamos a acompanhar de perto a evolução das tendência e flutuação <strong>dos</strong> preço das matérias-primas. No entanto,<br />

com base no nível <strong>dos</strong> preços de <strong>2011</strong>, mesmo após o aumento de preços que ocorreu no segundo trimestre,<br />

ainda existe uma diferença significativa para cobrir. Estamos a realizar continuamente to<strong>dos</strong> os esforços<br />

para absorver os aumentos de custos, através de ganhos de eficiência. Nestas circunstâncias, pedimos o apoio e<br />

compreensão de nossos clientes, comprometendo-nos em fornecer produtos de alta qualidade e de valor acrescentado”<br />

refere a mesma fonte. <br />

Internacionalização<br />

da marca Rubber Vulk<br />

Com a participação na feira “Autopromotec<br />

<strong>2011</strong>” em Bolonha, Itália, a Rubber Vulk cumpriu<br />

mais uma etapa do planeamento estratégico de internacionalização<br />

da marca Rubber Vulk.<br />

Foram apresentadas no certame novidades acerca<br />

da nova linha de válvulas e sensores TPMS, bem<br />

como a presentação internacional da nova imagem.<br />

<br />

Krautli comercializa<br />

baterias Yuasa.<br />

A Krautli Portugal incorporou na sua vasta gama de<br />

produtos a prestigiada marca de baterias Yuasa.<br />

A Yuasa, é uma das marcas eleitas pelos principais<br />

construtores de veículos mundiais no fornecimento de<br />

baterias de arranque, dando confiança e segurança a milhões<br />

de condutores em todo o mundo.<br />

A gama de baterias Yuasa é utilizada em veículos ligeiros,<br />

pesa<strong>dos</strong>, aplicações industriais e náutica. O programa<br />

é composto pelas seguintes linhas:<br />

Professional: Baterias sem manutenção ideais para veículos<br />

com especificações standard, gama reduzida composta<br />

pelas referências com maior consumo no nosso<br />

mercado.<br />

Supreme: Baterias reforçadas com poder de arranque<br />

superior, seladas e com indicador de carga, esta gama é a<br />

ideal para veículos com elevadas especificações (sistemas<br />

de navegação, DVD,…).<br />

Cargo: Baterias para aplicação em veículos pesa<strong>dos</strong>,<br />

maquinaria agrícola e aplicações industriais, gama completa<br />

ideal para veículos com equipamento básico.<br />

Cargo SHD: Baterias com placas reforçadas o que lhes<br />

permite ter especificações de AH e EN superiores, para<br />

veículos de elevadas especificações e equipamentos adicionais,<br />

resistentes a vibrações e inclinações extremas.<br />

AGM: Baterias para os novos veículos Stop & Start,<br />

baterias com o triplo da duração cíclica das baterias convencionais,<br />

melhor arranque mesmo com baixas temperaturas,<br />

maior vida útil, á prova de derrames e fugas, bateria<br />

sem manutenção e possibilidade de maior tempo de<br />

armazenagem sem perder qualidade.<br />

Marine: Bateria selada ideal para Veleiros, e embarcações<br />

de lazer, selada resistente a vibrações e inclinações,<br />

indicador do estado de carga e duplo borne, (1 normal e<br />

outro roscado)<br />

Leisure: Bateria selada para caravanas e capaz de suportar<br />

ciclos profun<strong>dos</strong>, resistente a vibrações e com indicador<br />

de estado de carga. <br />

Mitas lança agrícolas<br />

mais estreitos<br />

O Grupo CGS lançou no mercado uma nova gama<br />

de pneus agrícolas estreitos da marca Mitas.<br />

Esta linha de produto aumentará e melhorará a actual<br />

gama de pneus estreitos da Continental, que a Mitas<br />

já está a produzir (sob licença) desde 2004.<br />

Assim, passaram a estar disponíveis 8 novas medidas<br />

de pneus estreitos Mitas, sendo que esta empresa lançará<br />

mais 13 medidas de pneus estreitos da mesma marca,<br />

incluindo cinco novas referências: 270/95R32,<br />

300/95R46, 320/85R34, 320/90R50 y 320/90R54.<br />

Segundo a Mitas a gama poderá ser ainda reforçada<br />

no início de 2012, cobrindo as necessidades <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong><br />

Europeus e Americano. <br />

Revisão oficial da marca com qualidade Autodata<br />

A Infortrónica tem a decorrer uma campanha de<br />

Revisão Oficial da Marca, com o selo da Autodata.<br />

Esta campanha tem por objectivo dar a conhecer<br />

aos condutores que podem fazer a revisão oficial na<br />

oficina que utiliza o serviço Autodata On-line 3.<br />

Com Autodata On-line 3 a oficina multimarca<br />

pode fazer as Manutenções Oficiais mantendo a garantia<br />

do fabricante. Basta para tal validar e carimbar o<br />

livro de revisões da viatura, mas é necessário que a oficina<br />

siga as recomendações <strong>dos</strong> fabricantes, tanto a nível<br />

de peças OEM como de procedimentos técnicos.<br />

Por outro lado pode fazer as estimativas ou dar as<br />

cotações <strong>dos</strong> serviços a efectuar sem erros e com os<br />

mesmos tempos que seriam forneci<strong>dos</strong> pelos concessionários,<br />

desta forma as multimarcas não perdem negócios<br />

por orçamentação discrepante da realidade,<br />

bem como podem planear correctamente as obras na<br />

oficina, gerindo mais eficazmente os recursos disponíveis.<br />

Sendo assim com serviço Autodata, a oficina obtém<br />

as informações técnicas necessárias para executar<br />

as tarefas de revisão oficial mantendo a garantia do fabricante.<br />

Os condutores podem consultar no site www.autodata.pt<br />

onde se encontram essas oficinas. Para to<strong>dos</strong><br />

os condutores que façam a revisão oficial nestas oficinas<br />

e, dentro da vigência da garantia do fabricante,<br />

será oferecido um brinde, sem sorteio. <br />

06<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Novos SAVA para pesa<strong>dos</strong><br />

O fabricantes de pneus Sava Tires, pertencente ao Grupo Goodyear,<br />

acaba de lançar uma nova gama de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong><br />

de 22,5”, pensado para o operador que se preocupa com os<br />

custos.<br />

A nova gama, que inclui o pneu para eixo de direcção Avant 4<br />

e o pneu para eixo de tração Orjak 4, foi criada para melhorar a<br />

performance e para reduzir o custo por quilómetro, tendo sido<br />

desenvolvida para o transporte de pequenas e longas distâncias.<br />

Comparativamente, o Avant 4 é melhor do que o seu antecessor,<br />

o Avant A3, nos aspectos fulcrais. Destaque, segundo a Sava,<br />

para a resistência ao rolamento, traduzindo-se em benefícios económicos<br />

de consumo reduzido de combustível, o qual foi alcançado sem qualquer cedência<br />

no plano da quilometragem. De igual modo, o comportamento e a travagem<br />

em piso molhado são melhores, o que proporciona um maior potencial para mais segurança<br />

e ruído reduzido.<br />

Tal como o Avant 4, o Orjak 4 é melhor nas principais áreas de performance do<br />

que o seu antecessor, o Orjak O3. Em resumo, foi alcançada uma melhoria de poupança<br />

de combustível de 6%, na resistência ao rolamento sem afectar o potencial da<br />

quilometragem, sendo o ruído também reduzido. O peso reduzido <strong>dos</strong> novos pneus<br />

proporciona vantagens adicionais relativamente ao aumento da capacidade de carga.<br />

Estes novos pneus stão disponíveis nas medidas 295/80R22.5 152/148 M,<br />

315/70R22.5 154/150 L (152/148M) e 315/80R22.5 156/150L (154/150 M). <br />

PUB<br />

Novos tamanhos HTL2 e HTR2<br />

A Continental apresentou novos tamanhos para os seus conheci<strong>dos</strong> HTL2 e<br />

HTR2.<br />

O novo perfil do HTL2, com as suas ranhuras longitudinais estreitas e os ombros<br />

largos e fecha<strong>dos</strong>, proporcionam uma reduzida resistência ao rolamento.<br />

Uma base de perfil profundo, uma elevada estabilidade lateral da carcaça e uma<br />

mistura de borracha especialmente desenvolvida para esta utilização contribuem<br />

ainda mais para a redução significativa <strong>dos</strong> níveis de consumo de combustível<br />

numa utilização diária. A vida útil do pneu aumentou significativamente relativamente<br />

ao seu antecessor o que torna o novo pneu de secção transversal rebaixada<br />

numa das soluções completas mais económicas da sua classe.<br />

O equivalente ao HTL2 a nível regional é o HTR2. Este pneu convence pela sua<br />

elevada capacidade de carga numa utilização em diferentes pisos. Uma concepção<br />

especial do perfil ,com blocos e ranhuras estreitas, garante uma<br />

elevada aderência lateral, mesmo em pisos instáveis, evitando o<br />

desgaste do pneu devido ao impacto com pedras.<br />

O formato das ranhuras do perfil proporcionam uma elevada<br />

suavidade na circulação, mesmo em condições mais<br />

exigentes. O novo HTR2 é um pneu para veículos de plataforma<br />

rebaixada de utilização universal, que combina um<br />

alto nível de economia com uma longa vida últil e um nível<br />

extremamente elevado de segurança.<br />

Tal como to<strong>dos</strong> os pneus da 2.ª geração, os novos pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong> para veículos de plataforma rebaixada e semireboques<br />

têm características inovadoras, tais como a cinta<br />

triangular, o reforço metálico do talão e o a camada butílica<br />

Air-Keep® para a retenção da pressão interna do pneu.<br />

Os novos pneus HTL2 para o transporte de longo curso optimizado<br />

para grandes volumes está disponível nos tamanhos 245/70 R 17.5,<br />

215/75 R 17.5 e 235/75 R17.5 e o novo HTR2 para utilização no transporte regional<br />

e em reboques de veículos de plataforma rebaixada está disponível nos tamanhos<br />

205/65 R.17.5, 215/75 R 17.5 e 235/75 R 17.5. <br />

Eurotyre com resulta<strong>dos</strong> positivos<br />

Realizou-se no passado dia 8 de Maio, no Hotel Sana Metropolitan em Lisboa, a<br />

Assembleia geral da Arc En Ciel Pneumáticos, SA, entidade que gere a rede Eurotyre<br />

de retalho de pneus em Portugal. A discussão, apreciação e votação do relatório de<br />

gestão, das contas e da proposta de aplicação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> relativos ao exercício de<br />

2010, bem como a apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade, foram<br />

os assuntos aboda<strong>dos</strong> nesta Assembleia Geral.<br />

To<strong>dos</strong> os pontos foram aprova<strong>dos</strong> por unanimidade sendo que a Eurotyre terminou<br />

o ano com resulta<strong>dos</strong> do exercício 2010 positivos e com um incremento na actividade<br />

da empresa em cerca de 12%. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 07


NOTÍCIAS<br />

PUB<br />

61% <strong>dos</strong> condutores<br />

verifica a pressão<br />

A Goodyear tem vindo a desenvolver nos últimos anos uma série de iniciativas<br />

tendo em vista o estudo da utilização <strong>dos</strong> pneus por parte <strong>dos</strong> automobilistas.<br />

Num <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong> mais recentes, quando o condutor foi questionado sobre<br />

quais as condutas mais importantes quando se está ao volante, 93% considera ser<br />

conduzir sem beber, seguido de 56% que descansam antes de conduzir. 47% efetua<br />

as inspeções periódicas aos veículos, face aos 43% que dão maior importância<br />

ao cumprimento <strong>dos</strong> limites de velocidade.<br />

Em relação aos equipamentos do automóvel mais importantes, 70% considera<br />

ser o sistema ABS ou sistema de travagem anti-bloqueio, enquanto 64% <strong>dos</strong> indivíduos<br />

referem serem os pneus com banda de rodagem.<br />

Aquando de uma viagem, 57% indicam que fazem paragens à medida que se<br />

sentem cansa<strong>dos</strong>, independentemente do percurso ser longo ou curto. No entanto<br />

param a cada 2 horas, 37% <strong>dos</strong> indivíduos.<br />

Sobre a frequência com que verificam a pressão <strong>dos</strong> pneus, 61% fazem-no com<br />

regularidade, sendo que são os indivíduos entre os 55 e 65 anos que revelam ter<br />

essa preocupação. 17% só o fazem quando vão de viagem e 11% só duas vezes<br />

por ano.<br />

Quando questiona<strong>dos</strong> sobre a mudança <strong>dos</strong> pneus, 67% muda quando vêem<br />

que estão gastos, 50% quando recomendado pelo mecânico e 31% quando sentem<br />

que tem repercussões na condução.<br />

O estudo foi realizado junto de 520 indivíduos no mês de Junho de <strong>2011</strong>. O<br />

questionário foi realizado on-line, através de 10 perguntas fechadas, junto de 260<br />

homens e 260 mulheres, <strong>dos</strong> 18 aos 65 anos, com e sem filhos. <br />

O mais inovador elevador<br />

do mercado na MG<br />

A MG incluiu recentemente na sua gama de produtos, o elevador móvel mais inovador<br />

do mercado, o Minilift da sua representada Astra, já galardoado em diferentes<br />

certames internacionais.<br />

Trata-se de um elevador concebido para uma utilização rápida em todo o tipo de<br />

oficinas, com accionamento pneumático, e que permite a elevação de um <strong>dos</strong> eixos<br />

do veículo até uma altura máxima de 155 cm em apenas 12 segun<strong>dos</strong>.<br />

As suas reduzidas dimensões e versatilidade constituem uma eficaz alternativa<br />

ao convencional elevador de 2 colunas, para determina<strong>dos</strong> trabalhos oficinais.<br />

O Minilift é colocado sob o veículo de forma transversal, posicionando-se os tacos<br />

basculantes nos pontos de elevação pretendi<strong>dos</strong>:<br />

Eixo traseiro: elevação até 155 cm na parte mais alta, dependendo do veículo.<br />

Eixo dianteiro (motor): elevação até 145 cm, permitindo a inspecção das diferentes<br />

partes do motor.<br />

Elevação lateral (tipo “macaco”): auxiliado por um taco de borracha<br />

especial (incluído no modelo básico), o Minilift permite a elevação<br />

do veículo lateralmente, com a rapidez e a comodidade que<br />

a alimentação pneumática proporciona. Altura máxima de<br />

60 cm.<br />

Para uma melhor compreensão<br />

sobre o modo de funcionamento<br />

do Minilift, sugerimos a<br />

visualização do vídeo de demonstração<br />

em www.mgequipamentos.com, capítulo<br />

“Destaques”. <br />

ACAP apresenta site oficial do Salão<br />

A ACAP – Associação Automóvel de Portugal e o Auto SAPO, voltaram a<br />

unir-se no lançamento do Site oficial do Salão Internacional do Automóvel de<br />

Portugal <strong>2011</strong>.<br />

O site é, a partir de agora, o principal meio de comunicação do maior acontecimento<br />

do sector automóvel realizado em Portugal.<br />

Estarão desde já disponíveis diversas informações úteis, às quais acrescerão conteú<strong>dos</strong><br />

interactivos sobre as temáticas principais do Salão, novidades e animação.<br />

O site tem uma área dedicada à imprensa, com a informação útil aos meios de<br />

comunicação social, como press releasagenda. O novo site pode ser visto em:<br />

www.salaoautomovel.sapo.pt <br />

08<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

PUB<br />

Vialíder obteve Certificado Qualidade<br />

A Vialíder é uma rede de centros especialistas no pneu que estão uni<strong>dos</strong> pelo seu<br />

compromisso de melhoria contínua no atendimento ao cliente. Desde há muito que<br />

trabalham segundo um manual de procedimentos e tem uma auditoria anual que certifica<br />

a qualidade do serviço prestado, reconhecido através do “label” Centro de Qualidade,<br />

por superar com sucesso as normas rigorosas de qualidade especificadas pela<br />

Michelin.<br />

O dinamismo deste grupo está patente uma vez mais, ao ver reconhecida a sua qualidade<br />

pela NP EN ISO 9001:2008, que exige que as entidades tenham implementado<br />

um sistema de gestão da qualidade com clara vocação de atendimento ao cliente.<br />

A consequência desta dedicação e profissionalismo foi a Certificação do Sistema<br />

de Gestão da Qualidade implementado pela Vialider concedida pela APCER.<br />

Esta certificação, no âmbito de serviços a pneus, premeia o esforço do grupo Vialider<br />

por estar na vanguarda <strong>dos</strong> especialistas em pneus, comprometendo-se a que o seu<br />

trabalho está orientado para a satisfação e garantia <strong>dos</strong> clientes. Actualmente, a certificação<br />

do grupo Vialider pela norma ISO abrange 22 centros de pneus da rede. <br />

John Bean com homologação Nissan<br />

Os equipamentos John Bean foram homologa<strong>dos</strong> por mais um construtor de<br />

automóveis, neste caso a NISSAN, sendo um sinónimo do reconhecimento da<br />

elevadíssima qualidade <strong>dos</strong> seus equipamentos.<br />

Pela primeira vez a Nissan Europeu homologou uma linha de equipamentos,<br />

através do seu Catálogo Europeu, definindo assim uma linha de máquinas e equipamentos<br />

recomenda<strong>dos</strong> para instalação na sua rede de Distribuidores e Concessionários<br />

Autoriza<strong>dos</strong>.<br />

Os países Europeus abrangi<strong>dos</strong> por este acordo incluem Portugal.<br />

Representadas em Portugal pela Domingos & Morgado 2 Equipamentos, as<br />

máquinas John Bean homologadas pela Nissan Europe são as seguintes:<br />

- Equilibradoras: b9455-2 e b9465<br />

- Desmontadoras: T3000-20<br />

- Alinhadoras: Visualiner 3D1 – Lift e Visualiner 3D ARAGO <br />

Circuito Fedima<br />

em Leiria<br />

O Circuito Fedima Motorsport foi<br />

inaugurado no passado mês de Junho<br />

no CoolPark em Leiria.<br />

É um circuito com uma frota inicial<br />

de 6 carros a pedais, especialmente pensado<br />

crianças entre os 3 e os 10 anos,<br />

num traçado que alia rectas e curvas de<br />

to<strong>dos</strong> os feitios, com uma decoração aprimorada e um cuidado extremo ao nível da<br />

segurança. Para além de uma pista muito divertida, os pneus Fedima serão importantes<br />

na formação e vida destas crianças. Para além de serem recicla<strong>dos</strong>, estes têm um ciclo<br />

de vida e alternativas de utilização surpreendentes que são brevemente ser explicadas<br />

e expostas junto do circuito no Coolpark. Os mini pilotos vão poder aprender<br />

enquanto brincam.<br />

Para dar vida a este projecto foram utiliza<strong>dos</strong> 200 <strong>Pneus</strong>, construídas 165 Peças<br />

para fixar os pneus ao cimento, perto de 500 Parafusos e um total de 200 Horas de<br />

trabalho! <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 09


NOTÍCIAS<br />

Mais centros Midas<br />

A Midas inaugurou recentemente o seu<br />

44º e 45º Centro Midas, desta feita no novíssimo<br />

Forum Sintra e no Dolce Vita<br />

Tejo.<br />

Estes novos centros provam a consolidação<br />

do grupo e o forte investimento feito<br />

em 2010, ano que foram abertos nove centros<br />

Midas.<br />

Com estes novos centros a Midas passa<br />

a ter 45 centros e uma maior presença a nível<br />

nacional nos principais centros urbanos.<br />

<br />

Roady lança novo site<br />

Os centros-auto Roady, insígnia do Grupo Os Mosqueteiros, lançaram recentemente<br />

um novo site, com um novo grafismo e com novos conteú<strong>dos</strong>. O novo site Roady tem<br />

uma imagem mais próxima do universo automóvel, e novas áreas onde os visitantes poderão<br />

encontrar toda a informação actualizada sobre o universo Roady. Os novos conteú<strong>dos</strong><br />

abarcam áreas como, por exemplo, serviços de Oficina, novas parcerias, Eco Roady e últimas<br />

notícias, sendo que no novo site é igualmente incorporada uma área com inquéritos<br />

de satisfação para os clientes. A campanha de lançamento do novo site Roady está a ser divulgada<br />

através de anúncios no Google (Addwords), e através de um passatempo no Facebook, que habilita os participantes<br />

a poderem conduzir um Ferrari. Está disponível na página do Roady no Facebook um passatempo que permite que os utilizadores<br />

criem um calendário temático e personalizado, inspira<strong>dos</strong> pelos típicos calendários que se podem encontrar nas oficinas<br />

de bairro. Basta para tal colocarem uma imagem da sua cara, e escolher o corpo e cenário pretendi<strong>dos</strong>. <br />

PUB<br />

Michelin verificou<br />

pressões e estado<br />

<strong>dos</strong> pneus<br />

A Michelin, em parceria com a ACAP e ANSR,<br />

realizou em <strong>Julho</strong> uma Campanha de Verificaçaõ de<br />

<strong>Pneus</strong> em Portugal e Espanha.<br />

Como em ediçoẽs anteriores, a Michelin pretendeu<br />

sensibilizar os condutores sobre a importância de<br />

circular sempre com a pressaõ de enchimento adequada<br />

nos pneus e contribuir para que os condutores<br />

circulem com total segurança. Para o mesmo, durante<br />

as treŝ semanas de duraçaõ desta campanha denominada<br />

“Verifique os seus pneus e viaje mais seguro” foram<br />

inspecciona<strong>dos</strong> gratuitamente to<strong>dos</strong> os veićulos<br />

(ligeiro, 4x4 e veićulo industrial ligeiro) que tivessem<br />

passado por qualquer uma das mais de 1.300 oficinas<br />

autorizadas na Penińsula Ibeŕica, independentemente<br />

da marca <strong>dos</strong> seus pneus.<br />

O êxito obtido nas ediçoẽs anteriores avalizou a<br />

realizaçaõ desta nova campanha graças àqual se poderáconhecer<br />

de forma fidedigna o estado <strong>dos</strong> pneus<br />

e os hábitos de manutençaõ <strong>dos</strong> condutores da<br />

Penińsula Ibeŕica e, portanto, o grau de segurança<br />

com que se circula. A campanha “Verifique os seus<br />

pneus e viaje mais seguro”, para aleḿ de realizar um<br />

importante trabalho de mentalizaçaõ e de prevençaõ,<br />

serve para proporcionar de primeira maõ os da<strong>dos</strong> necessaŕios<br />

para realizar um estudo sobre a segurança<br />

rodoviaŕia em Espanha e Portugal.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> serão conheci<strong>dos</strong> em Setembro. <br />

Launch lança Blog<br />

Especialista em equipamentos para oficinas e<br />

casas de pneus, a Launch apresentou muito recentemente<br />

um novo veículo de informação <strong>dos</strong> seus<br />

produtos. Trata-se de um Blog, disponível em<br />

http://blog.launchiberica.com, que se divide em<br />

três categorías: produto, actualidade e geral. To<strong>dos</strong><br />

os días este Blog é actualizado como informações<br />

diversos sobre a Launch e os seus productos,<br />

mas também com noticias do sector. <br />

10<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


Tecnologia e paixão são as qualidades <strong>dos</strong> pneus YOKOHAMA. E este espírito traduz-se no tema "Master of the Road".<br />

A imagem do samurai demonstra a vontade da Yokohama em conseguir a melhor performance em qualquer tipo de estrada,<br />

em qualquer parte do mundo, com a tecnologia e o espírito do Japão.<br />

YOKOHAMA IBERIA, S.A · Rua 12 · Zona Industrial da Varziela · 4480 – 109 Vila do Conde · Portugal<br />

T: +351 252 249 070 · F: +351 252 249 079 · Linha de Encomendas (Número verde): 800 2 155 13 · contacta@yokohamaiberia.com


NOTÍCIAS<br />

Solução para<br />

pequenas e<br />

médias<br />

oficinas<br />

A Gt Motive introduziu no mercado português o seu mais recente serviço<br />

o Gt Go!.<br />

É uma ferramenta que dispõe da informação da maioria das marca de<br />

automóveis, acerca da identificação e preços de peças, referências de peças,<br />

e <strong>dos</strong> preços totais das manutenções programadas, que geralmente é<br />

necessária para o trabalho diário de uma oficina, encontrando-se sistematicamente<br />

actualizada desde que a informação das marcas seja actualizada<br />

oficialmente.<br />

A relação qualidade - preço da aplicação é uma oferta muito competitiva,<br />

proporciona uma grande satisfação <strong>dos</strong> utilizadores profissionais<br />

do ramo automóvel, que procuram uma informação básica a um preço<br />

muito acessivel para desenvolver o seu trabalho diário e pontual.<br />

Esta aplicação, ainda assim permite a realização de um orçamento<br />

completo com o Gt Estimate versão online, caso o utilizador queira e se<br />

for necessário em casos específicos do dia-a-dia da oficina que tenha menor<br />

necessidade de fazer orçamentos em grande escala.<br />

O Gt Go! é a aplicação online via internet, ideal para as oficinas de<br />

menor e média dimensão. É uma aplicação muito directa e simples, que<br />

poupa muito tempo ao utilizador que precisa de uma resposta imediata<br />

para poder continuar com o seu trabalho, sem ter de esperar dezenas de<br />

minutos ao telefone, que soma<strong>dos</strong> por vezes são horas, para identificar e<br />

para saber o preço de uma simples peça ou de dezenas delas.<br />

A Gt Motive foi galardoada na motortec automechanika <strong>2011</strong>, com o<br />

“Prémio Absoluto <strong>2011</strong> da Inovação”, que representou o produto mais<br />

votado pelo público profissional nesta edição da feira que decorreu no<br />

mês passado. <br />

Precision chega<br />

a Castelo Branco<br />

A Precision, uma das maiores empresas<br />

mundiais no mercado da reparação automóvel,<br />

inaugurou em Castelo Branco a<br />

mais recente oficina da sua rede, dando<br />

um passo significativo na concretização<br />

da sua estratégia de cobertura nacional.<br />

“A Precision oferece as condições ideais<br />

para converter a nossa oficina de marca<br />

única em oficina multimarca. Demos<br />

muita importância à sua gama completa<br />

de serviços, desde os serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />

como, por exemplo, as simples mudanças<br />

de óleo, aos serviços mais complexos,<br />

como as revisões recomendadas pelos fabricantes e reparações de motor” afirma Luis Vaz Antunes,<br />

o franchisado da marca em Castelo Branco.<br />

“Para além disso, to<strong>dos</strong> os serviços presta<strong>dos</strong> são abrangi<strong>dos</strong> pela Garantia Precision, que garante<br />

a aquisição de peças de origem e proporciona uma garantia de dois anos sobre todas as<br />

peças colocadas nas viaturas.”<br />

O conceito da Precision é o de uma moderna “oficina de bairro”, com uma forte aposta no<br />

atendimento personalizado, na proximidade e, ao mesmo tempo, na tecnologia e no knowhow.<br />

“As instalações do nosso franchisado em Castelo Branco têm uma localização excelente<br />

(uma das principais entradas de Castelo Branco, a uma escassa centena de metros do Centro<br />

Comercial Alegro) e são, em termos de qualidade, das melhores da nossa rede” diz Nuno Rebelo,<br />

responsável pela área de Expansão da Precision. “Mas tão importante como as instalações<br />

é a qualidade <strong>dos</strong> profissionais desta equipa. Estamos muito satisfeitos com mais esta parceria.”<br />

A Precision é uma rede de mais de 40 oficinas de serviços de diagnóstico, manutenção e reparação<br />

automóvel, que cobrem o país de Norte a Sul. <br />

PUB<br />

12<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

Autopromotec<br />

Feira apresenta novidades<br />

A Autopromotec teve, este ano, uma das suas melhores edições.<br />

As novidades apresentadas foram bem mais longe do que os pneus e equipamentos,<br />

áreas nas quais a feira italiana é conhecida<br />

AAutopromotec superou todas as expectativas<br />

para este ano, com 103.666 visitantes nos cinco<br />

dias de feira.<br />

O evento, que se realiza em Bolonha de<br />

dois em dois anos, teve nesta 24ª edição o maior número<br />

de visitantes estrangeiros. Foram 18.524 as pessoas<br />

de diversos países que visitaram os expositores entre<br />

os dias 25 e 29 de Maio.<br />

A organização tem vindo a fazer um esforço para<br />

tornar esta uma feira internacional.<br />

Este ano, uma comitiva visitou vários países para<br />

congregar participações na Autopromotec. Essa diligência<br />

deu resulta<strong>dos</strong>. Além <strong>dos</strong> visitantes, também o<br />

número de expositores estrangeiros foi alto.<br />

Cerca de 37% das empresas que tiveram espaço na<br />

feira vieram de outros países que não a Itália. A Alemanha<br />

(101 expositores), a China (69 expositores), os Esta<strong>dos</strong><br />

Uni<strong>dos</strong> da América (51 expositores) e a Inglaterra<br />

(41 expositores) foram os países mais representa<strong>dos</strong>.<br />

Conhecida sobretudo pela sua ligação ao sector de<br />

equipamentos, onde as marcas italianas dominam o<br />

mercado europeu, a Autopromotec tem sempre garantida<br />

a presença de muitos fabricantes de pneus.<br />

E, neste aspecto, apenas se notou a falta da Michelin,<br />

sendo que outras marcas fizeram um esforço memorável<br />

para apresentar as suas novidades de produto.<br />

Nos equipamentos, onde o país tem uma tradição de<br />

décadas e que vale 3.607 milhões de euros, praticamente<br />

todas as empresas conhecidas estiveram presentes.<br />

Nalguns casos, até com os maiores espaços da feira,<br />

como foi o caso da Corghi.<br />

“Os pavilhões de equipamentos e pneus estão bastante<br />

bem consolida<strong>dos</strong>, tal como o estavam no passado,<br />

daí que sejam os maiores”, disse à REVISTA DOS<br />

PNEUS Emanuele Vicentini, responsável pela promoção<br />

e desenvolvimento da feira.<br />

Nas páginas seguintes, mostram-se alguns <strong>dos</strong> produtos<br />

das marcas relacionadas com o sector do pneus.<br />

Além das novidades apresentadas, pode ficar a conhecer-se<br />

os produtos icónicos de cada fabricante.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 13


SALÃO<br />

Autopromotec<br />

Blackhawk<br />

O conhecido fabricante de equipamentos levou à<br />

Autopromotec o sistema Korek que é montado de raiz<br />

no chão, que equipa quase to<strong>dos</strong> os concessionários<br />

Toyota. Mas também levou o sistema de medida Shark<br />

e a consola que pode usar alinhamento.<br />

Corghi<br />

Com um <strong>dos</strong> maiores pavilhões da feira, a Corghi<br />

apresentou-se com algumas novidades a nível de equipamentos<br />

para casas de pneus. O seu produto emblemático<br />

foi o Corghi Master Code, que reconhece automaticamente<br />

o tamanho <strong>dos</strong> pneus e coloca automaticamente<br />

os braços na posição correcta. Mas, além<br />

desta revolução tecnológica, levou ainda o Master 26”,<br />

que foi o predecessor do Master Code, o Artiglio 50 e o<br />

500, montadores de pneus bem conheci<strong>dos</strong> no mercado,<br />

sem necessidade de utilização de barra, e o Monster<br />

AG TT, o único desmontador de pneus industriais<br />

sem recurso a barra. Nos alinhadores, apresentou o<br />

Exact BlackTech X e, nos elevadores, a nova gama para<br />

pesa<strong>dos</strong>.<br />

Dimtech<br />

A Dimtech apresentou um banco de ensaio – o<br />

Dyno Race - que pode comunicar com outros equipamentos<br />

e tem também um banco de ensaios para pesa<strong>dos</strong><br />

– o Dyno Truck.<br />

Emanuel<br />

A Emanuel é uma marca de elevadores de macacos<br />

hidráulicos. As novidades apresentadas focavam-se sobretudo<br />

para uma gama de veículos industriais. O<br />

grande destaque era um sistema de colunas móveis – o<br />

MCL – que pode mover camiões e autocarros. Além<br />

disso, existem ainda as plataformas fixas e os macacos<br />

hidráulicos, tudo produtos fabrica<strong>dos</strong> em Itália e, nalguns<br />

casos, por encomenda.<br />

GT Radial<br />

Os novos pneus de camião da GT Radial foram as<br />

estrelas desta marca no salão mas outros produtos, que<br />

tinham sido apresenta<strong>dos</strong> em Óbi<strong>dos</strong>, estiveram presentes<br />

na AutoPromotec.<br />

Infinity<br />

A infinity está a apoiar o plano de expansão europeu<br />

da LingLong. Estãoa tentar posicionar esta marca<br />

como quality, que tem uma quota de mercado muito<br />

interessante em Portugal. Já a WestLake tem um plano<br />

expansão muito importante na Europa, com mais de<br />

20 milhões de investimento. A Infinity vai remodelar a<br />

gama performance em 2012, a imagem vai ser melhorada<br />

no 4x4 e vai ser lançado um produto para estrada. Já<br />

nos comerciais, o produto da Infinity traz comodidade,<br />

resistência na travagem e maior capacidade de carga<br />

e menor desgaste.<br />

Insaturbo<br />

Esta marca promete colocar uma máquina revolucionária.<br />

Os responsáveis disseram que os mecânicos<br />

vão ganhar tempo, já que se trata de um produto muito<br />

interessante para a produtividade. O argumento é de o<br />

pneu ser económico junto do dono do camião e de ser<br />

uma novidade para alta quilometragem. “Temos que<br />

ter produto que seja de acordo com o gosto das pessoas<br />

e que haja quem o pague”, disseram os responsáveis.<br />

Kuhmo<br />

Um <strong>dos</strong> destaques da Kuhmo naquela que é considerada<br />

uma das feiras mais importantes do sector <strong>dos</strong><br />

pneus foi o KU39, um pneu assimétrico de altas prestações.<br />

Outro modelo em exposição foi o KH 19 Ecowing,<br />

que diminui o consumo de combustível e preserva<br />

o ambiente, ao mesmo tempo que mantém uma excelente<br />

travagem em molhado. Nos pesa<strong>dos</strong>, o<br />

445/45R, da Serie 45, para uma jante de 19,5 polegadas<br />

foi a estrela da Kuhmo, já que esta é a única marca a<br />

produzir esta medida além da Continental.<br />

Kenda<br />

A Kenda trouxe os novos produtos WildTrek A/T e<br />

o Klever M/T. A filosofia da marca é a satisfação <strong>dos</strong><br />

clientes, através de produtos de qualidade e um serviço<br />

óptimo. No plano da tecnologia de pneus, a Kenda foi<br />

pioneira no combate pela redução de ruído tendo desenvolvido<br />

um conceito específico denominado NMA<br />

– Noise Minimization Algorithm, baseado em algoritmos<br />

genéticos.<br />

Marangoni<br />

As novidades apresentadas pela Marangoni na Autopromotec<br />

fora o Marangoni M-Power, um pneus desenvolvido<br />

para desportivos e para SUV. Além deste, a<br />

marca teve ainda o Winter comm, o pneu de inverno<br />

14<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

Ravaglioli<br />

Uma máquina de desmontar e montar pneus com<br />

dupla velocidade na rotação do prato e sem necessitar<br />

de alavanca foi a principal novidade da Ravaglioli. Trata-se<br />

da G8645, que assiste até pneus de 41 polegadas,<br />

mas a marca italiana levava também o elevador de tesoura<br />

de 3,5 toneladas com apenas 10 cm de elevação<br />

do chão, o modelo Rav 535.<br />

Outro destaque foi também um elevador de 4 toneladas,<br />

mas elevado em 13 cm do chão, o Rav 540. Depois,<br />

mostrou também um elevador de quatro colunas,<br />

com 5.000 kg, o Rav 4506 OF, com uma frente de entrada<br />

aberta e 5,7 metros de distância possível de levantar.<br />

Sicam<br />

A novidade apresentada foi o equipamento de diagnóstico<br />

RTS 340, uma adaptação do irmão gémeo para<br />

os clientes Sicam, conforme explicou XXx, da empresa.<br />

Tratava-se de uma lançamento só para Itália e França,<br />

para ver a reacção <strong>dos</strong> clientes e encarar a possibilidade<br />

de comercializar o equipamento noutros países.<br />

Mas a marca trazia também o KTS 200, um equipamento<br />

de diagnóstico que comunica com a central de<br />

da<strong>dos</strong>.<br />

Outro produto apresentado era uma balanceadora<br />

com monitor, com um novo dispositivo corta-peso e<br />

um novo braço de medição externa, além de uma sistema<br />

de laser para a parte interna. Além disso, tinha um<br />

equilibrador de rodas SBM V760P, que faz toda a medição<br />

em 6 segun<strong>dos</strong> e existe uma versão digital da máquina<br />

com display SBM 260, novidades absolutas que<br />

vão estar em Portugal, não sem antes ser aoresentada<br />

uma edição especial <strong>dos</strong> 150 anos da república italiana<br />

que tem mais 150 dias de garantia.<br />

da marca para comerciais ligeiros. Mas este importante<br />

fabricante de pneus apresentou toda a sua gama de<br />

pneus para ligeiros de passageiros, onde se incluíam a<br />

Zeta Linea e o Mythos para a gama M-Power.<br />

Maxxis<br />

Sem nenhuma novidade em especial, o propósito da<br />

presença da marca na Autopromotec era conseguir<br />

mais distribuidores, sobretudo tendo em consideração<br />

a sua nova gama de pneus de inverno e de neve.<br />

Omer<br />

O fabricante de elevadores Omer teve na Autopromotec<br />

os elevadores Kar 45, Kar 55 e Kar 250. Os dois<br />

primeiros são elevadores de tesoura para veículos ligeiros,<br />

ao passo que o Kar 250 se aplica a pesa<strong>dos</strong>. O Kar<br />

45 e 55 têm capacidade para 4,5 e 5,5 toneladas, respectivamente.<br />

Ambos estão equipa<strong>dos</strong> com a nova estrutura<br />

do sistema patenteado ASO (Absorbing system<br />

Omer) que torna o elevador estável e apto a absorver<br />

qualquer tipo de pressão mecânica devido à distribuição<br />

irregular de cargas no elevador. Já o Kar 250 é um<br />

elevador de estrutura, sem interferência no piso da oficina<br />

e que levanta 25 toneladas.<br />

OZ<br />

Superforgiata é a novidade do fabricante de jantes<br />

OZ para <strong>2011</strong>. Trata-se de uma jante com tecnologia de<br />

forja – a mesma aplicada na Formula 1 – o que significa<br />

que o molde da jante é aquecido, mas não derretido.<br />

Esta jante, pensada especialmente para a Porsche, é antes<br />

submetida a uma taxa de compressão de 8 mil toneladas<br />

e é assim que se conseguem melhores características<br />

de produto. Teve ainda umas jantes de estreia para o<br />

Smart ForTwo. Além disso, houve ainda o lançamento<br />

de dois novos produtos. Um deles é o Legenda, com<br />

design de competição e que vem directamente da<br />

Abarth. Há o modelo branco e o negro. O outro produto<br />

é a Quaranta, que comemora os 40 anos da OZ, e a<br />

David da coleção ViaVenetto além da Boticelli.<br />

Sirio<br />

A novidade foi os alinhadores 3D, mas a Sírio também<br />

trouxe várias desmontadoras de pneus de camiões<br />

e de ligeiros. A tecnologia 3D é um investimento muito<br />

grande para a marca, que tem ainda alguns modelos<br />

que não equipam com esta tecnologia. O alinhador de<br />

direcção Sirio Klever, que vai sair em várias versões,<br />

será o equipamento que completa a gama da marca.<br />

Nas desmontadoras de pneus, a novidade é que deixa<br />

de ser necessário utilizar a alavanca para a desmontagem<br />

do pneu.<br />

Walcom<br />

A Walcom trouxe duas linhas de alinhamento e<br />

outrs produtos da ArturoMec, como alguns compressores,<br />

mas também tinha em exposição as pistolas de<br />

pintura em série 6000, onde a 6011 leva o copo de mistura<br />

em cima e a 6010 tem um copo em baixo. A Walcon<br />

diz que tem 90% <strong>dos</strong> seus components feitos dentro<br />

da empresa. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 15


MERCADO<br />

Distribuidores de Equipamentos Oficinais<br />

Economia não ajuda<br />

Em Portugal estão representadas, através de distribuidores nacionais,<br />

as principais marcas de equipamentos oficinais. Existe oferta para todas as necessidades<br />

e para todas as bolsas, num sector com mais ameaças que oportunidades<br />

Numa altura em que o país atravessa uma grande<br />

crise económica e financeira, onde o recurso<br />

ao crédito é cada vez mais difícil, como difícil<br />

é cumprir os compromissos assumi<strong>dos</strong>, o<br />

sector <strong>dos</strong> equipamentos oficinais tem vindo a sofrer<br />

com isso.<br />

Porém, nem to<strong>dos</strong> sofrem por igual. Aqueles que investiram<br />

na formação <strong>dos</strong><br />

seus clientes, no apoio técnico<br />

e no desenvolvimento de<br />

outras ferramentas que vão<br />

muito para além da venda do<br />

próprio equipamento, não<br />

lhes falta serviço e a única<br />

coisa de que se podem queixar é de alguns problemas<br />

com os recebimentos.<br />

Outra <strong>dos</strong> grandes problemas deste sector foi a ausência<br />

de serviços técnicos de manutenção / reparação<br />

aos equipamentos. Durante muitos anos a única aposta<br />

foi feita na área comercial e o que interessava mesmo<br />

era vender equipamentos e, quando eles se avariavam,<br />

então logo se tentava arranjar uma solução para o<br />

cliente.<br />

Actualmente já não pode ser assim. A venda de um<br />

equipamento tem que ser acompanhada de uma série<br />

de outros detalhes, como o crédito, o plano de manutenção,<br />

a formação entre outros detalhes.<br />

A venda de um equipamento tem que ser acompanhada de uma<br />

série de outros detalhes, como o crédito, o plano de<br />

manutenção, a formação entre outros detalhes<br />

Obviamente que o preço é muito importante, mas<br />

uma casa de pneus que apenas faça a sua análise para<br />

aquisição de equipamentos com base neste aspecto,<br />

não sabe realmente quais são as suas necessidades.<br />

Compete por isso às casas de pneus exigir, para além<br />

do preço, a tal assistência e a tal formação contínua,<br />

que permitam que os seus equipamentos lhe garantam<br />

sempre a melhor qualidade de serviço.<br />

Algumas vezes já são os próprios distribuidores de<br />

equipamentos que oferecem to<strong>dos</strong> o serviços associa<strong>dos</strong><br />

