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Gutenberg criou a impressão tipográfica, sendo essa a base de todo o
desenvolvimento posterior da historia da humanidade.
O primeiro documento de impressão tipográfica é uma carta de indulgência de
Mainz, do Papa Nicolau V, datada de 1455. Dessa forma, testemunhava-se o
pioneirismo da arte de Gutenberg. Já em 1541, no México, circulava a primeira folha
avulsa de caráter noticiário e assim, já prenunciava-se o início do jornal (CAMARGO,
2003, p.14). A tipografia vai se espalhando pela América Espanhola até o fim do
século XVIII. Assim, as gazetas noticiarias surgem em forma de folhas volantes,
fazendo com que a propaganda política, acompanhe a instalação da tipografia.
Em Portugal, a tipografia (figura 03) chegou com certo atraso. Apesar de o
ofício motivar privilégios e honrarias, concedidos a partir de 1508, sob a influência
dos jesuítas, o ensino universitário rejeitava as letras clássicas. Dessa maneira,
Portugal permanecia medieval perante o pleno Iluminismo. Os livros passavam por
exames censórios e bastava apenas um voto contra para vetar a sua publicação. Em
1759, a reforma pombalina retirou o monopólio do magistério dos jesuítas, porém, D.
Maria I restaurou a influência da Igreja.
Figura 03 - A oficina gráfica do século XVII: ao lado do impressor, que maneja a
prensa de madeira com torculo, o entintador, e ao fundo, o compositor, com a caixa de tipos.
Fonte:Camargo, 2008, p.14.