à venda de um equipamento, até porque a venda<br />

de um equipamento não se esgota nesse momento,<br />

mas sim prolonga-se pela vida útil do mesmo.<br />

Neste levantamento que a<br />

REVISTA DOS PNEUS fez<br />

sobre as empresas que comercializam<br />

equipamentos, permite-lhe<br />

que fique a conhecer<br />

melhor as empresas em<br />

questão e as opiniões <strong>dos</strong><br />

seus responsáveis sobre o mercado em questão.<br />

Mais uma vez, infelizmente, nem to<strong>dos</strong> os operadores<br />

responderam à chamada da REVISTA DOS<br />

PNEUS, desperdiçando esta oportunidade para comunicarem<br />

o que vendem e os serviços que prestam para<br />

os retalhistas de pneus.<br />

16<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

Opiniões<br />

Com a revolução que se assiste nas<br />

oficinas em Portugal, será que as<br />

empresas que vendem equipamentos<br />

continuam a ter mercado?<br />

A REVISTA DOS PNEUS foi saber o que<br />

os responsáveis das empresas que<br />

vendem equipamentos oficinais<br />

pensam do seu mercado. Seguindo<br />

um critério igual para to<strong>dos</strong>,<br />

recorrendo a um questionário tipo,<br />

to<strong>dos</strong> os operadores do sector tiveram<br />

a mesma oportunidade de dar o seu<br />

ponto de vista sobre este mercado.<br />

Vitor Rocha,<br />

Altaroda<br />

1 O mercado português<br />

tem uma das melhores ofertas<br />

da Europa, com todas as marcas<br />

representadas por empresas<br />

dedicadas ao sector.<br />

2 Como qualquer negócio<br />

de equipamentos, a assistência<br />

técnica funciona como pêndulo fulcral entre as ameaças<br />

e as oportunidades.<br />

3 O mercado está demasiado nublado para se poder<br />

prever, contudo é provável a diminuição de operadores,<br />

mercê da conjuntura.<br />

1Questão<br />

2<br />

Como caracteriza o<br />

mercado das empresas<br />

de comércio de<br />

equipamentos para<br />

oficinas / casas de<br />

pneus em Portugal?<br />

Sendo este um mercado extremamente concorrencial,<br />

é por vezes complicado balizarmos os nossos preços<br />

de venda a público com os de empresas concorrentes<br />

que optaram por uma estratégia de vendas directa<br />

ao utilizador ou inclusivamente mista.<br />

Por outro lado, a concorrência directa de marcas<br />

oriundas de países asiáticos também se faz sentir, gerando<br />

dificuldades acrescidas.<br />

Acreditamos, porém, que as crescentes exigências a<br />

nível de segurança e fiabilidade <strong>dos</strong> equipamentos, as<br />

normas de certificação/homologação e a garantia de<br />

uma assistência pós-venda pronta e eficaz irão cada<br />

vez mais ser factores decisivos, levando o utilizador a<br />

optar pelas marcas que lhe ofereçam maiores garantias<br />

de qualidade e serviço. Por isso, temos investido continuamente<br />

na formação de técnicos especializa<strong>dos</strong> próprios,<br />

bem como na formação da rede de revenda, de<br />

forma a podermos garantir um acompanhamento<br />

ideal das necessidades do cliente, desde o contacto inicial<br />

até à assistência pós-venda.<br />

2 O maior obstáculo que actualmente detectamos<br />

é a falta de liquidez das empresas , o que leva a que<br />

adiem eventuais investimentos em termos de equipamento,<br />

ainda que estes lhes pudessem proporcionar<br />

processos de trabalho mais eficientes.<br />

A nível de oportunidades, destacamos que as empresas<br />

estruturadas e financeiramente sólidas têm uma<br />

oportunidade única de se afirmarem no mercado, visto<br />

possuírem as estruturas necessárias para continuar a<br />

investir num portfolio de produtos de qualidade, garantindo<br />

stocks adequa<strong>dos</strong> e a introdução de novidades<br />

no mercado , oferecer soluções com um rácio qualidade/preço<br />

equilibrado e aperfeiçoar continuamente<br />

os processos e serviço a clientes, de forma a serem mais<br />

competitivas.<br />

Questão<br />

Quais são as<br />

ameaças e<br />

oportunidades<br />

deste mercado?<br />

Actualmente, o mercado é conhecedor da oferta de<br />

equipamento existente e das suas potencialidades.<br />

Com a conjuntura actual e a venda de automóveis<br />

novos a ter uma fraca expressão, há uma grande aposta<br />

nos serviços de manutenção.<br />

Há então a necessidade de renovar o equipamento e<br />

diversificar os serviços. Surgem as redes de peças e serviços<br />

rápi<strong>dos</strong>. Os concessionários diversificam os serviços<br />

ofereci<strong>dos</strong>, enveredando pela assistência a multimarcas<br />

e pneus. As casas de pneus fazem assistência de<br />

manutenção mecânica, promovendo os serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />

Raras são as empresas a funcionarem isoladamente,<br />

pois devido a um mercado altamente concorrencial<br />

a sua sobrevivência torna-se muito complicada. A<br />

Criação de Grupos / Redes potencia a globalização e<br />

uniformização de serviços e preços. A oferta é muito<br />

grande e os pormenores fazem toda a diferença. A localização<br />

destas empresas, a variedade e a qualidade de<br />

serviços ofereci<strong>dos</strong>, os preços pratica<strong>dos</strong>, são os principais<br />

factores de escolha por parte do cliente final.<br />

Cada vez mais se nota, por parte destas empresas, uma<br />

preocupação crescente no comportamento em relação<br />

ao atendimento ao cliente. A atenção dispendida, a<br />

criação de infra-estruturas para que o cliente se sinta<br />

bem enquanto espera pelo serviço ou a flexibilidade<br />

<strong>dos</strong> horários em relação às entregas, são factores cada<br />

vez mais ti<strong>dos</strong> em conta, por parte do cliente final.<br />

Com um mercado cheio de oferta, nota-se um crescente<br />

investimento nas antigas colónias portuguesas,<br />

como Angola, Cabo Verde e Timor. Países em crescimento<br />

e que têm nesta área uma fraca ou quase nenhuma<br />

implementação. Despertar necessidades nestes<br />

países no âmbito destes serviços é um <strong>dos</strong> objectivos e<br />

um grande desafio, pois em muitos locais ainda não<br />

existem infra-estruturas.<br />

3Questão<br />

Qual é, na sua<br />

opinião, o futuro<br />

da actividade<br />

destas empresas<br />

em Portugal?<br />

José Nobre,<br />

Autotec<br />

1 É um mercado muito<br />

competitivo com introdução<br />

de equipamentos com origem<br />

na China.<br />

2 A principal ameaça é a situação<br />

económica do país<br />

3 - A situação desta actividade<br />

é muito complicada devido à situação económica.<br />

Elizabete Bolas,<br />

Bolas<br />

1 Como importador exclusivo<br />

para Portugal de diversas<br />

marcas de equipamentos para<br />

oficinas/casas de pneus, a Bolas,<br />

S.A. tem na revenda especializada<br />

o seu canal de distribuição<br />

privilegiado.<br />

3 Acreditamos que a diferenciação tem que ser feita<br />

através de uma conjugação entre produto, serviço,<br />

stocks e nível de preço. As empresas vencedoras serão<br />

as que conseguirem optimizar estas vertentes e gerar sinergias<br />

entre elas.<br />

Pedro Jesus,<br />

Cometil<br />

1 Nos últimos 20 anos registou-se<br />

uma renovação do<br />

parque automóvel português a<br />

par do avanço tecnológico.<br />

Consequentemente, as empresas<br />

do sector automóvel, nomeadamente<br />

oficinas, casas de<br />

pneus e concessionários, tomaram consciência da necessidade<br />

de modernizar e acompanhar essa evolução,<br />

criando na maioria <strong>dos</strong> casos, infra-estruturas com<br />

equipamento para responder às necessidades da correcta<br />

manutenção automóvel.<br />

2 Na nossa opinião a política de preços e condições<br />

de pagamento, é a maior ameaça neste mercado.<br />

Devido à elevada concorrência, muitas empresas têm<br />

como principal política de vendas o baixo preço praticado,<br />

com o objectivo de a neutralizar. Muitas vezes,<br />

o recorrer a produtos de baixa qualidade, pondo em<br />

causa a própria segurança do cliente final, leva a um<br />

aumento de rentabilidade efémera. Não esquecendo<br />

porém, as consequências causadas na oferta de mercado<br />

mais próximo.<br />

Por outro lado, o investimento nas antigas colónias<br />

portuguesas e a sua consequente dedicação, pode levar<br />

a um “esquecimento” na evolução das empresas<br />

nacionais.<br />

A descoberta e exploração de nichos de mercado<br />

será a grande oportunidade. São factores de grande<br />

importância para a captação de novos clientes. Desta<br />

forma, podem–se gerar novos investimentos, no âmbito<br />

da criação de serviços complementares aos já existentes.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 17


MERCADO<br />

Distribuidores de Equipamentos Oficinais<br />

O identificar o cliente como um parceiro, com<br />

quem se pode trocar algumas ideias e até colocá-las em<br />

prática, para além de saber ouvi-lo em detrimento de<br />

fazer dele apenas um simples receptor, será primordial.<br />

3 Os próximos tempos não serão fáceis face à actual<br />

conjuntura económica, o que vai retrair os investimentos<br />

por parte <strong>dos</strong> empresários do sector da manutenção<br />

automóvel. No entanto, a tecnologia não pára<br />

e no futuro, só vencerá quem marcar pela diferença.<br />

Apostar na qualidade de serviços, na formação profissional,<br />

não só a nível técnico como a nível de comunicação<br />

com o cliente, será sempre a melhor receita para<br />

o sucesso.<br />

César Teixeira,<br />

Corcet<br />

1 É um mercado cada vez<br />

mais especializado, onde sobressaem<br />

as empresas que estão<br />

tecnicamente mais bem preparadas.<br />

Temos notado o crescimento<br />

de algum "Lobbying" e<br />

da desinformação que daí resulta,<br />

o que acaba por beneficiar umas empresas em<br />

detrimento de outras, sem que isso resulte em benefício<br />

para o cliente.<br />

2 Ameaças: A conjuntura económica adia a renovação<br />

<strong>dos</strong> equipamentos por parte das oficinas.<br />

Oportunidades: Há muitas oficinas com equipamentos<br />

obsoletos que necessitam de rápida substituição.<br />

Há equipamentos com 15, 20 e mais anos de trabalho,<br />

que já não dão garantia de fiabilidade ou que já<br />

não têm valia técnica para operar em veículos e componentes<br />

com tecnologias recentes.<br />

2 Ameaças:<br />

Baixo poder de compra;<br />

Falta de formação;<br />

Conhecimento reduzido sobre a importância desta<br />

área técnica no sector automóvel.<br />

Oportunidades:<br />

Consumidores exigentes fazem com que as oficinas<br />

apostem em equipamento de qualidade;<br />

Automóveis tecnologicamente avança<strong>dos</strong> que necessitam<br />

de equipamento para a sua manutenção e reparação;<br />

Como caracteriza o<br />

mercado das<br />

empresas de<br />

comércio de<br />

Quais são as<br />

equipamentos para<br />

ameaças e<br />

oficinas / casas de<br />

oportunidades<br />

pneus em deste mercado?<br />

Portugal?2<br />

1Questão<br />

Questão<br />

3Questão<br />

Qual é, na sua<br />

opinião, o futuro<br />

da actividade<br />

destas empresas<br />

em Portugal?<br />

O desaparecimento ou decadência de alguns<br />

"Players" é outra das oportunidades que temos vindo a<br />

rentabilizar.<br />

3 O futuro destas Empresas passa pela diversificação<br />

<strong>dos</strong> serviços associa<strong>dos</strong>. A venda e a assistência técnica,<br />

embora importantes, já não são os únicos factores<br />

de valorização deste tipo de empresa. Penso que o<br />

futuro próximo passará pela evolução <strong>dos</strong> serviços de<br />

Consultoria e Formação.<br />

Mário Leal,<br />

Domingos & Morgado<br />

1 Bastante competitivo mas<br />

onde o factor técnico faz toda a<br />

diferença, e nesse sentido estão a<br />

ter sucesso as empresas que, para<br />

além do factor venda e comercial,<br />

se preocupam com a apresentação<br />

de soluções técnicas adequadas ao cliente e<br />

também na prestação de excelentes serviços pós-venda.<br />

2 As ameaças são os produtos de baixo preço e baixa<br />

qualidade a pressionar as margens de comercialização.<br />

As oportunidades são a percepção por parte <strong>dos</strong><br />

clientes de quais os fornecedores capazes de suportar<br />

um trabalho tão técnico como é este sector <strong>dos</strong> equipamentos.<br />

3 Estas empresas sobretudo as mais profissionais<br />

têm futuro, o problema mais grave provavelmente<br />

para este sector será a crise que se vive no país, visto<br />

que se trata de um sector que precisa de apoio financeiro<br />

e bancário forte para a solução de venda de equipamentos<br />

e a banca está neste momento bastante fechada.<br />

Saulo Saco,<br />

Leirlis<br />

1 O número de marcas que<br />

comercializa equipamentos<br />

para oficinas / casas de pneus é<br />

elevado. Por sua vez, cada marca<br />

tem em Portugal vários representantes,<br />

tornando assim o<br />

mercado bastante competitivo.<br />

Por outro lado, devido à crise socioeconómica que se<br />

verifica actualmente, a oficina tem receio em investir e,<br />

quando o faz, opta pelo fornecedor que lhe oferece a<br />

melhor relação qualidade-preço, o que torna o mercado<br />

pouco atractivo e exigente. No entanto, a crescente<br />

componente tecnológica na construção de automóveis,<br />

faz com que a procura de equipamentos de manutenção<br />

e reparação de veículos tenha vindo a aumentar.<br />

Controlo cada vez mais rigoroso <strong>dos</strong> aspectos relaciona<strong>dos</strong><br />

com a segurança automóvel.<br />

3 Devido às exigências do mercado e ao consumidor<br />

cada vez mais sofisticado, a vantagem competitiva<br />

passa pela prestação de um serviço diferenciado e no<br />

apoio técnico que presta. Esta prestação de serviços<br />

passa pela parceria de organizações, onde existe fluência<br />

de informação entre o produtor do equipamento,<br />

o vendedor e o comprador, de modo a resolver rápida<br />

e eficazmente o surgimento de eventuais questões.<br />

Raúl Vergueiro,<br />

Lusilectra<br />

1 O mercado das empresas<br />

de comércio de equipamentos<br />

em Portugal, poderá ser facilmente<br />

dividido em dois grupos,<br />

cuja filosofia de funcionamento<br />

é francamente diversa.<br />

Temos um grupo de micro e<br />

18<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

pequenas empresas que se dedica á comercialização<br />

de equipamentos normalmente de marcas secundárias,<br />

cuja actividade assenta essencialmente no preço,<br />

não possuindo características técnicas e qualidade que<br />

os próprios fabricantes/reparadores de automóveis reconheçam,<br />

e um segundo grupo de empresas de média<br />

dimensão que comercializam os equipamentos<br />

<strong>dos</strong> principais fabricantes mundiais, cuja estrutura comercial<br />

e técnica é já significativa, de modo a garantir<br />

aos clientes finais, fabricantes automóveis, oficinas de<br />

marca e oficinas independentes de média dimensão,<br />

uma qualidade de produtos e serviços que os padrões<br />

do sector exigem.<br />

2 O mercado de equipamentos oficinais deveria<br />

ser encarado como um mercado essencialmente técnico.<br />

É muitas vezes incompreensível que uma oficina<br />

tome a decisão da compra de equipamento baseada<br />

fundamentalmente no preço, quando na realidade<br />

esta tomada de decisão é para compra de um bem, sendo<br />

que das suas boas características e bom funcionamento<br />

vai depender a rentabilidade da oficina.<br />

Comprar barato pode ser uma vantagem económica<br />

imediata, mas o resultado a médio/longo prazo é<br />

inevitavelmente nefasto.<br />

Assim, a grande ameaça do sector é o caminho que<br />

alguns operadores tomam no sentido de adquirirem<br />

equipamentos com baixo nível tecnológico para tratar<br />

das viaturas, as quais são também cada vez mais tecnologicamente<br />

sofisticadas.<br />

3 Pensamos que também neste sector, o mercado<br />

irá fazer a selecção das empresas e marcas que acrescentam<br />

à actividade das oficinas um valor económico<br />

significativo.<br />

Serão estas as empresas do sector de comércio de<br />

equipamentos que irão sobreviver, ou seja, as empresas<br />

e marcas que dêem garantias de qualidade, avanço<br />

tecnológico e sobretudo, o suporte técnico de assistência<br />

após-venda continuado no tempo, factor hoje essencial<br />

para que os investimentos feitos pelas oficinas<br />

possam ser rentabiliza<strong>dos</strong> em perío<strong>dos</strong> médios/altos,<br />

tal como a situação económica o exige.<br />

Jorge Sousa,<br />

Mr. Pneu<br />

1 O mercado de equipamentos<br />

para oficina está a atravessar<br />

um momento difícil, mo<br />

qual sobreviverão aquelas empresa<br />

que tenham uma boa relação<br />

despesas / vendas.<br />

2 A prinicipal ameaça é sem<br />

dúvida a economia Portuguesa.<br />

3 Julgo que a resposta está subjacente nas duas anteriores<br />

Pinto da Costa,<br />

PC&C - Pinto da Costa<br />

& Costa, Lda<br />

1 O mercado das empresas<br />

de comércio na área oficinal,<br />

caracteriza-se como um mercado<br />

muito concorrencial, mas<br />

com pouca qualidade ao nível<br />

de pós-venda e satisfação <strong>dos</strong><br />

clientes.<br />

Existe um grande número de revendedores que comercializam<br />

este tipo de equipamentos, mas que detêm<br />

um grande défice no âmbito da reparação/ assistência<br />

e pouca formação ao nível técnico.<br />

2 A maior ameaça, são os produtos de baixa qualidade<br />

de fabrico e também a ausência de peças de substituição,<br />

certificado de qualidade ou opcionais para o<br />

bom funcionamento do equipamento.<br />

As oportunidades recaem cada vez mais sobre a forma<br />

como se actua (profissionalismo), satisfação do<br />

cliente e a melhor relação preço / qualidade, compreendida<br />

esta filosofia as oportunidades surgirão no<br />

âmbito da inovação.<br />

3 O futuro mostra-se um pouco difícil nos tempos<br />

que correm, mas penso que com dedicação, emprenho,<br />

inovação e formação, estes profissionais da área<br />

conseguiram combater to<strong>dos</strong> os obstáculos e no final<br />

o sucesso será a vitória.<br />

Alexandre Corricas,<br />

Tecniverca<br />

1 É um mercado bastante<br />

competitivo com claro beneficio<br />

para as casas de pneus /oficinas<br />

que compram em Portugal<br />

a preços bastante baixos se<br />

compara<strong>dos</strong> com o resto da<br />

Europa, apesar disso com algumas<br />

empresas a trabalhar bem quer na qualidade de<br />

serviço como na qualidade do equipamento.<br />

2 Ameaças talvez a principal enumerada acima que<br />

com margens baixas será difícil de a médio prazo dar<br />

assistência e manter qualidade <strong>dos</strong> serviços o que se irá<br />

reflectir numa má publicidade às empresas sérias a<br />

operar no mercado.<br />

3 Neste momento será muito complicado analisar<br />

o futuro com to<strong>dos</strong> os problemas que o país atravessa.<br />

O futuro passará muito pelas exportações e pelo conseguir<br />

atravessar os próximos 2 anos que serão muito<br />

difíceis.<br />

ALTARODA<br />

AUTOTEC<br />

COMETIL<br />

Início da actividade 7 de <strong>Julho</strong> de 2007<br />

Localização da Sede<br />

Paredes<br />

Localização Armazém<br />

Paredes<br />

Localização Centro formação / Técnico<br />

Paredes<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

SEMESTRAL<br />

Área geográfica de vendas<br />

Nacional, Angola<br />

e Cabo Verde<br />

Tem equipa comercial<br />

sim<br />

Número de comerciais 6<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

sim<br />

Número técnicos -<br />

Número telefone do call center 255783600<br />

Site internet<br />

www.altaroda.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 5<br />

Principais marcas<br />

Tech, Mondolfo Ferro,<br />

Sirio, Atek e Alutec<br />

Marca(s) com representação exclusiva<br />

Tech,<br />

Mondolfo Ferro e Atek<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Desmontadoras<br />

camião Mondolfo Ferro,<br />

Carros oficina Atek<br />

e desmontadoras ligeiros Sirio<br />

Principais investimentos em 2010<br />

Novo Armazém<br />

Número de clientes activos em 2010 1380<br />

Parcerias com organismos / entidade -<br />

Indique os três pontos fortes da empresa Apoio técnico,<br />

distribuição rápida<br />

e diversidade de gama<br />

Início da actividade 1987<br />

Localização da Sede<br />

Alfragide<br />

Localização Armazém<br />

Alfragide<br />

Localização Centro formação / Técnico<br />

Alfragide<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

Semestral<br />

Área geográfica de vendas<br />

Todo o País<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 5<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 5<br />

Número telefone do call center 214727310<br />

Site Internet<br />

www.autotec.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 2<br />

Principais marcas<br />

Actia Muller,<br />

SPX...<br />

Marca(s) com representação exclusiva<br />

Actia Muller<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Equilibradoras<br />

e desmontadoras<br />

de pneus<br />

Principais investimentos em 2010 -<br />

Número de clientes activos em 2010 -<br />

Parcerias com organismos / entidade -<br />

Indique os três pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade<br />

<strong>dos</strong> equipamentos,<br />

gama abrangente<br />

e assistência técnica<br />

Início da actividade 1985<br />

Localização da Sede<br />

Parque Industrial do Arneiro<br />

Sº Julião do Tojal - Loures<br />

Localização Armazém<br />

Sul – Loures / Norte - Stº Tirso<br />

Localização Centro formação / Técnico<br />

Sul – Loures<br />

Norte - Stº Tirso<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

mensal<br />

Área geográfica de vendas<br />

Portugal Continental,<br />

Ilhas e Palops<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 2<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 15<br />

Número telefone do call center 219379550<br />

Site internet<br />

www.cometil.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 15<br />

Principais marcas<br />

Hunter, Omer, Cemb,<br />

Butler, Haweka, Rotary, Schrader<br />

Marca(s) com representação exclusiva<br />

Hunter, Omer,<br />

Butler, Ahcon, Schrader, Rotary, Filcar<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Elevadores,<br />

Sistemas de Alinhamento de Direcções,<br />

Equilibradoras e controlo de vibração<br />

Principais investimentos em 2010 Formação aos clientes<br />

Número de clientes activos em 2010 2720<br />

Parcerias com organismos / entidade<br />

Sim<br />

Indique os três pontos fortes da empresa<br />

Qualidade<br />

<strong>dos</strong> equipamentos, Apoio técnico e formação técnica<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 19


MERCADO<br />

Distribuidores de Equipamentos Oficinais<br />

CORCET<br />

DOMINGOS & MORGADO 2<br />

EQUIPRO<br />

Início da actividade 2008<br />

Localização da Sede<br />

Penafiel<br />

Localização Armazém Penafiel e Castanheira do Ribatejo<br />

Localização Centro formação / Técnico<br />

Penafiel<br />

e Castanheira do Ribatejo<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

Mensais<br />

Área geográfica de vendas<br />

Portugal Continental<br />

e Ilhas<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 8<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 11<br />

Número telefone do call center 255728220<br />

Site internet<br />

www.corcet.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 1<br />

Principais marcas<br />

Corghi<br />

Marca(s) com representação exclusiva<br />

Corghi<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Desmontadora<br />

de <strong>Pneus</strong> Corghi A2025,<br />

Desmontadora de <strong>Pneus</strong> Corghi Artiglio 50,<br />

Alinhadora de direcções Corghi Exact Blacktech<br />

Principais investimentos em 2010 Reforço da Equipa Técnica<br />

Número de clientes activos em 2010 1652<br />

Parcerias com organismos / entidade<br />

Continental<br />

Indique os três pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade<br />

<strong>dos</strong> equipamentos,<br />

Apoio técnico<br />

e Formação<br />

Início da actividade 1997<br />

Localização da Sede Via Central de Milheirós, 360<br />

4475-330 Milheirós Maia<br />

Localização Armazém Via Central de Milheirós, 360<br />

4475-330 Milheirós Maia<br />

Localização Centro formação / Técnico Sede e em Lisboa<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

Mensal<br />

Área geográfica de vendas<br />

Portugal<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 5<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 4<br />

Número telefone do call center 229618913 / 916168918<br />

Site internet<br />

www.domingos-morgado.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 10<br />

Principais marcas<br />

John Bean, Cartec e Werther<br />

Marca(s) com representação exclusiva John Bean e Cartec<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010<br />

Máquinas<br />

de Alinhar Direcções;<br />

Máquinas de Equilibrar Rodas<br />

e Máquinas de Desmontar <strong>Pneus</strong><br />

Principais investimentos em 2010 Mudança das instalações<br />

da sede e construção do “Centro de Formação”<br />

Número de clientes activos em 2010 --<br />

Parcerias com organismos / entidade --<br />

Indique os três pontos fortes da empresa<br />

Qualidade<br />

do equipamento; Qualidade da Formação;<br />

Qualidade de Assistência<br />

Início da actividade 2004<br />

Localização da Sede<br />

Odivelas<br />

Localização Armazém<br />

Odivelas<br />

Localização Centro formação / Técnico<br />

Odivelas<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

mensal<br />

Área geográfica de vendas<br />

Centro e sul<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 3<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 3<br />

Número telefone do call center 218026606<br />

Site internet<br />

www.equipro.com.pt<br />

Nº de marcas comercializadas -<br />

Principais marcas<br />

John Bean, Mondial Lift,<br />

OMCN, Teco,<br />

SPX<br />

Marca(s) com representação exclusiva<br />

Rubber Vulk<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Desmontadoras,<br />

equilibradoras<br />

e alinhadoras<br />

Principais investimentos em 2010 -<br />

Número de clientes activos em 2010 800<br />

Parcerias com organismos / entidade<br />

Rubber Vulk<br />

e Domingos & Morgado<br />

Indique os três pontos fortes da empresa<br />

Qualidade<br />

<strong>dos</strong> equipamentos,<br />

distribuição rápida<br />

e diversidade de gama<br />

LEIRILIS<br />

LUSILECTRA<br />

MR. PNEU<br />

Início da actividade 1986<br />

Localização da Sede<br />

Marinheiros – Leiria<br />

Localização Armazém<br />

Marinheiros – Leiria<br />

Localização Centro formação / Técnico Marinheiros – Leiria<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos<br />

Por definir<br />

Área geográfica de vendas<br />

Região Centro<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 5<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 1<br />

Número telefone do call center 244850083 / 911938003<br />

Site internet<br />

www.leirilis.com<br />

Nº de marcas comercializadas 51<br />

Principais marcas Bosch; Motul; Era; HC Cargo; HC Parts;<br />

Saleri; S.I.D.A.T. e Sacorge; Sonic<br />

Marca(s) com representação exclusiva<br />

Sacorge; Sonic<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Diagnóstico,<br />

Ar Condicionado e Linhas de Pré – Inspecção.<br />

Principais investimentos em 2010 Centro de Formação<br />

composto por três salas de formação, com capacidade<br />

para cerca de 60 pessoas, e por um espaço composto<br />

por diversos equipamentos que permite a exposição prática<br />

<strong>dos</strong> conteú<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> em sala.<br />

Número de clientes activos em 2010 cerca de 800<br />

Parcerias com organismos / entidade<br />

Bosch<br />

Indique os três pontos fortes da empresa: Qualidade <strong>dos</strong><br />

equipamentos, Apoio técnico e preço<br />

Início da actividade 2 de Novembro de 1982<br />

Localização da Sede Rua Engº Ferreira Dias, 953/993 - Porto<br />

Localização Armazém<br />

Porto<br />

Localização Centro formação / Técnico<br />

Porto<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação Variável em função<br />

do tema e das solicitações do mercado<br />

Área geográfica de vendas<br />

Portugal Continental,<br />

Madeira e Açores, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Espanha<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 4<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 12<br />

Número telefone do call center 226158663<br />

Site internet<br />

www.lusilectra.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 26<br />

Principais marcas Blackhawk, Beissbarth, Future, Jonnesway,<br />

MAD, Maha, Nussbaum, Romess, Saima, Stertil, TEN<br />

Marca(s) com representação exclusiva<br />

Todas<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 (top 3) Elevadores,<br />

Testes de Travões, Pintura<br />

Principais investimentos em 2010 Novo sistema informático<br />

e Início actividade em Espanha e Angola<br />

Número de clientes activos em 2010 1.500<br />

Parcerias com organismos / entidade ANIVAP; CEPRA;<br />

ARAN; ISEP; ACAP<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Capacidade de projecto<br />

e apoio técnico; Óptima relação preço/qualidade/serviço<br />

Início da actividade 2003<br />

Localização da Sede<br />

Porto<br />

Localização Armazém<br />

Vila do Conde<br />

Localização Centro formação Técnico<br />

Vila do Conde<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

Quadrimestral<br />

Área geográfica de vendas Portugal Continental e Ilhas<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 4<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 3<br />

Número telefone do call center -<br />

Site internet<br />

www.mrpneu.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 4<br />

Principais marcas<br />

Cemb, Mondolfo Ferro,<br />

Tiche, Josval<br />

Marca(s) com representação exclusiva Tiche (elevadores)<br />

e Josval (compressores)<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Equilibradoras;<br />

Montadoras de pneus ;<br />

Alinhadoras de direcção<br />

Principais investimentos em 2010<br />

Renovação centro<br />

de formação<br />

Número de clientes activos em 2010 100<br />

Parcerias com organismos / entidade -<br />

Indique os três pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade<br />

<strong>dos</strong> equipamentos,<br />

Apoio técnico e preço<br />

20<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

PINTO DA COSTA & COSTA<br />

TECNIVERCA<br />

TEIXEIRA & CHORADO<br />

Início da Actividade 1 de Janeiro de 2000<br />

Localização da Sede Parque Industrial de Jesufrei, Jesufrei<br />

Localização do Armazém<br />

Rua Sta. Luzia, Requião<br />

Localização Centro formação / Técnico<br />

Na Sede<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

3 cursos anuais<br />

Área geográfica de vendas: Portugal Continental, Ilhas e Palop’s<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 5<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 4<br />

Número telefone do call center 252993125<br />

Site internet<br />

www.pcc-lda.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 15<br />

Principais marcas Saima, Ravaglioli, Herkules, Fiac, Ghibli,<br />

Infrarr, Mondial Lift, Uno Liner, Allvis<br />

Marca(s) com representação exclusiva<br />

Saima, Fiac,<br />

Autoimpianti, Infrarr, Herkules,<br />

Uno Liner, Allvis<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Cabines de Pintura,<br />

Elevadores e Compressores<br />

Principais investimentos em 2010 -<br />

Número de clientes activos em 2010 430<br />

Parcerias com organismos / entidade -<br />

Indique os três pontos fortes da empresa<br />

Qualidade<br />

<strong>dos</strong> produtos,<br />

Apoio Técnico e Relação Preço/Qualidade<br />

<strong>dos</strong> produtos/serviços<br />

Início da actividade 2 de Janeiro de 1986<br />

Localização da Sede Estrada Municipal 1022, Nº339 - Moita<br />

Localização Armazém<br />

Moita<br />

Localização Centro Formação / Técnico<br />

Moita<br />

Periodicidade Dos Cursos De Formação<br />

Semestral<br />

Área Geográfica De Vendas Portugal Continental e Ilhas,<br />

Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné<br />

Tem equipa comercial<br />

sim<br />

Número de comerciais 4<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

sim<br />

Número técnicos 2<br />

Número telefone do call center 219584273<br />

Site internet<br />

www.tecniverca.pt<br />

Nº de marcas comercializadas 5<br />

Principais marcas<br />

Cormach, Laser, Hofmann,<br />

Franken-Industrie, M7<br />

Marca(s) com representação exclusiva Cormach, Laser,<br />

M7-Mighty Seven<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 FORT A GT,<br />

FC 315, FORT 590<br />

Principais investimentos em 2010 As novas instalações da Moita<br />

com 6000 m 2 Área total<br />

Número de clientes activos em 2010 -<br />

Parcerias com organismos / entidade -<br />

Indique os três pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade<br />

<strong>dos</strong> equipamentos, Apoio técnico<br />

e distribuição rápida<br />

Início da actividade 1989<br />

Localização da Sede<br />

Penafiel<br />

Localização Armazém<br />

Penafiel<br />

Localização Centro formação / Técnico<br />

Penafiel<br />

Periodicidade <strong>dos</strong> cursos de formação<br />

Mensais<br />

Área geográfica de vendas<br />

Portugal Continental<br />

e Ilhas<br />

Tem equipa comercial<br />

Sim<br />

Número de comerciais 10<br />

Tem call center /apoio técnico<br />

Sim<br />

Número técnicos 11<br />

Número telefone do call center 255710150<br />

Site internet<br />

www.teixeiraechorado.pt (em renovação)<br />

Nº de marcas comercializadas 3<br />

Principais marcas Rema TIP TOP, Hofmann e GS Boxer<br />

Marca(s) com representação exclusiva Hofmann e GS Boxer<br />

Tipo de equipamento mais vendido em 2010 Desmontadora<br />

de <strong>Pneus</strong> GS Boxer Super LX,<br />

Equilibradora de Rodas Hofmann Geodyna 4900P<br />

e Alinhadora de direcções Hofmann Geoliner 650<br />

Principais investimentos em 2010 Reforço da Equipa Técnica<br />

Número de clientes activos em 2010 2600<br />

Parcerias com organismos / entidade<br />

FGAP<br />

Indique os três pontos fortes da empresa<br />

Qualidade<br />

<strong>dos</strong> equipamentos,<br />

Apoio técnico<br />

e Formação<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 21


AMBIENTE<br />

Boas práticas ambientais<br />

Diferenciaçãoatravés do ambiente<br />

A opinião pública em geral e um número cada vez maior de clientes mostra-se sensível aos<br />

argumentos da Defesa do Meio Ambiente, porque já compreenderam que os impactos<br />

ambientais não corrigi<strong>dos</strong> irão reflectir-se na qualidade de vida do seu futuro<br />

Uma das formas de um retalhista de pneus especializado<br />

se diferenciar no mercado é através do<br />

cuidado em atender essas preocupações e expectativas<br />

<strong>dos</strong> seus clientes, para além de, obviamente,<br />

ser o exemplo perfeito das boas práticas ambientais.<br />

Neste artigo, iremos analisar meia dúzia dessas boas<br />

práticas, que podem ajudar a cativar e a fidelizar novos<br />

clientes.<br />

1 - Fugas de óleo nos elevadores<br />

Grande número de elevadores da moderna geração são<br />

já electromecânicos e não têm as colunas hidráulicas expostas<br />

para o exterior. De qualquer forma, ainda existem<br />

elevadores hidráulicos no mercado, principalmente para<br />

os veículos mais pesa<strong>dos</strong>, sendo necessário cumprir atentamente<br />

as normas de manutenção do fabricante e substituir<br />

as peças deterioradas pelo uso.<br />

Mesmo assim, todo e qualquer elevador deve estar<br />

isento de lubrificantes, novos ou usa<strong>dos</strong>, porque um<br />

cliente que sujar as suas mãos ou a sua roupa ao tocar nele<br />

sentirá pouca vontade de voltar à oficina. Embora muitas<br />

pessoas ainda não se tenham apercebido disso, a limpeza<br />

e a reciclagem de detritos, nomeadamente os perigosos,<br />

são um serviço ao cliente, que não deve ser ignorado e<br />

uma das melhores boas práticas para proteger o ambiente.<br />

A melhor forma de garantir o bom funcionamento e a<br />

segurança <strong>dos</strong> elevadores é realizar uma revisão anual,<br />

pelo menos, corrigindo imediatamente qualquer problema<br />

ou deficiência que entretanto se tenha revelado em<br />

qualquer oportunidade, sem prejuízo do cumprimentos<br />

de outras regras ou normas legais que impendem sobre<br />

esse tipo de equipamentos.<br />

2 - Tratamento de águas residuais<br />

Ao efectuar a limpeza das instalações, <strong>dos</strong> equipamentos<br />

e das mãos <strong>dos</strong> operadores, são produzidas águas residuais<br />

contaminadas por resíduos perigosos, que requerem<br />

tratamento adequado, através de equipamentos específicos<br />

de decantação e separação de flui<strong>dos</strong>.<br />

Por outro lado, as limpezas efectuadas com papéis absorventes,<br />

serrim, talco, trapos e desperdícios têxteis evitam<br />

a contaminação da água, ou reduzem o seu grau de<br />

contaminação, devendo ser preferidas em primeira análise.<br />

Esses materiais de limpeza são também resíduos perigosos<br />

e não devem ser mistura<strong>dos</strong> com resíduos domésticos<br />

comuns. Deverá haver portanto contentores para recolha<br />

desses resíduos em vários pontos da oficina,<br />

devidamente assinala<strong>dos</strong>. Isso facilitará o cumprimento<br />

das normas de reciclagem de resíduos perigosos e transmitirá<br />

aos clientes uma agradável impressão de correcto<br />

cumprimento das boas práticas ambientais.<br />

No caso <strong>dos</strong> sistemas de tratamento de águas residuais,<br />

que são legalmente obrigatórios, também não fica mal a<br />

oficina explicitar em local visível aos clientes que dispõe<br />

desses equipamentos e que está a cumprir a lei e as boas<br />

práticas ambientais.<br />

Ainda sobre os sistemas de tratamento de águas residuais,<br />

é necessário efectuar a transferência <strong>dos</strong> resíduos<br />

perigosos (hidrocarbonetos) para contentores, para que o<br />

22<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


AMBIENTE<br />

sistema funcione correctamente e impeça que sejam lança<strong>dos</strong><br />

resíduos nos efluentes que entram na rede pública<br />

de saneamento. Embora esse serviço seja geralmente efectuado<br />

pela empresa que faz a recolha <strong>dos</strong> resíduos, é necessário<br />

avisá-la da periodicidade dessa tarefa, porque isso<br />

depende do volume de águas residuais contaminadas<br />

produzidas pela oficina. Além disso, o sistema deve ser<br />

submetido às operações de manutenção recomendadas<br />

pelo respectivo fabricante. Os tanques devem ser de metal<br />

ou plástico, porque os tanques de alvenaria ou betão<br />

armado criam fissuras, que originam fugas de resíduos perigosos.<br />

3 - Contrapesos de chumbo<br />

Os contrapesos de equilibrar rodas em chumbo foram<br />

abandona<strong>dos</strong>, principalmente porque o chumbo é um<br />

metal pesado, com negativa incidência na saúde pública.<br />

Efectivamente, os metais pesa<strong>dos</strong> têm um efeito negativo<br />

no organismo humano pelo seu efeito cumulativo, uma<br />

vez que não são por si elimina<strong>dos</strong> facilmente ou mesmo<br />

absolutamente nada. Apesar das principais empresas produtoras<br />

de pneus e as autoridades da U.E. não aprovarem<br />

os pesos em chumbo, eles continuam a aparecer nas rodas<br />

e no chão, sinal de que fabricantes e distribuidores<br />

menos escrupulosos continuam a querer desfazer-se de<br />

stocks, que entretanto se desvalorizaram drasticamente.<br />

Esta é realmente uma excelente oportunidade para o<br />

retalhista de pneus se diferenciar no mercado, anunciando<br />

e explicando ao cliente as razões e as vantagens de não<br />

utilizar contrapesos de chumbo. De facto, o chumbo era<br />

utilizado no passado devido a seu maior peso específico,<br />

numa altura em que o fabrico de pneus ainda estava a<br />

evoluir e as máquinas de equilibrar rodas não eram muito<br />

precisas.<br />

Mas hoje em dia, os pneus de qualidade têm uma distribuição<br />

homogénea de borracha em toda a sua carcaça,<br />

o que limita a necessidade de equilíbrio da roda. Por seu<br />

turno, os fabricantes de máquinas de equilibrar rodas,<br />

graças à electrónica, conseguiram introduzir programas<br />

de equilíbrio dinâmico de rodas que minimizam em<br />

grande medida a necessidade de contrapesos. Estes são<br />

por conseguinte mais pequenos e em menor quantidade<br />

do que no passado. Acresce ainda que o fabrico de jantes,<br />

nomeadamente as de liga leve, atingiu também maior<br />

grau de perfeição e de equilíbrio, o que concorre para a<br />

mesma situação.<br />

A utilização de pesos de chumbo é um anacronismo<br />

injustificável e um crime grave contra o ambiente, que os<br />

operadores de pneus mais avança<strong>dos</strong> devem banir completamente<br />

e fazer campanhas de informação e de troca<br />

gratuita de pesos, a fim de captarem clientes com maior<br />

potencial.<br />

4 - Descartar rapidamente pneus usa<strong>dos</strong><br />

Os pneus usa<strong>dos</strong> são um resíduo que tem programas<br />

de valorização e reciclagem (Valorpneu), devendo ser encaminha<strong>dos</strong><br />

regularmente para os centros de valorização<br />

certifica<strong>dos</strong> para o efeito. Além do espaço de armazenagem<br />

ter custos cada vez mais eleva<strong>dos</strong>, os pneus usa<strong>dos</strong><br />

são um foco de poluição e de reprodução de insectos e<br />

outros micro organismos indesejáveis. Por outro lado, os<br />

pneus são um produto com elevada carga térmica, constituindo<br />

um factor de risco elevado em caso de incêndios.<br />

Além de tudo isto, certos pneus usa<strong>dos</strong> são ainda uma<br />

"tentação" para emprega<strong>dos</strong>, "amigos" <strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong> e<br />

"clientes" menos criteriosos, que não hesitariam em<br />

montá-los nos seus carros, para "economizarem" uns euros.<br />

5 - Promover a recauchutagem<br />

O retalhista de pneus deve ter uma política proactiva<br />

de promoção de recauchutagem de pneus usa<strong>dos</strong>, que tenham<br />

condições tecnicamente favoráveis para esse efeito,<br />

porque a reciclagem das carcaças representa uma considerável<br />

economia de energia e matérias-primas, que ajuda a<br />

reduzir o impacto ambiental da mobilidade automóvel.<br />

Isso pode ser conseguido através de acor<strong>dos</strong> comerciais e<br />

parcerias com recauchutadores qualifica<strong>dos</strong>. Alternativamente,<br />

existem já equipamentos autoriza<strong>dos</strong> para recauchutagem<br />

em pequena escala, que podem ser utiliza<strong>dos</strong><br />

por retalhistas de certa dimensão ou por grupos de retalhistas.<br />

Além das vantagens ambientais, a recauchutagem de<br />

pneus é uma opção economicamente viável, que assegura<br />

uma margem aceitável para o retalhista e resulta mais<br />

económica para o cliente final. Desse modo, o pneu recauchutado<br />

é um antídoto perfeito para o flagelo da venda<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />

6 - Eliminar todas as manchas poluentes<br />

To<strong>dos</strong> os flui<strong>dos</strong> derrama<strong>dos</strong> pelos veículos, principalmente<br />

durante as operações de reparação e manutenção,<br />

são potencialmente poluentes e constituem resíduos perigosos.<br />

Estão neste caso os óleos e massas lubrificantes, o<br />

combustível, o fluido de travões, o líquido de arrefecimento<br />

do motor, o fluido da direcção assistida, etc. Sempre<br />

que houver derrames de flui<strong>dos</strong>, estes devem ser elimina<strong>dos</strong><br />

rapidamente com materiais absorventes apropria<strong>dos</strong>,<br />

que posteriormente serão encaminha<strong>dos</strong> para<br />

valorização.<br />

Além de prevenir a contaminação do solo e das águas,<br />

esta boa prática ambiental ajuda a manter o conforto e a<br />

limpeza das instalações da oficina, um factor que serve<br />

para agradar aos clientes e contribuir para a sua desejável<br />

fidelização.<br />

Muitos retalhistas de pneus ainda hesitam em promover<br />

as boas práticas ambientais nos seus estabelecimentos,<br />

porque julgam que isso implica custos suplementares<br />

e mais encargos para a empresa. No entanto, as melhorias<br />

na imagem da empresa e a atracção de novos e mais promissores<br />

clientes pode resultar pelo contrário em maior<br />

volume de negócio para a empresa. Além do retorno em<br />

reputação e em facturação, as boas práticas ambientais<br />

são também a melhor forma de garantir a legalidade e a<br />

sustentabilidade do negócio. <br />

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<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 23


ENTREVISTA<br />

Eng.º António Lopes de Seabra, Presidente do Conselho de Administração da Continental Mabor<br />

Afábrica de pneus Continental Mabor sediada em<br />

Lousado, para além de ser a 4ª maior exportadora<br />

nacional com vendas de quase 600 milhões<br />

de euros, é também uma referência dentro do<br />

Grupo Continental, onde se destaca pela produção de<br />

pneus com mais valor acrescentado, os UHP altas performances<br />

e os pneus antifuro ContiSeal. Em entrevista à<br />

REVISTA DOS PNEUS, António Lopes de Seabra explica<br />

as razões do sucesso desta fábrica e faz uma análise<br />

do mercado de pneus a nível global e também nacional.<br />

Que volume da vossa produção se destina ao<br />

mercado português?<br />

Apenas uma pequena parte. De facto, bem gostaríamos<br />

que o mercado português revelasse uma outra dinâmica<br />

e um maior volume de vendas, mas infelizmente<br />

continua a representar apenas cerca de 2% da<br />

nossa produção total.<br />

Quais são os principais fluxos de exportação da<br />

Continental Mabor?<br />

As nossas exportações vão principalmente para a<br />

Europa comunitária, destinando-se maioritariamente<br />

à Alemanha. A seguir, França, Espanha, Itália e Benelux<br />

são os merca<strong>dos</strong> que absorvem maiores quantidades<br />

<strong>dos</strong> nossos pneus. Também já começamos a ter<br />

uma quota significativa nos países da América do Norte.<br />

Nos restantes países, que seria fastidioso enumerar,<br />

continuamos a progredir dentro das previsões.<br />

Que tipos de pneus são produzi<strong>dos</strong> na fábrica de<br />

Lousado?<br />

Estamos neste momento a centrar a nossa produção<br />

em pneus de medidas de jante de 14" a 20". O segmento<br />

UHP tem vindo a ganhar gradualmente peso na<br />

produção da Continental Mabor, de resto, aliás, em linha<br />

com aquilo que é a tendência do mercado. Mesmo<br />

nos chama<strong>dos</strong> veículos compactos, é raro um modelo<br />

que tenha jantes de diâmetro inferior a 16", equipadas<br />

com pneus do segmento superior, geralmente<br />

de perfil baixo.<br />

Neste momento, estamos também a produzir to<strong>dos</strong><br />

os índices de velocidade, incluindo os V, W, Y. Estamos<br />

a fazer igualmente cerca de 2,5 milhões/ano de<br />

pneus de Inverno, embora nenhum deles fique em<br />

Portugal…<br />

circular, mesmo com o pneu furado e um prego enfiado<br />

na borracha, sem qualquer risco.<br />

Qual é a vossa produção de pneus das chamadas<br />

linha brancas?<br />

O conceito "Linha Branca" não se aplica exactamente<br />

aqui. Nós produzimos pneus de várias marcas,<br />

para diversos clientes, mas esses pneus são to<strong>dos</strong> diferentes<br />

uns <strong>dos</strong> outros. Os produtos de "linha branca"<br />

são geralmente to<strong>dos</strong> iguais e sem marca, aos quais<br />

cada distribuidor aplica posteriormente uma etiqueta<br />

diferente, como acontece com os electrodomésticos,<br />

por exemplo.<br />

Neste momento, já conseguimos trabalhar diariamente<br />

com 150 tipos de pneus diferentes, mas to<strong>dos</strong><br />

com uma marca determinada. Estamo-nos realmente<br />

a especializar em complexidade…<br />

Obviamente, a Continental não se desvia <strong>dos</strong> seus<br />

padrões de qualidade de topo e só fabrica pneus de segundas<br />

marcas porque os nossos especialistas de marketing<br />

garantem que é uma boa forma de fidelizar os<br />

clientes da marca.<br />

Que papel têm as actividades de I+D da fábrica de<br />

Lousado?<br />

Nós participamos em diversos programas de I+D<br />

do Grupo Continental, mas não investimos num departamento<br />

especializado nessa área, porque a investigação<br />

é uma actividade muito dispendiosa. A Continental<br />

hoje já não é a mesma empresa que fez o acordo<br />

com a Mabor em 1990. Nessa altura, a Continental<br />

(pneus) que era uma empresa muito mais pequena do<br />

que é hoje, já tinha um orçamento de investigação<br />

anual muito superior ao orçamento global da Mabor<br />

<strong>Pneus</strong> desse tempo…<br />

“Vamos crescer em <strong>2011</strong>”<br />

Com uma produção de cerca de 15 milhões de pneus em 2010, a Continental Mabor obteve no<br />

último exercício o seu maior lucro de sempre: 147 milhões de euros. É das fábricas mais rentáveis<br />

do Grupo, pelo que o ritmo de investimento e o volume de emprego irão continuar em <strong>2011</strong><br />

A que se ficou a dever o excelente desempenho da<br />

Continental Mabor no último ano?<br />

A Continental Mabor tem tido efectivamente resulta<strong>dos</strong><br />

de exploração interessantes. No ano de 2010, aumentou<br />

significativamente a produção e as vendas, relativamente<br />

a 2009, que foi o primeiro ano de recuperação<br />

da crise. Porque, de facto, a crise no sector<br />

começou por volta de mea<strong>dos</strong> de 2008, foi muito profunda<br />

no final de 2008 e no primeiro semestre de<br />

2009, mas a partir de Agosto/Setembro desse ano, começou<br />

a notar-se uma certa retoma da procura. Em<br />

particular, por parte <strong>dos</strong> construtores de veículos.<br />

Deste modo, tivemos uma primeira metade de 2009<br />

bastante má, mas a segunda metade do ano já foi de<br />

franca recuperação. Por outro lado, os preços das matérias-primas<br />

abrandaram claramente em 2009. Em<br />

mea<strong>dos</strong> do ano anterior (2008), os preços desses materiais<br />

tinham atingido picos verdadeiramente inusita<strong>dos</strong>.<br />

Depois de baixarem na primeira parte de 2009, os<br />

preços das matérias-primas voltaram a subir na segunda<br />

parte desse ano, mas os resulta<strong>dos</strong> de exploração já<br />

foram interessantes, graças à evolução favorável <strong>dos</strong><br />

preços <strong>dos</strong> factores de produção.<br />

Em 2010, registámos então um aumento muito forte<br />

da procura <strong>dos</strong> nossos produtos. Tínhamos orientado<br />

a nossa produção para pneus de alta performance<br />

(UHP), o que fez com que o nosso volume de vendas<br />

tivesse ultrapassado em larga medida o de 2009. Mesmo<br />

assim, durante 2010, já fomos confronta<strong>dos</strong> com<br />

uma acentuada subida de preços de matérias-primas.<br />

Acontece, entretanto, que a crise nos apanhou em<br />

pleno período de investimento, porque estávamos a<br />

apostar na produção de pneus com mais valor acrescentado<br />

(alta performance). Os resulta<strong>dos</strong> desse investimento<br />

só apareceram em 2010, justificando o excelente<br />

desempenho alcançado nesse ano, através da<br />

venda de maior número de pneus de topo de gama.<br />

Quantas unidades produziu a fábrica de Lousado<br />

em 2010?<br />

Em 2010, foram produzi<strong>dos</strong> por nós cerca de 15 milhões<br />

de pneus. Destes, cerca de 40-41% foram envia<strong>dos</strong><br />

directamente para o mercado de origem, sendo os<br />

restantes distribuí<strong>dos</strong> para o mercado de pós-venda.<br />

A Continental Mabor já produziu mais de dois<br />

milhões de pneus do conceito anti furo. Trata-se de<br />

um produto de nicho?<br />

Eu diria antes que é uma aposta. O pneu Contiseal<br />

anti furo é um pneu normal, ao qual é adicionado<br />

uma camada de um produto especial no seu interior, a<br />

qual permite que perfurações até 5mm de diâmetro sejam<br />

automaticamente vedadas.<br />

Trata-se de um segmento de mercado que está em<br />

crescimento e que nós já estamos a fabricar há cerca de<br />

dois anos. Já tínhamos uma certa experiência deste<br />

produto do mercado <strong>dos</strong> EUA, onde foi lançado há alguns<br />

anos. De qualquer modo, tivemos que alterar a<br />

fórmula do produto de vedação, porque alguns <strong>dos</strong><br />

componentes utiliza<strong>dos</strong> no mercado norte-americano<br />

não seriam bem aceites na União Europeia em termos<br />

de impacto ambiental.<br />

Estamos convenci<strong>dos</strong> que este tipo de pneu vai ter<br />

um grande sucesso, porque é uma excelente alternativa<br />

ao pneu tipo runflat. O pneu pode efectivamente<br />

Dá para perceber…<br />

A propósito de investigação e inovação, devo dizer<br />

que, neste momento, estamos a viver um período de<br />

grande inovação tecnológica na área <strong>dos</strong> pneus. Com<br />

a etiquetagem obrigatória <strong>dos</strong> pneus, os fabricantes<br />

passam a estar vincula<strong>dos</strong> a um conjunto de três parâmetros<br />

- eficiência energética (< resistência ao rolamento),<br />

nível de ruído e eficiência de travagem em<br />

molhado - que exige grande desenvolvimento tecnológico.<br />

Todas as marcas (e nós não somos excepção) estão<br />

a fazer um esforço enorme no plano da investigação<br />

tecnológica (compostos, estrutura do pneu, processos<br />

de fabrico, etc.), para se manterem na linha da<br />

frente do mercado e da tecnologia. A Continental,<br />

neste momento, está a sofrer uma enorme pressão para<br />

lançar o seu pneu topo de gama EcoSportContact 5<br />

no mercado, mesmo por parte de preparadores de modelos<br />

de alto desempenho, porque os resulta<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />

testes são fenomenais e colocam esse pneu num plano<br />

muito avançado, em relação à concorrência.<br />

24<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Parece que a vossa empresa está perfeitamente<br />

imunizada contra a actual crise, não é assim?<br />

Completamente imune à crise ninguém está, porque<br />

somos to<strong>dos</strong> portugueses e estamos to<strong>dos</strong> meti<strong>dos</strong><br />

no mesmo barco. Em relação à fábrica de Lousado,<br />

como trabalhamos com mais de 97% para a exportação,<br />

a Continental não tem capacidade para satisfazer<br />

a procura global que tem e a produção de todas as fábricas<br />

do Grupo não chega para as solicitações de<br />

pneus de ligeiros, não podemos pensar em crise, mas<br />

em aumentar a produção. Já temos vários projectos<br />

adianta<strong>dos</strong> nesse sentido e temos uma forte convicção<br />

de que iremos crescer ainda mais nos próximos dois<br />

ou três anos.<br />

Os vossos resulta<strong>dos</strong> espelham uma excelente<br />

motivação. Motivar um equipa de mais de 1.500<br />

pessoas é fácil?<br />

Fácil, não é! Estamos habitua<strong>dos</strong> a trabalhar esse aspecto<br />

da motivação, mas, numa empresa desta dimensão,<br />

aparecem sempre alguns problemas. No entanto,<br />

se olharmos para os resulta<strong>dos</strong> e para aquilo que era a<br />

outra situação, temos uma excelente equipa a to<strong>dos</strong> os<br />

níveis.<br />

O estilo de gestão da Continental Mabor é<br />

tipicamente alemão ou tem qualquer paralelo com<br />

o que se faz em Portugal?<br />

Há aqui um misto das duas culturas e das duas formas<br />

de trabalhar. De qualquer modo, toda a equipa de<br />

direcção é portuguesa, excluindo três alemães, que estão<br />

aqui a colaborar. Alguns antigos quadros desta fábrica<br />

de Lousado também foram trabalhar para fora e<br />

estão em boas posições, inclusive fora da Continental.<br />

É um facto que os quadros e técnicos desta fábrica são<br />

cobiça<strong>dos</strong> dentro da Continental e muitas vezes vêm<br />

cá tentar "roubar-nos" alguns <strong>dos</strong> melhores elementos.<br />

Às vezes não reagimos bem, porque são pessoas que<br />

nos fazem falta, mas no fundo sentimos um certo orgulho<br />

de verificar que somos em Portugal tão capazes<br />

como eles, assim as pessoas tenham a formação adequada<br />

e as condições de trabalho requeridas.<br />

Isso desfaz uns certos mitos…<br />

A receita é muito trabalho, muita dedicação, muito<br />

humildade naquilo que se faz, de aceitar que há sempre<br />

coisas mal e que podem melhorar, muita capacidade<br />

de reacção rápida àquilo que acontece, porque não podemos<br />

ficar à espera que as coisas melhorem por si. Temos<br />

que analisar o que se passa e reagir rapidamente,<br />

para encontrar a melhor solução. Em 2009, tivemos alguns<br />

problemas laborais internos, de uma importância<br />

relativa, porque estávamos prepara<strong>dos</strong> para uma crise<br />

de dois anos. Então, de repente, quanto estávamos a<br />

meio dessa preparação para a crise, o mercado começa<br />

a puxar e nós fomos obriga<strong>dos</strong> a dar um golpe de rins.<br />

Sabemos que a Continental Mabor se apoia na<br />

formação contínua, para garantir os seus resulta<strong>dos</strong>.<br />

Qual é o papel da formação contínua na empresa?<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 25


ENTREVISTA<br />

Eng.º António Lopes de Seabra, Presidente do Conselho de Administração da Continental Mabor<br />

Temos que ter as pessoas preparadas para produzirem<br />

ao melhor nível e seguimos metas anuais muito rigorosas<br />

de formação contínua. Todas as horas de formação<br />

são importantes e contam para os resulta<strong>dos</strong>.<br />

Existem projectos para a ampliação das instalações<br />

da fábrica de Lousado?<br />

Sim, este ano já temos alguns investimentos previstos,<br />

especialmente no segmento de pneus UHP alta<br />

performance.<br />

Até que ponto é que a nova etiqueta <strong>dos</strong> pneus<br />

mudará as condições de produção?<br />

Neste momento, já estamos a produzir cerca de<br />

2000 pneus dia com as novas alterações e isso tem um<br />

impacto considerável na organização da produção.<br />

Isso torna o trabalho mais difícil e mais exigente, sobretudo<br />

no controlo de parâmetros.<br />

Essas etiquetas também se aplicam ao mercado de<br />

origem?<br />

As etiquetas para o cliente final destinam-se ao mercado<br />

de pós-venda. No caso <strong>dos</strong> pneus de origem, a informação<br />

ao consumidor está incluída no manual de<br />

instruções do veículo.<br />

Até que ponto é que as pessoas irão ligar à<br />

informação contida nas novas etiquetas <strong>dos</strong> pneus?<br />

Darão a devida importância a essa informação?<br />

Julgo que sim, embora exija provavelmente algum<br />

tempo de adaptação. No caso <strong>dos</strong> electrodomésticos,<br />

no primeiro e segundo ano das etiquetas de eficiência<br />

energética, as pessoas olhavam e não ligavam muita<br />

importância. Depois, começaram a relacionar a etiqueta<br />

com a sua saúde financeira. Hoje, penso que<br />

“Em 2010, foram produzi<strong>dos</strong> por nós cerca de 15<br />

milhões de pneus. Destes, cerca de 40% foram<br />

envia<strong>dos</strong> directamente para o mercado de origem”<br />

Os fabricantes chineses serão elimina<strong>dos</strong> do<br />

mercado com a nova etiquetagem <strong>dos</strong> pneus, ou<br />

irão adaptar-se?<br />

Está a abordar um problema que é uma preocupação<br />

pessoal minha. Porque, infelizmente, a Comunidade Europeia<br />

é especialista em dar tiros no pé e a criar barreiras<br />

para a própria indústria. Desde 2009, por exemplo, não se<br />

podem usar óleos aromáticos na composição <strong>dos</strong> pneus.<br />

To<strong>dos</strong> os fabricantes europeus tiveram imenso trabalho e<br />

gastos no desenvolvimento <strong>dos</strong> novos compostos e na selecção<br />

de novos produtos para introduzirem no fabrico<br />

<strong>dos</strong> pneus. Portanto, os novos compostos são mais caros<br />

do que os óleos aromáticos.<br />

Entretanto, a DECO publicou um estudo em que revela<br />

que há vários pneus de origem asiática que não cumprem<br />

a normativa europeia <strong>dos</strong> óleos aromáticos e que<br />

estão a concorrer no mercado a par com os outros pneus.<br />

Então, que controlo é que a U.E. tem sobre este assunto?<br />

O que eu receio é que possa suceder com os pneus o<br />

que já acontece com os óleos aromáticos. Há brinque<strong>dos</strong><br />

de algumas origens asiáticas que trazem a etiqueta de garantia<br />

do cumprimento das normas europeias, enquanto<br />

que, por altura do Natal, são retira<strong>dos</strong> muitos brinque<strong>dos</strong><br />

do mercado, que traziam essas mesmas etiquetas. É mais<br />

Os operadores do mercado queixam-se de uma<br />

certa escassez de pneus, principalmente em certas<br />

medidas. A que é atribuível essa falta de pneus?<br />

Há vários factores que explicam essa escassez. Em<br />

primeiro lugar, a indústria automóvel está muito forte,<br />

especialmente nos países emergentes do costume:<br />

China, Índia e Brasil. Portanto, existe uma grande procura<br />

no primeiro equipamento, que tem sempre uma<br />

certa prioridade na estratégia da marcas. Não por razões<br />

económicas, porque as margens são muito menores<br />

do que no mercado de substituição, mas pelo prestígio<br />

dessa venda e pelo efeito induzido no pós-venda,<br />

pelos pneus originais. Além disso, a origem tem critérios<br />

de qualidade e tecnologia que o consumidor final<br />

não tem, obrigando os fabricantes de pneus a evoluírem<br />

e a desenvolverem novos e melhores produtos.<br />

O outro factor principal, no meu entender, é uma<br />

certa dificuldade que existe actualmente no abastecimento<br />

de matérias-primas para o fabrico de pneus. De<br />

não há quase ninguém que não confira o preço e a etiqueta<br />

de consumo, para ver qual é a melhor relação<br />

entre os dois factores. Com os pneus, deve suceder<br />

exactamente a mesma coisa.<br />

fácil fabricar as etiquetas do que cumprir as normas que<br />

estão publicadas.<br />

Receio, pois, que surjam muitas situações fraudulentas<br />

desse tipo, com os pneus. Espero é que haja instituições<br />

em Portugal que realizem os testes, que estão aprova<strong>dos</strong>,<br />

para verificar se to<strong>dos</strong> os pneus à venda cumprem as normas<br />

europeias. Se não houver esse controlo, que garantia<br />

tem o consumidor de estar a comprar um pneu regulamentar?<br />

facto, com a crise de mercado de 2009, muitos fornecedores<br />

desses materiais reduziram ou eliminaram parte<br />

da sua capacidade de produção. Como a retoma foi<br />

muito rápida, há muitos desses fornecedores que ainda<br />

estão a adaptar a sua produção às novas realidades.<br />

É provável que até tenham aproveitado a paragem<br />

para se reposicionarem geograficamente, mais próximos<br />

<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> que estão a crescer de forma mais<br />

acentuada.<br />

Isso faz prever uma nova subida de preços?<br />

Nos últimos 2-3 meses tem-se verificado alguma estabilização<br />

de preços e até uma ligeira redução. Mas<br />

isso é apenas conjuntural, porque a procura, tanto de<br />

matérias-primas, como de pneus, tenderá a fazer subir<br />

novamente os preços.<br />

Até que ponto é que os fabricantes conseguem<br />

repercutir os aumentos de custos no preço final do<br />

produto?<br />

26<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

To<strong>dos</strong> os fabricantes tentam repercutir esses aumentos,<br />

até porque o peso das matérias-primas no custo<br />

<strong>dos</strong> pneus é muito elevado. Claro que é sempre muito<br />

difícil repercutir os custos no consumidor final, devido<br />

à forte concorrência que existe no mercado. Nós temos<br />

um programa contínuo de optimização de custos<br />

de produção, exactamente para compensar a dificuldade<br />

em repercutir os custos variáveis no preço final. A<br />

redução do desperdício e a eficiência estão sempre sob<br />

Tanto quanto eu me tenho apercebido das situações<br />

do pós-venda português, entendo que os nossos<br />

clientes precisam ganhar dimensão e aumentar a massa<br />

crítica. É através disso que eles poderão resolver todas<br />

as carências que ainda subsistem e ter uma presença<br />

mais efectiva no mercado do retalho.<br />

Isso poderá passar pela organização <strong>dos</strong> operadores<br />

em redes de retalho?<br />

percorrem mais quilómetros e com sistemas integra<strong>dos</strong><br />

de controlo da pressão, um <strong>dos</strong> factores mais importantes<br />

na redução <strong>dos</strong> custos de utilização <strong>dos</strong> pneus.<br />

Tudo isto configura uma tendência para pneus de alta<br />

performance (aderência, tracção, estabilidade, etc.) e com<br />

alta tecnologia. As variáveis de comportamento, de segurança<br />

e de economia são geralmente difíceis de combinar,<br />

oferecendo um desafio poderoso aos fabricantes de<br />

pneus e abrindo a porta a novas tecnologias.<br />

Quais as suas previsões para o desempenho da<br />

continental Mabor em <strong>2011</strong>?<br />

Este ano de <strong>2011</strong> já está a revelar bons indicadores e<br />

as previsões para o final do ano apontam para mais um<br />

recorde de produção. Bom seria que essa meta fosse<br />

acompanhada de um novo recorde de rentabilidade…<br />

Qual tem sido a evolução das outras empresas do<br />

Grupo Continental a que também está ligado?<br />

Sou presidente do Conselho de Administração da<br />

Continental Mabor e Administrador Executivo da<br />

Continental <strong>Pneus</strong>. Somos o único accionista da Indústria<br />

Têxtil do Ave, participo na Gerência da Continental<br />

Lemmerz (fornecedor da Auto Europa) e da<br />

Continental Teves (maxilas de travões). O ano de<br />

2010 foi um bom ano em todas as frentes e o ano de<br />

<strong>2011</strong> não deverá ser diferente. Os resulta<strong>dos</strong> do Grupo<br />

são bons, a criação de emprego também e estamos<br />

convenci<strong>dos</strong> que o ano de <strong>2011</strong> poderá trazer algum<br />

crescimento global.<br />

Os centros de decisão <strong>dos</strong> negócios do Grupo<br />

Continental estão na Alemanha, ou cá em Portugal?<br />

Os Centros de decisão só estão parcialmente localiza<strong>dos</strong><br />

em Portugal. A Continental <strong>Pneus</strong> opera somente no<br />

CONTINENTAL MABOR<br />

Sede: Rua Adelino Leitão, 330<br />

4764-906 EC Lousado<br />

Pres. Cons. Admi.: António Lopes de Seabra<br />

Telefone: 252.499.300<br />

Fax: 252.428.760<br />

E-mail: lopes.seabra@conti.de<br />

internet: www.continental.pt<br />

pressão na nossa cadeia produtiva, para absorver uma<br />

parte <strong>dos</strong> aumentos por esse lado. A outra parte restante<br />

tem que passar para o mercado. É por essa razão que<br />

os preços <strong>dos</strong> pneus têm aumentado.<br />

Uma parte da rede de venda a retalho de pneus tem<br />

revelado uma certa dificuldade em acompanhar a<br />

evolução do mercado. O que pode fazer e tem feito<br />

uma empresa como a Continental Mabor para<br />

actualizar o retalho?<br />

Nós aqui somos uma unidade industrial, mas temos<br />

uma ligação forte com a estrutura comercial que efectua<br />

a distribuição <strong>dos</strong> nossos pneus no mercado português.<br />

Um <strong>dos</strong> apoios que nós damos habitualmente<br />

consiste em receber cá os clientes e mostrar-lhes e explicar-lhes<br />

o processo de produção <strong>dos</strong> nossos pneus.<br />

Quando somos solicita<strong>dos</strong>, também participamos em<br />

acções de formação junto <strong>dos</strong> clientes. De qualquer<br />

forma, estamos sempre abertos a novas modalidades<br />

de apoio e cooperação com a cadeia de distribuição.<br />

Recebo aqui clientes de vários pontos do globo e tenho<br />

verificado que a capacidade comercial depende<br />

fortemente da dimensão do negócio. Não estou a falar<br />

somente da Europa, mas de países como o México ou<br />

do Brasil, que têm clientes da marca com uma dimensão<br />

abismal para as nossas empresas de retalho. O mercado<br />

nacional está muito pulverizado e isso pode não<br />

ser a melhor via de acesso ao futuro.<br />

A tendência do mercado caminha para a maior<br />

venda de pneus Premium?<br />

As tendências do mercado de pneus têm evoluído<br />

muito rapidamente nos últimos anos. Seja no que se refere<br />

aos aspectos da segurança, seja no capítulo da eficiência<br />

energética. A tendência é também no sentido das exigências<br />

do mercado serem cada vez maiores. A sensibilidade<br />

para os acidentes tem vindo a aumentar e as pessoas<br />

estão mais atentas ao controlo <strong>dos</strong> custos de utilização<br />

<strong>dos</strong> veículos. Isso abrirá as portas a pneus mais eficientes<br />

do ponto de vista energético, com maior capacidade para<br />

mercado português, mas todas as outras empresas do<br />

Grupo trabalham para o mercado global. A Indústria<br />

Têxtil do Ave só dedica 30% da sua produção para a fábrica<br />

de Lousado. O restante vai para outras unidades da<br />

Continental na Europa e no resto do Mundo.<br />

A Continental Teves (Portugal) fabrica maxilas para<br />

discos, mas exporta a maior parte da produção para o exterior<br />

e tem a concorrência de outras fábricas do próprio<br />

Grupo. A Continental Lemmerz (Portugal) trabalha para<br />

o mercado nacional (AE), mas essa empresa cliente só<br />

deixa uma pequena parte da produção de veículos no<br />

país. O restante é exportado. Isto é uma malha extremamente<br />

complexa, cujos centros de decisão estão na Alemanha.<br />

Nós temos alguma autonomia em relação aos<br />

objectivos anuais, mas eles são globalmente defini<strong>dos</strong> da<br />

Alemanha.<br />

Trabalhar com os alemães é uma experiência interessante,<br />

porque eles dão uma grande margem de autonomia.<br />

Definem os objectivos, mas deixam a cada um as<br />

formas de lá chegar, o que é muito estimulante. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 27


ENTREVISTA<br />

José Lourenço, Sócio-gerente da José Lourenço, <strong>Pneus</strong> e Combustíveis, Lda.<br />

“Tem que haver<br />

educação comercial”<br />

É um <strong>dos</strong> maiores e mais influentes operadores de retalho que existem em Portugal, tendo<br />

comercializado em 2010 mais de 50.000 pneus, possuindo uma forte presença nos pesa<strong>dos</strong><br />

Actualmente com 78 anos, José Lourenço é um<br />

<strong>dos</strong> “homens” <strong>dos</strong> pneus que marca toda a sua<br />

geração. São poucos aqueles que não o conhecem<br />

e, por inerência, as suas empresas, nomeadamente<br />

a José Lourenço, <strong>Pneus</strong> e Combustíveis, Lda,<br />

responsável por 15 <strong>dos</strong> 20 milhões de euros de facturação<br />

do Grupo José Lourenço em 2010.<br />

Com uma enorme astúcia e sagacidade, José Lourenço<br />

é um mestre <strong>dos</strong> negócios, que norteia toda a<br />

sua vida profissional tendo por base as relações humanas<br />

que foi construindo com muitos <strong>dos</strong> seus parceiros.<br />

Não é por acaso que a entrevista com José Lourenço<br />

é interrompida frequentemente com histórias e<br />

momentos de uma vida profissional intença e dedicada<br />

aos pneus, que remonta a 1961 e nos transporta até<br />

ao… futuro.<br />

Conte-nos um pouco da história da José Lourenço<br />

<strong>Pneus</strong>?<br />

Tudo começou em 1961 com a abertura da primeira<br />

casa de pneus, já com o nome de José Lourenço. Depois<br />

fomos abrindo diversas casas de pneus a uma média<br />

de uma a cada 3 anos. Actualmente dispomos de<br />

14 pontos de venda que vão de Proença-a-Nova, onde<br />

ainda temos a sede do Grupo José Lourenço, passando<br />

por Castelo Banco, Coimbra, Lisboa, Almada e Palmela.<br />

JOSÉ LOURENÇO, PNEUS<br />

E COMBUSTÍVEIS, LDA<br />

Sede: Largo <strong>dos</strong> Bombeiros, 21<br />

6150-411 Proença-a-Nova<br />

Sócio-Gerente: José Lourenço<br />

Telefone: 274 670 010<br />

Fax: 274 670 011<br />

E-mail: geral@jlpneus.com<br />

Internet: www.jlpneus.pt<br />

Actualmente os pneus são apenas uma parte do<br />

negócio?<br />

Sim. O grupo José Lourenço tem para além da José<br />

Lourenço, <strong>Pneus</strong> e Combustíveis, Lda, a José Lourenço<br />

& Filhos, Lda, empresa focada no ramos <strong>dos</strong> combustíveis<br />

e a Sociedade Agrícola do Pinhal, Lda, direccionada<br />

para a agricultura.<br />

Qual a razão de ter apostado na abertura de casas de<br />

pneus com uma certa dispersão geográfica?<br />

Bem, para ser sincero, investi na zona centro algum<br />

dinheiro que não devia ter investido.<br />

A aposta deveria ter sido mas próximo do litoral<br />

onde estão as empresas de camionagem. Aliás, essa<br />

tem sido precisamente a política que temos seguido<br />

nos últimos anos, com as recentes aberturas no Carregado<br />

e em Palmela.<br />

Temos vindo a abrir em zonas onde temos os nossos<br />

clientes. Foram eles que nos obrigaram a ir para estas<br />

novas localizações.<br />

28<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

A IMPORTÂNCIA DAS<br />

COMUNICAÇÕES<br />

Carregado<br />

Proença-a-nova<br />

A organização em rede da José Lourenço esteve<br />

sempre muito à frente em matéria de comunicações.<br />

Foi das primeiras empresas a ter uma central<br />

Beltrónica (antes do 25 de Abril de 74) que lhe<br />

permitia melhorar a comunicação entre todas as<br />

casas da empresa.<br />

Bem antes disso já José Lourenço tinha investido<br />

numa central de rádios VHF, que lhe permitia comunicar<br />

com todas as suas casas de pneus.<br />

“Adquirimos 10 rádios e um repetidor por 1.100<br />

contos. Um dia, perto do Tramagal, fui contactado<br />

via rádio, porque um cliente queria um certo tipo<br />

de pneus.<br />

Forneci os dois que tinha em stock e rapidamente<br />

adquiri mais quatro, num negócio que me permitiu<br />

de pronto pagar este investimento”, conta<br />

José Lourenço.<br />

Actualmente, a gestão é ao segundo. “A todo o<br />

momento sabemos o que se está a passar em todas<br />

as nossas casas de pneus e isso é muito importante<br />

para o nosso negócio”, refere José Lourenço.<br />

HISTÓRIAS CRUZADAS<br />

Com sede em Proença-a-Nova a José Lourenço <strong>Pneus</strong> possui actualmente uma enorme rede de retalho<br />

essencialmente localizada na zona Centro e Sul<br />

Alferrarede<br />

Esta política de abertura de novos postos é para<br />

continuar?<br />

A última casa foi apenas aberta há ano e meio. Abrir<br />

uma nova casa de pneus, tal como nós entendemos<br />

que deve ser um estabelecimento desse género, exige<br />

um investimento de milhão e meio de euros.<br />

Outro aspecto importante é que todas as casas de<br />

pneus que temos são instalações próprias. Essa será<br />

uma estratégia para manter no futuro, até porque tenho<br />

a mania de copiar o que é bem feito, mas de momento<br />

não está prevista mais nenhuma abertura.<br />

Qual é actualmente o conceito da rede de casas de<br />

pneus da José Lourenço? Estamos a falar em casas<br />

de pneus “puras” ou a lógica <strong>dos</strong> serviços rápi<strong>dos</strong><br />

também faz hoje parte da estratégia da empresa?<br />

Uma das empresas do Grupo José Lourenço é a Sociedade<br />

Agrícola do Pinhal, Lda. Toda a gente diz mal<br />

da agricultura mas nós temos lucro com a agricultura.<br />

Seguimos aquilo que se deve fazer e não vamos atrás<br />

Batalha<br />

de modas!!! Transportando isso para o negócio de retalho<br />

de pneus, nós não vamos atrás de modas. Os serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> podem ser uma coisa muito boa mas o<br />

importante é cada um fazer aquilo que sabe. Os que<br />

fazem serviços rápi<strong>dos</strong> não me estão a fazer concorrência.<br />

Quando os vejo a mudar óleos, travões, filtros,<br />

etc., é sinal que não estão a fazer serviços de pneus. O<br />

mal do nosso país é que to<strong>dos</strong> querem fazer tudo e depois<br />

acabam por não fazer nada bem feito.<br />

Por isso a aposta será sempre no serviço de pneus?<br />

Vamos continuar a fazer aquilo que sabemos fazer.<br />

O mais importante é estar muito bem preparado com<br />

muita formação, muita tecnologia e bons equipamentos<br />

para se fazer bem aquilo que é importante, que é os<br />

serviços relaciona<strong>dos</strong> com pneus.<br />

Qual a política em termos de equipamentos?<br />

As nossas casas estão equipadas com os mais modernos<br />

e actuais equipamentos. São equipamentos certifi-<br />

A José Lourenço foi uma das primeiras casas de<br />

pneus a trabalhar com a Michelin em Portugal.<br />

Aliás, a história da Michelin confunde-se um pouco<br />

com a história da José Lourenço no nosso país.<br />

“Trabalhamos com a Michelin desde 1961, ainda<br />

nem sequer a marca estava representada no nosso<br />

país”, diz José Lourenço, adiantando com orgulho<br />

que “no livro <strong>dos</strong> 100 anos de Michelin aparece<br />

a minha foto. Sou o único português presente”.<br />

Actualmente a marca Michelin representa 50%<br />

das vendas da José Lourenço, o que leva o seu responsável<br />

a afirmar que “por norma sou fiel a parceiros<br />

saudáveis. A Michelin é um produto bom<br />

que não nos dá chatices”.<br />

RIGOR NO STOCK<br />

Com mais de 50.800 pneus vendi<strong>dos</strong> em 2010,<br />

<strong>dos</strong> quais 24.800 em pesa<strong>dos</strong>, 740 pneus industrias<br />

e os restantes pneus de ligeiros, comerciais,<br />

4x4, etc., a José Lourenço, <strong>Pneus</strong> e Combustíveis,<br />

Lda tem na gestão rigorosa do stock um <strong>dos</strong> seus<br />

trunfos. O stock da empresa é composto em média<br />

por 23.000 pneus, <strong>dos</strong> quais, 9.000 de pesa<strong>dos</strong>, 370<br />

industriais e os resto são to<strong>dos</strong> os outros pneus.<br />

O stock encontra-se distribuído pelos 14 pontos<br />

de venda to<strong>dos</strong> eles geri<strong>dos</strong> pela sede. Proença-a-<br />

Nova, Castelo Branco, Alfarrarede, Sertã, Coimbra,<br />

Tomar (2), Batalha, Santarém, Rio Maior, Carregado,<br />

Lisboa, Almada e Palmela perfazem um<br />

total de 17.680 m2 de área coberta, onde a empresa<br />

tem o stock e desenvolve os seus serviços.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 29


ENTREVISTA<br />

José Lourenço, Sócio-gerente da José Lourenço, <strong>Pneus</strong> e Combustíveis, Lda.<br />

Rio Maior<br />

A experiência e os contactos no sector são duas<br />

das armas importantes de José Lourenço no<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus<br />

Coimbra<br />

Lisboa<br />

Palmela<br />

ca<strong>dos</strong> e são continuamente calibra<strong>dos</strong> para que se possa<br />

sempre prestar o melhor serviço ao cliente. Poucos<br />

são aqueles que têm prensas para mudar pneus maciços<br />

como nós temos.<br />

Como disse, só com bons equipamentos e bons técnicos,<br />

bem forma<strong>dos</strong>, podemos prestar serviços de<br />

qualidade. Mesmo antes de serem<br />

certifica<strong>dos</strong> os nossos centros<br />

pela Michelin já há muito<br />

que cumpríamos todas as exigências.<br />

Pela experiência que tem,<br />

considera que existem ainda oportunidades de<br />

negócio dentro de uma casa de pneus?<br />

É muito ingrato ter uma casa de pneus em Portugal.<br />

Aliás, considero mesmo que esse é um problema mundial.<br />

Ao contrário do que dizem, as casas de pneus não<br />

são ricas. Ricos são os negócios que estão em redor das<br />

casas de pneus.<br />

As casas de pneus são pobres em Portugal. Tem estado<br />

à vista de to<strong>dos</strong> o número de casas de pneus a falir<br />

em Portugal, o que comprova que é um negócio pobre.<br />

“Vamos continuar a fazer aquilo que sabemos fazer. O mais<br />

importante é estar muito bem preparado com muita<br />

formação, muita tecnologia e bons equipamentos”<br />

Mas existem bons exemplos…<br />

O que conta no meio de tudo isto é a parte económica.<br />

Tem que se saber de economia. Muita gente<br />

abre uma casa de pneus e não percebe nada de economia.<br />

Então qual é o segredo deste negócio?<br />

Se formos pagando bem, ainda podemos negociar<br />

com as companhias, mas se pagamos mal então não<br />

existem grandes hipóteses. Por isso é que digo que as<br />

casas de pneus são pobres.<br />

Só a quantidade e a força nos permite ter uma resposta<br />

para vingar neste negócio.<br />

Por outro lado, tem que haver educação comercial<br />

neste negócio.<br />

Para exigirmos boas condições<br />

aos outros também teremos que<br />

pagar bem. São poucos os operadores<br />

de mercado que fazem isto.<br />

É dessa forma que se podem<br />

fazer bons negócios?<br />

Claramente que sim. Muitos operadores compram<br />

mal, vendem mal, pagam mal e ainda oferecem os serviços.<br />

Assim não vão lá.<br />

Nas minhas casas não se oferecem os serviços. Só<br />

em quatro serviços, alinhamento, calibragem, alinhamento<br />

e furos facturámos mais de 548 mil euros em<br />

2010.<br />

30<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Santarém Sertã Tomar<br />

Para além do serviço nos postos, a José Lourenço<br />

presta também serviços exteriores?<br />

Temos um frota de veículos ligeiros e pesa<strong>dos</strong> que<br />

está preparada para dar assistência em qualquer parte.<br />

São veículos que estão monta<strong>dos</strong> com modernos<br />

equipamentos para dar assistência na estrada. Somos<br />

muito rápi<strong>dos</strong> a fazer este tipo de serviços<br />

ao cliente.<br />

A José Lourenço é conhecida por se<br />

manter fiel aos seus parceiros…<br />

Estamos com a Michelin desde<br />

1961. Tenho muita dificuldade em mudar<br />

de fornecedores. Apostamos muito nas parcerias<br />

de longo prazo pois são elas que nos permitem também<br />

fazer bons negócios.<br />

Quase metade <strong>dos</strong> pneus que vendeu em 2010 são<br />

para veículos pesa<strong>dos</strong>. A empresa é especialista em<br />

pneus para pesa<strong>dos</strong>?<br />

Em termos de retalho de pneus de pesa<strong>dos</strong> somos o<br />

número um em Portugal. Para ter se ter uma ideia, em<br />

2010 a nossa quota de pesa<strong>dos</strong> na Michelin foi de 28%<br />

e em 2009 tinha sido de 18%.<br />

E como têm decorrido as vendas?<br />

Em 2010 obtivemos um crescimento de vendas na<br />

“Para exigirmos boas condições aos outros<br />

também teremos que pagar bem. São poucos os<br />

operadores de mercado que fazem isto”<br />

ordem <strong>dos</strong> 9,77% e em <strong>2011</strong> já vamos com um crescimento<br />

de 7,05%, mesmo com toda a crise que se fala<br />

no sector e no país.<br />

Considera que o Estado e os Impostos são os<br />

principais concorrentes das casas de pneus?<br />

O que o Estado devia fazer era colocar as Câmaras e<br />

os diversos organismos a pagar bem e a horas. Deviam<br />

ser eles a darem o exemplo. O Estado devia impor-se<br />

nisso.<br />

Como olha para os pneus chineses?<br />

Penso que as pessoas começaram a abrir os olhos e<br />

estão a desviar-se disso. Então nos pneus industriais<br />

isso é por demais evidente, pois são<br />

pneus que não oferecem qualidade e<br />

não são rentáveis.<br />

Para terminar, como encara o futuro?<br />

Encaramos o futuro com expectativas<br />

de grande sucesso, uma vez que estamos<br />

bem coloca<strong>dos</strong> e prepara<strong>dos</strong>, pois somos 100%<br />

livres, não pagamos rendas a senhorios nem leasing s<br />

ou qualquer tipo de empréstimo aos bancos, ou seja,<br />

zero de encargos financeiros. Apenas em grandes vendas,<br />

digo negócios especiais, utilizamos raras vezes as<br />

linhas de crédito autorizadas nos bancos (designadas<br />

contas caucionadas). Temos sempre vindo a crescer e<br />

os da<strong>dos</strong> para este ano indicam isso também. <br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 31


ENTREVISTA<br />

Vítor Rocha, Director-geral da Altaroda Soluções<br />

Aproveitar melhor o tempo<br />

Na passagem do seu quarto aniversário, a Altaroda não ficou de braços cruza<strong>dos</strong>, bem antes<br />

pelo contrário. Desta vez a novidade principal chama-se vendas online. Mas há mais!!!<br />

Ocrescimento da Altaroda ao longo <strong>dos</strong> seus<br />

quatro anos de existência é uma enorme sucessão<br />

de factos. Um <strong>dos</strong> mais recentes foi a inauguração,<br />

em 2010, de novos instalações em Paredes,<br />

de modo a permitir que o negócio da empresa se<br />

pudesse expandir a outras áreas.<br />

Em <strong>2011</strong> a principal novidade da empresa, até ao<br />

momento, é o novo site de vendas<br />

online, o que não sendo uma inovação<br />

absoluta não deixa de ser um importante<br />

passo na dinâmica empresarial<br />

que Vitor Rocha sempre deu ao<br />

negócio da Altaroda.<br />

Quais as razões que levaram a Altaroda a apostar<br />

num projecto de vendas online?<br />

A principal razão é a vontade de estar na dianteira<br />

do nosso segmento de mercado e por acreditar que temos<br />

a informação de preços <strong>dos</strong> equipamentos mais<br />

requisita<strong>dos</strong>.<br />

Quanto tempo demorou a desenvolver este projecto<br />

de vendas online?<br />

Estamos desde o princípio de Março a trabalhar neste<br />

novo site e nas aplicações.<br />

Quais são os objectivos que a Altaroda pretende<br />

atingir com as vendas Online?<br />

“Esperamos até final do ano facturar<br />

entre 50.000 a 100.000 euros através do site de<br />

vendas online da Altaroda”<br />

Para além de to<strong>dos</strong> aqueles objectivos directamente<br />

relaciona<strong>dos</strong> com o facto de ter um site online, para<br />

nós o objectivo principal é a redução de tempo perdido<br />

a elaborar orçamentos e a identificar modelos de<br />

equipamentos.<br />

Considera que as oficinas / casas de pneus com<br />

quem trabalham (ou que potencialmente vão<br />

trabalhar) já estão preparadas para aderir às vendas<br />

online?<br />

Em Portugal não temos expectativas muito altas,<br />

mas para o mercado africano, onde estamos presentes,<br />

não tenho dúvidas que nos vai permitir ganhar tempo<br />

na concretização de negócios.<br />

As vendas online funcionam como<br />

mais uma aposta na qualidade de<br />

serviço?<br />

Sim, tempo é dinheiro e hoje temos<br />

que fazer mais com menos,<br />

como o tempo não estica tem que ser melhor rentabilizado,<br />

quer do nosso lado quer do lado do cliente.<br />

Isto é qualidade de serviço.<br />

Neste site vendas online está disponível toda a gama<br />

de produtos da Altaroda? Os clientes poderão vir a<br />

32<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

ALTARODA SOLUÇÕES<br />

Vitor Rocha não tem parado de investir no negócio da Altaroda,<br />

preparando esta jovem empresa para os modernos desafios da distribuição<br />

Sede: R. Central do Bairro, Pav. 77 - Apart 144<br />

4584-909 Paredes<br />

Director geral: Vitor Rocha<br />

Telefone: 255 783 600<br />

Fax: 255784161<br />

E-mail: vitor@altaroda.pt<br />

Internet: www.altaroda.pt<br />

Com os investimentos feitos<br />

em tecnologia é agora mais<br />

fácil e mais rápido comprar<br />

ou saber informações<br />

comerciais na Altaroda<br />

adquirir outros produtos neste site de vendas<br />

online?<br />

Não temos ainda toda gama disponível. Aliás, isso é<br />

quase impossível. Para além de outros produtos, os<br />

equipamentos que têm o preço identificado podem<br />

ser adiciona<strong>dos</strong> ao carrinho de compras e adjudica<strong>dos</strong><br />

on-line.<br />

Por outro lado, equipamentos ou ferramentas inovadoras<br />

além de máquinas usadas provenientes de retomas,<br />

também podem ser comercializa<strong>dos</strong> online.<br />

O stock está permanentemente actualizado nas<br />

vendas online?<br />

Quando o stock esgota o produto é de imediato<br />

substituído por outro novo.<br />

Com o site de vendas online vão ser potenciadas<br />

outras áreas, como as promoções e campanhas?<br />

Terá uma área de campanhas para que o cibernauta<br />

mais atento faça aquisições muito competitivas.<br />

Quanto poderão vir a representar as vendas online a<br />

curto / médio prazo nas vendas totais da Altaroda?<br />

Esperamos até final do ano facturar entre 50.000 a<br />

100.000 euros através deste site.<br />

Pensam que com as vendas online poderão vir a<br />

conquistar mais clientes novos?<br />

Vamos seguramente conquistar novos clientes. Este<br />

modelo tem que dar o mote para novas relações comerciais.<br />

As vendas online poderão vir a trazer uma maior<br />

operacionalização do negócio?<br />

Considero que pode, acima de tudo cria a oportunidade<br />

de ser o embrião de um relação pessoal à posteriori.<br />

Quais as vantagens, face ao tradicional, de o cliente<br />

comprar via online?<br />

A redução de custos com todo processo de elaboração<br />

de orçamentos , visitas ao cliente, comissões , etc<br />

reverte a favor do cliente em preço mais baixo.<br />

Que outras novidades a Altaroda introduziu na sua<br />

actividade?<br />

Os vendedores da Altaroda passaram a trabalhar<br />

com tablet s, com todas as vantagens inerentes a isso,<br />

nomeadamente, tal como já disse antes, na redução de<br />

tempo. O envio da encomenda passa a ser por e-mail e<br />

de imediato. Praticamente desaparece o papel, desde<br />

catálogos a livros de encomenda. Além disso temos<br />

dezenas de vídeos que exemplificam o funcionamento<br />

das máquinas e ferramentas, que nos permitem mostrar<br />

nos clientes que não têm internet.<br />

Que balanço se pode fazer <strong>dos</strong> primeiros quatro<br />

anos de actividade?<br />

Crescemos com solidez e conseguimos o respeito<br />

do mercado. Agora o nosso objectivo é continuar a<br />

crescer sempre na casa <strong>dos</strong> dois dígitos. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 33


ENTREVISTA<br />

Domingos Tinoco, Administrador da <strong>Pneus</strong> D. Pedro V<br />

Onovo espaço da <strong>Pneus</strong> D. Pedro V é fruto da visão<br />

de Domingos Tinoco, um empresário desde<br />

sempre ligado ao sector <strong>dos</strong> pneus, que valoriza<br />

a competência <strong>dos</strong> recursos humanos e a<br />

qualidade tecnológica <strong>dos</strong> equipamentos.<br />

“Só com bons equipamentos e emprega<strong>dos</strong> competentes<br />

e motiva<strong>dos</strong>, conseguimos oferecer serviços de<br />

qualidade e diferenciarmo-nos da concorrência”, diz<br />

Domingos Timoco, que tenciona continuar a investir<br />

na formação <strong>dos</strong> seus colaboradores. Para tal contratou<br />

os serviços de um “coach”, que semanalmente se<br />

desloca às instalações para dar formação aos seus emprega<strong>dos</strong><br />

nas áreas da gestão e comportamental. A formação<br />

técnica é proporcionada pelas marcas de pneus<br />

e de peças de mecânica. Deste modo, consegue elevar<br />

o nível de competências <strong>dos</strong> seus técnicos e apresentar-se<br />

como uma oficina de pneus inovadora, com um<br />

serviço acima da média.<br />

Com a mudança para as novas instalações, tem-se<br />

verificado um aumento gradual de clientes particulares<br />

e também de empresas. Este crescimento da carteira<br />

de clientes, vem demonstrar que a aposta na mudança<br />

foi ganha, sendo agora necessário manter e evoluir<br />

o negócio dentro <strong>dos</strong> padrões de qualidade que<br />

Domingos Tinoco já habituou os seus clientes. É uma<br />

tarefa fácil de executar, uma vez que a <strong>Pneus</strong> D. Pedro<br />

V é uma oficina da rede Vialider, certificada pela norma<br />

ISO 9001, e como tal habituada ao cumprimento<br />

de uma série de processos técnicos, de atendimento ao<br />

cliente e do pessoal. Esta certificação, no âmbito de<br />

serviços a pneus, premeia o esforço da <strong>Pneus</strong> D. Pedro<br />

V por querer estar na vanguarda <strong>dos</strong> especialistas em<br />

pneus, comprometendo-se a que o seu trabalho está<br />

orientado para a satisfação e garantia <strong>dos</strong> clientes.<br />

“Nós trabalhamos à base do serviço. No princípio,<br />

“Apostámos na mudança”<br />

Localizada na Trofa, a <strong>Pneus</strong> D. Pedro V mudou recentemente para novas instalações,<br />

mais amplas e bem equipadas, onde se destaca a funcionalidade do serviço e um<br />

atendimento cortês e profissional<br />

perdia muitos clientes, porque só queriam preços baixos,<br />

que era o que os outros concorrentes faziam para<br />

agarrar os clientes. Com o tempo, começaram a compreender<br />

que o serviço também interessa à sua economia<br />

e voltaram para cá”, refere Domingos Tinoco.<br />

Que tipo de serviços presta a sua empresa aos<br />

clientes?<br />

Montamos pneus de ligeiros, pesa<strong>dos</strong>, agrícolas e<br />

também temos um contrato com uma empresa de empilhadores,<br />

que dá muito serviço. Fazemos aplicação<br />

de um produto de vedação nos pneus que evita os furos<br />

e também oferecemos todo o tipo de serviços de<br />

mecânica rápida, incluindo o diagnóstico. Há dias em<br />

que os pneus facturam mais, mas há outros dias em<br />

que a mecânica rápida já faz 50% <strong>dos</strong> carros que entram<br />

no total na oficina.<br />

A <strong>Pneus</strong> D. Pedro V tem também muita tradição na<br />

venda de pneus agrícolas, quer pelo elevado stock de<br />

pneus que temos sempre em armazém, quer pela eficácia<br />

do serviço que prestamos, quase sempre feito na<br />

casa do cliente, dispondo para o efeito de carrinhas<br />

equipadas com todas as máquinas necessárias à montagem<br />

e equilibragem de pneus agrícolas, disponíveis<br />

24 horas/dia a prestar qualquer tipo de assistência em<br />

qualquer ponto.<br />

Quais são os principais tipos de clientes que vêm à<br />

<strong>Pneus</strong> D. Pedro V?<br />

Temos mais empresas do que clientes particulares.<br />

Temos igualmente acor<strong>dos</strong> com gestoras de frotas. A<br />

oferta de serviços varia<strong>dos</strong> atrai mais as empresas, porque<br />

não podem ter os carros para<strong>dos</strong> muito tempo.<br />

Para nós, também é melhor, porque cada carro passa a<br />

facturar mais.<br />

Quais são as marcas de pneus comercializa<strong>dos</strong> pela<br />

sua empresa?<br />

Temos só Michelin e Firestone em stock. Quando o<br />

cliente pretende outro tipo de pneu, nós mandamos vir.<br />

Costuma realizar promoções e campanhas de<br />

produto e serviços?<br />

Fazemos vários tipos de promoções: como poupar<br />

nos pneus, como poupar combustível, etc. Nunca fazemos<br />

é promoções sobre o preço, porque isso qualquer<br />

um faz. O nosso cliente tem o valor do serviço e a<br />

qualidade. Isso vale mais do que um pequeno desconto<br />

e um serviço sem qualidade.<br />

Que tipo de acções de Marketing são realizadas pela<br />

empresa?<br />

Tenho um anúncio outdoor na entrada da cidade,<br />

um camião com o nome da empresa e as carrinhas de<br />

serviço da casa, mas prefiro o contacto pessoal com os<br />

potenciais clientes. Faço muitas feiras e outros eventos,<br />

como corridas de cavalos e outros géneros de actividades<br />

sociais e desportivas, porque é aí que se encontram<br />

bons clientes. A página da Internet já está a funcionar,<br />

mas ainda não estamos a explorar a fundo esse<br />

canal.<br />

34<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

PNEUS D. PEDRO V<br />

Morada: Rua D. Pedro V, 332<br />

4785-307 Trofa<br />

Administrador: Domingos Tinoco<br />

Telefone: 252.413.241<br />

Fax: 252.411.614<br />

e-mail: pneusdpedrov@mail.telepac.pt<br />

Internet: www.pneusdpedrov.com<br />

Como analisa a venda de pneus on-line?<br />

Não vejo que isso possa interessar à nossa empresa e<br />

tenho dúvidas que esse sistema venha a triunfar, por<br />

causa do serviço. Começam a fazer os serviços mais<br />

baratos e volta tudo a cair na mesma guerra de preços,<br />

que não dá nada para ninguém. Mais para diante, talvez<br />

esse canal ainda possa vir a ter algum futuro, quando<br />

o mercado estiver mais maduro.<br />

Está optimista quanto ao futuro, apesar da crise?<br />

Claro que sim. Espero conseguir vender cada vez<br />

mais e ganhar mais alguma coisa. A parte <strong>dos</strong> pneus<br />

agrícolas caiu um pouco, mas ainda há mais outros<br />

pneus para vender. O que me dá coragem é que to<strong>dos</strong><br />

os dias entram aqui clientes novos. Isso quer dizer que<br />

a nossa maneira de trabalhar está certa e satisfaz os<br />

clientes que são bem servi<strong>dos</strong>.<br />

Hoje em dia, um retalhista de pneus independente,<br />

sem pertencer a uma rede, pode sobreviver?<br />

Será difícil.<br />

Mesmo pertencendo a uma rede e tendo o apoio<br />

dela é difícil, quanto mais sem essa ajuda. Julgo que os<br />

negócios isola<strong>dos</strong> acabarão mais cedo ou mais tarde.<br />

Os pneus Michelin, por exemplo, são os pneus que<br />

mais se vendem e toda a gente tem. Mas, para se ganhar<br />

dinheiro, só se consegue com a ajuda da marca.<br />

Fui <strong>dos</strong> primeiros a aderir à rede Vialider, pois vi que<br />

tinha vantagens no plano comercial e nos serviços. Estimulam<br />

o negócio, dão o conceito para as instalações<br />

e o funcionamento da casa, ensinam muito com a formação<br />

e estão sempre a puxar por nós, para vendermos<br />

mais. Podemos ganhar mais dinheiro e aplicá-lo<br />

melhor, para termos empresas mais fortes e com mais<br />

futuro.<br />

Julga que é necessário haver mais fiscalização e<br />

regras mais definidas neste sector?<br />

Isso é indispensável. A importação paralela de<br />

pneus, em que eles deitam a factura ao lixo, é um verdadeiro<br />

flagelo. Assim, conseguem os pneus mais baratos<br />

do que eu consigo directamente da marca. Não<br />

há qualquer hipótese de concorrência, porque eles não<br />

pagam IVA!<br />

Os pneus usa<strong>dos</strong> são outra vergonha. Nós somos<br />

em Portugal o caixote do lixo <strong>dos</strong> outros países. Eles lá<br />

fora recebem o ecovalor, mandam para cá os pneus e<br />

nós aqui é que temos que pagar e fazer a reciclagem<br />

<strong>dos</strong> pneus deles. É uma coisa inconcebível! E onde é<br />

que está a segurança rodoviária com pneus usa<strong>dos</strong>?<br />

Isto só pode ser resolvido se houver apoio das autoridades<br />

a fazer mais fiscalização e apoio das marcas,<br />

que façam mais campanhas dirigidas ao consumidor,<br />

nos grandes meios de comunicação: TV, Internet, imprensa<br />

diária, etc..<br />

Pela minha parte, tenho participado em várias campanhas<br />

e estou sempre pronto a ajudar a resolver estes<br />

problemas, mas sozinho não consigo dar volta ao assunto.<br />

É preciso mais gente e mais meios. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 35


EVENTO<br />

Vredestein - Tuningparty Santarém<br />

Apresença em eventos já é uma tradição na <strong>Pneus</strong><br />

da Península. Recentemente esteve mais uma vez<br />

presente no Tuningparty Santarém, um evento<br />

onde foi parceira através da marca Vredstein.<br />

Para Joel Alentado, director de Marketing da <strong>Pneus</strong> da Península,<br />

os objectivos desta presença foram plenamente<br />

alcança<strong>dos</strong>.<br />

Quais as razões da presença da <strong>Pneus</strong> da Península<br />

na Tuningparty com a marca Vredestein?<br />

A feira de Santarém é a maior do País a to<strong>dos</strong> os níveis<br />

pelo que faz sentido <strong>Pneus</strong> da Península estar representada<br />

com as suas principais marcas sendo a Vredestein<br />

a marca premium.<br />

Queremos dar a conhecer aos apoiantes do Tuning<br />

que a marca de pneus Vredestein poderá prestigiar a<br />

sua viatura não só em termos estéticos mas também<br />

em termos de segurança e performance.<br />

Dar também a conhecer ao cliente final que os<br />

pneus Vredestein mais uma vez foram os vencedores<br />

<strong>dos</strong> testes comparativos realiza<strong>dos</strong> este ano, chegando<br />

esses testes aos clientes através da proteste onde o pneu<br />

Sportrac 3 foi o grande vencedor.<br />

Que marcas e produtos apresentaram / ou tinham<br />

em exposição nesta feira?<br />

A marca principal é a Vredestein tendo sido exposto<br />

to<strong>dos</strong> os modelos da marca, ou seja, do T-TRAC ao luxuoso<br />

Ultrac Sessanta. Entregámos ao consumidor final<br />

to<strong>dos</strong> os testes comparativos que se realizaram este<br />

ano pela Europa juntamente com as brochuras <strong>dos</strong><br />

modelos da Vredestein.<br />

Que iniciativas foram desenvolvidas com a<br />

Vredstein neste certame?<br />

Pomover a qualidade<br />

O Tuningparty Santarém, um <strong>dos</strong> maiores eventos do género realiza<strong>dos</strong> no país,<br />

é fortemente apoiado pela <strong>Pneus</strong> da Península, que aproveita a ocasião para promover<br />

a marca Vredestein<br />

Desde o nosso mershandising, passando por equipar<br />

todo o staff do evento (60 pessoas) com t-shirts<br />

Vredestein, chapéus Vredestein, banners e bandeiras<br />

coloca<strong>dos</strong> em toda a feira, levamos sempre para os<br />

nossos eventos as nossa promotoras exclusivas da Vredestein,<br />

toda a equipa comercial e de Marketing. Passatempos<br />

Vredestein durante todo o evento com oferta<br />

de mershandising Vredestein.<br />

Os objectivos da presença neste evento foram<br />

alcança<strong>dos</strong>?<br />

A marca Vredestein a nível internacional já tem<br />

uma ligação muito forte ao Tuning, se levarmos em<br />

consideração que o designer da Vredestein é a empresa<br />

Italiana Giugiaro Design onde os designers da Giugiaro<br />

e da Vredestein encontraram a combinação ideal<br />

entre estética e segurança nos pneus.<br />

Ainda recentemente a Vredestein concretizou uma<br />

parceria com a marca Carlsson que vem deste modo<br />

prestigiar a marca Vredestein no mundo <strong>dos</strong> tunings.<br />

A <strong>Pneus</strong> da Península aproveitou<br />

o Tuningparty de Santarém para<br />

promover novamente a sua<br />

marca de pneus Vredestein<br />

PNEUS DA PENÍNSULA<br />

Sede: Parque Industrial do Batel<br />

2890 – 161 Alcochete<br />

Director de Marketing: Joel Alentado<br />

Telefone: 212 348 330<br />

Fax: 212 348 332<br />

E-mail: geral@pneuspeninsula.com<br />

Internet: www.pneuspeninsula.pt<br />

Ao falarmos de benefícios da ligação ao Tuning da<br />

Vredestein, podemos dizer, que estes são maioritariamente<br />

de imagem e prestigio, já a vertente comercial<br />

vem por acréscimo, mais consumidores irão preferir a<br />

marca Vredestein, mais irão querer utilizar os pneus<br />

Vredestein nem que seja para confirmar o que é dito<br />

<strong>dos</strong> pneus Vredestein pelo mundo fora.<br />

Sendo assim os objectivos da presença da Vredestein<br />

neste evento foi um sucesso.<br />

A estratégia de apostar em feiras e eventos, por parte<br />

da <strong>Pneus</strong> da Península, é para continuar? Em que<br />

próximo eventos vão apostar?<br />

A <strong>Pneus</strong> da Península nos últimos anos tem apostado<br />

bastante em feiras e eventos quer a nível nacional<br />

quer em termos regionais de parceira com os nossos<br />

clientes e a aposta será para se manter. Duas semanas<br />

depois de Santarém estivemos a patrocinar o campeonato<br />

de andebol de praia que se realizou na praia da<br />

Madelena em Vila Nova de Gaia. <br />

36<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EVENTO<br />

Convenção de Clientes Trelleborg Wheel Systems Espanha<br />

Forte dinâmica<br />

A Trelleborg reuniu a sua estrutura e os seus clientes ibéricos para uma<br />

Convenção em Madrid, onde foram apresentadas muitas novidades, bem como<br />

a estratégia da empresa para Portugal e Espanha<br />

ATrelleborg é uma empresa de dimensão mundial.<br />

Das suas diversas actividades, espalha<strong>dos</strong> pelos<br />

quatro cantos do mundo, o sector automotive representa<br />

31% e os pneus, com a Trelleborg<br />

Whells Systems, “apenas” 11%.<br />

Destes 11% liga<strong>dos</strong> aos pneus, 8% dizem respeito à sua<br />

actividade principal nesta área que são os pneus Agrícolas,<br />

ficando os restantes 3% para a área industrial. A dinâmica<br />

empresarial e industrial da Trelleborg é enorme, estando<br />

a empresa apostada em estreitar cada vez mais a sua<br />

relação com os seus clientes. No que ao mercado Ibérico<br />

diz respeito, isso ficou bem evidente nesta Convenção de<br />

Clientes, onde foram apresentadas muitas novidades que<br />

passam não só pela área do produto como se inserem na<br />

área comercial e também na área de marketing.<br />

Gestão online<br />

Uma das novidades da Trelleborg é o sistema B2B para<br />

pedi<strong>dos</strong> on-line, que a empresa lançou desde o passado<br />

mês de Junho. Trata-se de um sistema semelhante a outros<br />

que já existem no sector <strong>dos</strong> pneus, em que os clientes<br />

podem consultar o stock e fazer as suas encomendas<br />

directamente através do computador, com todas as vantagens<br />

que tal situação acarreta. Logisticamente este sistema<br />

de vendas online permite mais celeridade no processo<br />

de encomendas e maior rapidez de resposta por parte da<br />

Trelleborg aos seus clientes.<br />

O novo sistema de pedi<strong>dos</strong> através da Internet B2B da<br />

Trelleborg, está disponível através do endereço www.trelleborgneumaticosb2b.com.<br />

Maximo<br />

Uma das grandes novidades desta Convenção de<br />

Clientes da Trelleborg foi sem dúvida a apresentação de<br />

uma nova marca de pneus radiais da Trelleborg com o<br />

nome de Maximo.<br />

Esta nova marca de pneus é fabricada na moderna e<br />

nova fábrica da Trelleborg de Xingtai (China), sendo a<br />

gama de produtos totalmente concebida pela Trelleborg.<br />

Os pneus Maximo estão orienta<strong>dos</strong> para tractores com<br />

potências compreendidas entre os 40 cv e os 180 cv, que<br />

se caracterizam por possuir uma grande área de contacto<br />

com o terreno (5% mais em média de que produtos concorrentes).<br />

Outras características destes produtos são a<br />

sua excelente auto-limpeza e o facto de permitirem uma<br />

compactação mínima do terreno.<br />

O pneus Maximo Radial 85 estão disponíveis em cerca<br />

de 20 medidas (280/85R24 TL até 520/85R42TL), funcionando<br />

esta gama como uma alternativa para tractores<br />

de média e baixa potência, o que se enquadra na perfeição<br />

no mercado português. Outro ponto forte desta marca<br />

é que o preço é muito competitivo, para um produto<br />

que dispõe de todas as garantias dadas pela própria Trelleborg.<br />

Marketing<br />

A recente entrada de um responsável de marketing<br />

para trabalhar o mercado ibérico, vai permitir à Trellborg<br />

potenciar a sua presença nos merca<strong>dos</strong> de Espanha e de<br />

Portugal.<br />

38<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EVENTO<br />

DIMENSÃO MUNDIAL<br />

A apresentação da nova marca de pneus agrícolas Maximo, foi um <strong>dos</strong> pontos altos da Convenção de<br />

Clientes da Trelleborg em Madrid<br />

Assim, a Trelleborg vai apostar em diversas acções de<br />

marketing em conjunto com os seus clientes, vai também<br />

caminhar no sentido de estreitar a colaboração com os<br />

principais fabricantes de maquinaria agrícola, aumentar o<br />

seu contacto com o cliente final e, como resultado, pretende<br />

reforçar a sua posição no mercado.<br />

Em termos de acções concretas, está previsto aumentar<br />

a visibilidade da marca no retalho (expositores, tabela de<br />

pressões, etc), colaborar com a imprensa (comunica<strong>dos</strong>,<br />

publicidade, artigos especializa<strong>dos</strong>, etc), continuar a<br />

apostar na presença em feiras e eventos, lançar o manual<br />

de uso e garantia para o mercado de substituição (até agora<br />

estava apenas disponível no equipamento de origem),<br />

reforçar a presença na Web, apostar numa estratégia de<br />

e.mailing (newsletter e ofertas mensais por e.mail), entre<br />

outras acções.<br />

Portugal<br />

A Trelleborg tem vindo a fazer um trabalho que visa o<br />

cada vez maior reconhecimento deste operador no sector<br />

TRELLEBORG<br />

Sede: Calle Valencia 333, 2º e 1º<br />

08009 Barcelona - Espanha<br />

Telefone (Esp.): 902 448 822<br />

Telefone (Por.): 213 843 801<br />

E-mail: jose.saraiva@trelleborg.com<br />

Internet:<br />

www.trelleborg.com/wheelsystems<br />

em que se insere. Através de visitas sistemáticas a clientes,<br />

ao desenvolvimento de acções específicas para o nosso<br />

mercado, ao aumento da base de clientes e à cada vez<br />

maior presença nos orgãos de comunicação especializa<strong>dos</strong>,<br />

a Trelleborg tem vindo a crescer em Portugal.<br />

Mas houve outros importantes factores que têm contribuído<br />

para esse crescimento. Em primeiro lugar um<br />

prazo de entrega no cliente que passou a ser inferior a 24<br />

horas. Passou a existir mais flexibilidade e uma informação<br />

logística mais detalhada, o que tornou o negócio<br />

muito mais operacional.<br />

Agora é altura de pensar para o futuro. Dessa forma a<br />

Trelleborg pretende continuar o seu trabalho reforçando<br />

a sua presença no cliente final (o agricultor) e aumentando<br />

a notoriedade e imagem da marca nos clientes. Desenvolver<br />

e especializar a base de da<strong>dos</strong> e reforçar a presença nos<br />

media, são outras apostas da Trelleborg no mercado português,<br />

empresa que pretende aproveitar da melhor forma<br />

o lançamento da nova marca de pneus radiais Maximo,<br />

que se enquadram perfeitamente no nosso mercado. <br />

A Trelleborg é um colosso a nível mundial. Fundada<br />

em 1905, o Grupo Trelleborg é líder mundial<br />

em produção de produtos deriva<strong>dos</strong> de borracha.<br />

Presente em 43 países, em 2010 as suas vendas<br />

atingiram 2,9 biliões de Euros, tendo 20.393 emprega<strong>dos</strong><br />

espalha<strong>dos</strong> pelas 120 fábricas que tem<br />

no mundo.<br />

É uma empresa especializada no desenvolvimento<br />

de soluções de altas prestações para sectores<br />

e áreas tão exigentes como a aeroespecial, indústria<br />

química e construção, sistemas antivibração<br />

para o TGV e dilatação na construção de<br />

pontes.<br />

Com a empresa Trelleborg Wheel Systems, este<br />

grupo é um <strong>dos</strong> maiores fornecedores de soluções<br />

em pneus e rodas completas para uso agrícola,<br />

florestal e de movimento de mercadorias.<br />

Possui 6 fábricas de pneus, emprega 1.918 pessoas<br />

efectuando 64% das suas vendas de pneus<br />

na Europa. Do total de pneus fabrica<strong>dos</strong>, 63% destinam-se<br />

ao sector agrícola e industrial, sendo que<br />

43% são monta<strong>dos</strong> no primeiro equipamento e os<br />

restantes abastecem o mercado de substituição.<br />

Com uma ampla gama de pneus, a Trelleborg<br />

possui uma forte componente de investigação e<br />

desenvolvimento, bem como um sector industrial<br />

fortíssimo, para além de possuir dinâmicas equipas<br />

comerciais e marketing, fechando todo o ciclo<br />

do produto.<br />

A colaboração entre as empresas da Trelleborg,<br />

permite a esta empresa oferecer jantes e pneus<br />

que se adaptam perfeitamente um ao outro. Assim,<br />

a Trelleborg é o único fabricante de rodas<br />

completas com uma gama que vai desde as 3.5 a<br />

42 polegadas.<br />

TENDÊNCIAS E ESPECIALIZAÇÃO<br />

O mercado <strong>dos</strong> pneus agrícolas e industriais é<br />

um nicho dentro do mercado global de pneus.<br />

Como qualquer nicho de mercado exige especialização<br />

e conhecimento.<br />

Essa é exactamente a tendência do mercado de<br />

pneus agrícolas e industriais. Basta analisar que a<br />

Titan comprou essa área de negócio à Goodyear, a<br />

Mitas comprou o negócio da Continental e a Trelleborg<br />

ficou com os pneus agrícolas da Pirelli e muito<br />

recentemente adquiriu a Watts nos pneus maciços.<br />

Quer isto dizer que existem especialistas neste<br />

nicho de mercado, que são os pneus agrícolas, estando<br />

a Trelleborg focalizada precisamente nesse<br />

nicho.<br />

A especialização é uma das armas da Trelleborg<br />

para continuar a sua expansão neste negócio, daí<br />

que actualmente os pneus desta marca equipem<br />

de origem 39 marcas de tractores e 17 marcas de<br />

empilhadores.<br />

Refira-se que em Fevereiro de <strong>2011</strong> a Trelleborg<br />

expandiu-se na Ásia com a abertura de uma nova<br />

fábrica na China (em Xingtai), acima de tudo para<br />

aumentar a sua produção nessas regiões do globo<br />

e estar próximo <strong>dos</strong> principais construtores de<br />

tractores agrícolas que também abriram unidades<br />

industriais nesses merca<strong>dos</strong>.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 39


ACTUALIDADE<br />

CERP - Comissão Especializada de Retalhistas de <strong>Pneus</strong><br />

O arranque<br />

do associativismo no retalho de pneus<br />

A ideia já andava há muito tempo no ar sendo <strong>dos</strong> temas mais debati<strong>dos</strong> nos últimos anos.<br />

Finalmente deu-se um passo em frente tendo sido criada a CERP - Comissão Especializada<br />

de Retalhistas de <strong>Pneus</strong><br />

Agora já não existem razões para dizer que não<br />

existe uma associação de retalhistas de pneus<br />

em Portugal. Ela existe de facto, foi recentemente<br />

constituída no seio da ACAP e já começou<br />

a reunir. Agora necessita do apoio de to<strong>dos</strong> os retalhistas,<br />

pois todas as ideias serão necessárias e os objectivos<br />

que defende a CERP são o que qualquer<br />

empresário do retalho de pneus defende se estiver com<br />

seriedade e profissionalismo no sector.<br />

Conhecendo a disponibilidade da ACAP para acolher<br />

uma comissão de retalhistas de pneus na sua estrutura,<br />

a CERP (Comissão Especializada de Retalhistas de<br />

<strong>Pneus</strong>) foi constituída por um núcleo de empresários,<br />

com a missão de dar maior credibilidade e profissionalismo<br />

ao sector, contribuindo para a melhoria <strong>dos</strong> serviços<br />

presta<strong>dos</strong> e <strong>dos</strong> artigos comercializa<strong>dos</strong> num sector<br />

de primordial importância para a segurança rodoviária.<br />

A comissão engloba empresas do Norte a Sul do País,<br />

já que o factor geográfico é de grande importância, não<br />

só em termos representativos, como também em termos<br />

de análise de mercado. Sendo no seu todo, empresas<br />

que se dedicam ao sector de actividade de Retalho<br />

de <strong>Pneus</strong>.<br />

Os objectivos da CERP, inseri<strong>dos</strong> nos próprios objectivos<br />

da ACAP, são os de acompanhamento constante<br />

e atempado da actividade sectorial das empresas<br />

por si representadas e designadamente:<br />

- Acção interventiva junto do Governo e<br />

Administração Pública, pelos quais a ACAP é<br />

considerada um interlocutor privilegiado, com a<br />

credibilidade e qualificação para analisar to<strong>dos</strong> os<br />

assuntos que afectam o Sector que representa.<br />

- Acção informativa e formativa aos Associa<strong>dos</strong>,<br />

garantindo o acesso destes a um leque alargado de<br />

serviços e produtos, destina<strong>dos</strong> a apoiar e<br />

desenvolver a sua actividade empresarial.<br />

OBJECTIVOS A CURTO PRAZO<br />

• Regular a actividade do comércio de pneus,<br />

contribuindo sempre para o bom funcionamento e<br />

desempenho da actividade.<br />

• Melhorar a imagem de credibilidade do sector.<br />

• Desmistificar o prazo de caducidade <strong>dos</strong> pneus.<br />

• Certificar a profissão.<br />

• Desenvolvimento no Portal da ACAP.<br />

• Disponibilização de informação própria do sector.<br />

Fazem parte da comissão 7 empresas, podendo ser<br />

alargada a um total de 9. A coordenação da comissão<br />

tem um período de dois anos e o critério de substituição<br />

de associado é estipulado por ordem alfabética e<br />

com aprovação <strong>dos</strong> membros integrantes.<br />

A CERP já é, portanto, uma realidade. A comissão<br />

está motivada e com grande sentido de associativismo.<br />

Tem noção que o sector precisa de união, credibilidade<br />

e profissionalismo. É importante, como já foi dito, o<br />

apoio de to<strong>dos</strong> os retalhistas, pois o futuro de qualquer<br />

sector passa pelo associativismo. Só assim se defendem<br />

interesses comuns e se desenvolve o sector. <br />

40<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Aveiropneus, Lda<br />

Dimensionada ao mercado<br />

Apesar de ser um pequeno grossista, a Aveiropneus aposta acima de tudo em fazer bons<br />

negócios e numa política de transparência e seriedade no mercado<br />

Tudo começou com um posto de pneus, ainda<br />

hoje em funcionamento, que tem o nome de<br />

Marcolino <strong>Pneus</strong>. Esta empresa familiar começou<br />

no negócio em 1987, mas a meio da década<br />

de 90, foi fundada a Aveiropneus, numa lógica diferente<br />

de negócio, atendendo a que surgiu a oportunidade<br />

de trabalhar a marca Matador.<br />

Ainda a Matador era uma empresa independente,<br />

com sede na antiga Checoslováquia, quando a Aveiropneus<br />

se lançou na comercialização desta marca<br />

como grossista, primeiro na zona Norte de Portugal<br />

(havia um outro grossista a trabalhar o Sul) com uma<br />

equipa de três pessoa na altura muito vocacionada para<br />

a venda e entrega <strong>dos</strong> pneus Matador.<br />

“Ao início não foi nada fácil. Não só a marca era desconhecida<br />

do mercado como o próprio nome não era<br />

fácil para um mercado como o português”, começa por<br />

referir Jaime Silva, Gerente da Aveiropneus.<br />

A entrada da Continental no capital da Matador,<br />

que levou a empresa a ter uma nova designação (Continental<br />

Matador Rubber), não veio alterar a relação que<br />

existia entre a Aveiropneus e a Matador, mas houve<br />

muitas outras alterações. “Uma das mais importantes é<br />

que a qualidade do produto melhorou substancialmente,<br />

apesar de deixarem de ser os pneus mais baratos<br />

como eram até 1999”, revela Jaime Silva, acrescentando<br />

que “de pronto o posicionamento da marca passou<br />

a ser outro, deixou de ser budget para passar a ser uma<br />

marca quality”.<br />

Com uma gama muito forte também em pneus de<br />

pesa<strong>dos</strong>, 4x4 e vans, a Aveiropneus tem contudo o seu<br />

foco principal nos pneus de ligeiros da Matador. “É<br />

para nós muito importante continuar a trabalhar a Matador,<br />

até por razões históricas, mas também porque já<br />

temos um longo trabalho feito com a marca no mercado<br />

português”. Porém, a Aveiropneus nunca quis dar<br />

um passo maior que a perna, mantendo-se sempre com<br />

uma estrutura reduzida que mantem três comerciais no<br />

terreno, sendo que a restante estrutura da empresa se<br />

divide pela Marcolino <strong>Pneus</strong> e pelo negócio de grosso.<br />

Não tendo por objectivo ser uma empresa de referência<br />

no topo das vendas em Portugal, a Aveiropneus<br />

pretende estar no mercado com o foco na rentabilidade.<br />

Como tal, para alicerçar essa estratégia, a empresa<br />

adicionou, ao longo <strong>dos</strong> anos, diversas outras marcas<br />

ao seu catálogo de revenda. “Apostámos em marcas<br />

coreanas, indianas, indonésias e chinesas, para dar resposta<br />

a determinadas necessidades de mercado”, refere<br />

Jaime Silva, adiantando que “fomos sempre evitando<br />

situações em que houvesse uma grande concorrência<br />

de modo a não andar a discutir cêntimos neste segmento<br />

budget. A rentabilidade dessas vendas é baixa e<br />

exige muitos recursos financeiros e isso não fazemos”.<br />

Dessa forma a Aveiropneus decidiu apostar, desde o<br />

verão de 2010, na marca chinesa Evergreen pois é<br />

“uma marca nova, com novos moldes e por isso muito<br />

competitiva, que tem uma boa apresentação de produto”,<br />

revela o responsável da empresa.<br />

Inicialmente a Aveiropneus apostou em 15 dimensões,<br />

mas com o sucesso que obteve passou rapida-<br />

42<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

ANÁLISE DO MERCADO<br />

No final da nossa conversa, Jaime Silva abordou<br />

também as questões do mercado de pneus e do<br />

retalho. No entender deste responsável “a situação<br />

não está tão má quanto à primeira vista pode<br />

parecer. Todas as organizações que sejam rigorosas<br />

na gestão <strong>dos</strong> recursos que têm, e que estejam<br />

de uma forma séria a trabalhar o mercado, conseguem<br />

fazer negócios embora não se consiga crescer”.<br />

Diz o responsável da Aveiropneus que o momento<br />

não está de facto para aventuras, mas “a época<br />

de crise também vai permitir clarificar melhor<br />

quem está no mercado a trabalhar de forma séria<br />

e quem não está”.<br />

Com a perfusão de muitos operadores de revenda<br />

no mercado <strong>dos</strong> pneus nos últimos anos, quem<br />

mais saiu a perder, na opinião de Jaime Silva, foram<br />

as marcas. “É certo que as marcas estão a<br />

reagir e isso vai trazer algumas importantes alterações<br />

no mercado e, muito provavelmente, alguns<br />

pequenos grossistas poderão sofrer um bocado”.<br />

AVEIROPNEUS<br />

Para além da actividade grossista com a Aveiropneus, esta empresa possui ainda um posto de assistência<br />

(Marcolino <strong>Pneus</strong>) localizado igualmente em Aveiro<br />

Sede: R. Dr. Girão Pereira, Lt 3 S. Bernardo<br />

3810-277 Aveiro<br />

Sócio-Gerente: Jaime Silva<br />

Telefone: 234 343 489<br />

Fax: 234 343 490<br />

E-mail: aveiropneus@netvisao.pt<br />

Internet: n.d.<br />

mente para 19 dimensões e desde o início de <strong>2011</strong> disponibiliza<br />

25 dimensões para ligeiros e vans. “É uma<br />

marca que cumpre todas as normas, possui um nome<br />

muito feliz e actual, e tem um valor que corresponde à<br />

qualidade que realmente o produto possui”, assegura<br />

Jaime Silva.<br />

Mais recentemente, com alguns dificuldades no<br />

abastecimento da Matador, a Aveiropneus passou<br />

também a trabalhar, a convite da Continental, a marca<br />

Barum para a zona de acção da empresa de Aveiro.<br />

“São produtos muito semelhantes, pelo que a Barum<br />

veio ajudar a complementar algumas falhas que fomos<br />

tendo na Matador em ligeiros, vans e 4x4”, revela o<br />

responsável da Aveiropneus.<br />

O que mudou recentemente na Aveiropneus foi a<br />

abrangência geográfica de vendas. O anterior grossista<br />

da Matador para Sul, largou esse negócio (já há alguns<br />

anos), pelo que a empresa de Aveiro passou também a<br />

fazer a revenda até à zona Oeste e Alentejo<br />

Logisticamente a Aveiropneus actua com três vendedores,<br />

dispõe de armazéns próprios para a actividade<br />

grossista em Aveiro, utilizando ainda um stock mínimo<br />

na Marcolino <strong>Pneus</strong> para necessidades especificas.<br />

Com um stock médio sempre superior a 12.000<br />

pneus, a regra é que to<strong>dos</strong> os pedi<strong>dos</strong> que sejam feitos<br />

até às 17 horas à Aveiropneus, são expedi<strong>dos</strong> no próprio<br />

dia, através de transportes logísticos que entregam<br />

no dia seguinte.<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus de ligeiros, a Aveiropneus comercializa<br />

também pneus de pesa<strong>dos</strong> da Matador, embora<br />

a uma escala mais reduzida, e ainda pneus agrícolas,<br />

através de uma parceria com a CGS para distribuir<br />

a marca Cultor.<br />

Para além de uma diferenciação por via do produto,<br />

a Aveiropneus apresenta como mais-valias “um grande<br />

historial e conhecimento de mercado, mas também temos<br />

a noção da nossa dimensão e da forma como operamos<br />

no mercado, que é muito transparente e igual”,<br />

afirma Jaime Silva, acrescentando que “uma das nossas<br />

preocupações é tentar ser sempre competitivo, de<br />

modo a que os nossos clientes também possam ter<br />

rentabilidade no seu negócio”.<br />

Com cerca de 300 clientes activos, uma das preocupações<br />

da Aveiropneus passa também por proteger os<br />

retalhistas face às marcas que comercializa, sendo uma<br />

forma de dar corpo à rentabilidade que a empresa deseja<br />

para si e para os seus clientes.<br />

Com a grande evolução do negócio de pneus e os<br />

enormes avanços da tecnologia, nomeadamente a internet,<br />

a Aveiropneus está a equacionar para muito breve<br />

a abertura do stock online. No entender de Jaime<br />

Silva já não existe relutância do cliente retalhista em<br />

utilizar a internet e, mais importante ainda, “é a resposta<br />

imediata que este tipo de vendas permite, sendo o<br />

factor determinante para quem está neste negócio”.<br />

Para além das vendas online, a Aveiropneus vai continuar<br />

à procura de novas oportunidades de negócio e<br />

novas marcas, estando em constante alerta face à enorme<br />

dinâmica que o mercado <strong>dos</strong> pneus revela actualmente.<br />

<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 43


EMPRESA<br />

Alves Bandeira & Cª., Lda<br />

Valor acrescentado<br />

O desenvolvimento do negócio grossista associado aos pneus e os novos desafios de mercado,<br />

levaram a empresa Alves Bandeira a apostar nas vendas online<br />

Aempresa Alves Bandeira & Cª., Lda foi fundada<br />

em 1975, sendo a empresa de maior dimensão<br />

do Grupo Alves Bandeira e com maior notoriedade<br />

no mercado.<br />

Uma das actividades é a revenda de pneus, negócio<br />

que tem vindo a crescer consolidadamente dentro da<br />

empresa, devido a um conjunto de parcerias internacionais,<br />

que levaram a um crescimento da capacidade<br />

de armazenamento, à reorganização do seu sistema logístico,<br />

a uma aposta em recursos humanos especializa<strong>dos</strong>,<br />

e a uma oferta alargada de marcas, entre outro<br />

conjunto de acções, que fazem parte de uma estratégia<br />

de crescimento sustentada e adaptada as necessidades<br />

do mercado. Depois da parceria com a Hercules Tires,<br />

o próximo passo da Alves Bandeira foram as vendas<br />

online, através do site www.alb.pt, um andamento lógico<br />

da empresa para se manter bem dentro do mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

“O nosso objectivo foi o de encurtar distâncias com<br />

os nossos parceiros/clientes indo de encontro às suas<br />

necessidades. É agora nosso objectivo fazer desta plataforma<br />

informática um <strong>dos</strong> principais meios de comunicação<br />

e interacção com os nossos clientes”, começa<br />

por referir Paulo Santos, responsável Comercial<br />

da Alves Bandeira.<br />

Desenvolver um projecto de vendas online levou o<br />

seu tempo em virtude da necessidade de envolvimento<br />

de diferentes sectores da empresa, nomeadamente<br />

informática, financeira, logística e comercial em sintonia<br />

com o fornecedor do serviço.<br />

“Devido à experiência que tínhamos na consulta<br />

deste tipo de plataformas informáticas, não sentimos<br />

grandes dificuldades dado o bom funcionamento entre<br />

os diversos sectores da empresa e o fornecedor que<br />

desenvolveu o projecto”, revelou Paulo Santos.<br />

Objectivos Vendas Online<br />

Os objectivos da Alves Bandeira para as vendas online<br />

estão defini<strong>dos</strong>. “Acima de tudo queremos prestar<br />

um serviço com um patamar de qualidade francamente<br />

mais elevado ao nível da nossa concorrência.<br />

Simplificação de processos, melhor comunicação<br />

com os nossos parceiros, facilidade de procedimentos<br />

e aumento de vendas, também fazem parte <strong>dos</strong> nossos<br />

objectivos. Tivemos especial atenção na criação<br />

de algumas ferramentas que permitem ao nosso cliente<br />

um valor acrescentado com a sua utilização e, consequentemente,<br />

uma mais valia objectiva para o seu<br />

próprio negócio”, refere o responsável da empresa,<br />

acrescentando que “grande parte <strong>dos</strong> nossos parceiros/clientes<br />

já não abdicam deste conceito de trabalho,<br />

outros vão-se adaptando e outros vão tendo algumas<br />

dificuldades”.<br />

Na concepção do projecto de vendas online, os responsáveis<br />

da Alves Bandeira tiveram a qualidade sempre<br />

em mente e “hoje constatamos no dia-a-dia que se<br />

trata efectivamente de uma mais-valia”, assegura Paulo<br />

Santos.<br />

Como não poderia deixar de acontecer, o projecto<br />

de vendas online exige um trabalho contínuo, por<br />

44<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

COMO TER ACESSO<br />

AO WWW.ALB.PT<br />

Sendo cliente da Alves Bandeira necessita apenas<br />

de consultar a empresa no sentido de a mesma<br />

lhe facultar um “utilizador” e uma “password”<br />

para poder ter acesso ao catálogo online.<br />

No início do processo “escrevemos uma carta<br />

com a indicação do utilizador. O cliente após a sua<br />

recepção deverá solicitar-nos o envio da respectiva<br />

password, seguindo as indicações expressas na<br />

carta enviada.<br />

“Todo este processo é bastante limitado com o<br />

objectivo de manter a maior confidencialidade<br />

possível”, refere Paulo Santos, responsável comercial<br />

da Alves Bandeira.<br />

As vantagens, face ao tradicional, de o cliente<br />

comprar via online são, segundo o mesmo responsável,<br />

“a facilidade de consultar todo o tipo de informação<br />

necessária para agilizar a decisão da<br />

compra. Dispõe ainda de uma série de ferramentas<br />

com diferentes critérios, comerciais ou técnicos,<br />

que lhe irão permitir a escolha do produto<br />

mais adequado”.<br />

Agora basta aceder a www.alb.pt.<br />

ALVES BANDEIRA<br />

O lançamento do site de vendas online na Alves Bandeira foi de pronto um enorme sucesso, revelando-se<br />

por isso uma aposta segura da empresa<br />

Serv. Administrativos: Av. Emídio Navarro,<br />

81, 5º A - 3000-151 Coimbra<br />

Telefone: 239 851 008<br />

Fax: 239 851 009<br />

E.mail: ab.comercial@a-bandeira.pt<br />

Telemarketing: telemarketing@a-bandeira.pt<br />

Internet: www.alvesbandeira.pt / ww.alb.pt<br />

isso a permanente actualização do stock é uma situação<br />

que obriga a uma permanente verificação por parte<br />

<strong>dos</strong> responsáveis da Alves Bandeira.<br />

Neste site de vendas online da Alves Bandeira não<br />

só são os pneus de ligeiros que estão disponíveis para<br />

os clientes. “Todas as gamas por nós comercializadas,<br />

Turismo, Comerciais, Todo-o-Terreno e Pesa<strong>dos</strong> (esta<br />

com menos expressão) estão disponíveis<br />

na nossa plataforma online”, assegura<br />

o responsável Comercial da<br />

Alves Bandeira, que deixa claro que<br />

por enquanto só irão ser comercializa<strong>dos</strong><br />

pneus neste site mas “num curto<br />

espaço de tempo, esperamos disponibilizar<br />

outros produtos por nós comercializa<strong>dos</strong>”.<br />

Na opinião do mesmo responsável, o site de vendas<br />

online da Alves Bandeira é já um potenciador de<br />

negócios, nomeadamente na divulgação de campanhas<br />

e promoções que estarão sempre a decorrer, considerando<br />

ainda Paulo Santos que “esta vertente da<br />

plataforma será sinónimo de sucessivas inovações”.<br />

Apesar de ter sido lançada muito recentemente, esta<br />

plataforma de vendas online pode-se dizer que é já um<br />

sucesso. “Os clientes que utilizam de forma autónoma<br />

este serviço, representam já cerca de 60% das encomendas”,<br />

porém Paulo Santos refere que “nesta altura<br />

Depois da parceria com a Hercules Tires, o passo<br />

seguinte da Alves Bandeira foram as vendas online,<br />

através do site www.alb.pt<br />

todas as encomendas são registadas no serviço online,<br />

independentemente da forma como as recepcionamos.<br />

Porém ainda há muitos clientes sem acesso directo<br />

por falta de meios próprios”.<br />

Só o facto de ter um site de vendas disponível leva a<br />

que potencialmente mais clientes possam chegar, por<br />

essa via, à Alves Bandeira. “Sem dúvida que as vendas<br />

online poderão trazer mais clientes novos. Já aconteceu<br />

nestes primeiros meses de “online” até porque há<br />

clientes que só trabalham desta forma, embora estes<br />

processos exijam da nossa parte um outro tipo de<br />

acompanhamento no terreno”, afirma Paulo Santos<br />

revelando que “desde já podemos salientar que esta<br />

ferramenta trouxe um maior nível de<br />

fidelização”.<br />

Para terminar, o responsável comercial<br />

da Alves Bandeira não tem<br />

dúvidas que as vendas online poderão<br />

vir a trazer uma maior operacionalização<br />

do negócio. “Para iniciar o<br />

processo tivemos de nos adaptar à nova realidade e, logicamente,<br />

estas adaptações são sempre acompanhadas<br />

de melhorias no funcionamento global do negócio.<br />

Teremos de ir evoluindo de acordo com novos desafios<br />

e com novas exigências que se nos forem<br />

deparando”, concluiu Paulo Santos. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 45


EMPRESA<br />

Yokohama no WTCC<br />

Fortalecer a imagem<br />

Desde o começo do Campeonato WTCC (World Touring Car Championship) que a Yokohama está<br />

presente como fornecedor oficial de pneus. Na prova realizada no Circuito da Boavista, no Porto,<br />

a marca convidou os seus clientes a viverem as emoções desta importante competição<br />

AFIA seleccionou o pneu Advan da Yokohama<br />

para ser o pneu oficial do WTCC até 2012,<br />

demonstrando assim toda a confiança na capacidade<br />

técnica e logística desta marca, que<br />

mantém uma paixão irreprimível pelo desporto automóvel.<br />

“Queremos que os nossos clientes sintam a emoção<br />

do desporto motorizado e por isso os convidamos<br />

para assistirem ao vivo às corridas onde a Yokohama<br />

participa como fornecedor de pneus”, diz Taketoshi<br />

Morita, Presidente da Yokohama Ibéria.<br />

“O Porto tem o atractivo de ser uma corrida realizada<br />

num circuito citadino e o público ser muito aficionado<br />

pelo desporto automóvel, o que dá muita visibilidade<br />

e retorno à nossa marca”, refere Victor Manuel<br />

Cañizares, responsável de Vendas e Marketing da Yokohama<br />

Ibéria.<br />

Durante todo um Fim de Semana, os clientes Yokohama<br />

tiveram oportunidade de conhecer por dentro<br />

a organização do WTCC, sendo recebi<strong>dos</strong> como<br />

clientes VIP na tenda que a marca monta em todas as<br />

provas deste campeonato.<br />

Ouve também oportunidade para conviver com os<br />

pilotos, estar com eles na grelha de partida momentos<br />

antes das corridas e ainda conhecer o trabalho de assistência<br />

que a marca presta a todas as equipas participantes.<br />

“É sempre uma forma de proporcionar uns dias<br />

agradáveis aos nossos clientes, mas também é uma<br />

forma de os colocar em confronto com o universo<br />

Yokohama, verificando a eficácia <strong>dos</strong> seus pneus,<br />

mesmo quando leva<strong>dos</strong> ao extremo, como é o caso da<br />

competição”, diz Taketoshi Morita.<br />

Logicamente que toda esta acção comercial e de<br />

marketing é também importante para se poder potenciar<br />

“o contacto entre diversos patamares do nosso<br />

mercado. Por isso não convidamos apenas os grandes<br />

distribuidores, mas também trouxemos representes<br />

de casas de pneus e de oficinas. No fundo o mais importante<br />

é este contacto com a família Yokohama”,<br />

diz Victor Cañizares.<br />

Questionado sobre o balanço da marca no nosso<br />

mercado, neste primeiro semestre de <strong>2011</strong>, Victor Cañizares<br />

afirma que “A actual situação económica do<br />

país não tem favorecido as vendas. Os automobilistas<br />

andam menos de carro e por isso o desgaste <strong>dos</strong> pneus<br />

é menor. Para contrariar esta situação, temos promovido<br />

várias acções de incentivo para os nossos clientes,<br />

tendo já realizado viagens ao Brasil e a Praga, para<br />

além de convites de participação nas provas do<br />

WTCC realizadas em vários circuitos do globo”.<br />

Deste modo, a Yokohama dá mais valor ao negócio,<br />

com ofertas de merchandising aos automobilistas,<br />

sempre com o objectivo de ajudar os seus clientes<br />

a vender os pneus Yokohama que têm em stock.<br />

Outra novidade apresentada foi a reorganização da<br />

equipa de vendas da Yokohama Ibéria, que tem agora<br />

um responsável de vendas exclusivo para Portugal e<br />

outro para Espanha. Relativamente a novos produtos,<br />

o destaque vai para o pneu dB super E-spec, o primeiro<br />

pneu ecológico da marca, que utiliza a nano tecnologia,<br />

para criar uma mistura de borracha natural e<br />

óleo de casca de laranja, que além de ser compatível<br />

com o ambiente, ainda ajuda a reduzir a resistência<br />

ao rolamento. <br />

46<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Minho Tyres<br />

No terreno e na internet<br />

Sendo um <strong>dos</strong> mais jovens grossistas de pneus em Portugal, a Minho Tyres não quis<br />

perder o comboio da competitividade, investindo recentemente nas vendas online.<br />

Conheça os pormenores<br />

Sediada em Lanheses, no distrito de Viana do<br />

Castelo, a Minho Tyres tem como objectivo<br />

prestar um serviço, ao nível da oferta e do preço,<br />

que lhe permita ser, para os retalhistas, um<br />

parceiro de negócios alternativo aos fabricantes e simultaneamente<br />

ajude a aumentar as margens de comercialização<br />

<strong>dos</strong> seus clientes.<br />

A empresa apostou numa oferta<br />

diversificada em pneus Ligeiros, 4x4,<br />

Camioneta, Camião e Agricultura,<br />

trabalhando directamente com os<br />

principais fabricantes de pneus a nível<br />

mundial, tais como Michelin,<br />

Continental, Mabor, Goodyear,<br />

Dunlop, Bridgestone, Firestone e Pirelli, oferecendo<br />

não só marcas Premium, como ainda disponibiliza<br />

marcas Quality (Kleber, BFGoodrich e Firestone) e<br />

marcas Budget (Riken, Kormoran, Sava, Débica, Mabor,<br />

Ceat e outras).<br />

Sempre com o objcetivo de criar relações de parcerias<br />

duradouras com empresas do ramo <strong>dos</strong> pneus,<br />

através de várias formas, tais como formação técnica e<br />

comercial, atribuição de exclusividade de marcas e<br />

apoio técnico e comercial, a Minho Tyres deu agora<br />

um importante passo no estreitamento dessas relações,<br />

com o lançamento de um site de vendas online,<br />

que passa a estar disponível em www.minhotyres.com.<br />

Num mercado em que entregar rápido pode fazer a<br />

diferença, as vendas online acabam por funcionar<br />

como mais uma aposta na qualidade de serviço<br />

“A razão que levou a Minho Tyres a lançar as vendas<br />

online tem acima de tudo a haver com a maior e<br />

melhor resposta ao nosso cliente, com todo o nosso<br />

stock disponível e com o preço de compra. Dessa forma<br />

o cliente pode fazer encomendas ou consultar<br />

stocks 365 dias ao ano, 7 dias por semana e 24 horas<br />

por dia”, começa por afirmar Vitor Mota, Director<br />

Comercial da Minho Tyres.<br />

Estando já pensado há algum tempo, a fase final do<br />

projecto de vendas online demorou cerca de três meses.<br />

A maior dificuldade na concretização deste projecto<br />

teve a ver com a compatibilização de sistemas, segundo<br />

Vitor Mota, adiantando que “queríamos que os<br />

preços de venda e os stock fossem<br />

actualiza<strong>dos</strong> ao minuto”.<br />

Agora que o site de vendas online<br />

já está em funcionamento, os objectivos<br />

já estão traça<strong>dos</strong>, com a Minho<br />

Tyres a apostar acima de tudo na<br />

consolidação da relação comercial<br />

com os seus clientes, mas também “dar maior visibilidade<br />

à Minho Tyres tanto a nível nacional como internacional”,<br />

refere o mesmo responsável.<br />

No entender de Vitor Mota ainda é pequena a percentagem<br />

de casas de pneus que já estão preparadas para<br />

aderir às vendas online. Contudo, “apesar dessa percen-<br />

48<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

ACTUALIZADO AO MINUTO<br />

VITOR MOTA<br />

Director Comercial da Minho Tyres<br />

O stock da Minho Tyres está permanentemente<br />

actualizado nas vendas online?<br />

Actualizado ao minuto. Sempre que um cliente<br />

efectue uma encomenda o stock é imediatamente<br />

actualizado, tal como quando se dá entrada de<br />

mercadoria no nosso armazém.<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus para ligeiros, os restantes<br />

pneus (pesa<strong>dos</strong>, comerciais, etc) também estão<br />

disponíveis nas vendas online?<br />

Sim. Temos toda a nossa gama disponível no<br />

stock online.<br />

Juntamente com os pneus, os clientes poderão vir<br />

a adquirir outros produtos neste site de vendas<br />

online?<br />

Outros produtos não, porque a Minho Tyres dedica-se<br />

exclusivamente à venda de <strong>Pneus</strong>.<br />

Com sede e armazém em Lanheses a Minhotyres é um grossista “descentralizado” geograficamente<br />

mas com as vendas online estará mais próximo <strong>dos</strong> seus clientes<br />

Com o site de vendas online vão ser potenciadas<br />

outras áreas, como as promoções e campanhas?<br />

Sim, existem campanhas de preço exclusivas<br />

para as encomendas online. No futuro, existirá<br />

companhas sell-out para ajudar os nossos clientes<br />

a vender mais e melhor.<br />

tagem ainda ser pequena, considero que existe um potencial<br />

de crescimento muito rápido, porque as vendas<br />

online não são o “Futuro” mas sim o “Passado”.<br />

Desse modo, Vitor Mota considera que as vendas<br />

online poderão vir a representar (a curto / médio prazo)<br />

cerca de 50% das vendas totais que a Minho Tyres<br />

irá fazer. Mas existirão ainda outros ganhos com a<br />

abertura do site de vendas online, acima de tudo porque<br />

a visibilidade da Minho Tyres “passa a ser muito<br />

mais abrangente, e como consequência mais pedi<strong>dos</strong><br />

de aberturas de contas de novos clientes”, refere o mesmo<br />

responsável.<br />

Num mercado em que entregar rápido pode fazer a<br />

diferença, as vendas online acabam por funcionar<br />

como mais uma aposta na qualidade de serviço. “Claro<br />

que é uma aposta na qualidade de serviço. O objectivo<br />

primordial passa por melhorar a nossa qualidade<br />

de serviço, com uma efectiva melhoria na rapidez de<br />

resposta aos pedi<strong>dos</strong> como nas entregas”, reconhece<br />

sem receios Vitor Mota. <br />

MINHO TYRES<br />

Sede: Parque Empresarial de Lanheses,<br />

Pav.7E - 4925-424 Lanheses<br />

Director Comercial: Vitor Mota<br />

Telefone: 258735137<br />

Fax: 258 735 137<br />

E-mail: minhotyres@sapo.pt<br />

Internet: www.minhotyres.com<br />

As vendas online poderão vir a trazer uma maior<br />

operacionalização do negócio?<br />

Sim, a equipa comercial passará a fazer um trabalho<br />

com muito mais qualidade ao nível do acompanhamento<br />

da sua carteira de clientes com o objectivo<br />

de uma maior fidelização à Minho Tyres.<br />

Que passos um retalhista precisa dar para aceder<br />

ás vendas online da Minho Tyres?<br />

Acedendo ao site www.minhotyres.com e fazer o<br />

registo, se ainda não é nosso cliente ou efectuar o<br />

login, se é nosso cliente. Não sendo cliente e efectuar<br />

o registo, receberá no prazo máximo de 24<br />

horas os seus códigos de acesso.<br />

Quais as vantagens, face ao tradicional, de o cliente<br />

comprar via online?<br />

A grande vantagem para o nosso cliente é visualizar<br />

rapidamente o pneu que pretende com o nosso<br />

stock existente e o preço que vai pagar, podendo<br />

dar uma resposta muito mais rápida ao seu<br />

cliente.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 49


EMPRESA<br />

Pneugreen Pavimentos<br />

Nova vida do pneu<br />

A Pneugreen é uma empresa que se dedica à recolha e reciclagem de<br />

pneus em fim de vida. Para completar o ciclo nasceu a Pneugreen<br />

Pavimentos. O nome da empresa diz quase tudo<br />

Areportagem da REVISTA DOS PNEUS à<br />

Pneugreen, que foi publicado em 2010, mostrou<br />

que a esta empresa compete recolher to<strong>dos</strong><br />

os pneus na zona Oeste do país e dar-lhes<br />

um destino final adequado e ambientalmente seguro.<br />

O produto dessa recolha, qualquer coisa como 300<br />

toneladas de pneus por mês, são maioritariamente<br />

reencaminha<strong>dos</strong> para a Biogoma,<br />

uma empresa (não é a única) que faz<br />

<strong>dos</strong> pneus a sua matéria prima para<br />

criar um novo produto: o granulado<br />

de borracha.<br />

A novidade é que agora parte desse<br />

granulado de borracha regressa à<br />

Pneugreen, mais concretamente à Pneugreen Pavimentos,<br />

para aí ser novamente transformado em diversos<br />

novos produtos com diferentes utilizações que<br />

nada têm a ver com automóveis ou pneus.<br />

“Esta empresa nasce para dar seguimento ao granulado<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

No fundo é fechar o ciclo de vida do pneu”, começa<br />

por dizer Pedro Nascimento, responsável da Pneugreen<br />

Pavimentos.<br />

Se a utilização deste granulado em campos de futebol<br />

sintéticos já é uma realidade, a Pneugreen Pavimentos<br />

pretende ir mais longe, já que através de uma<br />

unidade industrial transforma esse sub-produto do<br />

A Pneugreen Pavimentos está num processo de<br />

certificação, embora o produto lá fabricado já<br />

cumpra todas as normas<br />

pneu em novo produto acabado para muitas outras<br />

utilizações.<br />

Uma das principais aplicações da transformação do<br />

granulado de borracha é num género de tapete de<br />

borracha para utilização, por exemplo, em parques infantis.<br />

Esse tapete, transformado em produto, tem o<br />

nome comercial de PaviTop, existindo agora uma<br />

gama de produtos com diferentes especificações para<br />

diferentes utilizações.<br />

“Nós pretendemos ir mais longe que esta simples<br />

aplicação do PaviTop em parques infantis. Pelo mesmo<br />

método queremos misturar o granulado de borracha<br />

com a borracha virgem, o que nos permite ter um<br />

produto com outras características<br />

que pode ser aplicado a novas situações,<br />

como lombas de estrada, áreas<br />

de trabalho, entre outras aplicações”,<br />

refere Pedro Nascimento,<br />

acrescentando que “a estratégia é<br />

claramente procurar continuamente<br />

novas aplicações e adaptar o produto a isso, como<br />

pavimentos específicos com diferentes níveis de qualidade,<br />

floreiras, batentes de estacionamento, e muito<br />

outros onde a imaginação nos levar”.<br />

Uma das principais intenções da Pneugreen Pavimentos<br />

é conseguir produzir novos produtos prove-<br />

50<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

PROCESSO PRODUTIVO<br />

Pedro Nascimento, da Pneugreen Pavimentos, desenvolveu este novo projecto<br />

que sucede à actividade da Pneugreen<br />

nientes da totalidade das 300 toneladas de pneus (que<br />

geram 180 toneladas de granulado de borracha), o<br />

mesmo é dizer que “todo o resíduo, neste caso pneus,<br />

é totalmente aproveitado e reintroduzido de novo no<br />

mercado através de novos produtos”, afirma Pedro<br />

Nascimento.<br />

Nasceu assim o “Projecto de Auto-suficiência Residual”,<br />

apresentado na Associação de Municípios do<br />

Oeste, que tem como objectivo um reaproveitamento<br />

total <strong>dos</strong> pneus no seu fim de vida na região onde<br />

opera a Pneugreen e a Pneugreen Pavimentos.<br />

“Estou convencido que em apenas um ano conseguiremos<br />

atingir essa meta”, refere Pedro Nascimento<br />

que deverá contar com diversas entidades públicas da<br />

região Oeste para o escoamento do produto final.<br />

A Pneugreen Pavimentos está num processo de certificação,<br />

embora o produto lá fabricado já cumpra<br />

todas as normas. “Para se fabricar para parques infantis<br />

existe uma norma que tem que ser cumprida para<br />

que este produto possa ser aplicado para esse fim”, refere<br />

Pedro Nascimento”.<br />

O PaviTop resulta assim num produto de qualidade,<br />

testado e certificado, em conformidade com a Uni<br />

EN 1177:2010.<br />

A gama de produtos comercializa<strong>dos</strong> inclui assim o<br />

produto standard, em diferentes espessuras, com diferentes<br />

referências em função da utilização.<br />

Em termos comerciais a Pneugreen espera também<br />

vir a apostar na exportação do seu produto, afirmando<br />

Pedro Nascimento que “temos preço para concorrer<br />

com o produto chinês, que normalmente não tem<br />

qualidade. O nosso produto é de alta qualidade e<br />

apresenta excelentes qualidades para resistir muitos<br />

anos sem se deteriorar”. <br />

A Pneugreen Pavimentos pode receber os dois<br />

tipos de granulado de borracha produzi<strong>dos</strong> em<br />

Portugal para os incorporar no seu processo produtivo.<br />

Nesta empresa existe uma pequena unidade industrial,<br />

onde foram investi<strong>dos</strong> mais de 500 mil<br />

euros, que faz o tratamento completo desta matéria-prima.<br />

Assim, o granulado de borracha é misturado<br />

com os corantes, que permitem que a peça possa<br />

ter cor, para depois ser feita a mistura com o ligante<br />

(polímeros) segundo determinadas percentagens,<br />

que darão a consistência deseja ao produto<br />

final.<br />

O processo final passa pelas prensas para essas<br />

“misturas” serem prensadas resultando daí o<br />

produto final.<br />

Depois do produto standard, a Pneugreen fez algumas<br />

evoluções a esse produto, que passam<br />

pela perfuração lateral <strong>dos</strong> mesmos sendo depois<br />

liga<strong>dos</strong> uns aos outros por pinos.<br />

Existe ainda bastante flexibilidade produtiva que<br />

permite à Pneugreen Pavimentos, produzir em<br />

função de algumas necessidades específicas <strong>dos</strong><br />

clientes.<br />

PNEUGREEN PAVIMENTOS<br />

Sede: Rua Empresarial, nº6, Gaeiras<br />

2510-752 Óbi<strong>dos</strong><br />

Gerente: Pedro Nascimento<br />

Telefone: 262 950 753<br />

Fax: 262 950 753<br />

E-mail: geral@pneugreen.com<br />

Internet: www.pneugreen.com<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 51


EMPRESA<br />

Garagem da Lapa<br />

Inovação + tradição<br />

Com mais de meio século de existência, a Garagem da Lapa é uma oficina que tem mantido<br />

os valores da tradição e recorrido aos mais avança<strong>dos</strong> conceitos da tecnologia, da formação<br />

e da gestão, sem perder a sua identidade de oficina multimarca independente<br />

Na base desta síntese bem conseguida, está uma<br />

equipa onde se conjugam a experiência e a<br />

competência, num saudável convívio de gerações<br />

que sabem dar valor à cooperação, como<br />

estratégia para alcançar objectivos e atingir metas cada<br />

vez mais elevadas.<br />

Lançada no mercado em 1955, a Garagem da Lapa<br />

cedo se assumiu como projecto multimarca, com uma<br />

oferta que incluía serviços de mecânica, estação de serviço,<br />

pneus e posto de abastecimento de combustíveis.<br />

Uma gestão bem equacionada e uma visão correcta<br />

do valor do serviço ao cliente permitiram a expansão<br />

da actividade, tirando partido de uma situação<br />

estratégica, numa das principais vias de acesso e de circulação<br />

no interior da cidade do Porto, a Praça da República.<br />

Das instalações originais da Rua da Regeneração,<br />

foi adquirido em 1980 um pavilhão industrial na<br />

própria Praça da República, a cerca de 400 metros do<br />

ponto de origem do negócio.<br />

Os herdeiros da empresa viram-se entretanto confronta<strong>dos</strong><br />

com a rápida evolução do pós-venda automóvel,<br />

tendo em boa hora negociado o contributo<br />

profissional de um gestor com formação superior na<br />

área da gestão de empresas. Pedro Pereira, cuja visão<br />

perspicaz permitiu redimensionar o negócio e definir<br />

as orientações estratégicas da empresa.<br />

Em 1997, as instalações da Praça da República foram<br />

transformadas num ponto de assistência de pneus<br />

First Stop, um conceito oficinal patrocinado pela Bridgestone,<br />

para além do apoio que a empresa já beneficiava<br />

da Firestone. Esta foi a segunda oficina do país a<br />

receber o novo conceito de retalho de pneus. Esse centro<br />

especializado chamou rapidamente a atenção de<br />

clientes importantes, como os gestores de frotas e as<br />

empresas de aluguer de viaturas, para além <strong>dos</strong> inúmeros<br />

particulares, que confiaram sempre na qualidade e<br />

segurança do serviço da Garagem da Lapa.<br />

Com a mudança de várias das empresas de rent-acar<br />

para junto do aeroporto Sá Carneiro, em Pedras<br />

Rubras, dentro da perspectiva de um melhor serviço<br />

ao cliente, a Garagem da Lapa inaugurou em 2009<br />

uma segunda oficina First Stop na mesma localidade e<br />

pelas mesmas razões: satisfação <strong>dos</strong> seus clientes. De<br />

facto, a oferta desta nova unidade de negócio parece<br />

ter sido formatada para os operadores de aluguer de<br />

viaturas, entre outros clientes, incluindo serviços de<br />

pneus, mecânica e revisões, estação de serviço e lavagem<br />

de estofos.<br />

O serviço ao cliente inclui também a recolha e entrega<br />

de veículos, bem como a disponibilização de veículos<br />

de substituição ou de cortesia.<br />

Paralelamente a esta evolução, a Garagem da Lapa<br />

desenvolveu ao longo <strong>dos</strong> anos mais recentes o seu serviço<br />

de reboque de veículos, dispondo actualmente de<br />

uma frota de 9 reboques e de um jipe de assistência na<br />

estrada e desempanagem.<br />

A estrutura organizacional da empresa é activada<br />

por uma dinâmica equipa de 35 elementos colaboradores,<br />

que asseguram uma facturação anual da ordem<br />

<strong>dos</strong> € 3 milhões.<br />

52<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Na base do sucesso da Garagem da Lapa, está uma equipa onde se conjugam a experiência e a<br />

competência, num saudável convívio de gerações que sabem dar valor à cooperação.<br />

Tecnologia, qualidade, eficiência<br />

Integrando desde a primeira hora a rede First Stop, a<br />

Garagem da Lapa tem beneficiado de todo o apoio de<br />

uma das marcas líderes no mercado, a Bridgestone.<br />

Esse apoio inclui formação, tecnologia de ponta, marketing,<br />

promoções e imagem. Na realidade, embora a<br />

Garagem da Lapa forneça pneus de todas as marcas,<br />

90% da sua facturação são pneus das<br />

marcas Bridgestone e Michelin.<br />

É este apoio e a longa tradição de<br />

serviço especializado da Garagem da<br />

Lapa no mercado que tem permitido<br />

à empresa enfrentar com sucesso<br />

as dificuldades presentes, onde avultam<br />

a crise económica e a forte concorrência <strong>dos</strong> novos<br />

conceitos da nova distribuição (serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />

auto centros, etc.).<br />

Relativamente à concorrência, Pedro Pereira afirmou-nos<br />

com serena confiança: "Aqui temos a vantagem<br />

de sermos os mais antigos e termos um investimento<br />

constante em imagem, que nos proporciona<br />

uma maior notoriedade. Há também outros conceitos<br />

que têm a desvantagem de não conseguirem criar laços<br />

de confiança com o consumidor final, uma das características<br />

que identifica to<strong>dos</strong> os agentes independentes<br />

da rede First Stop. Importante é pois criar mais-valias<br />

que fidelizem o cliente, para que ele nos continue<br />

Uma gestão bem equacionada e uma visão correcta do<br />

valor do serviço ao cliente, têm permitido a expansão<br />

da actividade da Garagem da Lapa<br />

a procurar, não porque somos os que vendemos mais<br />

barato e montamos qualquer tipo de pneu, mas sim<br />

como um especialista que proporciona segurança a to<strong>dos</strong><br />

os que confiam nos seus serviços".<br />

Para garantir essa confiança, os colaboradores da<br />

Garagem da Lapa recebem formação do departamento<br />

técnico da Bridgestone e do Cepra. Essa formação<br />

inclui o diagnóstico electrónico multimarca e a préinspecção<br />

de veículos, o que permite a esta oficina oferecer<br />

um serviço completo de realização de inspecções<br />

periódicas aos seus clientes.<br />

Valor acrescentado<br />

Os colaboradores das empresas<br />

clientes da Garagem da Lapa beneficiam,<br />

através de protocolos, de preços<br />

mais vantajosos de alguns produtos<br />

e serviços. Quanto aos consumidores<br />

finais, estes podem lucrar<br />

também com inúmeras campanhas,<br />

que são publicitadas no site da empresa e nas lojas, tanto<br />

para algumas medidas de diferentes marcas, como<br />

para alguns serviços que a oficina presta. De qualquer<br />

modo, to<strong>dos</strong> os clientes que montam pneus recebem<br />

um pequeno brinde.<br />

Os serviços mais procura<strong>dos</strong>, além da assistência a<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 53


EMPRESA<br />

Garagem da Lapa<br />

pneus, são as pequenas revisões, as baterias e as escovas<br />

limpa vidros. A lavagem de estofos, serviço que foi lançado<br />

recentemente na unidade da Maia (Pedras Rubras),<br />

está a conhecer um rápido sucesso.<br />

Os clientes da Garagem da Lapa, quer sejam empresas,<br />

quer sejam utilizadores particulares, caracterizamse<br />

por procurarem o melhor serviço, ao melhor preço.<br />

Confiam plenamente nos serviços e produtos da casa e<br />

apreciam a conveniência das instalações e <strong>dos</strong> serviços<br />

ao cliente que a empresa lhes proporciona, incluindo<br />

um atendimento personalizado e cordial ao longo <strong>dos</strong><br />

anos.<br />

Novas tecnologias<br />

Nenhuma empresa competitiva pode hoje em dia<br />

ignorar as novas tecnologias, seja para a comunicação<br />

e informação interna, seja para a comunicação com o<br />

mercado. A Internet e as redes sociais são o método<br />

mais eficiente e com menor investimento, no sentido<br />

de promover a visibilidade da marca e/ou da empresa<br />

e activar as ferramentas de marketing empresarial.<br />

Não será pois de estranhar que a Garagem da Lapa invista<br />

fortemente no PAI.pt, no facebook e no site corporativo<br />

da Internet. Todo esse esforço é complementado<br />

pelo que a rede First Stop desenvolve igualmente,<br />

através das novas tecnologias. Quanto à venda de<br />

pneus na Internet, Pedro Pereira e a Garagem da Lapa<br />

não descartam essa possibilidade, desde que os pneus<br />

sejam monta<strong>dos</strong> pela casa e sem entrar na distribuição<br />

de pneus ao mercado. O objectivo assumido da comunicação<br />

electrónica na empresa é gerar maior proximidade<br />

com os clientes e proporcionar-lhes uma forma<br />

conveniente de entrarem em contacto com a sua<br />

oferta de produtos/serviços, para além de obter maior<br />

visibilidade pública e uma imagem mais actual.<br />

GARAGEM DA LAPA<br />

Sede: Rua da Regeneração, n.º 68/ 74<br />

4000-410 Porto<br />

Director-Geral: Pedro Pereira<br />

Tel.: 222 001 111<br />

Fax: 223 320 351<br />

E-mail: pedro.pereira@garagemdalapa.com<br />

Internet: www.garagemdalapa.com<br />

Com a mudança de várias empresas de rent-a-car para junto do aeroporto Sá Carneiro, em Pedras<br />

Rubras, a Garagem da Lapa inaugurou em 2009 uma segunda oficina First Stop nesta localidade.<br />

Investimentos, mas…<br />

Pedro Pereira, gestor da Garagem da Lapa, tem uma<br />

visão realista das situações actuais do mercado, por isso<br />

aposta em objectivos modera<strong>dos</strong> para <strong>2011</strong>. O preço<br />

<strong>dos</strong> combustíveis e as dificuldades financeiras têm reduzido<br />

a circulação automóvel e a venda de veículos<br />

novos, o que a curto e médio prazo ditará a diminuição<br />

do volume de negócios. Para <strong>2011</strong>, essa realidade é encarada<br />

na Garagem da Lapa com naturalidade, embora<br />

os investimentos se mantenham. Na unidade da Maia,<br />

foram adquiri<strong>dos</strong> elevadores e um equipamento de alinhamento<br />

de direcções. A expansão do sector da frota<br />

de carros de reboque vai continuar, tendo em vista dar<br />

resposta às necessidades presentes e futuras do mercado.<br />

Além disso, uma renovação da sede da empresa<br />

também avançará a seu tempo, permitindo tornar<br />

mais funcionais e atractivas as instalações da oficina,<br />

cujas duas entradas oferecem um potencial de layout<br />

ainda não esgotado.<br />

As grandes reticências <strong>dos</strong> responsáveis da Garagem<br />

da Lapa são mesmo assim a concorrência "suicida",<br />

cuja estratégia desesperada de sobrevivência a leva a comercializar<br />

produtos sem margem e a prestar serviços<br />

de pouca ou nenhuma qualidade, para além da venda<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>, o que acaba por deteriorar o próprio<br />

mercado. Apesar de tudo, Pedro Pereira está convencido<br />

de que o mercado está e continuará a fazer a sua selecção,<br />

deixando só em operação os agentes que tenham<br />

a qualidade e a segurança exigida pelos clientes.<br />

Estratégia de sustentabilidade<br />

Para Pedro Pereira, o retalho de pneus terá sem dúvida<br />

todas as hipóteses de continuidade, mas, como nos<br />

adiantou: : "Continuaremos a ser os especialistas, desde<br />

que não paremos no tempo e façamos os investimentos<br />

necessários para tornar as nossas casas cada vez<br />

melhores, com recursos humanos e equipamentos superiores,<br />

embora sem os preços mais reduzi<strong>dos</strong>. Será o<br />

mercado a regular quem vai levar vantagem".<br />

Apesar do seu optimismo, Pedro Pereira lamentou<br />

que exista muitas vezes no pós-venda automóvel um<br />

défice de formação na área da gestão e alguma falta de<br />

preparação <strong>dos</strong> empresários. A área da gestão ditará<br />

quais serão as empresas mais competitivas e com<br />

maiores possibilidades de continuidade.<br />

A diversificação <strong>dos</strong> serviços será para o retalho <strong>dos</strong><br />

pneus uma forma de compensar a perda de facturação<br />

na sua especialidade. De um modo geral, Pedro Pereira<br />

prevê que todas as oficinas independentes ou em rede<br />

oferecerão no futuro serviços rápi<strong>dos</strong>, troca de baterias,<br />

escovas limpa vidros e lâmpadas, mas é necessário<br />

estar preparado para o fazer de forma competitiva.<br />

É também indispensável lutar pela defesa das margens,<br />

porque manter o negócio dentro da legalidade e<br />

conseguir a satisfação do cliente implica custos que<br />

precisam ser compensa<strong>dos</strong>.<br />

Para finalizar, o gestor da Garagem da Lapa aflorou<br />

a "fórmula do sucesso" no sector <strong>dos</strong> pneus, que consistirá<br />

em obter a combinação mais equilibrada possível<br />

entre produto, serviço, disponibilidade e preço. <br />

54<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Toptotal<br />

Qualidade faz a diferença<br />

Mesmo sendo uma pequena empresa, a Toptotal representa três <strong>dos</strong><br />

mais importantes construtores de jantes a nível mundial.<br />

Fomos conhecer um pouco do seu negócio<br />

Depois de muitos anos ligado à direcção comercial<br />

da Ronal em Portugal, Mário Seabra<br />

decidiu aproveitar todo o seu conhecimento<br />

do mercado das jantes e iniciar um novo projecto<br />

empresarial.<br />

Foi assim que em 2006 Mário Seabra fundou a<br />

Toptotal, uma pequena empresa que se especializou<br />

na comercialização de jantes onde a<br />

aposta foi claramente o topo de<br />

gama.<br />

“Não foi fácil ao início, nomeadamente<br />

com a chegada em força<br />

das réplicas de pouca qualidade e<br />

com preços mais baixos. Actualmente<br />

as pessoas já começam a acreditar nas vantagens<br />

de comprar uma jante de qualidade que embora<br />

mais cara oferece muitas outras garantias”, começa<br />

por afirmar Mário Seabra.<br />

Uma das marcas “bandeira” da Toptotal sempre foi<br />

a Ronal, empresa que é neste momento líder mundial<br />

na produção de jantes, que tem uma fortíssima presença<br />

no primeiro equipamento e onde os padrões de<br />

qualidade são os mais exigentes mesmo para os produtos<br />

vendi<strong>dos</strong> no aftermarket.<br />

Para além da Ronal, a Toptotal começou logo por<br />

trabalhar com a CMS, um marca de origem turca, actualmente<br />

controlada por alemães, que disponibiliza<br />

Um <strong>dos</strong> objectivos da Toptotal passa também pela<br />

abertura de um showroom, perto <strong>dos</strong> escritórios da<br />

empresa, onde se possa mostrar a gama de produtos.<br />

produtos certifica<strong>dos</strong> e homologa<strong>dos</strong> pela “insuspeita”<br />

TUV, e que abastece a origem no primeiro equipamento<br />

em marcas como a Audi, Citroen, Fiat, entre<br />

outras.<br />

Devido a diversas fusões entre construtores fabricantes<br />

de jantes, a Ronal adquiriu a Speedline. Como<br />

tal a Toptotal acabou por introduzir também esta<br />

marca de referência no seu portefólio.<br />

Para se ter uma ideia, a Speedline tem como principais<br />

clientes no primeiro equipamento marcas como<br />

a Ferrari, Lamborghini, Porsche e Aston Martin, sendo<br />

importante não esquecer que a competição automóvel<br />

ao mais alto nível sempre foi um <strong>dos</strong> seus laboratórios<br />

de excelência para desenvolver<br />

as suas jantes.<br />

A última aquisição da Ronal, foi a<br />

Valbrem. Mais uma fez, por inerência<br />

desse acordo, a Toptotal passou<br />

a disponibilizar também mais esta<br />

marca italana, tendo até recentemente<br />

lançado dois novos modelos de jantes.<br />

Por razões de mercado e como forma de satisfazer<br />

alguma procura, a Toptotal também disponibiliza algumas<br />

réplicas, mas Mário Seabra sempre vai alertando<br />

que se trata de jantes de menor qualidade.<br />

“Sempre que vendemos uma jante de Ronal, CMS<br />

56<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

INSPECÇÕES PERIÓDICAS<br />

VS JANTES<br />

Um carro que não tenha as jantes de origem e se<br />

apresente num Centro de Inspecções para realizar<br />

uma IPO, não terá qualquer problema com as<br />

jantes desde que as dimensões originais (incluindo<br />

o pneu) se mantenham.<br />

Seja uma jante de qualidade seja uma réplica,<br />

um Centro de Inspecção não tem qualquer intervenção<br />

nesse acessório automóvel.<br />

“O mais importante num carro é o que nos liga ao<br />

solo. Estamos a falar do pneu e da jante. Se uma<br />

jante se partir poderá haver um acidente grave e o<br />

que é certo é que ninguém liga a isso, nem o próprio<br />

automobilista”, alerta Mário Seabra, acrescentando<br />

que “numa IPO, qualquer carro que não<br />

levasse um certificado de qualidade da jante não<br />

poderia passar nessa inspecção”.<br />

Actualmente, existe uma base de da<strong>dos</strong> da TUV<br />

que comprova a qualidade de todo o tipo de jantes.<br />

Mesmo os sites das marcas têm essa informação.<br />

“O trabalho está feito pelas marcas era só uma<br />

questão de o aplicar nas IPO´s, o que resolveria o<br />

problema das jantes de má qualidade” afirma Mário<br />

Seabra.<br />

Refira-se que para se obter um certificado de<br />

uma jante, qualquer marca sujeita essas mesmas<br />

jantes a uma série de testes muito exigentes que<br />

compravam a sua qualidade e de que não vão existir<br />

problemas na sua utilização.<br />

Em qualquer país um<br />

carro, se tiver trocado de<br />

jantes, não passa nas<br />

inspeções se não tiver o<br />

certificado de qualidade<br />

das jantes<br />

Para além de dispor de um stock com cerca de 800 jantes, a Toptotal consegue ter prazos máximos de<br />

entrega de 72 horas utilizando os stocks das suas representadas<br />

ou Speedline ficamos totalmente descansa<strong>dos</strong> pois<br />

não só é difícil haver problemas, mas se houver a garantia<br />

funciona e existe uma resposta da marca para o<br />

sucedido”, garante Mário Seabra.<br />

Para se ter uma ideia da diferença de qualidade entre<br />

uma jante de marca e uma réplica, Mario Seabra<br />

explica que uma jante de marca de 18 polegadas tem<br />

que aguentar nos testes cerca de 600 a 700 Kg de pressão,<br />

enquanto uma réplica na mesma medida não<br />

consegue suportar mais de 150 a 200 Kg de pressão.<br />

“Não se percebe que existam clientes de veículos<br />

desportivos e topo de gama que pretendam montar<br />

réplicas nesses carros. Isso revela um grande desconhecimento<br />

sendo ainda um factor de insegurança”,<br />

afirma o responsável da empresa adiantando que “o<br />

problema das réplicas também se coloca do lado da<br />

legalidade.<br />

Em qualquer país um carro, se tiver trocado de jantes,<br />

não passa nas inspeções se não tiver o certificado<br />

de qualidade das jantes”.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 57


EMPRESA<br />

Toptotal<br />

TOPTOTAL<br />

Sede: Rua do Congresso, 1018 C3<br />

3780-124 Sangalhos<br />

Sócio-Gerente: Mário Seabra<br />

Telefone: 967 497 235<br />

Fax: 234 745 047<br />

E-mail: mario.seabra@toptotal.pt<br />

Internet: www.toptotal.pt<br />

A Toptotal já esteve presente em feiras para dar a conhecer a sua gama de marcas de jantes, sendo uma<br />

oportunidade para mostrar a qualidadade das jantes homologadas<br />

Negócio<br />

A Toptotal é uma empresa que está totalmente aberta<br />

ao mercado, podendo vender a casas de pneus, oficinas<br />

e a stands de automóveis, como ao cliente final<br />

ou às marcas de automóveis, embora existam tabelas<br />

de preços diferentes consoante o tipo de cliente.<br />

“Infelizmente nem todas as casas de pneus estão vocacionadas<br />

para vender jantes. O argumento muitas<br />

vezes é o preço”, revela Mário Seabra, acrescentando<br />

que “existe um grande desconhecimento de que já se<br />

podem comprar jantes de marca por um valor muito<br />

competitivo face às réplicas, com todas as vantagens<br />

que uma jante de marca tem”.<br />

A empresa também tem vindo a desenvolver algum<br />

trabalho com as marcas de automóveis, fornecendo<br />

jantes para séries especiais.<br />

Para além de dispor de um stock com cerca de 800<br />

jantes, a Toptotal consegue ter prazos máximos de entrega<br />

de 72 horas utilizando os stocks das suas representadas.<br />

“A disponibilidade de produto é actualmente<br />

muito importante. Como temos acesso ao stock das<br />

marcas que vendemos, podemos dar uma resposta<br />

muito rápida a qualquer solicitação e isso é muito importante<br />

neste negócio das jantes”, afirma Mário Seabra.<br />

Na opinião do responsável da Toptotal uma das<br />

mais valias da empresa face à concorrência tem a ver<br />

com a componente técnica. Actualmente existe uma<br />

enorme especificidade técnica ao nível das jantes (ET,<br />

Offset, furação, etc). “Considero que somos privilegia<strong>dos</strong><br />

neste aspecto, pois dispomos de informação técnica<br />

muito detalhada sobre jantes que se traduz numa<br />

efectiva diferenciação face à concorrência”, assegura<br />

Mário Seabra, assegurando que “pouco se liga a este<br />

tipo de informação no mercado, mas ela é muito importante<br />

para se conseguir desenvolver o negócio”.<br />

Um <strong>dos</strong> objectivos da Toptotal passa também pela<br />

abertura de um showroom, perto <strong>dos</strong> escritórios da<br />

empresa, onde se possa mostrar a gama de produtos.<br />

“Nós temos material com muita qualidade que as pessoas<br />

desconhecem. Essa poderá ser uma forma de<br />

mostrar aquilo que vendemos aos nossos clientes”, refere<br />

Mário Seabra.<br />

Quanto a vendas por internet, Mário Seabra adverte<br />

para o facto de ser muito importante ter um conhecimento<br />

exacto daquilo que se pretende quando o objectivo<br />

é comprar uma jante de qualidade. “Por ser um<br />

produto como é a jante de qualidade, onde existem<br />

muitas variáveis, é importante estar-se muito bem<br />

aconselhado quando se compra pela internet, caso<br />

contrário não compramos o que pretendemos”, afirma<br />

Mário Seabra.<br />

Em termos de mercado, mesmo não sabendo quantas<br />

jantes se vendem em Portugal, Mário Seabra assegura<br />

que “cerca de 90% das jantes vendidas são de<br />

marcas duvi<strong>dos</strong>as. Contudo, a tendência vai para um<br />

crescimento de vendas das marcas de qualidade, não<br />

só porque o preço destas jantes de qualidade está mais<br />

competitivo, mas também porque muito clientes e<br />

fornecedores já tiveram más experiências com as réplicas<br />

e produtos de menor qualidade”. <br />

58<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


CONFERÊNCIA<br />

DE REPINTURA AUTOMÓVEL<br />

Desafios<br />

e Oportunidades<br />

no sector da colisão<br />

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EMPRESA<br />

Vulcal<br />

Especialização total<br />

A Vulcal é uma empresa com quase três décadas de história, sendo actualmente um <strong>dos</strong><br />

mais importantes operadores nacionais ao nível <strong>dos</strong> pneus Off The Road (OTR)<br />

No tempo em que não havia auto-estrada do<br />

norte a melhor forma de ligar Lisboa ao Porto<br />

era utilizar a Estrada Nacional 1. Pombal era<br />

uma das referências desse antigo trajecto, hoje<br />

rebatizado de IC2, o que levou, fruto do muito trânsito<br />

que lá passava, a que esta jovem cidade se tivesse desenvolvido<br />

imenso tanto em termos industriais como<br />

comerciais.<br />

Em 1984 nascia a Vulcal, situada precisamente na<br />

entrada sul de Pombal, junto a essa via estratégica, localização<br />

que ainda hoje mantém. Os primeiros tempos<br />

foram dedica<strong>dos</strong> à comercialização de pneus para<br />

ligeiros e serviços anexos, mas rapidamente a empresa<br />

seguiu também outros caminhos, especializando-se na<br />

comercialização e reconstrução de pneus para camião,<br />

pneus industriais e pneus de engenharia civil (OTR)<br />

para minas, pedreiras e terraplanagens, detendo o<br />

maior stock europeu de pneus (novos/usa<strong>dos</strong>/reconstrui<strong>dos</strong>)<br />

desta categoria.<br />

Armindo Santos foi um <strong>dos</strong> fundadores da empresa,<br />

que ainda hoje dirige juntamente com outros negócios,<br />

mas é o seu filho Gonçalo Santos que, diz em<br />

tom de brincadeira, assume as funções de “bombeiro“.<br />

Aliás, para este jovem a Vulcal não tem segre<strong>dos</strong>, até<br />

porque como em qualquer negócio familiar, se habituou<br />

desde tenra idade a lidar com pneus e com a vida<br />

empresarial.<br />

Tendo instalações próprias onde o serviço de pneus<br />

a ligeiros e pesa<strong>dos</strong> é uma constante, existindo até algumas<br />

semelhanças, ao nível do produto e serviço, entre<br />

essas duas áreas no entender de Gonçalo Santos, o<br />

mesmo já não sucede ao nível <strong>dos</strong> pneus de engenharia<br />

onde é necessário uma imensa especialização e conhecimento.<br />

Considerando que existem poucos especialistas na<br />

assistência a pneus de engenharia, apesar de haver<br />

muitos dealer s, Gonçalo Santos refere que o facto de a<br />

Vulcal se ter especializado nesta área tem um pouco a<br />

ver com a abertura <strong>dos</strong> clientes para este tipo de produto<br />

que estão muito focaliza<strong>dos</strong> na eficiência do<br />

pneu e na redução de custos. “Quando aconselhamos<br />

o cliente mostramos-lhe as vantagens de optar por um<br />

determinado de pneu em detrimento de outro. E este<br />

tipo de cliente aceita a nossa sugestão, pois o que lhe<br />

propormos sempre é a melhor solução em função das<br />

condições de utilização a que o pneu vai ser sujeito“,<br />

refere Gonçalo Santos.<br />

Para a Vulcal se tornar uma empresa especialista nesta<br />

área de negócio, foi necessário não só o seu “knowhow“<br />

mas também um forte investimento ao nível <strong>dos</strong><br />

serviços, dispondo a empresa de meios ímpares para a<br />

realização <strong>dos</strong> mesmos.<br />

“Posso afirmar que 70% da Vulcal está preparada<br />

para toda e qualquer resposta em matéria de pneus de<br />

OTR, sejam serviços comerciais, técnicos, marketing<br />

ou operacionais“, refere Gonçalo Santos, adiantando<br />

que “temos uma grande vantagem face à concorrência<br />

porque somos nós que desenvolvemos equipamentos<br />

próprios para prestar os serviços que disponibilizamos<br />

aos clientes“.<br />

60<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

A sede da Vulcal situa-se ao lado da Estrada Nacional Nº1 em Pombal,<br />

onde dispõe de um posto de retalho de pneus<br />

Assim, a Vulcal fornece um serviço único a nível europeu,<br />

que passa por dar assistência a qualquer pneu<br />

no local em que a máquina está a trabalhar. Este serviço<br />

consiste na deslocação <strong>dos</strong> técnicos da empresa até<br />

estaleiros, pedreiras ou minas 24 horas/dia, 365<br />

dias/ano em viaturas pesadas, totalmente equipadas<br />

tendo como principal objectivo um atendimento rápido,<br />

permitindo economizar tempo.<br />

“Temos provas dadas que somos<br />

mais rápi<strong>dos</strong> a dar assistência em<br />

qualquer ponto do país, do que o<br />

cliente se dirigir com a sua máquina<br />

(por vezes de grande porte ou com o<br />

pneu) a um retalhista local“, refere o<br />

responsável da Vulcal, adiantando que “somos 100%<br />

autónomos no serviço que disponibilizamos. Em média,<br />

tirando o tempo da deslocação, o cliente fica com<br />

o problema resolvido em cerca de hora e meia“.<br />

Acontece também, que caso não exista possibilidade<br />

de fazer o serviço no local, a Vulcal disponibiliza<br />

um serviço de pneu de substituição, com custos controla<strong>dos</strong>,<br />

mas que permite ao cliente não ter essa máquina<br />

parada (o que teria muitos mais custos).<br />

Neste momento a Vulcal dispõe de 12 camiões oficina,<br />

transforma<strong>dos</strong> especificamente para dar assistência<br />

no terreno, numa decisão estratégica da própria<br />

empresa, que decidiu seguir esse caminho em vez de<br />

Para além do Know-how, do produto<br />

e do serviço técnico, outra importante mais-valia da<br />

Vulcal é o stock<br />

abrir outros postos de assistência fixos.<br />

Não menos importante que o serviço técnico é o<br />

serviço de aconselhamento, através de visitas regulares<br />

que os técnicos da empresa fazem aos clientes, por forma<br />

a aconselhar o operador da máquina (e os responsáveis<br />

da empresa) para normas de utilização que permitem<br />

potenciar e rentabilizar a utilização <strong>dos</strong> pneus.<br />

Não é em vão que “estamos sempre atentos à evolução<br />

tecnológica das máquinas, bem como a outros detalhes,<br />

que nos permitem dar ao cliente o melhor<br />

aconselhamento possível”, revela Gonçalo Santos.<br />

Para além da actividade de assistência, a Vulcal tem<br />

ainda a componente comercial. A empresa vende<br />

todo o tipo de pneus de engenharia,<br />

numa gama muito vasta, onde se incluem<br />

os pneus de marca, mas também<br />

produtos de segunda linha.<br />

“O que não queremos é ter produtos<br />

que coloquem em risco a nossa<br />

credibilidade e imagem, nem que<br />

a qualidade do nosso serviço seja colocada em causa<br />

por causa disso“, refere Gonçalo Santos, que adianta<br />

que a Vulcal é a empresa que mais pneus de engenharia<br />

comercializa em Portugal das três grandes marcas<br />

que representa (Michelin, Goodyear e Bridgestone).<br />

A estratégia em termos de produto passa por dispor<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 61


EMPRESA<br />

Vulcal<br />

A Vulcal vende todo o tipo de pneus de<br />

engenharia, numa gama muito vasta, onde se<br />

incluem os pneus de marca, mas também<br />

produtos de segunda linha<br />

VULCAL<br />

Sede: Estrada de Leiria – Ap.3<br />

3101-901 Pombal<br />

Dep. <strong>Pneus</strong> Engenharia: Gonçalo Santos<br />

Telefone: 236218720<br />

Fax: 236 216 795<br />

E-mail: geral@vulcal.pt<br />

Internet: www.vulcal.pt<br />

A Vulcal fornece um serviço único a nível europeu, que passa<br />

por dar assistência a qualquer pneu no local em que a máquina está a trabalhar<br />

de uma segunda linha de pneus novos, que consegue<br />

competir e ser mais rentável em termos de utilização<br />

que os pneus recauchuta<strong>dos</strong>, e que apresentam muitas<br />

outras vantagens para os clientes.<br />

“Em determina<strong>dos</strong> tipos de utilização os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

podem ser uma solução. Porém, em 80%<br />

<strong>dos</strong> casos os pneus de engenharia<br />

são severamente utiliza<strong>dos</strong> e muitas<br />

vezes ficam deteriora<strong>dos</strong> e com uma<br />

carcaça que não tem condições para<br />

ser recauchutada“, revela o responsável<br />

da Vulcal, que aposta também na<br />

comercialização de pneus semi-novos,<br />

provenientes do ciclo comercial da empresa.<br />

Para além do Know-how do produto e do serviço<br />

técnico, outra importante mais-valia da Vulcal é o<br />

stock. A estratégia da empresa passa exactamente por<br />

um avultado investimento em stock, numa aposta clara<br />

na disponibilização do produto na hora, mesmo em<br />

merca<strong>dos</strong> internacionais fora da Europa. “Temos em<br />

stock pneus de engenharia que nem se quer existem<br />

máquinas em Portugal para os usar“, revela Gonçalo<br />

Santos, adiantando que “o cliente já sabe que aqui<br />

existe sempre disponibilidade de produto”.<br />

Enaltecendo a sua especialização, a Vulcal não possui<br />

só o maior stock europeu de pneus de engenharia,<br />

“Temos uma grande vantagem face à concorrência<br />

porque somos nós que desenvolvemos equipamentos<br />

próprios para prestar os serviços”<br />

mas exerce também nas suas instalações um serviço de<br />

vulcanização eficiente, tendo a empresa feito diversos<br />

investimentos em equipamentos, alguns desenvolvi<strong>dos</strong><br />

especificamente para a sua actividade, que permitem<br />

à Vulcal fechar o ciclo da actividade no que diz<br />

respeito a este tipo de produto.<br />

Apesar das dificuldades que a economia atravessa,<br />

Gonçalo Santos aposta sempre numa lógica de parcerias<br />

com os seus clientes. “Na Vulcal quando vamos a<br />

um cliente não é apenas para o conquistar. Queremos<br />

criar com ele uma relação que nos permita rentabilizar<br />

a nossa actividade e ser duradoura. Não fazemos negócio<br />

pelo negócio. Gostamos de demonstrar sempre o<br />

que ganham connosco e a mais-valia<br />

que têm em fazer negócio com a<br />

Vulcal”, admite este responsável da<br />

Vulcal.<br />

Apesar desta imensa especialização<br />

em pneus de engenharia, a Vulcal<br />

possui ainda muitos outros serviços.<br />

Dispõe de um posto de assistência de pneus a veículos<br />

ligeiros e pesa<strong>dos</strong>, efectuando ainda outros<br />

serviços complementares quer para ligeiros (serviços<br />

rápi<strong>dos</strong>) quer para pesa<strong>dos</strong> (tacógrafos). “É uma actividade<br />

importante dentro da Vulcal, que segue a mesma<br />

política de toda a nossa actividade, isto é, servir o cliente”,<br />

revela Gonçalo Santos <br />

62<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Iberacero<br />

Acompanhar o sucesso<br />

Sendo o mais antigo distribuidor de BKT em Portugal, a Iberacero tem acompanhado o<br />

crescimento desta marca Indiana de pneus ao longo <strong>dos</strong> anos, que é hoje uma referência no<br />

mercado em termos de pneus industriais e agrícolas<br />

AIberacero está presente em Portugal há quase<br />

duas décadas. Dentro da sua estrutura desenvolvem-se<br />

quatro unidades de negócio, sendo<br />

que uma delas é a <strong>dos</strong> pneus, que foi desenvolvida<br />

há 12 anos. Actualmente esta unidade de negócios<br />

é uma das principais dentro da Iberacero.<br />

No início a aposta foi nos pneus de empilhador,<br />

para passa<strong>dos</strong> alguns anos a empresa<br />

começar a trabalhar a marca BKT,<br />

nas gamas de pneus de empilhador,<br />

fazendo-o através de um trading que<br />

representava esta marca em Portugal.<br />

A partir dessa altura a Iberacero seguiu<br />

o trilho da BKT, passando a trabalhar<br />

de forma directa com este construtor, passando<br />

assim a disponibilizar em Portugal to<strong>dos</strong> os novos<br />

produtos que a BKT foi introduzindo no mercado ao<br />

longo <strong>dos</strong> últimos anos.<br />

Focalizando a sua actividade nos pneus industriais<br />

e agrícolas (incluindo os pneus maciços), para além da<br />

BKT a Iberacero dispõe ainda de uma outra marca, a<br />

Traxsta, especializada em pneus maciços e que há cerca<br />

de um ano e meio começou a produzir pneus industriais<br />

e mais recentemente pneus agrícolas convencionais.<br />

“O nosso crescimento está diretamente relacionado<br />

com o crescimento das nossas representadas. Por<br />

A estratégia da Iberacero está centrada nos<br />

pneus industriais e agrícolas o que vem na linha<br />

da actividade histórica da empresa<br />

exemplo, a BKT está a tornar-se um colosso mundial<br />

na produção deste tipo de pneus e tem revelado uma<br />

enorme dinâmica com o constante alargamento da<br />

sua gama de produtos”, afirma Aldo Machado, Director<br />

Financeiro da Iberacero, adiantando que “é uma<br />

marca que em pneus industriais fabrica desde as 8 às<br />

52 polegadas, enquanto no sector agrícola disponibiliza<br />

todo o tipo de pneus”.<br />

Obviamente que a estratégia da Iberacero segue o<br />

perfil de máquinas e tractores que existem num país<br />

como Portugal, por isso “concentramo-nos em alguns<br />

nichos de mercado com a marca BKT, o que tem<br />

dado excelente resulta<strong>dos</strong>, pois permite uma elevada<br />

rotatividade <strong>dos</strong> pneus que temos em<br />

stock”.<br />

O foco da Iberacero centra-se na<br />

área industrial e construção (através<br />

<strong>dos</strong> pneus para mini-escavadoras,<br />

rectro-escavadoras e empilhadores),<br />

mas com a entrada de um segundo<br />

comercial (este para a zona Sul) o sector do pneus<br />

agrícolas começou a ganhar uma relevância dentro da<br />

Iberacero.<br />

Existindo um outro distribuidor BKT em Portugal,<br />

com muitos clientes comuns, Aldo Machado diz que<br />

“essa relação é pacífica e existe um enorme respeito<br />

64<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Neste momento a Iberacero tem uma<br />

estrutura com dois comerciais, um na zona<br />

Norte outro na zona Sul, qualquer deles a<br />

trabalhar numa lógica “grossista”<br />

IBERACERO<br />

Sede: Zona Industrial Maia I - Sector I<br />

Lote 45 - 4475-132 Gemunde - Maia<br />

Director Financeiro: Aldo Machado<br />

Telefone: 229 479 020<br />

Fax: 229 479 029<br />

E-mail: geral@iberacero.com<br />

Internet: www.iberacero.com<br />

pelo trabalho que esse operador tem feito com a BKT,<br />

pois tem dinamizado muito a imagem desta marca.<br />

Contudo, é a Iberacero que trabalha a BKT há mais<br />

anos em portugal”.<br />

Para a Iberacero a concorrência existe de facto, mas<br />

“temos que estar atentos a todo o mercado e às empresas<br />

que vendem outras marcas. O produto BKT<br />

tem subido muito de qualidade, mas temos que manter<br />

o nível de preços para podermos ser competitivos”<br />

diz o mesmo responsável.<br />

Nunca tendo entrado no negócio <strong>dos</strong> pneus de volume<br />

(ligeiros, vans, etc), a estratégia da Iberacero nos<br />

pneus industriais e agrícolas está relacionada com a<br />

actividade da empresa. “Sempre estivemos direcciona<strong>dos</strong><br />

para áreas industriais, onde temos muito<br />

Know-how numa série de equipamentos industriais.<br />

O pneu era na altura um complemento de negócio<br />

com pouca expressão mas hoje absorve mais de metade<br />

<strong>dos</strong> recursos quer financeiros quer humanos da<br />

Ibareco”, assegura Aldo Machado.<br />

Meios da Iberacero<br />

Neste momento a Iberacero tem uma estrutura<br />

com dois comerciais, um na zona Norte outro na<br />

zona Sul, qualquer deles a trabalhar numa lógica de<br />

distribuição grossista, existindo ainda mais duas pessoas<br />

a trabalhar internamente e um responsável pela<br />

área de armazém.<br />

A distribuição logística <strong>dos</strong> pneus representa<strong>dos</strong><br />

pela Iberacero é feita em outsourcing por um operador<br />

logístico, que por norma entrega em menos de 24<br />

horas em todo o país.<br />

Comercializando um tipo de pneu com maior exigência<br />

técnica, a Iberacero recorre à própria BKT que<br />

“nos dá um apoio muito importante quer no plano<br />

técnico quer dando as melhores soluções para o nosso<br />

cliente” afirma Aldo Machado.<br />

Tendo em conta o mercado em que opera, a Iberacero<br />

não tem intenção de alargar o portefólio de marcas,<br />

mas o que faz sentido, segundo o mesmo responsável<br />

da empresa “é optimizar a nossa relação com os<br />

nossos fornecedores e ajudar na medida do possível<br />

no desenvolvimento da gama”.<br />

Reconhecendo que a disponibilidade de stock é<br />

fundamental neste mercado, para a Iberacero o preço<br />

e as condições de pagamento hoje também influenciam<br />

muito os negócios neste sector.<br />

“Temos consciência que em alguns nichos de mercado<br />

conseguimos satisfazer as necessidades do mercado<br />

rapidamente, mas sabemos que noutro tipo de<br />

produto não somos tão competitivos nesse aspecto”,<br />

refere com frontalidade Aldo Machado, admitindo<br />

contudo que “as mentalidades também estão a mudar<br />

pois começa-se a dar importância a uma boa venda,<br />

que seja de facto cobrada. A implicação do crédito na<br />

venda é importante mas a disponibilidade, considero<br />

que é de facto o mais importante neste momento”.<br />

Objectivos<br />

Com vendas para todo o país, incluindo as ilhas, a<br />

Iberacero trabalha com cerca de 150 clientes activos,<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 65


EMPRESA<br />

Iberacero<br />

A sede e armazém da Iberacero estão<br />

localizadas na Zona Industrial da Maia<br />

Tendo em conta o<br />

mercado em que opera, a<br />

Iberacero não tem<br />

intenção de alargar o<br />

portefólio de marcas<br />

mas “por via do trabalho desenvolvido pelo comercial<br />

a Sul do país temos como objectivo alargar a nossa<br />

base de clientes, assim como aumentar o número<br />

de unidades vendidas em termo de produto”, revela<br />

Aldo Machado.<br />

Para além destes objectivos existem ainda outros<br />

que irão potenciar mais alguns investimentos na actividade<br />

da empresa.<br />

Assim, uma das apostas passa pela publicitação da<br />

imagem Iberacero que para Aldo Machado “é também<br />

muito importante para a empresa e é algo em<br />

que queremos trabalhar fortemente. Para já queremos<br />

alargar o conhecimento da Iberacero e das marcas que<br />

representamos nos clientes”<br />

Numa segunda fase a empresa vai apostar no comércio<br />

online. Considera Aldo Machado que seria<br />

um passo em falso se a empresa tivesse apostado no<br />

“online” sem que a imagem da Iberacero fosse primeiro<br />

conhecida no mercado.<br />

“Sabemos que estamos um pouco atrasa<strong>dos</strong> no online,<br />

mas existe primeiro trabalho a fazer, pois de nada<br />

vale um site de vendas online sem as pessoas nos conhecerem”,<br />

refere o responsável da Iberacero.<br />

Outro investimento que a empresa deverá fazer a<br />

curto / médio prazo, por via do objectivo de aumentar<br />

o número de vendas, é o alargamento do armazém<br />

de 1.000 para 1.400 m 2 .<br />

Dificuldades<br />

No entender do responsável da Iberacero, existem<br />

neste momentos algumas dificuldades no mercado.<br />

Uma das principais é inerente a todas as empresas, de<br />

arranjar produto, pois as fábricas, por via do crescimento<br />

<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> emergentes e do aumento das<br />

matérias primas, não disponibilizam as quantidades<br />

desejadas.<br />

Outra dificuldade encontra-se no “crédito, já que o<br />

recurso cada vez mais difícil ao crédito torna tudo<br />

mais complicado para as empresas, sendo necessário<br />

seleccionar depois os bons clientes”, refere Aldo Machado<br />

“é cada vez mais necessário ter cuidado com as<br />

cobranças, temos que pensar e agir proactivamente e<br />

não reactivamente”.<br />

Numa perspectiva mais optimista face ao futuro do<br />

mercado, o mesmo responsável diz que “o cliente<br />

para este tipo de pneus procura o produto mais económico,<br />

mas considero que poderá vir a existir uma<br />

inflexão por via do cumprimento das normas ambientais<br />

e de uma certa pressão alfandegária.<br />

Vai ser cada vez mais difícil importar pneus que<br />

não cumpram as normas, e a partir desse momento<br />

acabam os clientes por ter de adquirir um produto<br />

que até acaba por lhe sair mais barato por ter mais<br />

qualidade”.<br />

Para finalizar, Aldo Machado analisa numa perspectiva<br />

macro que algumas marcas poderão entrar no<br />

mercado europeu, que irá haver maior concentração<br />

empresarial pelo que será necessário “optimizar recursos<br />

e maximizar lucros, sem esquecer o rigor nas vendas”.<br />

<br />

66<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


CONFERÊNCIA<br />

DE GESTÃO DE FROTAS<br />

Que Desafios<br />

para as frotas<br />

empresariais?<br />

Feira Internacional de Lisboa<br />

Centro de Reuniões da FIL - Parque das Nações<br />

Auditório 1 | 11 de Novembro <strong>2011</strong><br />

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RETALHO<br />

Neopneus<br />

Clínica automóvel<br />

Com uma localização estratégica há 12 anos no centro de Almada, a Neopneus foi<br />

“obrigada” a mudar de localização, embora pouco se tenha alterado na sua actividade<br />

Sendo um centro de retalho de pneus desde a<br />

sua fundação, a Neopneus sempre assumiu<br />

uma postura no mercado de oferecer serviços<br />

que fossem um pouco além dessa actividade.<br />

“Pela experiência que tinha e pelo conhecimento de<br />

outros merca<strong>dos</strong>, sempre assumi para a Neopneus um<br />

conceito de auto centro, apostando também na mecânica<br />

rápida”, refere Carlos Costa, gerente da empresa,<br />

na qual 50% da facturação é proveniente <strong>dos</strong> pneus e<br />

o restante vem <strong>dos</strong> serviços auto.<br />

Para este responsável da Neopneus “o pneu é o parente<br />

pobre do automóvel. Quem se dedica só aos<br />

pneus pode estar condenado, pois as margens são pequenas<br />

e o cliente troca de casa de pneus por um<br />

euro”.<br />

Por esta, e por outras razões, a Neopneus assumiu<br />

um novo conceito, que é o do “atendimento global”<br />

numa lógica de “clínica do automóvel” onde o cliente<br />

poderá aceder a quase todo o tipo de serviços automóvel.<br />

NEOPNEUS<br />

Sede: Rua D. Sancho I, nº24<br />

2805-017 Almada<br />

Gerente: Carlos Costa<br />

Telefone: 212 748 516<br />

Fax: 212 721 874<br />

E-mail: neopneus@sapo.pt<br />

Internet: www.neopneus.com<br />

Juntamente com a mecânica e com os pneus, a<br />

Neopneus tem (também em parceria) o serviço de troca<br />

de vidros, levar o carro à inspecção, serviço de<br />

pronto socorro, entre outros, onde se destaca o serviço<br />

VIP (preparação e ida ao IPO com entrega e recolha<br />

da viatura no domicílio).<br />

“Temos que porporcionar ao cliente aquilo que ele<br />

procura, forncendo serviços abrangentes”, refere o resonponsável<br />

da Neopneus, Carlos Costa.<br />

A empresa tem vindo a desinvestir na revenda de<br />

pneus, algo que ainda mantém para clientes muito fideliza<strong>dos</strong>,<br />

mas o que a Neopneus não deixou foi de<br />

trabalhar com todas as marcas de pneus, através <strong>dos</strong><br />

importadores nacionais e fabricantes, mas também recorrendo<br />

a grandes distribuidores e mesmo à compra<br />

no estrangeiro.<br />

Em ponderação está a entrada da Neopneus para<br />

uma rede, mesmo reconhecendo Carlos Costa que<br />

não existem vantagens do lado da compra, embora<br />

existam oportunidades por explorar que estão a ser<br />

equacionadas.<br />

A Neopneus possui com estas instalações 700 m 2<br />

de área, mais dois armazéns que servem de apoio à<br />

loja é a revenda, Carlos Costa diz que actualmente as<br />

pessoas que trabalham na Neopneus “funcionam<br />

mais como conselheiros técnicos de segurança e não<br />

tanto como vendedores de pneus. É desta forma que<br />

queremos estar no mercado”. <br />

68<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


RETALHO<br />

Scorpion <strong>Pneus</strong><br />

Sempre a evoluir<br />

Localizada no interior do país, a Scorpion <strong>Pneus</strong> é o resultado da visão do seu<br />

proprietário sobre o que deve ser o negócio de retalho associado aos pneus, atendendo<br />

à sua experiência neste sector<br />

Marco Martins está no negócio <strong>dos</strong> pneus<br />

desde 1981. Conheceu o sector industrial e<br />

fez a sua carreira em multinacionais, mas<br />

faltava o “bichinho comercial”. Assim, em<br />

Outubro de 2005 decide dar início à Scorpion <strong>Pneus</strong>,<br />

na Zona Industrial de Nelas, bem no interior no país,<br />

numa altura em que se começou a falar em crise económica.<br />

“Tinha ideias precisas sobre este negócio que queria<br />

implementar, quer ao nível de qualidade do serviço<br />

quer no atendimento ao cliente”, revela Marco Martins,<br />

adiantando que essas ideias hoje estão muito mais<br />

consolidadas pelo que “nesta região esta é a casa que<br />

tem mais actividade, seja em pneus agrícolas, industriais,<br />

pesa<strong>dos</strong> ou ligeiros”.<br />

Atingir este patamar foi o fruto do conhecimento e<br />

experiência do proprietário da empresa, mas o que<br />

mais contou “foi a sinceridade, mas também o posicionamento<br />

ideal em termos de qualidade para aquilo<br />

que esta região exige”.<br />

É por isso, que com orgulho, este brasileiro, diz que<br />

a sua casa tem crescido embora nem sempre a rentabilidade<br />

seja a desejada. É aqui que entra a concorrência,<br />

com Marco Martins a argumentar que tem que se<br />

separar a concorrência da deslealdade, nomeadamente<br />

a que vem da nova distribuição, afirmando que<br />

“quem trabalha com seriedade não tem medo da concorrência”.<br />

SCORPION PNEUS<br />

Sede: Zona Industrial de Nelas<br />

3520-095 Nelas<br />

Gerente: Marco Morais<br />

Telefone: 232 942 200<br />

Fax: 232 942 200<br />

E-mail: scorpion.pneus@megamail.pt<br />

Internet: www.scorpionpneus.com<br />

Sendo um retalhista de pneus, a Scorpion <strong>Pneus</strong><br />

tem vindo lentamente a evoluir para outro tipo de serviços,<br />

onde o conceito é fazer tudo o que esteja próximo<br />

do pneu.<br />

“O cliente já nos pede mais coisas para além do<br />

pneu, por isso quando não é a mecânica ligeira, recorremos<br />

a parcerias para fazer esses serviços” afirma<br />

Marco Martins.<br />

Regressar às redes organizadas não é para já a motivação<br />

de Marco Martins, depois de a Scorpion <strong>Pneus</strong><br />

já ter pertencido a uma. Considera este responsável<br />

que falta formação no sector e que existe muito trabalho<br />

a fazer neste campo, sendo uma área em que Marco<br />

Martins (e a Scorpion <strong>Pneus</strong>) está muito à vontade<br />

depois <strong>dos</strong> anos que leva no sector.<br />

Com três pessoas a tempo inteiro, a Scorpion<br />

<strong>Pneus</strong> ocupa uma área coberta de 270 m 2 num espaço<br />

com 1.000 m 2 , considerando Marco Martins que hoje<br />

todo o tipo de contactos com fornecedores é feito via<br />

online. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 69


RETALHO<br />

Recauchutagem Via Rápida<br />

Máximo profissionalismo<br />

É uma das empresas do retalho de pneus na zona de Viseu mais conhecida,<br />

acima de tudo pela sua história e tradição. A Recauchutagem Via Rápida foi primeiro uma<br />

recauchutadora mas desde 89 que apenas se dedica ao retalho<br />

RECAUCHUTAGEM VIA RÁPIDA<br />

Sede: Travassós de Baixo – Rio de Loba<br />

3500 Rio de Loba - Viseu<br />

Gerente: Luís Correia<br />

Telefone: 232 448 377<br />

Fax: n.d.<br />

E-mail: rec.vr@iol.pt<br />

Internet: n.d.<br />

Foi uma das primeiras casas de pneus que existiram<br />

em Viseu, mas até 1988 funcionou apenas<br />

como recauchutagem, como aliás o seu próprio<br />

nome indica. Em 1989 Luís Correia, filho do<br />

proprietário, começou a dedicar-se ao negócio do retalho<br />

de pneus e foi a partir de então que a Recauchutagem<br />

Via Rápida seguiu novos rumos.<br />

A empresa fez o seu percurso visando sempre uma<br />

melhoria <strong>dos</strong> seus serviços, tendo sido pioneira em algumas<br />

práticas no sector na sua região, sendo ainda<br />

uma empresa que historicamente sempre esteve associado<br />

à Goodyear. Ocupando as mesmas instalações<br />

há já várias décadas, sempre com evoluções pequenas,<br />

Luís Correia reconhece que “deveríamos apostar numa<br />

melhor imagem das nossas instalações, mas a conjuntura<br />

não está favorável a isso”.<br />

Se as ideias que tinha para o retalho eram bastante<br />

válidas na década de 90, actualmente o responsável da<br />

empresa diz que com a abertura <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> tudo<br />

mudou. “A mudança foi benéfica pois os preços ficaram<br />

mais ajusta<strong>dos</strong>, mas nós retalhistas é que não soubemos<br />

aproveitar essas oportunidades”, diz Luís Correia<br />

que considera que “o mercado de retalho devia ser<br />

profissionalizado. Não existe noção da responsabilidade<br />

que temos e muitos não estão prepara<strong>dos</strong> para aconselhar<br />

o cliente como deve ser”.<br />

No caso da Recauchutagem Via Rápida assume-me<br />

o profissionalismo pois sempre “apostamos em trabalhar<br />

o melhor possível, dentro daquilo que nos propomos<br />

fazer. Sabemos que o cliente não valoriza muito<br />

isso e que por vezes apenas quer o preço. Ainda por<br />

cima muitos oferecem também os serviços o que é um<br />

autêntico suicídio para o retalho. Nós não fazemos<br />

isso” assume Luís Correia.<br />

Com ideias muito próprias sobre o negócio <strong>dos</strong><br />

pneus, Luís Correia diz que o retalho como ele existe<br />

actualmente tem tendência a desaparecer, até por via<br />

do aparecimento de novos conceitos onde os serviços<br />

auto são globais.<br />

Sobre o mercado, o responsável desta empresa garante<br />

“que existe muita procura de pneus usa<strong>dos</strong>, há<br />

falta de liquidez e a conjuntura económica do país<br />

também não deixa ninguém animado e com vontade<br />

de investir ou gastar dinheiro”.<br />

Para além do serviço de ligeiros, com duas baias de<br />

trabalho, a empresa possui também a área de pesa<strong>dos</strong> e<br />

ainda um armazém de produto onde se encontra o<br />

stock. <br />

70<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


PRODUTO<br />

Gaither Bead Bazooka<br />

Pequena mas trabalhadora<br />

A Gaither Tool é pioneira na introdução da primeira botija portátil automática e a Gaither Europa<br />

lançou agora o que considera ser a próxima geração de modernas botijas para assentamento de<br />

talão - a Gaither Bead Bazooka<br />

AAltaroda já tem disponível um novo equipamento<br />

da Gaither. Trata-se da Bead Bazooka<br />

uma moderna botija para assentamento de talão,<br />

que tem novo modelo e a considerável<br />

vantagem de ser mais leve e mais compacta.<br />

A Bead Bazooka pesa apenas 5,5 kg - menos de metade<br />

<strong>dos</strong> 12,5 kg que a botija Gaither GB5A. Também<br />

é 60 % menor.<br />

A Gaither acredita que essas dimensões reduzidas<br />

são apenas uma das vantagens que a Bead Bazooka<br />

oferece, mas também vê os clientes a serem atraí<strong>dos</strong><br />

pelo preço competitivo do mais poderoso e pequeno<br />

sistema automático de libertação rápida de ar, comparado<br />

com qualquer dispositivo de assentamento de talão<br />

do mercado.<br />

O director de vendas da Gaither Europa, Ralph<br />

Dubbeldam afirma que a cada cinco anos um revolucionário<br />

e extraordinário produto, é introduzido pela<br />

Gaither no mercado, destacando-se pela verdadeira<br />

diferença e inovação, acreditando firmemente que a<br />

A Bead Bazooka pesa apenas<br />

5,5 kg e é 60 % menor que a<br />

Gaither GB5A<br />

ALTARODA<br />

SOLUÇÕES AUTO UNIP., LDA<br />

Sede: Rua Central do Bairro<br />

Pavilhão 77 - Apart 144<br />

4584-909 Paredes<br />

Director geral: Vitor Rocha<br />

Telefone: 255 783 600<br />

Fax: 255784161<br />

E-mail: vitor@altaroda.pt<br />

Internet: www.altaroda.pt<br />

nova Bead Bazooka representa o mais recente e genuíno<br />

avanço que certamente vai mudar a direcção<br />

da indústria no futuro.<br />

Este equipamento oferece os níveis de desempenho<br />

idênticos à botija GB5A, mas é muito menor e<br />

mais leve, além de o tanque ser menor o que assegura<br />

a fácil manipulação em ambientes oficinais e camião<br />

de assistência, garantindo dessa forma menos pressão<br />

sobre os técnicos.<br />

É importante notar também que, a Bead Bazooka<br />

fornece até 40 % mais potência quando comparada<br />

com uma botija manual padrão. Outros benefícios<br />

adicionais incluem um dispositivo de disparo de botão<br />

tipo gatilho que permite ao utilizador manter as<br />

duas mãos na botija, oferecendo assim maior controlo<br />

e maior segurança do operador em comparação<br />

com uma botija manual, um novo bico de cano duplo<br />

que direcciona o ar para uma melhor acção de elevação<br />

do talão, e um sistema de grampo prático para<br />

uma arrumação rápida e fácil. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 71


OPINIÃO<br />

Por: Luis Martins, Iberia Country Manager – Gripen Wheels<br />

luis.martins@gripenwheels.com<br />

Acho que já vai sendo tempo de chegarmos a<br />

um número consensual.<br />

É básico!<br />

Ninguém duvidará que, o primeiro passo a<br />

dar para que uma empresa possa avaliar as oportunidades<br />

que o MERCADO lhe poderá oferecer, será, com<br />

toda a certeza, a tentativa de estimar a dimensão do<br />

mesmo. A palavra MERCADO é utilizada por to<strong>dos</strong><br />

nós, Gestores de Marketing ou outros Gestores, em<br />

dois senti<strong>dos</strong> distintos, que, todavia se complementam:<br />

em sentido restrito, corresponde a um conjunto<br />

de da<strong>dos</strong> quantitativos sobre a importância, a estrutura<br />

e a evolução das vendas de um produto; em sentido<br />

lato chama-se MERCADO ao conjunto de “públicos”<br />

susceptíveis de exercer influência no volume de consumo<br />

de um determinado produto.<br />

Por forma a estimular um determinado MERCA-<br />

DO, para que cresça de forma sustentada, é absolutamente<br />

básico, primário e imperioso, que se conheça a<br />

dimensão do mesmo. Só assim, será possível medir e<br />

avaliar a eficácia das acções que levamos a cabo, individualmente<br />

ou em grupo, para que o mesmo evolua de<br />

forma a satisfazer os nossos objectivos empresariais.<br />

E, é aqui que a “porca torce o rabo”.<br />

Quando discutimos a dimensão do MERCADO<br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> em Portugal, chegamos a um pântano sem<br />

igual. O problema são as QUOTAS DE MERCADO,<br />

digo eu. E, claro, a gestão política das mesmas. Política…<br />

sim, porque a gestão das empresas <strong>dos</strong> dias de<br />

hoje, baseia-se e muito na gestão do rácio QUOTAS<br />

DE MERCADO Vs. RESULTADOS ANTES DE<br />

IMPOSTOS (ou resulta<strong>dos</strong> antes de outras ópticas<br />

contabilísticas próprias das grandes multinacionais). E<br />

aqui… entra a Política. Sim, até aqui meus amigos.<br />

Perante este cenário, acho piada quando vejo tantos<br />

Mas afinal, quantos pneus<br />

se vendem em Portugal?<br />

interessa<strong>dos</strong> (e empenha<strong>dos</strong>) em discutir a dimensão<br />

do MERCADO <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, sendo que não demonstram<br />

nenhum interesse (que eu veja) em discutir,<br />

de forma séria e rigorosa, a dimensão TOTAL DO<br />

MERCADO <strong>dos</strong> pneus em PORTUGAL, ou seja,<br />

QUANTOS PNEUS COMPRA O MERCADO<br />

PORTUGUÊS. Claro que, nesse dia, teríamos que rever,<br />

bem revistas, as quotas de mercado que… dizemos<br />

que temos. Não sei se convenci<strong>dos</strong> que as temos…<br />

Acho que, de quotas de mercado calculadas com<br />

base no famoso Europool/ERMC, estamos rigorosamente<br />

conversa<strong>dos</strong>. Ou melhor, estamos no “reino da<br />

fantasia”. Fantasia inconsciente. Sim, inconsciente. É<br />

que, quanto mais subestimarmos o volume do nosso<br />

MERCADO, mais perderemos Centros de Decisão,<br />

influência no formular das estratégias mais benéficas<br />

para o nosso MERCADO, mais contribuiremos para a<br />

redução <strong>dos</strong> empregos gera<strong>dos</strong> pelo nosso MERCA-<br />

DO, com o consequente emagrecimento das estruturas<br />

nacionais em detrimento de outros Países (MER-<br />

CADOS) que se sabem valorizar e promover.<br />

Quero acreditar que podemos fazer mais e melhor.<br />

Assim, abro a discussão aos possíveis interessa<strong>dos</strong>, lançando<br />

desde já os “meus números” e, começando por<br />

analisar o peso <strong>dos</strong> volumes do Europool/ERMC no<br />

que julgo ser o TOTAL DO MERCADO PORTU-<br />

GUÊS.<br />

Proponho que avaliemos a evolução <strong>dos</strong> dois últimos<br />

anos, começando por 2009:<br />

Categoria<br />

de Produto<br />

2009<br />

Europool<br />

2009<br />

Mercado<br />

%<br />

Europool<br />

Fora do<br />

Europool<br />

Turismo 2.296.981 3.690.000 62,25% 1.393.019<br />

Van 264.685 503.000 52,62% 238.315<br />

SUV/4x4 109.011 195.000 55,90% 85.989<br />

Pesa<strong>dos</strong> 201.491 264.000 76,32% 62.509<br />

Fontes: ERMC/Europool, Estu<strong>dos</strong> de Mercado Independentes<br />

e Valorpneu (pneus usa<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong>).<br />

A leitura do quadro é simples e os números falam<br />

por si. A título de exemplo, se nos detivermos nos<br />

<strong>Pneus</strong> de Turismo, constatamos que os números Europool<br />

reportam um MERCADO de 2.296.981 unidades<br />

vendidas, sendo que o MERCADO REAL terá<br />

rondado as 3.690.000 unidades.<br />

Significa isto que o Europool “ignorou” 1.393.019<br />

<strong>Pneus</strong> de Turismo, ou seja, cerca de 38% do MERCA-<br />

DO.<br />

Ignorou cerca de 48% do MERCADO <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

Van, 45% do MERCADO <strong>dos</strong> pneus SUV/4x4 e cerca<br />

de 24% do MERCADO <strong>dos</strong> pneus Pesa<strong>dos</strong> . De referir<br />

que os Operadores Independentes dedicam-se<br />

muito mais ao comércio <strong>dos</strong> pneus de Turismo, Van e<br />

SUV/4x4.<br />

Falamos pois, de um MERCADO total de cerca de<br />

4.652.000 pneus.<br />

Sem contar com as restantes categorias de produto<br />

(Agrícolas, Empilhador, Industriais, Engenharia Civil,<br />

Moto, etc.).<br />

72<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


OPINIÃO<br />

Passando a 2010:<br />

Categoria<br />

de Produto<br />

2010<br />

Europool<br />

2010<br />

Mercado<br />

%<br />

Europool<br />

Fora do<br />

Europool<br />

Turismo 2.155.153 3.910.000 55,12% 1.754.847<br />

Van 247.145 524.000 47,17% 276.855<br />

SUV/4x4 109.669 227.000 48,31% 117.331<br />

Pesa<strong>dos</strong> 212.679 285.000 74,62% 72.321<br />

Fontes: ERMC/Europool, Estu<strong>dos</strong> de Mercado Independentes<br />

e Valorpneu (pneus usa<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong>).<br />

A situação agrava-se para o lado do Europool.<br />

O Europool não considerou 1.754.847 <strong>Pneus</strong> de<br />

Turismo, ou seja, cerca de 45% do MERCADO. Ignorou<br />

cerca de 53% do MERCADO <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Van,<br />

52% do MERCADO <strong>dos</strong> pneus SUV/4x4 e cerca de<br />

26% do MERCADO <strong>dos</strong> pneus Pesa<strong>dos</strong> (os Operadores<br />

Independentes continuaram muito mais foca<strong>dos</strong><br />

no comércio <strong>dos</strong> pneus de Turismo, Van e SUV/4x4).<br />

Falamos pois, de um MERCADO total de cerca de<br />

4.946.000 pneus. Estaremos praticamente nos<br />

5.000.000 de pneus. Sem contar com as restantes categorias<br />

de produto (Agrícolas, Empilhador, Industriais,<br />

Engenharia Civil, Moto, etc.), que se fossem contabilizadas<br />

nos elevariam para um MERCADO TOTAL de<br />

cerca de 6.530.000 de pneus! SEIS MILHÕES, QUI-<br />

NHENTOS E TRINTA MIL PNEUS!!<br />

Podemos ainda ir um pouco mais além na nossa<br />

análise. De 2009 para 2010, enquanto o MERCADO<br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> de Turismo, baseado no Europool, caiu 6<br />

pontos percentuais, o MERCADO REAL subiu 6<br />

pontos percentuais. O MERCADO <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Van,<br />

baseado no Europool, caiu 7 pontos percentuais, o<br />

MERCADO REAL cresceu 4 pontos percentuais. O<br />

MERCADO <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> SUV/4x4, baseado no Europool,<br />

cresceu 1 ponto percentual, o MERCADO<br />

REAL cresceu 16 pontos percentuais. Por sua vez, o<br />

MERCADO <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, baseado no Europool,<br />

cresceu 6 pontos percentuais, o MERCADO<br />

REAL cresceu 8 pontos percentuais.<br />

Resumindo, o Europool deprime-nos, torna-nos<br />

mais frágeis e insignificantes. Ignora no total a módica<br />

quantia de 2.221.354 pneus, cerca de 45% do TOTAL<br />

DO MERCADO Português, sem contar com as restantes<br />

categorias de produto (Agrícolas, Empilhador,<br />

Industriais, Engenharia Civil, Moto, etc.).<br />

Apelo a to<strong>dos</strong> os que queiram dar o seu contributo<br />

na elaboração de números rigorosos, que possam contribuir<br />

para a Gestão Rigorosa <strong>dos</strong> nossos negócios,<br />

que nos juntemos, no sentido de podermos discutir a<br />

forma de termos em Portugal números fidedignos da<br />

evolução do MERCADO. Os nossos Clientes/Agentes<br />

agradecerão. Também é importante para eles conhecerem<br />

as suas Quotas de Mercado nos respectivos<br />

Distritos.<br />

Acho que está mais que na hora, levando em linha<br />

de conta os tempos mais exigentes que se avizinham,<br />

de elevarmos o nível do discurso de to<strong>dos</strong> os que tentamos<br />

fazer do MERCADO PORTUGUÊS DOS<br />

PNEUS, um MERCADO respeitado e valorizado<br />

pela qualidade de to<strong>dos</strong> os profissionais que nele operam.<br />

Só assim seremos respeita<strong>dos</strong> enquanto tal. Cá<br />

dentro e lá fora.<br />

Boas férias para to<strong>dos</strong> e…<br />

MELHOR REGRESSO! <br />

PUB<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 73


DESTAQUE<br />

MANUAL DE GESTÃO PARA OFICINAS DE PNEUS<br />

MANUAL DE GESTÃO OFICINAL<br />

OFICINA DE PNEUS<br />

II CAPÍTULO - Pessoal, processos, clientes e modelo de negócio<br />

Factores críticos de gestão<br />

A motivação gera-se quando há objectivos para atingir e existem os meios para os alcançar, a<br />

partir de um certo empenho e de certo contributo pessoal e da equipa. Esse contributo é pedido<br />

pela liderança, depois de explicar a convergência de meios à altura de alcançar o sucesso<br />

Isto parece demasiado simples, mas realmente<br />

funciona, porque é o que vemos, por exemplo, de<br />

forma sistemática, nos chama<strong>dos</strong> desportos colectivos.<br />

Aliás, só há desportos colectivos, porque<br />

os desportos ditos individuais também requerem uma<br />

equipa por trás (treinador, colegas de treino, preparador<br />

físico, médico, etc.).<br />

No entanto, o espírito de equipa, que faz com que<br />

cada um <strong>dos</strong> elementos dessa equipa acredite que juntos<br />

podem alcançar os objectivos, cimentando a coesão<br />

e desvanecendo os individualismos, requer boa<br />

formação, em to<strong>dos</strong> os senti<strong>dos</strong> do termo. Formação<br />

para a competência profissional, mas também formação<br />

interior, para o indivíduo não trair os colegas, nem<br />

se trair a si próprio, nos momentos decisivos. Essa formação<br />

interior resulta da confiança em si próprio e na<br />

confiança nos outros, baseada em diálogo permanente,<br />

atitudes transparentes e vontade de não desiludir,<br />

nem de desiludir-se.<br />

Para que este conjunto de bases se possa verificar, a<br />

liderança tem que ser firme e idónea, não se compadecendo<br />

com favoritismos, arbitrariedades e outras atitudes<br />

que possam sabotar o espírito de equipa. As regras<br />

do jogo têm que ser justas e válidas para to<strong>dos</strong>. Isto<br />

pode requerer compensações pelo esforço pessoal,<br />

sem esquecer que esse esforço seria inglório, sem o<br />

apoio da estrutura e da equipa.<br />

Selecção e recrutamento<br />

Um conjunto de amigos ou familiares não faz necessariamente<br />

uma boa equipa. Entre eles, podem<br />

existir antecedentes que impeçam uma recíproca confiança<br />

total e cada um por si também pode não reunir<br />

as condições ideais, nem o perfil requerido. Em princípio,<br />

não deve ser a própria empresa a seleccionar e a recrutar<br />

o empregado, muitas vezes com base em "palpites".<br />

Existem empresas especializadas na selecção e recrutamento<br />

de pessoal, que realizam exames simples e<br />

inócuos, como a análise de caligrafia, observação comportamental<br />

e entrevistas programadas. Essa triagem<br />

impede que sejam contratadas pessoas com vícios de<br />

personalidade e características pouco adaptadas às funções<br />

a desempenhar. Isso é fundamental, porque uma<br />

empresa e um negócio não são brincadeiras, exigindo<br />

investimentos, responsabilidades e compromissos.<br />

Além disso, as empresas de selecção e recrutamento<br />

de pessoal muitas vezes asseguram a formação <strong>dos</strong><br />

candidatos, destinada a preencher lacunas de conhecimentos<br />

ou falhas de procedimentos específicos. Essa<br />

formação é muitas vezes essencial para facilitar a integração<br />

do candidato ao emprego na empresa e na<br />

equipa em que vai participar, permitindo um desempenho<br />

mais pleno das potencialidades reveladas.<br />

Por outro lado, os contratos de trabalho realiza<strong>dos</strong><br />

através de empresas especializadas de selecção e recrutamento<br />

de pessoal implicam um período de estágio e<br />

acompanhamento, que garantem o pleno retorno do<br />

investimento. No caso da integração do candidato<br />

não resultar 100%, essas empresas comprometem-se a<br />

arranjar outro candidato, o que livra a empresa contra-<br />

74<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


DESTAQUE<br />

obra e factura/recibo. Os novos clientes exigem que<br />

seja aberta uma ficha nova, função que cabe ao recepcionista,<br />

ao gestor da oficina ou do chefe da oficina,<br />

dependendo da organização e estrutura da empresa,<br />

do estatuto do cliente e da forma como foi introduzido<br />

na empresa.<br />

No caso de desconheci<strong>dos</strong>, é necessário fazer uma<br />

triagem e classificação desses potenciais clientes, porque<br />

há pessoas que pretendem apenas informações,<br />

mas podem vir a tornar-se clientes, se houver um trabalho<br />

comercial de acompanhamento. Cabe ao recepcionista<br />

recolher to<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> e contactos pertinentes<br />

sobre a pessoa e o(s) seu(s) veículo(s), que ficam regista<strong>dos</strong><br />

no programa,<br />

através de uma pasta<br />

de novos contactos ou<br />

de prospecção.<br />

A partir da Recepção,<br />

a obra é atribuída<br />

a um técnico disponível,<br />

ou à vez, dependendo<br />

do movimento<br />

da oficina e do seu critério de prioridades de atendimento.<br />

Com o carro colocado no posto de trabalho,<br />

começa a contagem do tempo de reparação, que o técnico<br />

regista no terminal do programa ao seu alcance<br />

(PC portátil, ecrã táctil colocado na parede, etc.).<br />

O Desempenho do técnico fica assim dependente<br />

do tempo previsto pelo programa. Se ao terminar a<br />

obra o tempo exceder o tempo previsto, há perda de<br />

rentabilidade e o gestor tem que averiguar as causas<br />

reais desse facto. O programa informático também<br />

deve ter to<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> técnicos referentes ao veículo<br />

(binários de aperto, pressões, medidas de origem, etc.).<br />

Na entrega do carro pronto, é conferida a ficha de<br />

Há um certo nível de investimento<br />

sem o qual não se conseguem<br />

reunir as condições básicas de<br />

competitividade<br />

lor igual à da factura. Mesmo que a oficina não cobre<br />

juros, revela organização e serviço apresentar esses juros<br />

devidamente calcula<strong>dos</strong>, como forma de gratificação<br />

ou bónus ao cliente.<br />

Os cheques devem ser considera<strong>dos</strong> uma forma de<br />

crédito, porque só entram na conta dois dias depois e<br />

podem mesmo ser devolvi<strong>dos</strong> (preenchimento incorrecto,<br />

cheques caduca<strong>dos</strong>, falsos ou desvia<strong>dos</strong>, etc.).<br />

Portanto, em caso de devolução do cheque, vencem<br />

juros a partir da data da factura. Os cartões de crédito<br />

devem ser considera<strong>dos</strong> como um cartão de débito,<br />

porque a oficina recebe a importância cash na hora<br />

(através da conta bancária), como se fosse numerário.<br />

É importante a oficina dispor de um terminal de multibanco<br />

móvel (muito comum), para não obrigar o<br />

cliente a deslocar-se ao balcão ou ao escritório, para<br />

efectuar o pagamento. No caso da oficina ir entregar o<br />

carro ao cliente, esse terminal móvel é também um valor<br />

acrescentado, para o cliente e para a oficina.<br />

Gestão de clientes<br />

Ultrapassada a fase<br />

em que as oficinas ficavam<br />

à espera que os<br />

clientes resolvessem<br />

aparecer, a oficina<br />

tem que possuir um<br />

sistema organizado de<br />

gestão de clientes.<br />

Esse sistema deve constar de três elementos principais;<br />

Base de Da<strong>dos</strong> de Clientes Efectivos, Base de Da<strong>dos</strong><br />

de Clientes Eventuais e Base de Da<strong>dos</strong> para Prospecção.<br />

No primeiro caso, além de uma base de da<strong>dos</strong><br />

completa de clientes que efectuam a manutenção <strong>dos</strong><br />

seus carros regularmente na oficina, bem como <strong>dos</strong><br />

seus veículos, é indispensável utilizar um programa<br />

que permita fazer o acompanhamento em termos do<br />

histórico de cada cliente. Através desse programa, conseguimos<br />

saber qual foi a última visita de cada cliente e<br />

as operações efectuadas na altura, necessidades de manutenção<br />

do veículo, quilometragem média anual,<br />

etc..<br />

tante de uma série de contratempos e preocupações<br />

desnecessárias.<br />

Méto<strong>dos</strong> e processos<br />

Depois de organizada uma equipa com potencial de<br />

sucesso, esta não pode ser abandonada a si própria,<br />

sendo necessário estabelecer méto<strong>dos</strong><br />

de organização e de trabalho,<br />

que previnam todas as ineficiências<br />

que resultam de uma actividade desorganizada.<br />

Boa parte da organização<br />

reside nos processos, que se tornam<br />

mais simples com programas<br />

informáticos actualiza<strong>dos</strong>.<br />

To<strong>dos</strong> os processos são cria<strong>dos</strong> na Recepção da oficina,<br />

quer se trate de um cliente com marcação, de um<br />

cliente habitual sem marcação, de um novo cliente ou<br />

quer seja um simples desconhecido. No caso de clientes<br />

já com ficha no programa, basta abrir o respectivo<br />

ficheiro electrónico e pedir um orçamento, folha de<br />

Depois de organizada uma equipa, esta não pode ser<br />

abandonada a si própria, sendo necessário estabelecer<br />

méto<strong>dos</strong> de organização e de trabalho<br />

recepção e verificada a conformidade do veículo, bem<br />

como da reparação. No caso de montagem de pneus<br />

novos, é importante conferir as características do produto<br />

com os da<strong>dos</strong> da factura folha de obra e assinar o<br />

documento. No caso do cliente ter crédito, é-lhe atribuído<br />

o respectivo montante de crédito, com data va-<br />

Utilizando as funções automáticas do programa,<br />

conseguimos enviar automaticamente SMS/E-mail de<br />

aviso ao cliente, nas datas previstas para a manutenção,<br />

nas datas de inspecções técnicas, no aniversário e<br />

nos chama<strong>dos</strong> dias festivos do ano.<br />

Dependendo <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> disponíveis na base de informações<br />

<strong>dos</strong> clientes eventuais,<br />

também é possível efectuar uma gestão<br />

numa base mais promocional<br />

(campanhas de produtos, preços e<br />

serviços) assim como de informação<br />

geral (alertas de segurança, avisos de<br />

riscos de manutenção, etc.). Tal<br />

como no primeiro caso, a ideia é manter a proximidade<br />

com o cliente e demonstrar que a oficina pode proporcionar<br />

valor acrescentado para o cliente, independentemente<br />

do seu grau de fidelidade.<br />

Na base de da<strong>dos</strong> destinada à prospecção, estão reunidas<br />

todas as informações sobre potenciais clientes,<br />

anteriores contactos e ex-clientes (porque mudaram de<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 75


DESTAQUE<br />

MANUAL DE GESTÃO PARA OFICINAS DE PNEUS<br />

emprego ou domicílio, trocaram o carro e outras razões).<br />

Neste caso, tem que haver uma selecção de prioridades.<br />

Se o potencial é realmente elevado e a probabilidade<br />

de conquistar o cliente é real, o contacto deve<br />

ser pessoal ou telefónico. Nos casos em que o grau de<br />

incerteza é maior, as mensagens informativas e publicitárias<br />

devem seguir por mailing electrónico ou por<br />

SMS para o telemóvel do cliente.<br />

Modelo de negócio<br />

A expressão modelo de negócio quer dizer que os<br />

negócios não são nem devem provavelmente ser to<strong>dos</strong><br />

iguais e que cada empresário e cada empresa deve<br />

adaptar as características do negócio e o seu modo de<br />

funcionamento ao segmento de mercado, nicho ou região<br />

em que se situa.<br />

No caso específico do sector <strong>dos</strong> pneus, o retalhista<br />

pode optar por várias soluções, mas os parâmetros de<br />

escolha são idênticos para todas as oficinas, podendo<br />

resumir-se à oferta de produtos e serviços, dimensão e<br />

número de instalações afectas à actividade, conceito<br />

independente ou conceito padronizado e vinculação a<br />

marcas ou não.<br />

Cada opção tem aspectos favoráveis e outros menos<br />

vantajosos, sendo necessário efectuar sempre uma correcta<br />

avaliação do retorno ao investimento, nomeadamente<br />

<strong>dos</strong> custos fixos resultantes de compromissos<br />

legais (força laboral, aluguer de instalações, serviços<br />

obrigatórios, etc.). Há um certo nível de investimento<br />

sem o qual não se conseguem reunir as condições básicas<br />

de competitividade, mas a partir daí é necessário<br />

estudar cuida<strong>dos</strong>amente a vantagem competitiva de<br />

cada novo investimento.<br />

A primeira clivagem em termos de modelo de negócio<br />

é entre o especialista e o generalista, seja em termos<br />

de produtos, seja em termos de serviços. Há casos de<br />

sucesso em ambos os tipos de negócio, pelo que é necessário<br />

analisar com um certo cuidado os factores<br />

desse sucesso. A clientela pode ser a causa da opção,<br />

mas também pode ser consequência, ou ambas as coisas<br />

ao mesmo tempo. Se um retalhista se especializar<br />

em pneus pesa<strong>dos</strong>, isso pode significar que tem contratos<br />

com transportadores, mas esse<br />

tipo de cliente geralmente exige que<br />

o fornecedor tenha uma rede nacional,<br />

ibérica ou mesmo europeia de<br />

assistência. Um conceito independente<br />

teria mais dificuldade em vingar<br />

nesse nicho. Algo parecido se<br />

passa com as empresas gestoras de frotas e as locadoras,<br />

que operam geralmente no espaço nacional e mesmo<br />

internacional. Esse tipo de clientes requerem geralmente<br />

mais serviços do que produtos, montando habitualmente<br />

pneus de origem ou dentro do mesmo<br />

segmento. Os acessórios, como jantes, faróis, assentos<br />

Boa parte da organização reside nos processos, que se<br />

tornam mais simples com programas informáticos<br />

actualiza<strong>dos</strong><br />

e outros extras têm geralmente muito pouco interesse<br />

para essas empresas, mas os serviços de manutenção<br />

(revisões, serviços rápi<strong>dos</strong>, limpezas, etc.) são geralmente<br />

exigi<strong>dos</strong>.<br />

Os generalistas dependem de uma forma geral de<br />

uma clientela constituída por condutores particulares<br />

ou pequenas empresas, devendo ter uma oferta de produto<br />

mais diversificada, assim como serviços mais relaciona<strong>dos</strong><br />

com o produto (reparações de pneus, alinhamentos,<br />

equilibragem, etc.). Neste nicho, os acessórios<br />

já podem representar uma fatia importante da facturação,<br />

incluindo sistemas áudio, de navegação, telemóveis<br />

e outros.<br />

Por outro lado, o histórico da empresa e o seu percurso<br />

no mercado também podem ser decisivos para<br />

estabelecer o modelo de negócio, implicando por vezes<br />

clientelas de várias gerações e relacionamentos<br />

muito sedimenta<strong>dos</strong> com certos fornecedores.<br />

De qualquer forma, como já foi referido no capítulo<br />

anterior, os novos negócios tendem a optar pela diversificação<br />

de produtos e serviços, inserindo-se<br />

numa estratégia global de<br />

apoio à mobilidade do cliente. Além<br />

disso, do mesmo modo que o negócio<br />

de pneus aparece em qualquer<br />

outro tipo de oficina, (concessionário,<br />

independente, serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />

auto centros, etc.), o retalhista de pneus tem que estar<br />

preparado para integrar outras especialidades (mecânica<br />

geral, mecânica rápida, electricidade, electrónica,<br />

carroçaria/pintura, etc.), como forma de responder à<br />

concorrência e garantir uma quota de mercado suficiente<br />

e rentável. <br />

76<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


PRODUTO<br />

Haweka ProScan<br />

Altura do piso<br />

já não deixa dúvidas<br />

Um novo equipamento da Haweka mede a altura do piso <strong>dos</strong><br />

pneus numa questão de segun<strong>dos</strong> e apresenta os resulta<strong>dos</strong><br />

num relatório bastante detalhado<br />

GONÇALTEAM<br />

Sede: R. Qta. das Rosas, 19 - Casal do Marco<br />

2840-131 Aldeia de Paio Pires<br />

Gestor de produto: Ricardo Sousa<br />

Telefone: 212251578<br />

Fax: 212251397<br />

E-mail: hawekaportugal@goncalteam.pt<br />

Internet: www. goncalteam.pt<br />

Opneu está em condições de rolar ou não? E<br />

quanto é que falta para ser substituído? Discussões<br />

como esta e outras semelhantes que<br />

costumam acontecer entre os instaladores de<br />

pneus e os clientes têm tendência a desaparecer.<br />

Um novo equipamento da Haweka,o ProScan, comercializado<br />

pela Gonçalteam, lê o estado do rasto<br />

<strong>dos</strong> pneus e apresenta um relatório sobre o que é preciso<br />

fazer para que esses pneus andem em conformidade<br />

com a lei, que indica que o piso nunca deve ser<br />

inferior a 1,6 milímetros. O documento feito a partir<br />

da leitura destas medidas é isento e baseado em da<strong>dos</strong><br />

li<strong>dos</strong> a laser, não deixando qualquer margem para dúvidas.<br />

Os pneus do carro estão em condições para rolar.<br />

Mas nos parâmetros deste equipamento, não bastam<br />

os tais 1,6 mm de altura de piso.<br />

A máquina faz um diagnóstico da profundidade<br />

do piso para pneus de ligeiros e pesa<strong>dos</strong>. O funcionamento<br />

é simples. Primeiro, escolhe-se a marca e o modelo<br />

<strong>dos</strong> pneus em questão no painel de controlo.<br />

Depois, encosta-se a base da máquina no piso do<br />

pneu e ela faz um scan a laser que lê o estado do piso<br />

em cinco pontos. Estes da<strong>dos</strong> são depois transmiti<strong>dos</strong><br />

para um relatório que dá não apenas a altura do piso,<br />

como o desequilíbrio entre os quatro pneus. O relatório<br />

apresenta os da<strong>dos</strong> nos três pontos principais: centro<br />

e nos dois ombros.<br />

Mas o programa informático que vem com este<br />

equipamento dá depois para tirar outras conclusões.<br />

Uma delas é a indicação de quando deve ser feita a<br />

substituição <strong>dos</strong> pneus e de quais, mas distingue ainda<br />

sobre a utilização em piso seco ou em período de<br />

chuvas. Com a leitura de como o pneu é gasto, o<br />

equipamento detecta ainda necessidades de alinhamento<br />

e a troca <strong>dos</strong> pares de trás para a frente.<br />

Desta forma, os instaladores de pneus têm um argumento<br />

claro e convincente sobre o estado <strong>dos</strong> roda<strong>dos</strong><br />

do carro do cliente. Não há dúvidas sobre se é ou<br />

não necessário substituir os pneus. O relatório diz<br />

preto no branco quando isso é necessário.<br />

O ProScan pode ainda vir com mais duas funções.<br />

Uma delas é a impressora própria. Com um dispositivo<br />

para fazer as impressões <strong>dos</strong> relatórios, semelhante<br />

aos que equipam os terminais multibanco, este equipamento<br />

torna assim logo possível que se tenha um<br />

relatório para entregar ao cliente.<br />

A outra função é o sensor de pressão. Este pode ser<br />

acoplado através de uma entra USB situada no painel<br />

de coman<strong>dos</strong> do equipamento, aparecendo logo a<br />

medição feita no momento. Na outra ponta, o terminal<br />

de medição coloca-se junto da válvula do pneus.<br />

Neste momento, o equipamento só reconhece as<br />

principais marcas de pneus do mercado. Quanto a actualizações,<br />

as marcas de pneus vão sendo acrescentadas<br />

à medida que a marca entende ser necessário, com<br />

deslocação gratuita por parte do representante, a<br />

Gonçalteam.<br />

O distribuidor está disponível para realizar gratuitamente<br />

acções de formação e apresentação para esta<br />

máquina aos interessa<strong>dos</strong>. <br />

< Q<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 77


SERVIÇO<br />

<strong>Pneus</strong> para veículos pesa<strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> novos, jantes usadas?<br />

O pneu e a jante formam um totalidade, a roda, que não deve ser divisível, pelo menos com o<br />

veículo em movimento, pois essa circunstância pode ocasionar um acidente muito grave,<br />

dependendo da velocidade instantânea nesse momento<br />

Na realidade, a ligação do pneu à jante deve ser<br />

extremamente forte, para suportar as elevadas<br />

forças dinâmicas do veículo em movimento,<br />

ao curvar, ao travar e ao efectuar manobras.<br />

Esse facto é ainda mais patente nos veículos pesa<strong>dos</strong>,<br />

onde o excesso de carga e as condições de circulação<br />

precárias, por vezes geram solicitações<br />

acima da média.<br />

Para retirar o pneu da jante, são<br />

necessários equipamentos específicos,<br />

de elevada potência, as máquinas<br />

de desmontar/montar pneus.<br />

Apesar de tudo, há casos em que o<br />

pneu sai da jante, como, por exemplo, na sequência de<br />

um acidente em que a jante é seriamente danificada.<br />

Noutros casos, o pneu perde pressão, devido a um<br />

furo ou outro problema qualquer, o pneu aquece acima<br />

do tolerável, deforma-se e pode saltar da jante ou<br />

mesmo incendiar-se ou fragmentar-se.<br />

Também há os casos em que o pneu pode soltar-se<br />

da jante, devido à montagem de uma medida incompatível<br />

com a jante, danos estruturais no pneu (talão<br />

partido, telas estiradas, etc.), jantes danificadas e montagem<br />

incorrecta do próprio pneu.<br />

Nestes derradeiros casos, a responsabilidade do profissional<br />

de retalho começa a ser um problema que<br />

As boas práticas associadas à montagem de pneus<br />

devem partir da regra lógica de montar apenas pneus<br />

em jantes de confiança<br />

deve evitar-se de todas as formas, porque pode ter consequências<br />

extremamente gravosas. Isto quer dizer que<br />

o serviço do retalhista não consiste meramente em trocar<br />

ou reparar um pneu, mas garantir todas as condições<br />

de segurança do veículo ao circular. Pelo menos,<br />

é isso que os clientes e to<strong>dos</strong> os utentes das vias públicas<br />

esperam e devem exigir.<br />

Não há pneu sem jante<br />

Neste artigo iremos focar a nossa atenção na jante,<br />

porque se trata de um componente que passa pela<br />

mão do técnico que efectua a montagem do pneu e<br />

equilibra a roda, havendo a obrigatoriedade de verificar<br />

o seu efectivo estado de conservação. Em condições<br />

normais, uma jante pode gastar<br />

vários jogos de pneus e acompanhar<br />

o veículo na reciclagem de VFV,<br />

porque não se trata de uma peça de<br />

desgaste, pelo contrário. Será por<br />

isso que muitos retalhistas de pneus<br />

assumem que não é necessário verificar<br />

a jante ao pormenor. No entanto, há certas situações,<br />

como os impactos, excesso de carga e avarias nos<br />

travões, cubo da roda e na suspensão, que podem deformar<br />

e danificar a jante. Outras vezes, é a própria<br />

montagem/desmontagem do pneu que origina danos<br />

na jante, quando a operação não é bem efectuada ou o<br />

equipamento utilizado não é o aconselhável.<br />

78<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SERVIÇO<br />

novo. Sem a tinta, a aderência do pneu à jante é inferior,<br />

devido ao facto do diâmetro da jante ficar reduzido<br />

um par de milímetros.<br />

Na análise <strong>dos</strong> danos das jantes, é importante avaliar<br />

o custo de recuperação da jante, pois esta pode ser<br />

economicamente e tecnicamente inviável. As jantes de<br />

liga leve com fissuras e rachadelas devem ser descartadas,<br />

o mesmo sucedendo em jantes de aço com avança<strong>dos</strong><br />

problemas de corrosão. Nos outros casos, as jantes<br />

devem ser enviadas para uma oficina especializada,<br />

porque um retalhista de pneus não tem volume de trabalho<br />

para rentabilizar pessoal e equipamentos desse<br />

tipo, a não ser que invista nesse nicho de mercado e<br />

trabalhe também para outras empresas, a fim de rentabilizar<br />

o serviço.<br />

Nas frotas de transporte, deve haver um serviço específico<br />

de gestão de jantes, porque os carros não podem<br />

parar e as jantes defeituosas são imediatamente<br />

substituídas, passando a constar de um stock de jantes<br />

em recuperação. Para esse stock não se tornar desproporcional,<br />

é necessário estudar a rotação das rodas, de<br />

modo a ter sempre pneus prontos a utilizar monta<strong>dos</strong>,<br />

para substituir outros com danos ou muito usa<strong>dos</strong>.<br />

Outras jantes são utilizadas para aprofundar a banda<br />

de rolamento do pneu e para montar pneus que tenham<br />

sido recauchuta<strong>dos</strong>. Isso implica um ficha ou ficheiro<br />

electrónico de movimento de jantes, para cada<br />

cliente desse tipo.<br />

Especificações do construtor<br />

Qualquer técnico com formação actualizada do serviço<br />

de assistência a veículos só pode trabalhar com<br />

uma base de da<strong>dos</strong> de to<strong>dos</strong> os modelos, onde constem<br />

as especificações do construtor, designadamente<br />

os binários de aperto, as medidas de jantes e pneus,<br />

Portanto, as boas práticas associadas à montagem de<br />

pneus devem partir da regra lógica de montar apenas<br />

pneus em jantes de confiança.<br />

Todas as jantes em estado que suscite alguma dúvida<br />

devem ser reparadas, antes de se processar a montagem<br />

do pneu.<br />

Isso implica necessariamente a inspecção<br />

visual da jante e caso necessário<br />

o recurso a outros meios de comprovação.<br />

Deformações, fracturas,<br />

fissuras, corrosão e outros danos não<br />

podem ser tolera<strong>dos</strong> nos bor<strong>dos</strong> da<br />

jante e nos pontos de fixação desta ao<br />

cubo da roda/travão.<br />

Outras deformações que ponham em causa o alinhamento<br />

da jante ou tornem a montagem da roda incorrecta<br />

devem ser igualmente reparadas. Nas jantes<br />

com aro desmontável, felizmente já raras, o estado<br />

desse aro e a sua fixação à jante também devem ser verifica<strong>dos</strong>.<br />

Preparação e recuperação de jantes<br />

A primeira fase da preparação da jante para a montagem<br />

do pneu é a sua completa limpeza, através do<br />

qual se eliminam to<strong>dos</strong> os detritos e impurezas que<br />

impedem a correcta observação do estado da jante.<br />

A utilização de jacto de ar comprimido não é muito<br />

Há certas situações, como os impactos, excesso de<br />

carga e avarias nos travões, cubo da roda e na<br />

suspensão, que podem deformar e danificar a jante<br />

aconselhável, porque enche o ar da oficina de poeiras<br />

e espalha as impurezas pelo chão.<br />

A utilização de uma escova ou de um aspirador é<br />

muito mais conveniente.<br />

Se houver tinta despegada no interior da jante, devido<br />

à corrosão ou ao atrito provocado pelo pneu, esta<br />

tinta degradada deve ser retirada e a jante pintada de<br />

bem como a pressão <strong>dos</strong> pneus e respectivas tolerâncias,<br />

caso existam.<br />

Certos operadores de transporte pesado "rentabilizam"<br />

os veículos com excesso de carga, o que é ilegal e<br />

uma forma de degradar o veículo, as vias de circulação<br />

e os pneus, necessariamente.<br />

Dentro da mesma "lógica", costumam<br />

"reforçar" os apertos das rodas e<br />

as pressões <strong>dos</strong> pneus, o que é tecnicamente<br />

totalmente desaconselhável.<br />

Esses "génios" do transporte rodoviário<br />

só descobrem que o seu "negócio"<br />

não está a ser rentável, quando começam<br />

a somar as coimas, as facturas da oficina e as contas<br />

do combustível. Às vezes, tarde de mais…<br />

De qualquer forma, o profissional idóneo do retalho<br />

de pneus não pode pactuar com este tipo de práticas,<br />

sob pena de comprometer a imagem do seu negócio<br />

e poder ser responsabilizado pelos acidentes causa<strong>dos</strong><br />

pela imprevidência de terceiros. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 79


TÉCNICA<br />

Causas do desgaste <strong>dos</strong> pneus de pesa<strong>dos</strong><br />

Desgaste da banda de rolamento<br />

O desgaste irregular da banda de rolamento <strong>dos</strong> pneus de veículos pesa<strong>dos</strong> tem geralmente<br />

origem em várias causas. Por outro lado, nem to<strong>dos</strong> os pneus se desgastam da mesma forma, o<br />

que torna algo difícil apresentar as causas reais desse desgaste de uma forma consistente.<br />

Odiagnóstico e avaliação das causas de desgaste<br />

<strong>dos</strong> pneus, requer uma grande experiência da<br />

actividade de montagem e reparação de<br />

pneus.<br />

Se quisermos criar as condições ideais para que a<br />

banda de rolamento <strong>dos</strong> pneus se desgaste de maneira<br />

uniforme, temos que exigir uma repartição equilibrada<br />

da carga, a carga máxima dentro <strong>dos</strong> limites do construtor,<br />

componentes da suspensão e direcção em bom<br />

estado, direcção alinhada, to<strong>dos</strong> os eixos alinha<strong>dos</strong> (incluindo<br />

do reboque e semi-reboque), pressão <strong>dos</strong><br />

pneus especificada pelo construtor e montagem/equilibragem<br />

<strong>dos</strong> pneus bem feitas.<br />

Além disso, as viagens tinham que ser todas programadas<br />

para serem apenas em linha recta, sem curvas, a<br />

superfície da via teria que ser rígida, plana e regular,<br />

para além de não poderem soprar ventos cruza<strong>dos</strong> fortes<br />

de encontro aos painéis da caixa de carga. Partindo<br />

destas condições ideais e imaginárias, podemos ver<br />

perfeitamente quais são os principais factores que dão<br />

origem ao desgaste irregular da banda de rolamento e<br />

que podem ser minimiza<strong>dos</strong>, mas nunca totalmente<br />

elimina<strong>dos</strong>. Como há certos factores que não podem<br />

ser elimina<strong>dos</strong> (perfil e pavimento da via, condições<br />

meteorológicas), todas as tentativas de minimizar o<br />

desgaste irregular <strong>dos</strong> pneus terá que assentar no respeito<br />

pelo equilíbrio, repartição e limites da carga, estado<br />

de manutenção do veículo, controlo da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus, condução ecológica e correcta assistência<br />

aos pneus.<br />

“Pegada” oval<br />

Um factor chave para se alcançarem elevadas quilometragens<br />

com os pneus é a forma dinâmica do pneu<br />

com carga. Tudo o que altere a forma ideal da área de<br />

contacto da banda de rolamento com a estrada ("pegada")<br />

trará consequências no desgaste do pneu.<br />

A forma ideal dessa "pegada" é oval, ligeiramente<br />

alongada e com os cantos bem redon<strong>dos</strong>, indicando<br />

que a carga está uniformemente distribuída em toda a<br />

área de contacto do pneu. To<strong>dos</strong> os tipos de combinações<br />

de excesso de carga (ou má distribuição desta)<br />

com pressões de pneus baixas dará uma "pegada" distorcida,<br />

que provocará os mais diversos tipos de desgaste<br />

irregular.<br />

A pressão do pneu é o factor mais importante para<br />

se obter uma boa "pegada" em carga, mas a simples colocação<br />

incorrecta <strong>dos</strong> pneus de reserva pode complicar<br />

as contas.<br />

Depois, há também o problema, que infelizmente<br />

não é muito raro, <strong>dos</strong> pneus estarem monta<strong>dos</strong> em<br />

jantes demasiado estreitas para a sua medida. Num<br />

eixo direccional, este erro ditará um desgaste semelhante<br />

ao <strong>dos</strong> pneus com excesso de pressão (desgaste<br />

ao centro). Se a jante for demasiado larga, o efeito de<br />

desgaste é como se o pneu estivesse com baixa pressão.<br />

Os camiões das últimas gerações dispõem de uma<br />

tecnologia e componentes muito fiáveis, mas a flexibilidade<br />

do chassis e outras peças é um facto, especialmente<br />

em carga e em vias deformadas.<br />

80<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


TÉCNICA<br />

Se a estrada fosse inclinada lateralmente e o chassis<br />

não fosse flexível, este partia-se ou as rodas de um lado<br />

ficavam no ar.<br />

Claro que a flexibilidade da estrutura do veículo faz<br />

com que, num determinado momento, a posição da<br />

roda em relação à via não seja a ideal. Se junto com<br />

isto tivermos pneus mal monta<strong>dos</strong>, jantes impróprias,<br />

suspensões degrada<strong>dos</strong> e rolamentos de roda com folga,<br />

podemos ver facilmente o que acontece com a nossa<br />

"pegada" ideal.<br />

Pressão de enchimento<br />

Por outro lado, os efeitos da pressão incorrecta <strong>dos</strong><br />

pneus é diferente nos roda<strong>dos</strong> duplos, nas rodas direccionais<br />

e nos roda<strong>dos</strong> simples.<br />

Se um <strong>dos</strong> pneus de um rodado duplo tiver menos<br />

pressão do que o outro, o seu diâmetro reduz-se e ele é<br />

arrastado várias vezes por quilómetro, porque não<br />

consegue acompanhar a rotação do pneu mais cheio.<br />

Este, por seu turno, passará a rodar mais apoiado no<br />

ombro interior, por falta de apoio da outra roda. O<br />

desgaste da banda de rolamento é assim radicalmente<br />

diferente em dois pneus que rodam juntos, o que pode<br />

deixar motoristas e técnicos de manutenção perplexos.<br />

Também se geram problemas de desgaste irregular,<br />

se forem monta<strong>dos</strong> pneus com espessuras da banda de<br />

rolamento diferentes em roda<strong>dos</strong> duplos, Nesses roda<strong>dos</strong>,<br />

a diferença de altura entre as duas bandas de<br />

rolamento nunca deve ultrapassar 2-3mm, no máximo.<br />

O mesmo princípio pode aplicar-se aos vários cordões<br />

de borracha da banda de rolamento de um pneu<br />

direccional. Se houver diferenças de altura entre os diversos<br />

cordões do mesmo pneu, o desgaste irregular<br />

começa a aumentar, sem razão aparente.<br />

Curvas e travagens<br />

A acção de curvar coloca forças muito consideráveis<br />

nos pneus de um veículo pesado, especialmente nas<br />

rodas direccionais. A prática diz-nos que a roda (pneu)<br />

que sofre maior desgaste é a do lado esquerdo. Há<br />

uma teoria que atribui este facto à circunstância da<br />

roda esquerda estar ligada à caixa da direcção, enquanto<br />

que a roda direita obedece à barra da direcção. Contudo,<br />

se o camião fizer um número maior de curvas<br />

para a direita, como é o caso das entradas e saídas em<br />

parques de carga, postos de abastecimento, etc., será o<br />

pneu direito a suportar maiores esforços e apresentará<br />

mais rapidamente traços de desgaste irregular. No entanto,<br />

o alinhamento do raio de viragem deve ser considerado<br />

também como uma causa, porque, numa<br />

curva, o pneu exterior percorre uma distância maior.<br />

Se o ângulo de Ackerman não estiver dentro da especificação,<br />

esse pneu tenderá a apoiar-se no ombro exterior,<br />

arrastando o ombro contrário.<br />

Esse tipo de problema afecta ambos os pneus, porque<br />

o veículo vira alternadamente para a esquerda e<br />

para a direita. Apesar de tudo, não existe uma resposta<br />

definitiva para explicar porque um pneu direccional se<br />

gasta mais do que o outro, porque há muitas variáveis<br />

que concorrem para esse processo. Mas esse problema<br />

não é exclusivo <strong>dos</strong> pneus direccionais.<br />

Nos camiões e reboques de dois eixos (ou três), o<br />

eixo da frente tende a actuar como alavanca, arrastando<br />

os pneus do eixo de trás nas curvas. Isso é mais evidente<br />

nos casos em que a distância entre os eixos é<br />

maior, podendo acontecer que as rodas do eixo de trás<br />

fiquem paradas numa curva apertada, ou numa manobra,<br />

mesmo em marcha atrás. Todas estas situações<br />

contribuem para o desgaste irregular da banda de rolamento<br />

do pneu, já para não falar das travagens em que<br />

Os efeitos da pressão incorrecta<br />

<strong>dos</strong> pneus é diferente nos<br />

roda<strong>dos</strong> duplos, nas rodas<br />

direccionais e nos roda<strong>dos</strong><br />

simples<br />

as rodas ficam imobilizadas, devido a problemas no<br />

sistema de travagem.<br />

Alinhamento da geometria<br />

Outro factor envolvido no desgaste irregular <strong>dos</strong><br />

pneus é o ângulo de camber. Em teoria, o pneu devia<br />

idealmente ficar sempre perpendicular à estrada (camber)<br />

e alinhado para a frente (convergência), mesmo<br />

em situações de plena carga.<br />

Se o pneu se apoia apenas num <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong>, esse lado<br />

receberá mais carga e o pneu desse lado comporta-se<br />

como se tivesse baixa pressão, enquanto que a outra<br />

metade da banda de rolamento sofre o problema inverso,<br />

comportando-se como se tivesse pressão excessiva.<br />

Isso provoca o arrastamento do lado com menos<br />

carga, dando origem ao desgaste irregular. Como é lógico,<br />

o camber positivo carrega o ombro exterior do<br />

pneu, enquanto que o camber negativo afecta o ombro<br />

interno.<br />

O alinhamento incorrecto da geometria é um <strong>dos</strong><br />

principais factores de desgaste irregular, mas nem sempre<br />

é simples determinar a origem deste desgaste, porque<br />

o desalinhamento do eixo de tracção provoca um<br />

tipo de desgaste e o desalinhamento do eixo direccional<br />

provoca outro. No caso do desalinhamento da direcção,<br />

o carro tende a desviar-se da sua linha central,<br />

obrigando o condutor a puxar o volante no sentido<br />

oposto, o que provoca o desgaste <strong>dos</strong> pneus "arrasta<strong>dos</strong>".<br />

Normalmente, isso traduz-se pelo rompimento<br />

de um ombro do pneu de um lado e do ombro oposto<br />

do pneu do outro lado.<br />

Quanto aos pneus de tracção desalinha<strong>dos</strong>, eles tenderão<br />

a desviar-se para o lado da roda mais recuada.<br />

No caso <strong>dos</strong> problemas de convergência, que afecta<br />

principalmente os pneus do eixo direccional, verificase<br />

que o excesso de convergência (partes da frente das<br />

rodas mais próximas uma da outra) provoca "aparas"<br />

nos ombros interiores e desgaste acelerado nos ombros<br />

exteriores. Caso exista divergência excessiva (partes<br />

de trás das rodas mais próximas uma da outra), o<br />

desgaste é exactamente o oposto do provocado pela<br />

convergência incorrecta.<br />

Os desalinhamentos <strong>dos</strong> eixos <strong>dos</strong> reboques, que<br />

devem estar sempre perpendiculares à linha central do<br />

veículo, ditam desgastes semelhantes ao desalinhamento<br />

do eixo de tracção. Isso obriga o condutor a<br />

compensar o desvio com a direcção, provocando o arrastamento<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

Para terminar, é forçoso reconhecer que determinar<br />

a causa concreta do desgaste irregular <strong>dos</strong> pneus é uma<br />

tarefa ingrata, porque actuam várias forças simultaneamente<br />

nas rodas do veículo. A única via de diagnóstico<br />

<strong>dos</strong> problemas de desgaste irregular da banda de rolamento<br />

é a de tentativa e erro, o mais empírico método<br />

disponível. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 81


SERVIÇO<br />

Reparação de furos<br />

FIG. 1<br />

A verificar a perfuração, conclui-se que esta tem<br />

uma inclinação de 30º.<br />

FIG. 2<br />

Um simples furo provoca um dano de 1/8 de polegada,<br />

que está perfeitamente dentro <strong>dos</strong> limites<br />

do reparável.<br />

Como brocar furos de pneus<br />

Neste artigo, iremos tentar demonstrar a razão pela qual,<br />

nas perfurações de pneus por pregos (ou outros objectos perfurantes) é importante brocar<br />

inicialmente o furo a partir do interior do pneu<br />

FIG. 3<br />

A partir do interior do pneu, vemos que a broca colocada<br />

verticalmente originou um segundo furo, a<br />

cerca de 1/2 polegada do furo original. A zona do<br />

pneu danificada pelos dois furos gera uma área de<br />

3/4 de polegada, que não é reparável.<br />

Nas perfurações de pneus por<br />

pregos é importante brocar<br />

inicialmente o furo a partir do<br />

interior do pneu<br />

Em primeiro lugar, temos que determinar qual é o<br />

ângulo da perfuração. Este procedimento segue<br />

as boas práticas do sector, pois permite evitar a<br />

inutilização de um pneu ainda bom e a utilização<br />

de sistema de reparação incorrecto.<br />

Para ilustrar de forma<br />

concludente este<br />

ponto de vista, utilizámos<br />

um pneu descartado,<br />

tendo efectuado<br />

um pequeno furo no<br />

centro da banda de rolamento,<br />

com uma<br />

broca.<br />

Esse furo foi efectuado com uma inclinação de 30 ,<br />

do exterior para o interior do pneu (Fig. 1), tendo resultado<br />

um dano perfeitamente reparável (Fig. 2).<br />

No entanto, se brocarmos directamente do exterior<br />

do pneu, sem verificar a inclinação da perfuração, será<br />

criado no pneu um novo furo, a 1/2 polegada do primeiro<br />

furo (Fig. 3). Isso irá gerar um dano de 3/4 polegada,<br />

que não é reparável e inutiliza o pneu.<br />

As boas práticas da indústria de reparação de pneus<br />

recomendam que seja verificada inicialmente a inclinação<br />

da perfuração.<br />

Se esta tiver 25 ou<br />

mais, terá que ser utilizado<br />

um kit de reparação<br />

com um taco e um<br />

remendo uni<strong>dos</strong>, em<br />

vez de um taco separado<br />

e um remendo em<br />

cima.<br />

Esta última solução<br />

conduz à ruptura do taco, devido ao excessivo esforço<br />

mecânico produzido.<br />

Outra razão a considerar para se verificar a inclinação<br />

da perfuração é para se poder avaliar se as telas ficaram<br />

separadas, ou se existe mais algum dano não visível<br />

à primeira abordagem. <br />

82<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS

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